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Princípios Básicos da Administração II
DIREITO ADMINISTRATIVO
Prof. Emerson Caetano
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PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO II
Princípio da Impessoalidade
Significa que a Administração e seus Agentes não podem favorecer o desfa-
vorecer ninguém com base em: amizade, inimizade, afeto, desafeto, afinidade, 
prestígio social ou qualquer outro subjetivismo.
• É uma decorrência da igualdade ou isonomia.
• Impõe o dever de atuar em conformidade com a Finalidade Pública.
Atenção!
Quais os dois princípios da Administração Pública que estão intimamente 
relacionados entre si? Impessoalidade e Finalidade Pública. O descumprimento 
de um acarreta na violação do outro – e vice-versa. 
• Impõe ao administrador ou agente o dever de realizar o interesse público 
ainda que em detrimento de seus interesses pessoais.
• Impõe ao Estado a responsabilidade pela conduta de seus agentes.
• Também é aplicado para proibir a prática do nepotismo (súmula vinculante 
13/STF). Nepotismo é quando a autoridade nomeia para cargos de con-
fiança parentes até 3º grau ou cônjuges. 
Princípio da Moralidade 
Significa que, além de cumprir a Lei, os agentes públicos devem observar 
padrões éticos e morais de conduta. 
• Nem tudo que é legal será moral. Um exemplo é quando há uma carência 
de estrada em determinado município. Mas ao fazê-la, o prefeito duplica 
sua extensão para passar por sua fazenda. Ou seja, construir a estrada é 
legal, mas se beneficiar da benfeitoria é imoral. 
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• Para atuar de acordo com a moral administrativa não basta cumprir a letra 
fria ou seca da Lei. 
• É um conceito jurídico indeterminado:
OOss.:� Na moralidade, são observados não apenas os valores éticos e morais, 
mas também o valores de bom administrador. 
Aspectos da Moralidade Administrativa 
• Lealdade → É honrar as justas expectativas criadas. É manter comporta-
mento esperado em razão do cargo ou função que exerce. É ser fiel aos 
interesses e instituições a que servir.
• Boa-fé → Além de realizar o interesse público, é o comportamento da Admi-
nistração de não frustrar as expectativas dos administrados de, regular-
mente, exercer seus direitos e cumprir suas obrigações.
• Probidade administrativa → É o dever de honestidade, lisura, retidão de 
caráter, decência, honradez, integridade moral e funcional que se impõe 
aos agentes públicos. No exercício do cargo ou fora. 
OOss.:� Apesar de ser um dos aspectos da Moralidade, a ProOidade recebeu um 
tratamento próprio na Constituição.
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Decorrências da Moralidade Administrativa 
• A CF/88 conferiu a todos os cidadãos o direito de ajuizar ação popular para 
controlar a Moralidade Administrativa. 
 – “qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a 
anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado 
participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio 
histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de 
custas judiciais e do ônus da sucumbência” (art. 5º, LXXIII, CF).
• O princípio da Moralidade Administrativa pode ser levado em consideração 
para a responsabilização pessoal dos agentes públicos na instância admi-
nistrativa.

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