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Resenha Crítica A viúva Sobral

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Universidade Paulista UNIP
Resumo de Atividade Complementar (Leituras)
Curso: Licenciatura em Letras (Português)
Aluno: Fábio Magalhães
R.A.: 1921510 
Polo Saúde – São Paulo
1º Semestre de 2019
RESENHA CRÍTICA DO CONTO “A VIÚVA SOBRAL”
ASSIS, Machado de. A Viúva Sobral. In: Contos Completos de Machado de Assis
[S.I.:s.n.]
1. Apresentação do Autor
Joaquim Maria Machado de Assis, nascido na cidade do Rio de Janeiro em 21/06/1839, é
considerado um dos grandes escritores da Literatura Brasileira. Oriundo de família
humilde, e sem ter conseguido cursar uma universidade, Machado de Assis foi autodidata
e empreendeu muito esforço para conseguir ascender socialmente. Além de ter exercido
cargos públicos, foi escritor (foi um dos fundadores e ocupou a presidência da Academia
Brasileira de Letras), poeta, dramaturgo, contista, jornalista e historiador. Foi casado com
Carolina Augusta Xavier de Novais. Faleceu, vítima de câncer, no Rio de Janeiro, em
29/09/1908. Entre suas principais obras estão: Dom Casmurro (1899), O Alienista (1882),
Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), Quincas Borba (1891), Esaú e Jacó (1904).
2. Resumo do Conteúdo
O conto traz o relato sobre como dois amigos, Brandão e Cesário, apaixonaram-se pela
mesma mulher, D. Candinha Sobral, que recentemente ficara viúva. Num primeiro
momento ambos tiveram uma impressão muito negativa da viúva, à qual era atribuída
culpa pela morte do esposo, devido o seu gênio forte. Os amigos chegaram a notar
características físicas que evidenciavam que, de fato, D. Candinha Sobral era uma mulher
de difícil trato. Entretanto, com o passar do tempo, Brandão enamorou-se da viúva,
chegando a comunicar ao amigo Cesário que se casaria com ela, embora não tivessem
sequer iniciado um namoro. Cesário tentou persuadir o amigo a não prosseguir naquele
intento, mas após participar de alguns encontros familiares em que a viúva estava
presente, também apaixonou-se por ela. A viúva parecia dedicar a mesma atenção a
ambos, sem assumir um compromisso sério com nenhum deles, e então surgiram
desconfianças e desentendimentos entre os amigos. Enquanto os amigos disputavam a
viúva, entra em cena um outro pretendente: o, também viúvo, Dr. João Lopes (médico).
Para desespero de Brandão e Cesário, D. Candinha Sobral sequer respondia-lhes às
cartas e manifestações de afeto que lhe dispensavam. Pouco tempo depois a viúva e o
médico se casaram. Quanto aos amigos, nunca mais se falaram e passaram a nutrir um
recíproco ódio mortal.
3. Avaliação Crítica
O conto “A Viúva Sobral” foi publicado originalmente no ano de 1884, num período em
ocorriam transformações no contexto político e social do Brasil. Os movimentos
abolicionista e republicano ganhavam força, ao passo que a continuidade do império era
colocada em cheque, pois o Imperador D. Pedro II não tinha filhos homens, e o Brasil
corria o risco de ser governado por um estrangeiro, o Conde Eu (francês, esposo da
Princesa Isabel). Conjecturo que parte da incerteza reinante no contexto vigente à epoca
em que o conto foi escrito é retratada na atitude da viúva, pois esta buscava encontrar o
melhor partido, o que pode ser traduzido como busca de algo que lhe desse segurança,
certeza.
Um aspecto interessante do conto é a forma genial com a qual Machado de Assis retrata
a dinamicidade, imprevisibilidade e incoerência presentes nas relações de amor/amizade,
sentimentos que, muitas vezes, são vencidos pelos interesses individualistas.
4. Conclusão
A leitura do conto “A Viúva Sobral” tem relação direta com o curso de Letras, uma vez que
a obra foi escrita por um dos maiores nomes da nossa literatura, e o professor de língua
portuguesa deve, obrigatoriamente, conhecer a obra de Machado de Assis, a qual deverá
ser abordada em sala de aula, uma vez que é constantemente exigida nos processos
seletivos das grandes universidades. Além disso, a leitura do conto possibilitou o contato
com o tipo de texto que serve de base para a norma culta da língua portuguesa, a qual
também temos que ter domínio, uma vez que teremos que utiliza-la pessoal e
profissionalmente.

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