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Artigo acadêmico sobre o Direito Privado

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Prévia do material em texto

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO 
 
 
 
 
 
FELIPE DOS PRAZERES E JOSÉ CARLOS GOMES 
 
 
 
 
 
 
DIREITO PRIVADO 
 
 
 
 
CACHOEIRA 
2021 
FELIPE DOS PRAZERES E JOSÉ CARLOS GOMES 
 
 
 
 
 
DIREITO PRIVADO 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de avaliação acadêmica 
apresentado ao curso de 
Administração da Faculdade 
Adventista da Bahia, como 
requisito parcial para obtenção de 
Bacharel em Administração. 
Orientador(a): Adriano Feitosa, 
Instituições de Direito Público e 
Privado. 
 
 
 
 
 
 
 
CACHOEIRA 
2021 
RESUMO 
Nesse artigo será abordado a diferença entre o direito público e privado, 
seus ramos do direito privado e seus princípios de atuação, o direito privado é 
formado por nomas que que abrangem as relações que existem nas partes 
particulares que é de forma direta regente da vida privada, as relações que 
abrangem as partes patrimoniais e sucessões. São apresentas as subdivisões 
do direito público é do direito privado para comparar as duas divisões do direito 
para poder distinguir os mesmos, a seguir é abordado os seus princípios vemos 
a sua definição elas são muito importantes para a norma jurídica dentro de seu 
ordenamento que ao mesmo tempo dão uma função de interpretação para o 
direito privado. Elas também são importantes para a limitação de atuação do 
direto privado, tonando impossível a atuação do mesmo foda do alcance desses 
princípios. 
E por fim é citado que o direito privado é dividido em ramos onde estão 
incluídos os seguintes ramos: direito civil, direito empresarial, ou seja, o código 
civil, que é a reunião que de todas as leis que estão no direito civil, ela tem como 
estrutura duas grandes partes: a parte geral ela serve a qualquer área do direito 
civil e a área especial que se trata de certos assuntos específicos. 
 
Palavras-chave: Direito privado. Estado. Particulares. Código Civil. Interesses 
individuais. 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Ramos do direito: ............................................................................................. 9 
Direito privado :.............................................................................................. 13 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................ 6 
 
2. NOÇÕES DE DIREITO ............................................................................ 7 
 2.1. NORMAS JURÍDICAS E NORMAS SOCIAIS ..................................... 7 
 
3. DIREITO PÚBLICO E DIREITO PRIVADO ............................................. 8 
 3.1. AS SUBDIVISÕES DO DIREITO PÚBLICO ..................................... 10 
 3.2. SUBDIVISÕES DO DIREITO PRIVADO ........................................... 10 
 3.2.1. Direito privado ........................................................................... 11 
 3.2.2. Art. 40 do Código Civil: pessoa jurídica .................................. 12 
 
4. SOBRE OS PRINCÍPIOS NO DIREITO ................................................ 14 
 4.1. O PÓS-POSITIVISMO E OS PRINCÍPIOS ....................................... 16 
 
5. PRINCÍPIOS BASILARES DO DIREITO PRIVADO ............................. 17 
 5.1. PRINCÍPIO DA PERSONALIDADE .................................................. 17 
 5.2. PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DA VONTADE ................................... 18 
 5.3. PRINCÍPIO DA INTANGIBILIDADE FAMILIAR................................. 19 
 5.4. PRINCÍPIO DA PROPRIEDADE INDIVIDUAL .................................. 19 
 5.5. PRINCÍPIO DA LEGITIMIDADE DA HERANÇA E DO DIREITO DE 
TESTAR ................................................................................................ 20 
 
6. CAMPOS DE AÇÃO DO DIREITO PRIVADO ...................................... 21 
 
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................. 22 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 23 
 
ANEXOS .......................................................................................................... 24 
6 
 
1. INTRODUÇÃO 
A maioria das leis de Roma tratava das relações entre as pessoas e o Estado, 
enquanto as interações entre indivíduos particulares eram regulamentadas 
principalmente pelas tradições e costumes. Por isso, as leis romanas se orientavam 
muito mais a regulamentar a vida em sociedade, como por exemplo o funcionamento 
do serviço militar, o que era considerado crime, quem podia participar do Senado etc. 
Essa dicotomia entre direito público e privado foi reforçada durante as 
revoluções do século XVIII, em especial a Revolução Francesa, quando vários 
pensadores teorizaram as diferenças entre ambos os direitos e a necessidade de 
controlar as funções estatais. 
O Direito é uma Ciência (Ciência Jurídica e Social) e fala precipuamente sobre 
o homem. O Direito é feito pelo homem, assim como todas as ciências. Para uma 
melhor análise das ciências, Francis Bacon sugere o método à “Uma atividade pré-
organizada de investigação empírica, para que o homem possa compreender a 
natureza, a fim de modificá-la”. Desta forma, mesmo sendo o Direito uma ciência una, 
foi ele dividido, para atender um anseio didático, facilitando seu aprendizado. E foi 
dividido em Direito Público de um lado e Direito Privado de outro. 
O Direito Público, por sua vez, é dividido em Interno e Externo. Conforme lição 
extraída de Hely Lopes Meirelles, o Direito Privado tutela predominantemente os 
interesses individuais, de modo a assegurar a existência das pessoas em sociedade 
e a fruição de seus bens, quer nas relações indivíduo a indivíduo, quer nas relações 
de indivíduo com o Estado, sendo aplicado como Direito Civil, Direito empresarial, 
Direito do Trabalho e Direito do Consumidor. 
O Direito Público Externo destina-se a reger as relações entre Estados 
soberanos e as atividades individuais no plano internacional. Já o Direito Público 
Interno visa regular, precipuamente, os interesses estatais e sociais, cuidando só 
reflexamente da conduta individual. 
Conforme essa explicação sobre a natureza jurídica dos direitos, o direito 
administrativo é um dos ramos do direito público, pois rege a organização do Estado 
para satisfação dos interesses da sociedade. 
 
7 
 
2. NOÇÕES DE DIREITO1 
 
Existe pelo menos cinco definições da palavra “direito”. É percebível claramente 
essas cinco definições nas frases que estão apresentadas a seguir: 
➢ direito brasileiro é contra o duelo. 
➢ É direito do estado fazer as cobranças de impostos. 
➢ O trabalhador tem por de direito o seu salário. 
➢ O direito ter seus próprios métodos de estudos. 
➢ O direito tem como parte principal o setor da vida social. 
Para Montoro (1983). Aquele que pronuncia a primeira frase, mostra que as 
normas que constitui o Direito não permitem o duelo. Na segunda expressão quer falar 
de uma faculdade, ou seja, uma prerrogativa que o Estado tem. No terceiro frase, a 
palavra “direito” está indicando o termo justiça – ou aquele que trabalha honestamente 
e faz todas as suas obrigações, acha justo não receber salário no fim do mês? Na 
quarta hipótese, Montoro (1983) se refere a uma ciência estudada academicamente 
cujo nome também é Direito. E finalmente, na quinta frase, a palavra “direito” é 
utilizada com o sentido de fato social. 
Mas não para por aí, ainda há várias outras formas de se utilizar a palavra 
“direito”. Mas as cinco palavras contidas nas frases acima citadas são apenas as 
principais para que a haja a compreensão e melhor esclarecimento sobre as 
instituições de direito público e de direito privado, e em nosso trabalho abordaremos 
e esclareceremos o nosso tema em cima dessas cinco acepções. 
 
2.1. NORMAS JURÍDICAS E NORMAS SOCIAIS 
 
Até a pessoa que menos entende sobre o tema direito sabe que as normas por 
ele apresentadas rege os termos que são importantes para regulamentar as açõesdos seres humanos e de suas condutas para com a sociedade é assim prevenir os 
conflitos entre eles. Então entendemos como as normas e objetivo de o direito levar 
paz social dos indivíduos de qualquer ameaça que os rodeia. Mas com essas 
afirmação apresentada sobre para que serve o direito nos leva a pensar, mais se o 
direito serve para levar a paz social, é levado a dar um pouco de descredito já que o 
 
1 Desenvolvimento: os tópicos de 2 a 3.2.2. foram escritos por Felipe dos Prazeres. 
8 
 
nosso mundo não está vivendo essas paz que é descrita e esperada e não está 
evidente nos dias atuais, isso é uma verdade, não é de fato difícil perceber tal coisa, 
mas o que acontece é quer o direito não é exatamente para solucionar o conflitos, se 
assim é pensado pois a concepção é errada, pois o direito é não sozinho entre outros 
métodos que serve para dar uma direção ou seja, para que possa haver uma 
organização na sociedade se assim a mesma desejar. 
Agora se pegue imaginando se a humanidade não houvesse criado nem uma 
norma ou limite a liberdade para a sociedade, ela estaria em um verdadeiro caos, seria 
ruim para todos. Imagine se as pessoas pudessem ir i vir quando bem entendessem? 
ou estar no lugar quando quisessem estar? como estaria os trânsitos hoje? ou os 
hospitais? ou os bares provavelmente estariam cheios de crianças, para tudo e para 
todos existe um limite ou como diz o ditado: “a liberdade de cada um termina quando 
a do outro acaba”. 
E quando um determinado grupo dita uma norma ou lei a ser seguida por todos 
está sendo dita ou cria-se então a conhecida norma social, as normas sociais são 
sadias a partir do momento em que seu principal objetivo seja a manutenção ou 
levantamento da ordem e bem estrutura da convivência entre a sociedade. 
 
3. DIREITO PÚBLICO E DIREITO PRIVADO 
 
No decorrer da história do direito, estudos mostram que ele tem sido dividido 
em dois grandes grupos, que se denominam de um lado direito público e do outro o 
direito privado. Bom, mas ao observar diversos estudos é capaz de perceber que essa 
descrição não e bem concreta, pois pode se encontrar vários vestígios de ramos do 
direito público atuando no direito privado e assim vice-versa. Mas essa distinção 
mesmo não sendo concreta ela é a que está apta a nos ajudar a entendermos os dois 
conceitos em si, pois a partir dos mesmos entender suas variações, é citado um 
exemplo bem assertivo sobre esse conceito, que diz: “é como após conhecer o preto 
e o branco, está apto a classificar as coisas em vários tons de cinza”, quer nos dizer 
quer essa definição é essencial para termos o norteia, sabermos definir e mesmo com 
sem ou muita dificuldade, nos orientando sempre para o rumo certo sobre as 
definições do direito. Mas enfim o que é realmente o direito público é o direito privado? 
9 
 
Direito público: o direito público é definido como aquele em que o sujeito seja 
o próprio estado ou os cidadãos. 
Direito privado: já o direito, direito privado rege e defende os interesses dos 
particulares, atua entre as relações dos particulares ou seja: “de particular para 
particular”. 
 
Observemos agora na figura representada abaixo, que retrata os seus ramos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 1: ramos do direito. 
 
Mas é bem verdade que o direito público pode sim se relacionar com o direito 
privado, podem se relacionar da seguinte forma, como se fossem outro ínvido no 
mesmo plano jurídico (que tenham relações de contrato privadas). Mas, no que 
concerne as regras do direito geral se dá o nome de relações de direito público, essas 
relações entre o estado e outros demais. 
Já nas relações do direito privado, é bem diferente do direito público os seus 
métodos, pois o direito privado e os indivíduos que neles estão relacionados estão 
sempre em pé de igualdade, o que não se ver no direito público pois se dirigindo de 
forma direta quem manda é o estado, pois ele é representante da coletividade, ou 
seja, dos cidadãos que neles estão. 
 
Poderíamos continuar a enumeração de critérios propostos. Mas nenhum é, 
inteiramente, satisfatório. O que revela o caráter não rigorosamente lógico, 
mas sim prático e histórico dessa divisão, que acompanha desde Roma a 
evolução do Direito e, apesar das críticas que recebeu durante séculos, não 
foi hoje substituída com vantagem por qualquer outra. Montoro (2009, p.457). 
 
DIREITO 
PRIVADO 
DIREITO 
PÚBLICO 
 DIREITO 
RELAÇÃO: estado – 
cidadãos. 
EX: direito constitucional, 
direito Internacional, direito 
penal 
RELAÇÃO: partícula – 
particular. 
EX: direito comercial, direito 
do consumidor, direito do 
trabalho. 
10 
 
Como já foi abordado acima sabemos que os critérios de distinção do direito 
não são perfeitos, mas ela serve não só de agora mais vem servindo de muito tempo 
como o princípio norteador ela é historicamente utilizada por já que ela considerada 
suficiente para citar e sabermos observar as peculiaridades de relações em que o 
estado está envolvido e participa, ou da quelas em que somente os indivíduos, sejam 
ela pessoas físicas e/ou pessoa jurídicas privas integram. 
 
O Direito Público é o conjunto de normas de natureza pública, com forte 
atuação do Estado, de caráter social e organizacional da sociedade. Por 
sua vez, o Direito Privado visa disciplinar as relações interindividuais e os 
interesses privados. São alguns ramos do Direito Público o Direito 
Constitucional, Administrativo, Tributário, Financeiro e Penal. Constitui 
o Direito Privado os ramos de Direito Civil e Empresarial. Luiza (2018). 
 
3.1. AS SUBDIVISÕES DO DIREITO PÚBLICO 
 
O direito público assim como o direito privado é dividido em subdivisões, para 
serem mais bem compreendidas e mais bem interpretadas, que tem como o principal 
objetivo esclarecer e nos fazer compreender as arias adversas e especificas do 
direito público na produção de variadas normas sociais. Bom variando de algumas 
expressões de livro para livro, os ademais são expressas como principais ramos do 
direito público, que são eles: 
➢ O direito constitucional; 
➢ O direito administrativo; 
➢ O direito tributário; 
➢ O direito processual; 
➢ O direito penal; e 
➢ O direito Internacional. 
 
3.2. SUBDIVISÕES DO DIREITO PRIVADO 
 
Sobre as normas que rege o direito privado estão a quelas que vemos citadas 
acima, elas mesmo: as que regem as relações entre particulares, ou seja, elas são 
definidas por pessoas físicas e pessoas jurídicas, que não estão a integrar o direito 
público ou seja fazer parte da estrutura do estado. 
11 
 
o direito privado tem diversos ramos mais o que ganhou voz ou tem maior 
destaque é o direito civil, que conhecemos ou é conhecido por muitos como o direito 
privado comum, definido assim porque ele rege os interesses familiares, pessoais e 
também os patrimônios dos indivíduos. A que no brasil a grande parte das normas 
estabelecidas estão à disposição do mais famoso e conhecido como o código civil. 
E as suas subdivisões de acordo com o código civil são: 
➢ o direito comercial; 
➢ o direito do consumidor; 
➢ o direito do trabalho; e por fim 
➢ o direito internacional privado. 
 
3.2.1. Direito privado 
 
O prof. MIGUEL REALE, em seus estudos ‘lições preliminares de direito,’ na 
9ª edição Saraiva, s. Paulo, 1981, inicia que nos faz lembrar que ‘toda a forma de 
conhecimento filosófico científico indica existência de princípios, isto é, de certos 
enunciados nos pulsos admitidos como condições ou base de validade das demais 
ações que compõem dado campo de saber’. Muito se é debatido sobre o as fontes 
do direito, saber as bases é o que se entende como princípio é necessário para o 
compreendimento do assunto, e como se entender o que é princípio. 
 
princípio era uma fonte, uma causa de ação, tornando-se um freio dos 
fenômenos sociais. Já Cícero, analisando o conjunto de codificação civil 
romana, diz que os princípios serviriam pararesolver casos novos. Assim, 
é de se perceber que na antiguidade os princípios eram tidos como fonte de 
direito natural. Aristóteles. 
 
Na antiguidade se percebe de acordo com a passagem que os princípios para 
eles eram tidos como uma base e fonte do direito natural. Na época da antiguidade 
o direito público era sim mais ativo que o direto privado pois ele prevalecia sobre o 
direto público pois o estado atuava muito, onde se atuava as classes 
autossuficientes e também as classes hipossuficientes eram sempre atendidas, 
então era percebível que essas relações eram predominantes com o poder público. 
Mas depois disso com o aumento excessivo de indústrias e comércios o direito 
privado da quele tempo foi ganhando cada vez mais força, com o interesse do 
indivíduo de ter em seu lado leis que regem seus negócios. 
12 
 
 
Ocorre que atualmente o mundo passa por uma transformação onde o 
Estado é declarado como ineficiente, a política neoliberal imposta pela 
globalização impõe a desestatização, ressaltando cada vez mais as 
relações privadas. Com isso, é de identificar que o direito privado 
atualmente goza de codificação própria que disciplina a base de seus 
institutos e de sua aplicação; goza de um piso mínimo de direitos e garantias 
fundamentais fruto da contribuição do Estado, tendo assim uma plataforma 
mais ampla que requer apenas regras da função institucional do direito 
privado permitindo a integração entre os diversos ordenamentos. Sergio 
Gabriel. 
 
De antemão, o direito privado defini como surgiu as normas ordenamento que 
rege o ser jurídico, ao mesmo tempo em que se deve uma definição que interpreta 
ao direito privado. 
 
3.2.2. Art. 40 do Código Civil: pessoa jurídica 
 
Comparado e percebível em alguns artigos, as relações privadas de pessoas 
jurídicas também são feitas e baseadas no conhecido Código Civil. Contudo, a 
pessoa jurídica pode ter natureza distinta, tal qual explorado pelo art. 40 do Código 
Civil de 2002. 
Baseado no art. 40 do código civil, a pessoa jurídica poderá ser classificada 
como: 
associações; 
sociedades; 
fundações; 
organizações religiosas; 
partidos políticos. 
Que o direito privado deve ser visto como um todo, como já vimos em cima o 
direto público tem atenuantes no direito privado e assim vice-versa, tanto que é 
comum encontrar essas atenuantes nos diplomas estudados e constituídos do direito 
privado, destacam-se abaixo normas e classificações do direito privado, que mesmo 
que tenham participações e excreções no direito público, eles fazem parte da 
natureza privada. 
Como também é citado na figura abaixo: 
 
 
13 
 
DIREITO PRIVADO 
Direito civil 
Direito comercial 
Direito agrário 
Direito marítimo 
Direito do trabalho 
Direito do consumidor 
Direito aeronáutico 
Figura 2: direito privado. 
 
Para finalizarmos essa tradução e esse conhecimento que está sendo 
buscado de na pesquisa a que incluídas no texto em páginas foi citado o significado 
que mais complementa essa parte do direito que é tão legal e importante de se 
entender e de ter acesso. Será abordado agora um pedaço dessa definição mais 
que tem como altor desconhecido em uma página. 
 
Direito privado é o ordenamento jurídico que rege os interesses 
particulares. Questões como patrimônio familiar e sucessões são matéria do 
Direito Privado, que está dividido entre o Direito Civil e o Direito Empresarial. 
Ver o significado de Ordenamento Jurídico. O direito privado tem a função de 
regular as relações entre os particulares, levantadas em seu nome pessoal e 
proveito. Trata-se de um ramo do direito constituído pelo direito civil e pelo 
direito comercial, entre outros. O direito privado seria o responsável por 
regulamentar as relações jurídicas entre os particulares. Assim, os 
particulares pactuam de acordo com sua vontade, o que não os permite, 
entretanto, desobedecer aos dispositivos infraconstitucionais e 
constitucionais. Ator desconhecido. 
 
Será abordado em continuidade alguns temas importantes para a melhor 
compreensão dessa parte do Direito que é o direito privado. Veremos os ramos do 
direito e seus princípios. 
 
 
 
 
 
14 
 
4. SOBRE OS PRINCÍPIOS NO DIREITO2 
 
Segue a definição de “princípios gerais de direito” segundo (GUIMARÃES, 
2021, p. 211): “são critérios maiores, muitas vezes não escritos, que estão presentes 
em cada ramo do Direito”. É difícil pensarmos nas normas do Direito sem os princípios, 
da mesma forma como é confuso tentar entender os princípios sem os preceitos 
morais (valores). Nitidamente, os três possuem uma interdependência no âmbito 
social e jurídico, parecendo ser uma tríade inseparável quando ligada à regulação dos 
atos individuais e do convívio em sociedade. 
No decorrer do tempo, à medida que o homem se desenvolvia politicamente e 
exercia sua capacidade jurídica adquirindo direitos e contraindo obrigações; novos 
valores iam surgindo nas relações civis, enquanto outros também enfraqueciam ou 
desapareciam. Por isso, indivíduos que viviam em momentos diferentes do passado 
poderiam ter defendido valores que hoje são desconceituados para as populações 
modernas e vice-versa, tendo essas diferenças de construções éticas definido o 
porquê de certas condutas (TEBAR, 2017). 
Ao atentarmos para o sentido de princípio e sua natureza legitima, podemos 
encontrar auxílio na filosofia do direito, na qual alguns juristas, filósofos e 
jurisconsultos deram do seu esforço intelectual importantes explicações que 
auxiliaram no entendimento e melhor aplicação desses prolegômenos do âmbito 
constitucional do Direito, tanto sua contemplação no jus privatum como no jus 
publicum. Segundo alude (REALE, 2003, p. 37), conforme citado por (Castro, 2012) 
os princípios podem ser descritos como: 
 
[...] enunciações normativas de valor genérico, que condicionam e orientam 
a compreensão do ordenamento jurídico, a aplicação e integração ou mesmo 
para a elaboração de novas normas. São verdades fundantes de um sistema 
de conhecimento, como tais admitidas, por serem evidentes ou por terem sido 
comprovadas, mas também por motivos de ordem prática de caráter 
operacional, isto é, como pressupostos exigidos pelas necessidades da 
pesquisa e da práxis. 
 
Essas normas de valores que são bases para leis, decisões políticas, formas 
de comportamento e outras implicações partem de evidências reais no mundo 
sociopolítico e por serem comprovadas podem fundamentar o exercício da cidadania 
 
2 Desenvolvimento: os tópicos de 4 a 6 foram escritos por José Carlos Gomes. 
 
15 
 
e da justiça, sabendo que essas não seriam o que são hoje sem aqueles rudimentos 
da moralidade. Dimitri Dimoulis (2003) explica que “a norma diz ao destinatário aquilo 
que deve fazer em relação à conduta descrita. Assim sendo, relaciona o ser da 
conduta descrita (...) com o dever ser de certas prescrições”, apud (TEBAR 2017, p. 
3). Com base nisso, as práticas civis das pessoas precisam de uma norma maior que 
determine e vincule o dever ao fazer nas relações coletivas. Os princípios não só ditam 
papéis morais individuais, como também “fornece diretrizes que embasam uma 
ciência e visam à sua correta compreensão e interpretação” (Castro, 2012). 
Para termos uma noção mínima de como os princípios fazem parte do alicerce 
do direito, verifiquemos o que consta no art. 4º da LINDB onde está expresso que 
“quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes 
e os princípios gerais de direito.” Isso quer dizer que, quando houver lacunas na lei e 
não tiver respostas para determinada situação judicial o juiz poderá recorrer, 
respectivamente ao que foi listado no artigo acima; em terceiro lugar, aos princípios 
gerais do direito. No tocante a isso, (CARVALHO I. C., 2014) comenta: 
 
Assim, primeiro se recorre à analogia. Não encontrada resposta com base 
nesse recurso, procura-se a solução nos costumes. Sendo esses 
insuficientes, a respostadeve ser buscada nos princípios gerais de direito. 
Finalmente, se esses não existirem, nada informarem para a solução do caso 
ou se afigurarem controversos, dever-se-á recorrer à equidade, quando então 
o juiz terá discricionariedade para decidir. 
 
Conforme explicita (REALE, 2002), os princípios são divididos em três classes, 
sendo, a partir desse arranjo, os princípios gerais de direito classificados como 
monovalentes, isto significa que eles possuem validade unicamente em sua própria 
ciência, apud (Castro, 2012). Finalmente, à guisa de conclusão desse primeiro tópico 
podemos ressaltar outra ideia filosófica de (REALE, 2002, p. 60) acerca da concepção 
de “princípios”: 
 
Princípios são, pois, verdades ou juízos fundamentais, que servem de 
alicerce ou de garantia de certeza a um conjunto de juízos, ordenados em um 
sistema de conceitos relativos a dada porção da realidade. Às vezes também 
se denominam princípios certas proposições que, apesar de não serem 
evidentes ou resultantes de evidências, são assumidas como fundantes da 
validez de um sistema particular de conhecimentos, como seus pressupostos 
necessários. 
 
 
 
16 
 
4.1. O PÓS-POSITIVISMO E OS PRINCÍPIOS 
 
O pós-positivismo é uma teoria posterior ao positivismo moderno, e esse, por 
sua vez, era posterior e antagônico ao Direito natural. Esse movimento do pós-
positivismo é nupérrimo e funcionou como uma crítica ao positivismo e a outras 
particularidades filosóficas do pensamento de estudiosos do Direito. Uma de suas 
facetas é a escola do Constitucionalismo Moderno, que é apresentada por 
(CARVALHO A. T., 2009, p. 74) da seguinte forma: 
 
[...] difundida no Brasil por LUIS ROBERTO BARROSO, cujos traços 
característicos são a ascensão dos valores, o reconhecimento da 
normatividade dos princípios e a essencialidade dos direitos fundamentais. 
Tal escola traz a discussão ética para o direito, exaltando os princípios 
constitucionais como síntese dos valores abrangidos no ordenamento jurídico 
que dão unidade e harmonia ao sistema. O direito é visto como uma mistura 
de regras e princípios, cada qual desempenhando papéis diferentes na 
compositura da ordem jurídica. Os princípios, além de atribuírem unidade ao 
conjunto normativo, servem como guia para o intérprete, que deve pautar-se 
neles para chegar às formulações das regras. 
 
A autora descreve que nessa vertente do Constitucionalismo moderno “...O 
direito é visto como uma mistura de regras e princípios, cada qual desempenhando 
papéis diferentes na compositura da ordem jurídica” (CARVALHO A. T., 2009, p. 74). 
Com isso realçado, está claro que os princípios foram estudados cada vez mais em 
uma perspectiva “normativista”, visto que as outras teorias estavam sendo 
confrontadas diante de novas compreensões e estudos feitos ao longo do período 
moderno. 
Um dos motivos por que as ideologias pós-positivistas precisaram surgir como 
crítica ao positivismo foi o fato de os princípios éticos no século XX estarem sendo 
distorcidos durante o domínio nazista (Alemanha) e fascista (Itália), os quais usaram 
o positivismo como supedâneo para suscitar o caos, o autoritarismo e a discriminação 
racial (NUNES & SEROTINI, 2011) 
 
 
 
 
 
 
17 
 
5. PRINCÍPIOS BASILARES DO DIREITO PRIVADO 
 
Ao fazermos uma releitura da relação entre os particulares podemos perceber 
dois princípios elementares da relação privada, os quais são: o princípio da igualdade 
das partes e o princípio da legalidade ampla, que segundo (Ferreira, 2010), o primeiro 
descreve a relação no direito privado como acontecendo entre partes juridicamente 
iguais; e o segundo, baseia-se na ideia de que aos particulares é conferido maior 
noção de liberdade jurídica. A posteriori, serão destacados os princípios do CC, que 
apresentam leis que regem os interesses privados. 
 
5.1. PRINCÍPIO DA PERSONALIDADE 
 
Esse princípio determina que as pessoas com a sua existência são sujeitas a 
direitos e obrigações, haja vista que não se pode negar-lhes um bem que já nasce 
com elas, que a cada um é inerentemente irrevogável, intransferível e inamovível. O 
Código Civil, Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002, estabelece que: 
 
Art. 11. Com exceção dos casos previstos em lei, os direitos da personalidade 
são intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo o seu exercício sofrer 
limitação voluntária. 
Art. 21. A vida privada da pessoa natural é inviolável, e o juiz, a requerimento 
do interessado, adotará as providências necessárias para impedir ou fazer 
cessar ato contrário a esta norma. 
 
O princípio da personalidade é descrito por (MORAES, 2019) nos termos 
abaixo: 
 
[...] o mais importante no tocante a direitos fundamentais pois esse é o que 
dita que toda pessoa devido a sua condição inerente como ser humano 
possui uma alta quantidade de direitos inalienáveis dos quais gozam e não 
lhes podem ser retirados, se ganha com o nascimento com vida e se perde 
com a morte, ele é essencial no tema de direitos fundamentais pois ele 
determina, através dos dispositivos que partem desse princípio os titulares de 
direitos essenciais ao ser humano, como nome e imagem, e também regendo 
direito patrimoniais. 
 
Sobre esse princípio recai debates atinentes à sua subjetividade constitucional, 
existem autores que falam da ideia de que esse princípio pode ser considerado 
híbrido, ou melhor, ele pertence aos direitos que regem relações tanto entre 
particulares, como entre cidadãos e o Estado. (DE ASSIS ZANINI, Leonardo Estevam 
et al, 2018, pag. 217) afirmam que “se consideramos os direitos da personalidade, 
18 
 
pelo fato deles terem sido constitucionalizados, como uma categoria híbrida, o mesmo 
raciocínio deverá ser seguido com todos os demais direitos previstos na Constituição”. 
Partindo desse ponto de vista, eles querem dizer que, se for considerado o direito da 
personalidade uma característica hibrida, isso pode ser visto também sobre os outros 
direitos que são próprios de direito privado. Com isso, eles concluem que a “maciça 
ingerência do direito público na esfera individual acaba por provocar a socialização da 
personalidade do ser humano”. 
Os direitos da personalidade, regidos pelos seus próprios princípios, não 
podem ser coletivizados por uma arbitrariedade pública, porque são “intransmissíveis 
e irrenunciáveis” conforme o citado no início do tópico nos arts. 11 e 21 do CC. Já 
que, dessa forma o direito privado poderia sofrer extinção e levar “ao reconhecimento 
de que no Brasil só existem direitos híbridos e direitos públicos” de acordo com (DE 
ASSIS ZANINI, Leonardo Estevam et al, 2018, pag. 217) 
 
5.2. PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DA VONTADE 
 
Juridicamente podemos dilucidar esse princípio como aquele que defende a 
liberdade que os particulares têm para agir e adquirir obrigações, como contratar 
serviços ou negócios jurídicos que preferirem e que são considerados lícitos por lei. 
(SANTOS, 2001) o descreve dessa maneira: 
 
O princípio da autonomia da vontade preceitua terem os indivíduos, desde 
que dotados de capacidade jurídica, o poder de praticar atos e assumir 
obrigações de acordo com a sua vontade. Sua origem está vinculada aos 
ideais iluministas surgidos no século VIII, cujo foco era o indivíduo, em cuja 
liberté e igalité, pregadas pela Revolução Francesa está basicamente 
assentado. 
 
Isso também vale no sentido de não ser lícito coagir alguém a fazer o que não 
tem vontade ou contratar negócios os quais não tem interesse. Referente aos 
contratos, (SANTOS, 2001) também esclarece que: 
 
Em suma, o princípio da autonomia da vontade compreende a liberdade de 
contratar - decidir se e quando estabelecer uma relação jurídica contratual; a 
liberdade de escolher o outro contratante; e a liberdade de determinar o 
conteúdo do contrato - optar por uma das modalidades de contrato reguladas 
em lei, com introdução das modificações que considerar necessárias, ou por 
um contrato inominado, totalmentedistinto dos modelos regulados. Não é um 
princípio absoluto, pois: a) não se pode contratar o que for contrário à lei ou 
aos bons costumes; b) em determinadas situações - monopólios estatais, por 
19 
 
exemplo - não se pode escolher o outro contratante; e c) nos contratos de 
adesão não é possível exigir alterações específicas. 
 
5.3. PRINCÍPIO DA INTANGIBILIDADE FAMILIAR 
 
No art. 226 da Constituição Federal está a norma áurea que rege esse princípio 
que diz precisamente que “a família, base da sociedade, tem especial proteção do 
Estado”. Nesse mesmo artigo temos as prescrições legais que estabelecem o 
casamento, a união estável, a formação familiar, a igualdade conjugal, o divórcio etc. 
A família é regida por princípios positivados pelo Estado e por princípios morais que 
residem na composição social familiar. 
Esse princípio normativo é regido por vários outros princípios que se 
comunicam em favor da proteção e da integridade humana, um desses princípios que 
está ligado ao direito da família é o princípio de proteção da dignidade da pessoa 
humana (art. 1º, inc. III, da CF) que é definido por Ingo Wolfgang Sarlet (2015, p. 124) 
como: 
 
O reduto intangível de cada indivíduo e, neste sentido, a última fronteira 
contra quaisquer ingerências externas. Tal não significa, contudo, a 
impossibilidade de que se estabeleçam restrições aos direitos e garantias 
fundamentais, mas que as restrições efetivadas não ultrapassem o limite 
intangível imposto pela dignidade da pessoa humana (apud Tartuce, 2007). 
 
5.4. PRINCÍPIO DA PROPRIEDADE INDIVIDUAL 
 
Na Constituição da República Federativa do Brasil, em seu art. 5º, incisos XXII 
e XXIII está expresso que, “é garantido o direito de propriedade” e que “a propriedade 
atenderá a sua função social”. O princípio da propriedade individual traz às normas 
que regem esses direitos a garantia da posse, mesmo que limitada, sobre bens moveis 
e imóveis. A função social delimita esse princípio e regulamenta que a propriedade 
precisa que seus componentes naturais e sociais sejam conservados, conforme o que 
está previsto no art. 1.228, §§1º e 2º do Código Civil. 
De acordo com (PINTO, 2013, p. 77) o direito de propriedade pode se dividir 
em usar, gozar, dispor e reivindicar, e são descritos conforme segue: 
 
Usar: consiste em utilizar-se da coisa no seu próprio interesse, ou seja, extrair 
da coisa todos os benefícios ou vantagens que ela puder prestar, sem alterar-
20 
 
lhe a substância. O direito de propriedade não exige o uso. O uso é uma 
faculdade. Mesmo que o proprietário não use, não se perde a propriedade. 
Gozar: significa que o proprietário pode retirar da coisa as suas utilidades 
econômicas, como, por exemplo, os frutos naturais, industriais e civis, além 
dos produtos. É uma faculdade do proprietário. 
Dispor: é a faculdade de alienar a coisa, seja onerosa ou gratuitamente. 
Reivindicar: não é uma faculdade, é um direito subjetivo. Concede ao 
proprietário o direito de recuperar a coisa que lhe foi injustamente retirada, 
para restaurar o seu patrimônio. Neste caso, existe a ação reivindicatória, 
cuja autoria é exclusiva do proprietário. 
 
5.5. PRINCÍPIO DA LEGITIMIDADE DA HERANÇA E DO DIREITO DE 
TESTAR 
 
No art. 5º, inciso XXX da CF está escrito que “é garantido o direito de herança”. 
Essa norma é regida pelo princípio que determina às pessoas a capacidade de 
transferir bens a outros por meio de testamentos e receber herança conforme 
estipulado na lei de sucessão e herança. O art. 1.857. do Código dispõe que “toda 
pessoa capaz pode dispor, por testamento, da totalidade dos seus bens, ou de parte 
deles, para depois de sua morte”. No art. 1.829 do CC está previsto os legítimos da 
sucessão o qual exprime que “a sucessão legítima defere-se na ordem seguinte: I - 
aos descendentes; II - aos ascendentes; III - ao cônjuge sobrevivente; IV - aos 
colaterais”. 
Segundo (LÔBO, 2015, p. 36) o “direito à herança não se confunde com direito 
a suceder alguém, porque antes da morte não há qualquer direito a suceder”. O autor 
também explica o seguinte sobre as diferenças entre a herança e a sucessão na CF: 
 
A Constituição não se refere à sucessão em geral, mas apenas à herança. 
Ou seja, foi elevado à garantia constitucional o direito daqueles que se 
qualificam como herdeiros de quem morreu (autor da herança), mas não 
qualquer sucessor. A Constituição não define quem seja herdeiro, o que 
remete ao legislador infraconstitucional. Todavia, este está limitado ao fim 
social da norma constitucional, que é a proteção das pessoas físicas que 
tenham com o autor da herança relações estreitas de família ou de 
parentesco. Todos os demais sucessores têm tutela restritamente 
infraconstitucional e desde que não afetem a preferência atribuída pela 
Constituição aos qualificados como herdeiros. Os legatários, sejam eles 
pessoas físicas ou jurídicas, entes ou entidades não personificadas, são 
sucessores, mas não são herdeiros. 
 
 
 
 
21 
 
6. CAMPOS DE AÇÃO DO DIREITO PRIVADO 
 
Primariamente, por motivos didáticos, é considerado que o Direito seja dividido 
em dois ramos gerais, o Direito Público e o Direito Privado. Essa divisão remonta ao 
direito romano no qual Domício Ulpiano, jurisconsulto muito importante da época, 
propôs com base em suas obras jurídicas tal separação. De acordo com (MAFRA 
FILHO) “os campos do Direito Público e do Direito privado são comunicáveis entre si, 
embora formados por princípios distintos – os princípios de direito público e os 
princípios de direito privado”. 
Essa é apenas a primeira ramificação do Direito, já que, somente para o Direito 
Privado existem diversas outras áreas nas quais seus princípios influem; referente a 
essas subáreas enfatiza-se aqui o Direito civil, que foi explanado aqui no tópico dos 
princípios, o Direito comercial (empresarial), o Direito trabalhista e o Direito 
internacional privado. À guisa de explicação, como sabemos, o Direito civil rege as 
relações sociais e privadas das pessoas, delimitando os regramentos que tratam da 
personalidade, da propriedade, das sucessões, da herança, da família, do negócio 
jurídico etc. O Direito comercial regulamenta as atividades corporativas e mercatórias 
das pessoas jurídicas. O ramo trabalhista, como o nome sugere, organiza as regras 
atinentes aos interesses do trabalhador e do empregador, mais especificamente dos 
direitos e obrigações previstas no contrato de trabalho. Por fim, conforme aduz 
(FILHO, 2009, p. 23) o Direito internacional privado: 
 
Compreende as regras que regulam os problemas ocasionados pelo conflito 
de leis de mais de um país onde as pessoas concentrem seus interesses. 
Perceba que, uma vez em solo estrangeiro, certos direitos seus ficam 
submetidos às regras daquele país. Exatamente como acontece quando você 
visita a casa de alguém. Se, por exemplo, um brasileiro casa-se no Brasil, o 
casamento fica submetido à legislação brasileira. Quando um brasileiro se 
casa com uma estrangeira que more no exterior, por outro lado, surge o 
problema da lei a ser aplicada: a brasileira ou a estrangeira. A questão é de 
Direito Internacional Privado. 
 
 
 
 
 
 
22 
 
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Pela observação dos aspectos analisados, entende-se que o direito privado 
possui muita relação com a vida social, empresarial, trabalhista e profissional dos 
indivíduos. Com o conhecimento desse subgrupo do Direito, as pessoas podem 
aprimorar sua capacidade para buscar seu lugar de atuação na vida privada com mais 
protagonismo e noção jurídica refinados. Se os sujeitos dessa relação física e jurídica 
sabem, por exemplo, que existem dispositivos legais que atuam protegendo o 
patrimônio e a propriedade individual, eles podem defender-se com categoria contra 
ladrões de bens alheios que usam de artimanhas contra aqueles que não conhecem 
as normas privadas. 
Assim, podemos concluir que, quanto mais conhecemos os ordenamentosjurídicos, suas funcionalidades legislativas, suas ramificações e suas diferentes 
atuações no mundo no qual se aplica o Direito, mais estaremos à frente de muitos 
que ignoram esse conhecimento essencial. Esse artigo buscou contribuir com isso, 
destacando importantes definições, facetas e explicações que com base em autores 
destacados, como Miguel Reale, podem redimensionar a compreensão e intensificar 
a disseminação de tudo que foi abordado nesse trabalho acadêmico. 
À medida que o tempo avança e as mudanças vão acontecendo nas relações 
civis e contratuais, os autores das normas e processos legislativos precisam atualizar 
as formas de gestar as diferenças que vão surgindo e organizar as leis para o mais 
adequado funcionamento da sociedade. Sem o devido estudo e exploração dos 
princípios do Direito privado não é possível a interpretação verossímil do que mudou 
e de como adaptar-se a um novo contexto que vem surgindo, daí a importância do 
que foi explanado nesse artigo, entender como é hoje esse ordenamento para então 
acompanhar o que ele poderá ser futuramente dependendo das revoluções sociais e 
contratuais no quadro sociopolítico nacional e global. 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
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TEBAR, E. C. C. E. W. B. C. TEORIA GERAL DOS PRINCÍPIOS E SEUS REFLEXOS 
PRÁTICOS: O PRINCÍPIO DA IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ. Intertemas, 
PRESIDENTE PRUDENTE, v. 13, n. 13, p. 2-3, jan./2017. 
 
 
ANEXOS 
 
 
ANEXO 1: análise do CopySpider 
http://bdjur.stj.jus.br/dspace/handle/2011/37418
25 
 
 
Divisão da escrita do artigo 
Felipe dos Prazeres Capa, resumo, introdução e sete folhas 
do desenvolvimento. 
José Carlos Gomes da Silva Contracapa, sumário, conclusão, sete 
folhas do desenvolvimento e formatação 
final do artigo. 
ANEXO 2: divisão das partes

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