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FACULDADE GALILEU Reconhecimento Portaria nº 422 de 29/04/2015 Publicado DOU 29/04/2015 Avenida Marginal 200, nº 680 - Vila Real - Botucatu/ SP Telefone: (14) 3354-1315 - www.faculdadegalileu.com.br 1 ANOTAÇÕES PALESTRA APRESENTADA NO DIA 02 DE JUN. 2021. 0 Curso: Psicologia – 5° Termo - Data: 02/06/2021 Disciplina: Psicoterapias Infantis Professora: Jussânia Moraes Martins Aluna: Amanda Ullrich ANOTAÇÕES PALESTRA O filme “Mamãezinha Querida (Mommie Dearest)” relata a história de uma mãe com transtorno narcisista, que sente prazer pelo sofrimento dos filhos. Através do filme, observa-se diversas características da mãe narcísica. Algumas dessas características são: agressividade com os filhos, incapacidade de frustração, sadismo, falta de empatia, mania de perfeição, comportamentos manipuladores, traços perversos, relação exploratória com os filhos, repúdio ao sucesso dos filhos, inveja dos filhos e do crescimento deles, percepção grandiosa de si, desqualificação do outro, vitimização, entre outras. No filme, Joan pensa na filha como uma posse permanente, como se fosse uma propriedade. Nesse contexto, há a negação do processo de diferenciação vivenciado por Cristina no período da adolescência, tal processo causa grande incômodo na mãe, uma vez que o desenvolvimento da identidade da filha apresenta como consequência o rompimento da onipotência da mãe - a independência certamente refuta a dominação. A obsessão pela carreira, por status e por “ser vista”, a adoção cujo objetivo restringe-se à publicidade e as inúmeras tentativas de vitimização com o intuito de “chamar a atenção” também evidenciam os traços narcísicos de Joan. Vale ressaltar que o transtorno narcisista pode advir de falhas nas relações objeto-parentais no período da infância, a falha no investimento do “eu” provoca uma fragilidade acentuada. Isso ocorre quando, por exemplo, os pais não respondem adequadamente aos “exibicionismos” da criança e quando não há uma mãe suficientemente boa, como nos reporta Winnicott, a partir de tais faltas, tem-se uma falha no investimento narcísico da criança e, a partir disso, o transtorno narcisista evade-se como um mecanismo de defesa primário. E, por fim, como consequência dessa personalidade destrutiva, tem-se um ciclo geracional traumatizado e apático – como no caso de Cristina. http://www.faculdadegalileu.com.br/