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Curso Técnico Superior Profissional de Gerontologia Relatório Reflexivo de Estágio Nome: Inês Margarida do Rosário Pinheiro Supervisionada por: Enf. Catarina Maurício Orientada por: Enf. Raquel Gomes maio, 2020 https://www.google.com/search?q=instituto+ploit%C3%A9cnico+de+Leiria&tbm=isch&ved=2ahUKEwinxtmN8fLoAhUZfRQKHSEiAu8Q2-cCegQIABAA&oq=instituto+ploit%C3%A9cnico+de+Leiria&gs_lcp=CgNpbWcQAzoCCAA6BQgAEIMBOgQIABBDOgQIABAeOgYIABAFEB46BggAEAgQHlCjhjhY99o4YMvcOGgAcAB4AIABZogBjRaSAQQyOS4ymAEAoAEBqgELZ3dzLXdpei1pbWc&sclient=img&ei=VGybXqfMBpn6UaHEiPgO&bih=529&biw=1280&rlz=1C1GCEA_enPT789PT789#imgrc=rewXqSVy7-Zx0M II Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 Escola Superior de Saúde – Instituto Politécnico de Leiria Curso Técnico Superior Profissional de Gerontologia Relatório de estágio realizado no Lar de São Francisco, apresentado à Escola Superior de Saúde de Leiria do Instituto Politécnico de Leiria para obtenção do Curso Técnico Superior Profissional de Gerontologia. Autores: Inês Margarida do Rosário Pinheiro Nº 5180357 Unidade Curricular: Estágio Curricular Orientadora: Enf. Raquel Gomes Supervisora: Enf. Catarina Maurício Requiem Por Mim “Aproxima-se o fim. E tenho pena de acabar assim, Em vez de natureza consumada, Ruína humana. Inválido corpo E tolhido da alma. Morto em todos os órgãos e sentidos. Longo foi o caminho e desmedidos Os sonhos que nele tive. Mas ninguém vive Contra as leis do destino. E o destino não quis Que eu me cumprisse como porfiei, E caísse de pé, num desafio. Rio feliz a ir de encontro ao mar Desaguar, E, em largo oceano, eternizar O seu esplendor torrencial de rio.” Miguel Torga, Diário XVI (Coimbra, 1993) Poesia Completa (Dom Quixote, 2000), p. 965 IV Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 AGRADECIMENTOS Dedico este espaço a todos aqueles que de alguma forma contribuíram para a realização do presente trabalho. Deixo aqui os meus sinceros agradecimentos… À Enfermeira Catarina Maurício, supervisora da Escola Superior de Saúde do Instituto Politécnico de Leiria, pelo acompanhamento, interesse e disponibilidade que demonstrou do inicio ao fim. À Enfermeira Raquel Gomes, orientadora local, pelo interesse, incentivo, atenção, apoio e dedicação que sempre manifestou. À Enfermeira Daniela Couto, que sempre demonstrou grande disponibilidade na demonstração de procedimentos de Enfermagem. À Animadora Cultural do Lar de São Francisco, Carina Coelho, pela disponibilidade, interesse e colaboração nas atividades. À Drª. Maria de Fátima Gomes, Diretora Técnica da Instituição, pela disponibilidade e carinho com que me recebeu e pelo seu interesse em ouvir as minhas críticas e sugestões. A toda a equipa técnica do Lar de São Francisco, pela disponíbilidade e forma como me recebeu, pela confiança depositada, e em especial aos idosos que possibilitaram a realização deste estágio… Aos familiares e amigos, mas em especial aos meus padrinhos Bruno Paulino e Catarina Costa que foram incansáveis, sempre dispostos a ajudar, a esclarecer as minhas dúvidas, a ouvir os meus receios, a discutir comigo as ideias que iam surgindo e acima de tudo que sempre estiveram a “caminhar” ao meu lado ao longo deste percurso. A todos que de alguma forma contribuíram para a realização do presente relatório. V Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 LISTA DE ABREVIATURAS AVD – Atividades da Vida Diária CR – Cadeira de Rodas CTeSP – Curso Técnico Superior Profissional de Gerontologia DGS – Direção Geral da Saúde EPI – Equipamento de Proteção Individual ESSLei – Escola Superior de Saúde de Leiria INE – Instituto Nacional de Estatística IPL – Instituto Politécnico de Leiria IPSS – Instituição Particular de Solidariedade Social LSF – Lar de São Francisco MRSA – Methicillin-resistant Staphylococcus aureus pH – Potencial Hidrogenionico PI – Pessoa Idosa ROM – Range of motion SABA – Solução Anti-séptica de Base Alcoólica UC – Unidade Curricular UP – Úlcera por Pressão VI Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 RESUMO O presente relatório reflete o trabalho realizado durante o estágio curricular inserido no 4º semestre, no 2º ano do Curso Técnico Superior Profissional (CTeSP) de Gerontologia, da Escola Superior de Saúde de Leiria (ESSLei), do Instituto Politécnico de Leiria (IPL). O estágio foi realizado nas instalações do Lar de São Francisco, sendo que este se trata de uma IPSS – Instituição Particular de Solidariedade Social. Este relatório reflete pormenorizadamente todas as experiências, vivências e dificuldades sentidas no decorrer do estágio, em contexto prático, designadamente no que diz respeito à prestação de cuidados diretos ao utente, que obrigaram a tomar diferentes decisões e a fazer diferentes escolhas do caminho a seguir devido a diversos contextos. Neste relatório são também descritas atividades que têm como objetivo a estimulação e o entretenimento dos idosos. Todo o trabalho desempenhado, desde a prestação de cuidados até à realização de atividades, para além de terem o objetivo de proporcionar mais qualidade de vida aos idosos, deve ser visto como um meio para atingir uma determinada finalidade que neste caso se trata da minha formação enquanto futura Técnica de Gerontologia. Palavras-Chave: idoso, envelhecimento, cuidados, qualidade de vida, gerontologia VII Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 ABSTRACT This report reflects the work carried out during the curricular internship inserted in the 4th semester, in the 2nd year of the Higher Professional Technical Course (CTeSP) of Gerontology, from the Higher School of Health of Leiria (ESSLei), of the Polytechnic Institute of Leiria (IPL). The internship took place at the Lar de São Francisco facilities, and this is an IPSS - Private Institution of Social Solidarity. This report reflects in detail all the experiences, experiences and difficulties experienced during the internship, in a practical context, namely with regard to the provision of direct care to the user, which forced them to make different decisions and make different choices of the path to follow due to different contexts. This report also describes activities that aim to stimulate and entertain the elderly. All the work performed, from providing care to carrying out activities, in addition to having the objective of providing more quality of life to the elderly, must be seen as a means to achieve a certain purpose, which in this case is my training. as a future Gerontology Technician. Key words: elderly, aging, care, quality of life, gerontology. VIII Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 VISÃO GERAL DO RELATÓRIO Relatório de Estágio Objetivos de Estágio Contextualização do Estágio Apresentação da Instituição História Missão Visão Valores Organizacionais Instalações Caracterização Geral dos Utentes Atividades Desenvolvidas/ Planeadas Integração na Equipa Prestação de Cuidados Diretos ao Utente Atividades Planeadas Realização do ePortefólio IX Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 ÍNDICE AGRADECIMENTOS IV LISTA DE ABREVIATURAS V RESUMO VI ABSTRACT VII VISÃO GERAL DO RELATÓRIO VIII ÍNDICE IX ÍNDICE DE FIGURAS XI ÍNDICE DE TABELAS XI ÍNDICE DE GRÁFICOS XI INTRODUÇÃO 12 OBJETIVOS DO ESTÁGIO 14 1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTÁGIO 14 1.1. Caracterização geral dos utentes 14 1.2. Caracterização geral dos utentes 16 2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS/PLANEADAS 16 2.1. Integração na Equipa 16 2.2. Prestação de cuidados diretos ao utente 16 2.3. Atividades desenvolvidas com os utentes 23 2.4. Atividades planeadas por mim 23 3.REALIZAÇÃO DO EPORTEFÓLIO 25 CONCLUSÃO 27 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 29 APÊNDICES 30 APÊNDICE 1 – TRATAMENTO DE DADOS NO EXCEL 31 APÊNDICE 2 – TABELA QUE RELACIONA IDADES COM GÉNERO 32 APÊNDICE 3 – GÉNERO 33 APÊNDICE 4 – TABELA QUE RELACIONA IDADES COM GRAUS DE DEPENDÊNCIA 34 APÊNDICE 5 – CRONOGRAMA DE ESTÁGIO 35 X Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 APÊNDICE 6 – ATIVIDADE DIA DA MULHER 36 APÊNDICE 7 – FICHA TÉCNICA DO “JOGO DA MEMÓRIA” 37 APÊNDICE 8 – FICHA TÉCNICA DO “JOGO TREINO DAS AVD” 38 APÊNDICE 9 – FICHA TÉCNICA DO “JOGO DOS SENTIDOS” 39 APÊNDICE 10 – FICHA TÉCNICA DO “JOGO DAS MASSAS” 40 APÊNDICE 11 – FICHA TÉCNICA DO JOGO “VAMOS À PESCA” 41 APÊNDICE 12 – FICHA TÉCNICA DA ATIVIDADE DE CULINÁRIA - BISCOITOS 42 APÊNDICE 13 – FICHA TÉCNICA DO JOGO “O PUZZLE” 43 APÊNDICE 14 – FICHA TÉCNICA DO JOGO “BINGO MUSICAL” 44 APÊNDICE 15 – FICHA TÉCNICA DO JOGO “QUAL É A COR?” 45 APÊNDICE 16 – FICHA TÉCNICA DO JOGO “OLHÓ BALÃO!” 46 APÊNDICE 17 – FICHA TÉCNICA DO JOGO “SOPA DE LETRAS” 47 APÊNDICE 18 – FICHA TÉCNICA DO JOGO “CONTA-ME UMA HISTÓRIA” 48 APÊNDICE 19 – METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES 49 ANEXOS 50 ANEXO 1 – REGULAMENTO INTERNO DE FUNCIONAMENTO DA ESTRUTURA RESIDENCIAL PARA IDOSOS 51 XI Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Tratamento de dados no Excel 31 Tabela 2 - Relacionamento entre Idade e Género 32 Tabela 3 - Relacionamento de Idades com Graus de Dependência 34 Tabela 4 - Cronograma de Estágio 35 ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1 - Atividade Realizada pelos utentes alusiva ao Dia Internacional da Mulher 36 Figura 2 - Jogo da Memória 37 Figura 3 - Treino das Atividades Básicas da Vida Diária 38 Figura 4 - Jogo "Vamos à Pesca!" 41 Figura 5 - Biscoitos de Limão 42 Figura 6 - Puzzle 43 Figura 7 - Bingo Musical 44 Figura 8 - Jogo "Olhó Balão!" 46 Figura 9 - Sopa de Letras 47 Figura 10 - Método de Avaliação das Atividades Utilizado 49 ÍNDICE DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Género 33 file:///C:/Users/Inês%20Margarida/Downloads/RELATÓRIO%20DE%20ESTÁGIO%20Inês%20Pinheiro%20-%20Cópia-3%20(1).docx%23_Toc41663511 file:///C:/Users/Inês%20Margarida/Downloads/RELATÓRIO%20DE%20ESTÁGIO%20Inês%20Pinheiro%20-%20Cópia-3%20(1).docx%23_Toc41663513 file:///C:/Users/Inês%20Margarida/Downloads/RELATÓRIO%20DE%20ESTÁGIO%20Inês%20Pinheiro%20-%20Cópia-3%20(1).docx%23_Toc41665120 file:///C:/Users/Inês%20Margarida/Downloads/RELATÓRIO%20DE%20ESTÁGIO%20Inês%20Pinheiro%20-%20Cópia-3%20(1).docx%23_Toc41665121 file:///C:/Users/Inês%20Margarida/Downloads/RELATÓRIO%20DE%20ESTÁGIO%20Inês%20Pinheiro%20-%20Cópia-3%20(1).docx%23_Toc41665122 file:///C:/Users/Inês%20Margarida/Downloads/RELATÓRIO%20DE%20ESTÁGIO%20Inês%20Pinheiro%20-%20Cópia-3%20(1).docx%23_Toc41665123 file:///C:/Users/Inês%20Margarida/Downloads/RELATÓRIO%20DE%20ESTÁGIO%20Inês%20Pinheiro%20-%20Cópia-3%20(1).docx%23_Toc41665124 file:///C:/Users/Inês%20Margarida/Downloads/RELATÓRIO%20DE%20ESTÁGIO%20Inês%20Pinheiro%20-%20Cópia-3%20(1).docx%23_Toc41665125 file:///C:/Users/Inês%20Margarida/Downloads/RELATÓRIO%20DE%20ESTÁGIO%20Inês%20Pinheiro%20-%20Cópia-3%20(1).docx%23_Toc41665126 file:///C:/Users/Inês%20Margarida/Downloads/RELATÓRIO%20DE%20ESTÁGIO%20Inês%20Pinheiro%20-%20Cópia-3%20(1).docx%23_Toc41665127 file:///C:/Users/Inês%20Margarida/Downloads/RELATÓRIO%20DE%20ESTÁGIO%20Inês%20Pinheiro%20-%20Cópia-3%20(1).docx%23_Toc41665128 file:///C:/Users/Inês%20Margarida/Downloads/RELATÓRIO%20DE%20ESTÁGIO%20Inês%20Pinheiro%20-%20Cópia-3%20(1).docx%23_Toc41665129 file://///Users/brunopaulino/Downloads/RELATÓRIO%20DE%20ESTÁGIO%20Inês%20Pinheiro%20-%20Cópia-3.docx%23_Toc41602816 Relatório Reflexivo de Estágio 12 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 INTRODUÇÃO O exposto documento é referente ao relatório de estágio que se insere no 4º semestre, no 2º ano do Curso Técnico Superior Profissional (CTeSP) de Gerontologia, da Escola Superior de Saúde de Leiria (ESSLei). Neste documento procuro refletir acerca do ensino que decorreu no Lar de São Francisco, em Leiria. Este relatório foi realizado sob supervisão da Enfermeira Catarina Maurício e sob orientação da Enfermeira Raquel Gomes. Para uma melhor compreensão e exibição do presente relatório, este encontra-se divido em 3 partes, a primeira parte referente à Caracterização da Instituição e a segunda parte referente à fundamentação teórica, às atividades desenvolvidas e resultados. O estágio curricular teve inicio a 18 de fevereiro de 2020, tendo sido suspenso por decisão conjunta da direção do Instituto Politécnico de Leiria (IPL) e da direção da ESSLei, após reunião com a coordenação do curso, devido à situação pandémica causada pelo novo Coronavírus (COVID-19), sendo que mais tarde acabou mesmo por ser cancelado. Deste modo tornou-se impossivel a realização das 525h estipuladas no plano de estudos definido no Aviso nº 11898/2017 – Diário da República nº 193/2017, Série II de 2017-10-06. Na impossibilidade de retomar o estágio, foi solicitado e realizado um ePortefólio de Conhecimentos Reflexivo, como meio de substituíção do Estágio Curricular. A realização do estágio acaba por ser decisiva para a aquisição e consolidação de conhecimentos e competências adquiridas nas restantes Unidades Curriculares (UC) que compõem o plano de estudos do presente curso e integrá-los na prática diária dos cuidados à Pessoa Idosa (PI). A principal temática deste projeto para desenvolvimento e aquisição de competências técnicas e relacionais à prestação de cuidados à PI, sendo que o Técnico Superior de Gerontologia (TSG) tem como principal função garantir o bem-estar e o máximo de qualidade de vida ao idosos, para atingir este fim o TSG tem como função atuar ao nível da promoção e manutenção da autonomia do utente. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), o envelhecimento demográfico faz com que haja alterações na distribuíção etária em que existe uma maior quantidade de população Relatório Reflexivo de Estágio 13 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 envelhecida (com mais de 65 anos). O envelhecimento trata-se de um processo normal e acumulativo, sendo que pode ser influenciado por alterações ao nível da saúde (patologias), por fatores sociais (isolamento e solidão), por fatores físicos (perda de mobilidade), por fatores económicos (reforma), por fatores psicológicos e culturais, deste modo, torna-se necessário vigiar e monitorizar constantemente esta população envelhecida e para isso são necessários técnicos especializados. Os profissionais de saúde responsáveis e especializados neste tipo de cuidados são os técnicos de gerontologia (Paulino, 2019). Para que seja possível intervir de forma eficaz e atempadamente de forma a manter e se possível melhorar a qualidade de vida da PI, é necessário que o técnico de gerontologia esteja alerta e desperto para os sinais e sintomas de complicações, e que possua competências e conhecimentos sobre as medidas necessárias para controlar quaisquer danos que possam existir ou surgir na vida do idoso (Paulino, 2019). Deste modo, este estágio curricular tem como principais objetivos: planificar, orientar e executar, sob supervisão, atividades que fomentem o bem-estar físico, mental e social da PI em diversos contextos; promover e (re)educar, sob supervisão, para a adoção de medidas de cuidado e segurança por parte da PI, entre outras; programar e promover o desenvolvimento de atividades que promovam o envelhecimento ativo e saudável; intervir socialmente com idosos e com a sua envolvência, como a família e a comunidade, de forma responsável e assertiva. Para a concretização destes objetivos selecionei a instituição Lar de São Francisco, onde foi possível desenvolver parte de um conjunto de atividades que me permitiram atingir parte dos objetivos delineados, favorecendo assimo desenvolvimento de competências. Relatório Reflexivo de Estágio 14 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 OBJETIVOS DO ESTÁGIO • Promover a qualidade de vida e o bem-estar físico, mental e social da PI em diversos contextos, através do planeamento, gestão, adaptação e execussão de atividades, sob supervisão. • Promover o envelhecimento ativo e saudável através da projeção e promoção do desenvolvimento de atividades e organização de serviços. • Propor e implementar medidas com o fim de melhorar contiuamente os cuidados prestados, colaborando na avaliação da qualidade dos serviços prestados. • Participar e executar a implementação de planos de manutenção e organização do espaço e de eqeuipamentos da instituição. 1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTÁGIO 1.1. Caracterização geral dos utentes História O Lar de São Francisco (LSF) é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), surge a 16 de outubro de 1972, fundado pela irmã terceira Carolina Ferreira Ribeiro, com o objetivo de destacar o dever moral de solidariedade e de justiça entre os indivíduos. Atualmente, apoia pessoas do concelho de Leiria, através de duas respostas sociais: Estrutura Residencial para Idosos (ERI) e Centro de Dia para Idosos (CDI). Anteriormente à data acima referida, aquelas mesmas instalações situadas na união de freguesias de Leiria, Pousos, Barreira e Cortes, pertencia à Associação Protetora dos Pobres, local onde se distribuía a “sopa dos pobres”. Missão A nossa missão passa por nos colocarmos no lugar do outro, de modo a promover o bem-estar e a qualidade de vida dos utentes. Visão Relatório Reflexivo de Estágio 15 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 • Atingir a excelência recorrendo a recursos e competências profissionais humanas e materiais que se encontrem continuamente em formação de modo a serem desenvolvidos. • Desenvolver uma instituição solida que se baseie em em valores comuns a todos os elementos que constituem a instituição. Valores Organizacionais • Ética • Confiança • Competência • Profissionalismo • Tolerância • Responsabilidade Social • Adaptabilidade • Harmonia Instalações As instalações do Lar de São Francisco encontram-se dividas em três pisos, o piso -1 diz respeito à área comum, ou seja é constituída por locais destinados aos colaboradores, visitas e convivio entre utentes. No piso -1 encontram-se a receção e secretaria, onde é possível obter informações sobre a institução, o gabinete da Diretora Técnica, o gabite de enfermagem, a sala de mudança de turno, a sala dos colaboradores, a arrumação, a sala de visitas, a cozinha e refeitório, a lavandaria, o salão polivalenteonde os utentes realizam as atividades, a capela, o bar e a sala de reunião do Conselho da Fraternidade, neste piso existem ainda seis casa de banho, sendo que duas destas são destinadas aos colaboradores e visitas e as outras quatro são destinadas aos utentes. No Lar de São Francisco existem 33 quartos divididos pelos pisos 0 e 1. Relatório Reflexivo de Estágio 16 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 No piso 0 existem catorze quartos duplos, três quartos triplos, sendo que estes são chamados de enfermarias e cinco quartos individuais, neste piso existem ainda catorze casas de banho. O piso 1 é destinado aos utentes independentes ou com um grau de dependência ligeira, é constituído por onze quartos individuais e cada quarto possui uma casa de banho privativa. 1.2. Caracterização geral dos utentes Após realização da relação das idades entre homens e mulheres, verifico que existe uma maior longevidade no sexo feminino. Tabela 2 (Apêndice 2). Num universo de 52 pessoas, são 34 do sexo feminino e 18 são do sexo masculino, como se pode verificar no Gráfico 1 (Apêndice 3), existindo uma predominância do sexo feminino. De modo a conhecer melhor as capacidades dos utentes da minha instituição avaliei funcionalmente, segundo o Índice de Barthel, as capcidades dos utentes tendo verificado que 50% dos utentes apresentam um grande grau de dependência, existindo apenas 8% dos utentes independentes como é possível ver na Tabela 3 (Apêndice 4). 2. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS/PLANEADAS 2.1. Integração na Equipa No primeiro dia de estágio foi-me feita uma visita guiada pela instituição, por parte da Enf. Raquel Gomes, à medida que decorria a visita fui sendo apresenta a todos os colaboradores que faziam parte da equipa à qual passei a integrar, estes colaboradores vieram a tornar-se em autênticos agentes de integração e aprendizagem. O processo de integração na equipa de trabalho ocorreu de excelente forma, o que permitiu a existência de um ambiente de colaboração, disponibilidade, e logo de início, favorável à participação nas atividades terapêuticas relacionadas com a prestação de cuidados diretos ao utente e atividades de estimulação cognitiva e de lazer. Neste mesmo dia, foram-me dadas informações relativamente ao funcionamento, às rotinas, e às atividades que se realizam com os utentes. 2.2. Prestação de cuidados diretos ao utente A prestação de cuidados diretos ao utente é da competência do técnico de gerontologia, como a prestação de cuidados de higiene. Os momentos de prestação de cuidados de higiene foram- Relatório Reflexivo de Estágio 17 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 me permitindo criar uma ligação e relação de proximidade, intimidade e confiança com os utentes, o que se tornou benéfico para a realização das minhas funções, visto que passou a ser mais fácil a aceitação, por parte do utente, da minha ajuda e dos meus cuidados (Paulino, 2019). Durante os cuidados de higiene tive o cuidado de executar sempre a higienização primeiramente das zonas menos sujas e depois as zonas mais sujas, de modo a evitar a conspurcação das zonas menos sujas, seguindo a ordem, cabeça, membros superiores, tórax e abdómen, membros inferiores, dorso e nádegas e por último a região perineal(Veiga et al., 2011). Durante a higienização da cabeça alguns dos cuidados que tive foi por exemplo, na lavagem dos olhos do utente com água tépida normal, utilizando diferentes partes da esponja, usando esta técnica contribuímos para a redução da transmissão de microrganismos. De acordo com a fisiologia do olho para prevenir a conspurcação, deve-se proceder à higienização do olho do canto externo para o canto interno, da zona mais limpa para a zona mais suja. Este procedimento é segundo os ensinamentos e aprendizagem em sala de aula e recomendado pelo autor (Paulino, 2019). Durante os cuidados de higiene, ainda na cabeça, realizei a lavagem e secagem do pavilhão auricular prevenindo a acumulação de secreções, a higienização desta região é importante visto ser uma região que acumula muitas secreções (Veiga et al., 2011). No decorrer da higiene corporal é fundamental providenciar a privacidade do utente e da sua nudez, colocando o lençol superior da cama, se este estiver limpo, para cobrir o corpo do utente, na impossibilidade de utilizar o lençol superior, deve-se utilizar o toalhão de banho a providenciar a privacidade da nudez do utente (Veiga et al., 2011). Este procedimento durante o ato de cuidar é não só um ato de respeito pela intimidade do utente como é também um dever ético do profissional de saúde (Nunes, Amaral, & Gonçalves, 2005). A higienização dos membros superiores deve ser feita da parte distal para a proximal (lavagem e secagem) em movimentos circulares, dando especial atenção à região axilar, esta técnica promove o retorno venoso, sempre que possível colocar o membro superior acima da cabeça, na incapacidade por parte do utente de realizar este movimento colocar o membro o mais para cima que seja possível de acordo com a capacidades do utente, este movimento para além de auxiliar na lavagem e secagem da região axilar, promove ainda a ROM (amplitudedo Relatório Reflexivo de Estágio 18 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 movimento) normal da articulação (Paulino, 2019; Patrícia A. Potter, Perry, & Elkin, 2005; Veiga et al., 2011). Ao utilizarmos sabonete/gel de banho com pH alcalino faz com que seja dificultada a proliferação bacteriana na pele, no entanto há a necessidade de realizarmos uma boa secagem das pregas cutâneas e da região infra mamária, visto que estas são zonas que muitas vezes são esquecidas ou são mal secadas, e são zonas mais propensas a humidade e consequentemente mais propensas a complicações causadas pela humidade (Paulino, 2019). Devemos ainda sempre que possível aprontar a bacia sobre a cama para que o idoso possa imergir as mãos, pois para além de amaciar as cutículas e calosidades das mãos, remove também a sujidade das unhas e aumenta a sensação de limpeza, ao secar as mãos devemos fazê-lo meticulosamente de modo a reduzir a humidade nos espaços interdigitais. Este procedimento foi realizado de acordo com os conhecimentos adquiridos em sala de aula e conforme preconizado pelo autor (Patricia A. Potter & Perry, 2018). Na minha opinião este é um dos procedimentos mais importantes visto que de manhã aquando da minha chegada junto do idoso deparo-me com o utente com as mãos conspurcadas com fezes devido a este colocar as mãos dentro da fralda (Paulino, 2019). Os cuidados perineais constituem não só uma parte do banho no chuveiro, como também uma parte do banho completo no leito, este procedimento deve ser sempre executado pelo utente, após avaliação cognitiva e músculo-esquelética que aprove as capacidades do utente para a realização do procedimento, sendo que é sempre necessário instruir o utente para o procedimento que se vai executar. A higiene perineal deve-se realizar sempre da “frente para trás”, pois deste modo prevenimos a transmissão de microrganismos do ânus para a uretra ou genitais, diminuindo assim a probabilidade de desenvolvimento de infeções do trato urinário (Patricia A. Potter & Perry, 2018). “A saúde oral é considerada como uma parte integrante da saúde geral. As doenças da boca e dos dentes têm consequências negativas na qualidade de vida das pessoas.” (DGS, 2008). Esta é uma das questões que mais me preocupa, pois é fundamental promover a higiene oral em qualquer faixa etária e ainda mais no que diz respeito aos idosos, enquanto futura profissional de saúde é minha função encorajar os idosos a realizar a higiene oral ou auxiliá-los na realização Relatório Reflexivo de Estágio 19 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 do procedimento referido. É prioritário que os idosos mantenham uma boa saúde oral para que consigam manter a sua dentição natural durante o maior tempo possível, pois a ausência total ou parcial da dentição acarreta consequências tanto ao nível da saúde física como da saúde emocional. Esta prática ajuda ainda na deteção precoce de patologias orais comuns como, cáries dentárias, halitose, estomatite, peridontite, queilose e gengivite (Paulino, 2019). Este foi um procedimento no qual fui “batalhando” e que realizei sempre que me foi possível, visto não ser uma prática frequente no Lar de São Francisco. Durante os cuidados de higiene o EPI utilizado foi sempre e apenas o uso de luvas descartáveis, exceto no caso de um utente com MRSA em que o EPI é constituído por luvas descartáveis, avental descartável e bata descartável. Sendo que ao colocar e remover o EPI foi sempre tido em atenção o procedimento preconizado pela DGS. No caso deste doente com MRSA, os cuidados de higiene prestados são os mesmos que são prestados aos outros utentes, com a única diferença de que os materiais do utente são guardados junto do mesmo evitando ao máximo o contacto com bens dos outros utentes, visto que é impossível na instituição este utente estar em isolamento, o mesmo encontra-se numa enfermaria de três camas. Inicialmente a prestação de cuidados de higiene deixava-me desconfortável uma vez que não conhecia bem os utentes e sentia-me como se estivesse a invadir a privacidade e intimidade dos mesmos, com o decorrer do tempo fui-me apercebendo que para a grande maioria dos utentes a prestação deste tipo de cuidados era uma das melhores partes dos seus dias, porque lhes permitia ter ali o cuidador só para eles. Pessoalmente com o decorrer do estágio fui criando empatia e uma relação de confiança com os utentes, cada um à sua maneira pois cada utente é uma pessoa e tem gostos completamente diferentes do outro, esta criação de confiança e empatia permitiu-me ganhar mais confiança no momento da prestação dos cuidados de higiene o que me deixou muito mais tranquila. É relevante refletir sobre um outro aspeto, a higienização das mãos, que é uma das normas da DGS de extrema importância. Relatório Reflexivo de Estágio 20 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 Segundo a DGS, são 5 os momentos em que é imprescindível a higienização das mãos para redução do risco e controle de infeções na prestação de cuidados ao utente, são estes antes do contacto com o doente, antes de procedimentos limpos ou assépticos, após risco de exposição a fluídos orgânicos, após contacto com o doente e após contacto com o ambiente envolvente do doente (DGS, 2010). No que diz respeito à higienização das mãos tento sempre ter em atenção os 5 momentos recomendados pela DGS, sendo que após a higienização das mãos com água e sabão recorro sempre que possível a uma higienização com SABA. Devido a diversas razões, no LSF existem utentes que utilizam sonda vesical, o uso e manutenção da mesma requer cuidados especiais, pois são consideradas “portas de entrada” para microrganismos com possível potencial patogénico, podendo causar infeções do trato urinário (Paulino, 2019). A manutenção do cateter vesical exige diversos cuidados que executei sempre sob supervisão e conforme preconizado pela DGS, por exemplo, esvaziamento do saco coletor sempre que este apresente uma quantidade de dois terços ou mais da sua quantidade (registando sempre a data, a hora e a quantidade de urina excretada), é importante referir que o facto de o utente ter cateter vesical não invalida a necessidade diária de realizar a higiene do meato uretral, nas mulheres a fixação do cateter deve ser efetuada na face interna da coxa e no caso dos homens a fixação deve ser efetuada na região superior da coxa ou infra-abdominal, não esquecendo a necessidade de colocar sempre o saco coletor abaixo do nível da bexiga. No caso do saco possuir torneira o esvaziamento deve ser efetuado através da mesma, sem que a torneira toque em qualquer superfície, após o esvaziamento, a torneira deve ser limpa com um toalhete de base alcoólica a 70◦, evitando a mobilização do cateter (puxar ou introduzir) de modo a evitar possíveis traumatismos (DGS, 2015a; Veiga et al., 2011). Os sacos coletores de urina utilizados no LSF são sacos com torneira, a quando do seu esvaziamento apercebia-me muitas vezes que não era feita a desinfeção da torneira dos sacos, o que poderia colocar em causa a saúde dos idosos, pois é muito frequente ocorrerem infeções urinárias devido a uma má manutenção do saco referido. Relatório Reflexivo de Estágio 21 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 O processo de envelhecimento acarreta diversos problemas, entre eles problemas ao nível do sistema músculo-esquelético que comprometem a mobilidade. Esta tem uma grande importância no que diz respeito à prevenção de complicações músculo-esqueléticas, circulatórias e manutenção da integridade cutânea, na impossibilidade do utente se mobilizar sozinho é necessário incentivar e/ou posicionar o utente segundo as suas necessidades, estes posicionamentos devem ser efetuados utilizando movimentos firmes e seguros, garantindo sempre o alinhamento corporal e solicitando a ajuda do utentede modo a promover também a sua autonomia. Relacionado com este diagnóstico de perda de mobilidade está ligado diretamente o risco de aparecimento de úlceras por pressão (UP). Uma das formas de deteção e prevenção precoce das UP é a examinação da pele do utente durante os cuidados de higiene, de modo a procurar pontos de pressão, principalmente nas zonas de proeminência óssea, recorrendo à utilização de dispositivos de alívio de pressão e incentivar ao autoposicionamento/posicionar. É crucial vigiar e prevenir diariamente o risco de desenvolvimento de UP uma vez que “… causam sofrimento, aumentam a prevalência de infeções, diminuem a qualidade de vida dos doentes…” (DGS, 2015b; Paulino, 2019). A perda de mobilidade está diretamente relacionada com o risco de queda, sendo que quando se prepara uma transferência é necessário tomar todas medidas de segurança e realizar uma correta avaliação do utente, como a avaliação do risco de queda recorrendo à escala de Morse e a avaliação do estado de consciência recorrendo à escala de Glasgow, deve-se ainda por uma questão de segurança manter a cama travada e baixa, e providenciar a campainha para junto do utente, mantendo sempre a vigilância (David Edvarsson & Rhonda Nay, n.d.; Paulino, 2019). Devido ao comprometimento da mobilidade é necessário recorrer à utilização de produtos de apoio para a mobilização do utente. Os produtos de apoio mais utilizados no LSF são o andarilho e a cadeira de rodas (CR), para efetuar a transferência da cama para a CR o LSF tem à disposição elevadores de transferência standard elétricos e elevadores de verticalização, sendo que acabou por ser rara a situação em que tive de efetuar uma transferência sem o auxilio de um destes produtos, no entanto a quando da realização de uma transferência sem qualquer tipo de ajudas tive o cuidado de tomar as devidas precauções de modo a não colocar em risco a minha saúde e a segurança do utente. As transferências que são mais frequentes são da cama para a cadeira e da cadeira para o cadeirão. Relatório Reflexivo de Estágio 22 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 No decorrer do meu estágio auxiliei diversas vezes os idosos na marcha e nas suas transferências, esta é uma das práticas que mais gostei de executar, pois os idosos mostravam- se especialmente felizes após as transferências principalmente quando estas eram da cama para a cadeira. Uma outra prática que cabe ao técnico de gerontologia é auxiliar na alimentação dos utentes, prática que tive oportunidade de executar durante o estágio, visto que muitos dos utentes não possuem capacidade de se alimentarem sozinhos. No LSF não existem diversas dietas, existe apenas uma dieta cuja consistência pode ser alterada para consistência pastosa, sendo que esta é administrada a utentes com défice de dentição e/ou dificuldade na deglutição, esta alteração de consistência pastosa pode também ser administrada a utentes com disfagia a líquidos (Paulino, 2019). Em relação à capacidade de realização das atividades de vida diária (AVD) (alimentação, autocuidado, mobilidade, higiene pessoal, vestir, despir, calçar) esta encontra-se, na maioria dos utentes, comprometida em grau moderado a severo. O técnico de gerontologia ao prestar este tipo de cuidados ao utente deve garantir a sua privacidade e avaliar a sua capacidade e limitações para a realização dos mesmos, promovendo sempre a autonomia do utente. O técnico de gerontologia tem como função vigiar e supervisionar as refeições as refeições para garantir uma alimentação adequada. No caso de utentes que são alimentados por sonda nasogástrica, devido ao comprometimento da deglutição e risco de aspiração, a alimentação é realizada na maioria das vezes por uma das enfermeiras, sendo que na impossibilidade de ser uma enfermeira a realizar o procedimento, o mesmo é realizado por uma das funcionárias, no entanto este é um procedimento de enfermagem segundo o autor (Patricia A. Potter & Perry, 2018; Paulino,2019). Desde o início do estágio que fui colocada à vontade para fazer qualquer reparo que achasse necessário relativamente a algo que não estivesse bem na instituição. Assim sendo à medida que ia encontrando lacunas fui transmitindo à minha orientadora e à restante equipa, sendo que as minhas sugestões foram sempre muito bem aceites e as melhorias foram sendo visíveis. Relatório Reflexivo de Estágio 23 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 2.3. Atividades desenvolvidas com os utentes Durante as três semanas de estágio que realizei não cheguei a executar nenhuma das atividades que tinha planeado realizar pois como é possível observar no meu cronograma de estágio (Apêndice 5) apenas iria começar a execussão de atividades planeadas por mim no mês de abril. No entanto realizei algumas atividades com os idosos, que foram planeadas pela animadora sociocultural da instituição, como realização de fichas de estímulo cognitivo. Para o dia da mulher, ajudei a animadora a realizar uma atividade com os utentes do sexo masculino, a atividade consistiu em trabalhos manuais, um saquinho aromatizante com flores para oferecer não só às utetes do sexo feminino como a todas as funcionárias (Apêndice 6). Nalguns dos momentos mais parados da tarde joguei dominó, cartas, bingo e bowling com os idosos o que os deixa visivelmente felizes, o que é muito gratificante aperceber-me de que estão felizes com o que estão a fazer. A participação dos utentes era boa, havia sempre utentes que não queriam fazer alguma atividade por não se identificarem com a mesma e havia utentes que tinhamos de convencer e ajudar durante o jogo porque devido a dificuldades associadas ao processo de envelhecimento não queriam jogar, um exemplo desta situação eram os utentes com presbiacúsiaque não queriam jogar ao bingo por não conseguirem ouvir os números que iam saindo, uma das minhas funções enquanto futura TSG, e que executei com muito gosto, era ajudar a combater e a solucionar formas que permitissem aos utentes com qualquer tipo de dificuldade participarem nas diversas atividades realizadas, no caso do bingo e os utentes com presbiacúsia a forma de solucionar as dificuldades dos utentes era sentar-me ao lado deles para que ao mesmo nível e num tom de voz mais elevado pudesse dizer-lhes quais os números que iam saindo. 2.4. Atividades planeadas por mim Planeei algumas atividades para realizar com os utentes e também para os colaboradores, sendo que todas as atividades têm objetivos específicos, mas há um objetivo em comum de todas as atividade planeadas para os utentes que é a promoção do bem-estar e qualidade de vida através da tentativa de combater as consequências do envelhecimento normal, proporcinando assim um envelhecimento mais ativo e saudável. Exemplos de atividades planeadas para os utentes e as suas vantagens são: Relatório Reflexivo de Estágio 24 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 • Jogo da memória (Apêndice 7) Funciona como estimulo cognitivo, pois é um jogo que envolve raciocínio e atenção e o facto de ser um jogo facilmente adaptável faz com possa ser jogado por qualquer idoso. • Treino das Atividades da Vida Diária (vestir, despir e calçar) (Apêndice 8) Funciona como um treino das AVD’s como o próprio nome indica, que em simultâneo estimula a motricidade fina que se encontra compromentida em grande parte dos utentes. • O contador de costumes e tradições Tem como objetivo a partilha de histórias, costumes e tradições da vida dos idosos, obrigando- os a recorrer à sua memória. • Vamos dançar! Esta seria uma atividade em que seria convidada uma professora de zumba para dar uma aula de dança adaptada aos idosos. • Jogo dos sentidos (Apêndice 9) Este trata-se de um jogo,como o nome indica, em que o idoso estimulará os seus sentidos de olfato e tato. • Jogo das massas (Apêndice 10) É umaatividade de estimulação sensorial, especificamento o tato, e motricidade fina. • Vamos à pesca! (Apêndice 11) Estimula a movimentação e força das mãos e dedos. • Atividade de culinária – biscoitos (Apêndice 12) Permite aos idosos dar asas a sua imaginação através da criação de variadas formas de biscoitos. • Jogo das emoções Seria convidado um fotógrafo que iria fotografar os idosos, quando os mesmos falassem das suas histórias de vida, da sua juventude, captando as suas emoções através de imagens que seriam expostas na instituição. Relatório Reflexivo de Estágio 25 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 • O puzzle (Apêndice 13) Trata-se de uma atividade de raciocinio em que é dado um puzzle a cada utente que o terá de montar acabando por descobrir que a imagem no puzzle é o seu retrato/fotografia. • Bingo Musical (Apêndice 14) Estimula a audição dos utentes e é um jogo que poderá ser adaptado de forma a que até mesmo os utentes com presbiacúsia possam jogar. • Qual a cor (Apêndice 15) Estimula a motricidade fina e a cognição. • Olhó Balão! (Apêndice 16) Estimula o movimento dos membros superiores e a amplitude do seu movimento. • Sopa de letras (Apêndice 17) Estimulo cognitivo, atenção e raciocínio. • Conta-me uma história (Apêndice 18) Esta trata-se de uma atividade que permitiria o contacto intergeracional com crianças que iriam contar uma história aos idosos. • Rancho Foclórico do Penedo O Rancho Foclórico do Penedo atuaria para os utentes do Lar de São Francisco. Estas atividades seriam avaliadas pelos próprios utentes usando um método de cores que consiste na distribuição a cada utente de três circulos de cores diferentes sendo que cada cor corresponde a um tipo diferente de opinião, um verde (gostei), um amarelo (não gostei nem desgostei) e um vermelho (não gostei), e que cada utente colocaria o circulo referente à sua opinião dentro de uma caixa opaca (Apêndice 19). 3. REALIZAÇÃO DO EPORTEFÓLIO O ePortefólio foi o método adotado como complemento à avaliação do estágio curricular. O tema do ePortefólio que realizei é a análise de um caso clínico que aborda morbolidades como Relatório Reflexivo de Estágio 26 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 a doença de Alzheimer, Acidente Vascular Cerebral Isquémico e Úlceras de Pressão. Uma vez que abordo as morbolidades referidas tornou-se essencial referir o comprometimento das Atividades Básicas da Vida Diária e métodos de combater as dificuldades que surgiram. Ao longo da elaboração do relatório pude aplicar conhecimenos adquiridos em várias Unidades Curriculares lecionadas no âmbito do cTeSP de Gerontologia, sendo que não há qualquer trabalho que consiga substituir a prática e considero que sendo este um curso prático era essencial a realização da prática. Considero que os novos métodos de avaliação, adotados devido à situação pandémica causada pelo novo Coronavírus, COVID-19, irão prejudicar muito as notas pois não coincidirão com as qualidades e competências que uma pessoa tem para cuidar de uma pessoa, saber a teoria é muito importante, mas saber colocar os conhecimentos teóricos em prática é ainda mais importante, um profissional de saúde pode saber toda teoria mas se não souber colocar o conhecimento em prática, então todo o conhecimento e toda a teoria é nada mais nada menos que um desperdicio, apenas contribui para um número, para uma nota. Relatório Reflexivo de Estágio 27 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 CONCLUSÃO Após a redação deste relatório, onde apresentei todo o meu percurso ao longo das três semanas de estágio que realizei, é importante refletir e analisar criticamente os principais aspetos e realizar algumas considerações sobre todo o processo de aprendizagem e colocação em prática dos conhecimentos adquiridos teoricamente que decorreu e as suas consequências, e as implicações que terão futuramente no meu desempenho profissional. A boa integração na equipa multidisciplinar e a disponibilidade de toda a equipa do Lar de São Francisco, destacam-se positivamente em termos criticos. O acompanhamento efetuado pela orientadora foi excelente, estando sempre disponivel para esclarecer as minhas dúvidas e para ouvir as minhas sugestões de melhorias. Considero que atingi todos os objetivos definidos inicialmente, no entanto considero que poderiam ter sido mais consolidados se não fosse o curto período estágio que teve de ser cancelado devido à pandemia causada pelo novo Coronavírus COVID-19. Na minha opinião, consegui colocar em prática e consolidar todos os conhecimentos adquiridos ao longo destes dois anos de frequência no Curso Técnico Superior Profissional de Gerontologia, pois sei que consegui transpor obstáculos. Na qualidade de futura Técnica de Gerontologia, mostrei ser uma profissional capaz de dar resposta aos problemas do utente, recorrendo ao conhecimento técnico cientifico e relacional adquirido. Enquanto futura Técnica de Gerontologia, posso concluir que este estágio contribuiu não só para o meu enriquecimento pessoal, mas principalmente para o meu enriquecimento profissional, pois permitiu-me percecionar que cuidar é muito mais que realizar uma higiene, ajeitar uma almofada ou dar de comer. Cuidar do outro, vai muito mais além, exige dedicação, carinho, amor e acima de tudo gosto por cuidar do outro. O saber colocar-se no lugar do outro é de extrema importância não só para avaliar como se sente o utente, como para entender as suas emoções de modo a desenvolver uma boa relação e estratégias de comunicação. Relatório Reflexivo de Estágio 28 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 Em suma, os momentos mais gratificantes pelos quais passei foram um simples “obrigado”, um beijo no rosto ou um sorriso, são estes gestos que me permitem percecionar que estou exercer corretamente o meu papel enquanto Técnica de Gerontologia. Para cuidar é necessário muito mais do que ser um profissional, é necessário colocar amor em tudo o que se faz. Relatório Reflexivo de Estágio 29 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS David Edvarsson, & Rhonda Nay. (n.d.). Acute care and older people: challenges and ways forward. AUSTRALIAN JOURNAL OF ADVANCED NURSING, 27(2), 63–69. DGS. (2008). Saúde Oral das Pessoas Idosas. Retrieved from https://www.dgs.pt/documentos-e- publicacoes/saude-oral-das-pessoas-idosas-pdf.aspx DGS. (2010). Orientação de Boa Prática para a Higiene das Mãos nas Unidades de Saúde . DGS. (2015a). “Feixe de Intervenções” de Prevenção de Infeção Urinária Associada a Cateter Vesical. Norma no019/2015 (atualizado a 30/05/2017). DGS. (2015b). Úlceras de Pressão. Retrieved May 7, 2020, from https://www.dgs.pt/qualidade-e- seguranca/seguranca-dos-doentes/ulceras-de-pressao.aspx Nunes, L., Amaral, M., & Gonçalves, R. (2005). Código Deontológico do Enfermeiro: dos comentários à análise de casos. (O. dos Enfermeiros, Ed.). Paulino, B. F. A. (2019). Relatório de Estágio Curso Técnico Superior Profissional de Gerontologia. Retrieved May 28, 2020, from https://www.passeidireto.com/arquivo/78517255/relatorio-de-estagio-curso-tecnico-superior- profissional-de-gerontologia Potter, Patricia A., & Perry, A. G. (2018). Fundamentso de Enfermagem. (ELSEVIER, Ed.) (9a). Potter, Patrícia A., Perry, & Elkin. (2005). Intervenções de Enfermagem e Procedimentos Clínicos. (Lusodidacta, Ed.). Veiga, B., Henriques, E., Barata, F., Santos, F., Santos, I., Martins, M., … Silva, P. (2011). Manual de Normas de Enfermagem, Procedimentos Técnicos (2nd ed.). Relatório Reflexivo de Estágio 30 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 APÊNDICES Relatório Reflexivo de Estágio 31 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 APÊNDICE 1 – TRATAMENTODE DADOS NO EXCEL Tabela 1 - Tratamento de dados no Excel Relatório Reflexivo de Estágio 32 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 APÊNDICE 2 – TABELA QUE RELACIONA IDADES COM GÉNERO Tabela 2 - Relacionamento entre Idade e Género Relatório Reflexivo de Estágio 33 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 APÊNDICE 3 – GÉNERO Gráfico 1 - Género Relatório Reflexivo de Estágio 34 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 APÊNDICE 4 – TABELA QUE RELACIONA IDADES COM GRAUS DE DEPENDÊNCIA Tabela 3 - Relacionamento de Idades com Graus de Dependência Relatório Reflexivo de Estágio 35 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 APÊNDICE 5 – CRONOGRAMA DE ESTÁGIO Tabela 4 - Cronograma de Estágio Relatório Reflexivo de Estágio 36 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 APÊNDICE 6 – ATIVIDADE DIA DA MULHER Figura 1 - Atividade Realizada pelos utentes alusiva ao Dia Internacional da Mulher Relatório Reflexivo de Estágio 37 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 APÊNDICE 7 – FICHA TÉCNICA DO “JOGO DA MEMÓRIA” Vantagens: - Estimulo cognitivo; - Estimula o raciocínio; - Estimula a atenção e concentração. A quem se destina: - Destina-se a todos os idosos. Material: - Conjuntos de 12 cartões com 6 pares de imagens iguais. Como realizar: É distribuído um conjunto de cartões a cada utente, os cartões devem ser baralhados e dispostos sobre uma mesa com as imagens voltadas para baixo. O objetivo é que o idoso vire as cartas para cima duas a duas até que haja correspondência das imagens. Imagem do Jogo: Figura 2 - Jogo da Memória Relatório Reflexivo de Estágio 38 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 APÊNDICE 8 – FICHA TÉCNICA DO “JOGO TREINO DAS AVD” Vantagens: - Treino das AVD; - Estimulação da motricidade fina; - Promoção da autonomia. A quem se destina: - Destina-se a todos os idosos. Material: - Livros de treino de AVD composto por 7 páginas com fechos, molas, botões, gravatas, laços, atilhos de sapatos, fivela de metal, fivela de plástico, colchetes e velcro. Como realizar: Distribuir um livro por utente em que é pedido que folheiem o mesmo e que manobrem os seus constituintes como se estivessem a vestir/despir e a calçar/descalçar. Imagem do Jogo: Figura 3 - Treino das Atividades Básicas da Vida Diária https://www.google.com/search?q=livro+de+treino+das+avd&rlz=1C1GCEA_enPT789PT789&sxsrf=ALeKk01rLAgYVnfyB_TQj3963-qPnaUrog:1590660482910&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwiC1aqIqNbpAhUhzIUKHRDbDKYQ_AUoAXoECAsQAw&biw=1280&bih=578#imgrc=ILmbh-qOTqEeEM Relatório Reflexivo de Estágio 39 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 APÊNDICE 9 – FICHA TÉCNICA DO “JOGO DOS SENTIDOS” Vantagens: - Estimula os sentidos e em simultâneo contribui mara melhorar as capacidades cognitivas pois os utentes precisam de adivinhar o que é cada produto. A quem se destina: - A todos os idosos Material: - Vários tipos de produtos, como canela, açúcar, farinha, gengibre, sal, azeite, vinagre, etc. Como realizar: É passado cada produto pelos utentes, em que estes devm cheirar e mexer nos produtos e têm que adivinhar o que é. Relatório Reflexivo de Estágio 40 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 APÊNDICE 10 – FICHA TÉCNICA DO “JOGO DAS MASSAS” Vantagens: - Estimulo sensorial (tato); - Treino da motricidade fina. A quem se destina: - Destina-se a todos os idosos. Material: - Vendas para os olhos; - 4 tipos de massa e 5 massas de cada tipo (é necessário um conjunto para cada utente). Como realizar: Os idosos de olhos vendados devem mexer nas massas e separá-las por tipos, sendo que estas foram previamente misturas e colocadas sobre a mesa, os idosos devem apenas recorrer ao tato para a realização desta atividade. Relatório Reflexivo de Estágio 41 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 APÊNDICE 11 – FICHA TÉCNICA DO JOGO “VAMOS À PESCA” Vantagens: - Estimula o movimento e força das mãos e motricidade fina; A quem se destina: - Destina-se a todos os idosos. Material: - Exemplares do esquema descrito a seguir, um pau do tamanho de uma caneta normal com um fio (pode ser lã) com cerca de 5 metros atado a meio do pau e a outra ponta do fio atada ao bocal de uma garrafa de plástico de 0,5 dl meia de areia. Como realizar: Distribuir a cada utente um exemplar do conjunto (pau, fio e cordel) e pedir que puxe a garrafa até si sem tocar no fio e utilizando apenas as mãos. Imagem do Jogo: Figura 4 - Jogo "Vamos à Pesca!" Relatório Reflexivo de Estágio 42 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 APÊNDICE 12 – FICHA TÉCNICA DA ATIVIDADE DE CULINÁRIA - BISCOITOS Vantagens: - Estimula a criatividade; A quem se destina: - Destina-se a todos os idosos. Material: - Receita de biscoitos de Limão “- 2 Kg de farinha - 600 g de açúcar - 750 g de farinha - 6 ovos - raspa de 2 limões - sumo de 1 limão Juntar a manteiga derretida com o açúcar e mexer bem, juntar os ovos e voltar a mexer bem. Depois aos poucos vai-se adicionando a farinha envolvendo bem e juntando a raspa de limão, após estar tudo bem envolvido adiciona-se ao preparado o sumo de limão e mistura-se até se obter uma massa consistente. Dar forma à massa e pré-aquecer o forno a 180◦C. Polvilhar o tabuleiro de ir ao forno com farinha, colocando a massa já com forma no tabuleiro e levar ao forno durante cerca de 20 minutos.” Como realizar: - O cuidador deve auxiliar e guiar o utente nas medições dos ingredientes, na mistura dos mesmos e no manuseamento da massa. Seguindo sempre a receita. Imagem do Jogo: Figura 5 - Biscoitos de Limão https://www.google.com/search?q=Biscoitos+de+lim%C3%A3o&rlz=1C1GCEA_enPT789PT789&sxsrf=ALeKk03SKJQikGuO4M-JNli1IckzKTSb-A:1590766953614&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=2ahUKEwj72sLZtNnpAhVq5OAKHWLMBd0Q_AUoAXoECA8QAw&biw=1280&bih=578#imgrc=EG_9f9W0SmJzxM Relatório Reflexivo de Estágio 43 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 APÊNDICE 13 – FICHA TÉCNICA DO JOGO “O PUZZLE” Vantagens: - Estimulação da capacidade de raciocinio; - Estimulação da capacidade de atenção; - Estimulação da motricidade fina; - Autoreconhecimento. A quem se destina: - A todos os idosos que não sejam invisuais. Material: - Um puzzle por utente em que a imagem do puzzle corresponde ao retrato do próprio utente. Como realizar: Distribuir o puzzle de cada utente ao próprio e pedir que o monte. Imagem do Jogo: Figura 6 - Puzzle Relatório Reflexivo de Estágio 44 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 APÊNDICE 14 – FICHA TÉCNICA DO JOGO “BINGO MUSICAL” Vantagens: -Treina a capacidade de atenção; - Estimula o raciciocinio; - Estimulação cognitiva. A quem se destina: - A todos os idosos. Material: - Um cartão, com nove imagens de objetos ou animais que façam barulho, por utente; - Nove tampas de garrafa. Como realizar: - O guia da atividade distribui os materiais pelos utentes e passa uma playlist com os sons dos cartões, há medida que o utente ouve o som este deve colocar uma tampa sobre a imagem no cartão. O objetivo é preencher o cartão o mais rápido que conseguir e gritar “BINGO”. Imagem do Jogo: Figura 7 - Bingo Musical Relatório Reflexivo de Estágio 45 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 APÊNDICE 15 – FICHA TÉCNICA DO JOGO “QUAL É A COR?” Vantagens: - Estimula o Raciocinio; - Treina a motricidade fina. A quem se destina: - A todos os idosos. Material: - Quatro garrafas com rótulos de cores diferentes (azul, vermelho, amarelo e verde);- 5 bolas da cor de cada rótulo da garrafa (as bolas têm de caber no bocal da garrafa). Como realizar: São dadas as bolas todas misturadas ao utente e este deve separá-las pelas garrafas com as respetivas cores. Relatório Reflexivo de Estágio 46 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 APÊNDICE 16 – FICHA TÉCNICA DO JOGO “OLHÓ BALÃO!” Vantagens: - Estimula o movimento; - Estimula a atenção. A quem se destina: - A todos os idosos sem comprometimento da mobilidade dos membros superiores; Material: - Um balão. Como realizar: Colocam-se todos os idosos em roda, sentados ou em pé, consoante a capacidade de cada utente, e dá-se o balão a um utente que começará o jogo, o balão não deve ser passado para o utente que se encontre logo ao lado. Imagem do Jogo: Figura 8 - Jogo "Olhó Balão!" https://www.google.com/search?q=jogos+de+bal%C3%B5es+com+idosos&tbm=isch&ved=2ahUKEwjmh-SktNbpAhVG0YUKHVQaCuMQ2-cCegQIABAA&oq=jogos+de+bal%C3%B5es+com+idosos&gs_lcp=CgNpbWcQAzoECCMQJzoCCAA6BAgAEEM6BggAEAgQHjoECAAQGFDiNFiDeGDEemgEcAB4AIABmAKIAawtkgEHMC4xOC4xMpgBAKABAaoBC2d3cy13aXotaW1n&sclient=img&ei=U5rPXqaSMMailwTUtKiYDg&bih=578&biw=1280&rlz=1C1GCEA_enPT789PT789#imgrc=Qay5tYx4Fy1iTM Relatório Reflexivo de Estágio 47 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 APÊNDICE 17 – FICHA TÉCNICA DO JOGO “SOPA DE LETRAS” Vantagens: - Estimula a capacidade de raciocinio; - Estimula a atenção; - Estimula a cognição. A quem se destina: - Destina-se a todos os idosos alfabetizados. Material: - Uma caneta e uma sopa de letras por utente. Como realizar: Instrui-se os utentes para procurar as palavras na sopa de letras. Imagem do Jogo: Figura 9 - Sopa de Letras Relatório Reflexivo de Estágio 48 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 APÊNDICE 18 – FICHA TÉCNICA DO JOGO “CONTA-ME UMA HISTÓRIA” Vantagens: - Permite o contacto intergeracional; - Permite a partilha de conhecimentos e vivencias. A quem se destina: - A todos os idosos. Material: (Não é necessário material) Como realizar: As crianças e os idosos devem conversar sobre histórias/acontecimentos vivenciados. Relatório Reflexivo de Estágio 49 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 APÊNDICE 19 – METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES Figura 10 - Método de Avaliação das Atividades Utilizado Relatório Reflexivo de Estágio 50 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 ANEXOS Relatório Reflexivo de Estágio 51 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 ANEXO 1 – REGULAMENTO INTERNO DE FUNCIONAMENTO DA ESTRUTURA RESIDENCIAL PARA IDOSOS Capítulo I – Disposições gerais Artigo 1.º Natureza e Fins A Fraternidade da Ordem Franciscana Secular de Leiria – Lar de São Francisco, Pessoa Coletiva Religiosa, ereta canonicamente, reconhecida como Instituição Particular de Solidariedade Social com sede na Rua Carolina Ferreira Ribeiro nº1, 2410-095 Leiria, possui acordo de cooperação celebrado com o Centro Distrital de Leiria, para a resposta social Estrutura Residencial para Idosos, com última revisão em 15/03/1999. Esta instituição está registada pela inscrição nº4/16, a fls. 123 1 123 Verso, do Livro das Fundações de Solidariedade Social. Artigo 2.º Legislação Aplicável A Estrutura Residencial para Pessoas Idosas, doravante designada por “ERPI” é uma resposta social que consiste no alojamento coletivo, de utilização temporária ou permanente, onde são desenvolvidas atividades de apoio social e prestados cuidados de enfermagem, e que se rege pelo estipulado nos seguintes diplomas. 1. Decreto-lei 172-A/2014 de 14 de novembro – Aprova o Estatuto das IPSS; 2. Portaria n.º 196-A/2015 de 1 de julho – Modelo de Cooperação entre o Instituto de Segurança Social e as IPSS; 3. Portaria 67/2012 de 21 de março – Define as condições de organização, funcionamento e instalação das ERPI; 4. Decreto-lei n.º 33/2014 de 4 de março – Define o regime jurídico de funcionamento e fiscalização dos estabelecimentos de apoio social geridos por entidades privadas, estabelecendo o respetivo regime contraordenacional; 5. Decreto-lei n.º 156/2015 de 15 de setembro – Livro de Reclamações; Relatório Reflexivo de Estágio 52 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 6. Lei nº144/2015 de 8 de setembro – Resolução alternativa de litígios de consumo; 7. Protocolo de Cooperação em vigor; 8. Circulares de Orientação Técnica acordadas em sede de CNAAPAC; 9. Contrato coletivo de Trabalho para as IPSS. Rege-se também pelo estipulado nos Estatutos da Ordem Franciscana Secular e outros documentos internos e externos e aplicáveis. Artigo 3.º Objetivos do Regulamento O presente regulamento é aplicável a todas as pessoas envolvidas nesta resposta social (clientes, colaboradores, voluntários e visitantes), de modo a: 1. Promover o respeito pelos direitos dos clientes e demais interessados; 2. Assegurar a divulgação e o cumprimento das regras de funcionamento deste estabelecimento; 3. Favorecer a participação ativa dos clientes e seus representantes ao nível da organização da resposta social. Artigo 4.º Objetivos da Estrutura Residencial 1. Proporcionar serviços adequados às necessidades biopsicossociais do idoso, contribuindo para a estabilização ou retardamento do processo de envelhecimento; 2. Oferecer aos idosos um espaço de vida socialmente organizado e adaptado às suas idades e limitações; 3. Assegurar um atendimento individual e personalizado em função das necessidades específicas de cada pessoa idosa; 4. Respeitar a independência, individualidade e privacidade dos clientes, numa lógica de exercício efetivo do direito de cidadania; 5. Contribuir para a estimulação de um processo de envelhecimento ativo, promovendo estratégias de manutenção médicas de cada cliente; 6. Evitar o isolamento social facilitando contactos com a comunidade; Relatório Reflexivo de Estágio 53 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 7. Assegurar um atendimento individual e personalizado em função das necessidades específicas de cada cliente; 8. Promover a continuidade das relações familiares e/ou vizinhança, incentivando o envolvimento e competências da família; 9. Promover a interação com ambientes estimulantes, estimulando as capacidades, a quebra da rotina e a manutenção do gosto pela vida. Capítulo II – Instalações e Regras de Funcionamento Artigo 5.º Instalações 1. A ERPI está situada na Rua Carolina Ferreira Ribeiro nº1, 2410-095 Leiria e as suas instalações são compostas por: 1.1 Área de acesso com espaços destinados à receção, espera e atendimento a clientes e seus responsáveis/familiares, a colaboradores, a parceiros e fornecedores, mais espaços físicos envolventes; 1.2 Área de serviços técnicos, constituída pelo gabinete da Diretora Técnica, secretaria e serviços administrativos, gabinete do Conselho da Fraternidade e instalações sanitárias; 1.3 Áreas reservadas a residentes (quartos e casas de banho privativas); 1.4 Área de higiene com espaços destinados à realização de atividades de higiene e conforto pessoal, estética e imagem (cabeleireiro, instalações sanitárias comuns); 1.5 Área de tratamento de roupas com zonas para lavagem, secagem e tratamento (lavandaria) e arrumos (costura); 1.6 Áreas comuns (salas de convívio, salas de visitas, refeitório, bar, capela, instalações sanitárias); 1.7 Área pessoal com espaços destinados à higiene e conforto pessoal dos colaboradores (vestiário, sala de refeições, instalações sanitárias). 2. Não é permitida a entrada nas instalações de animais de estimação; 3. Não é permitido o uso ou posse de qualquer tipo de arma ou objeto que possa pôr em perigo a segurança e o bem-estar dos clientes, dentro da instituição; Relatório Reflexivo de Estágio54 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 4. Não é permitido ao cliente ter em seu poder, bebidas alcoólicas dentro da instituição; 5. Deve ser respeitado o silêncio a partir das 22h, para descanso noturno, podendo os clientes que assim o desejarem, permanecer em espaços comuns, para além deste horário, sem incomodar os restantes clientes. Artigo 6.º Horário de Funcionamento e Atendimento 1. A ERPI funciona todos os dias do ano, 24 horas por dia; 2. O dia e o horário de atendimento da ERPI estão definidos em documento próprio afixado na receção. Artigo 7.º Entrada e Saída de Clientes 1. Salvo menção expressa em contrário, os clientes podem deslocar-se ao exterior; 2. A instituição não tem horário de entrada e saída de clientes definido, sendo o mesmo gerido de acordo com os interesses dos mesmos, da família ou representante legal. Contudo, todas as saídas, mesmo por curtos períodos de tempo ou a breves distâncias, devem ser comunicadas à equipa técnica e/ou aos colaboradores de serviço, com indicação da hora provável de regresso e se tomam ou não as refeições na ERPI; 3. Em épocas festivas (Páscoa, Natal, férias, etc.), os períodos de ausência devem ser comunicados com 8 dias de antecedência, sempre que possível; 4. Durante os períodos de ausência, os clientes, família ou representante legal assumem os encargos decorrentes de incidentes ocorridos, não sendo imputável qualquer responsabilidade à Fraternidade da ordem Franciscana Secular de Leirias. Artigo 8.º Visitas 1. O horário de visitas preferencial é das 14h às 19h, diariamente. Casos excecionais poderão visitar os clientes fora do horário estabelecido, após autorização do(a) Diretor(a) Técnico(a); 2. Devem ser respeitados os períodos da higiene dos clientes assim como o horário das refeições; Relatório Reflexivo de Estágio 55 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 3. Os locais preferenciais de visita são as salas de convívio, a sala de visitas e o bar; 4. As visitas aos quartos são de acesso restrito; 5. No dia do seu aniversário, os clientes podem convidar familiares e amigos mais próximos para passar toda ou parte do dia com eles, podendo usufruir dos espaços comuns; 6. Os clientes, seus familiares e visitantes são obrigados a manter um comportamento que se paute pelas regras morais e de convivência social normalmente aceites, abstendo-se de, por qualquer forma, lesar os restantes clientes, colaboradores, outras visitas e o interesse da instituição. Capítulo III – Serviços e Cuidados Artigo 9.º Tipo de Serviços 1. A ERPI assegura a prestação dos seguintes serviços: 1.1 Alojamento; 1.2 Alimentação adequada às necessidades dos clientes respeitando as prescrições médicas; 1.3 Cuidados de higiene, imagem e conforto pessoal; 1.4 Acompanhamento médico e cuidados de enfermagem; 1.5 Apoio Social; 1.6 Atividades de animação sociocultural; 1.7 Tratamento de roupa; 1.8 Fisioterapia. 2. A ERPI disponibiliza outros serviços, nomeadamente o acompanhamento e transporte a consultas hospitalares e outras e ainda na realização de exames complementares de diagnóstico, dentro da área urbana de Leiria, e apenas quando a família ou representante legal não tenha disponibilidade para o efeito. Esse acompanhamento será assegurado por colaboradores e/ou voluntários; 3. A ERPI assegura assistência religiosa em conformidade com os princípios estatutários da instituição; Relatório Reflexivo de Estágio 56 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 4. A participação dos familiares ou representantes legais no apoio aos clientes, dependerá do compromisso dos mesmos em respeitar as regras instituídas e orientações da equipa técnica. Artigo 10.º Serviço de Alojamento 1. O serviço de alojamento providencia quartos individuais, duplos ou triplos; 2. Os quartos são atribuídos pelo(a) Diretor(a) Técnico(a) de forma a adequar a situação física e mental do cliente à vaga existente, tanto no momento da admissão como em caso de alteração da situação funcional do cliente; 3. Alterações entre quartos são praticáveis sempre que determinadas pelo(a) Diretor(a) Técnico(a); 4. Os casais podem permanecer no mesmo quarto até que a situação de dependência exija outro tipo de atendimento; 5. Todos os quartos são equipados com camas individuais; 6. É possível ocupar o quarto com móveis/bens pessoais de pequena dimensão desde que autorizados pelo(a) Diretor(a) Técnico(a); 7. Não é permitido ao cliente a utilização de quaisquer equipamentos elétricos no quarto (ferro de engomar, cobertores elétricos, escalfetas, entre outros). Artigo 11.º Serviço de Alimentação 1. O serviço de alimentação compreende as seguintes refeições: pequeno-almoço, lanche-manhã, almoço, lanche-tarde, jantar e reforço ao deitar; 2. A ementa semanal é elaborada pela Encarregada Geral, revista por um técnico de saúde da instituição e encontra-se afixada na receção; 3. As dietas especiais são respeitadas desde que prescritas por um médico; 4. O horário de serviço de refeições encontra-se afixado em local próprio. Artigo 12.º Serviço de Cuidados de Higiene, Imagem e Conforto Pessoal Relatório Reflexivo de Estágio 57 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 1. Os cuidados de higiene, imagem e conforto pessoal são realizados com uma periocidade adaptada às necessidades de cada cliente (Plano Individual de Cuidados) e registados informaticamente. 2. Os produtos utilizados neste serviço são da responsabilidade da instituição, designadamente: luvas, aventais descartáveis, shampoo, gel de banho, creme hidratante, solução antissética de base alcoólica. 3. O serviço de cabeleireiro e barbeiro é pago pelo cliente. Artigo 13.º Serviço de Cuidados de Saúde e de Enfermagem 1. Este serviço inclui as tarefas de tratamento de feridas, administração de injetáveis, avaliação de sinais vitais, receituário e administração de medicação ao cliente, consoante prescrição médica; 2. Os produtos/materiais adquiridos em nome do utente são pagos por este, designadamente: pensos tipo “AquacelAg”, pensos de carvão ativado, pensos de espuma, sondas vesicais e naso-gástricas, solução de irrigação de feridas tipo “Protosan”; 3. A preparação de medicação é da responsabilidade deste serviço, salvo se houver vontade expressa do cliente, familiar ou representante legal no sentido contrário. Neste caso, a preparação será da responsabilidade destes após assinatura de um termo de responsabilidade; 4. Não é permitido ao cliente ter medicação em seu poder. A ERPI não se responsabiliza pelos riscos decorrentes da automedicação; 5. Qualquer indicação e/ou alteração terapêutica obriga a apresentação da prescrição médica; 6. Em situação de urgência, serão tomadas as devidas diligências para o transporte do cliente para a unidade hospitalar mais próxima. O familiar ou representante legal, depois de avisado, é responsável pelo acompanhamento do cliente na unidade hospitalar; 7. É ainda, responsabilidade deste serviço a elaboração e atualização do processo clínico individual do cliente; Relatório Reflexivo de Estágio 58 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 8. Este serviço funciona durante todos os dias do ano e o seu horário encontra-se afixado em local próprio. Artigo 14.º Serviço de Apoio Social 1. Este serviço realiza as tarefas de acompanhamento social e apoio informativo (informação, aconselhamento, encaminhamento e preenchimento de formulários) e é responsável pela elaboração e atualização do processo individual do cliente; 2. O horário de funcionamento e atendimento deste serviço encontra-se afixado em local próprio. Artigo 15.º Serviço de Atividades de Animação Sociocultural 1. A ERPI, mediante orientação de pessoal técnico qualificado, providenciará para que os clientes possam beneficiar de atividades ocupacionais ede desenvolvimento pessoal, cultural e social, lúdico-recreativas, de motricidade e estimulação cognitiva, quotidianas e de intercâmbio com outras instituições e com a comunidade; 2. O plano de atividades socioculturais é elaborado anualmente, pelo(a) Animador(a) Sociocultural com supervisão do(a) Diretor(a) Técnico(a) e pretende responder às necessidades e interesses demonstrados pelos clientes, no que concerne à ocupação de tempos livres, ao aperfeiçoamento de competências pessoais, à manutenção e/ou promoção da qualidade de vida e interação com a comunidade; 3. Mensalmente é elaborado o plano de atividades que especifica as ações a desenvolver no respetivo mês, de acordo com os recursos da instituição e das propostas da comunidade; 4. Durante a realização de atividades de animação, os clientes serão acompanhados por colaboradores e voluntário da ERPI. A instituição reserva-se o direito de limitar e selecionar o número de participantes, sempre quere, por razões de transporte, acessibilidade ou outra, não seja possível atender a todos os interessados; Relatório Reflexivo de Estágio 59 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 5. As atividades/passeios e/ou deslocações ao exterior, dependendo do custo, poderão ser comparticipadas pelos clientes participantes (exemplos: entradas em museus, bilhetes de cinema/teatro); 6. Os familiares ou representantes legais podem participar na execução e avaliação das atividades realizadas; 7. O horário de funcionamento e atendimento deste serviço encontra-se afixado em local próprio. Artigo 16.º Serviço de Tratamento de Roupa 1. O âmbito de atuação deste serviço é a lavagem, secagem, engomagem e pequenos arranjos de costura (bainhas, elásticos ou fechos, botões, ajuste de costura); 2. A limpeza e o tratamento de roupa além do que é concebido por este serviço são executados em casas de especialidade por conta e escolha do cliente; 3. Todas as peças de roupa individuais são obrigatoriamente marcadas com o número do processo do cliente, que lhe é atribuído aquando da admissão; 4. A marcação da roupa é responsabilidade do cliente, família ou responsável legal, e apenas será efetuado pela instituição em caso de total impossibilidade do mesmo; 5. O horário de funcionamento deste serviço encontra-se afixado em local próprio. Artigo 17.º Serviço de Fisioterapia Este serviço compreende: 1. Ginástica de grupo, designada por “Classes de Mobilidade”; 2. Fisioterapia individualizada, consoante a situação de saúde e as necessidades físicas de cada cliente é definida pelo(a) técnico(a) responsável; 3. O horário de funcionamento e atendimento deste serviço encontra-se afixado em local próprio. Artigo 18.º Ajudas Técnicas Relatório Reflexivo de Estágio 60 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 1. A ERPI dentro da sua disponibilidade e nas situações de dependência que exija o recurso a ajudas técnicas tais como: cadeira de rodas, canadianas, auxiliares de marcha, camas articuladas, facultará aos clientes a utilização gratuita daqueles equipamentos; 2. A gestão e disponibilização das referidas ajudas, são de exclusiva responsabilidade da equipa de saúde e do(a) Diretor(a) Técnico(a); 3. Aparelhos auditivos, próteses dentárias, óculos e outras ajudas técnicas de uso individual, são da inteira e exclusiva responsabilidade dos seus utilizadores (clientes), família ou responsável legal. Capítulo IV – Admissão de Cliente Artigo 19.º Condições de Admissão A admissão de clientes é da exclusiva competência e responsabilidade do Conselho da Fraternidade, com base em proposta apresentada pelo(a) Diretor(a) Técnico(a) da instituição, e está sujeita à verificação das seguintes condições: 1. Ter idade igual ou superior a 65 anos, que por razões familiares, dependência, isolamento, solidão ou insegurança, não possa permanecer na sua residência (salvo casos excecionais a considerar individualmente pelo Conselho da Fraternidade); 2. Manifestar expressamente vontade em ser admitida; 3. Residir na freguesia e/ou conselho de Leiria; 4. Não apresentar uma condição de saúde com necessidade de cuidados médicos permanente ou pessoal especializado para o qual a ERPI não tenha capacidade de resposta. Artigo 20.º Processo de Candidatura 1. Para efeitos de candidatura em ERPI, o candidato a cliente, ou o seu representante legal, deve preencher uma ficha de inscrição, que constituirá parte integrante do processo de cliente, fazendo-se acompanhar de fotocópia dos seguintes documentos: Relatório Reflexivo de Estágio 61 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 1.1 Bilhete de identidade ou Cartão de Cidadão do candidato e do representante legal, quando necessário; 1.2 Número de identificação fiscal do candidato ou do representante legal, quando necessário; 1.3 Número de Identificação da Segurança Social do candidato; 1.4 Número de utente do Sistema Nacional de Saúde ou de subsistema de saúde a que pertença; 1.5 Boletim de vacinas e relatório médico comprovativo da situação clínica do candidato; 1.6 Comprovativo de rendimentos do candidato e respetivo agregado familiar (declaração de IRS e nota de liquidação); 2. A apresentação de alguns documentos supramencionados poderá ser deferida até ao momento da admissão; 3. Em caso de admissão urgente, pode ser dispensada a apresentação do processo de inscrição e respetivos documentos probatórios, devendo ser, logo que possível, iniciado o processo de obtenção dos dados em falta; 4. Os candidatos que reúnam as condições de admissão, mas que não seja possível admitir, por inexistência de vaga, transitam para lista de espera, caso assim o pretendam. O posicionamento da referida lista vai ao encontro dos critérios de prioridade na admissão assinalados no artigo seguinte. Artigo 21.º Critérios de Prioridade na Admissão Para admissão em ERPI são considerados os seguintes critérios de prioridade: 1. Situação de comprovada carência económica; 2. Isolamento social; 3. Ausência/inexistência de suporte familiar; 4. Indisponibilidade da família para prestar os cuidados necessários ao candidato devido a: 4.1. Doença grave/idade avançada do cuidador; 4.2. Atividade profissional do cuidador incompatível com a prestação de cuidados; Relatório Reflexivo de Estágio 62 Inês Margarida do Rosário Pinheiro maio de 2020 4.3. Distância geográfica da rede familiar de suporte; 4.4. Condições habitacionais inadequadas à manutenção do candidato no domicílio; 5. Ter o cônjuge a beneficiar da resposta social ERPI; 6. A prioridade de admissão de pessoas em situação social e economicamente desfavorecida é ponderada em articulação com o princípio de sustentabilidade da resposta social; 7. Em caso de igualdade, o critério de desempate a ter em conta na admissão é ser membro da Ordem Franciscana Secular. Artigo 22.º Admissão e Acolhimento de Novos Clientes 1. A admissão de clientes é da exclusiva competência e responsabilidade do Conselho da Fraternidade, com base em proposta apresentada pelo(a) Diretor(a) Técnico(a) da instituição; 2. Da decisão tomada pelo Conselho da Fraternidade, será dado conhecimento ao candidato ou representante legal, no prazo de 8 dias; 3. Aquando da admissão de novo cliente, serão prestadas todas as informações sobre o funcionamento da ERPI, incluindo as constantes no presente Regulamento Interno; 4. Existirá um período experimental de 30 dias durante o qual é implementado um Plano de Acolhimento para o novo cliente que englobará a apresentação da equipa de colaboradores, apresentação dos restantes clientes, visita a todos os espaços da ERPI, apresentação do plano de atividades anual e mensal e informação sobre os instrumentos de participação dos clientes na vida da instituição, nomeadamente através de sugestões e reclamações; 5. Terminado o período experimental,
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