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RESUMO DE EMPREENDORISMO

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UNIDADE 1
DEFINIÇÕES DE EMPREENDEDORISMO
O que é empreender? Poderíamos ficar horas e horas tentando achar uma única definição para esse termo. Entretanto, o verbo agir é o que melhor define seu significado.
Quando falamos de empreendedorismo, muitos verbos podem surgir, tais como sonhar, realizar, fazer algo novo, desenvolver, revolucionar, executar, criar, dentre outros. Todavia, a ação é o que concretiza qualquer um desses verbos ou desejos. Nesse sentido, empreender pode ser entendido como tirar uma ideia do papel e colocar as “mãos na massa” para executá-la.
O Doutor Janguiê Diniz, nos revela que o empreendedor é aquele que transforma seus sonhos em realidade e que não desiste de seus projetos.
 Empreendedores são indivíduos que apresentam características e competências para idealizar, sonhar, ousar, criar e conduzir um negócio com sustentabilidade, perenidade e lucratividade. É um indivíduo que munido de uma forma extraordinária que surge do seu interior, transforma pensamentos em ação e sonhos em realidade. E não desperdiça oportunidades." ]
Outro estudioso da área, José Dornelas, em seu livro Empreendedorismo: transformando ideias em negócios, escrito em 2016, afirma que o empreendedorismo está relacionado com a criação de um novo negócio que envolve pessoas, processos e transforma ideias em oportunidades.
No passado, o empreendedor já foi visto como um grande influenciador da economia, introduzindo novos produtos e serviços no mercado e, consequentemente, criando novas formas de empresas, bem como oportunidades em momentos difíceis.
O Doutor Janguiê Diniz ainda revela, em suas aulas, que o empreendedor é uma pessoa dinâmica, que sonha e realiza, tem um espírito revolucionário e ansiedade por colocar novas ideias em prática. Além disso, ele não tem medo de correr riscos e ir atrás de seus sonhos, pois tem, em sua essência, a criatividade e a usa para criar novas coisas.
É claro que também não podemos empreender de qualquer jeito, sem direção, ou seja, precisamos de um norte, de planejamento e necessitamos saber como as coisas devem ser feitas para que alcancemos o sucesso. É importante lembrar também que os empreendedores nem sempre vencem na primeira tentativa. Desse modo, errar, acertar e, principalmente, não desistir fazem parte do aprendizado do empreendedor.
Além disso, o empreendedor tem muitas responsabilidades, sendo que, se dedicar e investir na criação de novos negócios é uma delas. Gerar trabalhos, empregos e fazer a diferença são outras responsabilidades de igual importância.
De certa forma, essa afirmação pode ser consoladora. De acordo com o autor, nascemos todos empreendedores, mas uns têm mais habilidades do que outros devido aos estímulos recebidos do ambiente em que crescemos, ou seja, da escola, da comunidade, dos relacionamentos e, principalmente, da família. Sendo assim, podemos aprender a desenvolver tais características se formos mais estimulados ou buscarmos esse desenvolvimento. 
O empreendedorismo é o resultado da ação do empreendedor. Em outras palavras, é aquilo colocado em prática que gera lucros e riquezas para a empresa e o país. A prática ficou conhecida em 1950 pelo economista francês Joseph Schumpeter, que classificava empreendedores como pessoas de sucesso por meio da criatividade e inovação. Seguindo a mesma linha de raciocínio, Diniz, conceitua empreendedorismo como um dos principais fatores que desenvolvem economicamente uma nação.
Ainda, o professor defende que o empreendedor é estimulado pela família. Dessa forma, se você nasceu em uma família de empreendedores, você terá maior propensão de se tornar um empreendedor, ou seja, se temos algum exemplo de empreendedorismo na família, é bem provável que possamos desenvolver a ideia de empreender. Se não temos nenhum exemplo, a tendência é buscarmos por empregos que nos deem mais estabilidade, como empregos de carteira assinada e concursos públicos.
Consideramos, assim, que o empreendedorismo é uma questão cultural, ou seja, é uma cultura passada de pai para filho. Portanto, se o pensamento do pai for negativo em relação ao processo de empreender, vendo a atividade como capitalista, nociva e gananciosa, os filhos terão a mesma imagem do empreendedorismo. E, por acharem que isto não é legal, não acharão importante empreender e irão buscar outras opções de trabalho.
Há autores que defendem que todos podem empreender, pois se trata de uma habilidade que pode ser desenvolvida, e não um traço de personalidade. Nesse sentido, pode-se usar como ferramenta de desenvolvimento a busca de conceitos e teorias, e não apenas se prevalecer da própria intuição e imaginação. Para o Doutor Janguiê Diniz, é de extrema importância que o empreendedor, além de ter um sonho, busque condições para empreender, ou seja, adquira habilidades e competências básicas para se tornar um bom empreendedor.
Essas primeiras definições nos levam a refletir que o empreendedorismo é: Além disso, o professor fala da iluminação divina, que não diz respeito a uma religião específica, mas sim à ligação com Deus, com o ético, o moral e o correto. Quando você faz as coisas certas, tudo começa a correr bem. Diante de tudo isso, surge uma pergunta: empreender é uma ciência, um dom ou uma arte?
Para Doutor Janguiê Diniz, empreender é desenvolver o dom interior que se transforma na arte de criar, fazer e acontecer com ousadia, determinação, coragem, motivação e criatividade. Com a prática, o dom é desenvolvido e, assim, se transforma em arte.
Dessa forma, precisamos empreender em nossas vidas antes de empreendermos nos negócios, ou seja, é preciso olhar primeiro o que estamos fazendo, como administramos nossas finanças pessoais, nossos relacionamentos, nossa vida profissional, ter organização e planejamento antes de se aventurar no mundo dos negócios.
O estudioso Chiavenato, em seu livro Empreendedorismo, dando asas ao espírito empreendedor, publicado em 2008, nos mostra que o empreendedor faz coisas, tem sensibilidades diversas e consegue transformar ideias em realidade.
Na verdade, o empreendedor é a pessoa que consegue fazer as coisas acontecerem, pois é dotado de sensibilidade para os negócios, tino financeiro e capacidade de identificar oportunidades. Com esse arsenal, transforma ideias em realidade para benefício próprio e para o benefício da comunidade. Por ter criatividade e um alto nível de energia, o empreendedor demonstra imaginação, perseverança, aspectos que, combinados adequadamente, o habilitam a transformar uma ideia simples e mal estruturada em algo concreto e bem-sucedido no mercado (p. 7).
Ao buscarmos desenvolver estas habilidades com dedicação e força de vontade, poderemos empreender em algo que acreditamos.
Sendo assim, é importante que o empreendedor possa responder algumas questões que darão o direcionamento ao seu projeto e suas ações. 
A diferença do não empreendedor, nestes casos, é que ele não age, ou seja, só sonha e não tira seus sonhos do papel, não tem atitude. Muitas vezes, esse comportamento é caracterizado pelo medo.
O medo é um sentimento muito importante em nossas vidas, pois nos dá um senso de responsabilidade quanto àquilo que fazemos. Entretanto, não podemos deixar que esse sentimento nos domine, pois não conseguiremos fazer nada o que queremos, ou seja, iremos idealizar muito mais do que realizar.
ORIGENS DO PENSAMENTO EMPREENDEDOR
O estudioso Chiavenato, em sua obra Empreendedorismo, dando asas ao espírito empreendedor, publicada em 2008, afirma que “O empreendedorismo tem sua origem na reflexão de pensadores econômicos dos séculos XVIII e XIX, conhecidos como defensores do laissez-faire ou liberalismo econômico” (página 5).
Esse princípio defendia que as forças livres de mercado e da concorrência influenciavam a economia da região. E o empreendedorismo, ao trazer novos negócios, era visto como um grande impulsionador da economia.
Não só o Liberalismo estudou o empreendedorismo, mas também outras ciências, como a Sociologia, a Psicologia, a Antropologia, as Escolas dos economistas behavioristas e dos precursoresda teoria de Traços da Personalidade.
O sociólogo Max Weber buscou analisar a economia e o empreendedorismo e desenvolveu a Teoria do Carisma. Essa teoria identificava um perfil especial de ser humano, que tinha seguidores exclusivamente pela sua personalidade extraordinária. Para Max, esse perfil apenas teria funcionado como um promotor de mudanças nos estágios iniciais da humanidade.
Em sua obra A ética protestante e o espírito do capitalismo, republicada em 1967, Weber traz duas visões sobre o empreendedor: a primeira com o foco no desenvolvimento do empreendedorismo depois da Reforma Protestante e a segunda enfatiza como a orientação da religião ajudou no desenvolvimento de uma atitude clara e positiva sobre ganhar dinheiro e o trabalho, dando ênfase para o assunto.
A psicologia realizou vários estudos sobre o perfil do empreendedorismo. Alguns dos estudiosos da época foram David McClelland, com a tese central sobre o empreendimento. Everett E. Hagen defendia que o empreendedor se formava a partir das necessidades dos locais onde crescem e vivem enquanto minorias na sociedade.
Todavia, entende-se que até hoje muitos estudiosos trabalham o tema de empreendedorismo, contribuindo para o conhecimento e interpretação do tema.
TIPOS DE EMPREENDEDORISMO
Já vimos que o empreendedorismo é um fenômeno muito importante em um país, pois é capaz de contribuir para o seu desenvolvimento, com o objetivo de melhorar a vida das pessoas que lá vivem.
Na visão do Doutor Janguiê Diniz, o empreendedorismo é dividido em: 
Primeiro setor
–
Estado;
Segundo setor
–
Empresas de forma geral;
Setor 2,5
–
Empreendimentos sociais que visam lucro e geram benefícios sociais;
Terceiro setor
+
Dessa forma, o empreendedorismo social de primeira ordem ou grandeza tem o objetivo social de, por meio de recursos e investimentos, realizar sonhos sustentáveis para minimizar o sofrimento dos outros, dando aos que precisam uma oportunidade de mudar seu status quo e sua situação social.
O empreendedorismo social tem por base a responsabilidade social das empresas. 
No empreendedorismo de primeira ordem ou grandeza existe uma preocupação com o outro. Ele não visa o lucro, ou seja, é puramente social. Observe o que o o Doutor Janguiê Diniz tem a dizer sobre o empreendedorismo social: 
O empreendedorismo exclusivamente social é um braço do empreendedorismo tradicional, do qual os empreendedores, em vez de trabalhar para criar uma empresa, objetivando vender produtos ou serviços, cujo foco principal seja gerar lucro para aumentar o patrimônio da corporação e gerar riqueza para o empreendedor, utilizam recursos financeiros, emocionais, criativos, inovadores, etc.
O empreendedorismo exclusivamente social tem o objetivo de transformar a vida das pessoas por meio de ações inovadoras e sem contar com muitos recursos, apenas com ideias e vontade de melhorar a qualidade de vida de alguém ou de uma comunidade. Ele busca desenvolver soluções para diversos problemas sociais, econômicos, culturais, éticos, dentre outros.
Podemos classificar estes empreendimentos como Instituições sem Fins Lucrativos, como é o caso das ONGs e OSCIPs.
Os estudiosos Melo Neto e Froes, no livro Responsabilidade social e cidadania empresarial: a administração do terceiro setor, publicado em 2002, afirmam que o empreendedorismo social possui algumas características:
Neste sentido, podemos falar de várias ações desenvolvidas por pessoas para contribuir com a mudança de um lugar ou comunidade para melhor até se tornar uma política pública.
Como exemplo, o Doutor Janguiê Diniz  usa o modelo de empreendedorismo aplicado na Pastoral da Criança, que tinha como objetivo diminuir a mortalidade infantil por meio de visitas de voluntários às famílias carentes, orientando mães a cuidarem melhor de seus filhos. Foi um excelente trabalho realizado pela pediatra Dra. Zilda Arns Neumann.
O segundo modelo de empreendedorismo social, chamado de segunda ordem ou grandeza, também pode ser chamado de empreendimentos ou negócios sociais, empreendimentos ou negócios de impacto positivo ou empreendimentos ou negócios com causa.
O objetivo dos empreendimentos ou negócios sociais é auferir valiosa contribuição para a sociedade.
Para o Doutor Janguiê Diniz, a empresa com finalidade lucrativa pode possuir, ao mesmo tempo, uma proposta de valor social voltada para oferecer produtos ou serviços demandados por determinado público alvo, ou seja, o modelo de atuação é o mesmo, mas o cerne do negócio tem a ver com a resolução de um problema social. Observe o que ele fala sobre o assunto:
Dessa forma, a responsabilidade social deve ser percebida como o dever da organização em auxiliar a sociedade no alcance de seus objetivos, mostrando que não visa apenas explorar recursos econômicos e humanos, mas também contribuir com o desenvolvimento social.
Sendo assim, o simples fato de abrir uma empresa e torná-la lucrativa faz parte de uma responsabilidade social. O autor destaca que o comprometimento da empresa em ter um bom desempenho econômico deve ser a sua primeira responsabilidade social. 
Assim, notamos que a responsabilidade social corporativa demonstra o impacto de suas ações em todos na organização, clientes, funcionários, acionistas, fornecedores, concorrentes, dentre outros.
Além disso, a responsabilidade social assumida de forma consistente e inteligente pela empresa pode contribuir de forma decisiva para a sustentabilidade e o desempenho empresarial. A busca pelo retorno financeiro das empresas não deve inibir que ela atue com responsabilidade social naquilo que ela faça e que gere valor para a população, visando o bem-estar da sociedade.
Em outras palavras, a busca por lucros não impede que o empreendimento social vise o bem-estar da sociedade, pois essa pode ser a própria essência do empreendimento.
Este tipo de empreendedorismo tem o objetivo de impulsionar a empresa para impactar de forma positiva na vida das pessoas para que a comunidade e o ambiente no qual a empresa está inserida tenham uma melhor qualidade de vida, oferecendo valiosa contribuição para a sociedade onde atua.
Inicialmente, ele pensa em formas de sustentar e oferecer lucros para a empresa por meio da venda de produtos e serviços, uma vez que ela não possui nenhum patrocínio ou doações para seu projeto de empreendedorismo social. Posteriormente, desenvolve ações com o objetivo de gerar valores sociais.
O empreendedorismo de segunda ordem ou grandeza começa a partir da criação de uma empresa que tem finalidade lucrativa, mas possui uma proposta de valor que pensa na comunidade, com o objetivo de melhorar sua qualidade de vida e procurando realizar, se possível, uma transformação social.
O modelo de atuação dos dois tipos de empreendedorismo social não é o mesmo, mas a parte central do negócio está voltada para uma resolução de algum problema social, como educação, saúde, segurança, moradia, dentre outros.
Neste sentido, o Doutor Janguiê Diniz nos presenteia com um exemplo clássico do Grupo Ser Educacional. 
O grupo Ser Educacional está sediado em Recife e é mantenedor, além da UNINASSAU, de outras quatro Instituições de Ensino – UNINABUCO, UNAMA, UNIVERITAS e UNIVERITAS/UNG. Atualmente, a empresa está entre os seis maiores grupos educacionais do Brasil, sendo o maior do Norte e no Nordeste.
O grupo Ser Educacional realiza um trabalho eficiente e de qualidade no campo educacional, promovendo aos seus alunos maior desenvolvimento cultural e profissional.
O desenvolvimento sustentável é uma das questões mais pertinentes no mundo contemporâneo. Esse tipo de ação empreendedora pode trazer impactos positivos sobre um problema social e, ao mesmo tempo, pode sustentar e desenvolver tanto uma empresa quanto a comunidade. 
Isso quer dizer que o empreendedorismo sustentável tem foco na preservação da natureza, ou seja, a vida. Suas ações também impactam a comunidade, buscando uma vida mais sustentável por meio de produtos, processos e serviços, com o objetivo de gerar ganhos.
Um dos exemplos que podemos referenciar é a Natura: por meio dasustentabilidade e preocupação com a natureza, a empresa possui linhas de produtos de cosméticos ecológicos, como é o caso da linha Ekos Natura. Além disso, ela faz questão de divulgar que não realiza testes em animais.
Esse tipo de posicionamento da empresa fortalece sua marca e promove maior credibilidade em seus produtos, atraindo mais clientes e maior competitividade.
Diferenças entre o empreendedor e intraempreendedor
O empreendedor e o intraempreendedor têm o objetivo fazer a diferença, revolucionar e enxergar o futuro como ninguém. Todavia, o segundo está dentro de uma empresa e executa mudanças e inovações em produtos e serviços, maximizando a lucratividade da organização.
No caso do empreendedor, temos o perfil daquele que cria o seu próprio negócio, buscando se diferenciar dos produtos e serviços já existentes, trazendo novidades e benefícios para a sociedade e, consequentemente, lucro para a sua empresa. Para isso, ele detecta uma oportunidade e cria, correndo riscos que devem ser calculados. Na verdade, o empreendedor corre riscos para conseguir realizar seus sonhos e atingir seus objetivos. Desta forma, é possível identificar facilmente um empreendedor quando identificamos algumas características, pensadas pelo estudioso Dornelas em seu livro Empreendedorismo: transformando ideias em negócios, publicado em 2016: 
O empreendedor deve estar alinhado a todas as funções que demandam a criação de um novo negócio. 
Além disso, também existe o empreendedor revolucionário, que é aquele que cria novos mercados, como foi o caso de Bill Gates, criador da Microsoft. Entretanto, a maioria dos empreendedores empreendem em negócios já existentes, proporcionando êxito e sucesso.
O Doutor Janguiê Diniz nos chama a atenção para uma característica importante do espírito empreendedor e defende que pessoas que empreendem vivem sempre no futuro, usando o presente como ferramenta para o seu futuro. Essa afirmação nos leva a pensar como a visão de negócios é importante, pois ela direciona a empresa até onde o empreendedor deseja chegar.
Desse modo, o empreendedor acompanha atentamente as tendências e os ciclos de negócios no ambiente macroeconômico, prevendo ciclos favoráveis e minimizando as surpresas, permanecendo conectado às fontes de relacionamentos diretos e indiretos no seu ramo de negócios.
Dessa forma, intraempreendedorismo é a ação empreendedora interna na empresa. Os colaboradores que atuam para empreender dentro da organização são chamados de intraempreendedores e fazem parte do processo de empreendedorismo interno. Atualmente, é levado tanto em consideração a manutenção do capital intelectual nas organizações, pois este capital é base essencial para a sobrevivência da empresa, sustentabilidade e rentabilidade. Com ele, é possível o desenvolvimento de metodologias, produtos e serviços que tragam maior competitividade para a organização e, consequentemente, o aumento do market share (participação de mercado).
O Doutor Janguiê Diniz, afirma que o intraempreendedorismo é considerado uma modalidade do empreendedorismo.
Consiste numa atuação empreendedora dos colaboradores da empresa, realizada no ambiente interno da instituição de forma criativa e inovadora com o intuito de criar não apenas novos negócios, mas sobretudo outras atividades e orientações inovadoras, como desenvolvimento de novos produtos, serviços, tecnologias, técnicas administrativas, estratégias e posturas competitivas.
Fonte: DINIZ, sd.
Trata-se de uma atuação proativa que vem se tornando cada vez mais comum dentro das organizações que buscam pela competitividade. Com esse objetivo, as empresas permitem que seus colaboradores intraempreendedores tenham uma análise do cenário em que atuam e possam criar e desenvolver produtos e serviços que melhor respondam, de forma eficiente e rápida, às necessidades e demandas do mercado.
Os intraempreendedores, por outro lado, não precisam se preocupar ou temer em apresentar suas ideias para seus superiores, pois a cultura da empresa empreendedora está voltada para a busca de melhoria contínua e, consequentemente, melhores negócios para a organização.
As características do intraempreendedor são as mesmas do empreendedor: ousadia, atenção às novas ideias, criatividade, inovação, determinação, dedicação, persistência, autoconfiança, otimismo, proatividade, paixão pelo que se faz, resiliência, dentre outras.
Muitas organizações têm demonstrado um interesse cada vez maior pelo perfil intraempreendedor de seus colaboradores. Isso ocorre porque os indivíduos intraempreendedores desejam, com uma certa frequência, criar sempre algo novo, gerando vantagem competitiva e competitividade. Além de criar algo novo, eles querem assumir responsabilidades e têm uma necessidade de liberdade dentro do ambiente de trabalho.
Portanto, para que as empresas estimulem este perfil dentro de seu ambiente de trabalho, devem ter uma cultura desenvolvida para este objetivo, permitindo que seus colaboradores possam ousar mais, criar mais e visualizarem seu trabalho como se fosse seu próprio negócio. Caso contrário, esses indivíduos se sentirão frustrados e desmotivados, baixando o índice de produtividade ou até mesmo buscando emprego em outras organizações.
Essa nova busca de significado e a impaciência relacionada vem causando um descontentamento sem precedentes nas organizações estruturadas. Quando o significado não é encontrado dentro da organização, os indivíduos procuram uma instituição que o ofereça (HISRICH; PETERS; SHEPERD, 2014, p. 118).
O empreendedorismo corporativo vem para estimular seus colaboradores a serem intraempreendedores ou até mesmo para identificar tais características nos colaboradores da organização que possuem necessidade e desejo de mudar as coisas na empresa, seja produtos ou processos. 
O empreendedorismo dentro das organizações se reflete mais nas atividades empreendedoras, como por orientações vindas da alta administração.
Os autores Hisrich, Peters e Sheperd, que escreveram e publicaram o livro Empreendedorismo em 2014, afirmam que empreender consiste nos quatro elementos-chave: novo empreendimento, espírito de inovação, autorrenovação e proatividade.
Percebemos que para ser empreendedor é preciso ter disposição e boa percepção das coisas que acontecem ao nosso redor, no intuito de criar algo novo e ter lucratividade a partir deste projeto.
As empresas já existentes também podem ser empreendedoras e buscar novas oportunidades, se renovando sempre. Para que isto aconteça, seus administradores precisam ter o controle da organização e criar ambientes que encorajem seus colaboradores a empreender, ou seja, a se tornarem intraempreendedores. Precisam criar uma cultura empreendedora, voltada para promover esses tipos de comportamento, dando oportunidade para seus colaboradores manifestarem suas ideias.
A estratégia da empresa deve estar voltada para a busca de oportunidades, não apenas pensar no futuro, mas analisar as situações que acontecem no presente e projetar cenários futuros. Isso demonstra a atitude e posicionamento da organização frente às inovações que acontecem.
As empresas administradas de forma empreendedora são facilmente identificadas e demonstram seu diferencial competitivo frente às organizações tradicionais. Elas possuem uma orientação empreendedora e conseguem enxergar as oportunidades mesmo quando outras empresas só enxergam crise.
As empresas empreendedoras possuem muitas características importantes que as tornam diferentes, como possuir uma boa rede de comunicação interna e externa, ou seja, além de boa comunicação com seus funcionários na empresa, também é bem relacionada com seus fornecedores, clientes, concorrentes, dentre outros.
Já nas empresas mais tradicionais, percebe-se uma hierarquia mais formalizada e inflexível, sendo a empresa mais burocrática e com uma cultura mais engessada. A rotina é evidente em todos os processos. Não conseguem responder com rapidez às demandas geradas pelo mercado, mas são mais eficientes do que inovadoras à sua maneira.
Quando falamosdas empresas empreendedoras, identificamos dentro dela o perfil de intraempreendedores que representam um novo valor para a organização, ou seja, essas pessoas promovem novo comportamento, trazem o “novo” para a organização, novas ideias, novas formas de ver e fazer as coisas acontecerem.
É fácil identificarmos, na empresa tradicional, recompensas voltadas apenas para gerência e alguns cargos de responsabilidade. Esse comportamento não promove um ambiente empreendedor, tampouco estimula seus funcionários a trazerem algo novo para a empresa, pois o mérito é sempre o da hierarquia.
Dentro das organizações mais tradicionais, hierarquias rígidas com muitos cargos acabam promovendo o medo das pessoas em desenvolver novas ideias. Desse modo, elas acabam se conformando com que já existe e realizam suas funções, mesmo contrariadas ou insatisfeitas. Esse é um ponto negativo para organizações com este perfil, pois o nível de produtividade é baixa.
Algumas características do empreendedor e do intraempreendedor podem ser vistas no Quadro 2.
Não existem diferenças entre o perfil do empreendedor e do intraempreendedor, o que difere é o ambiente no qual eles atuam. Dessa forma, o empreendedor atua para o desenvolvimento de sua empresa e o intraempreendedor para o desenvolvimento da empresa de outra pessoa.
VANTAGENS E DESVANTAGENS
O empreendedor é aquele que deseja ter seu próprio negócio, se reinventar, contribuir com a sociedade, criar algo que traga benefícios às pessoas que utilizam seus produtos e serviços. 
O intraempreendedor, por sua vez, também possui as mesmas características, mas está realizando atividades dentro da empresa de outra pessoa.
As vantagens de ser dono do próprio negócio é que você mesmo pode ditar as regras, tomar decisões importantes e assumir riscos. Em outras palavras, você é o seu próprio patrão e pode aumentar ou não os rendimentos de sua empresa conforme sua administração.
O empreendedor tem liberdade, não tanto em relação às regras de uma empresa, mas liberdade para agir e colocar em prática seus sonhos, testar suas competências e habilidades e não se limitar.
Alguns acham que o empreendedor está preso à empresa, mas isto não é verdade. Na realidade, trata-se de um ponto de vista distorcido. Assim nos esclarece o Doutor Janguiê Diniz:
O empreendedorismo te prende, mas a diferença é que ele te prende naquilo que é seu, naquilo que você ama. Ora, amigos, para mim, a prisão do empreendedorismo é temporária. Você se prende no início para posteriormente conquistar a sua verdadeira liberdade pessoal e financeira.
O intraempreendedor, por sua vez, não precisa assumir os mesmos riscos que o empreendedor. Ele tem seu salário e benefícios garantidos no final do mês e pode mudar de empresa se quiser. Entretanto, ele tem que possuir muita persuasão para convencer o dono da empresa de suas ideias. Vai precisar se conformar em aceitar regras, burocracias impostas pela organização em que trabalha e vai sempre depender da aprovação de alguém, ou melhor dizendo, do dono da empresa.
Descrevendo as características do perfil do empreendedor
Para ser empreendedor, é preciso motivação. A motivação surge internamente, ou seja, é de cada pessoa. Refere-se à forma como as pessoas sentem e têm vontade de realizar coisas. É inexplicável, pois relaciona-se com as necessidades internas de cada um, proporcionando uma sensação de prazer e bem-estar pessoal, tanto emocional quanto espiritual.
A motivação acrescenta sentido e significado ao que se quer fazer. Torna mais fácil encarar os obstáculos e dificuldades, transformando-os em oportunidades geradoras de negócio e lucratividade. Aumenta o nível de resiliência, persistência e toda dedicação que ele terá para realizar seu objetivo com paixão.
É algo que impele o comportamento e a ação, além de toda euforia, alegria e esforço que traz ao empreendedor ao se criar um novo empreendimento. Também causa satisfação pelas perspectivas, visão de futuro e o compartilhamento do novo negócio entre amigos e familiares.
Não é difícil encontrarmos empreendedores que, ao serem questionados qual o motivo da criação de suas empresas, respondem: “não sei, foi por acaso, de repente tive que abrir uma empresa”. 
Podemos entender que essa situação pode ser advinda de muitos fatores internos ou externos. Por exemplo, uma pessoa que perdeu seu emprego e que precisou montar um negócio para sobreviver, ou até mesmo aquele que, por influência dos pais, familiares ou amigos, optou por abrir uma empresa, empregando aquilo que ele faz de melhor. Há também os insatisfeitos com seu trabalho e querem trocar de profissões e até mesmo aqueles que, ao buscarem conhecimento, despertaram a visão para uma nova oportunidade de “ganhar dinheiro”.
Quando o assunto é inovação, o processo de empreender é voltado para o termo de inovação tecnológica. Nesse caso, as inovações tecnológicas têm sido um grande diferencial, influenciando o desenvolvimento econômico mundial. Para entender melhor este cenário, o autor sugere a análise dos fatores explicitados no Diagrama 1.
O estudioso Chiavenato, que escreveu o livro Empreendedorismo, dando asas ao espírito empreendedor em 2008, afirma que o empreendedor precisa possuir três características básicas: necessidade de realização, disposição para assumir riscos e autoconfiança.
1. Necessidade de realização
–
Refere-se à necessidade que faz com que a pessoa coloque em prática seu sonho e se realize. Essa intensidade muda de pessoa para outra. Às vezes, quando criança, alguns empreendedores já conseguem demonstrar esta característica.
2. Disposição para assumir riscos
–
Relaciona-se com não ter medo de enfrentar os obstáculos e os desafios, além de apostar em suas ideias, correndo o risco para que elas se tornem realidade. Entretanto, o empreendedor deve ter em mente que não se deve assumir altos riscos sozinho, ou seja, os riscos podem ser compartilhados.
3. Autoconfiança
–
Enxergar os desafios como oportunidades e acreditar que eles podem dar certo.
Em primeiro lugar, é importante saber as razões pelas quais as pessoas se engajam em um negócio. Essas razões podem ser muitas, e é preciso entender como cada uma delas motiva o comportamento empreendedor.
O empreendedor, antes de iniciar seus negócios, também precisa ter vontade de trabalhar duro, saber se comunicar e ser organizado, ter orgulho daquilo que faz e, consequentemente, possuir e manter boas relações, assumir desafios calculáveis e saber toWmar decisões. Precisa trabalhar com metas e fazer de tudo para alcançá-las. Isso exige muita dedicação, concentração, busca de informações, planejamento, flexibilidade, dentre outros.
Como já falamos anteriormente, algumas características dos empreendedores não são inatas e nem inerentes, ou seja, podem ser desenvolvidas e adquiridas. Tais características são inúmeras, como ousadia, atenção às novas ideias, criatividade, inovação, determinação, autoconfiança, persistência, motivação, dentre outras.
O empreendedor tem como parâmetro seguir aquilo que ele acredita ser uma oportunidade de negócio. Como as oportunidades são um conjunto de fontes de incerteza, os empreendedores precisam ter um discernimento para analisá-las e decidir se querem correr o risco e apostar no que acreditam que pode dar certo.
Alguns autores afirmam que o empreendedor pensa de modo diferente das outras pessoas, ou seja, de acordo com uma situação, ele pode raciocinar de forma diferente dentro de um ambiente de decisões.
O empreendedor não tem medo de tomar decisões em situações inseguras, com riscos, pressões, incertezas. Este comportamento está na alma do empreendedor, como se ele quisesse pagar para ver o que vai acontecer, e o seu sentimento é de motivação e positividade, ele anseia por algo novo. Portanto, o empreendedor é uma pessoa que também investe em emoções e as utiliza na tomada de decisões e desenvolvimento de seus projetos.
Nem todos pensam desta forma. Muitos, em momentos de crise, preferem desistir, “não trocar o certo pelo duvidoso”, optam pelo “pingar do que secar” e acabam porcontinuar na zona de conforto. A mudança incomoda,  faz com que você encontre novas formas de fazer aquilo que estava fazendo, mas nem todos gostam de mudança.
Os empreendedores são dinâmicos, flexíveis, engajados, determinados, persistentes, características que influenciam diretamente na tomada de decisão. Possuem uma mentalidade empreendedora.
Dessa forma, a mentalidade empreendedora faz com que o empreendedor tenha capacidade de detectar, agir e se movimentar, mesmo sob incertezas.
DIFERENÇAS E SIMILARIDADES ENTRE O EMPREENDEDOR E O EXECUTIVO NÃO EMPREENDEDOR
Muito se estuda sobre o assunto para entender quais são as características e comportamentos que diferem um perfil do outro, ou seja, o que o empreendedor tem que o administrador não tem e vice-versa.
Alguns estudos classificam que o administrador dentro da empresa tem o papel de administrar, planejar, organizar, dirigir, controlar, dentre outros. Esses estudos estão embasados no conceito de administração científica, ou seja, nos princípios da administração de Henry Ford, que falava sobre a arte de administrar. 
Nesse sentido, os administradores se diferem em dois aspectos: nível da hierarquia em que ocupam, o que proporciona um nível de responsabilidade conforme o cargo, e o conhecimento que detêm para exercerem suas funções.
O administrador também tem uma visão de trabalho gerencial focado nos papéis dos gerentes, que variam conforme cada organização. Esses papéis se referem ao posicionamento interpessoal do administrador e requerem habilidades como liderança, se referem aos contextos informacionais e aos papéis decisórios na empresa. 
O administrador também assume papéis em grupos sociais, ou seja, precisa ser bom orador e intermediador.
De acordo com a abordagem referente às atividades do administrador, no que diz respeito ao uso do processo de pessoalidade e relacionamento pessoal, o administrador deve ter uma postura relativamente fraca, podendo ser forte quando se trata do foco na empresa e ações conjuntas, bem como na utilização da hierarquia.
O empreendedor de sucesso possui características extras, pensadas inicialmente por Dornelas em seu livro Empreendedorismo: transformando ideias em negócios, publicado em 2016. Essas características podem ser vistas no Quadro 4. 
Muitos estudos revelam que existem muitos pontos em comum entre o administrador e o empreendedor, pois o empreendedor é um administrador. Todavia, o empreendedor é menos limitado e mais visionário do que o administrador.
Mesmo com essas diferenças entre o empreendedor e o executivo não empreendedor, é importante frisar que muitos executivos também são empreendedores, mesmo exercendo a função de executivos. 
As diferenças entre empreendedor e administrativo podem ser comparadas em cinco dimensões distintas de negócio: orientação estratégica, análise das oportunidades, comprometimento dos recursos, controle dos recursos e estrutura gerencial, em que o administrador fica voltado para a organização de recursos e o empreendedor fica voltado para a definição de contextos.
Outro diferencial é que o empreendedor conhece muito sobre o seu negócio, muito mais do que um administrador que está administrando uma empresa de outra pessoa. Para adquirir esse conhecimento, é preciso tempo e experiência. No entanto, são fatores-chave para que uma empresa não entre em falência com poucos anos de vida.
Há, ainda, alguns mitos sobre o assunto. Esses mitos foram abordados por Dornelas em seu livro Empreendedorismo: transformando ideias em negócios, publicado em 2016: 
Nosso país tem histórias de grandes empreendedores que tiveram uma ideia, colocaram seu sonho em prática e acreditaram que podia dar certo. Nem sempre o sonho do empreendedor dá certo na primeira tentativa. Muitas vezes, ele coloca em prática e vai aprimorando suas técnicas por meio de conhecimentos. Existem muitas empresas que começaram do nada, de um sonho, em pequenos lugares e hoje são potências internacionais, como o empreendedor Bill Gates, que iniciou sua empresa Microsoft em uma pequena garagem. 
É POSSÍVEL APRENDER A SER EMPREENDEDOR?
Segundo alguns relatos de anos anteriores, isso era impossível. Naquele tempo, acreditava-se que o empreendedorismo era inato, ou seja, uma característica que nascia com a pessoa, um atributo de sua personalidade e, assim, ela estava predestinada ao sucesso.
As demais pessoas que não possuíam estas características não eram estimuladas a empreender. Sendo assim, acabavam sendo desencorajadas quando tinham vontade de realizar algum sonho empreendedor.
Atualmente, este discurso mudou bastante. Acredita-se cada vez mais que o processo empreendedor possa ser ensinado e entendido por qualquer pessoa, como já falamos anteriormente.
É claro que ainda temos os empreendedores inatos e com sucesso, porém temos aqueles empreendedores que se arriscaram, buscaram conhecimento e correram atrás de seus sonhos. Podemos falar de grandes mitos empreendedores, como Bill Gates, Silvio Santos, Steve Jobs, dentre tantos outros que tiveram uma empresa sustentável e duradoura. 
Ao buscar conhecimento sobre seu próprio negócio, o empreendedor está buscando ser um empresário de sucesso. O conhecimento é um parceiro constante do empreendedor, que o ajudará a gerar riquezas para si e para o país.
Além disso, muitas universidades e escolas técnicas disponibilizam cursos sobre empreendedorismo para pessoas que querem desenvolver e aprimorar seus conhecimentos sobre o assunto. Entretanto, é preciso ficar atento ao que essas instituições ensinam para ver se o conhecimento está realmente alinhado ao propósito de desenvolver empreendedores.
No Quadro 6, idealizado por Dornelas, estudioso e autor do livro Empreendedorismo: transformando ideias em negócios, publicado em 2016, é possível ver a classificação das habilidades requeridas de um empreendedor.
 
UNIDADE 2
ENTENDENDO A GLOBALIZAÇÃO
O tema globalização, embora pareça novo, é um processo antigo. Não conseguimos precisamente definir o seu início, entretanto, quando falamos das trocas de bens e serviços no início da produção e da moeda, estamos falando de globalização.
Se formos mais atrás na história e mencionarmos o processo de migração de pessoas, estamos falando de um movimento que contribuiu para o processo de globalização. Nesse sentido, podemos aproximar o processo da globalização com o rompimento de fronteiras, processo no qual as pessoas ganham maior proximidade e conseguem fazer negócios ou criar relacionamentos.
Com o tempo, a globalização, em parceria com a tecnologia, foi tomando novos formatos. À medida que as nações iam se relacionando e se desenvolvendo, vivenciavam um processo de globalização. Outro fator importante foi a criação de empresas multinacionais, que romperam fronteiras e conseguiram importar ou exportar mercadorias para outros países que não fosse o seu e, assim, trabalhar com novos mercados.
Os blocos econômicos surgiram com o objetivo de incentivar o relacionamento comercial entre seus países membros e, por outro lado, acabaram restringindo a negociação com outros países que estavam fora dele, tais como Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA), Mercado Comum do Sul (Mercosul), Mercado Comum Árabe (MCA), Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (BRICS), dentre outros.
A inovação tecnológica quebrou a distância entre países e pessoas, assim como promoveu a diminuição de custos com transportes e ligações de telefones celulares, contribuindo para a globalização.
O estudioso Lacombe, em seu livro Administração fácil,  publicado em 2011, defende que a globalização dá ênfase aos:
ASPECTO ECONOMICO E COMERCIAIS PERMEANDO TODAS ATIVODADES HUMANAS INFLUENCIANDO NO COMPOTAMENTO E CULTURA DOS POVOS
Vejamos o que o autor tem a dizer sobre o assunto:
[...] integração crescente de todos os mercados (financeiros, de produtos, serviços, mão de obra, etc.), bem como dos meios de comunicação e de transportes de todos os países do planeta. Também é o processo em que a vida social nas sociedades sofre influência cada vez maiores de todos ospaíses, incluindo os aspectos políticos, econômicos, culturais, artísticos, moda, meios de comunicação, etc (p. 213).
Sendo assim, a importância da globalização para o desenvolvimento de um país, das pessoas e, inclusive, para a contribuição da sua cultura é primordial.
GLOBALIZAÇÃO EMPRESARIAL
No desenvolvimento da globalização, o que pode ter maior promoção lucrativa para as organizações é a quebra de barreiras para criar negócios com públicos distantes. 
Além disso, alguns estudos revelam que a globalização empresarial pode ser dividida em quatro possibilidades:
Entendendo cada uma das possibilidades, fica mais claro para o empreendedor definir sua estratégia e orientar seu planejamento estratégico.
VANTAGENS E RISCOS DA GLOBALIZAÇÃO
A globalização pode proporcionar muitas vantagens. Com a quebra de barreiras que minimizam a distância entre pessoas e empresas, por exemplo, é possível realizar negócios mais dinâmicos e lucrativos para todos os envolvidos.
Algumas das vantagens são:
LIVRE COMERCIO DE MERCADORIAS, LIVRE CURSO DE RECURSOS FINANCEIROS, AUMENTO DO FLUXO DE INFORMAÇÃO.
Entretanto, ela pode trazer também alguns riscos, caso os envolvidos não estejam atentos, tais como: 
Diminuição da soberania dos países
Velocidades diferentes da globalização
Empobrecimento cultural
Riscos da padronização
Percebemos, desse modo, que a globalização é um processo inevitável e transformador. Do ponto de vista financeiro, é possível perceber que a globalização promove transações rápidas e dinâmicas, além do surgimento de novos produtos no setor. 
Para o setor produtivo das organizações, a globalização foi um avanço, uma vez que ela promove a competitividade entre as empresas e, consequentemente, melhora a qualidade de seus produtos e serviços, aumentando a participação de mercado e explorando novos segmentos e públicos. 
Todavia, ao olharmos para outros fatores, como o político e o social, conseguimos perceber uma diferença que a globalização ainda não pode solucionar. Muitos não têm acesso a ferramentas importantes que promovem a globalização e o setor político, por exemplo, que ainda é muito burocratizado e não consegue atender as demandas da sociedade.
PAPEL DO EMPREENDEDOR E DO INTRAEMPREENDEDOR NA GLOBALIZAÇÃO
O cenário da globalização pode ser muito motivador e desafiante para o empreendedor e o intraempreendedor.
Em relação às influências da globalização no setor financeiro e produtivo, o empreendedor tem papel fundamental em analisar os acontecimentos e tendências, olhando para as oportunidades e transformando-as em negócios geradores de lucro.
Elas são vistas com uma importância extrema para o desenvolvimento das empresas, que gerarão empregos nos locais onde estiverem inseridas.
Esse tipo de ação permite que a empresa se reinvente por meio de novos produtos e serviços que atendam de forma rápida e efetiva as demandas e necessidades de um determinado público-alvo. 
Quando a empresa tem um intraempreendedor trabalhando para que ela seja inovadora no mercado, ela ganha maior evidência se comparada com as demais de seu segmento. Isto permite maior credibilidade e o fortalecimento de sua marca. O empreendedor, por sua vez, realizando o mesmo papel com sua empresa, conseguirá os mesmos objetivos, permitindo que a organização tenha maior competitividade por meio de uma vantagem competitiva, ou seja, o seu diferencial. Chamamos este tipo de ação de estratégia empreendedora. 
As empresas que trabalham com uma estratégia empreendedora usam a inovação para trazerem produtos e serviços diferentes ao mercado e acabam tendo maior visibilidade.
Empreendedorismo no Brasil
Por mais que o Brasil seja um dos maiores países voltados para o empreendedorismo, empreender no país é algo desafiador e extremamente difícil por vários motivos, tais como mão de obra desqualificada, maior carga tributária do mundo, maiores taxas de juros, ser um dos países mais corruptos e extremamente burocrático, dentre outros.
Além disso, há no país uma atenção especial para o tema empreendedorismo no que diz respeito à criação de pequenas empresas duradouras e a necessidade de diminuir a taxa de mortalidade dessas empresas. Isso porque: 
Muitos fatores influenciam diretamente esse problema, principalmente no que se diz a respeito à economia do país. Outros fatores importantes são a globalização, a necessidade de inovação para ter competitividade, a necessidade de investir na empresa para ela se manter no mercado, dentre outros.
Ainda, segundo pesquisas do Sebrae realizadas entre 2016 e 2017, o empreendedorismo no Brasil é exercido de forma atabalhoada, ou seja, sem qualquer critério, disciplina ou responsabilidade social. Atualmente, existem 52 milhões de pessoas que possuem seu próprio negócio no país. Dentro dos BRICS econômico (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o país ocupa o ranking do primeiro lugar.
Dessa forma, o empreendedorismo é um fator importante para o desenvolvimento de um país, para geração de riquezas, empregos e, consequentemente, contribui para o desenvolvimento como principal promotor do avanço econômico e social.
Em 2017, o projeto Global Entrepreneurship Monitor – GEM, com o apoio do Sebrae, criou um relatório com o resultado de suas pesquisas referentes ao empreendedorismo no Brasil. Para entendermos seu resultado, é importante conhecermos a classificação dos empreendedores dentro da pesquisa.
NASCENTE: Indivíduos dono de um negócio que ainda está começando e não pagou salários ou qualquer outra forma de remuneração aos donos por mais de três meses;
NOVOS São donos de empreendimentos que já conseguiram remunerar de alguma forma o proprietário por um período superior a três meses e inferior a 42 meses, ou seja, 3,5 anos;
ESTABELECIDOS São donos de empreendimentos que conseguem remunerar seus proprietários com um período superior a 42 meses.
A Tabela 1 nos informa que, entre os empreendedores brasileiros de 18 e 64 anos, 36,4% possuem um negócio próprio. Os novos empreendedores representam 16,3%, os iniciantes ou nascentes representam 4,4% e, por fim, os já estabelecidos, representam o total de 16,5%.
A taxa de sobrevivência das empresas é influenciada pelos desafios vivenciados. Todavia, segundo pesquisa do GEM, houve uma alteração nos percentuais das empresas com dois anos de vida.
O Gráfico 1 mostra que 76,6% das empresas brasileiras criadas em 2012 sobreviveram por até dois anos. Como é possível observar no gráfico, foi a maior taxa de sobrevivência de empresas com até dois anos no período de 2008 a 2012.
A pesquisa também nos apresenta dados referentes à taxa de mortalidade, ou seja, empresas que abrem e não conseguem sobreviver mais de dois anos de existência, conforme mostra Gráfico 2.
A taxa de mortalidade complementa a taxa da sobrevivência das empresas. Assim, conforme resultado da pesquisa realizada pelo Sebrae, a taxa de mortalidade das empresas com até dois anos caiu de 45,8% entre as empresas nascidas em 2008 para 23,4% entre as empresas nascidas em 2012. Consequentemente, a taxa de sobrevivência demonstrada no Gráfico 1 aumentou.
FATORES QUE INFLUENCIAM E FOMENTAM O EMPREENDEDORISMO
O empreendedorismo no Brasil é uma prática constante e faz parte da cultura do país, estimulada por muitos fatores.  Um dos fatores que mais estimulam tal prática é viver sob constantes momentos de crise. 
Dessa forma, o brasileiro é mais estimulado a abrir seu próprio negócio quando está passando por uma situação financeira complicada, como o desemprego, e precisa de alguma forma suprir a renda que recebia.
É possível também identificar uma maior concentração de perfis empreendedores nas grandes cidades, pois a concentração de empresas é maior e, consequentemente, o número de desempregados, assim como as oportunidades, são maiores.
Desse modo, quando não há muitas alternativas para voltar ao mercado de trabalho, os funcionários demitidos passam a criar novos negócios, mesmo sem contar com experiência e conhecimento do ramo. Sendo assim, criam apenas com o que receberam de sua rescisão, Fundo de Garantia, dentreoutros investimentos. Em outras palavras, essas pessoas passam a se ver como donos e patrões de maneira muito abrupta e precisam saber administrar muito bem sua empresa para que ela não caia no índice de falência com pouco tempo de vida.
Com tudo isso, o conhecimento é imprescindível para um empreendedor de sucesso. Sem ele, é impossível que o negócio dê certo. Além disso, o conhecimento não é limitado, pois o bom empreendedor busca informações de todos os fatores que envolvem seu negócio. Além de obter informações e conhecimento do seu ramo de atuação, deve conhecer seu público-alvo, concorrentes, fornecedores, mercados, dentre outros.
Muita gente tem vontade de abrir seu próprio negócio. Entretanto, em muitos casos, devido à falta de informações tão importantes, essas pessoas acabam desistindo. Um grande empreendedor deve ter como base de sua empresa três pilares importantes:
CONHECIMENTO RESULTADOS E LUCROS.
Além disso, tanto no meio acadêmico quanto nas áreas de interesse no tema, existem muitas discussões que buscam o desenvolvimento de pesquisas para melhor entender o assunto, assim como o desenvolvimento de alguns programas importantes voltados para o público empreendedor. Como exemplo, podemos citar o Programa Brasil Empreendedor, criado em 1999 pelo Governo Federal com o objetivo de capacitar mais de um milhão de empreendedores brasileiros, incluindo o desenvolvimento de plano de negócios e planejamento financeiro, como captação de recursos.
QUEM SÃO OS NOVOS EMPREENDEDORES?
O empreendedor continua o mesmo, com as mesmas características, pensamentos e com o desejo de transformar o seu sonho em realidade.
Nesse sentido, trata-se de um perfil com criatividade, inovação, persistência, flexibilidade, busca pelo conhecimento, resiliência, etc. São pessoas extremamente focadas e persistentes, e possuem o objetivo de criar negócios que tragam benefícios aos usuários e, consequentemente, lucratividade.
Os empreendedores de sucesso são aqueles que passam a vida estudando, aprimorando seus conhecimentos e buscando informações para colocar em prática seu projeto. Essas informações estão relacionadas ao seu próprio negócio, sobre os concorrentes, os clientes e o mercado.
Portanto, é preciso ter conhecimento para sobreviver no mercado, entender o segmento dentro do qual se atua, conhecer o cliente, seus gostos e comportamentos, bem como saber quem são os seus concorrentes e quais estratégias estão sendo desenvolvidas por eles e saber quais são os fornecedores que podem permitir que seu produto ou serviço tenham mais qualidade e diferencial de mercado. 
Também é necessário saber como realizar parcerias produtivas e estar atualizado com a economia do país, bem como a cultura das pessoas que consumirão seus produtos, os fatores climáticos que podem influenciar sua produção, quais as legislações possíveis que sua empresa deve seguir para evitar o pagamento de multas e perder dinheiro, dentre outros.
Do ponto de vista socioeconômico, de acordo com pesquisas realizadas pelo CONAJE (Confederação Nacional de Jovens Empresários): % 65 HOMENS %35 MULHERES.
O EMPREENDEDORISMO FEMININO
As mulheres têm conquistado grande representatividade no segmento empreendedor. Um dos fatores importantes revelados para que isso ocorra é o fato de muitas mulheres sustentarem a casa atualmente. O Sebrae informou, no relatório especial de  Empreendedorismo feminino no Brasil, publicado em 2019, que nos últimos dois anos esse número subiu de 38% para 45% de famílias sustentadas por mulheres. Outro fator importante é que elas querem ficar mais perto dos filhos sem deixar de trabalhar. Por isso, passam a empreender de casa. Há também outros casos, como aqueles de mulheres que optam por empreender para aumentar a renda familiar ou para ter independência financeira.
Além disso, 9,3 milhões de mulheres estão a frente de um negócio atualmente, com uma representatividade de 34% dos negócios formais e informais.
Ainda de acordo com o relatório, essas mulheres empreendedoras, além de serem mais jovens do que os homens, também possuem um nível de escolaridade maior quando comparadas com homens que possuem Ensino Médio ou Superior completo ou incompleto. Todavia, o salário ainda é menor se comparado ao empresário homem.
Outro obstáculo vivenciado pelas empreendedoras diz respeito ao acesso ao crédito e linhas de financiamento. Os homens ainda possuem maior acesso e as mulheres pagam juros maiores quando conseguem crédito, mesmo com um índice de inadimplência menor.
O relatório ainda aponta que as mulheres empreendedoras representam 48% das MEIs (Microempresas Individuais) e que a maioria, ou seja, 55,4%, realiza sua atividade laboral de casa.
Por fim, o relatório faz menção a uma pesquisa realizada pelo GEM em 2018, que comparou a proporção de mulheres entre empreendedoras iniciais em 49 países e constatou que  o Brasil ficou em 7º lugar no ranking, conforme mostra 
O Sebrae aponta que ainda existem muitas informações referentes às mulheres empreendedoras, como também alguns desafios encontrados por elas. Segundo o estudo, 96% das mulheres empreendedoras possuem um único trabalho, o que possibilita maior dedicação ao seu negócio. 
Além disso, a informalidade ainda é alta entre elas, sendo que dois terços dos empreendimentos ainda não estão formalizados.  A pesquisa revelou também que as mulheres preferem trabalhar sem sócios e que o porte dos negócios femininos é menor do que os negócios masculinos. Por fim, atualmente, quase metade das MEIs são de mulheres, tendo um crescimento gradual entre os anos de 2010 a 2016, conforme mostra Gráfico 4.
Os segmentos atuantes das mulheres são diversos. Entretanto, a maior concentração da sua atuação está nos segmentos relacionados à beleza, moda e alimentação conforme Tabela 2.
Analisamos, então, que o empreendedorismo feminino pode ser visto como um outro fenômeno do empreendedorismo que se concentra mais na necessidade de ter uma renda e na falta de preparo para iniciar um empreendimento.
Ter dados e analisar o segmento feminino é fundamental para trazer informações relevantes a várias áreas que possam desenvolver produtos e serviços que atendam às necessidades femininas, como a área de crédito. Pesquisas revelam que as mulheres que empreendem se preocupam muito com carreira, maternidade, apoio do parceiro, da família e apoio financeiro. Além disso, constatou-se que elas sofrem preconceitos e enfrentam alguns desafios no momento de abrir a própria empresa, ocasionando em um nível maior de solidão  na hora de empreender.
Pesquisas realizadas pela Instituição Rede Mulher Empreendedora  entre os anos de 2016, 2017 e 2018 revelam que as mulheres empreendedoras ainda precisam desenvolver algumas habilidades, como saber delegar tarefas e funções, bem como aprender a desenvolver um planejamento financeiro. Por outro lado, são muito otimistas o que torna tudo à sua volta melhor, vivem se capacitando para entender melhor do seu negócio e possuem bom networking (relacionamento).
O EMPREENDEDORISMO DIGITAL
O empreendedorismo digital vem se transformando em um fenômeno e em uma tendência das empresas empreendedoras.
Conforme o IBGE pesquisas realizadas em 2016 apontavam para o percentual de 69,3% dos brasileiros com acesso à internet. Esse número vem aumentando gradativamente, ao mesmo tempo que aumenta o número de pessoas que compram celulares, pois os aplicativos facilitam o acesso às lojas virtuais.
Nesse sentido, a internet, cada vez mais acessível e simplificada, vem promovendo a entrada de novos empreendedores neste setor. Consequentemente, a ampliação das possibilidades neste ambiente está cada vez mais forte no empreendedorismo digital:
Desse modo, os negócios virtuais têm obtido muitas facilidades que promovem o empreendimento. O espaço virtual otimiza os negócios virtuais pois possui alguns princípios importantes, tais como:
Grandes exemplos de empresas que trabalham seguindo esses princípios são: Amazon, Dafiti, Net Shoes, Mercado Livre e empresas que trabalham 100% pelo comércio eletrônico.
Alémdisso, são muitas as ferramentas dos negócios digitais: e-commerce, portais de cursos on-line, blogs de conteúdo, web tvs, vídeos, etc.
Todavia, o Brasil ainda tem muito a crescer no quesito inovação. Conforme o IGI (Índice Global de Inovação) de 2018, o Brasil ocupa 64º lugar no ranking mundial. O 1º lugar ficou com a Suíça, que ocupa a mesma posição pelo sétimo ano consecutivo. 
Um dos motivos do ranking brasileiro é o investimento muito baixo para a área de Pesquisa de Ciência, Tecnologia e Inovação, que recebe 1% do PIB. Países como Estados Unidos, por exemplo, possuem um investimento de 2,7% do PIB, quase três vezes maior do que o do Brasil.
As principais cidades que são Polos Tecnológicos de referência no Brasil são:
Os parques tecnológicos têm o objetivo de reunir universidades e empresas em um espaço em comum para desenvolver produtos e serviços inovadores. A Figura 1 apresenta um mapa dos parques tecnológicos estabelecidos e em andamento.
As empresas que vivem nesta área chamada de incubadora são chamadas de empresas incubadoras. Elas são auxiliadas para começar a iniciar seu próprio negócio com significativo grau de inovação. Neste ambiente, elas encontram suporte técnico, administrativo, mercadológico e gerencial. Além disso, as pessoas envolvidas podem realizar cursos de empreendedorismo e têm acesso a novas tecnologias. Com este suporte, o empreendimento é acompanhado desde a sua fase inicial, tendo todo o auxílio para seu planejamento e desenvolvimento.
As incubadoras favorecem a ação empreendedora e o desenvolvimento nas principais áreas importantes para o negócio: gestão empresarial e tecnológica, marketing e vendas, contabilidade, apoio jurídico, dentre outras.
STARTUPS
Diferentemente do empreendedorismo tradicional, temos as startups. Elas utilizam amplamente as inovações tecnológicas de ponta, especialmente as tecnologias de inovação e comunicação, que auxiliam o mercado a satisfazer suas demandas, acelerando consideravelmente os empreendimentos ligados à tecnologia.
O conceito de startup se firmou no Brasil e está voltado exclusivamente para a modalidade de empreendedorismo digital. Desse modo, startup pode ser considerada como um modelo de negócio inovador, rápido, dinâmico, que tenha escalabilidade e com o propósito de gerar muita lucratividade para o empreendedor. 
Entretanto, a facilidade do negócio consiste na abrangência de pessoas que ele pode rapidamente atingir a um custo muito baixo (escalabilidade). Não à toa, a maioria das startups são digitais.
De acordo matéria divulgada pela EBC, Startups crescem no Brasil e consolidam nova geração de empreendedores, publicada em 2018, pesquisas realizadas pela ABStartups (Associação Brasileira de Startups) mostram que a quantidade de empresas cadastradas na associação aumentou de 2519 no ano de 2012 para 5147 no ano de 2017. Atualmente, o número é de mais de 12.000 empresas atuantes nesta modalidade, dentre elas a Nubank, Pagseguro e a 99 que, segundo a associação, valem mais de 1 bilhão de dólares.
Descrevendo e definindo: (empreendedores e intraempreendedores)
Tanto empreendedores quanto intraempreendedores possuem características semelhantes, tendo como única diferença o local de trabalho onde atuam. Um está focado em desenvolver sua própria empresa e o outro está dentro da empresa. Contudo, a premissa básica é a mesma: desenvolver soluções que tragam rentabilidade para o empreendedor. 
Para este novo objeto de estudo, continuaremos a nos embasar em meus estudos ao longo de minha carreira e na obra de Dantas, em seu livro Gestão da Informação sobre a satisfação dos consumidores/clientes: condição primordial na orientação para o mercado, publicado em 2014.
A essência da empresa é viver para atender as necessidades de seus clientes. Seguindo essa linha de raciocínio, devemos tratar o cliente como se fôssemos seu médico em mesa de cirurgia: com o maior cuidado e atenção possível para que tudo ocorra bem.
Nesse sentido, podemos entender que o cliente é o maior motivador do negócio da empresa. Em outras palavras, não existe empresa sem cliente. Desse modo, é importante que ele seja o cerne da organização, do seu planejamento, do desenvolvimento de produtos e dos serviços.
O lucro da empresa é muito importante, mas mais importante ainda é quando as duas partes ganham, ou seja, empresa e cliente, pois com esta ação ela acaba por fidelizá-los. E como fazer com que o cliente ganhe também? É de extrema importância que a empresa:
Desse modo, a empresa cria mecanismos para surpreender o cliente quando o conhece. Em outras palavras, quando ela entende seu perfil e comportamento de compra, pode desenvolver produtos e serviços que atendam suas necessidades.
O empreendedor deve ter os olhos sempre voltados para este fator. Antigamente, as empresas desenvolviam um produto, o lançavam no mercado e analisavam se o cliente poderia comprá-lo ou não. Dessa forma, as grandes empresas ditavam as regras, criando seus produtos e serviços sem precisar da opinião do público, independentemente de conhecerem seus comportamentos e gostos. Atualmente, com a concorrência acirrada e a busca pela competitividade, a postura das empresas mudou e deve ser assim. As empresas procuram responder rapidamente às necessidades de seus clientes, buscando como parceira a inovação e a tecnologia, conseguem ter vantagem competitiva de mercado.
Com estas informações, os empreendedores podem desenvolver seus produtos e serviços de maneira diferenciada, atraindo novos clientes e fidelizando os que já estão “em casa”.
Visar o lucro é condição fundamental para a empresa no sistema capitalista. Entretanto, quando todos os envolvidos ganham, ou seja, clientes, fornecedores e parceiros, o processo se torna ainda mais interessante, pois esta preocupação reflete uma ação de responsabilidade social que todas as empresas deveriam ter.
Quando se tem um pensamento voltado para a responsabilidade social, coisas importantes são levadas em consideração, como:  ETICA QUALIDADE DE SERVIÇO BOM ATENDIMENTO E ATENDIMENTO PÓS VRNDA.
Sem clientes/consumidores não há organizações que sobrevivam, pois é delas que provém todo o recurso para empresa sobreviver e investir. Portanto, não adianta ter investimentos em instalações, equipamento e tecnologia de ponta se a empresa não tiver clientes/consumidores que comprem seus produtos e serviços.
Quando a empresa consegue classificar seus clientes e separá-los, ela consegue entregar melhor seus produtos e serviços. Ela pode classificar por fatores de afinidade. Em marketing, chamamos essa ação de segmentação e ela consiste na seleção ou separação de clientes por fatores de maior familiaridade/afinidade. Exemplos de segmentação podem ser vistos em:  FAIXA ETARIA, LOCALIZAÇÃO, PROFISSÃO, FAIXA SALARIAL COMPORTAMENTOS HÁBITOS HOBIS TAMANHO FA FAMILIA RELIGIÃO PERSONALIDADE.
Muitos estudos revelam que, sem clientes/consumidores nenhuma empresa ou organização se justifica. Por isso, é de extrema importância entender o seu comportamento, necessidades e desejos. 
A Tabela 3 mostra que todos temos necessidades, mas os desejos podem ser diferentes. Nesse sentido, quando o empreendedor tem estas informações, consegue desenvolver produtos e serviços de sua empresa para que o cliente faça suas escolhas.
No caso da Tabela 3, poderíamos realizar outro exercício, colocando marcas de empresas na área de desejos. Dessa forma, fica mais fácil compreender as estratégias de marketing direcionadas para o cliente e futuros consumidores.
Para entendermos as necessidades dos clientes, é necessário analisar a questão do desejo, que está direcionado para a obtenção de uma satisfação referente à compra. Os desejos podem ser despertados e estimulados pelas empresas. 
Quando os empreendedores possuem as informações necessárias sobre o comportamento e hábito dos consumidores, conseguem desenvolver estratégias de marketing para despertar o desejo dos clientes. Quem nesta vida nunca comprou por impulso, achando que estava precisando de algo quando na verdade nem era tão importante assim?Desse modo, a prática do marketing na empresa estimula as necessidades e desejos das pessoas por meio das ferramentas de comunicação, como as propagandas, aguçando a vontade do consumidor de possuir aquele produto. O esforço da equipe de marketing consiste em sensibilizar aquele cliente/consumidor para adquirir seu produto ou serviço por meio das evidências dos diferenciais que ele pode proporcionar ao consumidor. As marcas existem para chamar a atenção das pessoas e, consequentemente, realizar seus desejos e satisfazer suas necessidades.
A empresa pode perder clientes por diversos fatores, como péssimo atendimento, mudança do local, o produto ou serviço não supre suas necessidades, falta de qualidade, dentre outros. Por isso, o empreendedor precisa ficar atento à gestão de clientes, promovendo a sua satisfação e respondendo rapidamente às suas necessidades para que ele não busque produtos substitutos no mercado. MAU ATENDIMENTO, INSASTIFAÇÃO CONCORRENCIA, INFLUENCIA DE TERCEIRO MUDAM-SE MORREM.
Dessa forma, o empreendedor precisa ficar atento a esses fatores e, diante dos resultados, desenvolver estratégias que eliminem a perda de cliente.
FORNECEDORES
Os fornecedores são muito importantes para a organização, pois permitem que a empresa delegue algumas atividades para criar parcerias. Eles podem ser fornecedores de diversas áreas, como de matéria-prima ou um insumo para a fabricação e produção de mercadoria, mão de obra terceirizada, serviços de cobrança, etc. Podemos terceirizar outras áreas, tais como marketing, produção, dentre outras.
A importância de parcerias para as empresas é muito grande. Atualmente, as empresas têm utilizado este tipo de estratégia para, além de otimizar seus processos, promover ações de marketing e atrair novos clientes.
No entanto, o empreendedor precisa se atentar ao controle dos processos envolvidos na parceria. É importante que se conheça o fornecedor, analise seu histórico de mercado, se ele trabalha com produtos de qualidade, é ético, etc. A importância de ter esse tipo de informação ocorre devido ao fato de que qualquer fator sobre o fornecedor, seja ele negativo ou positivo, influencia diretamente na marca da empresa, podendo até diminuir a sua participação de mercado.
CONCORRENTES
São chamados concorrentes as empresas que vendem produtos e serviços semelhantes, dividindo um segmento de mercado. É importante que o empreendedor conheça quais seus concorrentes, o que eles estão fazendo, quais estratégias estão desenvolvendo, quais os diferenciais de seus produtos ou serviços, qual o seu percentual de marketing share (participação de mercado), dentre outros.
A partir desta análise da concorrência, ele pode averiguar quem é o seu concorrente mais direto, que pode ser uma grande ameaça para a sua empresa.
· Pontos principais dos concorrentes como preço, qualidade, localização, serviço de entrega, garantia estendida, atendimento, dentre outros;
· Avaliar a estrutura do concorrente, se é mais enxuta ou não, como quadro de funcionários e as áreas importantes da organização;
· Analisar quais necessidades apresentadas pelos clientes que não estão sendo atendidas pelo concorrente para que se possa criar um produto ou serviço com o objetivo de atendê-las.
UNIDADE 3 
Planejamento estratégico e os tipos de empresa
OBJETIVOS DA UNIDADE
· Definir a importância do planejamento estratégico e sua importância para sua organização;
· Explicar como esta estratégia irá auxiliar o empreendedor a tirar suas ideias do papel e colocá-las em prática;
· Aplicar e analisar o processo e, caso necessário, compor novas estratégias para atingir o objetivo da empresa;
· Entender as diferenças entre os diversos tipos de empresa.
· Planejamento estratégico
· // Análise de mercado
· // Análise de cenários
· // Análise ambiental (micro e macroambiente)
· // Aprendendo a construir a Matriz SWOT
· // A importância da criatividade e inovação para a criação de produtos e serviço
· Principais tipos de organização
· –// Indústria, comércio e serviço
· // Governamental ou Estatal
· // Empresa não governamental
· Modelo de empresas: individual, microempresas, pequenas empresas e empresas de grande porte
Para a empresa sobreviver e se sustentar, é necessário um planejamento estratégico de suas decisões e ações. Da mesma forma, um empreendedor que tem uma excelente ideia e deseja colocá-la em prática também precisa planejar suas ações, como o momento em que elas serão colocadas em prática, qual o público-alvo de seu negócio, dentre outras decisões que precisam ser tomadas.
Nesse sentido, é possível dizer que ele precisa se planejar. Dessa forma, o planejamento estratégico vai ao encontro desta necessidade, uma vez que pretende auxiliar o empreendedor a tomar decisões estratégicas. O planejamento é um conhecimento que deve ser contínuo, constante e aplicado às decisões estratégicas que a empresa deve tomar. 
O conhecimento é uma característica dos dias atuais e de um mundo em constante mudança. Sendo assim, o empreendedor deve estar em constante aprendizado para planejar e administrar a sua empresa.
Além disso, é importante que o empreendedor saiba gerenciar os negócios da empresa como se fosse sua carteira de investimentos. Saber avaliar os pontos fortes e fracos do negócio considerando a atuação de mercado frente ao crescimento e ao posicionamento da empresa e, diante disso, pensar em desenvolver estratégias que atendam cada objetivo da empresa.
É possível afirmar que as empresas só conseguirão sobreviver se elas se reinventarem, pois não existe outra forma de responder às mudanças de mercado e do comportamento dos consumidores. Dessa forma, é necessário basear suas estratégias para que atendam às demandas em constante transformação.
Para que a empresa possa definir estes tipos de estratégias e atender às necessidades dos clientes, ela pode contar com o planejamento estratégico para desenvolver e escolher as melhores estratégias que orientarão a empresa a atingir seu objetivo. 
Considera-se o planejamento estratégico como um documento formal que contém os planos e ações desenvolvidas para cada objetivo a ser realizado. Desse modo, a empresa pode ter um planejamento estratégico geral, mas também pode desenvolver um planejamento para cada objetivo ou meta que ela pretende alcançar.
Qualquer empresa pode realizar o seu planejamento estratégico, independentemente de seu tamanho. Na verdade, o planejamento estratégico é para ajudar a empresa e o empreendedor a se direcionar e crescer no mercado, sendo, dessa maneira, um instrumento essencial para o empreendedor e para a administração organizacional. Esse planejamento deve conter passo a passo das ações que devem ser tomadas e, assim, orientar de forma eficaz os envolvidos no processo.
Estudos revelam que muitas empresas, principalmente as menores, não utilizam o planejamento estratégico, muitas vezes por não o conhecerem ou por achá-lo muito complexo. Isso pode ser um erro. Na tentativa de acertar e errar, se a empresa tem um planejamento do que fazer, pode tomar decisões mais sábias que tragam bons resultados e evitar muitos momentos de conflito ocorridos pela falta do conhecimento e da ferramenta. ETAPAS:
RECOLHER INFORMAÇÕES-ESTABELECER UMA META-ALOCAR RECURSOS-IMPLEMENTAÇÃO-AVALIAR O PROCESSO.
O planejamento estratégico tem o objetivo de ordenar as ideias dos empreendedores ou administradores da empresa, de forma que se possa criar uma visão do caminho que se deve seguir, o qual chamamos de estratégia.
Em outras palavras, o objetivo do planejamento estratégico é orientar as decisões para que elas possam trazer resultados positivos para a organização quando transformadas em ações, como fidelizar clientes, atrair novos consumidores e permitir maior participação de mercado.
Para a empresa sobreviver, é preciso cativar o cliente de forma cada vez mais especial e diferenciada, olhando para os fatores decisivos que tornarão sua proposta atraente. Essa proposta pode ser elaborada por meio do planejamento estratégico da empresa.
Para entendermos melhor como deveser o processo de planejamento estratégico, observe o Diagrama 1 que demonstra o seu fluxo.
PLANEJAMENTO(desenvolvimento PE objetivos e metas)-IMPLEMENTAÇÃO(organização e implementação) CONTROLE( mensuração de resultado, diagnostico de resultados, adoção corretiva).
O Diagrama 1 nos mostra que devemos planejar o que fazer com a empresa, desenvolvendo estratégias e plano de ação alinhados aos seus objetivos e metas. Em seguida, vem a fase da implementação, na qual é necessário organizar o que deve ser feito. Por último, é necessário controlar, mensurando os resultados, diagnosticando a situação da empresa e alterando estratégias, caso necessário. Isto é um processo contínuo.
Desse modo, um bom planejamento estratégico permite aos empreendedores e gestores maior visão e percepção do seu negócio e, assim, definir quais os planos de ação para atingirem seus objetivos. Permite também otimizar melhor seus recursos, analisar qual o melhor caminho a seguir, pensar em alternativas e corrigir as estratégias quando necessário.
Existem muitas outras formas defendidas por vários autores para estabelecer o planejamento estratégico. No entanto, o que mais abrange a estratégias são os seguintes pontos:
No Diagrama 2 é possível conhecer quatro fatores importantes para o desenvolvimento da estratégia da organização.
Analise dos aspectos internos; Analise do ambiente ESTRATEGIA DA ORGANIZAÇÃO Orientação versos campo de orientação; Estratégia vigente.
Não existe uma ordem para se colocar em prática os pontos apresentados pelo Diagrama 2, o importante é que sejam analisados e praticados conforme os objetivos organizacionais.
Outro fator importante no desenvolvimento da estratégia é a definição da missão da empresa. A missão é a razão de sua existência e vai nortear todas as diretrizes do planejamento estratégico. Junto com a missão, também desenvolvemos os valores organizacionais e a visão de uma empresa. A visão deve também estar estabelecida no planejamento estratégico, como um objetivo que deve ser alcançado.
De maneira geral, ao realizarmos a análise dos aspectos internos organizacionais, precisamos identificar quais são os fatores de sucesso da empresa em seu segmento. Esses fatores também são conhecidos como Fatores Críticos de Sucesso (FCS) e são  determinantes para a vantagem competitiva de uma organização. Podemos ter como fatores de sucesso um excelente serviço de entrega, variedade de produtos ofertados, ótimo atendimento ao cliente, dentre outros.
Ao analisar o FCS, podemos também nos atentar para os pontos fracos da empresa em relação aos concorrentes. Por exemplo: uma empresa de telefonia que não tem um bom atendimento ao cliente pode acumular protocolos de reclamação, fazendo com que seus clientes optem por comprar produtos concorrentes.
No entanto, existe uma relação de pontos fracos que podem ser atribuídos a qualquer organização, como atraso na entrega de relatórios, dificuldade de entender e atender às necessidades dos clientes, atraso na entrega de mercadorias, falta de flexibilização na forma de pagamento, falta de qualidade na produção de produtos, etc.
Por conta disso, a formulação do planejamento estratégico depende do estudo das variáveis internas e externas para que a empresa possa tomar decisões mais assertivas. Esta ação, denominada também diagnóstico organizacional, precisa da informação de cada área da organização e levar em conta os dados das variáveis para tomada de decisão, demonstradas no Quadro 1.
MODELOS DE DECISÕES ESTRATÉGICAS - Metas 
Alternativas   
Negócio
Expansão – diversificação (nova frentes de negócios, aquisições); retração; novos produtos; desativação de produtos etc.
Mercado
Crescimento nos mercados onde atua; conquistar novos mercados; seleção de mercados; redução de atuação; novos enfoques mercadológicos etc.
Competição
Negociar fatias de mercado, melhorar a qualidade dos produtos competitivos, lançar novos produtos, competir com preços mais baixos etc.
Finanças
Aumentar capital, projetar novos investimentos, reduzir custos, aumentar a produtividade, otimizar recursos, novas aplicações tecnológicas etc.
Organização
Reestruturar a organização (total ou em algumas áreas), racionalizar o trabalho, centralizar/descentralizar, novo enfoque gerencial, novas especializações, mudanças nas instalações etc.
Lucro
Projeção de taxas de lucratividade.
ANALISE DO MERCADO
Como viver em uma era na qual o mercado se mostra cada vez mais multidisciplinar e competitivo? Essa pergunta aparentemente simples requer uma resposta complexa.
Primeiramente, precisamos entender sobre qual era ele está falando.  De acordo com suas ideias e explicações, a nova era é uma nova sociedade. Deixamos de ser uma sociedade meramente globalizada, ou uma aldeia global, para nos transformarmos em uma sociedade tecnotrônica, tecnológica, digital e disruptiva. Esse tipo de sociedade vem exigir ainda mais do empreendedor, que precisa estar atualizado e trazer soluções rápidas para responder às demandas dos clientes. Caso contrário, é possível que ele perca, por falta de visão estratégica, excelentes oportunidades.
Portanto, é imprescindível que o empreendedor busque informações importantes para complementar o seu conhecimento. Essas informações podem ser adquiridas por meio de uma análise de mercado. E o mais importante é que essa análise esteja alinhada com os princípios e valores dessa nova era.
Dessa forma, é possível afirmar que estamos na era da 4ª Revolução Industrial, ou seja, as demandas atuais são muito diferentes daquelas de anos passados. A revolução tecnológica, um dos fatores primordiais desta revolução, deve ser acompanhada bem de perto, uma vez que é por meio dela que novos comportamentos, hábitos e necessidades dos consumidores surgem. Portanto, a empresa deve estar atenta a estes fenômenos.
Outro fator importante é o nível total de vendas, ou seja, desenvolver uma estratégia de vendas de produtos ou serviços para ter participação significativa de mercado. Para isto, é primordial conhecer o tamanho do mercado no qual se atua, seu comportamento, clientes potenciais, perfil dos clientes, produtos, concorrentes, etc. 
Além de se conhecer o tamanho de mercado, se faz necessário entender sua dimensão, ou seja, se ele pode ser explorado, se tem potencial para novos produtos e serviços, se o segmento está em alta de vendas, se o mercado está saturado, etc. Com estas informações, o empreendedor pode analisar se deve investir no segmento por meio de estratégias que tragam lucros para a empresa ou se deve investir em outro negócio.
ANALISE DE MERCADO
Para este estudo vamos nos basear na obra de Pasquale, que falou sobre cenários em seu livro Marketing Business to Business, publicado em 2006.  
A análise de cenários é uma técnica utilizada por administradores e empreendedores com o intuito de auxiliar a empresa a visualizar o futuro, permitindo um melhor preparo para elaboração de suas estratégias.
Para isso, as empresas precisam conhecer, inicialmente, quem são os seus concorrentes, o que eles estão fazendo de diferente e qual a estratégia usam para atrair novos clientes.
Enfrentar desafios, incertezas e instabilidades que influenciam o negócio já faz parte da rotina do empreendedor. No entanto, é importante analisar bem esses fatores para conseguir oportunidades de negócio. O empreendedor precisa estar preparado e atualizado. 
Uma dessas preparações consiste na importância de se conhecer o cliente e estar conectado com a clientela para observar tendências de consumo e atender às necessidades do público-alvo de forma criativa e inovadora. Com base nessas necessidades, a análise de cenário permite ao empresário identificar e analisar as oportunidades futuras e definir qual melhor estratégia a ser empregada.
Podemos entender, então, que a análise de cenário está relacionada a eventos futuros. São eventos de possíveis acontecimentos no ambiente onde a empresa está inserida:  
Um exemplo clássico dos dias atuais diz respeito à inovação tecnológica. As empresas que vendem seus produtos e serviços estão

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