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AULA 21 - REGÊNCIA NOMINAL

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Regência nominal
Alessandra colombo Pereira
Regência nominal é o nome da relação existente entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os termos regidos por esse nome. Essa relação é sempre intermediada por uma preposição.
No estudo da regência nominal, é preciso levar em conta que vários nomes apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de que derivam. Conhecer o regime de um verbo significa, nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos. Observe o exemplo.
Verbo obedecer e os nomes correspondentes: todos regem complementos introduzidos pela preposição "a".Veja:
Obedecer a algo/ a alguém.
Obediente a algo/ a alguém.
Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados da preposição ou preposições que os regem. Observe-os atentamente e procure, sempre que possível, associar esses nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você conhece.
Substantivos
Admiração a, por
Devoção a, para, com, por
Medo de
Aversão a, para, por
Doutor em
Obediência a
Atentado a, contra
Dúvida acerca de, em, sobre
Ojeriza a, por
Bacharel em
Horror a
Proeminência sobre
Capacidade de, para
Impaciência com
Respeito a, com, para com, por
Adjetivos
Acessível a
Entendido em
Necessário a
Acostumado a, com
Equivalente a
Nocivo a
Agradável a
Escasso de
Paralelo a
Alheio a, de
Essencial a, para
Passível de
Análogo a
Fácil de
Preferível a
Ansioso de, para, por
Fanático por
Prejudicial a
Apto a, para
Favorável a
Prestes a
Ávido de
Generoso com
Propício a
Benéfico a
Grato a, por
Próximo a
Capaz de, para
Hábil em
Relacionado com
Compatível com
Habituado a
Relativo a
Contemporâneo a, de
Idêntico a
Satisfeito com, de, em, por
Contíguo a
Impróprio para
Semelhante a
Contrário a
Indeciso em
Sensível a
Descontente com
Insensível a
Sito em
Desejoso de
Liberal com
Suspeito de
Diferente de
Natural de
Vazio de
Advérbios
Longe de
Perto de
Obs.: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: paralela a; paralelamente a; relativa a; relativamente a.
exercícios
Tendo em vista a relação de dependência manifestada entre um nome (termo regente) e seu respectivo complemento (termo regido), reescreva as orações a seguir, atribuindo-lhes a devida preposição.
a – O fumo é prejudicial * saúde.
b – Financiamentos imobiliários tornaram-se acessíveis * população.
c – Seu projeto é passível * reformulações.
d – Esteja atento * tudo que acontece por aqui.
e - Suas ideias são compatíveis * as minhas.
a – O fumo é prejudicial à saúde.
b – Financiamentos imobiliários tornaram-se acessíveis à população.
c – Seu projeto é passível de reformulações.
d – Esteja atento a tudo que acontece por aqui.
e – Suas ideias são compatíveis com as minhas.
(Cescea) As palavras ansioso, contemporâneo e misericordioso regem, respectivamente, as preposições:
a) em – de – para.
b) de – a – de.
c) por – de – com.
d) de – com – para com.
e) com – a – a.
Alternativa “c”.
(TJ – SP) Indique onde há erro de regência nominal:
a) Ele é muito apegado em bens materiais.
b) Estamos fartos de tantas promessas.
c) Ela era suspeita de ter assaltado a loja.
d) Ele era intransigente nesse ponto do regulamento.
e) A confiança dos soldados no chefe era inabalável.
Alternativa “a”.
Diante das orações que seguem, analise-as e indique aquela que não se adéqua ao uso da preposição “a”:
a – Estou ávido * boas notícias.
b – Esta canção é agradável * alma.
c – O respeito é essencial * boa convivência.
d – Mostraram-se indiferentes * tudo.
e – O filme é proibido * menores de dezoito anos.
Alternativa “a”
(Fuvest-2001)A única frase que NÃO apresenta desvio em relação à regência (nominal e verbal) recomendada pela norma culta é:
a) O governador insistia em afirmar que o assunto principal seria “as grandes questões nacionais”, com o que discordavam líderes pefelistas.
b) Enquanto Cuba monopolizava as atenções de um clube, do qual nem sequer pediu para integrar, a situação dos outros países passou despercebida.
c) Em busca da realização pessoal, profissionais escolhem a dedo aonde trabalhar, priorizando à empresas com atuação social.
d) Uma família de sem-teto descobriu um sofá deixado por um morador não muito consciente com a limpeza da cidade.
e) O roteiro do filme oferece uma versão de como conseguimos um dia preferir a estrada à casa, a paixão e o sonho à regra, a aventura à repetição.
Alternativa “e”.
As regências adequadas seriam:
em a) discordar de;
em b) integrar algo (sem preposição);
em c) priorizar algo (sem preposição);
em d) consciente de.
Na alternativa c) não é errada a construção “aonde trabalhar”, embora a questão ainda seja motivo de discordância entre gramáticos da língua portuguesa. Nessa mesma alternativa, em “priorizando à empresas”, não deve ocorrer crase, pois o plural “empresas” não comportaria o artigo singular “a”.
(FUVEST)
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas correspondentes.
A arma ___ se feriu desapareceu.
Estas são as pessoas ___ lhe falei.
Aqui está a foto ___ me referi.
Encontrei um amigo de infância ___ nome não me lembrava.
Passamos por uma fazenda ___ se criam búfalos.
a) que, de que, à que, cujo, que.
b) com que, que, a que, cujo qual, onde.
c) com que, das quais, a que, de cujo, onde.
d) com a qual, de que, que, do qual, onde.
e) que, cujas, as quais, do cujo, na cuja.
Alternativa “c”. Fique atento à regência correta dos verbos e à antecedência da preposição ao pronome relativo, caso haja exigência.
Correção: a) A arma com que se feriu desapareceu. 
b) Estas são as pessoas das quais lhe falei.
c) Encontrei um amigo de infância de cujo nome não me lembrava.
d) Passamos por uma fazenda onde se criam búfalos.
Sobre a regência verbal e nominal, estão corretas as seguintes proposições, exceto:
a) Quando o termo regente é um nome, isto é, um substantivo, um adjetivo ou advérbio, temos um caso de regência nominal. Exemplo: Este é o livro sobre o qual lhe falei.
b) Quando o termo regente é um verbo, temos um caso de regência verbal. Exemplo: Eu gosto de música e literatura.
c) Chamamos de regência a relação de interdependência que se estabelece entre as palavras quando elas se combinam para formar os enunciados linguísticos (frases, orações etc.).
d) Quando o verbo for transitivo direto, ele exigirá o emprego de uma preposição entre o termo regente e o termo regido.
e) Os verbos intransitivos não possuem complemento. Há, em alguns casos, adjuntos adverbiais que costumam acompanhá-los. Os verbos de ligação e os verbos impessoais sempre serão intransitivos. Exemplo: O menino parece triste.
Alternativa “d”. Os verbos transitivos diretos não exigem emprego de preposição para o estabelecimento da relação de regência. Exemplo: Amo aquela garota.
Sobre as seguintes proposições, assinale a alternativa correta:
I. Choveu muito ontem.
II. Quero dormir!
III. Respondi às questões da prova com cuidado.
IV. Gostamos de filmes românticos.
V. Agradeço aos ouvintes a audiência
a) Verbo intransitivo – verbo transitivo direto – verbo transitivo indireto – verbo transitivo indireto – verbo transitivo direto e indireto.
b) Verbo transitivo direto e indireto – verbo intransitivo – verbo intransitivo – verbo transitivo – verbo transitivo direto e indireto.
c) verbo transitivo direto e indireto – verbo transitivo indireto – verbo transitivo indireto – verbo transitivo direto – verbo intransitivo.
d) verbo transitivo direto – verbo intransitivo – verbo transitivo direto – verbo transitivo indireto – verbo intransitivo.
Alternativa “a”.
I. Choveu é um verbo impessoal, portanto, intransitivo.
II. Quero é verbo transitivo direto, isto é, não necessita de uma preposição para o estabelecimento da relação de regência com seu complemento.
III. Responder é verbo transitivo indireto, pois é necessária uma preposição entre termo regente e termo regido (quem responde, responde a alguma coisa ou a alguém).
IV. Gostamos é verbo transitivo indireto (quem gosta, gosta de alguma coisa ou de alguém).
V. Agradecer é verbo transitivo direto e indireto (quem agradece,agradece a alguém algo)

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