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Classificação de solos

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PROJETO
DE ESTRADAS
Fernanda Dresch
 Classificação de solos 
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Avaliar o método de classificação dos solos e sua importância.
 � Caracterizar os solos com base em sua morfologia e propriedades.
 � Explicar o Sistema Brasileiro de Classificação de Solos e sua classificação.
Introdução
A morfologia do solo, ou seja, a sua aparência visível, se relaciona dire-
tamente com a sua formação que, por sua vez, foi modificada devido a 
fatores físicos, químicos e biológicos. Essas modificações deram origem 
ao solo e trouxeram as propriedades existentes nele, como a cor, textura, 
porosidade, etc. Essas características são também utilizadas para a clas-
sificação dos solos, como no Sistema Brasileiro de Classificação de Solos 
(SiBCS), desenvolvido no nosso país.
Neste capítulo você aprenderá o que é um método de classificação 
dos solos e a sua importância. Além disso, será apresentada a você a 
morfologia dos solos, ou seja, o que o modifica, assim como as suas 
propriedades e também irá entender o Sistema Brasileiro de Classificação 
de Solos.
A classificação dos solos e sua relevância
Diante da grande quantidade de tipos de solos que existem na natureza é 
necessário um sistema de classificação que indique características geotécnicas 
comuns de um determinado grupo de solos a partir de ensaios simples de 
identificação. Dentre os fatores importantes de se classificar os solos, está o 
poder de prever os seus comportamentos, mecânico e hidráulico, seu com-
portamento geotécnico esperado, em obras de engenharia, mineração e meio 
ambiente, conhecendo-se, ao mesmo tempo, as suas formas de ocorrência e a 
geometria das camadas nos locais em estudo (PASTORE; FONTES, [2015?]).
A classificação de solos é tomada como um guia preliminar para a previsão 
do comportamento de engenharia do solo, a qual deve ser realizada em conjunto 
com as técnicas de caracterização de mecânica dos solos, já que diferentes 
propriedades regem o comportamento do solo dependendo da sua finalidade 
(MACHADO, S.; MACHADO, M., [1997]). 
Pinto (2006) afirma que sob o ponto de vista da engenharia, a classificação 
dos solos é importantíssima para aferir o provável comportamento do solo, ou 
pelo menos orientar o programa de investigação necessário para permitir uma 
análise adequada de um problema ou situação. Segundo o autor, a diversidade e 
a diferença do comportamento dos múltiplos tipos de solos diante do interesse 
da engenharia conduziu a um agrupamento natural do solo, em diferentes 
grupos, aos quais são atribuídas algumas propriedades. 
Desta forma, um sistema de classificação do solo deve ser usado, dentre 
outras coisas, para se obter os dados necessários ao direcionamento de uma 
investigação mais minuciosa, quer seja na engenharia, na geoquímica, na geo-
logia ou em outros áreas da ciência (MACHADO, S.; MACHADO, M., [1997]). 
Os solos podem ser classificados de diferentes formas, conforme apontado por 
Pinto (2006). As diferentes formas de classificação são indicadas na Figura 1.
Figura 1. Diferentes formas de classificação do solo.
Fonte: Adaptado de Machado, S. e Machado, M. ([1997]).
Fo
rm
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ca
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o 
do
 so
lo
Classi�cação uni�cada
Classi�cação regionais
Sistema rodoviário
de classi�cação
Classi�cação pela origem
do solo (ou pedológica)
 Classificação de solos2
Conforme apresentado na Figura 1, existem diversas formas de se classificar 
os solos. Eles podem ser classificados quanto a sua origem, pela sua evolução, 
pela presença ou ausência de matéria orgânica na sua composição, pela sua 
estrutura, pelo preenchimento ou não dos vazios. Os sistemas baseados no tipo 
e no comportamento das partículas do solo são os mais conhecidos na área 
de engenharia dos solos. As outras classificações, no entanto, como as que 
consideram a origem do solo e evolução natural são muito úteis, fornecendo 
informações complementares bem relevantes (MACHADO, S.; MACHADO, 
M., [1997]). 
Sob os aspectos de interesse da engenharia, Machado, S. e Machado, M. 
([1997]) salientam que surgiram os sistemas de classificação que se baseiam 
nas características dos grãos do solo, que têm como objetivo a definição de 
grupos que apresentam comportamentos semelhantes. Dentro desses sistemas, 
geralmente são empregados os índices de composição granulométrica e de 
Atterberg.
Leia sobre a classificação dos solos, seu histórico, origem e ordens na obra Classificação 
dos Solos (EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA, [2013?]). 
Morfologia dos solos e suas propriedades
A morfologia do solo estuda a aparência do solo no ambiente natural, a parte 
estética, segundo as características visíveis. A morfologia trata da organização, 
do comportamento e da forma do material do solo. É a base para a descrição 
em campo dos horizontes e/ou camadas do perfil do solo nos sistemas de 
classificação dos solos (AZEVEDO, [201-?]). 
O conjunto de características morfológicas é a base fundamental para iden-
tificar o solo, que torna-se completa com as análises de laboratório, segundo 
Lepsch (2010). As características morfológicas são representadas pela cor, 
estrutura, consistência, cerosidade, espessura, arranjamento dos horizontes, 
etc. (SALOMÃO, 2010). Para falarmos mais adiante sobre as propriedades do 
3 Classificação de solos
solo, é importante saber um pouco sobre os horizontes que compõem o solo. 
Segundo Azevedo ([201-?]), os horizontes são seções normalmente paralelas 
à superfície do terreno, ou seja, seções resultantes dos processos de origem 
do solo. Para melhor entendimento, a Figura 2 ilustra os diferentes horizontes 
do solo.
Figura 2. Horizontes do solo.
Fonte: Pena (2017).
O
A
B
C
ROCHA
MÃE
Cada horizonte do solo possui características diferentes. Caetano (2016) 
caracterizou cada horizonte conforme segue abaixo:
 � Horizonte O: restos vegetais.
 � Horizonte A: apresenta cor escura devido à presença de matéria orgânica 
oriunda de restos de animais e vegetais decompostos. Essa camada tem 
como característica ser uma mistura de material orgânico e mineral.
 Classificação de solos4
 � Horizonte B: geralmente apresenta cor avermelhada ou amarelada, 
devido à presença de ferro. Solos muito jovens não tem horizonte B.
 � Horizonte C: é composto por material inconsolidado. Possui diversas 
cores em função da coloração presente na rocha, material de origem. 
Abaixo desse horizonte existe a rocha (camada R), que deu origem a 
esse solo.
 � Horizonte R: é a rocha consolidada.
Voltando para as propriedades do solo, primeiramente é importante definir 
o que são propriedades morfológicas do solo. Para a Embrapa (EMPRESA 
BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA, [2013?]), as propriedades 
morfológicas do solo são “características presentes e observáveis nos solos 
que permitem distinguir um determinado tipo de solo dos demais”. 
Segundo Lepsch (2010), as principais características são: cor, textura, 
estrutura, consistência, espessura e transição dos horizontes. Para a Embrapa 
(EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA, [2013?]) as 
principais características, assim como sua definição, são as seguintes:
 � Cor: é de fácil identificação e possibilita fazer inferências a respeito 
do conteúdo de matéria orgânica, tipos de óxidos de ferro, processos 
de formação, etc. 
 � Textura: a textura tem grande influência no comportamento físico-
-hídrico e químico do solo, e, por isso, sua avaliação é de grande im-
portância para o uso e manejo dos solos utilizados para a agricultura. 
É expressa pela proporção dos componentes granulométricos da fase 
mineral do solo, areia, silte e argila. No Brasil, a classificação de ta-
manho de partículas utilizada segue o disposto pela Embrapa em 1979, 
com o padrão a seguir:
 ■ Argila (< 0,002 mm)
 ■ Silte (0,002 - 0,05 mm)
 ■ Areia fina (0,05 - 0,2 mm)
 ■ Areia grossa (0,2 - 2 mm)
 ■ As frações mais grosseiras do que a fração areia são:
 ■ Cascalho (2 - 20 mm)■ Calhau (20 - 200 mm)
 ■ Matacão (> 200 mm)
5 Classificação de solos
Leia sobre o padrão de identificação de cor do solo na Carta de Cores de Munsell (GUI-
MARÃES, 2016).
Deve ser observada em campo, na descrição morfológica, mas seu valor de-
finitivo é dado pela técnica de análise granulométrica, realizada em laboratório.
 � Estrutura: é o arranjo estabelecido pela ligação das partículas pri-
márias do solo entre si por substâncias diversas encontradas no solo, 
como matéria orgânica, óxidos de ferro e alumínio, carbonatos, sílica, 
etc. A estrutura tem grande influência no desenvolvimento de plantas 
no solo, como sistema radicular, armazenamento e disponibilidade de 
água e nutrientes e resistência à erosão. A estrutura é caracterizada 
conforme três aspectos:
 ■ Tipo: laminar, prismática, colunar, blocos angulares, blocos suban-
gulares, granular.
 ■ Tamanho: muito pequena, pequena, média, grande muito grande.
 ■ Grau de desenvolvimento: solta, fraca, moderada, forte.
 � Consistência: a consistência diferencia a adesão e coesão de partículas 
do solo, que podem variar em função da textura, matéria orgânica e 
mineralogia e deve ser observada em campo em três condições de 
umidade:
 ■ Consistência seca: avalia o grau de resistência à quebra ou esboroa-
mento do torrão. É classificada em solta, macia, ligeiramente dura, 
dura, muito dura, extremamente dura.
 ■ Consistência úmida: é dada pela friabilidade do torrão ligeiramente 
úmido. É classificada em solta, muito friável, friável, firme, muito 
firme, extremamente firme.
 ■ Consistência molhada: é observada em amostras molhadas, amassa-
das e homogeneizadas nas mãos. Avalia-se a plasticidade (capacidade 
do material em ser moldado), em três tipos: não plástica, ligeiramente 
plástica e muito plástica; e a pegajosidade (capacidade de aderência) 
em três tipos: não pegajosa, ligeiramente pegajosa e muito pegajosa.
 Classificação de solos6
 � Porosidade: a porosidade é visualizada no perfil de solo e deve ser 
descrita conforme a quantidade e o tamanho dos poros.
 ■ Quantidade: poucos comuns ou muitos.
 ■ Tamanho: pequenos, médios, grandes ou muito grandes.
 � Cerosidade: a cerosidade pode ser visualizada em campo a olho nu ou 
com auxílio de lupa na superfície dos agregados ou em laboratório, por 
análise micromorfológica. Ocorre nas superfícies dos agregados ou nos 
poros. Tem aspecto de brilhante ou lustroso, resultante da deposição 
de material inorgânico ou argila. A classificação é feita conforme dois 
aspectos:
 ■ Grau de desenvolvimento: fraca, moderada ou forte.
 ■ Quantidade: pouco, comum ou abundante.
 � Nódulos e concreções minerais: são corpos cimentados diferentes 
da matriz do solo e que podem ser destacados da mesma. Os nódulos 
não possuem organização interna. Já as concreções são desenvolvidas 
em torno de um ponto, de forma concêntrica. Na descrição de campo, 
devem-se considerar diversos aspectos dos nódulos ou concreções, 
como quantidade, tamanho, dureza, forma, cor e natureza.
 � Minerais magnéticos: é avaliada no campo pelo grau de atração mag-
nética a um imã de bolso.
 � Carbonatos: é detectado em campo pelo grau de efervescência da 
superfície do material quando em contato com um pequeno volume 
de ácido clorídrico a 10%.
 � Manganês: é detectado em campo pelo grau de efervescência da su-
perfície do material quando em contato com um pequeno volume de 
peróxido de hidrogênio de 20 volumes.
 � Sulfetos: é comum serem observados em áreas de mangue ou com 
restrição de drenagem. No campo, os compostos de sulfetos apresentam 
coloração amarelo-dourada e odor característicos.
 � Eflorescências: são observadas no campo como crostas de sais nas 
superfícies das estruturas. São resultado do acúmulo de sais após eva-
poração, portanto são encontradas em condições de solo seco.
 � Coesão: é uma característica observada em campo pela dureza (duro, 
muito duro ou extremamente duro) de horizontes subsuperficiais quando 
secos e friabilidade (friável a firme) quando úmidos. A coesão é co-
mumente presente em Latossolos e Argissolos Amarelos da Formação 
Barreiras, na parte superior dos Horizontes B. Podem ser descritos dois 
graus de coesão em campo:
7 Classificação de solos
 ■ Moderadamente coeso: material resistente à penetração de faca, 
martelo pedológico e trado. Consistência dura quando seco e friável 
a firme quando úmido.
 ■ Fortemente coeso: material resiste fortemente à penetração de faca, 
martelo pedológico e trado. Consistência muito dura a extremamente 
dura quando seco e friável a firme quando úmido.
Leia sobre as técnicas aplicadas aos solos e voltadas a estradas na obra Curso básico 
de mecânica dos solos (PINTO, 2006).
Sistema Brasileiro de Classificação de Solos 
O SiBCS é um sistema taxonômico de solos, hierárquico, multicategórico e 
aberto, com a finalidade de classificar todos os solos existentes no Brasil. Sua 
chave é composta por seis níveis categóricos de classificação: ordem, subor-
dem, grande grupo, subgrupo, família e série (EMPRESA BRASILEIRA DE 
PESQUISA AGROPECUÁRIA, [2013?]).
Todas as características morfológicas são relevantes para a caracterização 
e classificação do solo, mas algumas são indispensáveis, segundo a Embrapa 
(EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA, [2013?]), como 
as cores úmida e seca dos horizontes superficiais (H ou O, A e AB) e as cores 
úmidas dos subsuperficiais, a textura, a estrutura, a cerosidade, a consistência, 
a transição e características como nódulos, concreções, slikensides, superfícies 
de compressão e outras. Essas características são indispensáveis para definir 
os horizontes diagnósticos no Sistema Brasileiro de Classificação de Solos 
(SiBCS). A classificação definitiva de um solo é concluída somente após o 
recebimento e a interpretação de todas as análises laboratoriais referentes 
ao perfil. A partir disso, é muito importante um ajuste (se necessário) nas 
designações dos horizontes e sufixos atribuídas no campo.
A chave de classificação é organizada em seis níveis categóricos. Os quatro 
primeiros níveis são denominados de ordens, subordens, grandes grupos e 
 Classificação de solos8
subgrupos, sendo que o 5º e 6º nível categórico ainda se encontram em dis-
cussão. Atualmente, um solo pode ser corretamente classificado utilizando-se 
a chave de classificação até o 4º nível categórico do sistema (EMPRESA 
BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA, [2013?]).
Os solos são separados em classes que se inserem em diferentes categorias. 
O número de classes aumenta conforme a hierarquia decresce (SANTOS, 
2016). Existem: 
Figura 3. Organização hierárquica do Sistema Brasileiro de 
Classificação dos Solos.
Fonte: Adaptado de Santos (2016).
Ordens: 13 classes
Subordens: 43 classes
Grandes grupos: 188
classes
Subgrupos: 447 classes
O primeiro nível, conforme apresentado na Figura 3, trata-se da ordem 
do solo. Existem 13 classes de ordem, as quais são separadas principalmente 
pela presença ou ausência de horizontes diagnósticos que refletem diferenças 
relacionadas a processos de origem da formação do solo (SANTOS, 2016; 
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA, 2006). As 13 
classes, seus elementos formativos e termos de conotação, uma característica 
principal, são apresentadas na tabela da Figura 4.
9 Classificação de solos
Figura 4. Classes do solo segundo o Sistema Brasileiro de Classificação dos Solos.
Fonte: Santos (2016).
Classes 
(nível de ordem)
Elementos 
formativos
Termos de conotação e de memorização
LATOSSOLO
NITOSSOLO
ARGISSOLO
PLANOSSOLO
PLINTOSSOLO
LUVISSOLO
CHERNOSSOLO
ESPODOSSOLO
VERTISSOLO
CAMBISSOLO
NEOSSOLO
GLEISSOLO
ORGANOSSOLO
LATO
NITO
ARGI
PLANO
PLINTO
LUVI
CHERNO
ESPODO
VERTI
CAMBI
NEO
GLEI
ORGANO
Horizonte Bw
Nítido (agregados com faces nítidas); cerosidade
Horizonte B com acúmulo de argila
Plânico; horizonte B plânico
Plintita, horizonte plíntico
Saturado (por base); acúmulo de argila Ta
Chernozênico; escuro, rico em bases
Spodos; horizontes Bs
Vértico; horizonte vérticoCambiar; horizonte Bi
Novo; pouco desenvolvido
Glei; horizonte glei
Orgânico; horizonte H ou O
O segundo nível é a subordem. As classes foram separadas por atributos 
que refletem a atuação de processos que agiram conjuntamente ou afetaram 
os processos dominantes já considerados para separar os solos no primeiro 
nível categórico. Esses atributos, além de ressaltarem a presença ou ausência 
de outros horizontes diagnósticos não considerados no nível de ordem, incluem 
características diferenciais que representam variações dentro das classes do 
primeiro nível categórico, por exemplo: cor do horizonte B; constituição do 
horizonte C (SANTOS, 2016). 
Exemplos: 
Ordem: Neossolo 
Subordens: 
1. Neossolo Litólico => se tiver horizonte A 
assentado diretamente sobre rocha. 
2. Neossolo Flúvico => horizonte A sobre 
horizonte C de origem fluvial. 
3. Neossolo Regolítico => quando o horizonte A está 
sobre o C, oriundo diretamente de rocha decomposta.
 Classificação de solos10
4. Neossolo Quartzarênico => quando o horizonte A está 
assentado diretamente sobre um horizonte C em que 
predomina areia essencialmente constituída de quartzo.
Os grandes grupos estão no terceiro nível. Segundo Santos (2016), eles 
representam subdivisões das subordens baseadas principalmente no tipo, no 
arranjo e no grau de expressão dos horizontes, com ênfase na atividade da 
argila e na saturação do complexo sortivo por bases ou por alumínio, ou por 
sódio e/ou por sais solúveis. 
Exemplo:
Neossolo Flúvico: 7 grandes grupos
Ex: Neossolo Flúvico Sódico: apresenta alta 
saturação com sódio, ou caráter sódico. 
Latossolo Vermelho: 8 grandes grupos
Ex: Latossolo Vermelho Eutroférrico: altos teores 
de óxidos de Fe e elevada saturação por bases.
No nível quatro estão os subgrupos. As classes estão separadas por caracte-
rísticas que representam o conceito central da classe (o solo mais típico daquele 
grande grupo) e por outras que indicam se o conceito é intermediário para o 
primeiro, o segundo ou terceiro nível categórico (SANTOS, 2016). Entre os 
principais termos utilizados para definir os subgrupos, estão: Antropogênico, 
Arênico, Argissólico, etc. Exemplo:
Neossolo Flúvico Sódico => 3 subgrupos previstos: 
1. Neossolo Flúvico Sódico Típico (o 
mais típico do grande grupo). 
2. Neossolo Flúvico Sódico Vértico (com 
características intermediárias para Vertissolo).
Constituem-se no nível cinco as famílias. Assim como o nível seis (sé-
ries), esse nível ainda não está completamente organizado e estruturado. As 
famílias deverão ser definidas com base em propriedades físicas, químicas 
e mineralógicas, e em propriedades que refletem condições ambientais não 
consideradas nas categorias anteriores. Quanto às séries, deverá ser a categoria 
que engloba as classes mais homogêneas do sistema, correspondente ao nível 
de séries de solo (SANTOS, 2016).
11 Classificação de solos
Leia mais sobre o Sistema Brasileiro de Classificação dos Solos, na obra Sistema Brasileiro 
de Classificação dos Solos (EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA, 2006).
 Classificação de solos12
AZEVEDO, A. C. de. LSO 410 Gênese, morfologia e classificação de solos. [201-?]. Disponí-
vel em: <https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/45908/mod_resource/content/1/
Aula%202%20-%20Filossilicatos%20de%20Alum%C3%ADnio_V2.pdf>. Acesso em: 
29 nov. 2017.
CAETANO, M. O. Minerais, rochas e solos. Material de aula da Unisinos, curso de Enge-
nharia Ambiental, disciplina de gestão de recursos naturais e passivos ambientais. 2016.
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Sistema brasileiro de classificação 
de solos. 2. ed. Brasília, DF: EMBRAPA, 2006. Disponível em: <https://www.agrolink.
com.br/downloads/sistema-brasileiro-de-classificacao-dos-solos2006.pdf>. Acesso 
em: 19 nov. 2017.
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA Soluções tecnológicas: sistema 
brasileiro de classificação de solos. [2013?]. Disponível em: <https://www.embrapa.
br/solos/sibcs/classificacao-de-solos>. Acesso em: 10 out. 2017.
GUIMARÃES, T. L. B. Determinação da cor do solo pela Carta de Munsell e por colorime-
tria. 57 f. 2016. Monografia (Graduação em Agronomia)- Universidade de Brasília, 
Brasília, DF, 2016.
LEPSCH, I. F. Formação e conservação dos solos. 2. ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2010. 
MACHADO, S. L.; MACHADO, M. de F. C. Mecânica dos solos I: conceitos introdutórios. 
[1997]. Disponível em: <http://www.ct.ufpb.br/~celso/solos/material/teoria1>. Acesso 
em: 18 nov. 2017.
PASTORE, E. L.; FONTES, R. M. Caracterização e classificação de solos. [slides]. [2015?]. 
Disponível em: <http://slideplayer.com.br/slide/3982979/>. Acesso em: 18 nov. 2017.
PINTO, C. de S. Curso básico de mecânica dos solos em 16 aulas. 3. ed. São Paulo: Oficina 
de Textos, 2006. 
SALOMÃO, F. X. T. Composição e morfologia de solos. Cuiabá, 2010. Disponível em: 
<http://www.labogef.iesa.ufg.br/labogef/arquivos/downloads/Composicao_e_Mor-
fologia_de_Solos_14984.pdf>. Acesso em: 18 nov. 2017.
SANTOS, S. R. O sistema brasileiro de classificação de solos (SiBCS). 2016.
PENA, R. A. Solo. 2017. Disponível em: <http://brasilescola.uol.com.br/geografia/o-solo.
htm>. Acesso em: 18 nov. 2017.
Leituras recomendadas
ALMEIDA, G. C. P. Caracterização física e classificação dos solos. [2004]. Disponível 
em: <http://ufrrj.br/institutos/it/deng/rosane/downloads/material%20de%20apoio/
APOSTILA_SOLOS.pdf>. Acesso em: 18 nov. 2017.
SILVA, M. M. A. da. A importância da mecânica dos solos nos serviços de engenharia. 
Trabalho da disciplina de Mecânica dos solos, do curso de Engenharia Civil, Univer-
sidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. 2014. Disponível em: <http://
www.trabalhosfeitos.com/ensaios/a-Import%C3%A2ncia-Da-Mec%C3%A2nica-Dos-
-Solos/51016481.html>. Acesso em: 29 nov. 2017.
 Classificação de solos13
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
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