Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Manual COC Pró-ENEM Linguagens, Códigos e suas Tecnologias Matemática e suas Tecnologias Ciências da Natureza e suas Tecnologias Ciências Humanas e suas Tecnologias Volume 1 Rua General Celso de Mello Rezende, 301 – Tel.: (16) 3238·6300 CEP 14095-270 – Lagoinha – Ribeirão Preto-SP www.sistemacoc.com.br Sumário: Pró-ENEM 3 EM 1D-12-1E Introdução.............................................................................................................................................................. 5 1. O vestibulando do século XXI .......................................................................................................................... 5 2. Competências e habilidades para o século XXI ................................................................................................... 6 3. Será que você tem as tais habilidades? ............................................................................................................. 6 4. Contextualizar e integrar o seu conhecimento é fundamental .............................................................................. 7 5. TRI: Novo cálculo da nota ............................................................................................................................... 8 6. Redação: “Escrever é preciso...” ....................................................................................................................... 8 7. Resolução comentada ....................................................................................................................................10 Linguagens, Códigos e suas Tecnologias ..................................................................................................................11 1. Eixos cognitivos ............................................................................................................................................13 2. Matriz de referência ......................................................................................................................................13 3. Competências e habilidades ............................................................................................................................15 4. Objetos de conhecimento ...............................................................................................................................76 5. Respostas .....................................................................................................................................................76 Matemática e suas Tecnologias .............................................................................................................................. 79 1. Eixos cognitivos ............................................................................................................................................81 2. Matriz de referência ......................................................................................................................................81 3. Competências e habilidades ............................................................................................................................83 4. Objetos de conhecimento ............................................................................................................................. 131 5. Resposta .................................................................................................................................................... 132 Ciências da Natureza e suas Tecnologias ................................................................................................................133 1. Eixos cognitivos .......................................................................................................................................... 135 2. Matriz de referência .................................................................................................................................... 135 3. Competências e habilidades .......................................................................................................................... 137 4. Objetos de conhecimento ............................................................................................................................. 179 5. Respostas ................................................................................................................................................... 181 Ciências Humanas e suas Tecnologias ....................................................................................................................183 1. Eixos cognitivos .......................................................................................................................................... 185 2. Matriz de referência .................................................................................................................................... 185 3. Competências e habilidades .......................................................................................................................... 187 4. Objetos de conhecimento ............................................................................................................................. 226 5. Respostas ................................................................................................................................................... 227 4 ENEM Introdução 5 EM 1D-12-1E Os vestibulares estão mudando sua concepção de ava-liação, mas não deixam de abordar os conteúdos que são estudados ao longo de toda a vida escolar dos es- tudantes. Estamos deixando de ter provas essencialmente “conteudistas” para ter exames que lançarão mão de es- tratégias que valorizam a contextualização, a visão inter/ multidisciplinar e a transversalidade temática das ciências em geral. Esta proposta em nada difere daquela que o ENEM, ao longo da última década, já vinha antecipando. Teremos tes- tes de múltipla escolha e uma redação; além de Matemática e os Códigos de Linguagem em geral (Línguas Portuguesa, Inglesa e Espanhola); Biologia, Química e Física com o nome de Ciências da Natureza; História, Geografia, Filosofia e So- ciologia, classificadas como Ciências Humanas. Enfim, se- rão cobrados os conteúdos adquiridos como conhecimento/ conteúdo ao longo da vida escolar (Ensino Fundamental + Ensino Médio) e também será relevante a cobrança das com- petências e habilidades, que são as novas referências da pe- dagogia mundial (ex.: ENEM, Encceja e Pisa). Manual COC Pró-ENEM As mudanças do novo ENEM sinalizam uma nova postura dos alunos diante da prova. Vamos ver algumas dicas importantes: 1. A nota da prova de redação passa a ser utilizada por muitas universidades como parte da nota final dos seus pro- cessos de seleção, o que torna obrigatória sua realização com capricho. 2. As notas de avaliação do ENEM serão apresentadas por área de conhecimento, assim seu boletim terá cinco (5) notas (Ciências da Natureza, Ciências Humanas, Matemática, Linguagens e Redação). 3. As universidades, de acordo com os cursos oferecidos, podem, a seu critério, atribuir pesos diferentes para as notas das provas, inclusive, adotando uma composição de peso para cada curso. 4. Na nova proposta, com o intuito de possibilitar a classificação, as questões devem ter um índice de discriminação maior e uma distribuição dos graus de dificuldade (40% fácil, 20% médio, 40% difícil). 1. O vestibulando do século XXI Para os estudantes deve ficar claro que os exames ves- tibulares estão passando por um processo de transição e serão alterados mais na forma do que no conteúdo. Também é interessante frisar que as dificuldades para enfrentar os concorrentes, em razão das escassas vagas oferecidas pelas universidades públicas, continuarão sendo uma árduatarefa. O vestibulando do século XXI deverá ter como contexto o trinômio: “ser, saber e fazer”, uma vez que essa prerroga- tiva será imprescindível para o seu sucesso, não só no exa- me para ingressar na universidade, mas também para entrar no cada vez mais competitivo mercado de trabalho. O “ser” deve estar cada vez mais fundamentado nas atitudes, na ética e num projeto de vida inserido no contexto das trans- formações estruturais que o homem, a família, a sociedade e o mundo estão vivendo; o “saber” resulta do conhecimen- to dos conceitos teóricos e busca desenvolver competências investigativas, científicas, tecnológicas e formativas; e o “fazer” reflete-se no conjunto dos “saberes práticos” reve- lados nas “habilidades” ou na destreza que a conjuntura e o mundo dele exigirem. Provas como o ENEM, formuladas para avaliar as competências ou eixos cognitivos, verificam, acima de tudo, a capacidade de ler e interpretar textos nas diferentes formas de linguagem. Assim, ao iniciar a resolução, con- vém que o vestibulando lembre-se de algumas orientações básicas que o ajudarão a obter um resultado melhor. 1. Em grande parte das questões, as respostas estão no próprio enunciado, bastando, para tanto, que você realize uma leitura atenta, observando, com cautela, textos, gráficos, diagramas, mapas, tiras e/ou imagens. 2. Muitas questões podem ser resolvidas a partir de informações obtidas na mídia diariamente ou em situações prá- ticas do dia a dia. Busque relacionar fatos do cotidiano às situações propostas. Sua experiência de vida pode responder parte da prova. 3. Leia cada uma das questões como se estivesse lendo uma notícia de jornal ou revista, sem se preocupar em desco- brir em qual disciplina se enquadra, pois a prova pretende avaliar sua capacidade de leitura da realidade e seu exercício pleno de cidadania. 4. Como as questões são interdisciplinares, use o conhecimento adquirido na vida escolar para decodificar as infor- mações e entender seu significado e, assim, buscar soluções para as situações-problema apresentadas. 6 2. Competências e habilidades para o século XXI Podemos entender por competências o conjunto dos saberes ou conhecimentos desenvolvidos pelo homem/ cidadão ao longo de sua vida escolar e social. Somente tirando do texto qualquer viés de discurso de autoaju- da e pensando do ponto de vista filosófico-pedagógico poderemos entender os rumos do homem e da sociedade neste século. O saber será resultante do consórcio entre a cultura, a informação e o espírito criador (ex.: interpretação, autoa- prendizagem, espírito crítico). O ser calcado no autoconhecimento, na preservação da autoestima e no controle emocional será a principal ferra- menta para manter vivas as principais qualidades do novo homem/cidadão: a curiosidade e a adaptabilidade. O novo fazer terá na criatividade e na responsabilidade seu binômio de sustentação, porém deve-se sempre lembrar que as ações de resolver problemas e fazer uso das tecno- logias vão continuar intimamente ligadas à motivação, à iniciativa e à persistência histórica do homem. O viver cada vez mais se realizará por meio da condição do homem de se expressar, de se comunicar e de respeitar as dife- renças desse mundo globalizado. O viver responsável passará pela sociabilidade, cooperação e solidariedade de uma nova ética construída neste momento de transição em que vivemos. Eixos cognitivos (comuns a todas as áreas de conhecimento) I. Dominar linguagens (DL): dominar a norma culta da Língua Portuguesa e fazer uso das linguagens matemática, artística e científica e das línguas espanhola e inglesa. II. Compreender fenômenos (CF): construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para a compreensão de fenômenos naturais, de processos histórico-geográficos, da produção tecnológica e das manifestações artísticas. III. Enfrentar situações-problema (SP): selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e informações represen- tados de diferentes formas, para tomar decisões e enfrentar situações-problema. IV. Construir argumentação (CA): relacionar informações, representadas em diferentes formas, e conhecimentos disponíveis em situações concretas, para construir argumentação consistente. V. Elaborar propostas (EP): recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para a elaboração de propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando os valores humanos e considerando a diversidade sociocultural. MEC – INEP/ENEM Matrizes • Matriz de referência de linguagens, códigos e suas tecnologias (9 competências/30 habilidades) • Matriz de referência de matemática e suas tecnolo- gias (7 competências/30 habilidades) • Matriz de referência de ciências da natureza e suas tecnologias (8 competências/30 habilidades) • Matriz de referência de ciências humanas e suas tecnologias (6 competências/30 habilidades) MEC – INEP/ENEM COMPETÊNCIAS HABILIDADESCONHECIMENTOS ATITUDES 3. Será que você tem as tais habilidades? As habilidades do pensamento científico, adquiridas ao longo do processo de formação escolar, nada mais são do que um saber-fazer derivado do processo cognitivo, que permite a construção do conhecimento. Confira as habilidades necessárias para encarar o novo ENEM e os vestibulares: observar; medir; classificar; comuni- car; interpretar, explicar, relacionar (ex.: tempo/espaço); prever; controlar e compreender variáveis; interpretar dados e formular hipóteses. Temas clássicos do ENEM: • Cidadania, solidariedade, democracia e inclusão social • Geometria, proporção, leitura e interpretação dos mais variados tipos de gráfico (ex.: gráfico cartesiano) • Textos das mais variadas origens (ex.: literários, científicos, jornalísticos) • Leitura e interpretação de imagens (ex.: charges, obras de arte, fotos) • Meio ambiente (ex.: aquecimento global, efeito estufa, desmatamento) ENEM Introdução 7 EM 1D-12-1E • Diversidade étnica e cultural • Ecologia e biodiversidade • Recursos hídricos e o papel da água • Geografia do Brasil e do mundo • Neoliberalismo e globalização • História do Brasil e do mundo • História da cultura (ex.: arte, música, ciência) • Estados físicos da água • Tipos de energia • Uso da norma culta e códigos de linguagem • Transformações do planeta Terra do ponto de vista das ciências naturais e humanas • Problemas sociais (ex.: desemprego, violência, saúde, menor abandonado) • Valorização do patrimônio cultural; confronto de pontos de vista aplicados à História e ao cotidiano • Industrialização e suas consequências • Poluição nas suas várias formas e consequências comunicação de ideias, como também no uso de conceitos fundamentais, como, por exemplo, a metodologia científica (ex.: métodos de pesquisas, procedimentos e práticas). INTERD ISCIPL INARID ADE INTERD ISCIPL INARID ADE PORTUGUÊS FÍSICA MATEMÁTICA GEOGRAFIA QUÍMICA CIÊNCIAS HISTÓRIA INGLÊS A transversalidade, tão presente no discurso dos educa- dores nas últimas décadas, nada mais é do que a maneira de organizar a educação em temas integrados às disciplinas do currículo, de forma a estarem presentes em todas elas. Os “temas transversais”, sugeridos pelos PCNs que nor- teiam as mudanças no Ensino Médio (ex.: ENEM), são con- ceitos importantes para a formação da cidadania na sua plenitude, a saber: ética, saúde, meio ambiente, orien- tação sexual, trabalho e consumo e pluralidade cultural. 4. Contextualizar e integrar o seu conhecimento é fundamental O modelo de aprendizado apoiado na repetição do uso da informação para fixá-la não prepara o indiví- duo para os “novos” vestibulares (ex.: ENEM, Fuvest e Unesp) nem para a vida. Muito se tem falado das competências e habilidades, porém existe uma parte significativa das mudanças que também exige sua atenção:a contextualização, a interdis- ciplinaridade e a transversalidade aplicadas à educação. A contextualização aplicada ao processo educativo tem se intensificado na proporção em que crescem os desafios para o século XXI (ex.: globalização, Internet, meio am- biente). A proposta para tanto é trabalhar de forma que os indivíduos possam conviver em meio à complexidade exis- tente, numa prática de constante aprendizado e calcados na reciprocidade, na integração dos conhecimentos (com- petências) e na aproximação cada vez maior da teoria à prática (habilidades). Dessa maneira, as ciências (ex.: ma- temática, linguagens, ciências naturais, ciências humanas) estão cada vez mais próximas para a realização da prática interdisciplinar e contextualizada. A interdisciplinaridade, por sua vez, é a interação exis- tente entre duas ou mais disciplinas (ex.: matemática e físi- ca). Tal processo de interação está presente não só na simples No “novo” ENEM, como também já sinalizaram a Fuvest e a Unesp, as questões das provas vêm impregnadas: • do respeito às identidades e diferenças étnicas, culturais, sexuais; • da utilização dos mais variados tipos de linguagens (ex.: da escrita ao grafite) como meio de expressão e informação; • do exercício permanente da inter-relação de conceitos e ideias; • do estímulo ao pensamento crítico e à autonomia intelectual; • da constante manipulação dos princípios das tecnologias e suas relações integradoras; • da compreensão e aplicação dos fundamentos científicos e tecnológicos; • do ato de desenvolver a criatividade; • do saber conviver em sociedade/grupo; • do exercício contínuo do aprender a aprender. 8 5. TRI: novo cálculo da nota Neste ano, o resultado da prova será calculado de forma diferente. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educa- cionais Anísio Teixeira (INEP) adotou um sistema de correção com base na TRI, Teoria da Resposta ao Item. Ele permite a comparação dos desempenhos dos candidatos, independente- mente do ano em que o candidato fez a prova. Para que isso seja possível, as provas são formuladas pelo INEP com questões que apresentam grau de dificuldade equivalente. Para cada questão, o sistema calcula a proba- bilidade de acerto de cada candidato, assim o desempenho dos candidatos é gerado pelos acertos dos itens, conside- rando essas probabilidades calculadas. A TRI é um modelo estatístico usado na avaliação de habilidades e conhecimentos, que estima a probabilidade de o candidato acertar uma questão, ou seja, se ele acertar poucas respostas tidas como fáceis, ele terá, consequente- mente, menor chance de assinalar a resposta correta nas questões consideradas difíceis. A partir do resultado, ava- lia-se quanto cada questão vale para ele. Com a TRI, dois candidatos, embora acertando a mesma quantidade de itens na mesma prova, poderão ter desempe- nho completamente diferente, em razão de quais itens eles tenham acertado. 6. Redação: “Escrever é preciso...” Com a adoção por muitas das Universidades Federais da nota do ENEM, em parte ou integralmente, nos respectivos processos seletivos, o foco do candidato deve voltar-se não só para a prova objetiva (testes), mas também para a redação. Tendo por base o edital publicado pelo MEC sobre o ENEM 2009, é importante destacar que a redação estará fundamentada nos cinco eixos cognitivos ou competências, considerando-se quatro níveis de conhecimento associados a cada um deles. Na prova de Redação do ENEM, o candidato deve: • demonstrar domínio básico da norma culta da língua escrita; • compreender o tema proposto e aplicar conceitos de várias áreas de conhecimento para explicá-lo, defendê-lo ou contradizê-lo, desenvolvendo-o dentro dos limites estruturais do texto dissertativo/argumentativo; • selecionar, organizar e relacionar os argumentos, os fatos e as opiniões apresentados em defesa de sua perspectiva sobre o tema proposto; • construir argumentações consistentes para defender seu ponto de vista; • elaborar propostas de intervenção sobre a problemática desenvolvida, mostrando respeito à diversidade de pontos de vista culturais, sociais, políticos, científicos e outros. Abaixo, são apresentados alguns dos temas de redação do ENEM. – VIVER E APRENDER O texto dissertativo pressupõe a avaliação da neces- sidade de se aprender com todas as situações impostas pela vida. – CIDADANIA E PARTICIPAÇÃO SOCIAL A dissertação em questão exigia, sob a ótica juvenil, solução consciente para os problemas sociais emergentes, em razão do poder de transformar e agir de que os jovens são dotados. – DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE: COMO EN- FRENTAR ESSE DESAFIO NACIONAL? O texto em questão favorecia o texto argumentati- vo, pois possibilitaria ao participante abordagens como controle da natalidade e planejamento familiar, assis- tência à maternidade, educação básica de qualidade, ex- ploração do menor, prostituição infantil, dentre outros que levam a um debate crítico em respeito ao artigo 227 da Constituição. – DESENVOLVIMENTO E PRESERVAÇÃO AMBIENTAL: COMO CONCILIAR OS INTERESSES EM CONFLITO? Nos argumentos, deveriam aparecer críticas coerentes à destruição das florestas, à poluição e ao aquecimento glo- bal. Na conclusão, deveriam ser sugeridas soluções viáveis para manter o equilíbrio do nosso planeta. – O DIREITO DE VOTAR: COMO FAZER DESSA CONQUISTA UM MEIO PARA PROMOVER AS TRANSFORMAÇÕES SO- CIAIS DE QUE O BRASIL NECESSITA? Assuntos como o poder de voto, a necessidade da demo- cracia, o exercício da cidadania e a concretização política seriam viáveis no desenvolvimento do texto. ENEM Introdução 9 EM 1D-12-1E – A VIOLÊNCIA NA SOCIEDADE BRASILEIRA: COMO MU- DAR AS REGRAS DESSE JOGO? Trabalhar a exemplificação e a análise de causas e consequências seria uma alternativa para a abordagem temática. – COMO GARANTIR A LIBERDADE DE INFORMAÇÃO E EVI- TAR ABUSOS NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO? Na argumentação, o participante poderia abrir uma dis- cussão entre informação com responsabilidade e os abusos cometidos pela imprensa, principalmente em programas sensacionalistas. – O TRABALHO INFANTIL NA REALIDADE BRASILEIRA Efetuar o levantamento de causas e consequências seria uma boa referência para a organização e estruturação do conteúdo a ser desenvolvido. – O PODER DE TRANSFORMAÇÃO DA LEITURA Na argumentação, após análise dos textos motivadores apresentados com proposta, o participante poderia ressal- tar a transformação cultural do homem na medida em que adquire conhecimentos por meio da leitura. – O DESAFIO DE SE CONVIVER COM A DIFERENÇA Na argumentação, poderiam aparecer exemplos histó- ricos para justificar a tese de que o respeito à diversidade cultural, social e econômica faz-se necessário para o desen- volvimento da conduta ética no relacionamento humano. – FOI SOLICITADO AO PARTICIPANTE QUE FOSSE ESCO- LHIDO ENTRE TRÊS AÇÕES: I) suspender completa e imediatamente o desmatamen- to na Amazônia, que permaneceria proibido até que fossem identificadas áreas onde se poderia desenvolver, de maneira sustentável, a exploração de madeira de florestas nativas; II) efetuar pagamento a proprietários de terra para que deixem de desmatar a floresta, utilizando recursos fi- nanceiros internacionais; III) aumentar a fiscalização e aplicar pesadas multas àqueles que promoverem desmatamentos não autorizados. – O INDIVÍDUO FRENTE À ÉTICA NACIONAL PROPOSTA DE REDAÇÃO Com base na leitura dos textos motivadores seguintes e nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo em norma culta es- crita da língua portuguesa sobre o tema O indivíduo fren- te à ética nacional, apresentando proposta de ação social, que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e re- lacione coerentemente argumentose fatos para defesa de seu ponto de vista. FEMANDES, Millôr. Disponível em: <http://www2. uol.com.br/millor>. Acesso: em 14 jul.2009. Andamos demais acomodados, todo mundo reclamando em voz baixa como se fosse errado indignar-se. Sem ufanismo, porque dele estou cansada, sem dizer que este é um país rico, de gente boa e cordata, com natureza (a que sobrou) belíssima e generosa, sem fantasiar nem botar óculos cor-de-rosa, que o momento não permite, eu me pergun- to o que anda acontecendo com a gente. Tenho medo disso que nos tornamos ou em que estamos nos transformando, achando bonita a ignorância eloquente, engraçado o cinismo bem-vestido, interessante o banditismo arrojado, normal o abismo em cuja beira nos equilibramos – não malabaristas, mas palhaços. LUFT, L. Ponto de vista. Veja. ed. 1988, 27 dez. 2006. Adaptado. Qual é o efeito em nós do “eles são todos corruptos”? As denúncias que assolam nosso cotidiano podem dar lugar a uma vontade de transformar o mundo só se nossa indignação não afetar o mundo inteiro. “Eles são todos cor- ruptos” é um pensamento que serve apenas para “confirmar” a “integridade” de quem se indigna. O lugar-comum sobre a corrupção generalizada não é uma armadilha para os corruptos: eles continuam iguais e livres, en- quanto, fechados em casa, festejamos nossa esplendorosa retidão. O dito lugar-comum é uma armadilha que amarra e imobili- za os mesmos que denunciam a imperfeição do mundo inteiro. CALLlGARIS, C. A armadilha da corrupção. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br>. Adaptado. INSTRUÇÕES Seu texto tem de ser escrito à tinta, na folha própria. Desenvolva seu texto em prosa: não redija narração nem poema. O texto com até 7 (sete) linhas escritas será considera- do texto em branco. O texto deve ter, no máximo, 30 linhas. O rascunho da redação deve ser feito no espaço apropriado. 10 7. Resolução comentada Com o tema O indivíduo frente à ética nacional, o ENEM 2009 levou os alunos a uma reflexão sobre o pensa- mento do brasileiro de classe média acerca da ética em seu país. A proposta apresentou uma coletânea com três textos. O primeiro, uma charge de Millôr Fernandes, denuncia a solidão da virtude (honestidade). O segundo, da escrito- ra Lya Luft, critica a normalização dos vícios (ignorância, cinismo, banditismo). O terceiro, do psicanalista Contardo Calligaris, mostra o perigo de enxergar sempre a desonesti- dade nos outros, nunca em nós mesmos. O objetivo central do tema foi conduzir o aluno a per- ceber os riscos de lidar com a questão da ética a partir do senso comum. Fala-se muito em ética. Os jornais e revistas comentam-na bastante. As redes de televisão proclamam a todo tempo a carência de ética nos serviços públicos, en- tre políticos, na própria mídia, no comércio, nos esportes, nas relações sociais e até na religião. Todavia, a vivência pessoal da ética é a verdadeira experiência a partir da qual as grandes transformações humanas e sociais acontecem. Os três textos caminham na mesma direção, qual seja, chamar atenção para a ilusão em que se encontra o sujeito que se percebe alheio em relação ao cenário ético de seu país. O indivíduo que se acredita melhor que seus pares, o que se acomoda sem indignar-se com as injustiças sociais e a corrupção desmedida, bem como o que crê nos defeitos morais como elementos da natureza humana e, portanto, incontornáveis, não contribuem em nada para dizimar esse mal e os comportamentos antiéticos. O aluno, assim, poderia trazer esses problemas para o seu projeto de texto, deixando claro que entendeu as contradições relacionadas à ética no contexto brasileiro e apresentando propostas sociais, respeitados os direitos humanos, para amenizar esse quadro. Entre elas, caberia o velho e sempre oportuno investimento em educação de qualidade, capaz não só de alfabetizar e informar, mas, principalmente, de formar valores éticos, consciência mo- ral, cidadania, alteridade e sensibilidade. Além disso, uma outra opção interessante seria estimular o compromisso das instituições de modo geral (família, igreja, sociedades ci- vis) com um grande projeto nacional de resgate da ética e, principalmente, incluir nele a mídia, que, sendo a grande formadora de opinião do país, deveria tratar de estabele- cer uma programação responsável, ética e socialmente, por meio da prioridade à valorização do humano, à solidarie- dade, ao respeito à diferença, à inclusão e à reflexão sobre a ética. Orientações para resolução da parte objetiva (180 testes) do ENEM: • Leia com atenção o enunciado, nos seus vários códigos de linguagem (ex.: texto ou imagem), e busque a alternativa que responde corretamente ao que foi pedido no enunciado. • Leia com atenção todas as alternativas, tendo em mente sempre o que o enunciado do teste pediu. • As respostas, na maioria das vezes, estão no enunciado ou estão nele confirmadas. • A prova não privilegia os conteúdos ou os detalhes das disciplinas como nos vestibulares convencionais. Na prova do ENEM, a leitura, a interpretação e o caráter multi/interdisciplinar são a tônica da prova. • Os enunciados são claros e sem armadilhas (“pegadinhas”). • As alternativas corretas ou verdadeiras possuem uma redação clara e sem pegadinhas (“dupla interpretação”). Linguagens e Códigos MANUAL PRÓ-ENEM A área de Linguagens, códigos e suas tecnologias envolve as tradicionais disciplinas de Língua Portuguesa, Literatura, Língua Estrangeira Moderna, Artes, Educação Física e Informática. E o que todas essas disciplinas têm em comum? Todas possuem sistemas simbólicos que podem ser “lidos”, ou seja, possuem significados possíveis de análise, desvelamento, crítica. Assim, podem-se considerar linguagens: notícias de jornal, histórias em quadrinhos, poemas, anúncios, obras de arte, fachadas de casas, movimentos corporais, códigos de barras, etiquetas de roupa, placas de trânsito... Vivemos mergulhados num mar de textos, significados, discursos. Espera-se, por isso, que o estudante concluinte do Ensino Médio seja capaz de interpretar textos, deduzir significados, ler entrelinhas, desvendar intenções, apreender objetivos e interagir com esses discursos todos, sem se deixar levar de forma ingênua. 12 ENEM Linguagens e Códigos 13 EM 1D-12-1E 1. Eixos cognitivos I) Dominar linguagens (DL): dominar a norma culta da língua portuguesa e fazer uso das linguagens matemática, artística e científica e das línguas espanhola e inglesa. II) Compreender fenômenos (CF): construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para a compreensão de fenômenos naturais, de processos histórico-geográficos, da produção tecnológica e das manifestações artísticas. III) Enfrentar situações-problema (SP): selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e informações represen- tados de diferentes formas, para tomar decisões e enfrentar situações-problema. IV) Construir argumentação (CA): relacionar informações, representadas em diferentes formas, e conhecimentos disponíveis em situações concretas, para construir argumentação consistente. V) Elaborar propostas (EP): recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para elaboração de propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando os valores humanos e considerando a diversidade sociocultural. 2. Matriz de referência Competência 1 Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para sua vida. Habilidade 1 Identificar as diferentes linguagens e seus recursos expressivos como elementos de caracterização dos sistemas de comunicação. Habilidade 2 Recorrer aos conhecimentos sobre as linguagens dos sistemas de comunicação e informação para resolver problemas sociais. Habilidade 3 Relacionar informações geradas nos sistemasde comunicação e informação, considerando a função social desses sistemas. Habilidade 4 Reconhecer posições críticas aos usos sociais que são feitos das linguagens e dos sistemas de comunicação e informação. Competência 2 Conhecer e usar língua(s) estrangeira(s) moderna(s) (LEM) como instrumento de acesso a informações e a outras culturas e grupos sociais*. *A área 2 será incluída apenas a partir de 2010. Habilidade 5 Associar vocábulos e expressões de um texto em LEM ao seu tema. Habilidade 6 Utilizar os conhecimentos da LEM e de seus mecanismos como meio de ampliar as possibilidades de acesso a informações, tecnologias e culturas. Habilidade 7 Relacionar um texto em LEM, as estruturas linguísticas, sua função e seu uso social. Habilidade 8 Reconhecer a importância da produção cultural em LEM como representação da diversidade cultural e linguística. Competência 3 Compreender e usar a linguagem corporal como relevante para a própria vida, integradora social e formadora da identidade. Habilidade 9 Reconhecer as manifestações corporais de movimento como originárias de necessidades cotidianas de um grupo social. Habilidade 10 Reconhecer a necessidade de transformação de hábitos corporais em função das necessidades cinestésicas. Habilidade 11 Reconhecer a linguagem corporal como meio de interação social, considerando os limites de desempenho e as alternativas de adaptação para diferentes indivíduos. Competência 4 Compreender a arte como saber cultural e estético gerador de significação e integrador da organização do mundo e da própria identidade. Habilidade 12 Reconhecer diferentes funções da arte, do trabalho da produção dos artistas em seus meios culturais. Habilidade 13 Analisar as diversas produções artísticas como meio de explicar diferentes culturas, padrões de beleza e preconceitos. Habilidade 14 Reconhecer o valor da diversidade artística e das inter-relações de elementos que se apresentam nas manifestações de vários grupos sociais e étnicos. 14 Competência 5 Analisar, interpretar e aplicar recursos expressivos das linguagens, relacionando textos com seus contextos, mediante a natureza, função, organização, estrutura das manifestações, de acordo com as condições de produção e recepção. Habilidade 15 Estabelecer relações entre o texto literário e o momento de sua produção, situando aspectos do contexto histórico, social e político. Habilidade 16 Relacionar informações sobre concepções artísticas e procedimentos de construção do texto literário. Habilidade 17 Reconhecer a presença de valores sociais e humanos atualizáveis e permanentes no patrimônio literário nacional. Competência 6 Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios de organização cognitiva da realidade pela constituição de significados, expressão, comunicação e informação. Habilidade 18 Identificar os elementos que concorrem para a progressão temática e para a organização e estruturação de textos de diferentes gêneros e tipos. Habilidade 19 Analisar a função da linguagem predominante nos textos em situações específicas de interlocução. Habilidade 20 Reconhecer a importância do patrimônio linguístico para a preservação da memória e da identidade nacional. Competência 7 Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações específicas. Habilidade 21 Reconhecer em textos de diferentes gêneros, recursos verbais e não verbais utilizados com a finalidade de criar e mudar comportamentos e hábitos. Habilidade 22 Relacionar, em diferentes textos, opiniões, temas, assuntos e recursos linguísticos. Habilidade 23 Inferir em um texto quais são os objetivos de seu produtor e quem é seu público- -alvo, pela análise dos procedimentos argumentativos utilizados. Habilidade 24 Reconhecer no texto estratégias argumentativas empregadas para o convencimento do público, tais como a intimidação, sedução, comoção, chantagem, entre outras. Competência 8 Compreender e usar a língua portuguesa como língua materna, geradora de significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade. Habilidade 25 Identificar, em textos de diferentes gêneros, as marcas linguísticas que singularizam as variedades linguísticas sociais, regionais e de registro. Habilidade 26 Relacionar as variedades linguísticas a situações específicas de uso social. Habilidade 27 Reconhecer os usos da norma-padrão da língua portuguesa nas diferentes situações de comunicação. Competência 9 Entender os princípios, a natureza, a função e o impacto das tecnologias da comunicação e da informação na sua vida pessoal e social, no desenvolvimento do conhecimento, associando-o aos conhecimentos científicos, às linguagens que lhes dão suporte, às demais tecnologias, aos processos de produção e aos problemas que se propõem solucionar. Habilidade 28 Reconhecer a função e o impacto social das diferentes tecnologias da comunicação e informação. Habilidade 29 Identificar, pela análise de suas linguagens, as tecnologias da comunicação e informação. Habilidade 30 Relacionar as tecnologias de comunicação e informação ao desenvolvimento das sociedades e ao conhecimento que elas produzem. ENEM Linguagens e Códigos 15 EM 1D-12-1E 3. Competências e habilidades C1 Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação na escola, no trabalho e em outros contextos relevantes para sua vida. H1 Identificar as diferentes linguagens e seus recursos expressivos como elementos de caracterização dos sistemas de comunicação. 1. (ENEM) Leia os fragmentos a seguir, retirados da obra Vidas secas, de Graciliano Ramos. Na planície avermelhada os juazeiros alargavam duas man- chas verdes. Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro, esta- vam cansados e famintos. Ordinariamente andavam pouco, mas como haviam repousado bastante na areia do rio seco, a viagem progredira bem três léguas. Fazia horas que procuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros apareceu longe, através dos galhos pelados da caatinga rala. Arrastaram-se para lá, devagar, Sinhá Vitória com o filho mais novo escanchado no quarto e o baú de folha na cabeça; Fabiano sombrio, cambaio, o aió a tiracolo, a cuia pendurada numa correia presa ao cinturão, a espingarda de pederneira no ombro. O menino mais velho e a cachorra Baleia iam atrás. (...) A caatinga estendia-se, de um vermelho indeciso, salpi- cado de manchas brancas que eram ossadas. O voo negro dos urubus fazia círculos altos em redor de bichos moribundos. – Anda, excomungado. O pirralho não se mexeu, e Fabiano desejou matá-lo. Ti- nha o coração grosso, queria responsabilizar alguém pela sua desgraça. A seca parecia-lhe como um fato necessário – e a obstinação da criança irritava-o. Certamente esse obstáculo miúdo não era culpado, mas dificultava a marcha, e o vaquei- ro precisava chegar, não sabia onde. Tinham deixado os caminhos, cheios de espinhos e seixos, fazia horas que pisavam a margem do rio, a lama seca e ra- chada que escaldava os pés. Pelo espírito atribulado do sertanejo passou a ideia de abandonar o filho naquele descampado. Pensou nos urubus, nas ossadas, coçou a barba ruiva e suja, irresoluto, exami- nou os arredores. Sinhá Vitória estirou o beiço indicando vagamente uma direção e afirmou com alguns sons guturais que estavam perto. Fabiano meteu a faca na bainha, guar- dou-a no cinturão, acocorou-se, pegou no pulso do menino, que se encolhia, os joelhos encostados ao estômago, frio como um defunto. Aí a cólera desapareceu e Fabiano teve pena. Impossível abandonar o anjinho aos bichos do mato. Entregou a espingarda a Sinhá Vitória, pôs o filho no can- gote, levantou-se, agarrou os bracinhos que lhe caíam sobre o peito, moles, finos como cambitos. Sinhá Vitória aprovou esse arranjo, lançou de novo a interjeição gutural,designou os juazeiros invisíveis. O estilo de Graciliano Ramos, somado à temática do livro Vidas secas, fez resultar um texto claro, direto e de- notativo, parecido com textos produzidos pelos realistas do século XIX; no entanto, apesar disso, é possível iden- tificarmos algumas conotações no fragmento lido ante- riormente. Após análise, marque o item em que o trecho é pura- mente denotativo. a) “...os juazeiros alargavam duas manchas verdes...” b) “O voo negro dos urubus...” c) “Tinha o coração grosso...” d) “...e o vaqueiro precisava chegar, não sabia onde...” e) “...impossível abandonar o anjinho aos bichos do mato...” 2. (ENEM) O texto a seguir é um trecho de uma conver- sa por meio de um programa de computador que permi- te comunicação direta pela internet em tempo real, como o MSN Messenger. Esse tipo de conversa, embora escrita, apresenta muitas características da linguagem falada, se- gundo alguns linguistas. Uma delas é a interação ao vivo e imediata, que permite ao interlocutor conhecer, quase instantaneamente, a reação do outro, por meio de suas res- postas e dos famosos emoticons (que podem ser definidos como “ícones que demonstram emoção”). João diz: oi Pedro diz: blz? João diz: na paz e vc? Pedro diz: tudo trank João diz: oq vc ta fazendo? [...] Pedro diz: tenho que sair agora... João diz: flw Pedro diz: vlw, abc Para que a comunicação, como no MSN Messenger, se dê em tempo real, é necessário que a escrita das informações seja rápida, o que é feito por meio de: a) frases completas, escritas cuidadosamente com acentos e letras maiúsculas (como “oq vc ta fazendo?”). b) frases curtas e simples (como “tudo trank”) com abrevia- turas padronizadas pelo uso (como “vc” – você; ”vlw” – va- leu!). c) uso de reticências no final da frase, para que não se tenha que escrever o resto da informação. d) estruturas coordenadas, como “na paz e vc”. e) flexão verbal rica e substituição de dígrafos consonan- tais por consoantes simples (“qu” po “k”). 16 H3 Relacionar informações geradas nos sistemas de comunicação e informação, considerando a função social desses sistemas. 3. (ENEM) Leia o texto a seguir. O ABC do internetês Um pequeno glossário das abreviações mais populares na Internet vc: você blz: beleza kd: cadê fds: final de semana net: Internet tb: também tah: tá tc: teclar, digitar, conversar flw: falou fmz: firmeza tdo: tudo qdo: quando pq: porque eai: oi qnt: quantos alg: alguém ans: anos axo: acho q: que nd: nada ñ: não naum: não a v: a ver xau: tchau att: atualizar add: adicionar acc: aceitar bjs: beijos abs: abraços Revista Língua Portuguesa – 2/2009 – Edição 40 Muitos acreditam que as pessoas usam cada vez mais o “internetês” sob o pretexto da concisão e da economia de caracteres. Mas há palavras que não obedecem a esse cri- tério econômico e, apesar de serem usadas frequentemente pelos internautas, não se tornaram menores que suas cor- respondentes na norma culta do idioma. Levando em con- sideração o texto anterior, marque a alternativa em que estão presentes essas palavras. a) “vc”, “net”, “naum” b) “net”, “tah”, “naum” c) “tah”,“eai”, “naum” d) “tah”, “axo”, “naum” e) “net”, “flw”, “tdo” H4 Reconhecer posições críticas aos usos sociais que são feitos das linguagens e dos sistemas de comunicação e informação. 4. (ENEM) A ética nasceu na pólis grega com a pergunta pelos critérios que pudessem tornar possível o enfrentamento da vida com dignidade. Isto significa dizer que o ponto de partida da ética é a vida, a realidade humana, que, em nosso caso, é uma realidade de fome e miséria, de exploração e exclusão, de desespero e desencanto frente a um sentido da vida. É neste ponto que somos remetidos diretamente à ques- tão da democracia, um projeto que se realiza nas relações da sociabilidade humana. Disponível em: <http://www.jornaldeopiniao. com.br>. Acesso em: 03 maio 2009. O texto pretende que o leitor se convença de que a: a) ética é a vivência da realidade das classes pobres, como mostra o fragmento “é uma realidade de fome e miséria”. b) ética é o cultivo dos valores morais para encontrar sen- tido na vida, como mostra o fragmento “de desespero e de- sencanto frente a um sentido da vida”. c) experiência democrática deve ser um projeto vivido na coletividade, como mostra o fragmento “um projeto que se realiza nas relações da sociabilidade humana”. d) experiência democrática precisa ser exercitada em be- nefício dos mais pobres, com base no fragmento “tornar possível o enfrentamento da vida com dignidade”. e) democracia é a melhor forma de governo para as classes menos favorecidas, como mostra o fragmento “É neste ponto que somos remetidos diretamente à questão da democracia”. C2 Conhecer e usar língua(s) estrangeira(s) moderna(s) (LEM) como instrumento de acesso a informações e a outras culturas e grupos sociais. H5 Associar vocábulos e expressões de um texto em LEM ao seu tema. LÍNGUA ESTRANGEIRA/INGLÊS Leia atentamente o cartoon para responder à pergunta a seguir. Disponível em: <www.gocomics.com/tomtoles>. ENEM Linguagens e Códigos 17 EM 1D-12-1E 5. (ITA-SP) Assinale a opção que mais se aproxima da ideia central do texto. a) O trabalho dignifica o homem. b) Uma andorinha só não faz verão. c) Quem tudo quer, nada tem. d) A ociosidade é a mãe de todos os vícios. e) Mais vale prevenir que remediar. 6. (Udesc) Leia atentamente o texto e responda à questão abaixo. English Around the World (by 5 minute English) Have you ever had the desire to wander the world and see what was out there? While some people prefer to stay in the comfort of their own home, others have been bitten by the travel bug and can’t wait to explore the world. Exotic places call to them. “Come visit me and I will show you my mysteries”, they say. Every year millions of people pack their suitcases or put on backpacks and flock to visit the seven continents of the world. They wander through the castles and museums of Europe, and the cities and natural wonders of North and South America. Some visit the vast exotic cultures of Asia, Africa and the Middle East. The great outback of Australia is a wonderland for those who go there. And a few lucky people even make to the most mysterious continent on the earth – Antarctica. Why do people want to explore the world? It gives them a better perspective about the earth and the people living on it. It opens their minds, it gives them a feeling of accomplishment, and it makes them feel alive. So save some money, get your passport ready, and see the world. It will change your life forever. The text says that: a) not only should you stay still, but also be at your own vicinity. b) your life will be put aside if you travel. c) your perspective about life ought to be the same when you are away. d) getting some belongs and getting on the road is awesome for you. e) people might get a different perspective of their routine after wandering around streets. 7. (UENP-PR) Leia atentamente o texto para responder à pergunta. Do you want something? Do this: post a picture of your goal, or a picture that symbolizes it, in a spot where you will see it every day. When you are washing dishes, stare down that jet plane, and the vacation its represents. Keep your goal in mind. You will naturally work toward it and you will get it. From The Secret, by Rhonda Byrne Qual é a mensagem do texto acima? a) Coloque seu alvo onde possa alcançá-lo. b) Não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje. c) Tudo aquilo que se decidir a ter, terá. d) Cada dia de trabalho o coloca mais perto de sua meta. e) O pensamento positivo faz com que você se sinta em férias todos os dias. 8. (UENP-PR) Leia o poema abaixo. All things bright and beautiful, All creatures great andsmall, All things wise and wonderful, The Lord God made them all. Each little flower that opens, Each little bird that sings, He made their glowing colours, He made their tiny wings. He gave us eyes to see them, And lips that we might tell, How great is God Almighty, Who has made all things well. by Cecil F. Alexander The text speaks of: a) God’s anger. b) God’s mercy. c) God’s creative power. d) God’s pity. e) God’s omniscience. Leia atentamente o cartoon e responda às questões 9 e 23. Disponível em: <http://www.unitedmedia.com/comics/ peanuts/achive/peanuts-0050713html>. Adaptado. 18 9. (UERN) According to Lucy’s answer to Charlie Brown, we can infer that she is: a) innocent. b) assumptive. c) decided. d) religious. 10. (UFG-GO) Para responder à pergunta, leia o cartoon abaixo. Disponível em: <http://www.cartoonstock.com/ directory/m/make_small_talk.asp>. The doctor wants to see his secretary in his office because she: a) establishes a quite intimate relationship with his patients. b) keeps his patients waiting too much time in the waiting room. c) talks about everything and forgets requesting basic information. d) spends all the time on blah blah blah and does not work. e) maintains friendly contact with his patients and charges for it. 11. (Ufla-MG) A seguir temos a letra da música Woman escri- ta por John Lennon. Leia a letra para responder a pergunta. Woman by John Lennon Woman I can hardly express, My mixed emotion at my thoughtlessness, After all I’m forever in your debt, And woman I will try express, My inner feelings and thankfullness, For showing me the meaning of success, oooh well, well, oooh well, well, Woman I know you understand The little child inside the man, Please remember my life is in your hands, And woman hold me close to your heart, However, distant don´ t keep us apart, After all it is written in the stars, oooh well, well, oooh well, well, Woman please let me explain, I never mean(t) to cause you sorrow or pain, So let me tell you again and again and again, I love you (yeah, yeah) now and forever, I love you (yeah, yeah) now and forever, I love you (yeah, yeah) now and forever, I love you (yeah, yeah)… What is meant by the expression “I can hardly express” (line 1)? a) I don´t want to express. b) It is easy for me to express. c) The woman finds it difficult to express. d) It is difficult for me to express. LÍNGUA ESTRANGEIRA/ESPANHOL Leia o texto a seguir e responda às questões 12 e 21. Computadoras que aprenden y dialogan con el ser humano Steve Lohr y John Markoff Hace décadas que los investigadores buscan la inteligen- cia artificial. Pero en los últimos años se produjo un gran progreso: ya hay máquinas capaces de escuchar, hablar, ver, razonar y aprender. Un completísimo informe con los últimos avances y cómo impactará en el mundo laboral y social. “Hola, gracias por venir”, dice la asistente, dirigiéndose a una madre con su hijo de 5 años. “¿Están aquí por su hijo o por usted?” “Por mi hijo”, responde la madre. “Tiene diarrea”. “Oh, lo lamento”, dice, mirando al niño. La asistente le pregunta a la madre si ha tenido otros síntomas, por ejemplo fiebre (“leve”) y dolor abdominal (“él no se ha quejado”). Entonces se dirige nuevamente al niño: “¿Te duele el estó- mago?” “Sí”, replica él. Después de hacer algunas preguntas más, la asistente de- clara que “por el momento no hay nada preocupante”. Lue- go les da una consulta con un médico para un par de días ENEM Linguagens e Códigos 19 EM 1D-12-1E después. La madre toma a su hijo de la mano para salir del consultorio. Pero él mira todo el tiempo hacia atrás, mira a la asistente y parece reacio a irse. Tal vez sea porque la asistente es la imagen irreal de la cara de una mujer en la pantalla de una computadora: un avatar sin adornos. Sus palabras amables son espasmódicas, nervio- sas, monótonas y mecánicas. Pero está capacitada para hacer lo que hace, entiende el habla de una persona, reconoce ciertos síntomas en un niño y razona según reglas sen- cillas: hacer un diagnóstico inicial de la indisposición de un niño y de su gravedad. Y ganarse la simpatía de un chico de cinco años. “Nuestros hijos pequeños y nuestros nietos pensarán que es completamente natural hablar con las máquinas y enten- derlas”, dijo Eric Horvitz, un científico de la computación, que está en el laboratorio de investigación de Microsoft donde se desarrolla el proyecto “Avatar médico”, uno de los varios que pretenden demostrar que tal vez dentro de poco tiempo las personas y las computadoras podrán comunicarse. Hace décadas que los investigadores en informática se pro- pusieron llegar a la inteligencia artificial, es decir a la utili- zación de computadoras para simular el pensamiento humano. Pero en los últimos años se ha producido un rápido progreso: ya hay máquinas capaces de escuchar, hablar, ver, razonar y aprender, a su manera. Según los científicos y los econo- mistas, las perspectivas para el futuro son que la inteligencia artificial no sólo transformará la forma en que seres humanos y máquinas se comunican y colaboran, sino que además elimi- nará millones de puestos de trabajo, creará muchos otros y modificará la índole del trabajo y de las rutinas diarias. La tecnología de inteligencia artificial que más ha avan- zado en el ámbito de la vida cotidiana es la comprensión de lo que los seres humanos le dicen a la máquina. Actualmente, en vez de tipear mucha gente le habla a su teléfono celular para buscar cosas. Los servicios de búsqueda tanto de Google como de Microsoft ahora responden a comandos de voz. Y muchísimos conductores les piden a sus automóviles cosas como buscar direcciones o poner música. El número de médicos estadounidenses que utilizan software de voz para grabar y registrar las historias clínicas y los trata- mientos de sus pacientes se ha triplicado en los últimos tres años, llegando a 150.000. El progreso es sorprendente. Hace algunos años, el músculo supraspinatus (músculo supraespi- noso, un músculo de rotación del hombro), fue traducido como “banana fish”, algo así como “banana espinosa”. Hoy en día, el software transcribe perfectamente todo tipo de terminología médica, dicen los profesionales. Tiene, en cambio, problemas con palabras de uso corriente y con la gramática, lo que requiere cor- recciones en una de cada cuatro oraciones, aproximadamente. “Es increíble cuánto ha mejorado en los últimos cinco años”, dijo el Dr. Michael A. Lee, un pediatra de Norwood, Massachusetts, quien usa rutinariamente software de trans- cripción. “Pero por alguna razón, tiene un problema con las palabras “ella” y “él”. Cuando yo digo “ella”, escribe “él”. La tecnología es sexista: le gusta escribir “él”. A pesar de todo, el software de traducción que está siendo sometido a prueba por la Defense Advanced Rese- arch Projects Agency (Proyectos de Investigación Avanza- da de la Agencia de Defensa) es lo suficientemente rápido como para mantener conversaciones simples. En Irak, con algunos soldados el inglés se traduce al árabe y el árabe al inglés. Pero todavía queda un largo camino por recor- rer. Por ejemplo, cuando un soldado le preguntó a un civil “¿qué lleva usted en su camión?” la respuesta en árabe fue: “transporto tomates”. “[I am] carrying tomatoes”. Pero la traducción inglesa fue que transportaba “tomates preñados”. El software de voz entendió “carrying” [preña- da] pero no entendió el contexto. Aunque todavía está lejos de la perfección, el software de reconocimiento de voz es lo suficientemente bueno desde mu- chos puntos de vista. Tomemos como ejemplo los “call centers”. Hoy en día el software de voz permite que muchos llamados se automaticen íntegramente. Y ciertos sistemas más avan- zados son capaces de entenderhasta lo que dice un cliente perplejo ante un producto que ha comprado y no funciona bien. Y además, también son capaces de poner en contacto al cliente con la persona adecuada, lo que le ahorra frustración y tiempo. Pueden detectar el enojo en la voz y responder en consecuen- cia: por lo general, pasándole el llamado a un gerente. De modo que el futuro es incierto para muchos de los cuatro millones de empleados que, según se estima, trabajan en los call centers de todo Estados Unidos; o para los 100.000 transcripcionistas médicos, cuyos empleos ya estaban ame- nazados por el traslado al exterior. “Todo el trabajo básico que puede automatizarse ya está en la mira de la tecnología y de la globalización, y el paulatino perfeccionamiento de la inteligencia artificial sólo magnifica esa realidad”, dijo Erik Brynjolfsson, un economista de la Facultad de Administración de Empresas de la Sloan School del MIT (Massachusetts Insti- tute of Technology). Pero el profesor Brynjolfsson sostiene que la inteligencia artificial también favorecerá la innovación y creará opor- tunidades, tanto para los individuos como para las empresas, así como la Internet ha llevado a nuevos negocios, como Goo- gle, y a nuevas formas de comunicación, como los blogs y las redes sociales. Algún día, predicen los expertos, las máquinas inteligentes guiarán a los estudiantes, asistirán a los ciruja- nos y conducirán vehículos sin ningún riesgo. […] The New York Times, 03 de julio de 2010. Traducción de Ofelia Castillo. Texto adaptado. Disponible en: <http:// www.clarin.com/internet/computadoras-hablan- mantienen-dialogos-humano_0_290371186.html>. 20 12. (UFU-MG) Leia o seguinte fragmento extraído do texto e assinale a alternativa que não apresenta um equivalente para a expressão destacada. “Pero él mira todo el tiempo hacia atrás, mira a la asis- tente y parece REACIO a irse.” 13. (Mackenzie-SP) En el texto, los sinónimos correctos de frunces, faldas y hechuras son, respectivamente: a) apoyos, formas y medidas. b) dobleces, polleras y confecciones. c) chascos, ojales y caídas. d) fuelles, muelles y factores. e) agujeros, hilos y telas. 14. (Mackenzie-SP) En el texto, el significado de escabechar es: a) contrario b) sumiso c) reluctante d) desobediente Leia o texto abaixo e responda às questões de 13 a 17. La moda, la ropa Hasta hace unos veinte años, cuando el auge de las ma- nufacturas en serie empezó a arrinconar a los gremios arte- sanales, vestirse era un negocio demorado y ameno, atenido a diversos rituales, cuyo ejercicio y aprendizaje ocupaba gran parte del tiempo de las mujeres, y de la conversación que mantenían con sus maridos y amigas. En todas las casas había una máquina de coser y se veían figurines por en medio, que alguien estaba consul- tando, no distraídamente, sino con un interés concienzu- do, investigando el intríngulis de aquellos frunces, nesgas, volantes, pinzas y nidos de abeja que se veían en el dibujo. “Sí, claro, ahí pintado queda muy bonito, pero esta tela es demasiado gruesa, no sé como quedará”. “Desde luego no es traje para doña Petra, doña Petra te lo escabecharía”. Las modistas se dividían en dos categorías principales: aquellas de las que se temía que pudieran escabechar un traje y las que nunca lo escabechaban. Naturalmente esta clasificación, como subjetiva que era, dependía del grado de credibilidad que la cliente prestara a quien iba a encar- garse de desempeñar la labor.(…) A las costureras, que solían alternar su labor en la propia casa con jornadas mal pagadas en domicilios particulares, se les encargaban de preferencia las batas, las faldas de diario, la ropa interior, los uniformes de las criadas y los vestidos de los niños. (…) A las modistas propiamente dichas, es decir, a las que habían tenido la suerte de afianzarse en su nombre de tales, no venían nunca a las casas, y eran apreciadas a tenor del lujo con que se hubieran montado y de la lentitud con que llevaran a cabo sus trabajos. Siempre me extrañó el hecho de que su prestigio estuviera en razón inversa con la prontitud en terminarlos y nunca en razón directa.(…) Las más recomendadas eran naturalmente las más caras, y además tenían muchos figurines, algunos extranjeros, los consultaban con la cliente en el probador y se permitían su- gerir y aconsejar hechuras. Pero la tela la compraba siempre la señora. Modistas que no admitieran telas, en provincias no las había. El título, superior a todos, de modista que pone ella la tela sólo lo ostentaban algunas de Madrid. Vestirse en Madrid con una modista que tenía telas, era el no va más. Adaptado de Carmen Martín Gaite, El cuarto de atrás. a) descolgar. b) estropear. c) lucir. d) confeccionar. e) medir. 15. (Mackenzie-SP) En el texto, los sinónimos correctos de las palabras destacadas en negrita, ameno, atenido y con- cienzudo son, respectivamente: a) delicado, cedido y metido. b) dividido, entendido y mugriento. c) deleitoso, ceñido y meticuloso. d) desvariado, cobijado y martillado. e) desnudo, convivido y cachetudo. 16. (Mackenzie-SP) En el texto, el significado correcto de la expresión de afianzarse en es: a) de aferrarse en. b) de cimentarse en. c) de afeitarse en. d) de dañarse en. e) de apuntalarse en. 17. (Mackenzie-SP) En el texto, la expresión destacada en negrita, a tenor del lujo, significa: a) según la elocuencia. b) siguiendo a la muchedumbre. c) de acuerdo con el gentío. d) de acuerdo con la pompa. e) según lo mustio. H6 Utilizar os conhecimentos da LEM e de seus mecanismos como meio de ampliar as possibilidades de acesso a informações, tecnologias e culturas. LÍNGUA ESTRANGEIRA/INGLÊS 18. (ECS-AL) Para responder à questão, leia o texto seguinte. Professor Robert Park of the University of Maryland has launched an attack on the popular image of scientists as shown by movies and television. Scientists, he says, are generally portrayed as forgetful, short-sighted and even crazy. ENEM Linguagens e Códigos 21 EM 1D-12-1E The professor is right, of course. Though there have been a few serious attempts to treat scientists with respect, the model for most movie scientists remains the screen version of Mary Shelley’s Frankenstein. Brilliant man, of course, but so obsessed with making a monstrous Boris Karloff from spare body parts that he seems quite unconcerned by what his awful creation is likely to get up to. Frankenstein had even madder movie contemporaries. There was Dr. Moreau, whose speciality was genetics: his laboratory was an island of creatures that were half animal and half human. Or how about Dr. Alexander Thorkel as a role model? In Dr. Cyclops he might be the world’s greatest biologist, but his fondness for shrinking people to the size of chickens does not suggest a candidate for the Nobel Prize. [...] Peter May. Knockout First Certificate. Oxford: Oxford University Press, 2000. De acordo com o texto, Frankenstein: a) queria mostrar Boris Karloff como um homem brilhante. b) teve, no cinema, contemporâneos até mais loucos do que ele. c) trabalhava em um laboratório localizado em uma ilha. d) tentou servir de modelo para alguns cientistas. e) não mostrava grande respeito pelos cientistas em geral. 19. (Mackenzie-SP) Leia atentamente o cartaz ao lado para responder à pergunta. Adaptado The message conveyed by the advertisement states that: a) you are to blame for blindness in the world. b) millions of blind people can be cured immediately. c) a different kind of treatment for blindness is being supported now. d) eyesight treatment is unavailable to some presently. e) being aware of the problem is enough to make a difference in the world nowadays. 20. (UENP) Leia o texto a seguir e responda à questão. Galileo Galilei Galileo Galileiwas a great Italian scientist, mathematician and astronomer. He was born in 1564 in Pisa and was sent to school at the Monastery of Vallombrosa, near Florence. He had many gifts and became a good musician as well as an amateur painter. It was only later that he became interested in Science and Mathematics. It was from the top of the Pisa Tower that Galileo determined the velocity of falling objects: all objects fall at the same speed, whatever their mass. Previously people had thought that heavy objects fell to Earth more quickly than light ones. From People Magazine What was one of Galileo’s most important contribution to the Science? a) He determined that heavy objects fall to Earth as the same speed as the light ones. b) He determined the velocity of light objects. c) He determined that heavy objects fall to Earth more quickly than the light ones. d) He determined the velocity of heavy objects. e) He determined that heavy objects have the same mass of the light ones whatever their velocity. 22 LÍNGUA ESTRANGEIRA/ESPANHOL 21. (UFU-MG) Em relação ao software de gravação de voz, os profissionais afirmam que: a) os termos médicos estão sendo transcritos com perfei- ção na atualidade. b) o emprego desse recurso para o registro das histórias clínicas foi triplicado. c) as palavras coloquiais e a correção gramatical têm sido o principal problema. d) o programa cometia erros elementares na tradução al- guns anos atrás. 22. (UFU-MG) Pelota valenciana: un deporte olímpico Josué Ferrer ¿Y por qué no? La pelota, deporte nacional de los valencia- nos, ha sido históricamente uno de los deportes más grandes del mundo. A pesar de que la burguesía y la intelectualidad valen- cianas a menudo le han dado la espalda, este glorioso deporte ha sobrevivido a las adversidades gracias a la práctica que de él se ha hecho en muchísimos pueblos de nuestro país. Desde aquí enarbolo mi voz a favor de que se trabaje para promocionar la pe- lota valenciana de cara a que pueda tener representación en los Juegos Olímpicos (JJOO) pues es un deporte más importante de lo que creemos. Por eso, hay que desterrar los mitos y prejuicios que provienen de la ignorancia y darnos cuenta de que el deporte de pelota reúne grandes condiciones para ser olímpico y de que de hecho se lo merece muchísimo más que otros. 1. La pelota es un deporte histórico. Llamarle milenario no es exagerar pues se ha jugado, en unas modalidades u otras, desde tiempos inmemoriales en pueblos tan diversos como el egipcio, el japonés o el maya. En ese aspecto la pe- lota, solamente por historia, merece su condición olímpica mucho más que deportes recientes como fútbol o bolea playa. 2. No es un deporte de pueblerinos. A pelota han jugado emperadores (Alejandro Magno…), césares (Vespasiano, Alejandro Severo…), reyes (Luis X, Carlos VIII, Francisco I, Enrique IV…), etc. El hecho de que las elites más poderosas de la Tierra hayan disfrutado jugando a pelota le confiere ese toque aristocrático y prestigioso que todo deporte necesita. 3. La pelota no es propia de ignorantes. Ignorante es quien piense lo contrario pues no sabe que la pelota ha cau- tivado a los más altos intelectuales. Escritores como Luis Vi- ves, Pedro Calderón de la Barca o Francesc Almela i Vives, pintores como Francisco de Goya o Josep Bru o escultores como Ignasi Pinazo, entre otros, se han interesado por ella. 4. La pelota no es un deporte minoritario. De hecho, hasta el siglo XVIII fue el deporte más practicado en toda Europa. Y a pesar de la dura competencia de los deportes de masas, la pelota valenciana se encuentra en auge. Atrae cada vez a más críticos, prensa y público. Además cuenta con una proyección internacional con los campeonatos de Europa y del mundo. 5. Tiene un enorme potencial de expansión. La pelota va- lenciana se puede jugar prácticamente en cualquier rincón, como por ejemplo la calle. En ese aspecto, a nivel de deporte de base, los niños de cualquier país del mundo pueden intere- sarse más por la pelota que por otros deportes que requieren instalaciones especiales como el tenis o el golf. 6. Es un deporte plural. La pelota es un deporte extra- ordinariamente plural tanto en las modalidades como en las reglas que en ellas se aplican. Así vemos que en Euskadi los pelotaris juegan frente a un muro mientras en el Reino de Va- lencia juega un hombre frente a otro. El tenis (que es deporte olímpico) es un invento anglosajón inspirado en la pelota. 7. La pelota es un deporte competitivo. Actualmente la pe- lota se practica a un alto nivel en el Reino de Valencia, Bélgica, Holanda, Italia, Francia y Argentina. Otros deportes olímpicos como el hockey sobre hielo tienen mucha menos rivalidad. De hecho, con la desintegración de la Unión Soviética, Canadá es prácticamente la única gran potencia mundial en este juego. 8. La pelota no es un deporte caro. A lo largo de la historia las autoridades pertinentes han eliminado muchísimos depor- tes de los Juegos para reducir costes que en algunos casos eran exorbitantes. No es el caso de este juego que cuenta con plantillas reducidas, un material económico y que lejos de ne- cesitar grandes estadios se puede disputar en cualquier lugar. 9. Da espectáculo. La pelota no tiene por qué ser un de- porte aburrido como lo pueda ser el remo para alguna gente. Al contrario. Las reglas son bien sencillas y fáciles de enten- der, el duelo que se da entre los pelotaris resulta apasionan- te y titánico, el público se va satisfecho del trinquete y las apuestas dan aún más interés al juego. 10. Es clásico y prestigioso. La pelota valenciana no es como esos ridículos pseudodeportes que salen de la noche a la mañana y que aunque se les tilde de deportes no pasan de ser estúpidos juegos de entretenimiento. Es una disciplina clási- ca, como el maratón, y cuenta por historia, tradición y cultura con un prestigio que difícilmente se encuentra en otro juego. El deporte de pelota fue diluyéndose y desestructurándose poco a poco por toda Europa a lo largo del tiempo. Sólo se con- servó en un altísimo grado de pureza en nuestro país, el Reino de Valencia (la pelota vasca funciona con reglas más modernas que no se enraízan en la tradición histórica más pura), por lo que podemos llamarle pelota valenciana. Por todas estas razo- nes enarbolo mi voz a favor de que a la pelota, en sus diversas modalidades (incluyendo las vascas), sea disciplina olímpica. Somos potencia mundial; la Selección Valenciana, bajo bandera valenciana, se ha proclamado campeona de Europa y del mundo y mitos como Paco Cabanes Genovés o Enric Sarasol han sido considerados los mejores no sólo del país, sino también de Europa y del mundo. Eso sería un oro (casi) seguro para el país. ENEM Linguagens e Códigos 23 EM 1D-12-1E A menudo los valencianos no llegamos a apreciar la inmensa riqueza y valor de nuestra historia y cultura. Es por eso que hace falta un compromiso cívico y patriótico de todos los valencianos (políticos, intelectuales, ciudadanos de a pie…) por tal de potenciar y prestigiar, aún más si cabe, un juego que como la pelota valenciana es un deporte milenario. La pelota valenciana no es solamente nuestro deporte nacional y autóctono; es historia, es cultura, es tradición, es orgullo, es casta, es prestigio, es un emblema identitario de nuestro pueblo y lo más importante; es un clarísimo referente internacional que nos sitúa en el mapa de este mundo cada vez más globalizado y que hace que en el extranjero la gente se interese por nuestra cultura y que se convenza de que los valencianos también sabemos hacer las cosas muy bien. Disponível em:<http://josueferrer.wordpress.com/2010/01/07/pelota-valenciana-un-deporte-olimpico>. Entre os mitos e preconceitos sobre a “pelota valenciana” assinalados pelo autor está o de ser: a) historicamenteum esporte de intelectuais, de pouco alcance ao povo. b) um esporte provinciano, apesar de já ultrapassar as fronteiras de Valência. c) tradicional, mas pouco conhecido, embora tenha um enorme potencial de expansão. d) um esporte que pode facilmente atrair as crianças, embora requeira campo especial. H7 Relacionar um texto em LEM, as estruturas linguísticas, sua função e seu uso social. LÍNGUA ESTRANGEIRA/INGLÊS 23. (UERN) Which of the following sentences is an example of oral language? a) “Sometimes I wonder…” b) “…pleased with me.” c) “Do you ever wonder…?” d) “You know what I wonder?” 24. (UFPB) Leia o texto e responda à pergunta que segue. 24 Considering the characteristics of the whole text, it is correct say that it is from: a) a teen fashion magazine. b) an interactive virtual site. c) a fantastic modern tale. d) a formal business e-mail. e) a romantic short story. 25. (IFSC) Responda à pergunta que segue de acordo com o texto abaixo. Barack Obama Disponível em: <www.google.com.br> Barack Obama was born to a white American mother, Ann Dunham, and a black Kenyan father, Barack Obama Sr., who were both young college students at the University of Hawaii. When his father left for Harvard, she and Barack stayed behind, and his father ultimately returned alone to Kenya, where he worked as a government economist. Barack’s mother remarried an Indonesian oil manager and moved to Jakarta when Barack was six. He later recounted Indonesia as simultaneously lush and a harrowing exposure to tropical poverty. He returned to Hawaii, where he was brought up largely by his grandparents. The family lived in a small apartment – his grandfather was a furniture salesman and an unsuccessful insurance agent and his grandmother worked in a bank – but Barack managed to get into Punahou School, Hawaii’s top prep academy. His father wrote to him regularly but, though he traveled around the world on official business for Kenya, he visited only once, when Barack was ten. Obama attended Columbia University, but found New York’s racial tension inescapable. He became a community organizer for a small Chicago churchbased group for three years, helping poor South Side residents cope with a wave of plant closings. He then attended Harvard Law School, and in 1990 became the first African-American editor of the Harvard Law Review. He turned down a prestigious judicial clerkship, choosing instead to practice civil-rights law back in Chicago, representing victims of housing and employment discrimination and working on voting-rights legislation. He also began teaching at the University of Chicago Law School, and married Michelle Robinson, a fellow attorney. Eventually he was elected to the Illinois state senate, where his district included both Hyde Park and some of the poorest ghettos on the South Side. In 2004 Obama was elected to the U.S. Senate as a Democrat, representing Illinois, and he gained national attention by giving a rousing and well-received keynote speech at the Democratic National Convention in Boston. In 2008 he ran for President, and despite having only four years of national political experience, he won. In January 2009, he was sworn in as the 44th President of the United States, and the first African-American ever elected to that position. Disponível em: <http://www.imdb.com/name/nm1682433/bio> According to the text, choose the correct alternative. The text can be characterized as: a) a summary of a person’s life. b) a comparative review. c) an interesting abstract. d) an interview. e) a personal ad. LÍNGUA ESTRANGEIRA/ESPANHOL 26. (UFAL) Leia o texto a seguir para responder à questão. Noticias que rejuvenecen Predecir cómo va a ser el mundo dentro de unos años ha sido una preocupación que viene de antiguo, y la prueba es que la profesión de profeta va pareja en veteranía con la de alfarero, que ya Dios hizo de alfarero con aquello del barro, y le salió Adán, que sólo Él sabe si hubiera surgido algo mejor empleando madera o mármol. Los profetas modernos actúan de forma colegiada y, previa- mente, hacen una encuesta. Luego, hacen otra, y así descubren hacia dónde van las tendencias, que, ¡hombre!, no es que te digan en qué fecha llegará el Anticristo, pero te pueden indicar, más o menos, lo que va a hacer la mayoría de la gente. La Fundación de Telefónica ha encargado un útil estudio para conocer los hábitos de menores y adolescentes, y ha des- cubierto que casi 9 de cada 10 menores usan Internet, y que 7 de cada 10 prefieren navegar por la red a ver la televisión. De un golpe, me he sentido rejuvenecer, porque me entretiene mucho más leer y contestar el correo electrónico, buscar infor- mación, leer los contenidos de periódicos del otro continente que aquí no llegan, que sentarme a ver en los programas de televisión perorar a personas dedicadas a correr los cien me- tros cama, o a saltar sobre las testas de cornudos y demás infieles en general, en un club donde distingo a unos pocos y no conozco a los demás. ENEM Linguagens e Códigos 25 EM 1D-12-1E Estamos viviendo un cambio de uso tecnológico que va a causar variaciones sociales tan profundas como las que provo- có la aparición de la imprenta. La Galaxia Gutenberg soportó la embestida de la galaxia Marconi, y ésta la del tubo catódi- co, pero esto que llega tiene de todo y por su orden: se puede leer, se puede escuchar y se puede ver. Navegábamos a vela, y resulta que los adolescentes (y algunos que no lo somos) preferimos los recientes barcos de vapor. Luis del Val, Siglo XXI, 23 de noviembre de 2009. Una vez leído el texto por completo, podemos afirmar que el enunciado que resume su contenido genérico es: a) una crítica a propósito de la proliferación de falsos pro- fetas, tan abundantes en los días actuales. b) una descripción de las costumbres más habituales de los jóvenes en la España de hoy. c) una visión nostálgica de los medios técnicos que exis- tían en el pasado. d) los hábitos que imponen las nuevas tecnologías aúnan a los jóvenes con personas de edad, como el autor. e) la preferencia del autor por la navegación a vapor en detrimento de las embarcaciones de vela. 27. (UFG-GO) Leia o texto e responda à questão. Una broma para Evita En 1947 Eva Perón visitó España representando a su Repú- blica. Su tour por la península incluyó una visita a la Capilla Real de Granada, donde contempló los sepulcros de los Reyes Católicos. Tras observar que la cabeza esculpida de la Reina estaba algo más hundida que la del Rey, sus acompañantes le gastaron una broma: “Es que la Reina era más inteligente que su esposo y por eso su cabeza pesaba más”. Todos esperaban que Evita celebrara el chiste con una sonrisa, pero ésta adoptó una expresión seria y dijo: “No les quepa la menor duda. En todas las parejas es así”. DANGAZO, Gloria. Una broma para Evita. Historia y vida. Barcelona, n. 479. 2008. Adaptado. Iniciando su réplica con la expresión “No les quepa la menor duda”, Eva Perón recalca su: a) reacción contra la realeza. b) capacidad de poder sorprender. c) talante ajeno a la política. d) tendencia a reír las gracias. e) gusto por las bromas machistas. 28. (UERJ) Com base no texto a seguir, responda à questão. Relatos de ciencia ficción que inspiran la tecnología espacial Julio Verne imaginó el primer viaje del hombre a la luna en su novela De la tierra a la luna, en 1865. Arthur C. Clarke anticipó las estaciones espaciales y las computadoras sensi- bles en su clásico 2001: una odisea del espacio. Ray Bradbury escribió sobre civilizaciones extraterrestres en sus Crónicas marcianas muchos años antes que el Mars Rover de la NASA explorara el vecino planeta. Estas historias, escritas antes de que los viajes espaciales fueran posibles, fueron fuente de inspiración
Compartilhar