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Parte de livro A Resistência Indígena - do México à Patagônia Josefina Oliva de Coll

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Através de anos fomos informados de grandes e heroicos desbravadores, os quais conquistaram a América. Colombo sempre foi dito como um grande navegador e descobridor. 
Porém nunca antes tinham dito que ao, chegar às Américas, visto cercados de índios nus, ignorantes de tanta ingenuidade e dotados de ouros, a cobiça e a ira, iria encher lhe os olhos, e assim torna lo em tão cruel e carrasco, tirando dos índios a liberdade, terra, ouro e a ingênua cultura. 
Começando assim uma cruel guerra sanguinária e tirania naqueles mesmos índios dos quais o receberam como grande anfitriã.
 Roubo, sequestro, escravidão e tortura feitas em nome da coroa espanhola e em nome de Deus, eram feitos sem nenhum pudor ou arrependimento. Durantes anos de sofrimentos os indígenas sofreram o que seria chamado hoje de um grande holocausto. Sofrimento por décadas e décadas fez com que lutassem até o fim.
Lendo ao fundo a historia, descobriremos que os nativos assim chamados Mundo Novo, que desde o cacique até as míseras crianças foram escravizadas, e o que se opunham em todos os Fidalgos assim chamados, eram torturados, mortos e ou queimados. Os que fugiam para a montanha eram perseguidos como bicho, e sofriam execuções terríveis, na ocasião chamada como exemplos.
Exemplo do teor de horror, podemos analisar ao o que o Padre Las Casas diz, com indignação: “Que parece a mercê o feito de nossos espanhóis? Ao padre respondeu: Que ofereço a vós e a eles ao diabo!”.
Com tanto sofrimentos, dor, angústias muitos indígenas lutavam bravamente, não importando com quem ganhasse ou perdesse, mas lutavam como guerreiros a fim de dar gritos de liberdade e mostrar para os invasores que todos eram livres e donos de si e que jamais aceitaria a se submeter a uma escravidão e obediência a quem os prejudicavam.
Com tudo existiram vários que se renderam, mesmo depois de lutarem horas, dias, semanas e meses. Renderam-se, pois o esgotamento e lutar contra os espanhóis que eram desleais, lutando com arma de fogo, cavalaria entre outros.
 O ENCONTRO
No primeiro contato que tiveram, ficaram admirados com a grande caridade, humanidade e virtudes, daqueles homens e mulheres nus, puros e simples. Prestativos ao primeiro percalço do então Almirante que sofreu ao chegar à costa de La Española, homens nobres que ao desencalhar seu barco e guardar seus pertences, fazendo com que fossem admirados por Colombo que ao enviar as boas novas ao Rei, engrandeceu a acolhida e os povos solícitos dos quais o encontrara. 
Pelo modo simples de se portarem, Colombo manda erguer um forte no domínio de Guacanagari, o até então rei soberano daquelas terras, com a harmonia e entusiasmo entre ambos, o até então Rei Guacanagari, trai seus súditos em favor de Colombo, pela amizade e admiração.
Quando Colombo começa a entender e interpretar o que os indígenas dizem, e percebe que por anseio de curiosidade vai ficando na tal casa flutuante, porém sempre tentando fugir. Indo de barco do Almirante como exemplares exóticos de uma terra longínqua, junto com papagaios, meadas de algodão e pepitas de ouro. Seguindo viagem até a Espanha, muitos desses índios não aguentaram, os que não morreram ficaram bastante doentes e apenas um punhado poderia se apresentado a corte dos reis católicos. 
Em geral todos aqueles enviados para a La Española, vinham lutar em nome da sua Majestade e dos sacerdotes, vinham com bandeiras da cruz onde lhe davam o pleno poder de lutar em nome da Sacra Majestade. Como a própria autora diz em seu livro: “É geral o emaranhado de contradições em que se enredam os escritores que relatam a conquista ao falar dos habitantes naturais destas terras...” (JOSEFA O. DE COLL, A Resistencia Indígena, pg.15).
Ao mesmo tempo em que os colonizadores ficaram perplexos com o paganismo dos indígenas e a sodomia que havia ali, no outro lado havia o sadismo, notoriamente escrito e descrito em um quadro feito pelo próprio Fernando de Oviedo, que era nomeado cronista de Sua Majestade colonialista.
Nesta mesma crônica Oviedo também descreve com palavras duras a culpa dos acres pelos extermínios dos indígenas, pelos tais conquistadores, porém não se sabe ao certo se isso são desprezo e ódio ou apenas um desejo de se sentir superior aos mais “fracos”. Com muitas mortes em várias colonizações, os indígenas sempre tarados como infortuno, preguiçosos, curvados... Literalmente desprezados humanamente falando. Sobretudo muitos se matavam, não querendo assim perder a liberdade. 
Com certo respeito e admiração a Colombo, Las Casas justificava sempre dizendo que o Almirante os tratava assim porque não sabiam manusear armas de fogo, que eram covardes, andavam sempre nus e não havia neles habilidades nenhuma, os tratavam como inúteis objetos sem valor, servindo apenas para trabalhos dos quais os espanhóis não rejeitavam, O BRAÇAL. Roçar as terras, nas minerações, para isso serviam os indígenas, extrair o ouro e cultivar e servir os espanhóis. 
Tratando os indígenas como subalternos, esqueceram que todo ser vivo do qual seja pensante, um dia iriam se revoltar contra eles. Pagariam na mesma moeda toda dor e sofrimento dos quais passariam e assim os fizeram.
AS ILHAS
As Ilhas eram governadas por cinco caciques: Guarionex, onde as aguas dos rios arrastavam ouro para a areia; Guacanagarí, um cacique generoso e muito solicito aonde seu reino seu domínio ia até a Rica Vega Era, sendo esse mesmo cacique o anfitrião de Colombo; Caonabo, o que mais odiava os brancos e o mais poderoso, inteligente, guerreiro; Behechio irmão de Anacaona casada com Caonabo e por ultimo Cotubanamá o que ficava no sul das ilhas. 
Esses indígenas, cada um com histórias de vitórias e derrotas sobre os espanhóis. Tais como também a relatos de entrega pela sua liberdade e a submissão de alguns por medo de se expor ou por orgulho ferido.
Guarionex teve sua aldeia hostilizada primeira, depois das boas acolhidas dadas aos espanhóis, não bastou muito tempo para começarem a crueldade, sequestros, mortes e roubos. Logo que Colombo voltou para a Espanha para contar as boas novas a sua Majestade, deixou alguns homens dos quais se titularizados de fidalgos, colocaram em prática seus terríveis instintos. Com o descontentamento dos indígenas, com a tamanha crueldade, fizeram o que hoje chamamos de rebelião, se opuseram aos homens dos quais não lhe tinham respeito algum, colocaram como forma de protestos, incendiaram os fortes, matando e negando comida. Todos revoltados pelas crueldades e desrespeitos feitos por aqueles das quais receberam uma boa acolhida.
Passados anos do percalço que Colombo sofrera nas terras do cacique Guacanagarí do qual foi muito bem acolhido e sua hospitalidade foi notória. O Almirante constrói seu primeiro forte o La Navidad, e cerca de trinta e nove homens com ordens de não se separarem e respeitar os índios, além-claro de ajuntar mais e mais ouro. Sendo homem de poucas palavras, Guacanagarí bastava acenar com as mãos para ser atendido no que queria, era notório pela forma de comer que esse cacique vinha de uma boa linhagem, notava se também a sua honra, seus trajes e sua postura de comando.
A traição de Colombo começa mesmo antes de ele ir embora, seus homens iniciam uma chacina sem motivos e o Almirante sorrir, esperando que assim os indígenas tomem ciência de que devem obedecer e por assim temer os homens que assim ficarão na ilha. Desse momento em diante todos ao sair ou ao entrar de algum povoado, carregava uma bandeira ao som de clarins, intimidando e gerando temor na terra e mostrando que em nome de Deus, os cristãos seriam fortes o suficiente para aniquilar qualquer um que se opusesse. Na inocência ou por costumes os indígenas deixavam os assim chamados de cristãos entrarem e suas casas, os recebiam de bom grado e mesmo assim eles eram hostilizados, saqueavam tudo, sempre dormiam com tramelas nas portas acreditavam eles que isso impediria os cristãos a invadir suas casas, coisa que nem isso eles os cristãos respeitavam.
Oviedo fez uma citação na carta que diz: “Nunca havia guerras ou diferenças entre os índiosdesta ilha” (pag. 19). Daí começa a aparecer às diferenças entre a lealdade de Guacanagarí para o Colombo, e que dali sairia uma guerra dos quais os outros senhores sabiam que não sobraria índios, pois a diferença era muita. Jamais conseguiriam combater flechas com armas de pólvora. Os conquistadores ficam enternecidos na busca alucinante de ouro, e mostrar aos Reis que nada do que fizeram com as aventuras cortando o mar com suas caravelas e seus gastos, não seriam em vão. Colombo além de conquistador, também leva sua fama de explorador de ouro e escravos. Dos quais leva alguns quando retorna para a Espanha. 
Servindo como mercadoria, os indígenas eram levados sem escrúpulos e ordena seu irmão Bartolomé a carregar cada vez mais os navios.
Canoaba o senhor esforçado de Maguana, era outro índio que viu suas terras serem invadidas pelas tropas de Natividad. Vendo o risco que correriam, pois ao contrario de Guacanagarí, Canoaba e seus subalternos mataram os seus invasores e depois tomaram a fortaleza e atearam fogo, tendo em vista que poucos homens de Colombo foram mortos, se deram conta de que os outros estariam espalhados pela ilha. Colombo recebeu a noticia quando estava voltando para a Espanha, lamentou a perda.
Cibao que tinha no comando o cacique Canoaba, tinha ricas minas de ouro, foi imposta uma ordem de que menores de 14 anos seriam obrigados a dar-lhe em 90 dias uma determinada quantia de ouro, essa ordem foi dada aos que eram vizinhos da mina e aos que habitavam distante teriam que lhe entregar uma boa quantidade de algodão por pessoa... Além do ouro, os indígenas teriam que trabalhar nos plantios para entregar tudo o que possuíam aos invasores. Não satisfeito e para não ser enganado, além dessa ordem, também impôs que todos aqueles que fossem lhe entregar, estivesse com uma moeda de cobre ou latão dependurado no pescoço, para serem marcados com expressões especiais sobre cada mercadoria entregue como pagamento. Ficando assim entendido quem já tinha pagado ou não, sendo que o aquele que não pagasse levaria um castigo. 
Como forma de ampliar seus domínios, foi construído um forte em Cibao. De forma que se tornava invencível pela sua boa posição, foi então sitiada por Caonabo, ficando bloqueada por uns dias. Alonso de Ojeda era apenas um dos que estavam nesse forte, conhecido por ter sido educado na guerra das mouriscas, conhecia qualquer estrategista que se opunha contra ele. No meio do desespero, matava qualquer um a sua frente, muitos deles com sua própria mão, escavavam caminhos e saídas, conseguia ficar ileso com a chuva de flechas que caiam. Com isso Canoaba viu a que seus súditos eram verdadeiro guerreiros e que com isso não se entregariam sem antes lutar pela sua terra. Sobretudo, mesmo que seria uma guerra onde Canoaba e seu povo iriam ser os mais prejudicados, o mesmo decidiu formar uma aliança com os outros caciques da ilha para criar uma união pelo mesmo propósito de expulsar os invasores. Foi onde Guacanagarí se tornou um traidor dos povos indígenas, ele valorizada ainda a amizade e respeito dado a Colombo, coisa que o mesmo não lhe mostrou ao atacar os indígenas antes de voltar à Espanha. Tornando-se então um empecilho aos objetivos de Caonaba. 
Tornando ao contrario dos outros Caciques, devido ao respeito de hospitalidade dada a Colombo, Guacanagarí se converte a inimigo de sua própria gente, de seu próprio sangue, na contrarregra o Canoaba vira o terror dos conquistadores e de seus irmãos o respeito e todas as armas que puderam arrumar. 
No meio de tanta luta e terror colocados por Canoaba, os invasores procuram auxilio ao Ojeda que ao menor descuidado Canoaba se ver algemado e enganado por aqueles invasores. Ojeda manda fazer uma algema de metal e brilhantes e diz para Canoaba que seria um presente, um símbolo de festa e paz, no qual em Castela se usava nos bailes e areitos, o iludiu dizendo para se banhar no rio e montar no cavalo e que assim seria o rei de Castela. Feito tudo isso e Ojeda vendo o Cacique montado a cavalo, todos fugiram levando-o. Colombo sabendo do ocorrido fica satisfeito com a tamanha audácia do Ojeda, no entanto Canoaba fica preso na casa de Colombo, se vendo sempre, o índio não se manifesta porem ao ver Ojeda o cacique o reverenciava como grande guerreiro, com esse tipo de atitude, Colombo intrigado pergunta ao Cacique do porque com ele o indígena agia normalmente e com Ojeda o reverenciava, o cacique lhe respondera que Colombo não seria um grande guerreiro, já que preferiu ficar em casa a ir prendê-lo.
Com o medo do que poderia acontecer e por orgulho ferido, Colombo manda Canoaba como escravo para Espanha, porem o que ninguém esperava é que viria uma tempestade do qual destruiu o barco e Canoaba morre afogado com muitos que partiram de regresso. Com várias fortalezas feitas pelos espanhóis, a união dos indígenas ou confederação assim citada no livro crescia no mesmo instante. Por mais que Canoaba não estivesse no comando, os espanhóis em cada luta pareciam mais fortes e poderosos, sempre com armas de fogo e cães mastins, além de cavalos furiosos dos quais jogam em cima dos indígenas, convencidos que perderiam a guerra, destroçavam em pedaços, tornando assim uma da mais sanguinária guerra. 
Mesmo vendo seus povos serem massacrados, o assim chamado Traidor Guacanagarí, via tudo de perto do lado dos invasores poderosos, que foram vencidos um a um. O irmão de Canoaba, cacique Manicaotex foi preso e os demais fugiram para suas terras ainda não invadidas. Com sua irmã Anacaona, a bela, Behechio dividiu com ela o poder de sua tribo, foram feitos grandes homenagens aos que foram vencidos na luta, outros foram para a montanha onde havia um difícil acesso para os menos conhecedores do lugar, assim poderiam se tornar um pouco mais seguros, porém com a retirada de todos, nos lugares por onde passaram, iam destruindo suas lavouras para que com isso os invasores morressem de fome. 
Todos tiveram um destino trágico em La Española. No mesmo instante que Bartolomé Colombo, queria mais e mais ouro, nas terras Guarionex, foi instituído que a cada trimestre os indígenas tinham que encher um cesto de ouro, porém seus próprios habitantes sabia que já estavam praticamente esgotados, ficando assim apenas nas minas, tendo que explora-la, Guarionex cederia toda a terra e mina para os invasores, mas Bartolomé nega-se, pois eles querem ouro e mais ouro, de onde os indígenas iriam tirar não o interessava. Guarionex vendo a rejeição da proposta decide reunir uma tropa para atacar os invasores, pois cada habitante encher um cestos de ouro, já seria impossível. Como Colombo já previa do que iria acontecer, decide ataca-los a noite, onde para os indígenas era novidade. Com esse ataque, matam vários índios e levam como prisioneiro os senhores e o cacique como prisioneiro, com isso todo o povo da tribo se reúne para soltar seus lideres. Porém de nada resolve, pois os índios não sabem tirar o ouro das minas e o cacique Guarionex foge para as terras de Mayoubanex que o recebe, mesmo correndo o risco de sentir a fúria dos invasores. Para pagar sua divida com Guarionex, decide abriga-lo na tribo e assim que Colombo soube foi para a casa de Mayoubanex lhe oferecer amizade e dizer que o foragido deve lhe sofrer castigo por não pagar o imposto na sua tribo, sendo que seria o maior que existia naquela terra. Como não se esperar, nada foi feito de bom grado, da mesma forma que lhe oferecia a amizade, também os ameaçava caso lhe fosse negado à prisão de Guarionex.
Sendo ambos dos caciques presos mediante a fúria dos invasores, ficaram por muito tempo no mesmo forte, porém nunca se viram. Levados para a Ilha Saona, onde foram aniquilados por um desastre natural, restaurando apenas Colombo e seu irmão, também tiveram muitas outras perdas além das mortes, ouro, algodão colhido nas terras de Guarionex e Mayoubanex, afundaram no mar. O chocante de tudo não foi à dor e o desconsolo por vários espanhóis e indígenas mortes e sim pelo fato de Colombo ter perdido no ciclone, uma pepita de ouro a maiorque já tinha encontrado.
ANACANOA
Esposa de Canoaba, irmã de Bohechio com quem dividia seu mandado, ficou foragida em Xaraguá, onde foi batizada de La Española pelos conquistadores. Com boas condutas era admirada pelo seu povo. Com a morte de seu irmão, assumiu seu povoado sozinho, onde teve que enfrentar Roldán, um bárbaro, sanguinário que não respeitava ninguém. Uma das poucas governantes mulheres da história que se ouviu falar, sabendo que os invasores iriam até seu povoado, Anacanoa os recebem com um areitos e mesmo assim resolveram ataca los queima los e sequestra los como escravos, poucos escaparam e Anacanoa foi uma delas.
Ao resistir às tentativas de ofensas sexuais das quais faziam com todas as mulheres, Anacanoa foi considerada uma líder da conspiração feito pelos indígenas. Com isso sofrera uma morte bruta, da qual foi enforcada no meio de todos para amedronta los. Com total desprezo os soldados riam do acontecido ao mesmo tempo em que os corpos dos nobres queimavam ao lado do corpo da cacique dependurados, outro que teve o mesmo fim foi Guaroa, sobrinho de Anacanoa, fugindo para as terras longas de Baoruco, logo os espanhóis o capturaram e enforcaram com a mesma regra de que estava se rebelando contra a coroa e a igreja. Assim foi a desculpa dada pela hostilidade dada aos nativos daquela ilha, onde as hospitalidade e generosidade foi dada aos invasores dos quais apenas só queriam riquezas e em nome da igreja, os trataram como pecadores e adoradores de outros deuses.
COTUBANO
Um cacique que se notava ao longe, pelo tamanho e força, Cotubano ou Cotubanamá, era cacique da ilha de Saona, tinha um forte e estreito relacionamento com Capitão- General Juan de Esquivel. Uma amizade que mais tarde lhe traria indignação. Por costumes de seu povoado, trocaram os nomes com isso feito logo no inicio, lhe proporcionaram bons relacionamentos. Porém amedrontados e aterrorizados com o tipo de monstros estavam invadindo suas terras, os indígenas fugiam para a montanha, com o intuído de se prevenirem e se esconderem dos invasores.
Viajavam para terras de outros caciques sempre fugindo da crueldade sem limites dos espanhóis. Com isso ao passar dos anos, os invasores começa a persegui los, e a cada nativo pego é dada um castigo cruel, para servi de exemplo. Tentam subir as montanhas através de trilhas deixadas pelos indígenas, até chegar às terras de Cotubanamá que com fama de bom cacique e guerreiro, logo nota suas terras povoadas por outros indígenas que fogem das atrocidades feitas pelos conquistadores em outras terras. Las Casas em seu livro diz que são desumanas as atrocidades feitas, a boca não diz o que os olhos veem, de tão chocante que era. Vendo que ainda não estava preparado para guerra, Cotubanama foge com alguns indígenas que os seguem, para uma ilha vizinha de Sanoa.
Ao desembargarem, os conquistadores seguem perseguindo os. Sobre o comando de Juan de Esquivel, o qual tinha uma amizade e o batizara de o GUATIAO, formam dois grupos de soldados espanhóis para subir a montanha em uma caçada dos nativos. Sem piedade e Esquivel, apunhala um nativo com um punhal, do qual estava a estreita para espionar com um outro que os pegaram e levaram como guia. No longo do caminho encontram um grupo de 12 indígenas que como de costume estavam caminhando e junto dele Cotubano armado e preparado para enfrentar os invasores dos quais desembainharam sua espada sobre a cabeça e sem excita o nativo o apara com as mãos e se identifica como sendo o capitão Esquivel, muitos dos nativos que ali estavam poderiam ter libertado o cacique, porem todos fugiram e com isso, o Cotubano lutou fielmente defendendo sua liberdade com o capitão, do qual tinha concedido sua amizade, criado laços familiares. Mesmo ferido lutaram até que conseguiram o prender com algemas e fora forçado a levar os invasores ao esconderijo onde estavam sua mulher e filho, com a crueldade e desamor ao próximo, iriam levar todos para São Domingo, onde começaram a tortura los e queima los, mas o comendador os salva e lhe dão o castigo menos severos ao cacique. Mesmo assim Esquivel se vangloria da desgraça feita e pela traição e desonestidade feita ao cacique. 
Sabendo que Cotubano, não era homem de guerra e ingênuo ao cargo de chefe, Esquivel se aproveitou disso para ter a honra de ter sido um grande estrategista das ilhas. Com medo que outro nativo se tornasse chefe de outra rebelião, o Comendador maior mandou povoar duas vilas e com isso, pegar os nativos restantes e repartir entre os cristãos.
ENRIQUILLO
Herdeiro de Bahoruco, Guarocuya, mais conhecido como Enriquillo, nome dado depois de ter sido batizado e se convertido como cristão, sendo criado no convento dos franciscanos, filho de Maxicatex que foi morto na festa de Anacaona, no episódio da conquista mais horrenda e tenebrosa da história. Muito inteligente procurou conhecer a cultura dos invasores, para mais tarde se prevalecer e se rebelar contra todos. Os indígenas sempre lutando contra as injustiças posta pelos conquistadores, e pela liberdade do qual fora tirada, desde os tempos dos seus ancestrais, escravidão essa herdada sem revelia, sem poder se queixar, dos castigos dados. Já casado com a filha de hernando Geuvara e de Higuemota a filha de Anacaona. Herdado como vassalo para Andréz Valenzuela, foi de inicio notória a sua hostilidade demostrada de várias maneiras. 
Uma dela era o casamento de Enriquillo pela jovem, do qual os conquistadores a tinham como espanhola pelo seus traços marcantes. Cansado de tantos maus tratos e pelas investidas dadas a sua esposa, Enriquillo se queixou, porém seu Andréz pouco ligou, depois de muitas queixas e ao ver que nada resolvia, foi reclamar ao Governador do qual o prendeu como afronto ao seu chefe. Saindo de seu cárcere foi a São Domingos queixar se as autoridades maiores, doqual também não obteve êxito, apenas uma carta do qual gerou um ódio entre os conquistadores e assim ele próprio viu que os indígenas estavam sendo ainda mais hostilizados pelos conquistadores. 
O cacique já sem paciência com o que estava acontecendo, decidiu ir para as montanhas de Bahoruco, onde era o domínio de seu pai. Sobre tudo, vendo que suas táticas adquiridas e reservadas pelo convento, conseguiu ajuntar vários caciques insatisfeitos, e assim organizar uma rebelião contra os invasores. Pelo tempo passado nos conventos, e observando os conquistadores mais de perto, conseguiu a animosidade dos indígenas e com isso fazer com que eles ficassem nos povoados para pegar o máximo de armas que puderem sem derramar uma gota de sangue e com isso organizar uma luta de guerrilha. 
Pelas montanhas propõem aos caciques mais valentes pontos observação e com isso a segurança de mulheres e crianças pelos lugares protegidos e erguidos, assim podendo cultivar seus alimentos e animais domésticos para caça de porcos. Como wm toda guerrilha, Enriquillo divide os homens e os espalham pelas montanhas afim de não deixar nenhum conquistador invadir seu território, onde sabiam que se algum deles fossem atrás iriam prende los e castiga lo ou até mesmo mata los como rebeldes. Passando um tempo bem curto, logo os conquistadores vão atrás dos indígenas, porém não esperavam que a dificuldade da subida a cavalo era difícil e pelas encostas ficariam vulneráveis, não esperariam ser vencidos pelos nativos, e com isso Valezuela que vai a frente da tropa é pego pelo Enriquillo com seu nome indígena de Guarocuya, advertindo Valezuela para não retornar as montanhas, mesmo assim as Audiencia manda o segundo ataque que sofre perdas também e assim se anos se passam e a rebelião se estende, com o maior contigente de indígenas, pois os mesmos largam seus amos para seguir na guerrilha com Enriquillo do qual chega a ponto de proibir a morte de espanhóis a intuito de conseguir respeito para o povo indígena, depois de tanta tirania passada desde que chegaram os súditos de Castela, sempre foram marginalizados, maltratados e discriminados na suas próprias terras. Respeito esse tirado dos seus pais. 
Com os nativosem rebelião durante anos, vários armadas foram montadas para combate los e mesmo assim sem êxito, houve apenas gastos dos cofres reais, e com isso houve desanimo da parte das Audiências. Com a redução de custos sobre as armadas, não houve atos de selvageria e fatos de sangramentos as duras penas. 
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