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Classificação Unificada HRB e Metodologia MCT

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PROJETO
DE ESTRADAS
Fernanda Dresch
 
Classificações Unificada, 
HRB e Metodologia MCT 
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Classificar os solos através das classificações geotécnicas tradicionais 
– Sistema de Classificação Unificado (USCS – Unified Soil Classification 
System) e a Classificação Rodoviária HRB (Highway Research Board).
 � Caracterizar os materiais a partir da Classificação Geotécnica MCT 
para solos Tropicais.
 � Discutir as limitações dos métodos de Classificação Geotécnica.
Introdução
Devido à grande variedade de solos que existem na natureza, é indispen-
sável um sistema de classificação que indique características geotécnicas 
comuns de um determinado grupo de solos a partir de simples ensaios 
de identificação. Desta forma, a classificação dos solos permite a seleção 
de materiais substitutos, visto que em uma mesma classificação existem 
vários materiais a serem utilizados.
Neste capítulo, você aprenderá a definição das classificações geo-
técnicas tradicionais do Sistema de Classificação Unificado e, também, 
a classificação rodoviária HRB. Além disso, você estudará a Classificação 
Geotécnica MCT para solos tropicais, bem como as limitações de cada 
método de classificação geotécnica.
Classificação dos solos 
O solo tem sido estudado por vários ramos da ciência, como a agricultura, 
geologia e, também, a engenharia. Cada uma dessas áreas tem desenvolvido 
classificações próprias para finalidades específicas.
É de suma importância conhecer as propriedades dos materiais geotécnicos 
envolvidos na implantação de uma estrada, no tocante ao subsolo de fundação 
e aos materiais de empréstimo que serão utilizados na construção de aterros 
e de camadas de pavimento. Portanto, esses materiais devem ter suas pro-
priedades estudadas e avaliadas em relação à resistência, deformabilidade e 
permeabilidade, tanto no seu estado natural quanto no seu estado compactado 
(SANTOS, 2006).
Quando falamos, em especial, na área da Engenharia Civil, onde busca-se 
cada vez mais a otimização na utilização do solo, tem sido aplicada classifi-
cações que podem ser divididas em genéticas e geotécnicas. 
No que se refere às classificações genéticas, pedológicas e geológicas, 
podemos dizer que são essencialmente científicas, preocupando-se com a 
origem e evolução dos solos. Ao analisarmos o caso das rodovias, as quais se 
desenvolvem ao longo de enormes distâncias e, muitas vezes, atravessam regi-
ões que apresentam diferentes composições geotécnicas, toda essa variabilidade 
dos materiais, acaba dificultando a utilização do mesmo. Assim, defronta-se 
com a necessidade de se obter parâmetros necessários para a identificação 
dos solos e seu comportamento a partir de ensaios simples.
As diferentes classificações, apesar das inúmeras limitações a que estão 
sujeitas, constituem em um meio prático para a caracterização e identificação 
dos solos. Existem diferentes sistemas de classificação, que podem ter como 
base a origem dos solos (residuais, transportados/sedimentares, orgânicos), 
o sistema de classificação pedológica (solos zonais, intrazonais e azonais), 
sistema baseado na textura (tamanho das partículas), sistema de classificação 
visual e táctil e, ainda, sistemas que levam em consideração parâmetros dos 
solos, que são os sistemas geotécnicos. Entre as classificações geotécni-
cas destaca-se o Sistema Unificado de Classificação dos Solos (Unified Soil 
Classification System − USCS), e a HRB (Highway Research Board), mais 
conhecida como classificação rodoviária. No entanto, para sabermos qual 
classificação podemos utilizar é importante conhecer suas limitações para 
que não ocorra interpretações e aplicações erradas.
Sistema unificado e classificação HRB 
O Sistema Unificado primeiramente utilizado para classificação de solos 
em construção de aeroportos, depois, expandido para outras aplicações e 
normalizado pela American Society for Testing and Materials (ASTM). Esse 
sistema é oriundo do Airfield Classification System e foi concebido por Arthur 
Classificações Unificada, HRB e Metodologia MCT2
Casagrande. Nele, os solos são classificados em grossos, finos e solos altamente 
orgânicos. Como parâmetros para a classificação, a fração grossa manteve 
as características granulométricas, enquanto que para fração fina optou-se 
por usar os limites de consistência, parâmetros estes mais importantes que 
o tamanho das partículas. (AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND 
MATERIALS, [2017?]).
Assim, cada tipo de solo recebe um símbolo e um nome. Os nomes dos 
grupos são simbolizados por um par de letras, em que o prefixo é uma das 
subdivisões ligada ao tipo de solo, e o sufixo corresponde às características 
granulométricas e à plasticidade. Para os solos em que mais de 50% da fração 
fina fica retida na peneira de 0,075 mm as seguintes letras: G (pedregulho), 
S (areia) que podem ser bem graduados e designados pela letra W, ou, caso 
contrário, pela letra P. Para os solos cuja fração fina passa mais que 50% na 
peneira de malha 0,075 mm, temos as letras M (silte) e C (argila) que recebem 
os sufixos L (baixa) e H (alta) plasticidade. E ainda temos a letra O para 
representar os solos orgânicos, geralmente bastante compressíveis.
Sendo assim, os pedregulhos, por exemplo, e as areias com pouco material 
fino, conforme suas propriedades granulométricas, classificadas como bem 
graduadas, levam a simbologia GW e SW, ou, caso sejam de granulometria 
uniforme, GP e SP. No entanto, caso um solo grosso contenha uma porcentagem 
de material fino maior que 12%, suas propriedades são levadas em conta na 
classificação e, por isso, os pedregulhos e areias têm outras duas subdivisões, 
em virtude de essa fração final ter influência no comportamento do solo.
Na Tabela 1, nas duas últimas colunas, estão indicados os símbolos de 
cada grupo e seus respectivos nomes, bem como uma série de observações 
necessárias à classificação do solo. 
Por exemplo, se um solo apresenta sua fração fina com mais de 50% retida 
na peneira de número 200 (0,075 mm), ele é considerado, primeiramente, 
como grosso. Após, é feita nova granulometria para determinar quanto passa 
e quanto fica retido na peneira número 4. Se mais de 50% da fração grossa 
ficar retida na peneira, então esse solo é classificado como pedregulho e, por 
fim, deve-se saber qual a porcentagem de finos, para se poder classificar o 
subgrupo, sendo que, se apresentar menos que 5% pode ser pedregulho bem 
ou mal graduado (GW ou GP) e, se apresentar mais que 12% é classificado 
como pedregulho siltoso ou argiloso (GM ou GC). Além disso, com a Tabela 
1 podemos verificar que aqueles cuja fração fina é o silte, são classificados 
como GM ou SM, e aqueles os quais os finos contém argilas plásticas, são 
os GC ou SC.
3Classificações Unificada, HRB e Metodologia MCT
Figura 1. Sistema de Classificação Unificada dos Solos.
Fonte: American Society for Testing and Materials ([2017?]).
Classificações Unificada, HRB e Metodologia MCT4
A classificação HRB (Highway Research Board) recomendada pela 
AASHTO (American Association State Highway Officials), é fundamentada 
na granulometria, no limite de liquidez e no índice de plasticidade dos solos, e 
tem sido bastante empregada em finalidades rodoviárias. O Índice de Grupo, 
que deve ser um número inteiro variando de 0 a 20, é um dos parâmetros ana-
lisados nessas classificações. O IG define a capacidade de suporte do terreno 
de fundação de um pavimento, em que os valores extremos representam solos 
ótimos para IG = 0 e solos péssimos para IG = 20. 
Sabe-se que, sob boas condições de drenagem e compactação e, ainda, visto 
que o IG atribui um valor ao solo, sendo que esse valor varia inversamente 
com a capacidade de suporte do subleito, estabelece-se uma ordenação dos 
solos dentro de um determinado grupo, conforme suas aptidões, caso um solo 
possua IG igual a zero, este será considerado um bom material e, quanto mais 
elevadofor o seu valor, pior será o material.
A determinação do IG é baseada nos limites de Atterberg (LL – Limite de 
Liquidez e LP – Limite de Plasticidade) do solo e na porcentagem de material 
fino que passa na peneira de número 200 (0,075 mm). Seu valor é obtido 
utilizando a seguinte expressão:
IG=(F-35).[0,2+0,005 .(LL-40)]+0,01.(F-15).(IP-10)
Onde:
F: porcentagem de solo que passa na peneira número 200, expressa em 
número inteiro;
LL: limite de liquidez (%);
IP: índice de plasticidade (%).
Desta forma, este número auxilia no dimensionamento das camadas do 
pavimento, uma vez que estabelece a ordenação dos solos dentro de um grupo, 
conforme suas aptidões.
De acordo com a granulometria dos solos e, ainda, conforme os intervalos 
de variação dos limites de consistência e do IG, estes são classificados em sete 
grupos e oito subgrupos. Além disso, os solos se dividem em dois grandes 
grupos: solos grossos (quando a porcentagem passante na peneira de número 
200 é inferior a 35%) e solos finos (quando a porcentagem passante na peneira 
de número 200 é superior a 35%).
O procedimento de classificação é bastante simples, bastando executar 
ensaios de granulometria, limites de liquidez e de plasticidade e calcular o IG. 
De posse desses resultados, consulta-se a tabela de classificação HRB, sempre 
da esquerda para a direita, obtendo-se o grupo a que pertence o solo ensaiado.
5Classificações Unificada, HRB e Metodologia MCT
Os grupos A-1, A-3 e A-2 são classificados como materiais granulares, 
considerados de comportamento excelente a bom como subleito, com o aumento 
do valor de IG. Os grupos A-4 e A-5 representam os solos siltosos e os grupos 
A-6 e A-7 são os solos argilosos, sendo que estes grupos possuem, segundo 
essa classificação, um comportamento como material de subleito que varia 
de regular a mau, com o acréscimo do IG.
Leia mais sobre os diferentes sistemas de classificação geotécnica, em Estudo com-
parativo de diferentes sistemas de classificações geotécnicas aplicadas aos solos tropicais 
(SANTOS, 2006). 
Classificação geotécnica MCT para solos 
tropicais 
Em virtude de o Sistema Unificado não se ter mostrado satisfatório, quando 
usado em projetos de pavimentos para solos tropicais, em face do seu com-
portamento diferenciado, foi proposta uma classificação mais apropriada para 
este tipo de solo por Nogami e Villibor (1995). 
A metodologia MCT (Miniatura, Compactado, Tropical) permite classi-
ficar os solos quanto ao seu comportamento, quando compactado, como solo 
laterítico ou solo não laterítico. Segundo Nogami e Villibor (1995), os solos 
laterítico, no sentido pedológico, são caracterizados por serem uma variação 
de solos superficiais pedogenéticos, típicos de partes bem drenadas de regiões 
tropicais úmidas.
O resultado do trabalho desses autores foi reunido no gráfico da Figura 2, 
subdividido em sete regiões, onde os solos de comportamento não laterítico 
ocupam a parte superior e os de comportamento laterítico estão situados na 
parte inferior do gráfico. A cada uma das regiões foi associado duas letras, 
sendo que a primeira (N ou L) indica o comportamento não laterítico ou 
laterítico do solo, e a segunda (A, A’, G’, S’) completam a classificação. 
Há também referência ao tipo de mineral encontrado no solo. Por meio do 
gráfico, os solos coesivos estão localizados à direita e os não coesivos à 
esquerda. Conforme a figura apresentada, é possível visualizar areias siltosas 
Classificações Unificada, HRB e Metodologia MCT6
e argilosas (NA), areias lateríticas (LA), solos siltosos não lateríticos (NS’), 
solos arenosos não lateríticos (NA’), solos arenosos lateríticos (LA’), solos 
argilosos não lateríticos (NG’) e solos argilosos lateríticos (LG’), onde os 
solos coesivos estão localizados no lado direito e os não coesivos no lado 
esquerdo.
O gráfico dessa metodologia foi montado utilizando variáveis extraídas 
dos resultados do ensaio de Mini MCV (Mini-moisture Condition Value) de 
forma que todas as regiões tivessem a mesma área. A primeira variável, usada 
como abscissa e simbolizada por C’, representa a inclinação do trecho reto 
da curva MCV para 10 golpes. Na ordenada estão colocados os valores de e’, 
calculados a partir da equação:
e’ = (20/d’ + Pi/100)1/3
Onde d’ é a inclinação do ramo seco da curva de compactação para 
uma energia correspondente a 12 golpes (aproximadamente igual a do 
Proctor Normal – 6 kg/cm³) e Pi é a porcentagem de perda de material 
por imersão. É importante lembrarmos de que essa equação é empírica, 
em que chegou-se a ela por meio da imposição de áreas iguais para as 
diversas regiões do gráfico.
Essa classificação, de acordo com Cozzolino e Nogami (1993), pode ser 
considerada como um subproduto da metodologia MCT, desenvolvida com o 
objetivo inicial de aproveitar mais apropriadamente, em bases de pavimentos, 
solos arenosos finos lateríticos, considerados inapropriados pelas classificações 
e especificações tradicionais. Utilizou-se, então, para o desenvolvimento da 
classificação, a fração do solo que passa na peneira de 2 mm e várias de suas 
propriedades, determinadas em corpos de prova compactados. A aplicabilidade 
da classificação desenvolvida, para solos contendo elevada porcentagem de 
fração grossa retida na referida peneira, apresenta restrições constatadas 
também para as classificações geotécnicas tradicionais.
Assim, com a realização do ensaio de Mini MCV, tendo posse da curva 
obtida para 10 golpes, é possível obter o valor de C’, o qual representa a 
inclinação do trecho reto desta curva. Esse valor é localizado no eixo x, 
o qual varia de uma escala zero até 3,0 ou mais. Após, calcula-se através 
da fórmula do método, o valor do índice e’, sendo este representado pelo 
eixo y do gráfico. Assim, através da localização e marcação desses dois 
parâmetros, é possível encontrar o ponto dentro do gráfico onde este se 
localiza e, assim, classifica-se o material de acordo com a localização 
desse ponto determinado.
7Classificações Unificada, HRB e Metodologia MCT
Figura 2. Gráfico de classificação MCT e principais propriedades dos grupos dessa 
classificação.
Fonte: Nogami e Villibor (1995).
Classificações Unificada, HRB e Metodologia MCT8
O atual gráfico, mostrado na Figura 1, foi construído com base em apenas 
meia centena de solos típicos das rodovias do estado de São Paulo. Para tanto, 
a metodologia MCT tem base no princípio de que os índices classificatórios 
tradicionais não podem ser aplicados diretamente aos solos tropicais. Há 
necessidade de desenvolver novos índices mais significativos. Em lugar disso, 
efetuam-se ensaios mecânicos e hídricos simplificados, mais diretamente 
correlacionáveis com o comportamento dos solos tropicais. A miniaturização 
da aparelhagem foi indispensável, pois se fossem usados os procedimentos 
tradicionais, o método seria inexequível por motivos econômicos.
Objetivando o estudo e o aprimoramento de técnicas mais adequadas, expeditas e 
com melhor aplicação na identificação e na caracterização de solos tropicais, Cozzolino 
e Nogami (1993) propuseram, dentro da classificação MCT, um procedimento deno-
minado Ensaio Expedito das Pastilhas. Esse experimento se baseia nas características 
de contração, expansão e resistência após a reabsorção de água de pastilhas de solo 
moldadas, o qual permite que se possa identificar, assim, os grupos da classificação 
MCT com maior rapidez.
Limitações dos métodos de classificação 
geotécnica
A identificação e classificação dos solos tropicais, os mais frequentes e im-
portantes dentre os demais tipos de solos existentes nas regiões tropicais, são 
necessárias em quase todos os estudos geotécnicos. Consistem, sobretudo, 
em uma etapa preliminar e essencial de obtenção do perfil de um solo e para 
a escolha de amostras mais apropriadas para ensaios por procedimentos sofis-
ticados e onerosos, como nos projetos de grandes barragens, cortes e aterros 
muito altos e fundações de grandes estruturas. Em outras circunstâncias,sobretudo nas fundações de pequenas edificações e no projeto de obras viárias 
de baixo volume de trânsito, a identificação e classificação poderão ser o dado 
geotécnico definitivo, segundo Cozzolino e Nogami (1993).
Atualmente, utilizam-se quase que exclusivamente para identificação e 
classificação dos solos, tanto no Brasil como no estrangeiro, os procedimentos 
baseados na granulometria e características plásticas dos solos, desenvolvidos 
9Classificações Unificada, HRB e Metodologia MCT
por Casagrande. Frequentemente, o uso dessas classificações para os solos, 
tipicamente tropicais, leva a resultados que não condizem com o desempenho 
real dos seus diversos grupos. Por isso, várias tentativas foram feitas para 
solucionar essa dificuldade, em que os motivos desse problema residem nas 
peculiaridades mineralógicas e estruturais dos solos tropicais.
Conforme já comentamos, entre as classificações geotécnicas mais difun-
didas, destacamos o Sistema Unificado e a classificação para fins rodoviários, 
HRB. Essas classificações, desenvolvidas em países de clima temperado e 
baseada na distribuição granulométrica e nos limites de Atterberg (LL e LP), 
são denominadas classificações tradicionais. Porém, elas apresentam limita-
ções quando utilizadas para a previsão de propriedades dos solos tropicais 
(SANTOS, 2006).
Algumas dessas limitações ocorrem, principalmente, devido às diferenças 
existentes entre a natureza da fração de argila e de areia de solos de regiões 
tropicais e de regiões temperadas, para as quais as classificações foram de-
senvolvidas. Essas limitações podem ser observadas na falta de correlação 
existente entre os resultados de ensaios tradicionais de classificação de alguns 
solos tropicais e o seu comportamento geotécnico (NOGAMI; VILLIBOR, 
1995). 
Em uma fração de argila de um solo laterítico existem óxidos de ferro e/
ou alumínio hidratados. Além disso, também apresentam argilo-minerais 
que contém expansibilidade baixa e capacidade de suporte alta ao serem 
compactados, não sendo encontrados em solos não lateríticos. A mica e/ou 
feldspato presentes nos solos saprolíticos diminui a densidade seca. Ainda, 
reduz a capacidade de suporte e o índice de plasticidade.
Além disso, os métodos tradicionais de classificação de solos desen-
volvidos no exterior não têm sido satisfatórios quando aplicados aos solos 
tropicais, pois, com frequência, as características dos grupos não coincidem 
com o comportamento de muitos de nossos solos nas rodovias. Devido a 
essas limitações e deficiências existentes na utilização das classificações 
tradicionais para solos tropicais e com o objetivo de diferenciar este tipo de 
solo dos demais, no início da década de 80, Nogami e Villibor (1995) desen-
volveram a classificação denominada MCT específica para solos tropicais, 
sendo que esta não se baseia nas propriedades índices como as classificações 
tradicionais. 
Portanto, as limitações quanto a classificação MCT podem ser resumidas 
em:
Classificações Unificada, HRB e Metodologia MCT10
 � Repetibilidade dos resultados dos ensaios;
 � Falta de correlação da classificação e o comportamento geotécnico 
(propriedades mecânicas e hidráulicas) observado.
Sendo assim, sem nenhuma dúvida, de acordo com Cozzolino e Nogami 
(1993), as limitações dos procedimentos tradicionais de classificação 
geotécnica devem-se às peculiaridades dos solos tropicais. Acredita-se ser 
muito difícil falar de generalidades sobre os solos tropicais, porquanto o 
seu universo comporta duas grandes classes, além de outras menos im-
portantes, a não ser local ou regionalmente. As duas grandes classes mais 
frequentes são muito diferentes e são conhecidas como solos lateríticos 
e solos saprolíticos.
Leia mais sobre o Sistema Brasileiro de Classificação dos Solos, na obra Sistema Brasileiro 
de Classificação dos Solos (EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA, 2006).
1. Com relação aos tipos de sistemas 
de classificação dos solos, 
marque a resposta correta:
a) Sistema de classificação 
pedológica = Sistema que 
classifica os solos por meio 
do tamanho das partículas.
b) Sistema com base na textura 
= Classifica os solos em solos 
residuais, solos transportados/
sedimentares e solos orgânicos.
c) Sistema baseado na origem 
dos solos = Sistema que 
classifica os solos pelo 
tamanho das partículas.
d) Sistema Unificado de 
Classificação dos Solos = Os solos 
nesse sistema são classificados 
em solos grossos, solos finos 
e solos altamente orgânicos.
e) Classificação geotécnica 
MCT = Classificação para 
finalidades rodoviárias.
2. O Sistema Unificado é oriundo 
do Airfield Classification System 
idealizado por Arthur Casagrande 
e, inicialmente, utilizado para 
classificação de solos para 
construção de aeroportos, 
depois expandido para outras 
11Classificações Unificada, HRB e Metodologia MCT
aplicações e normalizado pela 
American Society for Testing and 
Materials (ASTM). Os solos nesse 
sistema são classificados em:
a) Solos grossos, solos finos.
b) Solos grossos, solos finos e 
solos altamente orgânicos.
c) Solos altamente orgânicos.
d) Solos A-1, A-3 e A-2.
e) M (silte) e C (argila).
3. Sobre o sistema de classificação 
HRB (Highway Research Board) ou 
AASHO (American Association State 
Highway Officials) é correto afirmar:
a) O sistema de classificação 
HBR tem base no índice de 
plasticidade dos solos.
b) Este sistema de classificação 
fundamenta-se no 
índice de grupo.
c) Este sistema de classificação 
tem como base a granulometria, 
limite de liquidez e índice 
de plasticidade dos solos, 
sendo proposto para ser 
utilizada na área de estradas.
d) O sistema de classificação HBR 
tem como base o limite de 
liquidez, índice de plasticidade 
dos solos e no índice de grupo.
e) O sistema de classificação HBR 
baseia-se no limite de liquidez e 
índice de plasticidade dos solos.
4. Os grupos A-1, A-3 e A-2 são 
classificados como materiais 
granulares, considerados de 
comportamento excelente a bom 
como subleito, com o aumento 
do valor de IG. Os grupos A-4 e 
A-5 representam os solos siltosos 
e os grupos A-6 e A-7 são os solos 
argilosos, sendo que estes grupos 
possuem, segundo esta classificação, 
um comportamento como material 
de subleito que varia de regular a 
mau, com o acréscimo do IG. Com 
base no parágrafo anterior, marque a 
resposta que identifica o sistema de 
classificação de solo correspondente:
a) Classificação geotécnica MCT.
b) Sistema Unificado de 
Classificação dos Solos.
c) Sistema de classificação HRB 
(Highway Research Board) ou 
AASHO (American Association 
State Highway Officials).
d) Sistema de classificação 
pedológica.
e) Sistema de classificação 
visual e táctil.
5. Imagine que você é engenheiro 
de uma rodovia e você recebe um 
projeto em que o solo conta com as 
seguintes características: 
Um solo analisado apresenta 97% 
passando em peso pela peneira nº 
200 e 100% passando na peneira nº 
40 e os limites iguais a LL = 55% e 
IP = 15,0%.  
Assinale as alternativas que 
o classifica corretamente 
pela classificação HRB.
a) A-1b = Fragmentos de pedra, 
pedregulhos e areia.
b) A-7-5 = Solos argilosos - regular 
a mal para pavimentação.
c) A-4: Solos formados por 
siltes e argilas com graus 
variáveis de plasticidade.
d) A-6: Contém argila, tendo 
normalmente 75% ou mais, 
passando na peneira 200.
e) A-7-5: Contém materiais com 
moderado índice de plasticidade.
Classificações Unificada, HRB e Metodologia MCT12
AMERICAN SOCIETY FOR TESTING AND MATERIALS. Annual book of ASTM standards. 
Section 4: construction, v. 04.08: soil and rock, dimension stone, geosynthetics. 
Philadelphia: ASTM, [2017?].
COZZOLINO, V. M. N.; NOGAMI, J. S. Classificação geotécnica MCT para solos tropicais. 
Solos e Rochas, São Paulo, v. 16, n. 2, p. 77-91, 1993. 
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA. Sistema brasileiro de classificação 
de solos. 2. ed. Brasília, DF: EMBRAPA, 2006. Disponível em: <https://www.agrolink.
com.br/downloads/sistema-brasileiro-de-classificacao-dos-solos2006.pdf>.Acesso 
em: 19 nov. 2017.
NOGAMI, J. S.; VILLIBOR, D. F. Pavimentação de baixo custo com solos lateríticos. São 
Paulo: Villibor, 1995.
SANTOS, E. F. Estudo comparativo de diferentes sistemas de classificações geotécnicas 
aplicadas aos solos tropicais. 2006. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil)- Uni-
versidade de São Paulo, São Carlos, 2006. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/
teses/disponiveis/18/18137/tde-29052007-163758/pt-br.php>. Acesso em: 18 nov. 2017.
Leituras recomendadas
BARROSO, S. H. A.; FABBRI, G. T. P. Algumas considerações sobre a classificação MCT 
e seus índices. In: REUNIÃO ANUAL DE PAVIMENTAÇÃO, 30., 1996, Salvador. Anais... 
Salvador: ABPV, 1996. v. 2. p. 494-505.
NOGAMI, J. S.; VILLIBOR, D. F. A identificação de solos tropicais: dificuldades e pro-
posta de um método preliminar. In: REUNIÃO ANUAL DE PAVIMENTAÇÃO, 20. 1985, 
Fortaleza. Anais... Fortaleza: ABPV, 1985. p. 117-134.
13Classificações Unificada, HRB e Metodologia MCT
https://www.agrolink/
http://com.br/downloads/sistema-brasileiro-de-classificacao-dos-solos2006.pdf
http://www.teses.usp.br/
Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para 
esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual 
da Instituição, você encontra a obra na íntegra.
 
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