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Descrição de como foi feita a pesquisa: Foi pesquisado os termos "agravo de instrumento" e "tema 988" na pesquisa de Jurisprudência do TJRJ, que voltou com 605 decisões. Foi pesquisado os termos "agravo de instrumento" e "tema 988" e “conhecido” e voltou 227 resultados. Foi pesquisado o termo "agravo de instrumento" e "tema 988" e “provido” e voltaram 32 resultados. Foram, portanto, vistos tais decisões, colheu-se o que se viu pertinente à pesquisa. A pesquisa se compreendeu entre 2018 e 2021. Ação indenizatória. Decisão que indeferiu o aditamento de petição inicial. Agravo de instrumento. Malgrado a decisão objurgada não se subsuma às hipóteses previstas no art. 1.015 do CPC, o recurso comporta conhecimento à vista do risco de inutilidade do conhecimento da questão em preliminar de apelação - Tema 988 do E.STJ, REsp 1.704.520/MT. Pretensão ao aditamento da petição inicial depois da citação. Expressa discordância do réu - art. 329, inciso II do CPC Recurso não provido. (TJRJ, AI nº 0023368-04.2021.8.19.0000, Rel. Des. MAURÍCIO CALDAS LOPES, j. em 08/04/2021, DJe 12/04/2021, DÉCIMA OITAVA CÂMARA CÍVEL) AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. SEGURO DPVAT. LAUDO DO INSS. PROVA PERICIAL. INDEFERIMENTO. CERCEAMENTO. REFORMA DA DECISÃO.1. Cuida-se, na origem, de ação de cobrança de indenização decorrente de seguro dpvat ajuizada pelo agravado em face do agravante. 2. Decisão recorrida que indefere o pedido de produção de prova pericial, sob o fundamento de que existente nos autos laudo pericial formulado pelo INSS. 3. Admissibilidade do recurso examinada de acordo com a tema 988 fixado pelo C. STJ, em sede de recurso repetitivo, no sentido de que "o rol do art. 1.015, do CPC é de taxatividade mitigada, por isso admite a interposição de agravo de instrumento quando verificada a urgência decorrente da inutilidade do julgamento da questão no recurso de apelação." 4. Urgência configurada, pois se não realizada perícia e configurado cerceamento, haverá anulação de eventual sentença de procedência e atraso substancial na marcha processual. 5. Necessidade de realização de prova pericial, pois, consoante já assentado pelo C. STJ "a concessão de aposentadoria pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) faz prova apenas relativa da invalidez, daí a possibilidade da realização de nova perícia com vistas a comprovar, de forma irrefutável, a presença da doença que acarreta a incapacidade total e permanente do segurado." (REsp 1546147/SC, DJe 19/10/2015). 6. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO para deferir a produção da prova pericial requerida pela agravante.(TJRJ, AI nº 0038009-31.2020.8.19.0000, Rel. Des. JOSÉ ACIR LESSA GIORDANI, j. em 17/11/2020, DJe 19/11/2020 - DÉCIMA SEGUNDA CÂMARA CÍVEL) AGRAVO DE INSTRUMENTO. INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE DECRETAÇÃO DE SEGREDO DE JUSTIÇA. Cabe destacar que a decisão agravada foi proferida após a entrada em vigor da Lei n.º 13.0105/2015. Portanto, a análise de admissibilidade do recurso deve ocorrer, de acordo com o disposto no art. 1.015, do Novo Código de Processo Civil. Verifica-se que o dispositivo legal traz, em seus incisos, rol taxativo de matérias que podem ser objeto de recurso de agravo de instrumento. O citado artigo elenca as decisões interlocutórias recorríveis, mediante agravo de instrumento, não se enquadrando a decisão que indefere o pedido de segredo de justiça, em qualquer das hipóteses ali estabelecidas. Por outro lado, inobstante não constar do rol taxativo do art. 1.015, do Novo Código de Processo Civil, verifica-se a urgência na apreciação do requerimento de segredo de justiça, haja vista a inutilidade do julgamento da questão no recurso de apelação, consoante tese firmada no Tema 988, do Superior Tribunal de Justiça. Em regra, vigora no ordenamento pátrio o princípio da publicidade dos atos judiciais, nos termos do art. 93, incisos IX e X, da CRFB, tratando-se o segredo de justiça de medida excepcional, aplicável nos casos previstos no art. 189, do Novo Código de Processo Civil. No caso em apreço, observa-se que constam nos autos fotos e documentos que expõem a imagem da Agravante perante seu meio de trabalho, uma vez que a mesma é Advogada na Comarca em que o processo tramita. Neste contexto, deve o feito tramitar em segredo de justiça, a fim de preservar a intimidade da Suplicante, nos moldes do art. 189, inciso III, da Lei n.º 13.105/2015. RECURSO PROVIDO. (TJRJ, AI nº 0073025- 46.2020.8.19.0000, Rel. Des. CARLOS EDUARDO MOREIRA DA SILVA, j. em 04/02/2021, DJe 09/02/2021, VIGÉSIMA SEGUNDA CÂMARA CÍVEL) (segredo de justiça) Não há arquivo de inteiro teor respectivo. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE IMISSÃO DE POSSE MOVIDA EM FACE DO AGRAVANTE, ESCOLA DE SAMBA MIRIM. "PROJETO PORTO MARAVILHA". DECISÃO QUE INDEFERE PRODUÇÃO DE PROVA TESTEMUNHAL E PERICIAL. CABIMENTO DO RECURSO, COM FUNDAMENTO NA TESE JURÍDICA DE TIPICIDADE MITIGADA DO ROL DO ARTIGO 1.015 DO CPC, PREVISTA NO TEMA 988 NOS RECURSOS REPETITIVOS DO STJ. PRESENTE A URGÊNCIA QUE PODE LEVAR À INUTILIZAÇÃO DA DISCUSSÃO EM APELAÇÃO. AFASTADA PRELIMINAR DE FALTA DE FUNDAMENTAÇÃO DA DECISÃO, UMA VEZ QUE ESTÃO EXPRESSAS QUESTÕES DE FATO E DE DIREITO QUE ENSEJARAM O ENTENDIMENTO ADOTADO. NO MÉRITO, OBSERVA-SE QUE O IMÓVEL FOI ADQUIRIDO PELA AGRAVADA POR MEIO DE ESCRITURA DE DESAPROPRIAÇÃO AMIGÁVEL, ACRESCIDAS DE ESCRITURAS DE RERRATIFICAÇÃO E DE ADITAMENTO, PARA IMPLEMENTAÇÃO DE PROJETO DE REVITALIZAÇÃO DA REGIÃO PORTUÁRIA. QUANDO CITADOS "TODOS OS OCUPANTES DO IMÓVEL", COMPARECEU AOS AUTOS POSSUIDOR DE IMÓVEL COM NUMERAÇÃO PRÓXIMA E QUE APARENTA ESTAR SOB A MESMA CONSTRUÇÃO DO IMÓVEL DESAPROPRIADO. PRETENSÃO DA AGRAVADA DE REAVER TODO O IMÓVEL, AFIRMANDO NÃO HAVER OUTRA NUMERAÇÃO NO LOCAL. CONTROVÉRSIA QUANTO AOS LIMITES DA ÁREA DESAPROPRIADA QUE DEVE SER SANADA POR MEIO DA PROVA PERICIAL DE ENGENHARIA. POSSIBILIDADE DE REALIZAÇÃO DE BENFEITORIAS NECESSÁRIAS PELO AGRAVANTE, O QUE TAMBÉM DEVE SER APURADO PELA PROVA PERICIAL. CONTROVÉRSIA AINDA QUANTO À NUMERAÇÃO DA MATRÍCULA DO IMÓVEL NO RGI. DESNECESSÁRIA A PROVA TESTEMUNHAL NO CASO CONCRETO. A OITIVA DO PRESIDENTE DA LIESA E DE CONSULTOR DA RIO TUR TERIA A FINALIDADE DE DEMONSTRAR A CIÊNCIA DA AGRAVADA QUANTO À POSSE MANSA E PACÍFICA DO BEM PELA AGRAVANTES. FATOS QUE PODEM SER PROVADOS POR MEIO DE PROVA DOCUMENTAL E QUE NÃO OBSTAM A IMISSÃO NA POSSE. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO, PARA QUE SEJA REALIZADA PROVA PERICIAL DE ENGENHARIA, COMO REQUERIDO. (TJRJ, AI nº 0071086-65.2019.8.19.0000, Rel. Des. INÊS DA TRINDADE CHAVES DE MELO, j. em 27/07/2020, DJe 04/08/2020, SEXTA CÂMARA CÍVEL) AGRAVO DE INSTRUMENTO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA EM AÇÃO DE DISSOLUÇÃO PARCIAL DE SOCIEDADE EMPRESÁRIA E APURAÇÃO DE HAVERES. IMPUGNAÇÃO AO VALOR DOS HONORÁRIOS PERICIAIS INDEFERIDA. ART. 1.015 DO CPC. TAXATIVIDADE. MITIGAÇÃO. URGÊNCIA. TEMA 988 DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. PERÍCIA CONTÁBIL. EXCESSO. REDUÇÃO DOS HONORÁRIOS PERICIAIS EM ATENÇÃO À RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. RECURSO PROVIDO. 1. Interposição de recurso contra decisão do juízo singular que fixou os honorários periciais no valor apresentado pelo perito em sede de cumprimento de sentença em ação de dissolução parcial de sociedade empresária e apuração de haveres. 2. A regra da taxatividade poderá sofrer exceção, quando verificada a urgência decorrente da inutilidade do julgamento da questão no recurso de apelação, como na hipótese em exame, conforme sedimentado pelo Superior Tribunal de Justiça, sob o tema 988 do regime de recursos repetitivos. 3. Os honorários periciais devem ser fixados em conformidade com a complexidade da matéria, o trabalho a ser desenvolvido, o local de realização da perícia, a natureza da causa e o tempo necessário para sua efetivação, além de outras diligências necessárias, bem como as despesas realizadas pelo expert, o nível técnicodo trabalho desenvolvido, como outros decorrentes da oferta de mercado. 4. Arbitramento que apesar de considerar a complexidade da matéria, revela-se excessivo. 5. Redução dos honorários periciais, em atenção aos princípios da proporcionalidade e da lógica do razoável, tendo em conta que se trata se sociedade limitada inscrita no regime Simples, cujo capital social não é elevado, sob pena de inviabilizar ao sócio que se retira o recebimento de eventuais haveres existentes. 6. Recurso provido. (TJRJ, AI nº 0077809-03.2019.8.19.0000 , Rel. Des. ELTON MARTINEZ CARVALHO LEME, j. em 09/06/2020, DJe 10/06/2020 , DÉCIMA SÉTIMA CÂMARA CÍVEL) AGRAVO DE INSTRUMENTO. MUNICÍPIO DE TERESÓPOLIS. CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA PARA O CARGO DE TÉCNICA DE ENFERMAGEM. DECISÃO DE DECLÍNIO DE COMPETÊNCIA PARA A JUSTIÇA ESPECIALIZADA TRABALHISTA. IRRESIGNAÇÃO DO MUNICÍPIO-RÉU. CABIMENTO DO RECURSO, UMA VEZ PRESENTE A URGÊNCIA DEFINIDA NOS RECURSOS REPETITIVOS, RESP 1.696.396-MT E RESP 1704520-MT, TEMA 988, DO STJ. PRECEDENTES DO STF ASSEVERAM QUE É COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM PROCESSAR E JULGAR DEMANDAS ENTRE ADMINISTRAÇÃO E SEUS SERVIDORES, INCLUINDO AQUELES PROVENIENTES DE CONTRATAÇÕES TEMPORÁRIAS. PRECEDENTES DESTA EG. CÂMARA NO MESMO SENTIDO. INCORRETO O DECLÍNIO, DECISÃO REFORMADA PARA DECLARAR A COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM ESTADUAL. RECURSO PROVIDO. (TJRJ, AI nº 0071801-10.2019.8.19.0000, Rel. Des. INÊS DA TRINDADE CHAVES DE MELO, j. em 01/07/2020, DJe 13/07/2020, SEXTA CÂMARA CÍVEL) AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO PROCESSUAL CIVIL. CABIMENTO DO AGRAVO. ROL DE TAXATIVIDADE MITIGADA. O agravo de instrumento se mostra cabível face a decisão que indeferiu a produção da prova. Rol do artigo 1.015 do CPC, que possui taxatividade mitigada. Tema 988 do E. STJ. Ademais, como se verá, o cerceamento de defesa é evidente o que implicaria em nulidade e atraso na prestação jurisidicional. No mérito, houve expresso requerimento de produção de prova testemunhal indeferido pelo magistrado. Incontroversa relação contratual entre as partes. Alegado erro e/ou dolo que somente pode ser apurado com a produção da prova requerida. Recurso conhecido e provido, nos termos do voto do Desembargador Relator. (TJRJ, AI nº 0077152-61.2019.8.19.0000, Rel. Des. CHERUBIN HELCIAS SCHWARTZ JÚNIOR, j. em 04/06/2020, DJe 08/06/2020, DÉCIMA SEGUNDA CÂMARA CÍVEL) AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. ICMS. ENERGIA ELÉTRICA. AÇÃO DECLARATÓRIA COM REPETIÇÃO DE INDÉBITO. IMPUGNAÇÃO À COBRANÇA DO REFERENTE TRIBUTO SOBRE A TUSD E RESPECTIVOS ENCARGOS DE CONEXÃO. VALOR DA CAUSA ESTIMADO PELO AUTOR. DECISÃO DETERMINANDO A EMENDA DA INICIAL PARA ADEQUAR O VALOR DA CAUSA DE MODO A REFLETIR O VALOR DO BENEFÍCIO ECONOMICO PRETENDIDO. CABIMENTO DO RECURSO SOB A PERSPECTIVA DA TESE FIRMADA NO RESP 1.704.520/MT (TEMA 988) QUE ESTABELECEU SER DE TAXATIVIDADE MITIGADA O ROL DO ART.1015 DO CPC. POSSIBILIDADE DE EXTINÇÃO PREMATURA DO PROCESSO A ENSEJAR EVIDENTE PREJUÍZO À ORA AGRAVANTE, SENDO IMPERATIVA, POR CONSEGUINTE, A APRECIAÇÃO DO MÉRITO RECURSAL. RECURSO CONHECIDO. NO MÉRITO, VEROSSÍMIL A ALEGAÇÃO AUTORAL DA IMPOSSIBILIDADE DE SE MENSURAR, NESSE MOMENTO PROCESSUAL, POR SIMPLES CÁLCULOS, O PROVEITO ECONÔMICO PRETENDIDO, MORMENTE PORQUE, COMO SUSTENTADO PELO AGRAVANTE, NÃO HÁ COMO SE AFERIR O VALOR DO TRIBUTO EFETIVAMENTE PAGO, CUJA LEGITIMIDADE DA COBRANÇA SE QUESTIONA, INCIDENTE NA TARIFA DE USO DOS SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO DENOMINADA (TUSD) E ENCARGOS CONEXOS. VALOR EVENTUALMENTE A SER RESTITUÍDO QUE DEVE SER APURADO EM LIQUIDAÇÃO DE SENTENÇA. PRECEDENTE. DECISÃO CASSADA. RECURSO PROVIDO. (TJRJ, AI nº 0033831-73.2019.8.19.0000, Rel. Des. ALVARO HENRIQUE TEIXEIRA DE ALMEIDA, j. em 04/12/2019, DJe, 06/12/2019, VIGÉSIMA QUARTA CÂMARA CÍVEL) AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO AGRAVADA QUE, EM AÇÃO DE USUCAPIÃO EXTRAORDINÁRIO, DETERMINOU A SUSPENSÃO DO PROCESSO. RECURSO QUE SE ADMITE, VISTO QUE QUESTÃO DEMANDA URGÊNCIA. APLICABILIDADE DO ENTENDIMENTO FIRMADO PELO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, NO JULGAMENTO DO TEMA 988 (RESP 1704520/MT E RESP 1696396/MT), SOB A SISTEMÁTICA DOS RECURSOS REPETITIVOS. DECISÃO A QUO QUE SE REFORMA PARA O PROSSEGUIMENTO DO FEITO. PROCESSO ORIGINÁRIO EM FASE DE CITAÇÃO, AFASTANDO A INCIDÊNCIA DA ORDEM DE SUSPENSÃO DECORRENTE DA DECISÃO EXARADA NO IAC Nº 0015337-97.2018.8.19.0000, QUE SE APLICA TÃO SOMENTE AOS FEITOS EM FASE RECURSAL. RECURSO PROVIDO. (TJRJ, AI nº 0057765-60.2019.8.19.0000, Rel. Des. MAURO PEREIRA MARTINS, j. em 01/04/2020, DJe, 08/04/2020, DÉCIMA TERCEIRA CÂMARA CÍVEL) AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE. AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO. INTIMAÇÃO TÁCITA. PENA DE CONFESSO. EXERCÍCIO DO JUÍZO DE RETRAÇÃO. PERDA DE OBJETO. PROSSEGUIMENTO DA AUDIÊNCIA COM OITIVA DE TESTEMUNHAS E ENCERRAMENTO DA INSTRUÇÃO. PERDA DA OPORTUNIDADE DA OITIVA PESSOAL. PREJUÍZO RECONHECIDO. NULIDADE DA AIJ QUE SE IMPÕE. 1. A controvérsia recursal reside em saber se há nulidade nos atos processuais realizados na Audiência de Instrução e Julgamento em razão da ausência de intimação da recorrente, na qual deveria prestar depoimento pessoal, sob pena de confesso. 2. De início, impõe reconhecer a perda de objeto recursal quanto a aplicação da pena de confesso, tendo em vista o exercício do juízo de retração do magistrado de primeiro grau. 3. O Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do REsp 1.704.520/MT (Tema 988), representativo da controvérsia, firmou a tese de que "o rol do artigo 1.015 do CPC é de taxatividade mitigada, por isso admite a interposição de agravo de instrumento quando verificada a urgência decorrente da inutilidade do julgamento da questão no recurso de apelação", sendo está a hipótese dos autos. 4. Incontroverso que a agravante foi localizada e citada pessoalmente no endereço da rua Abelardo Barbosa, 52, Novo Jockey. Contudo, na diligência de intimação para a AIJ, recorrente não foi intimada, sob justificativa de numeração irregular e de não ser conhecida na localidade. Tal fato, por si só, demonstra o equívoco do reconhecimento da intimação tácita e da aplicação da pena de confesso. 5. Outrossim, evidente o prejuízo da agravante, que diante da ausência de intimação pessoal, na forma do artigo 385 do CPC, perdeu a oportunidade de ser ouvida em juízo. 6. Além do mais, em que pese a perda de objeto da pena de confesso, o prosseguimento da audiência levou ao encerramento da instrução, restando, portanto, caracterizado o efetivo prejuízo, em face da controvérsia em torno da existência de esbulho na ação que visa pedido de reintegração de posse. 7. Recurso provido. (TJRJ, AI nº 0020418- 90.2019.8.19.0000, Rel. Des. JOSÉ CARLOS PAES, j. 26/06/2019 em, DJe, 27/06/2019,DÉCIMA QUARTA CÂMARA CÍVEL). AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO INDENIZATÓRIA. ALEGAÇÃO DE PRÁTICA DE ATO ILÍCITO. DANOS MORAIS. DECLÍNIO DE COMPETÊNCIA PARA O FORO DO DOMICÍLIO DA RÉ, COM FULCRO NO ARTIGO 46 DO CPC. REGRA ESPECÍFICA DO ARTIGO 53, IV, "A" DO CPC QUE DEVE PREVALECER SOBRE A REGRA GERAL. ERROR IN PROCEDENDO. REFORMA DA DECISÃO. - Cuida-se, na origem de ação indenizatória ajuizada pela agravante em face da agravada, sob alegação de prática de ato ilícito. A demanda deveria ser ajuizada no local do fato e não no domicílio porque se trata de reparação de danos. - Inicialmente, impende ressaltar que a decisão agravada, em verdade, não seria matéria recorrível, eis que não se encontra no art. 1.015 do CPC/2015. - Contudo, decisões proferidas nos recursos repetitivos REsp 1.696.396 e 1.704.520, firmaram tese, no sentido de que pode ser aplicada a taxatividade mitigada, referente ao Tema 988 do E. STJ: "O rol do art. 1.015 do CPC é de taxatividade mitigada, por isso admite a interposição de agravo de instrumento quando verificada a urgência decorrente da inutilidade do julgamento da questão no recurso de apelação."- Outrossim, os efeitos da referida decisão foram modulados, a fim de que a tese firmada apenas fosse aplicável às decisões interlocutórias proferidas após 19/12/2018, o que se enquadra no caso presente - Decisão declinando da competência para um dos juízos da regional da Barra da Tijuca, ao argumento de aplicar o artigo 46 do CPC/2015. - A regra do artigo 53, IV "a" do CPC/2015 é norma específica em relação à do artigo 46 do mesmo diploma, concluindo-se, portanto, que para as ações de reparação de danos, tem-se por foro o lugar onde ocorreu o fato. - Intuito do legislador foi facilitar a instrução probatória nas ações de reparação de dano, de modo que prevalece o local onde verificado o ilícito. - Na ação de reparação de dano moral, decorrente da prática de ato ilícito, é competente o foro do lugar do ato ou fato que deu origem ao ocorrido, no caso o salão de beleza onde trabalha a agravante, em Copacabana, área abrangida pela Comarca da Capital. Incidência da regra do artigo 53, IV, "a", do CPC. - Error in procedendo. Decisão que se reforma para afirmar a competência do Juízo da 34ª Vara Cível da Comarca da Capital. RECURSO PROVIDO. (TJRJ, AI nº 0005252-18.2019.8.19.0000, Rel. Des. MARIA HELENA PINTO MACHADO, j. 16/04/2019 em, DJe, 21/05/2019, QUARTA CÂMARA CÍVEL) Agravo de Instrumento. Direito Processual Civil. Suspensão do processo por prejudicialidade externa. Inconformismo das partes. Aplicação da taxatividade mitigada ao rol do art. 1015 do CPC. Agravo de Instrumento que deve ser admitido quando presente o requisito objetivo da urgência, que decorre da inutilidade futura do julgamento da questão em recurso de Apelação. Entendimento do Superior Tribunal de Justiça. Tema 988 no sistema de recursos repetitivos. Questão em comento dotada de urgência. Admissibilidade do Recurso. Questão prejudicial externa que não restou bem delimitada, não tendo o juízo a quo explicitado o motivo da dependência de julgamento entre os processos. Processo coletivo que não suspende necessariamente as ações individuais em curso. Art. 104 do Código de Defesa do Consumidor. Não restou configurada hipótese que enseje a suspensão do processo. Art. 313, V, a, do CPC/15. Reforma da decisão agravada para determinar o regular prosseguimento do feito na origem. Recurso Provido. (TJRJ, AI nº 0031463-28.2018.8.19.0000, Rel. Des. MARCO ANTONIO IBRAHIM, j. 13/02/2019 em, DJe, 18/02/2019, QUARTA CÂMARA CÍVEL) AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO COMINATÓRIA. OBRIGAÇÃO DE FAZER DE TABELIÃO DE NOTAS. INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO DE CONSUMO. DISTRIBUIÇÃO DINÂMICA DAS PROVAS. NÃO CABIMENTO. ACERTO DA DECISÃO RECORRIDA.1. Cuida-se, na origem, de ação de obrigação de fazer cumulada com pedido indenizatório promovida pelos agravantes em face do agravado, sob o argumento de que, embora tenham obtido provimento jurisdicional de reconhecimento de usucapião, o réu, mesmo depois de oficiado para realizar a alteração no registro, não o fez.2. Decisão recorrida que indefere o pedido de inversão do ônus da prova, ao fundamento de que o Supremo Tribunal Federal afastou a natureza consumerista da relação entre usuário e tabelião. 3. Admissibilidade do recurso examinada de acordo com a tema 988 fixado pelo C. STJ, em sede de recurso repetitivo, no sentido de que "o rol do art. 1.015, do CPC é de taxatividade mitigada, por isso admite a interposição de agravo de instrumento quando verificada a urgência decorrente da inutilidade do julgamento da questão no recurso de apelação." Urgência configurada, pois a demora no exame da questão da distribuição das provas pode resultar cerceamento de defesa, que enseja anulação de eventual sentença e atraso substancial na marcha processual. 4. Embora inexistente relação de consumo, não há impedimento à análise da pretensão sob o viés da distribuição dinâmica do ônus probatório, contemplado do Código de Processo Civil de 2015, em seu art. 373, §1º, do CPC.5. Caso concreto em que, embora aleguem a dificuldade/impossibilidade de produção probatória, não apontam qual prova será inviabilizada se não alterada a distribuição do ônus. Em verdade, limitam-se a sustentar genericamente o cabimento de inversão do ônus da prova, resultando indemonstradas as condicionantes autorizadoras da distribuição dinâmica do ônus da prova.6. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. (TJRJ, AI nº 0087383-16.2020.8.19.0000, Rel. Des. JOSÉ ACIR LESSA GIORDANI, j. 29/04/2021 em, DJe, 04/05/2021, DÉCIMA SEGUNDA CÂMARA CÍVEL) AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. DECISÃO QUE DETERMINA A ANTECIPAÇÃO DE HONORÁRIOS PERICIAIS PELO MINISTÉRIO PÚBLICO, AUTOR DA AÇÃO. INCONFORMISMO DO PARQUET, QUE PRETENDE A REALIZAÇÃO DA PERÍCIA SEM ADIANTAMENTO DA REFERIDA VERBA E, SUBSIDIARIAMENTE, QUE A MESMA SEJA CUSTEADA PELO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, ENTE FEDERATIVO AO QUAL ESTÁ VINCULADO. INCIDÊNCIA, NA HIPÓTESE, DO TEMA 988 STJ. TAXATIVIDADE MITIGADA DO ROL DO ART.1015 DO CPC. CONHECIMENTO DO RECURSO. QUANTO AO MÉRITO RECURSAL, SEM RAZÃO O ORA AGRAVANTE. NO CASO, SENDO O MINISTÉRIO PÚBLICO O AUTOR DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA, DEVERÃO SER OBSERVADAS AS CONDIÇÕES ESTABELECIDAS NO ART. 91, §§ 1º E 2º, DO CPC, A DESPEITO DO DISPOSTO NO ART. 18 DA LEI Nº 7.347/85 PREVER O NÃO ADIANTAMENTO DAS CUSTAS E DESPESAS DA AÇÃO COLETIVA. ESTADO QUE NÃO É PARTE NA RELAÇÃO JURÍDICA PROCESSUAL. AUTONOMIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO EM RELAÇÃO À FAZENDA PÚBLICA PARA CUSTEIO DOS HONORÁRIOS PERICIAIS, ANTE SUA AUTONOMIA ADMINISTRATIVA, FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA. PRECEDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, DO ÓRGÃO ESPECIAL DESTA CORTE DE JUSTIÇA E DESTE COLEGIADO. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. (TJRJ, AI nº 0048061-86.2020.8.19.0000, Rel. Des. ALVARO HENRIQUE TEIXEIRA DE ALMEIDA, j. 09/12/2020 em, DJe 10/12/2020, VIGÉSIMA QUARTA CÂMARA CÍVEL) AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. FISCAIS DE RENDA. VENCIMENTOS DE SERVIDORES. PARÂMETROS DE PERÍCIA. Cuida-se, na origem, de demanda ajuizada por fiscais de renda em face do Município do Rio de Janeiro, visando ao correto reajuste de seus vencimentos. Decisão recorrida que, em respeito à acórdão proferido por essa Décima Segunda Câmara Cível, determinou a realização de prova pericial, fixando como parâmetro a verificação se a Administração observou o estabelecido no artigo 2º da Lei Municipal 1376/89. Admissibilidade do recurso examinada de acordo com o tema 988 fixado pelo C. STJ, em sede de recurso repetitivo, no sentido de que "o rol do art. 1.015, do CPC é de taxatividade mitigada, por isso admite a interposição de agravo de instrumento quando verificada a urgência decorrente da inutilidade do julgamento da questão no recurso de apelação." Urgência configurada, pois se realizada perícia com adoção de parâmetros equivocadas, haverá sua anulação e atraso substancial na marcha processual. Controvérsia dos autos de origem que repousa na adequada aplicação da Lei Municipal nº 1.376/1989. Exame do significado do teor dos arts. 1º e 2º da referida lei que compete ao magistrado e não ao perito. Eventual discordância acerca dos cálculos que poderá ser veiculada mediante impugnação. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. (TJRJ, AI nº 0079246-79.2019.8.19.0000, Rel. Des. JOSÉ ACIR LESSA GIORDANI, j. 21/07/2020 em, DJe 23/07/2020, DÉCIMA SEGUNDA CÂMARA CÍVEL) EMENTA - AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO de CONHECIMENTO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. CONCURSO. DECISÃO QUE DECLINOU DA COMPETÊNCIA PARA UM DOS JUIZADOS ESPECIAIS DA FAZENDA PÚBLICA. IRRESIGNAÇÃO DOS AUTORES. CABIMENTO DO RECURSO DE AGRAVO. PRESENÇA DO REQUISITO DE URGÊNCIA DECORRENTE DA INUTILIDADE FUTURA DO JULGAMENTO DIFERIDO. TEMA 988 DE REPETITIVOS. O escopo do agravo de instrumento é a discussão acerca do juízo competente para processamento e julgamento da lide principal, em que se discute a possibilidade de os autores realizarem as próximas etapasdo certame para o Corpo de Bombeiros Militar deste Estado e eventual nomeação e posse. A competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública é absoluta, limitada pelo valor da causa, que não pode exceder a sessenta salários mínimos. Inteligência do artigo 2º, § 4 da Lei n.º 12.153/09 e artigos 16 e 23 da Lei Estadual n.º 5.781/10. Os autores atribuíram à causa o valor de R$ 60.000,00. Logo, o proveito econômico perseguido pelos autores sugere ser inferior que 60 salários mínimos, atraindo a competência dos Juizados Especiais Fazendários. Tem-se, ainda, que a demanda não se encontra entre as matérias excluídas da competência dos Juizados Especiais da Fazenda Pública previstas no artigo 2º, § 1º, da Lei 12.153/09, eis que versa sobre concurso público, tendo sido atribuído o valor de causa em R$ 60.000,00 (sessenta mil reais). Artigo 10 da lei 12.153/09. Eventual complexidade a sugerir prova técnica que não influi na definição da competência. Precedentes STJ. Competência absoluta dos Juizados Especiais da Fazenda Pública. RECURSO CONHECIDO E NEGADO PROVIMENTO. (TJRJ, AI nº 0012904-52.2020.8.19.0000, Rel. Des. MURILO ANDRÉ KIELING CARDONA PEREIRA, j. 17/03/2020 em, DJe 05/05/2020, VIGÉSIMA TERCEIRA CÂMARA CÍVEL) AGRAVO DE INSTRUMENTO. HABILITAÇÃO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. AÇÃO COLETIVA DE EXTENSÃO DE BENEFÍCIO A CATEGORIA DE SERVIDORES PÚBLICOS DO MAGISTÉRIO DO MUNCÍPIO DE CORDEIRO. DEMANDA INDIVIDUAL PRETENDENDO O RECEBIMENTO DE VALORES REFERENTES A IMPLEMENTAÇÃO DAS ATUALIZAÇÕES NA REMUNERAÇÃO A QUE A CATEGORIA FAZ JUS. HOMOLOGAÇÃO DOS HONORÁRIOS DO PERITO QUE SERIAM PAGOS NA FORMA DA RESOLUÇÃO 03/2011 DESTE E. TRIBUNAL. SUPENSÃO DO PROCESSO. MEDIAÇÃO. HOMOLOGAÇÃO DO ACORDO FIRMADO NA MEDIAÇÃO. RECONSIDERAÇÃO PARCIAL DA DECISÃO PARA DETERMINAR QUE OS HONORÁRIOS SEJAM PAGOS PELO MUNICÍPIO. IRRESIGNAÇÃO DO MUNICÍPIO. ROL TAXATIVO DO ARTIGO 1.015 DO CPC À ÉPOCA DA PROLAÇÃO DA DECISÃO. RENOVAÇÃO DA DISCUSSÃO SOMENTE EM PRELIMINAR DO RECURSO DE APELAÇÃO OU CONTRARRAZÕES. NORMA DO ARTIGO 1.009, §1º DO CPC. MITIGAÇÃO DA TAXATIVIDADE DO ARTIGO 1.015 DO CPC DECLARADA PELO STJ. TEMA 988. APLICAÇÃO AO CASO EM COMENTO. PREJUÍZO IRREPARÁVEL ÀS PARTES. PRESENÇA DE URGÊNCIA QUE PODE ACARRETAR A INUTILIDADE DA APRECIAÇÃO DA TEMÁTICA EM SEDE DE APELAÇÃO. HONORÁRIOS. VERBA ALIMENTAR. PRINCÍPIO DA IRREPETIBILIDADE DOS ALIMENTOS. DESCABIMENTO DA DEVOLUÇÃO DE VALORES RECEBIDOS. AFASTAMENTO DA INTEMPESTIVIDADE E AUSÊNCIA DE INTERESSE RECURSAL ANTE A RECONSIDERAÇÃO DA DECISÃO. MULTIPLICIDADE DE DEMANDAS DA MESMA NATUREZA. MATÉRIA REPETITIVA QUE NÃO SE REVESTE DE MAIOR COMPLEXIDADE, NO ENTANTO NECESSITA DA REALIZAÇÃO DE CÁLCULOS INDIVIDUALIZADOS PARA CADA PROFESSOR EM RAZÃO DOS PROFISSIONAIS SE ENQUADRAREM EM NÍVEIS DIVERSOS E COM DATAS DE POSSES DIFERENTES. CÁLCULOS AMPLAMENTE CONHECIDOS PELO EXPERT NOMEADO. REMUNERAÇÃO ADEQUADA DO TRABALHO DO PERITO, SEM TODAVIA, CAUSAR ONEROSIDADE AO DEVEDOR. VERBA HONORÁRIA QUE MERECE REDUÇÃO ANTE A PECULIARIDADE DO CASO, QUAL SEJA, MULTIPLICIDADE DE DEMANDAS.PROVIMENTO DO RECURSO. (TJRJ, AI nº 0068601-29.2018.8.19.0000, Rel. Des. LÚCIO DURANTE, j. 20/08/2019 em, DJe 22/08/2019, DÉCIMA NONA CÂMARA CÍVEL) AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROVA TÉCNICA REQUERIDA E DEFERIDA. VERIFICAÇÃO DA NECESSIDADE DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO HOME CARE À CRIANÇA PORTADORA DE NECESSIDADES ESPECIAIS. ALEGAÇÃO DO RÉU DE SE TRATAR DE CAUSA A SER REVOLVIDA POR CUIDADOR, SERVIÇO NÃO ABRANGIDO PELO PLANO DE SAÚDE. ACOLHIMENTO DO MAGISTRADO AFASTANDO A PRODUÇÃO DE PROVA. RECURSO CONHECIDO. O SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, EM REGIME DE AFETAÇÃO AO RITO DOS RECURSOS REPETITIVOS, FIRMOU ENTENDIMENTO NO SENTIDO DA POSSIBILIDADE DE INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO PARA HIPÓTESES NÃO PREVISTAS NO ARTIGO 1.015 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL, ATÉ ENTÃO CONSIDERADO TAXATIVO (TEMA 988). APLICAÇÃO DA TESE FIRMADA EM SEDE DE REPETITIVO, ONDE TODA E QUALQUER DECISÃO INTERLOCUTÓRIA ¿URGENTE¿ SERIA AGRAVÁVEL, COMO NO PRESENTE CASO. NO MÉRITO. DECISÃO QUE SE REFORMA. AO CONTRÁRIO DO ENTENDIMENTO DO MAGISTRADO FIRMADO NA DECISÃO AGRAVADA QUE AFASTOU A PRODUÇÃO DA PROVA TÉCNICA ANTES DEFERIDA, NÃO SE VISLUMBRA, NO CASO, QUALQUER PREJUÍZO AO AGRAVADO DECORRENTE DA DETERMINAÇÃO DE REALIZAÇÃO DA PERÍCIA, POIS A SUA DESTINAÇÃO NÃO É EXCLUSIVA AO MAGISTRADO, NÃO SENDO, ADEMAIS, A ÚNICA FUNÇÃO INFLUIR EFICAZMENTE NA CONVICÇÃO DO JUIZ (ENUNCIADO N. 50 DO FPPC). NO PRESENTE CASO, A DIFERENCIAÇÃO DA NECESSIDADE DE ATENDIMENTO MÉDICO ESPECIALIZADO OU DE CUIDADOR É QUESTÃO AFETA A ESPECIALISTA NA QUESTÃO (TÉCNICO-CIENTÍFICO), O QUE SE AMOLDA AOS DISPOSTO NO ARTIGO 464, § 2 DO CPC. HAVENDO NECESSIDADE DE MAIORES PROVAS PARA A APRECIAÇÃO DA CAUSA, NENHUM ÓBICE SERÁ EXPERIMENTADO À AMBAS AS PARTES. PROVIMENTO DO RECURSO. (TJRJ, AI nº 0032222-55.2019.8.19.0000, Rel. Des. GUARACI DE CAMPOS VIANNA, j. 06/08/2019 em, DJe 08/08/2019, DÉCIMA NONA CÂMARA CÍVEL) AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA. DECISÃO DO JUÍZO DA 44ª VARA CÍVEL DA COMARCA DA CAPITAL QUE DECLINOU DA COMPETÊNCIA PARA UMA DAS VARAS DA COMARCA DE RIO GRANDE/RS. POSSIBILIDADE DE MANEJO DO RECURSO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO. TEMA 988 DO STJ QUE AFIRMOU SER DE TAXATIVIDADE MITIGADA O ROL DO ART.1015 DO CPC. RESPALDO DA DOUTRINA. CONTRATO COM CLÁUSULA DE ELEIÇÃO DE FORO. VALIDADE. ENTENDIMENTO CONSOLIDADO PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, CONSOANTE SÚMULA Nº 335. A CLÁUSULA DE ELEIÇÃO DO FORO SÓ PODE SER AFASTADA QUANDO REPUTADA ILÍCITA POR DIFICULTAR O ACESSO À JUSTIÇA OU QUANDO UMA DAS PARTES FOR HIPOSSUFICIENTE, O QUE NÃO É O CASO EM COMENTO. MANUTENÇÃO DA DECISÃO QUE SE IMPÕE. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. (TJRJ, AI nº 0028223-94.2019.8.19.0000, Rel. Des. ALVARO HENRIQUE TEIXEIRA DE ALMEIDA, j. 24/07/2019 em, DJe 25/07/2019,VIGÉSIMA QUARTA CÂMARA CÍVEL) AGRAVO DE INSTRUMENTO. HABILITAÇÃO. CUMPRIMENTO DE SENTENÇA. AÇÃO COLETIVA DE EXTENSÃO DE BENEFÍCIO A CATEGORIA DE SERVIDORES PÚBLICOS DO MAGISTÉRIO MUNCÍPIO DE CORDEIRO. DEMANDA INDIVIDUAL PRETENDENDO O RECEBIMENTO DE VALORES REFERENTES A IMPLEMENTAÇÃO DAS ATUALIZAÇÕES NA REMUNERAÇÃO A QUE A CATEGORIA FAZ JUS. HOMOLOGAÇÃO DOS HONORÁRIOS DO PERITO QUE SERIAM PAGOS NA FORMA DA RESOLUÇÃO 03/2011 DESTE E. TRIBUNAL. SUPENSÃO DO PROCESSO. MEDIAÇÃO. HOMOLOGAÇÃO DO ACORDO FIRMADO NA MEDIAÇÃO. RECONSIDERAÇÃO PARCIAL DA DECISÃO PARA DETERMINAR QUE OS HONORÁRIOS SEJAM PAGOS PELO MUNICÍPIO. IRRESIGNAÇÃO DO MUNICÍPIO. ROL TAXATIVO DO ARTIGO 1.015 DO CPC À ÉPOCA DA PROLAÇÃO DA DECISÃO. RENOVAÇÃO DA DISCUSSÃO SOMENTE EM PRELIMINAR DO RECURSO DE APELAÇÃO OU CONTRARRAZÕES. NORMA DO ARTIGO 1.009, §1º DO CPC. MITIGAÇÃO DA TAXATIVIDADE DO ARTIGO 1.015 DO CPC DECLARADA PELO STJ. TEMA 988. APLICAÇÃO AO CASO EM COMENTO. PREJUÍZO IRREPARÁVEL ÀS PARTES. PRESENÇA DE URGÊNCIA QUE PODE ACARRETAR A INUTILIDADE DA APRECIAÇÃO DA TEMÁTICA EM SEDE DE APELAÇÃO. HONORÁRIOS. VERBA ALIMENTAR. PRINCÍPIO DA IRREPETIBILIDADE DOS ALIMENTOS. DESCABIMENTO DA DEVOLUÇÃO DE VALORES RECEBIDOS. AFASTAMENTO DA INTEMPESTIVIDADE E AUSÊNCIA DE INTERESSE RECURSAL ANTE A RECONSIDERAÇÃO DA DECISÃO. MULTIPLICIDADE DE DEMANDAS DA MESMA NATUREZA. MATÉRIA REPETITIVA QUE NÃO SE REVESTE DE MAIOR COMPLEXIDADE, NO ENTANTO NECESSITA DA REALIZAÇÃO DE CÁLCULOS INDIVIDUALIZADOS PARA CADA PROFESSOR EM RAZÃO DOS PROFISSIONAIS SE ENQUADRAREM EM NÍVEIS DIVERSOS E COM DATAS DE POSSES DIFERENTES. CÁLCULOS AMPLAMENTE CONHECIDOS PELO EXPERT NOMEADO. REMUNERAÇÃO ADEQUADA DO TRABALHO DO PERITO, SEM TODAVIA, CAUSAR ONEROSIDADE AO DEVEDOR. VERBA HONORÁRIA QUE MERECE REDUÇÃO ANTE A PECULIARIDADE DO CASO, QUAL SEJA, MULTIPLICIDADE DE DEMANDAS. PROVIMENTO DO RECURSO. (TJRJ, AI nº 0068604-81.2018.8.19.0000, Rel. Des. LÚCIO DURANTE, j. 28/05/2019 em, DJe 31/05/2019, DÉCIMA NONA CÂMARA CÍVEL) Agravo de instrumento. Ação indenizatória. Decisãoque homologa honorários periciais e determina o depósito de metade da quantia pela parte ré. Ausência de previsão no rol do art. 1.015, CPC. Taxatividade mitigada. Tema 988, STJ. Admissão do agravo em situações urgentes, cuja irresignação em sede de apelação se tornaria inútil. Verba honorária de natureza alimentar que, uma vez levantada, dificultaria restituição em caso de eventual redução. Cabimento do recurso. Pedido de afastamento da obrigação de pagar a verba antes do julgamento definitivo da lide. Prova requerida por ambas as partes. Art. 95 do CPC. Perícia médica para atestar a existência e o grau de incapacidade de vítima de acidente de trânsito. Seguro DPVAT. Fixação dos honorários em três salários mínimos e meio. Montante adequado à natureza e à complexidade da perícia. Princípios da proporcionalidade e da razoabilidade. Súmula 361 do TJRJ. Jurisprudência desta Corte. Negado provimento do recurso. (TJRJ, AI nº 0087786-82.2020.8.19.0000, Rel. Des. CLÁUDIA TELLES DE MENEZES, j. 04/05/2021 em, DJe 06/05/2021, QUINTA CÂMARA CÍVEL) AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO CIVIL. COMPETÊNCIA. RECURSO INTERPOSTO CONTRA DECISÃO QUE DECLINOU, DE OFÍCIO, DA COMPETÊNCIA EM EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL. MATÉRIA NÃO PREVISTA NO ROL DO ART. 1.015 DO CPC. TAXATIVIDADE MITIGADA. TEMA 988, STJ. INCOMPETÊNCIA RELATIVA. IMPOSSIBILIDADE DE DECLÍNIO DE OFÍCIO. INTELIGÊNCIA DA SÚMULA Nº. 33 DESTE TRIBUNAL. PRECEDENTES DA CORTE. COMPETÊNCIA TERRITORIAL QUE DEVE SER DEFINIDA NOS TERMOS DO ARTIGO 781, I, DO CPC. FORO DO DOMICÍLIO DO EXECUTADO. RECURSO PROVIDO. (TJRJ, AI nº 0007831-65.2021.8.19.0000, Rel. Des. ANDRE LUIZ CIDRA, j. 27/04/2021 em, DJe 03/05/2021, DÉCIMA PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL) Agravo de Instrumento. Embargos de Terceiro. Decisão que determinou a suspensão do feito para julgamento em conjunto com Ação Anulatória e Cautelar de Sequestro, em apenso. Inconformismo do Espólio embargante. Alegação de que os Embargos estão prontos para julgamento desde 2014 e devem ser apreciados, vez que a eventual nulidade ou anulabilidade do negócio não pode ser oposta à adquirente de boa-fé. Preliminar de não conhecimento suscitada pelo agravado que se afasta. Aplicação da tese firmada pelo STJ a respeito da taxatividade mitigada ( Tema 988), ante a existência de urgência que justifique a apreciação do que foi decidido. Embargos de Terceiro ajuizados por dependência à demanda cautelar de sequestro, tendo por objeto o imóvel situado à Rua Aristides Espíndola, nº 22 apt. 301, Leblon, Rio de Janeiro. Ação principal distribuída também por dependência à ação cautelar onde o autor, ora agravado, busca anulação da aquisição do referido imóvel para fazer constar seu pai como adquirente, e não HATCHUEL ESTHER GILBERT, sua tia. Agravante que alega ser adquirente de boa-fé e que por isso, eventual nulidade ou anulabilidade do negócio anterior não lhe pode ser oposta. Questão da boa-fé da adquirente que é fundamento de pedidos tanto no bojo dos Embargos de Terceiro quanto na Ação Anulatória. Conexão evidente. Possibilidade de decisões conflitantes que deve ser evitada. Inexistência de violação do princípio da duração razoável do processo, destacando-se o fato de que uma das rés da ação anulatória - HATCHUEL ESTHER GILBERT - reside em Israel, tornando a citação naturalmente mais demorada. Decisão que não merece reforma. DESPROVIMENTO DO RECURSO. (TJRJ, AI nº 0082247-38.2020.8.19.0000, Rel. Des. SIRLEY ABREU BIONDI, j. 26/04/2021 em, DJe, 05/05/2021, DÉCIMA TERCEIRA CÂMARA CÍVEL) AGRAVO DE INSTRUMENTO. INDENIZATÓRIA. TAXATIVIDADE MITIGADA. URGÊNCIA. CONTRATO DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO. CONSTRUÇÃO DE IMÓVEL RESIDENCIAL. ALEGAÇÃO DE VÍCIOS NA CONSTRUÇÃO E COBRANÇA INDEVIDA. LAUDO PERICIAL. HOMOLOGAÇÃO. IMPUGNAÇÃO. ESCLARECIMENTOS APRESENTADOS PELO PERITO. AUSÊNCIA DE VÍCIO. NOVA PERÍCIA. IMPOSSIBILIDADE. INTELIGÊNCIA DA SÚMULA 155 DESTE TRIBUNAL. RECURSO DESPROVIDO. 1. Ainda que a matéria de prova não esteja incluída no rol das decisões interlocutórias passíveis de impugnação por meio de agravo de instrumento, o Superior Tribunal de Justiça já decidiu pela possibilidade da interpretação extensiva do art. 1.015 do CPC em situações excepcionais, em que a demora inviabilizará o próprio direito postulado. 2. Segundo a tese fixada sob o tema 988 do regime de recursos repetitivos, a regra da taxatividade poderá sofrer exceção quando verificada a urgência decorrente da inutilidade do julgamento da questão no recurso de apelação, como na hipótese em exame. 3. Insurge- se a ré agravante contra a decisão singular que, em ação indenizatória, referente a contrato de prestação de serviços para construção de imóvel residencial, indeferiu a realização de nova perícia postulada pela ré. 3. Valoração do magistrado quanto as provas que se mostram necessárias para a solução do processo e formação do convencimento do julgador em ambas as instâncias. 4. Minucioso laudo técnico de engenharia, fundamentado em normas oficiais, elaborado de modo detalhado ponto a ponto e com respostas relacionadas aos quesitos de forma individual, delineando as questões fáticas apresentadas nos quesitos, não se verificando nenhuma manifestação de cunho pessoal ou opinativo pelo perito do juízo. 5. Esclarecimentos acerca das impugnações, demonstrando a inexistência de razões técnicas que justifiquem as alterações pretendida pela ré agravante nas suas impugnações e parecer de assistente técnico, amplamente esclarecidas pelo perito do juízo. 6. Laudo pericial desprovido de vícios, eis que respondidas as impugnações de modo claro. 7. O art. 480 do CPC permite que o juiz determine a realização de nova perícia quando a matéria não estiver suficientemente esclarecida, hipótese em que a nova perícia terá por objetivo a correção de eventual omissão ou inexatidão dos resultados apresentados, o que não se constata no caso em exame. 8. Desnecessidade de nova perícia, uma vez que ausente qualquer justificativa para desconsideração do laudo pericial, ora impugnado. 9. A simples insatisfação de uma das partes com o resultado obtido em uma perícia não se mostra suficiente, por si só, para ensejar a realização de nova perícia, conforme inteligência da Súmula 155 deste Tribunal. 10. Desprovimento do recurso. (TJRJ, AI nº 0052279-60.2020.8.19.0000, Rel. Des. ELTON MARTINEZ CARVALHO LEME, j. 20/04/2021 em, DJe, 23/04/2021, DÉCIMA SÉTIMA CÂMARA CÍVEL) AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C PEDIDO DE DANO MORAL. PESSOA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA. PRETENSÃO DE ADAPTAÇÃO DA ESTAÇÃO FERROVIÁRIA DE SANTA CRUZ. DECISÃO QUE DETERMINOU A SUSPENSÃO DO FEITO EM RAZÃO DA EXISTÊNCIA DE AÇÃO CIVIL PÚBLICA VERSANDO SOBRE O MESMO TEMA. IRRESIGNAÇÃO DO AUTOR. Preliminar. Admissibilidade. A Corte Superior (REsp nº. 1.696.396/MT - Tema 988), firmou entendimento de que o rol do art. 1.015, do CPC, deve ser interpretado de forma extensiva, sendo admissível a interposição de agravo de instrumento quando verificada a urgência decorrente da inutilidade do julgamento da questão no recurso de apelação. Hipótese em que a decisão versa sobre suspensão do processo, sendo evidente que a reiteração do pedido em sede de apelação não terá qualquer utilidade ao autor. Cabimento. O IRDR nº. 0069855-03.2019.8.19.0000, que trata sobre o direito à acessibilidade às estações de trem na cidade do Rio de Janeiro aos portadores de deficiência, está aguardando julgamento acerca da sua admissibilidade, não sendo, portanto, óbice ao prosseguimento do presente recurso. No mérito, insurge-se o recorrente contra a decisão que determinou a suspensão da ação de obrigação de fazer c/c pedido de compensação por danos morais, cuja causa de pedir está lastreada na ausência de acessibilidade para portadores de deficiência física na estação ferroviária de Santa Cruz, de responsabilidade da recorrida. Magistradode primeiro grau que determinou a suspensão do feito em razão da existência de Ação Civil Publica ajuizada pelo Ministério Público em face da Concessionária agravada e do Estado do Rio de Janeiro (Processo nº. nº 0167632-82.2019.8.19.0001), que versa sobre o mesmo tema. O STJ tem entendimento, firmado em sede de recurso repetitivo (REsp 1.110.549/RS), no sentido de que "Ajuizada ação coletiva atinente à macro-lide geradora de processos multitudinários, suspendem-se as ações individuais, no aguardo da ação coletiva". De fato, no que tange ao pedido de obrigação de fazer, há risco evidente de decisões contraditórias, sendo de todo pertinente destacar que tal pretensão está atrelada ao direito coletivo, já que a adaptação deverá atender não só às necessidades do autor, mas de todas as pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, usuárias do serviço. Não obstante, é importante consignar que o dano moral coletivo em nada se confunde com o dano moral individual de cada um dos usuários que têm o seu direito de ir e vir vulnerado em razão da inexistência de acesso adequado ao meio de transporte público. A Lei 13.146/2015 (art. 46), estabelece que os portadores de necessidades especiais têm direito ao transporte e à mobilidade em igualdade de oportunidade com as demais pessoas. Ressalte-se que na ação coletiva não existe pedido correlato. Possibilidade de prosseguimento da ação, apenas, em relação ao pedido de dano moral, devendo permanecer sobrestado o pleito de obrigação de fazer, consistente na adaptação da estação ferroviária em questão, até ulterior decisão a ser proferida na Ação Coletiva ou no IRDR, já mencionados. Decisão que se reforma em parte. PROVIMENTO PARCIAL DO RECURSO. (TJRJ, AI nº 0048962-54.2020.8.19.0000, Rel. Des. ANDRE EMILIO RIBEIRO VON MELENTOVYTCH, j. em 25/03/2021, DJe, 12/04/2021,VIGÉSIMA PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL) AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C PEDIDO DE DANO MORAL. PESSOA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA. PRETENSÃO DE ADAPTAÇÃO DAS ESTAÇÕES FERROVIÁRIAS DE MADUREIRA. DECISÃO QUE DETERMINOU A SUSPENSÃO DO FEITO EM RAZÃO DA EXISTÊNCIA DE AÇÃO CIVIL PÚBLICA VERSANDO SOBRE O MESMO TEMA. IRRESIGNAÇÃO DAS AUTORAS. Preliminar. Admissibilidade. A Corte Superior (REsp nº. 1.696.396/MT - Tema 988), firmou entendimento de que o rol do art. 1.015, do CPC, deve ser interpretado de forma extensiva, sendo admissível a interposição de agravo de instrumento quando verificada a urgência decorrente da inutilidade do julgamento da questão no recurso de apelação. Hipótese em que a decisão versa sobre suspensão do processo, sendo evidente que a reiteração do pedido em sede de apelação não terá qualquer utilidade às autoras. Cabimento. O IRDR nº. 0069855-03.2019.8.19.0000, que trata sobre o direito à acessibilidade às estações de trem na cidade do Rio de Janeiro aos portadores de deficiência, está aguardando julgamento acerca da sua admissibilidade, não sendo, portanto, óbice ao prosseguimento do presente recurso. No mérito, insurgem-se as recorrentes contra a decisão que determinou a suspensão da ação de obrigação de fazer c/c pedido de compensação por danos morais, cuja causa de pedir está lastreada na ausência de acessibilidade para portadores de deficiência física nas estações ferroviárias de Madureira (Juscelino Kubitschek e Mercadão), de responsabilidade da recorrida. Magistrado de primeiro grau que determinou a suspensão do feito em razão da existência de Ação Civil Publica ajuizada pelo Ministério Público em face da Concessionária agravada e do Estado do Rio de Janeiro (Processo nº. nº 0167632-82.2019.8.19.0001), que versa sobre o mesmo tema. Com efeito, o STJ tem entendimento, firmado em sede de recurso repetitivo (REsp 1.110.549/RS), no sentido de que "Ajuizada ação coletiva atinente à macro-lide geradora de processos multitudinários, suspendem-se as ações individuais, no aguardo da ação coletiva". De fato, no que tange ao pedido de obrigação de fazer, há risco evidente de decisões contraditórias, sendo de todo pertinente destacar que tal pretensão está atrelada ao direito coletivo, já que a adaptação deverá atender não só às necessidades das autoras, mas de todas as pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, usuárias do serviço. Peculiaridades do caso concreto. In casu, as recorrentes apresentaram requerimento de homologação de desistência quanto ao pedido de obrigação de fazer. Nada obstante, tal pretensão não foi objeto da decisão recorrida e, além disso, a parte agravada já apresentou contestação, sendo necessária a observância do disposto no art. 485, §4º do CPC. Pedido de desistência que deverá ser apreciado pelo Juízo a quo, sob pena de supressão de instância. Lado outro, importante consignar que o dano moral coletivo em nada se confunde com o dano moral individual de cada um dos usuários, que têm o seu direito de ir e vir vulnerado em razão da inexistência de acesso adequado ao meio de transporte público. A Lei 13.146/2015 (art. 46), estabelece que os portadores de necessidades especiais têm direito ao transporte e à mobilidade em igualdade de oportunidade com as demais pessoas. Ressalte-se, ainda, que na ação coletiva não existe pedido correlato. Possibilidade de prosseguimento da ação, apenas, em relação ao pedido de dano moral, devendo o magistrado a quo se pronunciar sobre o pedido de desistência. Decisão que se reforma em parte. PROVIMENTO PARCIAL DO RECURSO.(TJRJ, AI nº 0038718-66.2020.8.19.0000, Rel. Des. ANDRE EMILIO RIBEIRO VON MELENTOVYTCH, j. em 18/03/2021, DJe, 24/03/2021,VIGÉSIMA PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL) AGRAVO DE INSTRUMENTO. Ação de Revisão de Benefícios c/c Cobrança de Atrasados. Perícia atuarial. Decisão interlocutória que homologa os honorários periciais em R$ 10.000,00 (dez mil reais). Agravante que se insurge contra o decisum, postulando a sua reforma, com a redução da verba honorária. 1. Decisão que, embora não conste no rol do art. 1.015 do CPC, admite, na hipótese dos autos, a aplicação da teoria da taxatividade mitigada prevista no julgamento do REsp nº 1.704.520/MT (Tema 988), pelo STJ. 2. Comando judicial que determinou o depósito judicial do valor dos honorários o que, certamente, acarretará o levantamento após a apresentação do laudo. 3. Conhecimento da matéria em sede de apelação que implicará na inutilidade da apreciação da questão, eis que o valor já terá sido levantado pelo perito. 4. Pericia atuarial. Honorários fixados em R$ 10.000,00. 5. Pretensão do agravante que é devida em perícia não contábil sem maior complexidade, o que não é a hipótese dos autos, conforme ressaltado pelo próprio recorrente. 6. Precedentes deste Tribunal que fixam os honorários em R$ 5.000,00, R$ 6.000,00 e R$ 8.000,00. Verba que se fixa em R$ 6.500,00, em observância aos critérios de razoabilidade e proporcionalidade. PROVIMENTO PARCIAL AO RECURSO. (TJRJ, AI nº 0082750-59.2020.8.19.0000, Rel. Des. JDS MARIA CELESTE PINTO DE CASTRO JATAHY, j. em 04/03/2021, DJe, 05/03/2021, VIGÉSIMA SEXTA CÂMARA CÍVEL) AGRAVO DE INSTRUMENTO. Ação Indenizatória por Danos Materiais, Estético e Morais, decorrentes de suposto erro médico. Decisão interlocutória que homologa os honorários periciais na forma proposta pelo perito, considerando a complexidade do trabalho. Agravante que se insurge contra o decisum, aduzindo que a verba honorária teria sido fixada em valor desarrazoado. 1. Decisão que, embora não conste no rol do art. 1.015 do CPC, admite na hipótese dos autos a aplicação da teoria da taxatividade mitigada prevista no julgamento do REsp nº 1.704.520/MT (Tema 988), pelo STJ. 2. Comando judicial que determinou o depósito judicial do valor dos honorários o que, certamente, acarretará o levantamento após a apresentação do laudo. 3. Conhecimento da matéria em sede de apelação que implicará na inutilidade da apreciação da questão, eis queo valor já terá sido levantado pelo perito. 4. Pericia médica. Alegação de erro médico. Honorários fixados em 9,6 salários mínimos. Verba que, no caso concreto, observa os critérios da razoabilidade, complexidade e dificuldade técnica, justificando a fixação em valor superior a cinco salários mínimos. 5. NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO. (TJRJ, AI nº 0079152-97.2020.8.19.0000, Rel. Des. JDS MARIA CELESTE PINTO DE CASTRO JATAHY, j. em 04/03/2021, DJe, 05/03/2021, VIGÉSIMA SEXTA CÂMARA CÍVEL) AGRAVO DE INSTRUMENTO. Ação Indenizatória. Seguro DPVAT. Decisão interlocutória que defere a produção de prova pericial, fixa os honorários periciais em R$ 3.493,00 (três mil quatrocentos e noventa e três reais), e determina à parte ré que adiante 50% (cinquenta por cento) do referido valor. Agravante que se insurge contra o decisum, aduzindo que a verba honorária deve ser paga tão somente pela parte autora. 1. Hipótese que não se trata de redistribuição do ônus da prova. Decisão que determinou que o réu depositasse 50% do valor dos honorários periciais, eis que a perícia foi requerida por ambas as partes. 2. Conhecimento do recurso. 2.1. Decisão que, embora não conste no rol do art. 1.015 do CPC, admite, na hipótese dos autos, a aplicação da teoria da taxatividade mitigada prevista no julgamento do REsp nº 1.704.520/MT (Tema 988), pelo STJ. 2.2. Comando judicial que determinou o depósito judicial do valor dos honorários o que, certamente, acarretará o levantamento após a apresentação do laudo. 2.3. Conhecimento da matéria em sede de apelação que implicará na inutilidade da apreciação da questão, eis que o valor já terá sido levantado pelo perito. 3. Réu que na contestação expressamente requereu a produção de prova pericial. 4. Tendo ambas as partes requerido a realização da perícia, o adiantamento da verba honorária deve ser rateada, conforme expressamente prevê o art. 95 do CPC. 5. Verba arbitrada, equivalente a 3,35 salários mínimos, que não merece reparo. Incidência da Súmula 361 do TJRJ. NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO. (TJRJ, AI nº 0080074-41.2020.8.19.0000, Rel. Des. JDS MARIA CELESTE PINTO DE CASTRO JATAHY, j. em 04/03/2021, DJe, 05/03/2021, VIGÉSIMA SEXTA CÂMARA CÍVEL) AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. DECISÃO AGRAVADA QUE DETERMINA A READEQUAÇÃO DO VALOR DA CAUSA E A COMPLEMENTAÇÃO DA TAXA JUDICIÁRIA. CABIMENTO DO RECURSO SOB A PERSPECTIVA DA TESE FIRMADA NO RESP 1.704.520/MT (TEMA 988), QUE PREVÊ A MITIGAÇÃO DO ROL DO ART. 1.015 DO CPC. PLEITO DOS AGRAVANTES DE SUSPENSÃO PROVISÓRIA OU REDUÇÃO DO PAGAMENTO DAS MENSALIDADES DO CURSO DE MEDICINA. PEDIDO COM NÍTIDO CONTEÚDO ECONÔMICO. APLICAÇÃO DOS ARTIGOS 118, 119 E 120 DO CÓDIGO TRIBUTÁRIO ESTADUAL. INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 292, II DO CPC. NÃO INCIDÊNCIA DO DISPOSTO NO ARTIGO 121 DO CTE. PROVIMENTO PARCIAL DO RECURSO. (TJRJ, AI nº 0049014-50.2020.8.19.0000, Rel. Des. MYRIAM MEDEIROS DA FONSECA COSTA, j. em 15/12/2020, DJe, 17/12/2020, QUARTA CÂMARA CÍVEL) Direito Administrativo. Contrato de prestação de serviços de monitoramento eletrônico dos sentenciados celebrado com a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária - SEAP. Fornecimento de aparatos eletrônicos que rastreia os monitorados. Inadimplemento das prestações por parte do Estado a partir de junho de 2014. Ação monitória para cobrança de R$ 12.873.858,03 (doze milhões, oitocentos e setenta e três mil, oitocentos e cinquenta e oito reais e três centavos), lastreada em notas fiscais. Despacho inicial determinando a expedição de mandado de pagamento, com prazo de 15 dias para cumprimento e fixando os honorários advocatícios no percentual de 0,1% (um décimo por cento) do valor cobrado. Insurgência com o percentual dos honorários fixado. Cabimento do agravo. Taxatividade mitigada admitida pelo Superior Tribunal de Justiça, no julgamento dos Recursos Especiais nº 1.693.396 e 1.704.520, sob o rito dos recursos repetitivos, que fixou o tema 988, in verbis: "O rol do art. 1.015 do CPC é de taxatividade mitigada, por isso admite a interposição de agravo de instrumento quando verificada a urgência decorrente da inutilidade do julgamento da questão no recurso de apelação. "A urgência na apreciação da decisão impugnada se justifica porque, caso o Estado decida cumprir o mandado monitório e efetue o pagamento do valor cobrado no prazo o agravante não terá mais oportunidade de ver modificada a verba honorária inicialmente fixada em razão da preclusão, pois qualquer impugnação posterior seria considerada intempestiva, restando evidente a necessidade e utilidade de discussão da matéria no presente recurso. No que tange ao mérito, assiste razão ao agravante, pois conforme entendimento do STJ, ressalvadas as exceções previstas no § 8º do art. 85 do CPC, quais sejam, quando o proveito econômico for irrisório, inestimável ou o valor da causa for muito baixo, o Juiz não está autorizado a arbitrar os honorários por apreciação equitativa e fora dos limites percentuais fixados na lei.No caso, o percentual dos honorários fixado pelo art. 701 do CPC é de 5% do valor atribuído à causa, devendo ser observado o limite imposto pela lei, até mesmo porque não se trata de valor demasiadamente excessivo a ponto de ensejar enriquecimento sem causa ao advogado. Provimento do recurso para majorar os honorários sucumbenciais para 5% do valor da causa, sem prejuízo de posterior modificação, em caso de eventual acordo celebrado, não pagamento da obrigação ou propositura de embargos. (TJRJ, AI nº 0056679-20.2020.8.19.0000, Rel. Des. NAGIB SLAIBI FILHO, j. em 24/02/2021, DJe, 03/03/2021, SEXTA CÂMARA CÍVEL) AGRAVO DE INSTRUMENTO ¿ AÇÃO DE DISSOLUÇÃO PARCIAL DE SOCIEDADE COM PEDIDO DE APURAÇÃO DE HAVERES E INDENIZATÓRIO ¿ DECISÃO QUE DETERMINOU A REALIZAÇÃO DE NOVA PROVA PERICIAL ¿ AGRAVO DA PARTE AUTORA ¿POSICIONAMENTO PESSOAL POR DIVERSAS VEZES RESSALVADO NO SENTIDO DA NÃO TAXATIVIDADE DO ROL DO ART. 1.015 DO CPC, MORMENTE NOS CASOS EM QUE A DECISÃO RECORRIDA POSSA RESULTAR PERIGO DE DANO GRAVE E DE DIFÍCIL REPARAÇÃO PARA O RECORRENTE ¿ RESP 1.704.520-MT - RECURSO REPETITIVO - TEMA 988 - ENTENDIMENTO DO STJ DE QUE O ROL DO ART. 1.015 DO CPC É DE TAXATIVIDADE MITIGADA, POR ISSO ADMITE A INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO QUANDO VERIFICADA A URGÊNCIA DECORRENTE DA INUTILIDADE DO JULGAMENTO DA QUESTÃO NO RECURSO DE APELAÇÃO ¿ HIPÓTESE DOS AUTOS QUE SE INSERE NOS CASOS EM QUE DEVE SER MITIGADA TAL TAXATIVIDADEJUÍZO QUE, AO ANALISAR O FEITO PARA JULGAR O MÉRITO, CONCLUIU QUE O LAUDO DA PERÍCIA ERA INCONCLUSIVO E DETERMINOU DE OFÍCIO NOVA PERÍCIA - MAGISTRADO, NA CONDIÇÃO DE DESTINATÁRIO DAS PROVAS, AS QUAIS TÊM POR FINALIDADE A FORMAÇÃO DE SEU CONVENCIMENTO NA BUSCA PELA VERDADE REAL, TEM A FACULDADE DE INDEFERIR AS DESNECESSÁRIAS E DETERMINAR, DE OFÍCIO, A REALIZAÇÃO DAQUELAS QUE ENTENDE NECESSÁRIAS ¿ ART.370 DO CPC ¿APESAR DE PRORROGAR O JULGAMENTO DO FEITO, COMO RESSALTOU O JUÍZO, A REALIZAÇÃO DE NOVA PERÍCIA É IMPRESCINDÍVEL AO SEU DESLINDE ¿MATÉRIA DE ALTA COMPLEXIDADE ¿ PERITO QUE JUSTIFICOU DE FORMA DEVIDA O TRABALHO A SER REALIZADO E SEU RESPECTIVO CUSTO ¿ QUANTIA, INCLUSIVE, QUE NÃO SE AFASTA DO REFERENTE À PRIMEIRA PERÍCIA, CONSIDERANDO A ATUALIZAÇÃO DO VALOR, VALENDO DESTAQUE QUE A ORA DESIGNADA ABARCARÁ QUESTÕES NÃO ANALISADAS NAQUELA ¿ NEGA-SE PROVIMENTO (TJRJ, AI nº 0069568-06.2020.8.19.0000, Rel. Des. MARCELO LIMA BUHATEM, j. em 11/02/2021, DJe, 19/02/2021, VIGÉSIMA SEGUNDA CÂMARA CÍVEL) AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO (INDEX 119 DO PROCESSO ORIGINÁRIO) QUE DEFERIU A REALIZAÇÃO DA PROVA PERICIAL, FIXANDO HONORÁRIOS EM R$1.500,00, ÀS EXPENSAS DA RÉ. RECURSO DA REQUERIDA AO QUAL SE DÁ PROVIMENTO PARA DETERMINAR QUE A RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO DOS HONORÁRIOS PERICIAIS RECAIA SOBRE A PARTE AUTORA, OBSERVADA A GRATUIDADE DE JUSTIÇA DEFERIDA, BEM COMO OS TERMOS DO ARTIGO95, E PARÁGRAFOS, DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. Primeiramente, cabe frisar que o caso em análise comporta a mitigação do rol taxativo do artigo 1.015 do Novo Código de Processo Civil, diante de possível prejuízo às partes caso não seja realizada a prova pericial. O Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do REsp. 1.696.396/MT e do REsp. 1.704.520/MT, submetidos ao rito dos recursos repetitivos, firmou a seguinte tese (Tema 988): ¿O rol do art.1.015 do CPC é de taxatividade mitigada, por isso admite a interposição de agravo de instrumento quando verificada a urgência decorrente da inutilidade do julgamento da questão no recurso de apelação¿. De acordo com a Corte Especial, será admitida a interposição de agravo de instrumento quando verificada urgência. Concluiu a Ministra Nancy Andrighi que: ¿A tese que se propõe consiste em, a partir de um requisito objetivo, a urgência que decorre da inutilidade futura do julgamento do recurso diferido da apelação, possibilitar a recorribilidade imediata de decisões interlocutórias fora da lista do artigo 1.015 do CPC, sempre em caráter excepcional e desde que preenchido o requisito urgência, independentemente do uso da interpretação extensiva ou analógica dos incisos do artigo. (...) a taxatividade do artigo 1.015 é incapaz de tutelar adequadamente todas as questões em que pronunciamentos judiciais poderão causar sérios prejuízos e que, por isso, deverão ser imediatamente reexaminadas pelo segundo grau de jurisdição.¿ Destarte, no caso concreto, inobstante decisões anteriores desta Câmara , a questão dos honorários periciais, por implicar em possível perda da prova, reputa-se urgente. Cinge-se a controvérsia acerca da responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais, notadamente quando a Requerente é beneficiária da gratuidade de justiça. Impende frisar que, ao revés do alegado pela Requerida, a decisão guerreada não tratou da inversão do ônus da prova, limitando-se a deferir a prova pericial pleiteada pela Demandante, determinando que os honorários fossem arcados pela Ré. O Código de Processo Civil, no artigo 95, prevê que a responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte que requereu o exame, ou rateada, quando a perícia tiver sido requerida por ambas as partes ou determinada de ofício. No caso em exame, o Juízo a quo determinou que os honorários periciais fossem pagos pela Suplicada. Alegou a Demandada que teria sido a Autora a requerente da perícia. De fato, analisando-se a petição inicial, verifica-se que a Demandante requereu a realização de prova pericial. Deste modo, como é beneficiária da gratuidade de justiça, deverá ser observado o disposto nos §3º e 4ºdo artigo 95 do Código de Processo Civil. (TJRJ, AI nº 0077134- 06.2020.8.19.0000, Rel. Des. ARTHUR NARCISO DE OLIVEIRA NETO, j. em 11/02/2021, DJe, 12/02/2021, VIGÉSIMA SEXTA CÂMARA CÍVEL) AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO REVISIONAL DE CLÁUSULAS CONTRATUAIS DE FINANCIAMENTO DE VEÍCULO AUTOMOTOR. DECISÃO QUE INDEFERE A PRODUÇÃO DE PROVA PERICIAL CONTÁBIL. ILEGÍTIMA IRRESIGNAÇÃO DA AUTORA. MATÉRIA RELACIONADA ÀS PROVAS SOBRE A LEGALIDADE DA INCIDÊNCIA DE JUROS E DEMAIS ENCARGOS MORATÓRIOS, NO CONTRATO DE MÚTUO, QUE, CONFORME ENTENDIMENTO DESTE TRIBUNAL, INDEPENDE DE PERÍCIA TÉCNICA. CERCEAMENTO DE DEFESA QUE NÃO SE VERIFICA. PRECEDENTES. POSSIBILIDADE DE O MAGISTRADO, POR SIMPLES CÁLCULO ARITMÉTICO, VERIFICAR EVENTUAL ILEGALIDADE/ABUSIVIDADE NOS ENCARGOS MORATÓRIOS PRATICADOS NO CONTRATO EM QUESTÃO. DECISÃO ALVEJADA QUE RESTOU PROFERIDA COM ARRIMO NO ARTIGO 370, PARÁGRAFO ÚNICO, DO CPC. MANUTENÇÃO. CONHECIMENTO (TEMA 988 STJ) E DESPROVIMENTO DO RECURSO. (TJRJ, AI nº 0081908-79.2020.8.19.0000, Rel. Des. ALVARO HENRIQUE TEIXEIRA DE ALMEIDA, j. em 10/02/2021, DJe, 19/02/2021, VIGÉSIMA QUARTA CÂMARA CÍVEL) PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA DE SEGURO DPVAT. PRODUÇÃO DE PROVA PERICIAL REQUERIDA POR AMBAS AS PARTES. DECISÃO QUE HOMOLOGOU O VALOR DOS HONORÁRIOS EM QUANTIA EQUIVALENTE A 3,5 (TRÊS VÍRGULA CINCO) SALÁRIOS MÍNIMOS E DETERMINOU O RATEIO DA DESPESA ENTRE AS PARTES, COM O PAGAMENTO IMEDITADO PELA AGRAVANTE. ROL DO ARTIGO 1.015 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL. TAXATIVIDADE MITIGADA PELO C SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA NO JULGAMENTO DO RESP 1.704.520/MT. RECURSO REPETITIVO. TEMA 988. CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL QUE, EM SEU ARTIGO 95, PREVÊ QUE OS HONORÁRIOS DO PERITO DEVEM SER ADIANTADOS POR AQUELE QUE PLEITEOU A PROVA, OU RATEADOS QUANDO A PERÍCIA FOR DETERMINADA DE OFÍCIO OU REQUERIDA POR AMBAS AS PARTES. NO CASO, A PERÍCIA FOI REQUERIDA POR AMBAS AS PARTES. RATEIO DA DESPESA QUE SE IMPÕE. CONQUANTO NÃO SE DESCONHEÇA O TEOR DA RESOLUÇÃO 232 DO CNJ, QUE REGULAMENTA VALORES MÁXIMOS PARA OS HONORÁRIOS PERICIAIS, A MESMA SOMENTE SE APLICA QUANDO O TRIBUNAL NÃO REGULAMENTA A MATÉRIA. EXISTÊNCIA DE ENUNCIADO DE SÚMULA DESTA CORTE ESTADUAL QUE INDICA COMO PATAMAR MÁXIMO O VALOR EQUIVALENTE A TRÊS SALÁRIOS MÍNIMOS E MEIO. CONTUDO, ENTENDO QUE OS HONORÁRIOS DEVEM SER FIXADOS EM PATAMAR RAZOÁVEL E PROPORCIONAL, CAPAZ DE REMUNERAR O TRABALHO REALIZADO PELO I. PERITO MÉDICO. REDUÇÃO PARA A QUANTIA DE R$ 2.000,00(DOIS MIL REAIS), QUANTIA QUE SE REVELA MAIS COMPATÍVEL COM A NATUREZA DA PERÍCIA E COM O TRABALHO A SER REALIZADO PELO EXPERT, BEM COMO OBSERVA OS PRINCÍPIOS DA RAZOABILIDADE E DA PROPORCIONALIDADE. PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO. (TJRJ, AI nº 0075708-56.2020.8.19.0000, Rel. Des. MARÍLIA DE CASTRO NEVES VIEIRA, j. em 04/02/2021, DJe, 09/02/2021, VIGÉSIMA CÂMARA CÍVEL) Agravo de instrumento. Processual civil. Ação de rescisão de contrato de compra e venda c/c reintegração de posse e perdas e danos. Decisão agravada que decretou a revelia do réu, por não ter regularizado sua representação processual dentro do prazo determinado. A taxatividade do rol do artigo 1.015, do CPC não impede sua interpretação extensiva, mormente em se tratando de matéria relacionada aos princípios da ampla defesa e do contraditório. Tese fixada pelo STJ em sede de recursos repetitivos (Tema 988). Contestação ofertado no prazo oportuno. Procuração juntada após o prazo concedido, mas antes da sentença ou de qualquer outro ato que pudesse prejudicar o andamento processual. Irregularidade sanada. Rigorismo exacerbado. Revelia afastada. Provimento do recurso. (TJRJ, AI nº 0040674-20.2020.8.19.0000, Rel. Des. LUCIANO SABOIA RINALDI DE CARVALHO, j. em 04/02/2021, DJe, 09/02/2021, SÉTIMA CÂMARA CÍVEL) AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE COBRANÇA DE SEGURO DPVAT. DECISÃO QUE FIXA HONORÁRIOS PERICIAIS NO VALOR CORRESPONDENTE A 3,5 SALÁRIOS MÍNIMOS, NA PROPORÇÃO DE 50% PARA CADA PARTE, E DETERMINA À RÉ QUE EFETUE O DEPÓSITO DA PARTE QUE LHE CABE. AGRAVANTE QUE ALEGA NÃO TER REQUERIDO A PRODUÇÃO DE PROVA PERICIAL E QUE O VALOR DE HONORÁRIOS É EXCESSIVO. ART. 1.015, XI, DO CPC. CONTESTAÇÃO CONTENDO EXPRESSO REQUERIMENTO PARA A PRODUÇÃO DE PROVA PERICIAL. URGÊNCIA DECORRENTE DA INUTILIDADE DE JULGAMENTO EM EVENTUAL RECURSO DE APELAÇÃO, EM RELAÇÃO AO VALOR FIXADO. ROL DO ART. 1.015 DO CPC. TAXATIVIDADE MITIGADA. RECURSO REPETITIVO. TEMA 988 DO STJ. RESOLUÇÃO Nº 232 DO CNJ QUE NÃO SE APLICA AO CASO. SÚMULA Nº 361 DESTE TRIBUNAL. RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. DESPROVIMENTO DO RECURSO. 1. Trata-se de agravo de instrumento de decisão que, em ação de cobrança de seguro DPVAT, fixou honorários periciais no valor correspondente a 3,5 salários mínimos, na proporção de 50% para cada parte e determinou à ré que efetue o depósito da parte que lhe cabe. 2. Na peça contestatória consta expresso requerimento para a produção de prova pericial, não se justificando o pedido da agravante para que seja exonerada do pagamento dos honorários periciais antes do julgamento da lide. 3. Conhecimento do recurso também na parte em que a agravante se insurge contra o valor fixado a título de honoráriospericiais, porquanto, nos termos da tese firmada no julgamento dos REsp 1.696.396-MT e REsp 1.704.520-MT (Tema 988 do STJ), submetidos ao rito dos recursos repetitivos, 'O rol do art. 1.015 do CPC é de taxatividade mitigada, por isso admite a interposição de agravo de instrumento quando verificada a urgência decorrente da inutilidade do julgamento da questão no recurso de apelação'. 4. A Resolução nº 232 do CNJ não é aplicável ao caso, pois estabelece valores máximos para pagamento da ajuda de custo ao perito pelos Tribunais de Justiça, nos casos em que somente a parte autora requereu a perícia e goza do benefício da gratuidade, tendo por objetivo viabilizar o trabalho do profissional nomeado. 5. Quanto à Súmula nº 361 deste Tribunal, no processo administrativo que culminou no seu estabelecimento, a justificativa de padronização dos valores para casos relacionados ao DPVAT já apresentava uma média de honorários de R$3.080,00, que foi calculada a partir de quantias fixadas em 2015 e 2016, que correspondia, em 2015, a 3,9 salários mínimos, e, em 2016, a exatos 3,5 salários mínimos, permitindo constatar que a fixação dos honorários periciais em valor correspondente a 3,5 salários mínimos encontra-se inequivocamente em consonância com os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. 6. Desprovimento do recurso. (TJRJ, AI nº 0065426-56.2020.8.19.0000, Rel. Des ELTON MARTINEZ CARVALHO LEME, j. em 15/12/2020, DJe, 21/12/2020, DÉCIMA SÉTIMA CÂMARA CÍVEL) Agravo de instrumento. Ação de obrigação de fazer c/c cobrança e indenizatória. Decisão que homologa honorários periciais. Ausência de previsão no rol do art. 1.015, CPC. Taxatividade mitigada. Tema 988, STJ. Admissão do agravo em situações urgentes, cuja irresignação em sede de apelação se tornaria inútil. Verba honorária de natureza alimentar que, uma vez levantada, dificultaria restituição em caso de eventual redução. Cabimento do recurso. Fixação dos honorários do perito em valor correspondente a sete salários mínimos. Perícia que tem como objeto três contratos - promessa de compra e venda, trespasse de empresas e cessão de cotas de postos de gasolina. Trabalho de natureza complexa. Montante condizente com o tempo e o labor que serão despendidos pela expert. Decisão que deve ser mantida. Negado provimento ao recurso. (TJRJ, AI nº 0059349- 31.2020.8.19.0000, Rel. Des CLÁUDIA TELLES DE MENEZES, j. em 11/12/2020, DJe, 15/12/2020, QUINTA CÂMARA CÍVEL) Agravo de Instrumento. Ação de Reintegração de Posse. Decisão que indeferiu o pedido de suspensão do processo. Irresignação do agravante/réu. Após a sentença julgando procedente o pedido da ação possessória, o agravante propos, por dependência, Querela Nullitatis, com pedido de liminar, sob o fundamento no fato de que a sentença não apreciou o seu pedido a respeito da usucapião. Entendimento do STJ de que o rol do art. 1.015 do CPC/15 é de taxatividade mitigada. Pedido de suspensão do processo principal que deve ser apreciado imediatamente, haja vista a urgência. Matéria tema 988 do STJ. Suspensão do processo principal até o julgamento da Querela Nullitatis que não merece acolhimento. Sentença prolatada de acordo com a prova dos autos, não demonstrando o agravante, a ocorrência de qualquer vicio. Ademais, poderá o agravante reaver pela via própria, eventual prejuízo que tiver, em decorrência do cumprimento do mandado reintegratório. Decisão que não merece reforma. Inexistência de violação ao devido processo legal. DESPROVIMENTO DO RECURSO. (TJRJ, AI nº 0060116- 69.2020.8.19.0000, Rel. Des SIRLEY ABREU BIONDI, j. em 10/12/2020, DJe, 18/12/2020, DÉCIMA TERCEIRA CÂMARA CÍVEL) Agravo de instrumento. Ação indenizatória. Decisão que homologa honorários periciais. Ausência de previsão no rol do art. 1.015, CPC. Taxatividade mitigada. Tema 988, STJ. Admissão do agravo em situações urgentes, cuja irresignação em sede de apelação se tornaria inútil. Verba honorária de natureza alimentar que, uma vez levantada, dificultaria restituição em caso de eventual redução. Cabimento do recurso. Fixação dos honorários do perito em R$ 18.956,00. Análise de defeitos de construção da unidade autônoma adquirida, bem como das áreas comuns do condomínio. Trabalho de natureza complexa. Montante condizente com o tempo e o labor que serão despendidos pela expert. Decisão que deve ser mantida. Negado provimento ao recurso. (TJRJ, AI nº 0060379- 04.2020.8.19.0000, Rel. Des CLÁUDIA TELLES DE MENEZES, j. em 03/12/2020, DJe, 07/12/2020, QUINTA CÂMARA CÍVEL) AGRAVO DE INSTRUMENTO. DECISÃO (INDEX 476 DO PROCESSO ORIGINÁRIO) QUE DECLINOU DA COMPETÊNCIA. RECURSO DOS AUTORES AO QUAL SE NEGA PROVIMENTO. Primeiramente, cabe frisar que o caso em análise comporta a mitigação do rol taxativo do artigo 1.015 do Novo Código de Processo Civil, diante de possível prejuízo à defesa da empresa Autora. O Superior Tribunal de Justiça, no julgamento do REsp. 1.696.396/MT e do REsp. 1.704.520/MT, submetidos ao rito dos recursos repetitivos, firmou a seguinte tese (Tema 988): ¿O rol do art.1.015 do CPC é de taxatividade mitigada, por isso admite a interposição de agravo de instrumento quando verificada a urgência decorrente da inutilidade do julgamento da questão no recurso de apelação¿. Salienta-se que a Corte Superior, no julgamento do REsp. 1.679.909/RS (Relator: Ministro Luis Felipe Salomão. Julgado em 14/11/2017. DJe de 01/02/2018), destacou que ¿a decisão interlocutória relacionada à definição de competência continua desafiando recurso de agravo de instrumento, por uma interpretação analógica ou extensiva da norma contida no inciso III do art. 1.015 do CPC/2015, já que ambas possuem a mesma ratio -, qual seja, afastar o juízo incompetente para a causa, permitindo que o juízo natural e adequado julgue a demanda. Assim, impõe-se o conhecimento do recurso, visto que a questão do deslocamento da competência importará em alteração no trâmite do feito, com a remessa dos autos para a Justiça Estadual de São Paulo. Destarte, no caso concreto, inobstante decisões anteriores desta Câmara em sentido contrário, a decisão sobre a competência demonstra urgência, não comportando aguardar o julgamento de possível apelação ou mesmo conflito de competência. Na origem, trata-se de ação de revisão de cláusulas contratuais referentes a Cédulas de Crédito Bancário, na qual a empresa Autora afirmou que os contratos teriam sido celebrados com o fim ¿de obter financiamento para a aquisição de novos veículos¿ para sua frota. Aduziram os Requerentes que, embora conste nos contratos a eleição do foro da Cidade de São Paulo para dirimir conflitos entre as partes, tal cláusula deveria ser considerada abusiva e nula de pleno direito. Os Demandantes alegaram hipossuficiência e vulnerabilidade em relação ao Banco Réu, tratando-se de contrato de adesão, sem possibilidade de negociação das cláusulas contratuais. Acrescentaram que os avalistas seriam pessoas idosas, residentes na Cidade do Rio de Janeiro, e que o declínio de competência dificultaria o acesso à Justiça. Insurgiram-se os Reclamantes contra a decisão que reconheceu a incompetência territorial e declinou da competência para o Foro Central da Comarca de São Paulo. Com efeito, nos termos do artigo 63, do Código de Processo Civil: ¿As partes podem modificar a competência em razão do valor e do território, elegendo foro onde será proposta ação oriunda de direitos e obrigações¿. Sobre o tema, cabe destacar posicionamento do Superior Tribunal de Justiça no sentido de que a cláusula de foro de eleição pode ser afastada nas hipóteses em que restar configurada a hipossuficiência ou vulnerabilidade de uma das partes ou, ainda, prejuízo no acesso à Justiça. (Processo AgInt no AREsp. 1.522.991/SC, AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL 2019/0171227-6, Relator(a) Ministro Marco Aurélio Bellizze (1150), Órgão Julgador T3- Terceira Turma, Data do Julgamento 10/02/2020, Data da Publicação/Fonte DJe 13/02/2020). Destaca-se que, entre os critérios que podem ser adotados para que se reconheça a abusividade da cláusula de eleição de foro estão o valor econômico do contrato, a natureza jurídica das pessoas envolvidas no litígio, bem como a condição econômica dos litigantes. No caso concreto, verifica-se que a empresa Suplicante é de grande porte, conforme relatado na exordial: ¿a Real Auto Ônibus é líder do Consórcio Intersul 1 , participando também do Consórcio Transcarioca 2, operando em quase todas as linhas que trafegam entre a Rodoviária/Central até os principais bairros da Zona Sul e circulando nos principais pontos do Município, tendo a maioria absoluta dos números de linhas, contando com aproximadamente 370 ônibus, transportando cerca de 140.000 passageiros por dia útil e gerando, nos dias de hoje, mais de 1.200 empregos diretos e centenas de outros indiretos, sendo uma referência no transporte urbano coletivo carioca e brasileiro.¿ Assim, nota-se que a discussão travada é entre duas pessoas jurídicas de grande porte, não se vislumbrando vulnerabilidade e hipossuficiência entre elas que dê ensejo à aplicação da legislação consumerista. Observa-se que, inobstante estar em recuperação judicial, e a ação originária tratar de contrato de adesão para financiamento de veículos para sua frota de ônibus, não se vislumbra que os Requerentes estejam em posição de desvantagem em relação à Suplicada. Destaca-se que os quatro contratos objeto da lide são de vultoso valor econômico, sendo cada um superior a três milhões e quinhentos mil reais. Sabe-se que empresas do porte da Requerente são conhecedoras das características e termos empregados nos contratos de financiamento e Cédulas de Crédito Bancário, o que permite reconhecer a ausência de hipossuficiência em relação ao Suplicado. No que se refere aos avalistas, não há comprovação nos autos da alegada hipossuficiência ou vulnerabilidade, não havendo verossimilhança na alegação dos Requerentes de que à época dos contratos não teriam ¿digressão intelectual suficiente para compreender os efeitos da cláusula do foro de eleição¿. Assim, não se vislumbra que os Demandantes teriam dificuldades em acessar a Justiça no Estado de São Paulo, tendo em vista ser empresa de grande porte que atua no ramo de transportes. Desta forma, ante a ausência de comprovação de hipossuficiência, vulnerabilidade ou, ainda, dificuldade de acesso à Justiça, não deve ser reconhecida a nulidade da cláusula de eleição de foro. Incidência da Súmula n.º 335 do Supremo Tribunal Federal. (TJRJ, AI nº 0003840- 18.2020.8.19.0000, Rel. Des ARTHUR NARCISO DE OLIVEIRA NETO, j. em 08/09/2020, DJe, 09/09/2020, VIGÉSIMA SEXTA CÂMARA CÍVEL) AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRIBUTÁRIO. ICMS. ENERGIA ELÉTRICA. AÇÃO DECLARATÓRIA C/C REPETIÇÃO DE INDÉBITO. PRETENSÃO DE APLICAÇÃO DA ALÍQUOTA DE 18%. DECISÃO AGRAVADA QUE DETERMINA A RETIFICAÇÃO DO VALOR DA CAUSA PARA QUE REFLITA O BENEFÍCIO ECONÔMICO PRETENDIDO. CABIMENTO DO RECURSO SOB A PERSPECTIVA DA TESE FIRMADA NO RESP Nº 1.704.520/MT (TEMA 988), QUE PREVÊ A MITIGAÇÃO DO ROL DO ART. 1.015 DO CPC. EXAME DO MÉRITO QUE ATRAI A TESE FIRMADA NO RESP Nº 1.111.003/PR (TEMA 115), NO SENTIDO QUE QUE ADMITE-SE APENAS UM COMPROVANTE DE PAGAMENTO PARA AUTORIZAR O PROSSEGUIMENTO DO PEDIDO DE REPETIÇÃO DO INDÉBITO TRIBUTÁRIO, SENDO PERFEITAMENTE POSSÍVEL, PORTANTO, AFERIR O REAL PROVEITO ECONÔMICO A POSTERIORI, E ASSIM, IDENTIFICAR EVENTUAL DIFERENÇA DE TAXA JUDICIÁRIA. CONSEQUNTEMENTE, É POSSÍVEL A ESTIMATIVA DO VALOR DA CAUSA, COMO AUTORIZA O ART. 291 DO CPC E PROCEDEU O RECORRENTE. PROVIMENTO DO RECURSO. (TJRJ, AI nº 0017187-21.2020.8.19.0000, Rel. Des MYRIAM MEDEIROS DA FONSECA COSTA, j. em 02/12/2020, DJe, 04/12/2020, QUARTA CÂMARA CÍVEL) AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO ENVOLVENDO EMPRÉSTIMO PESSOAL VESTING VINCULADO A BENEFÍCIO DE PREVIDÊNCIA COMPLEMENTAR. DECISÃO QUE DEFERE A PROVA PERICIAL E NOMEIA PERITO COM FORMAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS. CABIMENTO DO RECURSO SOB A PERSPECTIVA DA TESE FIRMADA NO RESP Nº 1.704.520/MT (TEMA 988), QUE PREVÊ A MITIGAÇÃO DO ROL DO ART. 1.015 DO CPC. PERÍCIA QUE DEVE SER REALIZADA POR PROFISSIONAL DETENTOR DE CONHECIMENTO TÉCNICO OU CIENTÍFICO NECESSÁRIO. INTELIGÊNCIA DO CAPUT DO ARTIGO 465 E DO §4º DO ART. 464 DO CPC. DIANTE DISSO, IMPÕE-SE A NOMEAÇÃO DE PERITO COM FORMAÇÃO EM CIÊNCIAS ATUARIAIS. PRECEDENTE. PROVIMENTO DO RECURSO. (TJRJ, AI nº 0055841-77.2020.8.19.0000, Rel. Des MYRIAM MEDEIROS DA FONSECA COSTA, j. em 02/12/2020, DJe, 04/12/2020, QUARTA CÂMARA CÍVEL) PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO INDENIZATÓRIA. RECURSO INTERPOSTO EM FACE DE DECISÃO QUE DECRETOU A REVELIA DA PARTE RÉ, ANTE A AUSÊNCIA DE REGULARIZAÇÃO PROCESSUAL. DECISÃO QUE NÃO ENCONTRA PREVISÃO NO ROL DO ART. 1.015, DO CPC. TODAVIA, NÃO SE DESCONHECE DA TESE FIRMADA PELO STJ, NOS ACÓRDÃOS DE MÉRITO DOS RECURSOS ESPECIAIS Nº 1.696.396/MT E N.º 1.704.520/MT, REPRESENTATIVOS DA CONTROVÉRSIA REPETITIVA DESCRITA NO TEMA 988. NO PRESENTE CASO, REPUTO COMPROVADA A URGÊNCIA QUE PODE VIR A ACARRETAR A INUTILIDADE DO JULGAMENTO POSTERIOR DA DECISÃO. A DECRETAÇÃO DA REVELIA REPRESENTA A MAIS GRAVE DECISÃO INTERLOCUTÓRIA NO PROCESSO CIVIL, TENDO EM VISTA OS MÚLTIPLOS EFEITOS DELA DECORRENTES. DESSA FORMA, POSTERGAR O EXAME DESSE TEMA AO EVENTUAL RECURSO DE APELAÇÃO REPRESENTA UMA VIOLAÇÃO AOS PRINCÍPIOS PROCESSUAIS. PORTANTO A URGÊNCIA DE SEU ENFRENTAMENTO É INDUVIDOSA, DEVENDO SE APLICAR A TAXATIVIDADE MITIGADA, CONFORME TESE FIRMADA PELO STJ, MOTIVO PELO QUAL CONHEÇO DO RECURSO. NO MÉRITO, EM CONSULTA AOS AUTOS ORIGINÁRIOS, OBSERVA-SE QUE A AUTORA AJUIZOU AÇÃO EM FACE DE OFICINA 705-ME, INSCRITA NO CNPJ SOB O Nº 14.094.465/0001-63. A RÉ, POR SUA VEZ, APRESENTOU CONTESTAÇÃO EM NOME DE OFICINA 705-ME, REPRESENTADA POR CARLOS HENRIQUE DO NASCIMENTO, HAVENDO NOS AUTOS INDICAÇÃO DOS NÚMEROS DOS RESPECTIVOS CNPJ E CPF. EM SUA DEFESA A RÉ NÃO NEGA QUE TENHA PRESTADO OS SERVIÇOS DE OFICINA MECÂNICA, INDICADOS PELA AUTORA NA INICIAL. NOS TERMOS DO ARTIGO 344, DO CPC, A REVELIA OCORRE QUANDO O RÉU, DEVIDAMENTE CITADO, DEIXA DE SE DEFENDER NO PROCESSO JUDICIAL AJUIZADO CONTRA SI, O QUE NÃO OCORREU NO PRESENTE CASO. A QUESTÃO DA REGULARIZAÇÃO PROCESSUAL, DETERMINADA PELO JUÍZO DE PISO, NÃO INVIABILIZA O BOM ANDAMENTO DO PROCESSO OU DE UMA FUTURA E EVENTUAL EXECUÇÃO, QUE OBVIAMENTE RECAIRÁ SOBRE O CNPJ OU CPF, CONSTANTES DOS AUTOS. PORTANTO, NÃO HÁ MOTIVOS PARA QUE SEJA DECRETADA A REVELIA DA PARTE RÉ, QUE REGULARMENTE CITADA, APRESENTOU SUA DEFESA, NO PRAZO LEGAL E NÃO NEGA A PRESTAÇÃO DO SERVIÇO, RECLAMADO PELA AUTORA. PROVIMENTO AO RECURSO, PARA REFORMAR A DECISÃO AGRAVADA AFASTANDO A DECRETAÇÃO DA REVELIA E SEUS EFEITOS. (TJRJ, AI nº 0063469-20.2020.8.19.0000, Rel. Des ANTONIO CARLOS ARRABIDA PAES, j. em 01/12/2020, DJe, 09/12/2020, VIGÉSIMA TERCEIRA CÂMARA CÍVEL) AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE REIVINDICAÇÃO C/C AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANO MATERIAL. DECISÃO QUE INDEFERIU A PRODUÇÃO DE PROVA PERICIAL. HIPÓTESE QUE, EMBORA NÃO INSERIDA NO ROL DO ART. 1.015, DO CPC/15, IMPÕE SEU CONHECIMENTO, DIANTE DO JULGAMENTO DO RESP. 1.704.520-MT, SOB A SISTEMÁTICA DOS RECURSOS REPETITIVOS, TEMA 988, JULGADO EM 05/12/2018, DJE:19/12/2018, QUE FIRMOU ENTENDIMENTO NO SENTIDO DE QUE: "O ROL DO ART. 1.015 DO CPC É DE TAXATIVIDADE MITIGADA, POR ISSO ADMITE A INTERPOSIÇÃO DE AGRAVO DE INSTRUMENTO QUANDO VERIFICADA A URGÊNCIA DECORRENTE DA INUTILIDADE DO JULGAMENTO DA QUESTÃO NO RECURSO DE APELAÇÃO." JUIZ QUE É O DESTINATÁRIO DA PROVA E PODE INDEFERIR AQUELAS QUE CONSIDERAR INÚTEIS PARA O DESLINDE DA CAUSA. ART. 370 DO CPC. AUSÊNCIA DE DEMONSTRAÇÃO CLARA DA NECESSIDADE DA PROVA REQUERIDA. JURISPRUDÊNCIA DO TJ/RJ. ACERTO DA DECISÃO. RECURSO
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