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AV2 caso concreto

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Caso AV2- Adriana Queiroz 
 
O contrato é conceituado como um vínculo jurídico entre duas ou várias pessoas, que 
valerá como lei para as partes, regrando o tema convencionado. 
Segundo a doutrina, Martins preceitua que o contrato é “o acordo de duas ou mais 
pessoas para, entre si, constituir, regular ou extinguir uma relação jurídica de natureza 
patrimonial”. 
Assim, considerando tantas classificações existentes, importa distinguir as categorias 
de contrato civil e empresarial. 
Com efeito, o contrato civil é aquele praticado por qualquer pessoa que seja capaz, 
conforme dispõe o Código Civil. Por exemplo, o contrato de casamento, de locações 
residenciais, a compra da casa própria, etc. 
Já o contrato empresarial é aquele praticado entre empresários no exercício de suas 
atividades empresariais, cujo objeto é um ato empresarial. 
Desse modo, os contratos empresariais movimentam a produção, a industrialização, 
a comercialização e a intermediação de bens e serviços no mercado. 
Como exemplos de contratos empresariais, cabe mencionar os contratos de compra 
e venda mercantil, de representação comercial, de distribuição, de franquia, factoring, 
entre outros. 
Nota-se que os contratos empresariais são sempre onerosos, pois tendo 
invariavelmente o empresário o intuito de lucro nas operações que pratica, não se 
verifica, no costume, a existência de contratos comerciais a título gratuito. 
Ao realizar a distinção e escolhermos o tema habitual ao metiê, isto é, os contratos 
empresariais, cabe disponibilizar mais informações a respeito desses ajustes 
interempresariais. 
De plano, depreende-se dos ensinamentos de Paula Forgioni que “a atenção do 
comercialista recai necessariamente sobre os contratos interempresariais, ou seja, 
aqueles celebrados entre empresas, em que somente empresas fazem parte da 
relação. 
Ao assim proceder, identificamos os contratos empresariais com aqueles em que 
ambos (ou todos) os polos da relação têm a sua atividade movida pela busca do lucro. 
É preciso reconhecer: esse fato imprime viés totalmente peculiar aos negócios 
jurídicos entre empresários.” 
Ressalta-se que muito embora seja uma categoria autônoma, os elementos basilares 
do art. 104 do Código Civil devem ser respeitados . Ou seja, o negócio jurídico em 
tela deverá ter agente capaz,objeto lícito, possível, determinado ou determinável e 
forma prescrita ou não defesa em lei. 
Além disso, cita-se como elementos caracterizadores dos contratos empresariais a 
autonomia da vontade das partes, a possibilidade de intervenção estatal e a 
determinação dos regimes jurídicos de direito privado nos contratos. 
Em que pese o esforço dos juristas em diferenciar os institutos, o Superior Tribunal 
de Justiça clareou o tema ao certificar que os contratos empresariais não devem ser 
tratados da mesma forma que contratos cíveis em geral ou contratos de consumo. 
Nestes, admite-se o dirigismo contratual. Naqueles, devem prevalecer os princípios 
da autonomia da vontade e da força obrigatória das avenças. 
Portanto, Direito Civil e Direito Empresarial, ainda que ramos do Direito Privado, 
submetem-se a regras e princípios próprios. 
O fato de o Código Civil de 2002 ter submetido os contratos cíveis e empresariais às 
mesmas regras gerais não significa que estes contratos sejam essencialmente iguais. 
Nessa esteira, cabe ainda citar o enunciado nº 21 da I Jornada de Direito Comercial, 
realizada pelo Conselho de Justiça Federal: “nos contratos empresariais, o dirigismo 
contratual deve ser mitigado, tendo em vista a simetria natural das relações 
interempresariais”. 
Em remate, pode-se afirmar que o detalhe diferenciador do contrato empresarial em 
relação ao contrato civil é a intenção de lucro bilateral e a vantagem econômica das 
empresas, que condiciona o comportamento das partes. 
Jurisprudência: 
RECURSO ORDINÁRIO. EMPRESA DE TRANSPORTE DE 
CARGAS. CONTRATOS EMPRESARIAIS. TERCEIRIZAÇÃO 
LÍCITA. O ordenamento jurídico permite às empresas 
transportadoras a contratação pessoas físicas transportadores 
autônomos de cargas - TAC (Lei n. 11.442/2007), com muito mais 
razão é permitida celebração de contrato entre sociedades 
empresárias com a mesma finalidade, sem se cogitar de terceirização 
ilícita. 
(TRT-24 00250570420155240001, Relator: AMAURY RODRIGUES 
PINTO JUNIOR, Data de Julgamento: 13/09/2017, 2ª Turma)

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