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Semana Integradora IV

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Hipótese 
“Paciente com histórico de nefrolitíase que possui pouca informação sobre sua condição e ações 
preventivas diminuídas pode apresentar a recorrência desse quadro”. 
 
Objetivos 
 
Anatomia II 
1- Descreva anatomicamente os órgãos do sistema urinário (sintopia, morfologia e 
vascularização) 
 
Histologia 
2- Descreva histológicamente o sistema urinário 
 
Embriologia II 
3- Explicar o desenvolvimento embrionário do sistema urinário 
 
Programa de Prática Médica II (PPM) 
4- Defina lombalgia, polaciúria e hematúria 
5- Sequenciar cateterismo vesical e destacar as indicações, contraindicações e quem pode 
realizar o procedimento 
 
Psicologia Médica 
6- Discutir a saúde mental do idoso 
7- Apontar as causas para perda de memória do idoso 
 
PAPP / SAÚDE COLETIVA 
8- Apontar e explicar as políticas públicas relacionadas a saúde do idoso 
9- Explicar a atuação do SUS e da ESF no controle da vacinação infantil 
 
Fisiologia 
10- Explicar as funções do rim e relacionar com a formação da urina 
11- Interpretar o exame de urina 
 
MBE 
12- Explicar a importância da revisão sistemática na prática médica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANATOMIA HUMANA 
 
o Descreva anatomicamente os órgãos do sistema urinário (sintopia, morfologia e vascularização) 
 
O sistema urinário (urologia) é formado pelos rins, ureteres, bexiga urinária e uretra, que filtram o sangue e, 
em seguida, produzem, transportam, armazenam e excretam urina de forma intermitente (resíduos líquidos). 
Órgãos urinários abdominais: rins, parte abdominal do ureter. 
Órgãos urinários pélvicos: parte pélvica do ureter, bexiga urinária, uretra. 
 
 
RINS 
O rim é um órgão que tem formato oval. Tem uma margem medial côncava onde fica o hilo renal e uma 
margem lateral convexa. Tem coloração marrom-avermelhada e medem cerca de 10 cm de comprimento, 
5 cm de largura e 5,5 cm de espessura. Cada rim tem faces anterior e posterior, margens medial e lateral e 
polos superior e inferior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Localização 
Estão situados no retroperitônio sobre a parede posterior do abdome, um de cada lado da coluna vertebral, 
no nível das vértebras T XII a L III. 
 
 
Sintopia 
Superiormente, os rins estão associados ao diafragma, que os separa das cavidades pleurais e do 12o par 
de costelas. 
Inferiormente, as faces posteriores do rim têm relação com os músculos psoas maior medialmente e 
quadrado do lombo. O nervo e os vasos subcostais e os nervos ílio-hipogástrico e ilioinguinal descem 
diagonalmente através das faces posteriores dos rins. 
O fígado, o duodeno e o colo ascendente são anteriores ao rim direito que é separado do fígado pelo 
recesso hepatorrenal. 
O rim esquerdo está relacionado com o estômago, baço, pâncreas, jejuno e colo descendente. 
 
 
Função 
Produzem a urina, ou seja, retiram o excesso de água, sais e resíduos do metabolismo proteico do sangue e 
devolvem nutrientes e substâncias químicas. 
 
 
Vascularização 
Irrigação: as artérias renais direita e esquerda saem da Aorta no nível do disco entre as vertebras LI e LII. A 
artéria renal direita (mais longa) passa posteriormente a Veia Cava Inferior. Essas artérias renais direita e 
esquerda vão se dividir em 5 artérias segmentares antes do Hilo. Porém é normal encontrar variações onde 
a artéria renal adentra o hilo. Devido a complexa formação embrionária é possível também que exista uma 
variação fazendo com que se formem artérias renais extra-hilares (ramos da A. renal ou da própria aorta) 
que adentram o rim pela sua face externa nos polos superior e inferior. 
 
Dentro do rim: A. renal  A. segmentares  A. interlobares  A. arqueadas. 
 
Drenagem: as diversas veias renais que drenam o rim saem do mesmo e se unem (de modo variável) 
formando as veias renais direita e esquerda (mais longa) e essas drenam para a Veia Cava Inferior. 
 
Inervação 
Os nervos para os rins originam-se do plexo nervoso renal e são formados por fibras simpáticas e 
parassimpáticas. 
 
Drenagem linfática 
Os vasos linfáticos renais acompanham as veias renais e drenam para os linfonodos lombares direito e 
esquerdo. 
 
URETERES 
O ureter é um ducto muscular (25-30 cm de comprimento). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Localização 
Seguem inferiormente, dos ápices das pelves renais nos hilos renais, passando sobre a margem da pelve na 
bifurcação das artérias ilíacas comuns. A seguir, passam ao longo da parede lateral da pelve e entram na 
bexiga urinária. 
 
 
Sintopia 
Seguem inferiormente, dos ápices das pelves renais nos hilos renais, passando sobre a margem da pelve na 
bifurcação das artérias ilíacas comuns. A seguir, passam ao longo da parede lateral da pelve e entram na 
bexiga urinária. 
As partes abdominais dos ureteres aderem intimamente ao peritônio parietal e têm trajeto retroperitoneal. 
Nas costas, a projeção superficial do ureter é uma linha que une um ponto 5 cm lateral ao processo 
espinhoso de L I e a espinha ilíaca posterossuperior. Os ureteres ocupam um plano sagital que cruza as 
extremidades dos processos transversos das vértebras lombares. 
As partes pélvicas dos ureteres seguem nas paredes laterais da pelve, paralelas à margem anterior da 
incisura isquiática maior, entre o peritônio parietal da pelve e as artérias ilíacas internas. Próximo à espinha 
isquiática, eles se curvam anteromedialmente, acima do músculo levantador do ânus, e entram na bexiga 
urinária. 
 
 
Função 
Sua função é conduzir/transportar a urina dos rins até a bexiga urinária. 
 
 
 
Vascularização 
Irrigação da parte abdominal: as artérias responsáveis por irrigar a parte abdominal do ureter é o Ramo 
Uretérico da Artéria renal (direita ou esquerda) que vem da artéria renal, que vem da aorta e a Artéria 
Gonadal (Testicular/Ováricas) Direita ou Esquerda. 
 
Irrigação da parte pélvica: ramos uretéricos originados das artérias ilíacas comuns, ilíacas internas e ováricas. 
Nas mulheres ramos das artérias uterinas. Nos homens ramos das artérias vesicais anteriores. 
Drenagem: as veias que drenam a parte abdominal do ureter drenam para as Veias Renais (direita e 
esquerda) e Veia Gonadal (Testicular/Ováricas) Direita ou Esquerda. 
 
Inervação 
Os nervos da parte abdominal dos ureteres provêm dos plexos renal, aórtico abdominal e hipogástrico 
superior. As fibras aferentes viscerais que conduzem a sensação de dor (p. ex., causada por obstrução e 
consequente distensão) acompanham as fibras simpáticas retrógradas até os gânglios sensitivos espinais e 
segmentos medulares T11–L2. 
A dor ureteral geralmente é referida ao quadrante inferior ipsilateral da parede anterior do abdome e 
principalmente na região inguinal. 
 
Os nervos da parte pélvica são provenientes de plexos autônomos adjacentes (renais, aórticos, hipogástricos 
superiores e inferiores). Os ureteres estão situados, em sua maior parte, acima da linha de dor pélvica. As 
fibras aferentes (de dor) dos ureteres seguem as fibras simpáticas em sentido retrógrado para chegarem aos 
gânglios sensitivos de nervos espinais e aos segmentos T10–L2 ou L3 da medula espinal. 
A dor ureteral geralmente é referida para o quadrante inferior ipsilateral do abdome, principalmente na 
região inguinal. 
 
Drenagem linfática 
Os vasos linfáticos da parte superior do ureter podem se unir àqueles do rim ou seguir diretamente para os 
linfonodos lombares. Os vasos linfáticos da parte média do ureter geralmente drenam para os linfonodos 
ilíacos comuns, enquanto os vasos de sua parte inferior drenam para os linfonodos ilíacos comuns, externos 
ou internos. 
Obs: os ureteres chegam na face externa da bexiga urinária com 5 cm de distância, porém suas aberturas 
internas na bexiga ficam a metade dessa distância. Isso Significa que o ureter passa obliquamente através 
da parede da bexiga urinária, formando uma espécie de válvula unidirecional.BEXIGA 
É uma víscera oca com fortes paredes musculares caracterizada por sua expansibilidade. 
Varia em tamanho, formato, posição e relações de acordo com seu conteúdo e com o estado das vísceras 
adjacentes. 
Se divide em: ápice da bexiga; fundo da bexiga; corpo da bexiga e colo da bexiga. 
No ápice da bexiga se encontram os óstios uretéricos. 
No fundo se encontra o óstio interno da uretra, formando o trígono vesical. 
Sua parede é formada pelo Musculo Detrusor. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Localização 
Vazia localizada na pelve menor, situada parcialmente superior e parcialmente posterior ao púbis. É 
separada desses ossos pelo espaço retropúbico (de Retzius) virtual e situa-se principalmente inferior ao 
peritônio, apoiada sobre o púbis e a sínfise púbica anteriormente e sobre a próstata (homens) ou parede 
anterior da vagina (mulheres) posteriormente. 
Em lactentes e crianças pequenas, a bexiga urinária está quase toda no abdome mesmo quando vazia. Em 
geral, a bexiga urinária entra na pelve maior aos 6 anos de idade; entretanto, só depois da puberdade está 
completamente localizada na pelve menor. 
 
Cheia cavidade abdominal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sintopia 
A bexiga fica relativamente livre no tecido adiposo subcutâneo extraperitoneal, exceto pelo seu colo, que 
é mantido firmemente no lugar pelos ligamentos laterais vesicais e o arco tendíneo da fáscia da pelve, 
sobretudo seu componente anterior, o ligamento puboprostático em homens e o ligamento pubovesical 
em mulheres 
 
 
Função 
Sua função é reservar temporariamente a urina. 
 
 
Vascularização 
 
Irrigação: principalmente Ramos da Artéria Ilíaca interna. A parte anterior e superior é irrigada pelas Artérias 
Vesicais Superiores. Artérias Obturatória e Artéria Glútea Anterior também enviam pequenos ramos. 
 
Homens artérias vesicais inferiores irrigam fundo e colo da bexiga. 
 
Mulheres artérias vaginais irrigam fundo e colo da bexiga. 
 
Drenagem: principalmente Veias Tributárias das Veias Ilíacas Internas. 
 
 
 
Inervação 
As fibras simpáticas são conduzidas dos níveis torácico inferior e lombar superior da medula espinal até os 
plexos vesicais (pélvicos), principalmente através dos plexos e nervos hipogástricos, enquanto as fibras 
parassimpáticas dos níveis sacrais da medula espinal são conduzidas pelos nervos esplâncnicos pélvicos e 
pelo plexo hipogástrico inferior. 
As fibras parassimpáticas são motoras para o músculo detrusor e inibitórias para o músculo esfíncter interno 
da uretra na bexiga urinária masculina. Consequentemente, quando as fibras aferentes viscerais são 
estimuladas por estiramento, ocorre contração reflexa da bexiga urinária, relaxamento do músculo esfíncter 
interno da uretra (nos homens) e a urina flui para a uretra. 
Com treinamento, nós aprendemos a suprimir esse reflexo quando não desejamos urinar. A inervação 
simpática que estimula a ejaculação causa simultaneamente a contração do músculo esfíncter interno da 
uretra para evitar refluxo de sêmen para a bexiga urinária. 
Uma resposta simpática em outros momentos diferentes da ejaculação (por exemplo: constrangimento ao 
estar no mictório na frente de uma fila de espera) pode causar contração do músculo esfíncter interno, 
prejudicando a capacidade de urinar até que haja inibição parassimpática do esfíncter. 
As fibras sensitivas da maior parte da bexiga urinária são viscerais; as fibras aferentes reflexas seguem o 
trajeto das fibras parassimpáticas, do mesmo modo que aquelas que transmitem sensações de dor (como 
a resultante da hiperdistensão) da parte inferior da bexiga urinária. 
A face superior da bexiga urinária é coberta por peritônio e, portanto, está acima da linha de dor pélvica. 
Assim, as fibras de dor da parte superior da bexiga urinária seguem as fibras simpáticas retrogradamente até 
os gânglios sensitivos de nervos espinais torácicos inferiores e lombares superiores (T11 a L2 ou L3). 
 
 
Drenagem linfática 
Teto da bexiga urinária não distendida (inclusive), drenam para os linfonodos ilíacos externos, 
independentemente da drenagem venosa. 
 
 
URETRA 
 
URETRA FEMININA 
Canal oco com cerca de 4 cm de comprimento e 6 mm de diâmetro. 
 
Localização: segue anteroinferiormente do óstio interno da uretra na bexiga urinária (Figura 6.27B), posterior 
e depois inferior à sínfise púbica, até o óstio externo da uretra. 
 
Sintopia: a musculatura que circunda o óstio interno da uretra da bexiga urinária feminina não está 
organizada em um esfíncter interno. O óstio externo da uretra feminina está localizado no vestíbulo da 
vagina, a fenda entre os lábios menores do pudendo, diretamente anterior ao óstio da vagina. A uretra 
situa-se anteriormente à vagina (formando uma elevação na parede anterior da vagina). Seu eixo é 
paralelo ao da vagina. A uretra segue com a vagina através do diafragma da pelve, músculo esfíncter 
externo da uretra e membrana do períneo. 
 
Irrigação: artéria pudenda interna e artéria vaginal. 
 
Drenagem: veia pudenda interna e veia vaginal. 
 
Inervação: Os nervos que suprem a uretra têm origem no plexo (nervo) vesical e no nervo pudendo. 
 
 
URETRA MASCULINA 
 
 
 
Regiões de fixação das pedras nos rins e sua relação com o trajeto, dor e o formato da pedra. 
Os cálculos são formados por sais de ácidos inorgânicos ou orgânicos ou de outros materiais, dessa forma 
podemos concluir que tem formatos irregulares e podem ser até pontiagudos. Eles podem se formar e se 
localizar nos cálices renais, ureteres ou bexiga urinária. 
O formato dos cálculos dependerá de sua constituição; 
Os órgãos do sistema urinário são todos conectados portanto um cálculo formado no rim pode se deslocar, 
passando do rim para a pelve renal e, depois, para o ureter, bexiga e ureter consequentemente. Se o 
cálculo for cortante ou maior do que o lúmen normal do ureter (aproximadamente 3 mm), poderá causar 
distensão excessiva desse tubo muscular fino; o cálculo ureteral causará forte dor intermitente (cólica 
ureteral) enquanto é gradualmente deslocado em direção inferior no ureter por ondas de contração. 
O cálculo pode causar obstrução completa ou intermitente do fluxo urinário. 
O ureter normalmente apresenta áreas de constrições: na junção com a pelve renal; onde cruzam a 
margem da abertura superior da pelve; durante sua passagem através da parede da bexiga urinária. Essas 
áreas têm então mais chance de serem obstruídas por cálculos. 
Dependendo do nível de obstrução, que se modifica, a dor pode ser referida para a região lombar ou 
inguinal, ou para os órgãos genitais externos e/ou testículo. 
A dor é referida nas áreas cutâneas inervadas por segmentos e gânglios sensitivos espinais, que também 
recebem fibras aferentes viscerais do ureter, principalmente T11–L2. A dor segue em sentido anteroinferior 
“da região lombar para a região inguinal” enquanto o cálculo atravessa o ureter. 
A dor pode se estender até a face anterior proximal da coxa por projeção através do nervo genitofemoral 
(L1, L2), o escroto em homens e os lábios maiores do pudendo em mulheres. 
A dor extrema pode ser acompanhada por desconforto digestivo intenso (náuseas, vômito, cólica e diarreia) 
e resposta simpática generalizada que pode mascarar em vários graus os sintomas mais específicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências: 
M.K.L.D.A.F.A.A. M. Anatomia Orientada para Clínica, 8ª edição. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2018. 
9788527734608. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527734608/ . 
 
R., T.P.W.G. T. Atlas de Anatomia Humana. Porto Alegre: Grupo A, 2008. 9788536319308. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788536319308/ . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HISTOLOGIA 
 
o Descrever histológicamente o sistema urinário 
 
Órgãos quecompõem o sistema: rins, ureteres, bexiga urinaria e uretra 
Têm-se dois rins, o esquerdo e o direito, de cada rim sai um ureter e esse ureter atravessa toda a região abdominal e 
vai lançar a urina na bexiga urinária. A uretra sai da bexiga. Se for uretra feminina, é chamada uretra única que vai 
direto para o externo. Se for uretra masculina, é dividido em três partes: a membranosa, prostática e a peniana. 
 
RINS 
 Localização 
- dorsal na região abdominal, retroperitoneal (significa que o peritônio, que é aquela membrana serosa 
que reveste a cavidade abdominal, passa anteriormente aos rins. 
 
 Funções 
- filtrar sangue (a cada minuto, 1 litro de sangue é filtrado nos rins, ou seja, a cada 5 minutos 5 litros): tendo 
em conta que a média de sangue que um ser humano possui é 5 litros, pode-se dizer que os rins filtram o 
sangue em torno de 10 a 12 vezes por hora, isso dá a quantidade de mais de 200 vezes que o sangue é 
filtrado durante o dia (um paciente com insuficiência renal tem muito prejuízo por não ter as filtrações nos 
rins) 
- produzir hormônios: 
 * eritropoietina: estimula a produção de hemácias (a mesma eritropoietina produzida no fígado) 
 * renina: aumenta a pressão arterial 
 
 Morfologia 
- rim lembra a forma de um feijão 
- o rim tem uma face lateral convexa e uma face medial côncava 
- na face medial côncava, está o hilo renal (local do órgão onde entra e sai estruturas, ou seja, pelo hilo 
renal, entra a artéria renal, sai a veia renal, sai o ureter, entra nervo, sai vaso linfático) 
- ao redor do rim inteiro, têm-se a gordura perirrenal, que protege o rim 
- sobre cada um dos rins, está a glândula suprarrenal 
- o rim é revestido por uma cápsula de tecido conjuntivo denso 
- a região cortical do rim, faixa periférica logo abaixo da capsula 
- a região medular, é a região central do rim e encontra-se as estruturas: 
 * pirâmides renais 
 * colunas renais (fica entre as pirâmides renais) 
 * cálices menores, que transporta urina, se abrem e formam os cálices maiores 
 * cálices maiores se juntam para formar a pelve renal 
 * pelve renal continua com o ureter 
 
De acordo ainda com a circulação sanguínea renal, divide – se o rim em lobos renais (lobo renal é a área 
do rim compreendida por uma pirâmide renal e o tecido cortical ao redor, isso é um lobo renal) 
 
RIM – NÉFRON 
 Definição 
Os rins são formados por néfrons. Estima-se que cada rim tem ao redor 1 milhão de néfron. 
Néfron é unidade morfofuncional do rim, que é aquela estrutura que realiza a função do órgão, ou seja, o 
sangue é filtrado no néfron. 
A urina é a excreção originada principalmente pelo néfron 
Didaticamente é dividida em porções, essas porções são: 
 - corpúsculo renal 
 - túbulo contorcido proximal 
 - alça de Henle 
 porção delgada 
 porção espessa 
 - túbulo contorcido distal 
Então, quando se fala em porções do néfron, estamos falando em corpúsculo renal, turbulo contorcido 
próximal, alça de henle (delgada e espessa) e túbulo contorcido distal 
De acordo com o desenho apresentado abaixo, o néfron se estende tanto na região cortical quanto na 
região medular. Na representação, tem o corpúsculo renal, o túbulo contorcido proximal, alça de henle 
delgada e espessa, túbulo contorcido distal e ai acabou o nefron, só que o néfron se abre em uma outra 
estrutura chamada DUCTO COLETOR. 
Porque ducto coletor? Porque ele recebe o filtrado de vários néfrons, então vários néfrons lançam o 
filtrado glomerular no ducto coletor 
 
 
 
CORPÚSCULO RENAL 
 
Características: 
- estrutura esférica 
- vascularizada 
 
Função: 
- filtração de sangue 
 
Constituição: 
 polos: 
* polo vascular: 
- o corpúsculo renal possui um polo vascular, nesse polo vascular, entra no corpúsculo renal arteríola aferente 
e sai arteríola eferente 
* polo urinário: 
- onde se origina o túbulo contorcido proximal 
 
 cápsula de Bowman: 
* folheto parietal: 
- revestimento externo 
- epitélio simples pavimentoso 
 
* folheto visceral: 
- reveste os capilares glomerulares 
- formado por podócitos (são células epiteliais modificadas), esses podócitos participam da filtração do 
sangue 
- não recebe nenhuma classificação histológica de tecido, porque as células são modificadas 
 
 espaço capsular 
* entre os dois folhetos, existe uma cavidade, que é o espaço capsular 
* existe o filtrado glomerular (sangue que sai do sangue nos capilares glomerulares na filtração do sangue 
em direção para o espaço capsular) 
 
 glomérulo 
* conjunto de capilares fenestrados do corpúsculo renal 
 
 
A arteríola aferente quando entra no corpúsculo renal se ramifica em vários capilares do tipo fenestrado, 
esses capilares fenestrados são chamados de capilares glomerulares 
O sangue chega pela arteríola aferente, essa arteríola se divide em capilares glomerulares, o sangue circula 
por esses capilares glomerulares e o sangue sai pela arteríola eferente. 
O sangue quando passa pelos capilares glomerulares, ele é filtrado. 
O conjunto de capilares fenestrados formam o glomérulo 
Esse corpúsculo renal é revestido pela cápsula de Bowman. A cápsula de Bowman é formado por tecido 
epitelial e é dividida em dois folhetos (parietal e visceral) 
Se é vaso arterial, existe pressão arterial, então essa arteríola aferente o sangue circula nela pela força da 
contração no coração. Quando essa arteríola aferente se ramifica em capilares glomerulares (capilares 
fenestrados), o sangue é filtrado dentro desses capilares. Essa filtração do sangue é a saída do plasma do 
sangue indo para o espaço capsular. Quando ocorre a filtração do sangue, parte do plasma sai do sangue 
e vem para o espaço capsular. Esse plasma que sai do sangue na filtração do sangue é chamado de 
FILTRADO GLOMERULAR 
Glomérulo é formado pelos capilares fenestrados (glomerulares), podócitos e células mesangiais 
 
Resumindo: 
Polo vascular é por onde entra arteríola aferente e sai arteríola eferente. Arteríola aferente quando entra no 
corpúsculo renal e ela se divide em capilares do tipo fenestrados, que são os capilares glomerulares. Um 
conjunto de capilares glomerulares forma o glomérulo. O outro polo renal é o polo urinário que se inicia o 
túbulo contorcido proximal. 
O corpúsculo renal é revestido pela cápsula de Bowman. Cápsula de Bowman que possui seu folheto 
parietal de epitélio simples pavimentoso e também possui seu folheto visceral que reveste os capilares 
fenestrados, é formado pelos podócitos que são células epiteliais modificadas. Entre esses dois folhetos está 
o espaço capsular e esse espaço recebe o filtrado glomerular. Filtrado glomerular é plasma que saiu do 
sangue por causa da pressão arterial, esse plasma sai dos capilares fenestrados e vai para o espaço 
capsular. 
 
 
 
o PODÓCITOS 
É uma célula fantástica em relação a morfologia dele e o que ela faz 
É a célula epitelial modificada do folheto visceral, então ele reveste os capilares glomerulares (do tipo 
fenestrado) 
O podócito tem um corpo celular, tem prolongamento primário e do prolongamento primário, partem 
prolongamentos secundários 
Ou seja, o capilar glomerular do tipo fenestrado é revestido pelo prolongamentos secundários do podócitos. 
Os prolongamentos secundários são entrelaçados e o vão(espaço) entre os entrelaçados, formam a fenda 
de filtração. 
São as fendas de filtração que determinam quais substâncias farão parte do filtrado glomerular 
 
 
o BARREIRA URINÁRIA (ou barreira de filtração) 
É uma membrana que realiza filtração 
Determina quais substancias farão parte do filtrado glomerular 
Capilar fenestrado tem a parede endotelial toda repleta de poros 
O sangue circula dentro do capilar sanguíneo (nesse caso, o fenestrado), esse sangue tem a pressão arterial 
que força a saída dele para fora do capilar, só que quando o sangue circula que passa dentro do capilar 
fenestrado,parte do plasma vai formar o filtrado glomerular, mas quem determina quais substancias farão 
parte do filtrado glomerular é a barreira de filtração, ou seja, as substancias que fazem parte do filtrado 
glomerular, precisam atravessar o endotélio do capilar fenestrado, passar pelos polos, passar pela lâmina 
basal (que tem função seletiva) e passar pela fenda de filtração. 
 
Resumindo: 
É a membrana que determina quais substancias vão sair do sangue para formar o filtrado glomerular para 
posteriormente fazer parte da urina. 
Então, as substancias tem que passar pelo endotélio do capilar fenestrado, pela lamina basal e pelas fendas 
de filtração 
 
 
 
O filtrado glomerular sai do corpúsculo renal, passa pelo túbulo contorcido proximal, por alça de henle 
delgada, alça de henle espessa, por túbulo contorcido distal e também por túbulo coletor. 
Então, todo esse filtrado vai passar pelo restante do néfron e pelo túbulo coletor e, enquanto esse filtrado 
está passando, ele está sendo reabsorvido. Isso significa que ele está voltando para o sangue 
Então, o que é eliminado na urina é excesso de água, íons e algumas substancias que são ingeridas durante 
o dia, além de refugo do metabolismo celular, no caso da ureia. 
 
 
o TÚBULOS 
 
 Túbulo Contorcido Proximal 
- transporta íons com gasto de energia 
- absorve glicose, água, sódio, proteína de baixo peso molecular, excreta creatinina e digere várias drogas 
(antibiótico, anestésicos, etc) 
- reabsorve a grande maioria do filtrado 
- formado por epitélio simples cubico com microvilos 
- células são grandes com citoplasma vermelho (porque a célula é rica em mitocôndrias) 
- poucas células formando a parede 
- grande quantidade de microvilos (microvilos grnades e longos) porque ocorre reabsorção e o microvilos 
aumenta a superfície de absorção 
- a luz é um pouco estreita 
 
 
 Alça de Henle 
- reabsorve íons e água 
- controla a tonicidade da urina, podendo tornar a urina isotônica, hipertônica ou hipotônica, vai depender 
do organismo 
- principal função da alça de henle é a formação de urina concentrada ou diluída, dependendo das 
condições corpóreas sistêmicas, através da bomba de sódio e potássio 
 
 * alça de henle delgada 
- formada por epitélio simples pavimentoso 
- poucas microvilosidades 
- bem pequenas 
- poucas mitocôndrias 
 
 * alça de henle espessa 
- formada por epitélio simples cubico 
- pouquíssimas microvilosidades 
- rica em mitocôndrias 
- impermeável a água (água nem entra e nem sai por essa alça) 
 
 Túbulo Contorcido Distal 
- reabsorve principalmente água e sódio (Na) 
- excreta H e K 
- formado por epitélio simples cubico 
- poquissimas microvilosidades 
- são pequenas 
- mitocôndrias em menor quantidade do que o túbulo contorcido proximal 
- tem função de reabsorção de água e sódio principalmente e pode acrescentar sódio e potássio no filtrado 
- tem mais células na sua parede (comparando com o proximal) 
- luz mais ampla porque não tem microvilos visíveis 
- citoplasma levemente roxo 
 
 Túbulo Coletor 
- absorve principalmente água e sódio (Na) 
 
 
 
 
 
 
APARELHO JUSTAGLOMERULAR 
 
 
 Localização 
- é formado no local onde o túbulo contorcido distal está adjacente ao polo vascular do corpúsculo renal 
 
 Função 
- produz o hormônio renina, que é o hormônio que vai elevar a pressão arterial, ou seja, a liberação da renina 
é estimulada quando a pressão arterial está baixa 
 
 Constituição 
Estruturalmente, esse aparelho é formado pela mácula densa e células justaglomerulares e as células 
mesangiais, que dão sustentação a esse aparelho justaglomerular 
 
Mácula Densa 
- são células epiteliais modificadas do túbulo contorcido distal 
- ela é sensível a concentração do filtrado glomerular. 
- então, a macula densa detecta a concentração iônica do filtrado e de acordo com a detecção, essas 
células da macula densa, passa informação para células justaglomerulares e aí é liberado a renina. 
 
Células Justaglomerulares 
- células musculares lisas modificadas das arteríolas aferentes e eferentes 
- secretam renina, a renina é lançada no sangue e tem função enzimática, ela converte o 
angiotênsinogênio (que é uma proteína produzida no fígado) em angiotensina I e depois é convertida em 
angiotensina II. A angiotensina II é vasoconstritora (constrição do vaso sanguíneo, para aumentar a pressão 
arterial) e estimula a liberação da aldosterona na glândula suprarrenal. 
 
Células Mesangiais 
- função de dar sustentação ao aparelho justaglomerular 
- controlam o diâmetro dos capilares glomerulares de acordo com a pressão arterial 
 
Tudo isso acontece para que ocorra o aumento da pressão arterial 
 
 
TUBO COLETOR 
Não faz parte do néfron, porque a origem embriológica é diferente do néfron e um tubo coletor recebe o 
filtrado de vários néfrons 
 
Função: 
- Tem a função de reabsorver água e sódio, estimulado hormonalmente pela aldosterona ou pelo hormônio 
ADH 
 
Dependendo do trecho do tubo coletor, têm um tipo de tecido: 
- inicio do tubo coletor: epitélio simples cúbico 
- final do tubo coletor: epitélio simples cilíndrico 
 
Características que forma o tubo coletor 
- epitélio que forma o tubo coletor (tanto inicial quanto final), possui limite celular evidente e citoplasma 
pouco corado 
 
 
VIAS URINÁRIAS 
O filtrado glomerular ao sair do tubo coletor é urina, não sofre mais alteração (então, assim que o filtrado sai 
do tubo coletor, já é urina). Porque aí o filtrado já cai nas vias urinarias 
 
Vias urinárias: cálice menor, cálice maior, pelve renal, ureter, bexiga urinária, uretra 
 
 
 
Cálice Menor, cálice maior, pelve renal, ureter e bexiga urinaria possuem a mesma camada mucosa. Ou 
seja, são: epitélio estratificado de transição e tecido conjuntivo que varia do frouxo ao denso 
 
O epitélio estratificado de transição possui entre 3 e 4 camadas e acamada superficial é formada por células 
grandes, globosas e modificadas para s8uportar a acidez da urina que está armazenada na bexiga urinaria 
e que passou pelas vias urinarias. 
 
Resumindo: 
Cálices menores abrem-se nos cálices maiores, os cálices maiores abrem-se na pelve renal e a pelve renal 
vai levar a urina para o ureter 
Essas estruturas tem função de apenas transportar urina que é temporariamente armazenada na bexiga 
urinária. 
 
URETER 
Localizado na região abdominal, tem sua origem na região do hilo renal e esse ureter se estende pela região 
abdominal até chegar na bexiga urinaria onde ele lança a urina 
Ele tem função apenas de transportar urina. 
 
Estrutura Histológica 
Camada mucosa de epitélio estratificado de transição e a lâmina própria do tecido conjuntivo que varia 
entre frouxo ao denso 
Outra camada do ureter é de músculo, camada muscular de músculo liso 
E a camada mais externa do ureter, é uma adventícia de conjuntivo frouxo 
 
BEXIGA URINÁRIA 
Localizada na região pélvica 
Tem função de armazenar urina 
 
Estrutura Histológica 
Camada mucosa de epitélio estratificado de transição associada a uma lamina própria de tecido 
conjuntivo que varia entre frouxo e denso. 
Possui uma espessa camada de musculo liso, e está distribuído em camadas (tem várias camadas de 
músculo liso na bexiga urinária). Porque músculo liso? Porque quando ocorre a micção (quando vamos 
urinar) a bexiga urinaria contrai, para impulsionar a urina em direção a uretra 
A camada mais externa pode ser uma adventícia, quando observado na porção anterior, posterior e inferior 
da bexiga tem uma adventícia. Mas quando olhado pela face superior, tem uma camada serosa (mesotélio 
+ tecido conjuntivo frouxo) 
 
Lembrando: 
Nosso paciente tem nefrolitíase e geralmente pedras nos rins são formadas ou em cálice menor, ou cálice 
maior ou pelve renal 
A dor, a cólica renal é porque a pedra tem que passar pelo ureter e o ureter é estreito, a luz é pequenininha, 
então quando elapassa pelo ureter, ela passa abrindo o ureter e tem o atrito, então dói 
 
 
Referências: 
Cenário de Histologia Aula Teórica e Prática – Prof. Waldemar 
 
 
 
 
EMBRIOLOGIA 
 
o Explicar o desenvolvimento embrionário do sistema urinário 
 
O sistema urinário vai se diferenciar a partir do mesoderme, mais especificamente do Mesoderme 
Intermediário. 
A diferenciação da mesoderme acontece entre a 3 e a 4 semana do desenvolvimento. A Glastulação forma 
os 3 folhetos embrionários principais: ectoderme, mesoderme indiferenciado e endoderme. 
Concomitantemente vai acontecer os processos da organogênese rudimentar: Neurulação (formação do 
tubo neural), diferenciação do mesoderme e depois os dobramentos. O mesoderme mais próximo ao tubo 
neural se diferenciará em Mesoderme Paraxial, no meio se diferenciará em Mesoderme Intermediário (que 
dará origem ao sistema urinário, e mais lateralmente o Mesoderme Lateral (somático em cima e esplânico 
em baixo). 
Embrião plano: endoderme em grande comunicação com o saco vitelino. Acontecem os dobramentos 
céfalo-caudal e o dobramento lateral em direção ventral dará ao embrião um formato cilíndrico. 
 
 
O mesoderme intermediário vai sofrer alterações por conta dos dobramentos: conforme se dobra 
lateralmente o mesoderme intermediário se desloca ventralmente e acaba perdendo sua 
conexão/continuidade com o Mesoderme Paraxial (que forma os somitos). Esse Mesoderme Intermediário 
na região mais ventral vai formar uma elevação longitudinal. Essa elevação será chamada de Crista 
Urogenital. Uma porção dessa área de mesoderme intermediário vai dar origem ao Cordão Nefrogênico 
que estará relacionado com a formação das estruturas do Sistema Urinário. Outra porção dessa mesma 
área de mesoderme intermediário formará a crista gonadal relacionada com a formação de sistema 
genital. 
 
 
Desenvolvimento do Sistema Urinário. 
Esse Cordão Nefrogênico de Mesoderme Intermediário vai estar relacionado com a formação de 3 
conjuntos de órgãos excretores/ 3 tipos de Rins: 
Obs: são formados primeiros na região mais cefálica depois a mais caudal. 
- Pronefros: se formam na região cervical. Se formam e por serem 
estruturas muito rudimentares logo se degeneram. 
- Mesonefros: se forma na região torácico, abdominal e lombar. 
Chegam a ficar funcionais por um período, mas depois se 
degeneram. 
- Metanefros: se formam na região sacral. São primórdios dos rins 
primitivos. Eles que formarão as estruturas definitivas do sistema 
urinário. 
PRONEFROS 
É o primeiro rim a se formar, no início da 4 semana, é uma estrutura transitória, se desenvolve e depois se 
degenera. Não tem função do ponto de vista urinário, sua única função é dar origem ao Ducto Mesonefro 
que vai fazer parte do próximo rim. 
O Cordão Nefrogênico (Cervical) vai sofrer metamerização/se sedimentar formando Nefrótomos que 
sofrerão morte celular por apoptose formando Vesículas, essas vão se achatar formando os túbulos 
pronéfricos. Conforme esses túbulos vão se formando suas extremidades vão se curvando para baixo e se 
fundindo até que se forma o Ducto Pronéfrico. A partir do momento em que o Ducto Mesonefro começa a 
se formar o Ducto Pronéfrico se degenera, sua principal função é dar origem ao próximo Ducto do próximo 
rim. 
 
 
MESONEFRO 
Aparecem no final da 4 semana, são provisórios, tem função de produzir a urina fetal importante na 
recirculação do líquido aminiótico. Ainda não tem função de excreção, toda excreção é feita via 
placentário. A formação do ducto mesonéfrico vai acontecer da mesma forma, porém não haverá mais a 
necessidade de curvatura na extremidade de seu túbulo pois o Ducto já está formado previamente, como 
se fosse um crescimento a partir do Pronefrico. Porém não vai ser uma estrutura tão simples quanto era a 
estrutura do Pronefro. 
Continua a se desenvolver. Inicialmente é um túbulo mesonéfrico que desemboca no Ducto mesonéfrico. 
Vai continuar se desenvolvendo, o túbulo vai começar a se alongar e, portanto, se tornar mais tortuoso, 
outra extremidade do túbulo em alongamento vai encontrar a rede de capilares que vai formar um 
glomérulo, envolvendo parcialmente esses capilares formando a Capsula de Balman. Isso acontece em 
todos os túbulos em toda a extensão do Mesonefro. 
No final do primeiro trimestre o ducto mesonéfrico também vai se degenerar totalmente no sexo feminino. 
Já no sexo masculino as partes mais caudais do Mesonefro estão relacionadas com a formação de 
estruturas do sistema reprodutor masculino (túbulos mesonéfricos  ductos deferentes e testículos. Ductos 
mesonéfricos epidídimo, vesícula seminal ductos deferentes). O ducto vai até a parte mais inferior e 
desemboca na cloaca. 
 
METANEFRO 
Começa a se desenvolver por volta da 5 semana, mas só começa a funcionar por volta da 9 semana. Dará 
origem aos rins permanentes. Formado por dois constituintes: 
-Blastema metanefrogênico: formado a partir da extremidade mais caudal do cordão nefrogênico (única 
que não se metameriza). Parte preta mais externa. Essa estrutura estará relacionada com a formação do 
néfron (unidade funcional do rim). 
-Broto uretérido: formado a partir da evaginação do Ducto Mesonéfrico (um pouco antes do mesmo 
desembocar na cloaca) que vai se dirigir em direção ao blastema metanefrogênico. Esse broto vai ser 
responsável pela formação de toda parte coletora do sistema urinário. Essa extremidade que chega até o 
blastema vai sofrer sucessivas ramificações até que todas as estruturas coletoras estejam formadas. Da 
origem ao ureter, pelve renal, cálices maiores e menores, ductos coletores. 
Por indução das ramificações do broto uretérico, o Blastema Metanefrogênico vai ser induzido a sofrer 
aglomeração celular  vesículas  se alongam  túbulos  néfron. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bexiga Urinária e Uretra 
Na cloaca inicialmente desembocam tanto sistema digestório quanto sistema urogenital. Essa cavidade vai 
ser subdividida pela formação de um septo chamado Septo Uroretal. Vai dividir a cloaca em 2 porções: 
- Seio Urogenital que fica mais ventralmente. Onde desemboca o sistema urogenital. Se subdivide em 3 
porções: 
 Porção Vesical: mais dilatada, maior. Dará origem a maior parte da formação da bexiga urinária (tem 
uma contribuição da porção mais caudal dos ductos mesonéfricos). 
 Porção pélvica: é mais intermediária e dá origem a uretra feminina e masculina. 
 Porção fálica: genitália externa. 
- Seio Retal que fica mais dorsalmente. Onde desemboca o sistema digestório. 
 
Os rins (Metanefros) vão mudar de posição durante o desenvolvimento do embrião. Eles estavam na região 
mais caudal do embrião (região sacral) se deslocam, subindo, devido a redução da curvatura corporal do 
embrião e por causa do crescimento mais acentuado da região caudal (para equilibrar com a região 
cefálica). 
 
 
 
Malformações do sistema urinário 
Agenesia renal ausência de formação do rim, broto uretérico não se forma ou se forma e se degenera 
rapidamente. Pode ser unilateral (direito e esquerdo) e bilateral (incompatível com a vida). 
 
 
 
 
 
 
Rotação anormal dos rins  
 
 
 
 
 
 
 
 
Rins ectópicos quando os rins se fundem e quando sobrem sobem para um único lado. Ou se fundem e 
ficam mais para baixo, nem sobem, ficam na região sacral. 
 
 
 
 
 
Rins de ferradura fusão da região mais caudal dos dois rins, ai quando sobem ficam em formato de 
ferradura. 
 
Duplicações do trato urinário formação de mais de um broto uretérico formando um rim supranumético 
(terceiro rim). 
 
 
 
 
 
Referências 
SADLER. Langman - Embriologia Médica.13 edição. Rio de Janeiro: Grupo GEN, 2016.9788527729178. 
Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527729178/ . 
Cervieri, M. L. Embriologia clínica. Porto Alegre: Grupo A, 2019. 9788533500693. Disponível em: 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788533500693/ . 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527729178/
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788533500693/
PROGRAMA DE PRÁTICA MÉDICA - PPM 
 
o Defina lombalgia, polaciúria e hematúria 
 
Lombalgia 
A lombalgia é a dor que ocorre na região lombar inferior. 
A lombociatalgia é a dor lombar que se irradia para uma ou ambas as nádegas e/ou para as pernas na 
distribuição do nervo ciático. 
Pode ser aguda (duração menor que 3 semanas), subaguda ou crônica (duração maior que 3 meses). 
Na maioria das vezes, está associada a doenças renais, da coluna vertebral ou da musculatura das costas. 
As doenças renais que costumam causar dor lombar são o cálculo renal (pedra nos rins), infecção do rim 
(pielonefrite) e a doença renal policística, uma vez que, se relacionam a posição em que o rim se encontra 
no corpo humano e a irradiação da dor que um cálculo renal pode provocar. 
A dor causada por cálculo renal é unilateral (em um dos lados das costas) e aparece repentinamente. É 
uma dor muito forte que vai piorando com o tempo, impossibilitando o paciente até de realizar alguns tipos 
de movimento, apesar de não necessariamente piorar com a movimentação. 
 
Polaciúria 
Aumento da frequência urinária 
 
Hematúria 
Presença de sangue na urina. 
Ocorre em grande número de doenças dos rins e das vias urinárias, como infecções, cálculos e tumores. 
O aspecto da urina depende do volume de sangue e do pH da urina. 
Basta um centímetro cúbico de sangue em 1,5 ℓ de urina para conferir-lhe cor avermelhada ou marrom, 
facilmente identificável pelo paciente (hematúria macroscópica). 
 
 
 
 
Referências: 
PORTO, C. C.; PORTO, A. L. Semiologia Médica – Porto. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2019. 
 
Frederico Arnaldo de Queiroz e Silva Fabiano André Simões; UROLOGIA FUNDAMENTAL: SEMIOLOFIA 
UROLOGICA; CAP 3 
 
 
 
o Sequenciar cateterismo vesical e destacar as indicações, contraindicações e quais profissionais 
podem realizar o procedimento 
 
Conceito 
É um procedimento estéril que consiste na introdução de uma sonda no interior da bexiga, através da uretra, 
a fim de drenar a urina, sendo removida após atingida a finalidade do procedimento. 
 
 
Procedimento 
- Confirmar a paciente e o procedimento a ser realizado. 
- Reunir o material e levar ao quarto da paciente. 
- Avaliar e preparar a paciente (higiene íntima, condição emocional e orientar necessidade de realização 
do procedimento). 
- Posicionar o biombo e fechar a porta do quarto. 
- Higienizar as mãos. 
- Posicionar a paciente em decúbito dorsal, com as pernas afastadas ou em posição ginecológica. 
- Deixar região genital protegida com lençol. 
- Assegurar adequada paramentação para o procedimento (gorro, óculos de proteção e máscara). 
- Abrir o pacote de cateterismo entre as pernas da paciente ou em uma mesa auxiliar, colocar o antisséptico 
na cúpula, colocar sobre o campo a sonda e o lubrificante gel (4 mL) dentro da cuba rim (em um canto). 
- Se for necessário colher urina para exame o frasco estéril para coleta deverá ser colocado dentro do 
campo estéril. 
- Calçar as luvas estéreis. 
- Antissepsia: 
- Com a mão dominante pegar a sonda e lubrificar a ponta no gel lubrificante que está na cuba-rim (+/- 5 
cm) e introduzir a sonda em movimento rápido deslizante até a metade. 
- Coletar todo o volume urinário drenado na cuba rim. 
OBS: Coleta de material para exame: neste momento deve-se coletar uma quantidade de urina 
intermediária em frasco coletor (jato inicial e final desprezar na cuba-rim). 
- Ao término do fluxo urinário, retirar delicadamente a sonda. 
- Retirar as luvas estéreis e desprezar o material descartável em saco de lixo auxiliar. 
- Calçar as luvas de procedimento. 
- Posicionar a paciente de modo confortável. 
- Recolher o material, providenciando o descarte e armazenamento adequado. 
- Retirar óculos, máscara, gorro e biombo e organizar o ambiente. 
- Calçar luvas de procedimentos e medir o volume urinário no cálice ou saco plástico graduado. 
- Desprezar a urina e retirar as luvas. 
- Higienizar as mãos. 
- Checar a prescrição médica, anotar o procedimento registrando: a hora, o volume, o aspecto e a 
coloração da urina. 
 
 
Objetivos 
Drenagem de urina. 
 
Complicações 
A complicação mais recorrente é a Infecção do trato urinário que geralmente decorre do traumatismo na 
passagem da sonda, técnica asséptica inadequada. Resistência a passagem do cateter; hematúria; disúria; 
parafimose. 
 
Materiais utilizados 
Bandeja contendo: 1 par de luvas estéreis; 1 kit cateterismo esterilizado (cúpula, cuba-rim, pinça Pean, gazes 
e campo fenestrado); 1 sonda vesical de alívio – 12 ou 14F (adultos); Xilocaína gel 2%; Solução antisséptica 
de Clorexidine aquosa 2%; 1 frasco estéril para coleta de urina (se o cateterismo incluir a coleta de material 
para exame); Frasco graduado; Saco para lixo comum. EPIs: gorro, máscara cirúrgica, óculos de proteção 
e luvas de procedimentos 
 
Tipos de sondas 
Sonda Vesical de Demora. 
Sonda Vesical de Alívio/Intermitente. 
 
Indicações 
É indicado realizar esse procedimento para esvaziar a bexiga em casos de bexigoma; coleta de material 
(urina) para exames; em casos de pacientes internados que não conseguem urinar sozinhos deve ser feita 
a sonda vesical intermitente (várias vezes ao dia); para determinar o débito urinário; avaliar obstrução 
secundária (se o caminho da uretra até a bexiga já está limpo tem que investigar obstrução no ureter, 
estenose uretral, próstata, coágulos sanguíneos. 
 
Contraindicações 
Em casos de: anomalias anatômicas que impeçam a passagem da sonda, trauma com suspeita de lesão 
uretral evidenciada por sangramento pelo meato uretral, próstata alta ao toque retal ou hematoma 
escrotal, perineal ou peniano não se deve realizar o procedimento. 
 
Profissionais habilitados 
Este procedimento deve ser realizado somente pelo médico e pelo enfermeiro. 
 
 
 
Referências: 
PORTO, C.C.; PORTO, A. L. Semiologia médica. 7ª. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2017. 
 
POTTER, P.A.; PERRY, A.G. Fundamentos de Enfermagem. 7ª Ed. São Paulo: Elsevier, 2009. 
 
Cenário Prático de PPM – Prof. Lidelci 
 
 
PSICOLOGIA MÉDICA 
 
o Discutir a saúde mental do idoso 
 
Falar da terceira idade é sempre importante, mais ainda quando deseja-se que ela seja bem vivida. A saúde 
mental na terceira idade vem ganhando mais destaque atualmente, pois muitos problemas físicos derivam 
do emocional e de uma mente sem preparo. 
 
O impacto do tempo para muitas pessoas pode ser avassalador, e para quem é idoso associa-se esse fato 
ao fim trágico de um ciclo, esquece-se que todos estão vulneráveis a ter a vida interrompida a qualquer 
momento e, que se cuidar para fortalecer corpo e mente é o ingrediente necessário para poder desfrutar 
de bons momentos com toda intensidade e principalmente ser feliz consigo mesmo. Confira mais no texto a 
seguir: 
 
O envelhecimento e o impacto para o idoso 
É até um pouco complicado falar sobre saúde mental, já que esse conceito pode ser interpretado de 
diversas maneiras por culturas diferentes. Podemos então dizer que esse fator então trata-se da capacidade 
de alguém de lidar com sentimentos e emoções, seria algo tecnicamente chamado de qualidade 
cognitivo-emocional. 
 
Todo o caminho para se envelhecer e a diminuição das reservas funcionais, causam um desgaste muito 
grande psicológico, porém nunca deve ser associado à doença. Ou seja, pode-se sim envelhecer e todos 
terão um impacto no corpo com isso, todavia não deve-se nunca acreditar que esse processobiológico por 
si só é uma doença. 
 
Na onda de saúde mental e dos diversos tratamentos que encontra-se atualmente, pode-se afirmar que 
essa é sim a melhor idade. Pois é nessa fase que a pessoa terá realmente tempo disponível para cuidar dela 
mesma e de alimentar o amor-próprio, algo que pode ter ficado guardado por anos ao se dedicar demais 
às pessoas queridas e ter se deixado em segundo plano. 
 
O que impacta a qualidade de vida na terceira idade? 
A OPAS, Organização Pan-Americana da Saúde, mostrou em sua pesquisa que 10% das pessoas com idade 
acima de 60 anos, sofrem de depressão. E esse quadro ainda se acentua mais em pessoas acima dos 85 
anos. 
 
O principal vilão da terceira idade no Brasil e no mundo são as experiências de vida negativas, ou seja: 
abusos e traumas, estresse, processos de luto, problemas familiares, a ideia de que não pode mais lutar por 
seus sonhos e o sentimento de impotência ao não conseguir executar algo que era comum quando mais 
jovem. 
 
Dentre as diversas doenças mentais que podem surgir destacam-se com maior incidência: 
 
Depressão na terceira idade 
São comuns sentimentos de impotência, tristeza, desânimo e desamparo. Conheça mais sobre a depressão 
no artigo neste link. 
 
Demência 
Problemas de memória e doença cerebral crônica como a Esquizofrenia e Alzheimer. 
 
Bipolaridade 
Alteração de humor e capacidade de realização de tarefas. 
 
O tratamento psicológico 
Primeiro é importante adotar uma cultura de vida diferente: especialistas como psicólogos e médicos no 
geral não devem ser consultados somente quando se tem um problema. Muito seria evitado se as pessoas 
começassem a ver os tratamentos como uma forma de nunca adoecer, ou seja, algo preventivo. 
 
Por isso o tratamento psicológico para a terceira idade pode ter seu início ao decorrer da vida de um 
indivíduo, para assim manter a saúde mental e emocional positiva. Uma maneira de realizar esse 
atendimento de forma segura, sem precisar se deslocar até o local é através da consulta psicológica online, 
se você tem curiosidade em saber como funciona, clique aqui e leia mais, ou conheça os profissionais 
especializados da TelaVita clicando aqui. 
 
Para as pessoas que têm já algum problema, muitos especialistas deverão ser consultados para se ter um 
total acompanhamento do quadro em que se encontra. Mas sempre, tendo o acompanhamento de um 
psicólogo que adotará as melhores medidas para cada tipo de caso. A maioria dos problemas como 
ansiedade e depressão podem, em sua maioria, serem totalmente solucionados com o decorrer do 
atendimento, entretanto casos como o de Alzheimer e Esquizofrenia são crônicos e com o tratamento 
diminuirão a incidência dos sintomas, mas não há cura. 
 
 
Referências: 
Graziano, Lilian Domingues. A felicidade revisitada: um estudo sobre bem-estar subjetivo na visão da 
psicologia positiva. 2005. Tese (Doutorado em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano) - Instituto 
de Psicologia, University of São Paulo, São Paulo, 2005. 
 
Santos, Mônica Macalin; GERLACH, Kelin; DRÜGG, Angela Maria Schneider. Psicologia do envelhecimento. 
Salão do Conhecimento, v. 1, n. 1, 2015 
 
 
o Apontar as causas para perda de memória do idoso 
 
 
Muitas vezes, sintomas como a perda de memória citada no caso, são diagnosticadas de maneira incorreta. 
Muitas vezes sintomas como esquecimento, dificuldade de realizar tarefas cotidianas e até mesmo cuidados 
pessoais são justificados na velhice pelo declínio cognitivo que ocorre nessa faixa etária. Entretanto é muito 
importante lembrar que esses mesmos sintomas podem ter causa psicológica, como por exemplo, a 
depressão ou até mesmo se tratar de alterações das funções executivas (causadas por falta de vitaminas/ 
Uso de alguns medicamentos / estresse por sobrecarga de atividades / Acidentes vasculares cerebrais / 
Demência.) 
A similaridade de sintomas da depressão e das alterações nas funções executivas faz com que a depressão 
nos idosos seja mais difícil de ser diagnosticada, portanto é extremamente necessário redobrar a atenção 
nessa faixa etária, não buscando somente causas nos problemas físicos, mas também nos psicológicos. 
Existem métodos que os profissionais da saúde podem adotar para conseguir diferenciar se a causa desses 
sintomas se trata de uma doença física (como a demência onde ocorre diminuição das sinapses) ou 
quando se trata de uma doença psicológica como a depressão. 
Escalas como: Escala de Depressão Geriátrica (EDG); Mini Exame do Estado Mental; Escala Geral de 
Atividades de Vida Diária (GADL), ajudam a diferenciar se se trata de um caso de depressão ou não. 
O diagnóstico correto é muito importante pois assim poderá ser oferecido ao idoso um tratamento eficaz. 
Portanto, a depressão pode ou não aparecer associada a alterações das funções executivas, sem ter 
relação de causa. 
Bem como as alterações das funções executivas podem existir sem que aja a necessidade do idoso estar 
deprimido. Portanto é necessário cuidado ao diagnosticar a causa dos sintomas, pois como no caso, o Sr. 
Antônio pode tanto estar deprimido quanto pode também estar sofrendo uma alteração das suas funções 
executivas. 
 
Principais causas da perda de memória. 
 
Doenças de tireoide; acidentes vasculares cerebrais; hipovitaminoses; hidrocefalia; efeitos colaterais de 
medicamentos; desidratação; tumores cerebrais, estresse e sobrecarga de atividades. 
Também se deve procurar por possíveis demências ou até mesmo depressão. 
Algumas das queixas de perda de memória estão associadas a quadros depressivos, nas quais as 
capacidades intelectuais do idoso se encontram prejudicadas. 
 
 
 
Referências: 
Regina Maria Fernandes Lopes, Roberta Fernandes Lopes do Nascimento, Cristiane Silva Esteves, Lauren 
Bulcão Terroso, Irani I. de Lima Argimon. Funções executivas de idosos com depressão: um estudo 
comparativo. Revista Cuadernos de Neuropsicología - Panamerican Journal of Neuropsychology, V 7, n. 2, 
2013. Disponível em: file:///C:/Users/gabiv/Downloads/148-502-1-SM.pdf . 
 
Nordon, D., Guimarães, R., Kozonoe, D., Mancilha, V., & Neto, V. Perda cognitiva em idosos. Revista da 
Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba, V 11, n. 3, 2009. Disponível em: 
https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/1874. 
 
 
 
 
 
PAPP – SAÚDE COLETIVA 
 
o Apontar e explicar as políticas públicas relacionadas à saúde do idoso 
 
Em 1999, a Portaria Ministerial nº 1.395 anuncia a Política Nacional de Saúde do Idoso, a qual determina que 
os órgãos e entidades do Ministério da Saúde relacionados ao tema promovam a elaboração ou a 
readequação de planos, projetos e atividades na conformidade das diretrizes e responsabilidades nela 
estabelecidas (Brasil, 1999). A finalidade primordial da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa é 
recuperar, manter e promover a autonomia e a independência dos indivíduos idosos, direcionando medidas 
coletivas e individuais de saúde para esse fim, em consonância com os princípios e diretrizes do Sistema 
Único de Saúde. 
É alvo dessa política todo cidadão e cidadã brasileiros com 60 anos ou mais de idade. 
O Brasil envelhece de forma rápida e intensa. 
Uma importante consequência do aumento do número de pessoas idosas em uma população é que esses 
indivíduos provavelmente apresentarão um maior número de doenças e/ou condições crônicas que 
requerem mais serviços sociais e médicos e por mais tempo (Firmo et al, 2003). 
Isso já pode ser notado, uma vez que a população idosa, que hoje representa cerca de 9% da população, 
consome mais de 26% dos recursos de internação hospitalar no SUS (Lima-Costa et al, 2000). 
Além disso, é notável a carência de profissionais qualificados para o cuidado ao idoso, em todos os níveis 
de atenção. 
Não se fica velho aos 60 anos. 
O envelhecimento é um processo natural que ocorre ao longo de toda a experiência de vida do ser 
humano, por meio deescolhas e de circunstâncias. 
 
São apresentadas abaixo as diretrizes da Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa: 
 
I) promoção do envelhecimento ativo e saudável; 
II) atenção integral, integrada à saúde da pessoa idosa; 
III) estímulo às ações intersetoriais, visando à integralidade da atenção; 
IV) provimento de recursos capazes de assegurar qualidade da atenção à saúde da pessoa idosa; 
V) estímulo à participação e fortalecimento do controle social; 
VI) formação e educação permanente dos profissionais de saúde do SUS na área de saúde da pessoa idosa; 
VII) divulgação e informação sobre a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa para profissionais de 
saúde, gestores e usuários do SUS; 
VIII) promoção de cooperação nacional e internacional das experiências na atenção à saúde da pessoa 
idosa; e 
IX) apoio ao desenvolvimento de estudos e pesquisas. 
 
https://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/1874
A meta final deve ser uma atenção à saúde adequada e digna para os idosos e idosas brasileiras, 
principalmente para aquela parcela da população idosa que teve, por uma série de razões, um processo 
de envelhecimento marcado por doenças e agravos que impõem sérias limitações ao seu bem-estar. 
 
Referências: 
BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas Públicas. Política Nacional da 
Saúde da Pessoa Idosa. Brasília, DF. 2006. Disponível em: <https://bvsms.saude.gov.br/b 
 
MINISTÉRIO DA SAÚDE. PORTARIA Nº 2.528 DE 19 DE OUTUBRO DE 2006. Disponível em 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2006/prt2528_19_10_2006.html#:~:text=A%20Pol%C3%ADtic
a%20Nacional%20do%20Idoso,94%20e%20Decreto%20n%C2%BA%201.948%2F 
 
 
 
o Explicar a atuação do SUS e ESF no controle da vacinação infantil 
 
A imunização deve ser entendida como um modificador no curso das doenças, já que apresentam 
acentuado decréscimo da morbidade e da mortalidade causada pelas doenças infecciosas evitáveis por 
vacinação. 
Ela representa o procedimento de menor custo e maior efetividade, que garante a promoção e a proteção 
da saúde em indivíduos vacinados. 
Trata-se de uma revisão integrativa que busca analisar e sintetizar resultados de estudos independentes 
sobre o mesmo assunto, contribuindo, pois, para uma possível repercussão benéfica na qualidade dos 
cuidados prestados ao paciente. 
O Calendário Vacinal Nacional para 2020, promoveu duas aplicações. A primeira diz respeito à febre 
amarela que, apesar de uma dose ser capaz de imunizar o indivíduo por toda a vida, quando utilizada em 
crianças muito novas a eficácia pode ser comprometida. Por esse motivo houve uma nova recomendação 
de reforço aos quatro anos. Além disso, todo o território nacional passou a ser prioritário para a vacinação. 
Outra mudança foi a ampliação da cobertura em relação à influenza: adultos entre 55 e 59 anos também 
serão incluídos como grupo-alvo. Os grupos prioritários anteriores permanecem cobertos. 
Além das ampliações, o Ministério incluiu uma nova vacina: a meningocócica ACWY conjugada, que 
substituiu o reforço da meningocócica C para os adolescentes de 11 e 12 anos de idade, e previne os quatro 
sorotipos de meningite bacteriana: A, C, W e Y 
O setor da vigilância responsável pela imunização é a Vigilância Epidemiológica (VE), que controla o 
Programa Nacional de Imunização (PNI) 
As vacinas permitem a prevenção, o controle, a eliminação e a erradicação das doenças 
imunopreveníveis, assim como a redução da morbimortalidade por certos agravos, sendo a sua utilização 
bastante custo-efetiva¹. 
O acompanhamento dos cartões de vacina é uma das atribuições fundamentais e prioritárias no trabalho 
do Agente Comunitário de Saúde (ACS), principalmente a verificação periódica da Caderneta de Saúde 
da Criança, desenvolvendo ações de prevenção de doenças e agravos e de promoção à saúde. 
No contexto da vacinação, a equipe da ESF realiza a verificação da caderneta e a situação vacinal e 
encaminha a população à unidade de saúde para iniciar ou completar o esquema vacinal, conforme os 
calendários de vacinação. 
É fundamental que haja integração entre a equipe da sala de vacinação e as demais equipes de saúde, 
no sentido de evitar as oportunidades perdidas de vacinação, que se caracterizam pelo fato de o 
indivíduo ser atendido em outros setores da unidade de saúde sem que seja verificada sua situação 
vacinal, ou haja encaminhamento à sala de vacinação. 
 
As vacinas que são essenciais na infância são: 
 
 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2006/prt2528_19_10_2006.html#:~:text=A%20Pol%C3%ADtica%20Nacional%20do%20Idoso,94%20e%20Decreto%20n%C2%BA%201.948%2F
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2006/prt2528_19_10_2006.html#:~:text=A%20Pol%C3%ADtica%20Nacional%20do%20Idoso,94%20e%20Decreto%20n%C2%BA%201.948%2F
 
 
 
 
FISIOLOGIA 
 
o Explicar as funções do rim e relacionar com a formação da urina 
FUNÇÕES RENAIS 
Além das funções que serão descritas, os rins realizam a gliconeogênese em jejuns prolongados, e o 
armazenamento de substâncias essenciais ao organismo, como glicose e aminoácidos 
 
 Regulação do Volume e Osmolaridade 
O papel regulatório do volume e osmolaridade do LEC exercido pelos rins é feito por meio da excreção ou 
reabsorção de água e eletrólitos, especialmente o sódio. Esse papel regulatório ainda é extremamente 
essencial para manutenção da PA do organismo. 
Além do sódio, outros eletrólitos tem suas concentrações reguladas pelos rins, são eles: potássio, fosforo, 
cálcio, magnésio e hidrogênio. 
Esse último ainda se relaciona ao balanço ácido-base que o rim realiza regulando a secreção de H+ e 
bicarbonato. 
 
Água 
Quando se ingere muito líquido ou a perda de líquido é reduzida, o LEC é diluído e sua osmolaridade diminuí. 
Os rins vão identificar essa diminuição e aumentar a secreção de água, aumentar a produção de urina e 
retornar à homeostase. 
Quando há uma privação da ingestão de água ou uma grande perda dela por suor, fezes, respiração, etc. 
os rins identificam o aumento da osmolaridade do LEC e passam a realizar uma maior reabsorção de água, 
diminuição da urina e desencadeiam a sede 
 
Sódio 
Assim como a água, o sódio está muito relacionado ao volume e osmolaridade dos líquidos corporais. Para 
uma osmolaridade adequada, o sódio deve estar em um balanço estacionário e, para isso ser feito, o corpo 
possui um “pool de sódio” que nada mais é que uma reserva de sódio. 
Quando se aumenta a ingestão de sódio, o pool é aumentado, a de sódio é aumentada e o pool é 
diminuído. 
*A secreção do sódio é feita tanto pela urina quanto pelo suor e pelas fezes. 
 
 Função Excretora 
Os rins são importantes excretores de resíduos metabólicos, creatinina, ureia, ácido úrico, produtos da 
degradação da hemoglobina e outros. 
O rim ainda secreta substâncias estranhas ao organismo como drogas, pesticidas e aditivos alimentares, 
como conservantes e emulsificantes. 
 
 
 Função Endócrina 
Os rins regulam a produção de eritrócitos por meio da produção do hormônio eritropoetina, regulam a PA 
pela secreção da renina e regulam o metabolismo do cálcio e fósforo por meio da ativação da vitamina 
D3 (ativada, recebe o nome de calcitriol). 
*Por esse motivo indivíduos em hemodiálise devem sempre realizar hemogramas, pois apresentam maior 
risco de desenvolver anemia 
 
Metabolismo do Cálcio e do Fósforo 
O cálcio e o fósforo são os componentes básicos dos ossos, cuja absorção pelo trato digestivo só é possível 
na presença do calcitriol. 
Além disso, o cálcio é essencial para a contração muscular e para a transmissão de impulsos nervosos. 
Quando se tem déficit de cálcio plasmático, a secreção de paratormônio (além de diminuir a excreção de 
cálcio pelos rins) aumenta, e esse hormônio estimula os rins a ativarem a vitamina D3 e aumentarem a 
concentração de calcitriol plasmático 
 
 
Distúrbio de Cálcio em Doença Renal 
Em algumas doenças renais, mesmo com estímulosos rins não conseguem ativar a vitamina D3, com isso a 
absorção de cálcio pelo trato digestivo é diminuída assim como a retenção dessa substância pelos rins. 
Dessa forma, o paratormônio passa a estimular os osteoclastos, que vão realizar a desmineralização do 
tecido ósseo e a reabsorção de cálcio ósseo consequentemente. 
Com base nisso, se entende porque a doença renal pode causar um hiperparatireoidismo secundário. As 
paratireoides estarão secretando muito paratormônio para tentar regular os níveis de cálcio plasmático e a 
glândula ficará aumentada pelo trabalho excessivo 
 
 
FORMAÇÃO DA URINA 
O mecanismo fisiológico básico da função renal consistem em fazer o sangue que entrar pela artéria renal 
e, em última instância, pela arteríola aferente, passar pela barreira dos capilares glomerulares, criando-se 
assim um líquido semelhante ao plasma, porém livre de proteínas, e outros compostos de alto peso molecular 
em grandes quantidades, além de não apresentar elementos figurados sangue que escoa para o espaço 
de Bowman. 
Esse líquido é chamado de ultrafiltrado que e possui características intermediárias entre o sangue e a urina 
final. 
Sob condições normais, a taxa de filtração glomerular dos rins é de aproximadamente 125 ml por minuto, 
ou 180 litros por dia, ou seja, o volume inteiro do sangue corpóreo circula mais de 30 vezes pelos rins em um 
dia. 
O fluxo sanguíneo para os dois rins corresponde a 20% do débito cardíaco. Etapas de formação da urina. 
 
Resulta da: 
1-filtração glomerular 
2-reabsorção tubular 
3-secreção tubular. 
 
Para saber a taxa de excreção, utiliza-se a seguinte fórmula: 
Taxa de Excreção Urinária = Taxa de filtração 
Taxa de Reabsorção + Taxa de Excreção. 
 
Para a função urinária normal, o sistema nervoso voluntário e autônomo deve estar intacto e os músculos 
do trato urinário devem estar funcionando. 
Normalmente, o enchimento da bexiga estimula os receptores de estiramento na parede da bexiga a 
enviarem impulsos por meio dos nervos espinais S2 a S4 para a coluna vertebral, depois para o córtex 
sensorial, em que a necessidade de urinar é percebida. 
Um limiar de volume, que difere de um indivíduo para outro, desencadeia a percepção da necessidade de 
urinar. 
Entretanto, o esfíncter urinário externo do colo vesical está sob controle voluntário e habitualmente 
permanece contraído até o indivíduo decidir urinar. 
O centro de inibição da micção no lobo frontal também auxilia o controle da micção. 
Quando a decisão é tomada, os sinais voluntários no córtex motor iniciam a micção. 
Esses impulsos são transmitidos para o centro miccional na ponte, que coordena os sinais simultâneos de 
contração do músculo liso detrusor na bexiga (por meio de fibras nervosas colinérgicas parassimpáticas) e 
de relaxamento do esfíncter interno (via fibras nervosas alfa simpáticas) e da musculatura estriada do 
esfíncter externo da bexiga e do assoalho pélvico (a micção normalmente ocorre quando a contração da 
bexiga se coordena com o relaxamento do esfíncter uretral.). 
Além de uma função urinária normal, a continência e a micção normais necessitam de função cognitiva 
normal (incluindo motivação), mobilidade, acesso a banheiro e destreza manual. 
 
 
 
 
Referências: 
GUYTON & HALL. Tratado de Fisiologia Médica 13ed. Guanabara Koogan, 19 jan. 2017 
 
SILVERTHORN, D. Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada, 7ª Edição. Artmed, 2017. 
 
 
 
o Interpretar o exame de urina 
 
Exame simples de urina, coletando de 40 – 50ml de urina 
Permite a identificação da densidade da urina, pH, glicose, proteína, hemácias, leucócitos, cetonas, 
bilirrubina e urobilinogênio, nitrito, cristais e células epiteliais e cilindros 
O resultado é fornecido em graduação de cruzes de 1 a 4 
 
Densidade: 
- a densidade pura da água equivale a 1000, logo quanto mais próximo deste resultado mais diluído é a 
urina. 
Valor de Referência: 1005 a 1035. 
Indica a concentração das substancias solidas diluídas na agua, sais minerais na maior parte pH: a urina é 
naturalmente ácida e varia de 5,5 a 7, enquanto o pH do sangue está em torno de 7,5. PH maio que 7 pode 
indicar a presença de bactérias que alcalinizam a urina, uma dieta errada, medicação ou vômito 
previamente à realização do exame. 
Valores menor que 5,5 indica acidose no sangue ou problema renal. 
 
Glicose: 
- toda glicose filtrada nos rins é reabsorvida para o sangue, por isso o normal é a ausência dela na urina. 
- caso esteja presente, pode indicar altos níveis sanguíneos, como no diabetes ou doença nos túbulos renais, 
quando os rins não conseguem impedir sua perda, no caso do paciente não ter diabetes. 
 
Proteínas: 
- a maior parte das proteínas são muito grandes para serem filtradas pelos rins, por isso é comum sua 
ausência na urina. 
- caso haja uma pequena quantidade, pode haver muitas explicações, como desidratação, estresse 
emocional, atividade física antes da coleta, entre outros. 
- a presença de muitas proteínas indica, quase sempre, doenças renais, nos glomérulos. 
 
Hematúria: 
- a quantidade de hemácias na urina é desprezível, caso haja uma quantidade exacerbada, pode ser 
indicativo para doenças diversas, como infecções, cálculos renais e doenças renais graves. 
 
Leucócitos: 
- a sua presença indica inflamações nas vias urinarias, sugerindo infecções, traumas, uso de substâncias 
irritantes ou outros. 
 
Cetonas: 
- produtos da metabolização das gorduras, produzidos quando o organismo está com dificuldade em utilizar 
a glicose como fonte de energia. 
- comum estar presente na diabete, jejum prolongado e dietas rigorosas, febres, doenças agudas, gravidez, 
aleitamento materno e hipertireoidismo 
 * Urobilinogênio e Bilirrubina: ausentes na urina; quando presentes podem indicar doença hepática 
ou hemólise (destruição anormal das hemácias) 
 
 * Nitritos: a urina é rica em nitratos, quando há presença de bactérias na urina, esses nitratos são 
transformados em nitritos; nem toda bactéria metaboliza o nitrato, por isso não descarta a infecção urinaria 
caso o nitrito seja neg. 
 
 * Cristais: não necessariamente apresentam importância clínica, pode ser um sinal para alguma 
doença e não indica maior chance de formação de cálculo renal. 
 
 * Células epiteliais e cilindros: é normal a presença, são células descamadas do trato urinário. 
Apresentam problema quando sem agrupam em forma de cilindro quando em grande quantidade de 
substancias, indicando que estas substancias vieram dos túbulos renais e não de outros pontos do trato 
urinário. 
 
 
 
 
 
 
Valores de referência normais em exame de urinálise: 
Aspecto: límpido 
Cor: amarela 
Densidade: 1,005 a 1,030 
pH: 5,5 a 7,5 
Proteínas: nagativo 
Glicose: normal 
Corpos cetônicos: negativo 
Hemoglobina: negativo 
Nitrito: negativo 
Células descamativas: até 10.000/ml 
Leucócitos: até 7.000/ml 
Hemácias: até 5.000/ml 
Cilindros: até 500/ml 
 
Referências: 
GUYTON, A.C. & HALL, J.E., Tratado de Fisiologia Médica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, Ed.9, 1997. 
 
SILVERTHORN, D.U. Fisiologia Humana. Uma abordagem integrada. Porto Alegre: Artmed, 2010. 
 
Cenário Prático de Fisiologia – Prof. Margarete e Prof. Marcos. 
 
 
MEDICINA BASEADA EM EVIDÊNCIA – MBE 
 
o Explicar a importância da revisão sistemática na prática médica 
 
As etapas de uma revisão sistemática são: *Formulação de uma pergunta de revisão bem delimitada. Em 
geral utiliza-se a PICO. 
*Elaboração do protocolo da RS. 
*Definição de critérios de inclusão/exclusão. 
*Definição de estratégia de busca nas bases de dados. 
*Busca adequada e exaustiva de estudos primários para inclusão na RS. 
*Avaliação da qualidade dos estudos primários. 
*Extração de dados (organização dos dados em planilhas/tabelas) 
*Síntese dos resultados dos estudos (pode incluir realização de meta-análise). 
*Interpretaçãodos resultados e elaboração do relatório. 
 
Revisão sistemática é um tipo de revisão que se propõe a responder uma pergunta específica. Para isso 
utiliza métodos sistemáticos e definidos a priori na identificação, seleção e análise dos estudos. 
Por sua vez, metanálise, ou meta-análise, é um método estatístico para agregar os resultados de dois ou 
mais estudos independentes, sobre uma mesma questão de pesquisa, combinando seus resultados em uma 
medida sumária. 
Geralmente segue-se à realização de uma revisão sistemática. 
Uma revisão sistemática e uma metanálise identificaram que mais ensaios clínicos de grande porte devem 
ser realizados para analisar se as intervenções não-farmacológicas são capazes de elevar os níveis de citrato 
urinário e atuar sobre a prevenção dos cálculos renais. 
 
A meta-análise é uma técnica de investigação que seleciona estudos e extrai resultados por meio de 
procedimentos rigorosos. Os resultados são, então, resumidos através de análise estatística com o objetivo 
de diminuir a subjetividade dos métodos tradicionais de revisão narrativa. Assim, pode-se afirmar que a 
meta-análise é um estudo observacional da evidência e que se baseia na aplicação do método estatístico 
a um estudo de revisão sistemática, que integra dois ou mais estudos primários. 
 
A heterogeneidade em revisões sistemáticas com meta-análise consiste na variabilidade ou diferença entre 
estudos em relação à estimativa de efeitos e por isso o seu cálculo é fundamental para avaliar o grau de 
confiança dos resultados em situações de decisões incertas ou suposições sobre os dados e resultados 
usados 
Interpretativamente, uma escala com um valor de I2 próximo a 0% indica não heterogeneidade entre os 
estudos, próximo a 25% indica baixa heterogeneidade, próximo a 50% indica heterogeneidade moderada 
e próximo a 75% indica alta heterogeneidade entre os estudos. 
 
Revisão Tradicional X Sistemática 
*A principal diferença é que a RS tem métodos e critérios que são utilizados para selecionar e avaliar artigos. 
Em uma RT (também chamada de revisão narrativa), a questão clínica é ampla, abrange vários aspectos 
sobre uma população ou doença por exemplo. As RS, por outro lado, possuem uma questão objetiva, com 
uma população determinada, exposição e desfechos esperados 
 
Quanto a busca de literatura, a RT possui uma busca não sistematizada, enquanto a RS faz uma busca 
abrangente e em várias bases bibliográficas diferentes (pelo menos 3). Quanto a seleção de estudos, a RT 
geralmente realiza com uma amostra enviesada de estudos, já a RS usa critérios bem definidos de inclusão 
e exclusão de estudos. 
 
Quanto a avaliação da qualidade dos artigos selecionados, ela não é sistematizada em RT, mas é feita com 
uma avaliação metodológica criteriosa dos artigos selecionados em uma RS. Por fim, quanto ao sumário dos 
resultados, é qualitativo em RT, e pode ser qualitativo e/ ou quantitativo em RS. 
 
Revisão Sistemática com Metanálise 
*Não necessariamente uma RS precisa de uma metanálise 
A metanálise é uma análise estatística que combina os resultados de dois ou mais estudos independentes, 
gerando uma única estimativa de efeito. A metanálise estima com mais poder e precisão o verdadeiro 
tamanho do efeito da intervenção, muitas vezes não demonstrado em estudos únicos, com metodologia 
inadequada e tamanho de amostra insuficiente. 
 
Processo de uma Revisão Sistemática 
*Para uma pesquisa ser reprodutível, ela deve seguir um rigor metodológico muito grande 
Deve-se seguir a estratégia FI RE: Formular uma pergunta que possa ser respondida, buscar Informações, 
Revisar informações e fazer uma avaliação clínica, Empregar os resultados na prática. 
 
Referências: 
SOUSA, Marcos R. de; RIBEIRO, Antônio Luiz P.. Revisão sistemática e metaanálise de estudos de diagnóstico 
e prognóstico: um tutorial. Arq. Bras. Cardiol., São Paulo , v. 92, n. 3, p. 241-251, Mar. 2009 . Available from 
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0066-782X2009000300013&lng=en&nrm=iso 
 
SAMPAIO RF E MANCINI MC. Estudo de revisão sistemática: um guia para síntese criteriosa de evidência 
cientifica. Rev. bras. fisioter., São Carlos, v. 11, n. 1, p. 83-89, jan./fev. 2007 
 
CARVALHO DE SOUZA, Mirian. Métodos de Síntese e Evidência: Revisão Sistemática e Metanálise. [s.l.: s.n., 
s.d.]. Disponível em: 
<http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/inca/mirian_metodo_de_sintese_e_evidencia.pdf>. 
 
CAMPANA O. Álvaro. Metodologia da investigação cientifica aplicada à área biomédica. (Investigações 
na área médica). Pós – Graduação. Botucatu. UNESP – Faculdade de Medicina de Botucatu, 1999.

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