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Apostila de Educação Musical Ensino Fundamental - 7ano

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AAppoossttiillaa  ddee  
EEdduuccaaççããoo  MMuussiiccaall  
 
777ººº   AAAnnnooo      
EEEnnnsssiiinnnooo   FFFuuunnndddaaammmeeennntttaaalll   
 
 
 
 
 
 
 
 
www.portaledumusicalcp2.mus.br 
2 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br 
 
Introdução 
 
sta apostila é fundamentada com base no Plano Político Pedagógico para 
Educação  Musical  elaborado  pelo  Colegiado  do  Departamento  de 
Educação Musical do Colégio Pedro  II. Nela  estão organizados diversos 
conteúdos sugeridos para a 7ª Ano do Ensino Fundamental, com o objetivo de orientar 
as atividades de ensino e aprendizagem. 
Assim,  sugerimos  uma  revisa  dos  conteúdos  das  séries  anteriores,  além  de  leitura 
musical e prática instrumental:  
 
Técnicas básicas de canto: respiração, afinação e emissão. 
Técnicas básicas da flauta doce soprano: sopro, respiração, digitação e postura. 
Técnicas básicas de instrumentos disponíveis e a critério do professor (sons corporais, 
por exemplo). Repertório sugerido para o 7º ano (ou a critério do professor): 
 
 O Pastorzinho (Suzigan & Mota. Método de Iniciação Musical para Jovens e  
Crianças. São Paulo: G4, 2001) 
 A Rã (Suzigan & Mota) 
 Lua de São Jorge (Suzigan & Mota) 
 Anunciação (arranjo do portal: www.portaledumusicalcp2.mus.br) 
 Medley Cirandas (Ciranda da Lia / Cirandeiro) (arranjo do portal) 
 Medley Maracatu Misterioso / O Meu Boi Morreu (arranjo do portal) 
 
Conteúdo programático para o 7º ano: 
 
1. Elementos da música 
 O Som e seus parâmetros 
 O Silêncio 
 O que é música? 
2. Notação Musical 
 Como se escrever música? 
 Escalas Naturais  
3. A Notação Musical no Ocidente: uma História 
 CLAVE: o que é e para que serve? 
 Duração – quadro das durações e suas pausas 
 Pulso e compassos – tipos de compassos 
 Alguns sinais gráficos utilizados para facilitar a escrita musical 
 Sinais de repetição 
 Sinais de intensidade 
 Tipos de andamentos e sinais de andamento 
4. Estrutura e forma em música 
 Forma binária/ternária/rondó 
 Textura em música 
5. Saúde auditiva e saúde vocal 
 
 
 
E 
3 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br 
 
6. Vozes humanas 
 Classificação das vozes humanas 
 Tessitura 
 Muda vocal 
 Conjuntos vocais 
7. Instrumentos musicais 
 Classificação 
 Conjuntos instrumentais 
8. História da Música Ocidental: a música Barroca 
9. Danças e ritmos tradicionais brasileiros 
10. Danças dramáticas 
11. Créditos, fontes e bibliografia 
12. Atividades de fixação 
13. Hinos  (Hino Nacional  Brasileiro,  Hino  da  Independência  do  Brasil  e  Hino  dos 
Alunos do Colégio Pedro II) 
 
4 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br 
 
O SOM E SEUS PARÂMETROS 
 
 
Você já percebeu como o mundo está cheio de sons?  
Mas você já parou para pensar o que é o SOM? 
Pois  bem,  som  é  tudo  o  que  nossos  ouvidos  podem  ouvir,  sejam  barulhos, 
pessoas falando ou mesmo música! Os sons que nos cercam são expressões da vida, da 
energia e do universo em vibração e movimento.  
Experimente fechar os olhos e ficar atento aos sons que nos cercam. 
 
 
E então, percebeu como o silêncio é algo quase impossível? 
Os  cientistas nos ensinam que o  som é o  resultado das vibrações das  coisas. 
Tudo o que existe na natureza pode vibrar. Essas vibrações se propagam pelo ar ou por 
qualquer outro meio de condução, chegam aos nossos ouvidos e são transmitidas ao 
cérebro para que possam ser identificadas.  
A  vibração  regular  desses  objetos  produz  sons  com  altura  definida,  em  que 
você percebe como uma “nota musical”. Esses sons são chamados de sons musicais. 
Por exemplo, os sons produzidos pela flauta doce ou outros instrumentos musicais. 
 
                
 
Já  a  vibração  irregular  produz  sons  sem  altura  definida,  em  que  você  não 
consegue distinguir a “nota musical”. Alguns desses sons são popularmente chamados 
de “barulhos” ou “ruídos”. Por exemplo: o som de um avião ou de um  liquidificador. 
Alguns  instrumentos de percussão, como os  tambores,  também não possuem altura 
definida. 
 
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As principais características ou parâmetros dos sons 
 
INTENSIDADE – É a propriedade que nos permite distinguir sons fortes e sons fracos. É 
o grau de volume  sonoro. A  intensidade do  som depende da  força empregada para 
produzir as vibrações. 
 FORTE ou piano 
 
Alguém gritando em um megafone e o canto de um pequeno pássaro são exemplos de sons fortes e fracos 
 
DURAÇÃO – É a propriedade que nos permite distinguir sons longos e sons curtos. Na 
música o  som vai  ter  sua duração definida de acordo  com o  tempo de emissão das 
vibrações.  
LOOOOOOOOOOOOOONGO ou CURTO 
 
ALTURA – É a propriedade do som que nos permite distinguir sons graves (som mais 
“grossos”), médios e agudos (sons mais “finos”). A velocidade da vibração dos objetos 
é que vai definir sua altura. As vibrações  lentas produzem sons graves e as vibrações 
rápidas produzem sons agudos. 
Agudo, Médio ou Grave 
 
Curiosidade: a altura dos sons depende também do tamanho dos corpos que vibram. 
Uma corda fina e curta produz sons mais agudos que os de uma corda longa e grossa. 
Assim como uma flauta pequenina de tubo bem fino também produz sons mais agudos 
do que um instrumento de sopro com um tubo longo e grosso como a TUBA! 
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Menina ao flautim e uma Tuba 
 
TIMBRE – É a propriedade do som que nos permite reconhecer sua origem. O timbre 
diferencia,  “personaliza”  o  som.  Por  meio  do  timbre  identificamos  “o  que”  está 
produzindo  o  som.  Por  exemplo:  quando  ouvimos  uma  pessoa  falar,  um  celular 
tocando ou mesmo um gatinho miando podemos saber qual fonte sonora produziu o 
som por causa do timbre. 
  
 
 
 
O Silêncio 
 
Entendemos  por  silêncio  a  ausência  de  som,  mas,  na  verdade,  a  ele 
correspondem os sons que já não somos capazes de ouvir. Tudo vibra, em permanente 
movimento, mas nem toda vibração transforma‐se em som para os nossos ouvidos! 
Existem  sons  que  são  tão  graves  ou  tão  agudos  que  o  ouvido  humano  não 
consegue  perceber.  Alguns  animais  possuem  a  capacidade  de  emitir  e  até mesmo 
escutar esses sons! O elefante, por exemplo, emite infra‐sons (sons muito graves), que 
podem  ser detectados a uma distância de 2 km!  Já o  cachorro e o gato  conseguem 
ouvir ultra‐sons (sons muito agudos).  
O silêncio é algo complexo de experimentar: se  ficarmos em silêncio, em sala 
de aula, ainda assim ouviremos algum som.  
 
 
Psiu! Vamos experimentar? 
 
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O elefante emite e ouve sons muito graves que nós não conseguimos ouvir! 
 
Curiosidade:  um  compositor  norte‐americano  chamado  John  Cage  (1912‐1992) 
realizou  uma  experiência  muito  interessante:  ele  queria  vivenciar  a  sensação  de 
plenitude silenciosa e, em busca do “silêncio total”, entrou uma câmara anecóica, ou 
seja, uma  cabine  totalmente  à prova de  sons. Após  alguns  segundos, Cage  concluiu 
que  o  silêncio  absoluto  não  existe,  pois mesmo  no  interior  da  câmara  anecóica  ele 
ouvia dois sons: um agudo, produzido por seu sistema nervoso, e outro grave, gerado 
pela circulação do sangue nas veias! Incrível! 
 
 
Homem dentro de uma câmara anecóica 
 
 
 
 
 
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O que é Música? 
A música  (palavra  derivada  do  idioma  grego  e  cujo  significado  é  “a  arte  das 
musas”) pode  ser definida  como uma  sucessão de  sons e  silêncios organizados  com 
equilíbrio e proporção ao longo do tempo.  
A  música  é  uma  criação  essencialmente  humana.  É  uma  prática  cultural 
presente em todo e qualquer grupohumano. Não se conhece nenhuma civilização ou 
grupo  social  que  não  tenha  produzido  ou  possua manifestações musicais  próprias. 
Embora nem sempre seja feita com esse objetivo, a música pode ser considerada uma 
forma de arte: A ARTE DOS SONS! 
Cada grupo humano define música de uma maneira muito própria: 
 
Um grupo de músicos tradicionais chineses 
A música  é  uma  linguagem  que  pode  ser  definida  e  interpretada  de  várias 
maneiras,  em  sintonia  com  o modo  de  pensar  e  com  os  valores  de  cada  época  ou 
cultura  em  que  foi  produzida.  Muitos  instrumentos  musicais  utilizados  hoje,  por 
exemplo, sequer existiam há tempos atrás. Na música contemporânea, por exemplo, é 
comum utilizarmos  “ruídos”,  sons  considerados  “não musicais”,  fato  inadmissível na 
Idade Média! 
 
Instrumento de épocas diferentes: o antigo alaúde e as guitarras elétricas modernas 
 
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NOTAÇÃO MUSICAL TRADICIONAL:  
Como se escrever música? 
A música é uma  linguagem sonora como a  fala. Assim como representamos a 
fala por meio de  símbolos do alfabeto, podemos  representar graficamente a música 
por meio de uma notação musical. 
Os  sistemas  de  notação musical  existem  há milhares  de  anos.  Cientistas  já 
encontraram muitas evidências de um tipo de escrita musical praticada no Egito e na 
Mesopotâmia por volta de 3.000 anos antes de Cristo!  
Sabe‐se que outros povos também desenvolveram sistemas de notação musical 
em épocas mais recentes, como é o caso da civilização grega. 
 
Fragmento de antigo papiro grego com notação musical 
 
Existem vários sistemas de leitura e escrita que são utilizados para representar 
graficamente uma obra musical. A escrita permitiu que as músicas compostas antes do 
aparecimento  dos  meios  de  comunicação  modernos  pudessem  ser  preservadas  e 
recriadas novamente. A escrita musical permite que um intérprete toque uma música 
tal qual o compositor a prescreveu.  
O  sistema  de  notação  ocidental  moderno  é  o  sistema  gráfico  que  utiliza 
símbolos escritos sobre uma pauta de 5 linhas paralelas e eqüidistantes  e que formam 
entre si quatro espaços. A pauta musical também é chamada de PENTAGRAMA. Veja: 
 
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______________________________________________________________________________________________ 
 
Contam‐se as linhas e os espaços da pauta de baixo para cima. A nota que está 
num espaço não deve passar para a linha de cima nem para a de baixo. A nota que está 
numa linha ocupa a metade do espaço superior e a metade do espaço inferior. 
10 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br 
 
O  elemento  básico  de  qualquer  sistema  de  notação musical  é  a NOTA,  que 
representa um único som e suas características básicas: DURAÇÃO e ALTURA. Veja: 
Os  sistemas  de  notação  também  permitem  representar  diversas  outras 
características, tais como variações de intensidade, expressão ou técnicas de execução 
instrumental. 
 
Para  representar  a  linguagem  falada  você  usa  as  letras  do  alfabeto.  Já  para 
representar os sons musicais você usa as NOTAS MUSICAIS. O nosso sistema musical 
tem 7 (sete) notas.  
Elas formam a seguinte sequência: 
 
DÓ – RÉ – MI – FÁ – SOL – LÁ ‐ SI 
 
Essa sequência organizada de notas é chamada de ESCALA. As escalas usadas 
no ocidente se organizam do som mais grave para o mais agudo e se repetem a cada 
ciclo de 7 notas: 
 
As notas musicais no teclado do piano  
 
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Vamos aprender os nomes das notas musicais cantando? 
Minha Canção 
Do espetáculo “Os Saltimbancos” 
Enriquez ‐ Bardotti ‐ Chico Buarque 
 
Dorme a cidade 
Resta um coração 
Misterioso 
Faz uma canção 
Soletra um verso 
Lá na melodia 
Singelamente 
Dolorosamente 
Doce a música 
Silenciosa 
Larga o meu peito 
Solta‐se no espaço 
Faz‐se certeza 
Minha canção 
Réstia de luz onde 
Dorme o meu irmão  
 
Para ouvir a música vá até: 
http://app.uol.com.br/radiouol/player/frameset.php?opcao=umcd&nome
playlist=004081‐2<@>Os_Saltimbancos 
 
Agora vamos cantar a música do filme “A Noviça Rebelde”? 
 
Dó é pena de alguém 
Ré, que anda para traz 
Mi, pronome que nem sei 
Fá, é fácil decorar 
Sol, é o nosso astro‐rei 
Lá, tão longe que nem sei 
Si, de sim e de sinal 
E afinal, voltei ao Dó 
DÓ, SI, LÁ, SOL, FÁ, MI, RÉ, DÓ 
 
SUGESTÃO: 
Assista ao filme e ouça a trilha sonora. 
 
 
Sinopse: 
No  final da década de 30, na Áustria, quando o pesadelo nazista estava prestes a se 
instaurar no país, Maria, uma  jovem noviça  (Julie Andrews), vive em um convento e 
não  consegue  seguir as  rígidas normas de  conduta das  religiosas. Por  causa disso, é 
enviada pela Madre Superiora para trabalhar como governanta na casa do capitão Von 
Trapp  (Christopher  Plummer). Maria  fica  encarregada  de  cuidar  dos  sete  filhos  do 
capitão  viúvo,  que  os  educa  como  se  fizessem  parte  de  um  regimento  militar.  A 
12 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br 
 
chegada  de  Maria  modifica  drasticamente  o  padrão  da  família,  trazendo  alegria 
novamente  ao  lar  da  família  Von  Trapp  e  conquistando  o  carinho  e  o  respeito  das 
crianças. Mas ela termina se apaixonando pelo capitão, que está comprometido com 
uma rica baronesa. 
Informações Técnicas 
Título no Brasil:  A Noviça Rebelde 
Título Original:  The Sound of Music 
País de Origem:  EUA 
Gênero:  Musical 
Tempo de Duração: 172 minutos 
Ano de Lançamento:  1965 
Site Oficial:  http://www.foxhome.com/soundofmusic 
Estúdio/Distrib.:  20th Century Fox 
Direção:  Robert Wise  
   
 
 
A Notação Musical no Ocidente: uma História 
 
O  sistema  de  notação musical moderno  teve  suas  origens  nos NEUMAS  (do 
latim: sinal), pequenos símbolos que representavam as notas musicais em peças vocais 
do chamado “Canto Gregoriano”, por volta do século VIII (cerca do ano 700 depois de 
Cristo).  
Inicialmente,  esses  neumas  eram  posicionados  sobre  as  sílabas  do  texto  e 
serviam como um lembrete da forma de execução para os que já conheciam a música. 
Veja: 
 
Para resolver este problema as notas passaram a ser escritas em relação a uma 
linha  horizontal.  Isto  permitia  representar  as  alturas.  Este  sistema  evoluiu  até  uma 
pauta de quatro linhas.  
 
 
 
 
 
 
 
13 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br 
 
O monge católico GUIDO D’AREZZO 
 
 
Um desenho antigo retratando o monge Guido d´Arezzo 
 
Grande parte do desenvolvimento da notação musical deriva do  trabalho do 
monge católico italiano Guido d’Arezzo, que viveu no século X d.C. Ele criou os nomes 
pelos  quais  as  notas  são  conhecidas  atualmente  (Dó,  Ré, Mi,  Fá,  Sol,  Lá,  Si).  Esses 
nomes foram tirados de um hino chamado Hino a S. João Batista. Segundo Kurt Pahlen 
(em Nova História Universal da Música), o hino  latino era usado naquela época pelos 
meninos cantores para abrir seu canto, pedindo a S.  João que  lhes concedesse belas 
vozes. Nesta época o chamado sistema tonal ainda estava sendo desenvolvido. Guido 
d’Arezzo adotou uma pauta musical de quatro linhas. Depois do século XII foi adotado 
o pentagrama, isto é, a pauta de cinco linhas que ainda é o padrão hoje em dia. 
 
Hino a São João Batista 
 
Ut queant laxis, 
Resonare fibris, 
Mira gestorum, 
Famuli tuorum, 
Solve polluti, 
Labii reatum 
Sante Iohannes 
 
Tradução aproximada: 
 
 “Para que os vossos servos possam cantar livremente as maravilhasdos 
vossos feitos, tirai toda mácula do pecado dos seus lábios impuros.  
Oh, São João!” 
 
14 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br 
 
Mais tarde, a palavra Ut foi substituída pela sílaba Dó, porque ela era difícil de 
ser  falada. O  Si  foi  formado da união da primeira  letra de  Sancte  e da primeira de 
Iohannes. 
 
 
 
 
CLAVE: o que é e para que serve? 
 
A notação musical é  relativa e por  isso, para escrevermos  as notas na pauta 
precisamos usar CLAVES, espécie de chaves auxiliares.  
A clave indica a posição de uma das notas. Assim, todas as demais são lidas em 
referência a essa nota. Cada  tipo de  clave define uma nota diferente de  referência. 
Dessa maneira, a "chave" usada para decifrar a pauta é a clave, pois é ela que vai dizer 
como as notas devem  ser  lidas. Se na 2ª  linha  tivermos um  sol, no espaço  seguinte 
teremos um lá e na 3ª linha um si.  
As notas são nomeadas sucessivamente de acordo com a ordem das notas da 
escala. Atualmente usam‐se três tipos de clave: de Sol, de Fá e de Dó. A clave de sol é 
própria para grafarmos as notas mais agudas, evitando o uso de linhas suplementares. 
A clave de fá é indicada para as notas mais graves. A clave de dó é mais usada para os 
sons médios. Veja: 
A clave de sol indica que a nota sol deve ser escrita na segunda linha da pauta. 
A partir da nota sol podemos definir a posição de todas as outras notas: 
 
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DURAÇÃO 
Além  da  indicação  das  alturas,  necessitamos  indicar  também  o  tempo  de 
emissão  de  cada  nota,  ou  seja,  quanto  tempo  ela  vai  durar.  Para  representar 
graficamente a duração do tempo dos sons (notas) na música usamos sinais chamados 
FIGURAS DE DURAÇÃO. Elas nos  indicam quanto tempo devemos emitir determinado 
som.  
  Além  da  duração  da  emissão  das  alturas  também  precisamos  representar 
graficamente a duração do  silêncio na música. Para  isso usamos  sinais chamados de 
PAUSAS. Esses sinais têm o mesmo valor das suas respectivas figuras. Para cada figura 
de duração temos uma pausa correspondente. Veja o quadro abaixo: 
 
Quadro de durações e suas pausas 
As figuras não possuem um valor (tempo) fixo. Elas são proporcionais entre si. 
A figura de maior duração é a semibreve. 
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Pulso e compasso 
A  música  possui  um  importante  elemento:  o  pulso  ou  a  pulsação.  Uma  pulsação 
regular pode ter acentuações que se repetem de maneira regular. Veja a seguir: 
Acentos que se repetem a cada dois pulsos regulares: 
1______2______1______2______1______2______1______2 
 
Acentos que se repetem a cada três pulsos regulares: 
1______2______3______1______2______3______1______2______3 
Acentos que se repetem a cada quatro pulsos regulares: 
1______2______3______4_______1______2______3______4 
Compasso é uma fórmula expressa em fração que determina a regularidade do pulso. 
Existem várias fórmulas de compasso como as que seguem: 
Compassos simples (frações de compasso) 
Binário 
 
Ternário 
 
Quaternário 
 
 
 
 
 
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Compasso  simples  é  aquele  em  que  cada  unidade  de  tempo  corresponde  à 
duração determinada pelo denominador da  fórmula de compasso. Por exemplo: um 
compasso 2/4 possui dois pulsos com duração de 1/4 (uma semínima) cada. Os tipos 
mais comuns de compassos simples possuem o 4 no denominador (2/4, 3/4 ou 4/4). 
OBS: Veja  o  quadro  da  página  13. Observe  as  correspondências  entre  as  figuras  de 
duração  e  os  números  que  a  representam  nos  denominadores  das  frações  de 
compasso. 
 
Barras de compasso 
Barra ou  travessão  são nomes usados paras as  linhas verticais que utilizamos 
para separar os compassos e facilitar a  leitura das notas (duração e altura). As barras 
mais usadas são: 
 
 
Barra simples: Separa cada compasso completo. 
 
 
Barra dupla: Usada para indicar o fim de um trecho musical ou final da música. 
Neste caso a segunda linha é mais grossa. Veja: 
 
 
 
 
 
Alguns sinais gráficos utilizados para facilitar a escrita musical: 
 
Ligadura: É uma linha curva que une duas ou mais notas, somando os seus valores. 
Usamos ligaduras somente em figuras de duração e jamais em pausas. Veja: 
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Ponto de aumento: É um ponto colocado à direita da figura positiva ou negativa e 
que aumenta seu valor em sua metade. Veja: 
 
 
Linhas suplementares 
 
Ampliam o pentagrama ou a pauta musical. São linhas colocadas acima ou 
abaixo do pentagrama para indicar notas mais agudas ou mais graves. Veja: 
 
 
 
Sinais de repetição 
 
Para facilitar a escrita e a leitura musical, podemos utilizar sinais que indiquem 
repetição, ao invés de reescrever trechos inteiros que devem ser repetidos. 
 
Sinais de repetição mais comuns 
 
Da Capo ‐ Voltar ao início da música. Abreviatura: D.C. 
 
Da  Capo  ao  Fim  ‐  Voltar  ao  início  e  ir  até  a  palavra  Fine  (Fim)  ou  à  barra  dupla. 
Abreviatura: D.C. al Fine ou D. C. ao Fim 
 
Do Sinal (segno) ao Fim ‐ Voltar ao sinal e ir até a palavra Fine (Fim) ou à barra dupla. 
Abreviatura: Do % AL Fine ou Do % ao Fim 
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Ao Segno (sinal) – retornar ao sinal. Abreviatura: Al % 
Ritornello ‐ Repetir o trecho marcado com a barra dupla com dois pontos. 
 
 
Ritornello com casa 1, 2, 3 etc... – Repetir o trecho, respeitando o compasso que deve 
ser tocado na segunda, na terceira, etc, repetições. 
 
 
 
 
 
Sinais de intensidade 
 
São sinais que indicam a força com que cada nota deve ser cantada ou tocada. Os 
sinais de intensidade mais comuns são: 
 
pp = pianíssimo, tocar muito leve, com pouquíssima intensidade 
p = piano, tocar bem leve, com pouca intensidade 
mp = mezzo‐piano ou meio‐piano, tocar leve, com moderada intensidade 
mf  = mezzo‐forte ou meio‐forte, tocar com força moderada 
f = forte, tocar com força 
ff = fortíssimo, tocar com muita força 
sfz  =  sforzando,  intensificar  subitamente  a  força  com  que  se  toca 
determinadas notas  
 
Crescendo (cresc.) e decrescendo (decresc.)– usa‐se quando se quer um 
aumento gradativo da intensidade. 
 
                       
 
Veja o trecho musical: 
 
 
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Andamento e sinais de andamento 
 
  Os andamentos são as velocidades com que as músicas devem ser tocadas. Por 
tradição em  italiano, as  indicações de andamento são colocadas geralmente no  início 
das  partituras  musicais,  indicando  a  velocidade  com  que  a  música  deve  ser 
interpretada. 
 
Tipos de Andamento 
 
Lentos 
Lento, Largo, Adágio 
Moderados 
Moderato, Andante, Andantino 
Rápidos 
Allegro, Vivo, Presto 
 
Sinais de andamento: São indicações colocadas na partitura com o intuito de acelerar 
ou retardar a execução do trecho musical. Veja: 
 
 
 
Acellerando – deve‐se acelerar o andamento. A sua abreviatura é Acell. 
Rallentando – deve‐se retardar o andamento. A sua abreviatura é Rall. 
 
 
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Estrutura e Forma 
 
Reconhecendo as partes da música e sua textura 
 
Toda vez que ouvimos, tocamos ou cantamos uma música, percebemos que ela 
possui partes que se repetem ou partes que se contrastam. 
As cantigas de roda costumam ter uma ou duas partes, com melodias simples e 
repetitivas, muitas vezes. Cante e perceba: 
 
A Canoa Virou 
 
A canoa virou  
Por deixá‐la virar  
Foi por causa da "Fulana" 
Que não soube remar  
 
Se eu fosse um peixinho 
E soubesse nadar  
Tirava a "Fulana" 
Do fundo do mar 
 
Nesta  canção  de  roda  a melodia  se  repete  várias  vezes.  Você  consegue  selembrar de outras canções desse tipo? 
 
Escravos de Jó 
 
Escravos de Jó jogavam caxangá  
Tira, bota deixa o Zambelê ficar  
Guerreiros com guerreiros fazem zigue zigue zá! 
Então,  vamos  ouvir  algumas música  e  perceber  as  suas  partes?  Se  elas  são 
parecidas  ou  diferentes?  Quantas  vezes  se  repetem?  Quantos  instrumentos  estão 
tocando? Existem muitos sons soando ao mesmo tempo? Procure separar em partes 
as canções do repertório trabalhado! 
 
Outras formas: músicas com mais de uma parte 
 
Forma Binária (A B) 
 
  Quando ao invés de repetir a melodia (a mesma idéia musical), resolvemos criar 
uma  parte  contrastante,  a música  passa  a  ter  duas  partes  e  então  chamamos  essa 
estrutura de Forma Binária. 
 
Melodia A 
Melodia A 
se repete 
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A  forma  binária  pode  ser  abreviada  pelas  letras  A  (primeira  parte)  e  B  (parte 
contrastante). Então temos uma forma: 
A B 
 
Exemplo musical: Mamãe eu quero 
 
Mamãe eu quero 
Mamãe eu quero 
Mamãe eu quero mamar 
Dá a chupeta 
Dá a chupeta 
Dá a chupeta pro neném não chorar 
 
Dorme filhinho do meu coração 
Pega a mamadeira e entra no cordão 
Eu tenho uma irmã que se chama Ana 
De tanto piscar o olho 
Já ficou sem a pestana 
 
 
Forma Ternária (A  B  A) 
 
A forma chamada de ternária é uma extensão da forma binária. Também possui 
uma parte inicial A (exposição) e uma parte contrastante, a parte B. A diferença é que 
a música termina com um retorno à parte A. 
Assim representamos a forma ternária da seguinte maneira: 
A B A 
 
Um  bom  exemplo  de  forma  ternária  é  o  “Samba  de  uma  nota  só”  de  Tom 
Jobim. Procure ouvir essa canção e perceba as suas partes! 
 
O que é uma textura monofônica e textura homofônica? 
 
Chamamos de textura à maneira como os sons são organizados numa música. 
Quando ouvimos só uma pessoa cantando ou um único instrumento soando, dizemos 
que a música possui uma textura monofônica. 
Quando ouvimos uma ou mais pessoas cantando uma melodia acompanhada 
ao violão, por exemplo,  formando um bloco  sonoro único, dizemos que esta música 
possui uma  textura homofônica. No Período Barroco  (séc. XVII a meados do XVIII) a 
homofonia foi intensamente utilizada. 
Pergunte  ao  seu  professor  ou  professora  quais  músicas  possuem  essas 
características! 
 
 
Parte A 
Parte B 
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Textura Polifônica 
 
  Chamamos de polifonia quando uma melodia é acompanhada de uma ou mais 
melodias  simultâneas. O  auge  do  estilo  polifônico  se  deu  no  Período  Renascentista 
(meados do séc. XIV ao  fim do XVI). Procure ouvir músicas desse período. Os estilos 
polifônicos mais conhecidos são o cânone e a fuga. Uma música muito conhecida é a 
canção “Frère Jacques”, um cânone. 
 
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Saúde auditiva 
 
  Devemos zelar pela nossa saúde auditiva e vocal, adotando atitudes saudáveis 
como: 
 
‐ Não ficar exposto a barulhos ou ruídos excessivos. 
‐ Usar protetor auditivo quando o barulho for inevitável. 
‐ Reduzir o tempo que você fica exposto a barulhos. 
 
Alguns  barulhos  podem  comprometer  a  nossa  audição. Os  sons  de  uma  turbina  de 
avião ou de uma britadeira são sons que passam dos 100 decibéis. Esses sons acima de 
90 decibéis causam até surdez! 
Veja: 
 
Silêncio total – 0 dC 
Sussurro – 15 dC 
Conversa normal – 60 dC 
Buzina de automóvel – 110 dC 
Rojão – 140 dC 
Bomba – acima de 150 dC 
 
 
Decibel é uma unidade de medida usada para medir a intensidade dos sons. 
 
 
 
Alguns operários ou controladores de pista de aeroportos devem usar protetores para 
protegerem seus ouvidos dos barulhos excessivos 
 
 
 
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Saúde vocal 
 
  Existem  técnicas  que  preservam  a  saúde  vocal.  Ao  cantar  ou  falar  devemos 
cuidar para que não causemos danos ao nosso aparelho fonador. 
 
As cordas vocais: 
 
São membranas  localizadas na nossa  laringe, que produzem  sons ao  serem vibradas 
pelo ar que vem dos pulmões. A altura dos sons (mais agudos ou mais graves) depende 
da  tensão provocada ou do  tamanho da  corda  vocal. Na nossa boca  existem  vários 
órgãos  articuladores  dos  sons,  que  os  convertem  em  vogais  ou  consoantes:  língua, 
mandíbulas, lábios, céu da boca e dentes. 
 
 
Aparelho fonador 
Cuidados com a voz: 
 
‐ Evite gritar, tanto para falar como para cantar 
‐ Beba bastante água sempre 
‐ Evite ambientes muito secos (ar condicionado excessivo) 
‐ Não falar muito tempo ao telefone 
‐ Antes de cantar procure relaxar a cavidade da boca e mesmo o corpo 
‐ Ao cantar mantenha a postura ereta e relaxada 
 
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Não grite! Isso faz mal a sua voz! 
 
Vozes Humanas 
 
  Cada pessoa possui uma voz única e especial. É como se fosse uma  impressão 
digital.  É  claro  que  existem  vozes  parecidas. Algumas  pessoas  cantam  num  registro 
sonoro mais agudo, outras num registro mais grave. São muitos os fatores que dão as 
características para a voz de cada ser humano. A voz de uma criança, por exemplo, é 
uma voz mais aguda. Existem mulheres que falam muito “fino”, mas isso não é regra. 
Vamos entender como funciona a nossa voz? 
 
 
Ídolos de diferentes gerações, a cantora Ivete Sangalo e o cantor Roberto Carlos  
encantam seus fãs pelo timbre único que possuem 
 
Como funciona a voz humana? 
 
Na página 21 desta apostila podemos observar o desenho de nosso aparelho 
fonador e a explicação sobre o que são e como funcionam as “cordas vocais”. 
Os  sons  que  produzimos  se  originam  pela  vibração  de  duas  “cordas  vocais”, 
localizadas em nossa laringe. Quando o ar que vem de nossos pulmões passa por elas, 
produzem essa vibração. 
Para que o som produzido seja agudo, é necessário que esta corda vocal seja 
curta e fina. Outro fator que deixa os sons agudos é a tensão da corda vocal. Quanto 
mais  tensa ela estiver, mais agudo  será o  som produzido. Quanto mais  relaxada ela 
estiver, mais grave será o som produzido. 
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A voz de uma criança é mais aguda do que a de um adulto 
 
Por  isso, a afinação depende da  técnica de ajustar a  tensão certa para emitir 
cada nota musical. Você pode experimentar cantando uma música. Colocando a mão 
na  garganta,  procure  perceber  como  nas  notas  mais  agudas  você  é  obrigado  a 
aumentar a tensão, enrijecendo sua garganta e consequentemente sua corda vocal! 
 
 
Cantores de ópera possuem suas vozes muito trabalhadas  
para garantir um bom desempenho 
 
Os  sons  produzidos  pelas  cordas  vocais  se  transformam  em  vogais  ou 
consoantes,  conforme  os  movimentos  dos  órgãos  articuladores  como  a  língua,  os 
lábios, a mandíbula, o céu da boca e os dentes. Você  já percebeu como é difícil para 
uma pessoa desdentada dizer as palavras de forma correta? 
Além disso, as cavidades da boca, do nariz e da cabeça servem para amplificar o 
som produzido. 
 
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Os índios botocudos, por exemplo, articulam as palavras de forma muito  
especial, justamente porque é costume colocar nos lábios objetos que  
dificultam o abrir e fechar dos lábios. 
 
Obs:  O  termo  botocudos  é  a  denominação  dada  pelos  portugueses  aos  indígenas 
pertencentes a grupos de diversas filiações linguísticas e regiões geográficas, uma vez 
que a maior parte usava botoques labiais e auriculares (na orelha). 
 
Classificação das vozes humanas 
 
Vozes infantis e vozes femininas adultas 
 
  A vozes das crianças e as vozes das mulheres são mais agudas em geral. Antes 
da muda vocal a voz da criança não possui característicastão definidas. Por isso, para 
classificar a voz de uma criança é necessário acompanhar o seu crescimento.  
 
As vozes femininas são classificadas da seguinte forma, 
 
• SOPRANO – Palavra  italiana que significa superior. É o nome dado para a voz 
mais aguda das crianças e das mulheres. 
• MEZZO‐SOPRANO – O mesmo que meio‐soprano. Como diz o nome, é uma voz 
intermediária entre a soprano e a contralto. 
• CONTRALTO – É a voz mais grave entre crianças e mulheres. 
 
 
 
 
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Diferentes estilos, timbres e extensões vocais: Maria Callas foi uma das grandes sopranos 
eruditas e Cássia Eller uma das grandes cantoras populares em registro de contralto  
 
As vozes masculinas são classificadas da seguinte forma, 
 
• TENOR – é a voz mais aguda entre os homens. 
• BARÍTONO – é a voz intermediária entre o tenor e o baixo. 
• BAIXO – é a voz mais grave entre os homens. Uma voz rara. 
 
 
Os 3 tenores mais populares dos últimos tempos: Plácido Domingo,  
José Carreras e o já falecido Luciano Pavarotti  
 
 
 
 
 
 
 
 
Tessitura 
A  tessitura é a extensão entre a nota mais aguda e mais grave que uma voz é capaz de 
emitir. Na ilustração a seguir podemos visualizar num teclado de piano o conjunto de sons 
típico de cada voz. 
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MUDA VOCAL:
Durante a puberdade  (que ocorre geralmente entre os 12 e 15 anos), a  laringe 
do menino aumenta suas dimensões, levando a tessitura vocal dos rapazes a ficar mais 
grave. Esse fenômeno é denominado muda vocal. 
   
As meninas também apresentam muda vocal, mas é bem menos significativa que 
a dos meninos.  
Em certas ocasiões a muda vocal não se completa com o crescimento do menino, 
gerando a voz aguda infantilizada ou de falsete.  
 
Curiosidade: 
Castrato (plural castrati) é um cantor masculino cuja extensão vocal corresponde 
em pleno à das vozes  femininas, seja de  (soprano, mezzo‐soprano, ou contralto). Esta 
faculdade numa voz masculina só é verificável na sequência de uma operação de corte 
dos canais provenientes dos testículos, ou então por um problema endocrinológico que 
impeça  a maturidade  sexual.  Consequentemente,  a  chamada  "mudança  de  voz"  não 
ocorre. Essa prática não é mais comum como foi há séculos atrás. 
A castração antes da puberdade (ou na sua fase inicial) impedia a libertação para 
a  corrente  sanguínea  dos  hormônios  sexuais  produzidos  pelos  testículos,  as  quais 
provocariam o crescimento normal da laringe masculina (para o dobro do comprimento) 
entre outras características sexuais secundárias, como o crescimento da barba. 
A prática de castração de jovens cantores (ou castratismo) teve  início no século 
XVI,  tendo  surgido  devido  à  necessidade  de  vozes  agudas  nos  coros  das  igrejas  da 
Europa Ocidental,  já que a  Igreja Católica Romana não aceitava mulheres no coro das 
igrejas.  Muitos  rapazes  que  eram  alvo  da  castração  eram  crianças  órfãs  ou 
abandonadas.  Algumas  famílias  pobres,  incapazes  de  criar  a  sua  prole  numerosa, 
entregavam um filho para ser castrado. 
O mais  famoso  castrato do  século XVIII  terá  sido Carlo Broschi,  conhecido por 
Farinelli, tendo sido realizado um filme sobre a sua vida, Farinelli il Castrato. 
 
  
 
O  filme  "Farinelli",  de  Gérard  Corbiau 
(1994)  focaliza  a  vida  do  mítico  cantor 
italiano  Carlo  Broschi  (1705‐1782),  que 
iniciou  sua  carreira  ao  lado  do  irmão,  o 
pianista Ricardo Broschi. 
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Conjuntos Vocais 
Podemos  cantar  sozinhos ou  junto  com outras pessoas. Há uma  classificação 
para os grupos vocais. Por exemplo: 
 
Grupo de 2 vozes: Duo vocal 
Grupo de 3 vozes: Trio vocal 
Grupo de 4 vozes: Quarteto vocal 
Grupo de 5 vozes: Quinteto vocal 
Grupo de 6 vozes: Sexteto vocal 
Grupo de 7 vozes: Septeto vocal 
Grupo de 8 vozes: Octeto vocal 
Grupo de 9 vozes: Noneto vocal 
Mais de 10 vozes: Coral ou Coro 
 
Quando um grupo ou pessoa  canta  sem acompanhamento dizemos que está 
cantando  “à  capela”.  Esta  expressão  caracteriza  o  canto  sem  acompanhamento  de 
banda, orquestra ou instrumento harmônico qualquer. 
 
 
Grupo vocal Calíope, caracterizado por ser um coro especializado em música erudita e 
o Coral Brasileirinho, de vozes infantis 
http://www.movimento.com/images/pessoas/238.jpg 
http://www.brasilcultura.com.br/imagens/001aaaaacoralbrasileirinho2206.jpg 
 
 
 
O Quarteto em Cy, os Golden Boys qe foi quarteto e hoje é um Trio e a dupla ou Duo 
formado pelos irmãos Sandy e Júnior (recentemente desfeita em função da carreira 
solo dos dois jovens) 
http://userserve‐ak.last.fm/serve/252/3115363.jpg 
http://www.revistafator.com.br/imagens/fotos/golden_boys 
http://www.imotion.com.br/imagens/data/media/67/8265sandy.jpg 
 
 
 
 
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Instrumentos Musicais 
 
 
 
  O  homem  primitivo  começou  a  construir  instrumentos musicais  para  tentar 
imitar  os  sons  da  natureza.  Os  primeiros  instrumentos  de  que  se  têm  notícia  são 
aqueles  feitos  de  ossos  de  animais,  de  arco  e  corda  e  os  tambores,  com  peles  de 
animais abatidos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Além da classificação acima, os instrumentos musicais são também classificados 
em “famílias”. A classificação geral das famílias de instrumentos musicais é: 
 
• FAMÍLIA DOS METAIS 
• FAMÍLIA DAS MADEIRAS 
• FAMÍLIA DA PERCUSSÃO 
• FAMÍLIA DAS CORDAS 
 
Classificação dos instrumentos musicais
 
  Os  instrumentos musicais  são  classificados  conforme  o material  de  que 
são confeccionados e a forma como o som é produzido. 
 
 Aerofones são os instrumentos que produzem som por meio do ar, como 
flautas e trompetes, por exemplo. 
 
 Cordofones  são  os  instrumentos  que  produzem  som  pela  vibração  de 
cordas, tais como o violão, o violino e a harpa. 
 
 Membranofones  são  os  instrumentos  que  produzem  som  por meio  da 
vibração de membranas, como é o caso dos tambores em geral. 
 
 Idiofones são instrumentos que produzem som através da vibração de seu 
próprio corpo, como é o caso das claves e sinos. 
 
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Família dos Metais: 
 
 
 
 
Família das madeiras: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Família da percussão: 
 
 
 
 
Família das cordas: 
 
 
 
 
 
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Conjuntos instrumentais 
 
A Orquestra 
 
A  Orquestra  Sinfônica  é  formada  por  vários  instrumentos  das  famílias  de 
metais, madeiras,  cordas  e  percussão. Cada músico  desempenha  a  sua  função  para 
que o  conjunto  seja harmonioso. Veja  abaixo  como  se dispõem os  instrumentos da 
orquestra. 
 
 
http://instrumentos.aulasdemusica.com/imagens/orquestra_2_big.jpg 
 
 
 
 
 
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Outros conjuntos: 
 
Regional de choro 
 
O chamado “Regional de choro”  inclui uma série de  instrumentos como o violão de 7 
cordas,  o  violão  de  6  cordas,  o  cavaquinho,  o  bandolim,  o  saxofone,  a  flauta  e  o 
clarinete, além da percussão (pandeiro). 
 
 
 
Banda de rock 
 
 
O Led Zeppelin foi uma das grandes bandas de rock de todos os tempos 
 
  As bandas de  rock não podem deixar de  ter as guitarras elétricas  (de base e 
solo), o baixo elétrico, a bateria, e eventualmente teclados, além dos vocais. Além de 
todos esses instrumentos outros podem compor as bandas de rock os violões acústicos 
de aço. 
 
Bandas militares e civis 
 
  São  os  conjuntos  sinfônicoscivis  ou  das  corporações  militares  (Corpo  de 
Fuzileiros Navais, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, entre outras). As bandas  civis 
costumam ter sede e estatuto e costumam participar ativamente da vida cultural das 
cidades  onde  funcionam,  principalmente  no  interior  do  país,  onde  cumprem  papel 
sócio‐cultural  de  grande  destaque.  A  banda  sinfônica  costuma  ter  quase  todos  os 
instrumentos de uma orquestra sinfônica. 
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Conjuntos de câmara 
 
  Chamamos  "Música  de  Câmara"  a  qualquer  formação  instrumental  que  se 
limite a poucos executantes. O termo vem da palavra “Câmara” ou “Câmera” que é o 
mesmo  que  “sala”  ou  qualquer  aposento  de  uma  casa.  É,  portanto,  um  conjunto 
musical  destinado  a  pequenos  espaços,  e  por  isso,  a música  escrita  para  pequenas 
formações. O  conjunto de  câmara mais  famoso na música  clássica é o  “quarteto de 
cordas”: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quarteto de cordas: 
 
 
O quarteto de cordas é formado por 2 violinos, uma viola e um violoncelo. O 
contrabaixo não faz parte desse conjunto de câmara clássico, para o qual já 
foram compostas inúmeras obras, principalmente compositores como Haydn, 
Mozart, Beethoven, Schubert, Schumann, Mendelssohn, Brahms, Dvorak, 
Tchaikovsky e Philip Glass. 
 
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HISTÓRIA DA MÚSICA OCIDENTAL 
 
A Música Barroca 
 
A palavra barroco vem da língua portuguesa e significa "pérola irregular". Foi 
adotada internacionalmente para caracterizar o estilo ornamentado e pomposo que 
prevaleceu nas Artes Plásticas, na Arquitetura e na Literatura dos séculos XVII a XVIII. 
A música barroca é toda música ocidental correlacionada com a época cultural 
homônima  na  Europa,  que  vai  desde  o  surgimento  da  ópera moderna  de  Claudio 
Monteverdi no século XVII, até à morte de Johann Sebastian Bach, em 1750. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
    No  Brasil  o  estilo  barroco  foi  mais 
representativo  nas  artes  plásticas,  em 
Minas Gerais, no século XVIII. Na pintura, 
destacou‐se  Manuel  da  Costa  Ataíde. 
Ataíde criou seu próprio estilo, utilizando‐
se  de  cores  vivas,  tropicais.  Pintou  em 
suas obras figuras cordiais, mas um tanto 
irreverentes. Sua obra de maior destaque 
está  no  teto  da  nave  da  Igreja  de  São 
Francisco  de Assis,  em Ouro  Preto. Obra 
realizada entre 1800 e 1809, esta pintura 
representa  uma  Assunção  de  Nossa 
Senhora,  em  que  anjinhos  mulatos 
substituem  os  rosados  querubins  dos 
modelos  tradicionais europeus. A Virgem 
Maria, também mulata, exibe os traços da 
mulher  que  era  companheira  do  pintor. 
Perceba  o  estilo  ornamentado,  cheio  de 
detalhes desta pintura. 
 
Fonte de pesquisa: 
http://www.historiamais.com/barrocoII.htm 
Curiosidade:  
O  termo  barroco,  até  o  século  XIX,  era  um  termo  depreciativo,  que  os 
compositores clássicos usavam para criticar o estilo pomposo dos compositores 
do período anterior a 1750. No século XIX, os historiadores da Arte recuperaram 
a  palavra  barroco,  dando‐lhe  um  significado  mais  conceituado,  de  algo 
ornamentado, cheio de sutilezas. 
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Características gerais da Música Barroca 
 
  Trata‐se  de  uma  das  épocas  musicais  de  maior  extensão,  fecunda, 
revolucionária  e  importante  da música  ocidental,  e  provavelmente  também  a mais 
influente.  As  características  mais  importantes  são  o  uso  do  baixo  contínuo,  do 
contraponto  e  da  harmonia  tonal,  em  oposição  aos modos  gregorianos  até  então 
vigentes.  Na  realidade,  trata‐se  do  aproveitamento  de  dois modos:  o modo  jônico 
(modo “maior”) e o modo eólio (modo “menor”). Foi o apogeu da música instrumental 
em  contraste  com  a  hegemonia  da  música  vocal,  que  prevalecera  em  períodos 
anteriores. 
Durante  o  período  barroco,  os  compositores  e  intérpretes  abusaram  das 
ornamentações  musicais,  fato  jamais  repetido  em  outros  períodos  anteriores  e 
posteriores  da  história  da  música  ocidental.  Além  disso,  fizeram  mudanças 
indispensáveis  na  notação  musical,  desenvolveram  novas  técnicas  instrumentais  e 
novos  instrumentos também.   No Barroco, as músicas ficaram mais  longas, ganharam 
variedade  e  complexidade  de  performance  instrumental.  Novas  formas  musicais 
surgiram, tais como a ópera barroca, o oratório, a cantata, a suíte e a fuga.  
 
As formas barrocas 
 
• Ópera barroca 
A ópera é um gênero artístico que consiste num drama encenado com música. 
O drama é  apresentado utilizando os elementos  típicos do  teatro,  tais  como 
cenografia,  vestuários  e  atuação.    No  entanto,  a  letra  da  ópera  (conhecida 
como libreto) é totalmente cantada em lugar de ser falada.  O primeiro grande 
compositor de ópera barroca foi Claudio Monteverdi, com a obra prima Orfeu, 
de 1607. Monteverdi vivia em Veneza e fez desta cidade o centro da ópera no 
início  do  século  XVII.  Foi  lá  que  em  1637  foi  inaugurada  a  primeira  casa  de 
espetáculos dedicados à ópera, o Teatro San Cassiano.  
 
• Oratório 
O oratório é um gênero de composição musical cantada de conteúdo narrativo. 
Semelhante à ópera quanto à estrutura (árias, coros, recitativos, etc.), difere‐se 
desta por não ser destinado à encenação. Em geral, os oratórios têm temática 
religiosa, mas existem alguns de  temática profana. Este gênero  foi explorado 
com mais  intensidade no período Barroco, especialmente por Georg Friedrich 
Haendel, autor do oratório O Messias, muito popularizado pela famoso trecho 
do “Aleluia” e por Johann Sebastian Bach, com suas paixões, cuja mais famosa 
é a Paixão Segundo São Mateus. 
 
• Cantata 
Cantata  é  um  tipo  de  composição  vocal,  para  uma  ou  mais  vozes,  com 
acompanhamento  instrumental,  às  vezes  também  com  coro,  de  inspiração 
religiosa  ou  profana,  contendo  normalmente mais  de  um movimento  e  cujo 
texto, em  vez de  ser historiado, descrevendo um  fato dramático qualquer, é 
lírico, descrevendo uma  situação psicológica. Uma das mais  famosas cantatas 
barrocas é Jesus, alegria dos homens, de J. S. Bach. 
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• Suíte barroca 
Suíte é como se chama o conjunto de movimentos instrumentais dispostos com 
algum elemento de unidade para serem tocados sem interrupções. 
As peças pertencentes à “suíte barroca" eram sempre da mesma tonalidade e 
todas em forma binária, isto é, têm uma seção A e uma seção B. As principais 
danças eram: 
Allemande: originalmente uma dança alemã em compasso binário moderado, 
passa por modificações pelos autores  franceses e  se  transforma numa dança 
em quaternário com o primeiro tempo curto e fraco.  
Courante: a italiana era em 3/4 ou 3/8 rápido, enquanto a francesa era em 3/2 
moderado.  
Sarabanda:  dança  latino‐americana  e  espanhola,  adotada  na  Itália  e 
modificada na França, com andamento mais lento e em 3/2.  
Giga:  dança  inglesa,  com  duas  variantes,  a  francesa  e  a  italiana.  Tem  um 
andamento de moderado a rápido e é em binário composto (6/8, 6/4), ou ainda 
ternário  (3/4)  ou  quaternário  composto  (12/8),  como  é  o  caso  da  vertente 
italiana. 
 
• Fuga 
Em música, uma  fuga é um estilo de composição contrapontista, polifônica e 
imitativa,  de  um  tema  principal,  com  sua  origem  na  música  barroca.  Na 
composição  musical  o  tema  é  repetido  por  outras  vozes  que  entram 
sucessivamente e  continuam de maneira entrelaçada.  Johann  Sebastian Bach 
(1685‐1750)  é  geralmente  considerado  o  maior  compositor  de  fugas.  Ele 
freqüentava concursos em que recebia um tema com o qual deveria improvisar 
espontaneamente uma fuga ao órgão ou ao cravo. 
 
Principaiscompositores do Barroco 
 
C. Monteverdi 
 
 
 
  Claudio Monteverdi  foi um dos primeiros compositores de ópera, gênero que 
floresceu  muito  no  período  barroco.  Foi  Monteverdi  que  modernizou  a  ópera, 
utilizando uma orquestra maior. Sua  famosa ópera Orfeu  foi encenada pela primeira 
vez em 1607. 
 
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J. Pachelbel 
 
 
 
Johann  Pachelbel  (1653‐1706),  músico  alemão,  foi  organista,  professor  e 
compositor. Compôs um grande acervo de música sacra e secular. Suas contribuições 
para o desenvolvimento do prelúdio coral e fuga o colocam entre os mais importantes 
compositores  da  época  barroca.  Sua  obra mais  popular  é  o  Cânone  em  Ré, muito 
tocado ainda hoje nas trilhas de novela e cinema. 
 
Antônio Vivaldi 
 
 
 
  O músico  e  compositor  italiano  Antonio  Vivaldi,  cujo  apelido  era  “O  Padre 
Ruivo”, viveu em Veneza e tornou‐se uma das grandes expressões da música barroca. 
Além de  ter  se notabilizado como um grande violinista, Vivaldi compôs mais de 600 
concertos, além de óperas e música sacra. Uma das composições mais famosas de sua 
autoria é As 4 Estações. 
 
J. P. Rameau 
 
 
 
  Um dos grandes compositores do barroco, Jean‐Phillipe Rameau, era francês e 
além  de  grande  organista  foi  o  autor  do  primeiro  Tratado  de Harmonia,  obra  que 
influenciou fortemente os músicos nos séculos seguintes. 
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J. S. Bach 
 
 
 
  Johann Sebastian Bach foi um dos maiores músicos e compositoras de todos os 
tempos.  Nasceu em 1675 e faleceu em 1750, data que nos livros de história costuma 
marcar o final do período barroco. Seguiu e manteve a tradição de sua família, que era 
toda de músicos.  Foi um dos grandes organistas da história,  tornando‐se Mestre de 
Capela nas cortes de Weimar e de Cothen, na Alemanha. Naquele  tempo esse era o 
posto máximo  alcançado  por  um músico  e  compositor.  Como  compositor  da  corte, 
compôs muita música para os cultos da igreja e para as festas e solenidades oficiais da 
monarquia para a qual trabalhava. 
  Bach  casou‐se  duas  vezes  e  teve  ao  todo  20  filhos,  muitos  dos  quais  se 
tornaram músicos respeitados também. Escreveu muitas obras entre concertos, fugas, 
suítes para alaúde e cantatas. Entre as obras mais famosas de Bach podemos citar: 
• Jesus Alegria dos Homens 
• Concertos de Brandenburgo 
Além da obra didática “O Cravo bem Temperado”. 
 
G. F. Haendel 
 
 
 
  Outro grande compositor do período barroco, Georg Frederic Haendel nasceu 
na  Alemanha,  mas  notabilizou‐se  como  Mestre  de  Capela  na  corte  da  Inglaterra. 
Escreveu muitas óperas e oratórios, gêneros muito presentes no período barroco. Sua 
obra mais conhecida é o oratório O Messias, cujo magnífico trecho intitulado “Aleluia” 
popularizou‐se de forma avassaladora, seja em concertos e até mesmo em música de 
publicidade. 
 
43 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br 
 
Danças e ritmos tradicionais brasileiros 
 
Jongo 
 
Jongo é uma manifestação cultural essencialmente rural diretamente associada 
à  cultura  africana  no  Brasil  e  que  influiu  poderosamente  na  formação  do  Samba 
carioca, em especial, e da cultura popular brasileira como um todo.  
Faz parte das chamadas “danças de umbigada”, termo criado por estudiosos de 
nossa música e cultura popular (entre eles, Mário de Andrade, Renato de Almeida e J. 
Ramos Tinhorão).  
O  Jongo  foi  trazido  para  o  Brasil  por  negros  escravos  de  origem  bantu, 
seqüestrados nos antigos reinos de Ndongo e do Kongo, atual região da República de 
Angola. 
 
No jongo, os pares dançam dentro da roda ao som dos atabaques e “pontos” 
 
Composto  por música  e  dança  características,  animadas  por  poetas  que  se 
desafiam  por  meio  de  versos  improvisados  na  hora,  em  com  cantigas  ou  pontos 
enigmáticos ('amarrados'). 
 Uma característica essencial da linguagem do Jongo é a utilização de enigmas, 
que  possuem  uma  função  mágica,  que  têm  a  intenção  de  causar  fenômenos 
paranormais. Esse caráter espiritual do  jongo pode ser percebido em vários aspectos 
da manifestação: o fato dos  instrumentos (a pele dos tambores) serem afinados com 
fogo;  o  fato  dos  tambores  serem  considerados  como  ancestrais  da  comunidade 
(pessoas que já morreram); a dança em círculos com um casal ao centro, que remete à 
fertilidade; sem esquecer, é claro, as ricas metáforas utilizadas pelos  jongueiros para 
compor seus "pontos" e cujo sentido é inacessível para os não‐iniciados. 
 
Os instrumentos do jongo: 
 
  Na prática do jongo, alguns instrumentos são essenciais. Entre eles estão, 
 
 
 
 
44 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br 
 
Os tambores ou atabaques: 
 
• São eles que “falam”, são as vozes dos ancestrais. Têm tamanhos diferentes. O 
maior de  todos é comumente chamado de CAXAMBU. O de  tamanho menor 
chama‐se CANDONGUEIRO. 
 
 
 
Outros  instrumentos:  além dos  atabaques, no  jongo utilizam‐se  também  chocalhos, 
entre  eles  o GUAIÁ,  que  tem  função  de marcar  a mudança  de  um  “ponto”. Outro 
instrumento presente no jongo é a CUÍCA ou PUÍTA. 
 
O Jongo no Rio de Janeiro: 
 
Na cidade do Rio de Janeiro, a região compreendida pelos bairros de Madureira 
e Oswaldo Cruz, nos anos posteriores à abolição da escravatura, centralizou durante 
muito  tempo  a  prática  do  jongo,  atraindo  um  grande  número  de  migrantes  ex‐
escravos, oriundos das fazendas de café do Vale do Paraíba.  
 
 
Representantes do Jongo da Serrinha, com Vó Maria ao centro 
 
45 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br 
 
Entre os precursores da  implantação do Jongo nesta área se destacaram a ex‐
escrava  Maria  Teresa  dos  Santos  (Vó  Tereza)  e  seus  parentes,  além  de  diversos 
vizinhos  da  comunidade,  entre  os  quais Mano  Elói  (Eloy  Anthero  Dias),  Sebastião 
Mulequinho  e  Tia  Eulália,  todos  fundadores  da  Escola  de  Samba  Império  Serrano, 
sediada no Morro da Serrinha, em Madureira. Vó Maria, filha de Vó Tereza, e seu filho 
Darcy também ficaram muito conhecidos como criadores de “pontos”. 
 
Ciranda 
 
A Ciranda é um tipo de dança e música de Pernambuco. Sua prática 
é muito presente na  Ilha de  Itamaracá. É dança de roda, muito praticada 
nas praias ou praças, onde os  integrantes dançam ao  som de um  ritmo 
lento, compassado e repetido. Aquele que  inicia a ciranda é chamado de 
Mestre e os que dançam cirandeiros. 
Na ciranda são utilizados basicamente instrumentos de percussão: o 
bumbo ou  tambor, o  tarol ou  caixa de guerra e o ganzá  (chocalho). No 
entanto,  eventualmente  utilizam‐se  instrumentos  harmônicos  como  a 
sanfona. 
 
 
Pintura representando uma roda de ciranda (Aracy) 
 
A dança: 
 
Na  marcação  do  bumbo,  os  cirandeiros  pisam  forte  com  o  pé 
esquerdo à frente. Num andamento para a direita na roda de ciranda, os 
dançarinos dão dois passos para trás e dois passos para a frente, sempre 
marcando o compasso com o pé esquerdo à frente. Os passos podem ser 
simples  ou  coreografados.  Podem  dançar  homens, mulheres  e  crianças, 
sempre  de  mãos  dadas.  As  mãos  se  levantam  de  vez  em  quando  ao 
mesmo  tempo em que os cirandeiros entoam um (Hei!). 
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Cateretê 
 
O cateretê é uma típica dança rural brasileira. Com nome de origem 
tupi,  a  dança  também  apresenta  características  africanas.  Dança‐se  em 
duas  filas,  uma  de  homens  e  outra  de mulheres,  que  evolucionam  uns 
diante dos outros ao som de palmas e bate‐pés. Os  instrumentos usados 
são as violas. São os violeiros que cantam no intervalo da dança e dirigem 
as evoluções do bailado.Uma das mais famosas mestres de ciranda é Lia de Itamaracá: 
 
Cirandeira de  Itamaracá,  ilha perto de Recife, Maria Madalena Correia do 
Nascimento  ficou conhecida como Lia de  Itamaracá desde os anos 60, quando a 
compositora e  cantora Teca Calazans  registrou  a quadra  "Esta  ciranda quem me 
deu foi Lia/ que mora na ilha de Itamaracá".  
 
Lia canta e compõe desde a infância, e em 1977 gravou seu primeiro disco, 
o  LP  "A  Rainha  da  Ciranda". Mas  não  enveredou  pela  vida  artística  e  continuou 
trabalhando como merendeira em uma escola de sua cidade. Na década de 90 foi 
redescoberta pelo produtor Beto Hees, que a levou para participar do festival Abril 
Pro Rock em 1998, com grande êxito. Com repertório que inclui coco de raiz e loas 
de maracatu,  além,  é  claro,  de  cirandas,  acompanhadas  por  percussões  (ganzá, 
surdo, tarol, congas) e saxofone, gravou o segundo álbum em 2000, o CD "Eu Sou 
Lia",  lançado  inicialmente  pela  Ciranda  Records  e  depois  pela  Rob  Digital.  Por 
ocasião do lançamento, apresentou‐se em outras capitais e ministrou workshops. 
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Frevo 
 
O Frevo é um ritmo pernambucano derivado da marcha, do maxixe 
e da capoeira. Surgiu em Recife no  final do século XIX. Muito executado 
durante o carnaval, eram comuns conflitos entre blocos de frevos, em que 
capoeiristas saíam à  frente dos seus blocos para  intimidar blocos rivais e 
proteger  seu estandarte. Da  junção da capoeira  (espécie de  luta marcial 
brasileira)  com  o  ritmo  do  frevo  nasceu  o  passo,  a  dança  do  frevo. 
Acredita‐se que as  sombrinhas  coloridas hoje  tão  comuns nas mãos dos 
passistas  de  frevo  sejam  uma  estilização  das  armas  utilizadas  pelos 
capoeiristas de outrora. 
 
 
A beleza das coreografias do frevo encanta a todos 
 
A palavra frevo vem de ferver, por corruptela, frever, que passou a 
designar: efervescência, agitação, confusão ou rebuliço. 
Os  instrumentos mais usados no  frevo  são os  típicos de orquestra 
de  metais  (trombones,  trompetes,  tubas,  flautas,  entre  outros)  e  de 
percussão,  mas  podem‐se  utilizar  outros  instrumentos,  principalmente 
nos grupos mais contemporâneos de frevo com guitarras, teclados, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tipos de frevo: 
 
Frevo de rua é frevo tocado por orquestra instrumental, sem cantores. 
Frevo  canção  é  um  estilo  de  canção  com  uma  introdução  orquestral 
típica  dos  frevos  de  rua.  São  vários  os  seus  intérpretes.  Entre  os 
compositores de frevo‐canção destacam‐se Capiba e Alceu Valença. 
Frevo de bloco é um  frevo executado por orquestra de pau e cordas. É 
chamado pelos compositores mais tradicionais de "marcha‐de‐bloco". 
O  Frevo‐de‐Bloco  é  o  típico  estilo  das  agremiações  tradicionalmente 
denominadas “Blocos Carnavalescos Mistos”, com efetiva participação da 
mulher, principalmente as mulheres da classe média, na  folia de rua do 
Recife. Existem blocos muito famosos como o Galo da Madrugada. 
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Samba 
 
O  samba  é  um  gênero  musical  e  um  tipo  de  dança  de  origem 
africana  recriada  no  Brasil  por  descendentes  de  escravos,  no  início  do 
século  XX.  Considerado  uma  das  principais  manifestações  culturais 
populares brasileiras, a partir dos anos 1930 o samba se transformou em 
símbolo de identidade nacional. 
No  Rio  de  Janeiro,  o  samba  nasceu  sob  a  influência  dos 
descendentes  de  escravos, muitos  vindos  da  Bahia,  instalados  na  Praça 
Onze  e  outros  das  regiões  de  fazendas  do  Vale  do  Paraíba,  depois  da 
abolição da escravatura no Brasil. Muitos ex‐escravos migraram para o Rio 
de Janeiro em busca de trabalho e se instalaram na região dos bairros de 
Madureira e Oswaldo Cruz. Ligado à vida nos morros, das favelas cariocas, 
o  samba  falam da  vida urbana, dos  trabalhadores  e das dificuldades da 
vida diária. 
 
Principais tipos de samba:   
 
Samba‐enredo 
Surgiu no Rio de Janeiro durante a década de 1930. Como o nome diz, o 
samba  deve  contar  o  enredo  que  a  escola  de  samba  escolheu  para  o 
desfile. Geralmente aborda temas sociais, históricos e culturais.  
 
 
As baterias das Escolas de samba são a maior atração dos desfiles 
 
Samba de partido alto 
É  o  chamado  samba  de  terreiro,  com  letras  improvisadas,  que  canta  a 
realidade dos morros e das  regiões mais carentes. É o estilo de grandes 
mestres  do  samba.  Os  compositores  cariocas  de  partido  alto  mais 
conhecidos são:  Almir Guineto, Dona Ivone Lara, Martinho da Vila e Zeca 
Pagodinho.  
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Pagode 
Nasceu na  cidade do Rio de  Janeiro, na década de 1970. Conquistou as 
rádios e pistas de dança na década seguinte. Tem um  ritmo  repetitivo e 
utiliza  instrumentos  de  percussão  e  sons  eletrônicos.  Espalhou‐se 
rapidamente  pelo  Brasil,  graças  às  letras  simples  e  românticas.  Os 
principais grupos são: Fundo de Quintal, Negritude  Jr., Só Pra Contrariar, 
Raça Negra,  Katinguelê,  Patrulha  do  Samba,  Pique Novo,  Travessos, Art 
Popular. 
 
Samba‐canção 
Surge  na  década  de  1920,  com  ritmos  lentos  e  letras  sentimentais  e 
românticas.  Até  a  década  de  1950  teve  grandes  compositores  como 
Dorival Caymmi e Tom  Jobim e  intérpretes  como Ângela Maria, Dolores 
Duran, Maysa, Nelson Gonçalves, entre outros.  
 
Samba‐exaltação 
Com  letras  patrióticas  e  ressaltando  as  maravilhas  do  Brasil,  com 
acompanhamento  de  orquestra.  Exemplo:  Aquarela  do  Brasil,  de  Ary 
Barroso gravada em 1939 por Francisco Alves. 
 
 
Moreira da Silva, o lendário Kid Moringueira 
 
Samba de breque 
Este estilo tem momentos de paradas rápidas, onde o cantor pode incluir 
comentários  de  caráter  crítico  ou  humorístico.  Um  dos  mestres  deste 
estilo foi Moreira da Silva, o “Kid Moringueira”.  
 
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Danças dramáticas brasileiras 
 
É uma designação proposta por musicólogos como Mário de Andrade para as 
danças que envolvem enredo e encenação. Algumas danças dramáticas  fazem parte 
dos costumes do povo brasileiro, entre elas destacam‐se: 
 
O “Bumba meu boi” 
 
O  bumba‐meu‐boi  é  uma  dança  dramática  brasileira,  que  ocorre 
principalmente  na  região  Nordeste.  A  dança  surgiu  no  século  XVIII  (dezoito)  como 
forma  de  crítica  à  situação  social  dos  negros  e  índios.  O  bumba‐meu‐boi  combina 
elementos de comédia, drama, sátira e tragédia, tentando demonstrar a fragilidade do 
homem, a força bruta de um boi, tendo como tema de fundo a “ressurreição”. 
 
 
 
O bumba‐meu‐boi une elementos das culturas européia, africana e indígena.  
Enredo  e  personagens:  O  enredo  gira  em  torno  da  história  de  um  rico 
fazendeiro  que  possui  um  boi  muito  bonito,  que  sabe  dançar.  “Pai  Chico”,  um 
trabalhador da  fazenda,  rouba o boi para  satisfazer  sua mulher  “Catirina”, que está 
grávida e sente uma forte vontade de comer a língua do boi. O fazendeiro manda seus 
empregados  procurarem  o  boi  e  quando  o  encontra,  ele  está morto. Os  pajés  são 
chamados para ressuscitarem o boi. Depois de rezarem o boi renasce e todos celebram 
a saúde do boi com grande festa. 
 
O Boi de Parintins: 
 
A  cidade  de  Parintins  no Amazonas,  norte  do Brasil,  tem uma  forte  tradição 
com  a  encenação  do  Bumba  meu  boi.  Lá  existem  duas  agremiações:  a  do  Boi 
Garantido  (que defende  a  cor  vermelha) e  a do Boi Caprichoso  (que defende  a  cor 
azul), que se “duelam” no grande festival. Hoje em dia esta festa atrai uma quantidade 
enorme de turistas, que vão apreciar a encenação dos dois “Bois” no “Bumbódromo” 
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da  cidade,uma espécie de  “sambódromo” para o Bumba‐meu‐boi. As  alegorias  são 
ricas como nos desfiles das escolas de samba. 
 
 
 
Imagens do festival de Parintins 
 
O  bumba‐meu‐boi  possui  diversas  denominações  em  todo  o  Brasil.  No 
Maranhão, Rio Grande do Norte e Alagoas a dança é chamada de bumba‐meu‐boi, no 
Pará e Amazonas, boi‐bumbá, em Pernambuco, boi‐calemba, na Bahia, boi‐janeiro, no 
sul, boi‐de‐mamão, etc. 
 
Maracatu 
 
  Maracatu  é  uma  dança  dramática  brasileira  muito  praticada, 
principalmente  em  Pernambuco.  É  formada  por  uma  percussão  que 
acompanha um cortejo real. Como a maioria das manifestações populares 
do Brasil, é uma mistura das culturas indígena, africana e européia. Surgiu 
em meados do século XVIII.  Sua encenação traz diversas características da 
cultura dos afro‐descendentes. 
 
 
Rainha e Rei de um Maracatu pernambucano 
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Os Maracatus mais antigos do Carnaval do Recife,  também  conhecidos  como 
Maracatu de Baque Virado ou Maracatu Nação, nasceram da  tradição da Coroação 
dos  Reis  do  Congo,  uma  encenação  criada  pelos  escravos  e  permitida  pelos 
portugueses no Brasil. 
 
 
Os grandes tambores do maracatu são chamados de alfaias 
 
Os personagens dos Maracatus: 
 
Do  cortejo  do Maracatu  Nação  participam  entre  30  e  50  figuras.  Entre  elas 
estão o Porta‐estandarte, trajado à Luís XV (como nos clubes de frevo), que conduz o 
estandarte.  Atrás,  vêm  as  Damas  do  Paço,  no  máximo  duas,  e  que  carregam  as 
Calungas, que são bonecas que simbolizam uma rainha morta. 
 
 
Calunga na mão de uma dama do passo 
 
Depois  das  Damas  do  Paço  segue  a  corte:  Duque  e  Duquesa,  Príncipe  e 
Princesa, um Embaixador  (nos Maracatus mais pobres o Porta‐estandarte vale como 
Embaixador). 
A corte abre alas para o Rei e a Rainha, que trazem coroas douradas e vestem 
mantos de veludo bordados e enfeitados  com arminho. Nas mãos  trazem pequenas 
espadas e cetros reais.  
Alguns Maracatus incluem nesse trecho do cortejo também meninos lanceiros 
e a figura do Caboclo de Pena, que representa o indígena brasileiro e tem coreografia 
complicadíssima. 
 
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Pastoril 
 
A  encenação  do  Pastoril  integra  o  ciclo  das  festas  natalinas  do  Nordeste, 
particularmente, em Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Alagoas. O pastoril é 
um dos quatro principais espetáculos populares nordestinos, denominados de danças 
dramáticas por Mário de Andrade. O povo participa ativamente dos pastoris. O auto, 
ou enredo contado, do pastoril é todo relacionado com o Natal: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pastoril 
Composição: Ednardo 
 
Venho da maravilha 
Do mel da Jandaíra 
Cheiro à flor de mangueira 
Venho da maraponga 
Pitanga milonga 
Me língua de sol e de 
dengue 
Pra mim do final dessa praia 
Sacode a barra da saia 
Sacode a barra da saia 
Que eu te vejo por inteira 
Que eu te vejo por inteira 
Desde o regaço do norte 
À corredeira do sul 
Teu riso é uma bandeira 
Escorre como um riacho 
Acho claro eu e tu 
Papel seda flor do mato e 
cetim 
Pra te cantar pastorinha 
Te trago dentro da minha 
Chuva de luz no dourado 
Fina areia prateada 
Na asa da borboleta 
Meu anjo solto no espaço 
Espanta o mal e afasta 
E deixa brilhar estrelas 
Em constelações de luz 
Em canções cheias de luz 
No céu das nossas cabeça
 
O “AUTO” DO PASTORIL 
 
O “auto” conta a história das pastoras a caminho de Belém, onde nasceu 
Jesus. Lusbel  lança mão de muitas artimanhas para desviá‐las do caminho e só 
não consegue o seu  intento graças às  interferências de São Gabriel. Frustrado, 
Satanás  convence  Herodes  a  promover  a  degola  dos  inocentes,  mas  este  é 
castigado  porque  os  soldados matam  o  seu  filho.  Herodes  se  arrepende  e  é 
salvo, enquanto o Demônio é mais uma vez derrotado. 
 
 
 
O auto é todo escrito em versos e musicado, com um prólogo, dois atos e 
um epílogo. A comicidade, uma das características mais  fortes dos espetáculos 
populares  do  Nordeste,  aos  poucos  também  foi  aparecendo  no  Pastoril.  As 
pastorinhas se dividem em dois cordões, o azul e o encarnado. 
Os principais personagens do pastoril são: a Mestra, a Contra‐mestra, a 
Diana,  a  Borboleta,  as  Pastorinhas,  o  Pastor.  Os  trajes:  saias,  blusas,  faixas, 
aventais, chapéu de palhinha, nas cores azul e encarnado. Levam um pandeiro 
feito de lata, com cabo e sem tampa, ornado de fita com a cor do cordão a que 
pertence. Acompanhamento: conjunto de percussão e sopro.
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Créditos, fontes e bibliografia 
 
Elaboração e edição da apostila: 
 
Profª Mônica Leme (edição final) 
Profª Milena Tibúrcio (pesquisa e textos) 
Profª Isabel Cristina Borges de Medeiros (pesquisa, textos e exercícios) 
 
Carolina Couto (Ilustrações da capa) 
 
Bibliografia: 
 
BENNETT, Roy. Forma e Estrutura na Música. Rio de Janeiro: Zahar Ed., 1986. 
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GROUT, D. J & PALISCA, C. V. História da Música Ocidental. Lisboa: Gradiva, 2001. 
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SCHAFER, Murray R. O Ouvido Pensante. São Paulo: UNESP, 2003. 
SCLIAR, Esther. Elementos de Teoria Musical. São Paulo: Novas Metas, 1985. 
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Enciclopédias e Dicionários: 
 
500 Anos da Música Popular Brasileira –  com CD homônimo – Edição do Museu da 
Imagem e do Som (MIS‐RJ), 2001. 
Dicionário GROVE de Música ‐ Edição concisa. Rio de Janeiro: J. Zahar. 
 
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http://www.suapesquisa.com/samba/ 
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Imagens na internet: 
 
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http://cms.ich.ucl.ac.uk/website/imagebank/ 
Homem gritando 
http://wyrebc.gov.uk/page.aspx?ImgID=1512 
Passarinho cantando 
55 Portal de Educação Musical do Colégio Pedro II – www.portaledumusicalcp2.mus.br 
 
http://www.wacathedral.org/Photos/bird%20singing.jpg 
Tuba 
http://school.discoveryeducation.com/clipart/images/tuba.gif 
Flautim 
http://www.xtec.es/trobada/musica/imatges/flauti.gif 
Câmara anecóica 
http://blog.educastur.es/practicainstrumental/files/2008/03/anecoica‐1.jpg 
Músicos chineses 
http://pro.corbis.com/images/AABN001276.jpg?size=67&uid=%7BAB8B4BDF‐549D‐4E0E‐A01D‐
4914812862E2%7D 
Alaúde 
http://www.overmundo.com.br/_agenda/img/1205853804_alaude.jpg 
Guitarra 
http://www.aleac.ac.gov.br/aleac/edvaldomagalhaes/images/stories/guitarra‐papel.jpg 
Guido D´Arezzo 
http://www.cpmusical.com.br/biografias/fotos/CP94.jpg 
Abafador de ruídos 
http://www.solucaoepi.com.br/imgProdutos/97_G_Abafador‐de‐ruidos‐exc.jpg 
Aparelho fonador 
http://i93.photobucket.com/albums/l68/Atsiluap/Variado/fonador.gif 
Teclado do piano com notas 
http://walmirsilva.files.wordpress.com/2008/04/escala_teclado_musical.jpg 
Simpsons gritando 
http://www.meupapeldeparedegratis.com.br/cartoons/pages/screaming‐simpsons.asp 
O cantor Roberto Carlos 
http://www.depositonaweb.com.br/wp‐content/uploads/roberto_carlos.jpg 
A cantora Ivete Sangallo 
http://www.fashionbubbles.com/wp‐content/uploads/2009/01/ivete‐sangalo‐look‐branco.jpg 
Crianças cantando 
http://www.sec.pb.gov.br/sec2007/images/stories/criancas‐cantando‐enquanto‐tocando‐musical‐
instrumento‐‐ispc054012.jpg 
Índios botocudoshttp://4.bp.blogspot.com/_y2KqGNl‐M18/SC2feZILu6I/AAAAAAAAABo/iX‐
ZGFDpTXo/s320/botocudos.jpg 
Cantores de ópera 
http://www.rosalindplowright.com/AllStarsGallery/Maddelna_Andrea_Chenier_ROH_1984_with_Jose_
Carreras.jpg 
Coro jovem 
http://z.about.com/d/webclipart/1/0/p/z/2/sing12.gif 
Garoto cantando 
http://thumbs.dreamstime.com/thumb_179/1188378647htf8w0.jpg 
Farinelli, o castrati 
http://mediatheque.ircam.fr/sites/voix/images/oeuvres/farinelli1.jpg 
Maria Callas 
http://www.warnerclassicsandjazz.com/assets/artist/images/825646%209814‐
4%201_callas_rgb_72dpi_wtih‐spine_low‐res_crop.jpg 
Cassia Eller 
http://4.bp.blogspot.com/_‐
XPnDCUY4S8/SG5ykz9wNvI/AAAAAAAAAgI/erToeMWUj6M/s320/CassiaEller.jpg 
Os 3 tenores 
http://www.estadao.com.br/fotos/pavarotti9.jpg 
Barroco mineiro: pintura de Ataíde 
http://www.historiamais.com/ataide.jpg 
J. S. Bach 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Johann_Sebastian_Bach 
Jongo da serrinha 
http://www.jornaldosamba.blogger.com.br/jongo_da_serrinha.jpg 
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Dançando o jongo 
http://www2.petrobras.com.br/cultura/images/espacovirtual/galerias/encontro_de_jongueiros_10.jpg 
Ciranda (pintura de Aracy) 
http://s3.amazonaws.com/rede_prod/assests/0047/2791/Aracy_ciranda_de_roda_30X40_thumb.jpg 
Lia de Itamaracá 
http://www.estadao.com.br/fotos/lia2.jpg 
Cateretê 
http://www.salesianost.com.br/ens_fund/7ano/diversidades_brasil/7f/sudeste2/02051.jpg 
Frevo 
http://www.ufrpe.br/arquivos/upload/frevo3.JPG 
Bateria 
http://g1.globo.com/Carnaval2008/foto/0,,12124450‐EX,00.jpg 
Haendel 
http://www.mucd.de/Bilder/haendel2.jpg 
Monteverdi 
http://www.iicchicago.esteri.it/IIC_Chicago/webform/..%5C..%5CIICManager%5CUpload%5CIMG%5C%5
CChicago%5Cmonteverdi_1.jpg 
Pachelbel 
http://www.ofletters.com/composers/pachelbel.jpg 
Rameau 
http://www.circolodellamusicaimola.eu/2007_2008/3_marzo/Jean‐Philippe_Rameau.jpg 
Inatrumentos primitivos 
www.canalkids.com.br/arte/danca/baila.htm 
Regional de choro 
http://www.agemaduomi.com.br/_casadasmaquinas/_historia‐do‐choro.jpg 
Led Zeppelin 
http://www.rocumentaries.com/pics/led‐zeppelin‐1972‐20060902‐03.jpg 
Quarteto de cordas 
http://zerohora.clicrbs.com.br/rbs/image/3978376.jpg 
Bumba meu boi 
http://www.badaueonline.com.br/dados/imagens/bumba%20boi.jpg 
Rei e rainha do maracatu 
http://www.krulik.com.br/cite/images/01_Rainha_Maracatu.jpg 
Alfaias 
http://www.imageandnarrative.be/worldmusica/images/bart02.jpg 
Calunga 
http://iconacional.blogspot.com/2008/08/blog‐post.html 
Pastoril 
http://www.pirenopolis.com.br/fotos/pastorinhas 
 
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ATIVIDADE DE FIXAÇÃO: ELEMENTOS DA MÚSICA 
 
I.  Leia a partitura musical Ciranda da Lia e faça os itens a seguir (ver no portal): 
 
1. O tipo de compasso é ............................................... 
 
2. A figura de ritmo de maior duração nesta música chama‐se ....................................... 
 
3. Discrimine o(s) compasso(s) em que esta figura mais longa aparece: 
.......................................... 
 
4. As demais figuras de ritmo são: 
 
Nome:......................................  Desenho:                     Valor:.................... 
 
Nome: .....................................  Desenho:                      Valor: .................. 
 
5. No compasso de nº ___  há uma pausa de ...................................., que  vale ........... 
tempo(s). 
 
6. Há sinal de repetição? Qual?...................................................................... 
 
7. Em que compassos aparecem ligaduras? 
 
.................................................................................................................... 
 
8. As três notas iniciais são ............., .............. e ............. 
 
9. A música termina com a nota ........... 
 
II. Preencha a tabela abaixo, identificando o nome da figura, o desenho, a pausa e o número 
que a representa: 
Nome da figura  Desenho da figura Pausa da figura Número da figura 
Semibreve 
 
              4 
Colcheia 
             16 
 
III. Complete somente onde precisar com figuras de ritmo ou pausas: 
 
 
 
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ATIVIDADE DE FIXAÇÃO: 
ELEMENTOS DA MÚSICA 
 
Maracatu misterioso / O meu boi morreu (ver no portal) 
 
EXERCÍCIO:  
 
1) A partitura está em compasso ................................................ 
2) O  sinal  de  repetição  chama‐se  ............................................................  e  indica  que  se 
deve repetir entre os compassos de nº ___ e ____.  
3) Em  toda  a música  há  somente  pausas  de  ...........................................Cada  uma  vale 
............. de tempo. Elas estão nos compassos .........., .......... e ........... 
4) Os nomes das notas do 3º compasso são: .........., ......., ......., ......., .......... e ........... 
5) Há notas duplicadas em 8ªs.  nos compassos .......... e ............. 
6) Os nomes das notas do 10º compasso são : ......., ......, ......, ......., ......., ......, ...... e ......... 
7) Desenhe a figura de ritmo de maior duração nesta música: ....................................... 
8) Desenhe a figura de ritmo de menor duração nesta música: .......................................... 
 
EXERCÍCIO – Elementos da música: 
 
a) Dar nome às notas: 
 
     b) Desenhar a escala de dó ascendente e descendente em semibreves: 
 
b) Dividir com barras os compassos abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ATIVIDADE DE FIXAÇÃO: 
 
A VOZ E OS CONJUNTOS VOCAIS 
 
1. Marque as atitudes corretas para ser um bom cantor: 
(      ) Pronunciar claramente as sílabas e as palavras. 
(      ) Estar sempre de boa aparência. 
(      ) Usar uma expressão que permita ao ouvinte captar o sentido do que está transmitindo. 
(      ) Confiar na intuição, desprezando o preparo vocal. 
(      ) Manter‐se relaxado, sem levantar os ombros. 
(      ) Fazer exercícios para aumentar sua capacidade pulmonar. 
 
2. O que é o aparelho fonador? 
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________ 
 
3. O que é tessitura? 
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________ 
 
4. A “muda vocal” ocorre em que fase de idade? 
_________________________________________________________________ 
 
5. Por que a “muda de voz” é mais evidente no sexo masculino do que no feminino? 
_________________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________________ 
 
6. No Brasil, comumente classificamos as vozes infantis em ______________________________ e 
__________________________________. 
 
7. Complete o quadro das vozes femininas: 
 
Voz aguda  
Voz média   
Voz grave  
 
8. Complete o quadro das vozes masculinas:  
 
Voz aguda  
Voz média   
Voz grave  
 
 
9. O que são conjuntos mistos? 
_________________________________________________________________ 
 
10. Dê um exemplo de pequeno conjunto vocal e outro de grande número de pessoas:  
 
 
____________________________  
 
        ____________________________ 
 
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ATIVIDADE DE FIXAÇÃO: 
 
LINHAS SUPLEMENTARES 
 
  Há notas que  ficam acima ou abaixo do pentagrama porque a maior parte dos  instrumentos 
musicais  e das  vozes pode  alcançar mais notas do que

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