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Prévia do material em texto

Administração Financeira e 
Orçamentária - AFO
Professor Marcel Guimarães
2
 Introdução;
 Atividade Financeira do Estado;
 Introdução ao Orçamento Público no Brasil: PPA, LDO e LOA;
 Créditos orçamentários;
Outros Conceitos.
Aula Demonstrativa
Prof. Marcel Guimarães
3Prof. Marcel Guimarães
ATENÇÃO
Esta é apenas uma aula demonstrativa.
NÃO iremos esgotar os assuntos.
As aulas completas sobre os temas aqui tratados serão
dadas posteriormente.
Aula Demonstrativa
4
Introdução
Prof. Marcel Guimarães
5
Em AFO, é feito o estudo de como o Estado administra os recursos públicos para executar
suas funções e atingir objetivos.
Introdução
Administração Financeira e 
Orçamentária (AFO)
Consiste na administração das finanças e 
do orçamento público. 
Direitos Financeiro e
Tributário (MTO 2019)
O Direito Financeiro tem por objeto a disciplina
jurídica de toda a atividade financeira do Estado e
abrange receitas, despesas e créditos públicos.
O Direito Tributário tem por objeto específico a
disciplina jurídica de uma das origens da receita
pública: o tributo.
Prof. Marcel Guimarães
6
Dispõe sôbre a 
organização da 
Administração 
Federal.
Planejamento / 
Programação
1964
Lei 4.320/64 Decreto-Lei 
200/67
1967 19881986
Decreto 
93.872/86
Regulamentou 
dispositivos da 
lei 4320/64 no 
âmbito do Poder 
executivo 
Federal
CF/88
Estabeleceu Normas 
Gerais de Direito 
Financeiro para 
elaboração e controle 
dos orçamentos e 
balanços da União, 
dos Estados, dos 
Municípios e do DF.
Trouxe regras gerais e 
princípios para 
elaboração da LOA
Estabeleceu a 
normatização da 
matéria 
orçamentária 
através do PPA, 
da LDO e da LOA.
LC 101/2000 –
LRF
2000
Estabeleceu regras 
voltadas para a 
gestão fiscal 
responsável
Criou vínculos 
específicos entre 
PPA, LDO e LOA.
Planejamento + 
Controle + 
Transparência + 
Responsabilização
Marcos legais das finanças públicas no Brasil
Dispõe sobre o Sistema
Tributário Nacional e
institui normas gerais
de direito tributário
aplicáveis à União,
Estados e Municípios.
Lei nº 5.172/66 
- CTN
1966
Lei 
10.180/01
2001
Organizou e 
disciplinou os 4 
Sistemas ligados 
à gestão das 
finanças 
públicas, dentre 
eles os de 
Planejamento e 
de Orçamento 
Federal e de 
Contabilidade 
Federal
Prof. Marcel Guimarães
7
§ 9º Cabe à lei complementar:
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a
organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei
orçamentária anual;
II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta e
indireta, bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos.
III ...
CF/88 – Art. 165
Nova lei de finanças públicas
Trata-se da Nova Lei de Finanças Públicas (que irá substituir a Lei 4.320/64)
Encontram-se em tramitação no Congresso Nacional vários projetos de lei com essa
finalidade (PLP 222/90, 166/93, PLP 135/96, 166/97, 32/99, 88/99, 144/00, 102/03,
99/11, PLS 273/95, 106/99, 175/09, 229/09, 248/09, 450/09, 203/16, etc).
Prof. Marcel Guimarães
8
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II - orçamento;
CF/88
ATENÇÃO
Municípios não estão inseridos expressamente na competência concorrente para legislar.
DICA
Casa
Dinheiro
Direito Financeiro – Competência Legislativa
Prof. Marcel Guimarães
9
Art. 24.
§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a
estabelecer normas gerais.
§ 2º - A competência da União para legislar sobre normas gerais não exclui a
competência suplementar dos Estados.
§ 3º - Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados exercerão a
competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.
§ 4º - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei
estadual, no que lhe for contrário.
CF/88
Direito Financeiro – Competência Legislativa
Prof. Marcel Guimarães
10
Observações importantes:
A LRF não revogou a Lei nº 4.320/64. Os objetivos das duas normas são distintos: a LRF
estabelece normas de finanças públicas voltadas para a gestão fiscal.
A CF/88 deu à Lei nº 4.320/64 o status de Lei Complementar. Mas, existindo algum
dispositivo conflitante entre as duas normas jurídicas, prevalece a vontade da Lei mais
recente.
Art. 1º Esta lei estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos
orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, de
acôrdo com o disposto no art. 5º, inciso XV, letra b, da Constituição Federal.
Lei 4.320/64
Lei 4.320/64
Prof. Marcel Guimarães
11
ESAF/Cargo: Analista de Planejamento e Orçamento - APO - 2008 - Prova 3 - Área I -
Planejamento e Orçamento
23- Assinale a única opção correta.
A Lei n. 4.320, de 17 de março de 1964,
a) foi recepcionada pela ordem constitucional vigente com status de lei ordinária.
ERRADO
A CF/88 deu à Lei nº 4.320/64 o status de Lei Complementar.
Já foi cobrado em prova...
Prof. Marcel Guimarães
12
Atividade 
Financeira do 
Estado
Prof. Marcel Guimarães
13
Aliomar Baleeiro: “a AFE consiste em obter, criar, gerir
e despender o dinheiro indispensável às necessidades,
cuja satisfação o Estado assumiu ou cometeu a outras
pessoas de direito público”.
Gerir
Obter
Gastar
Criar
Atividade Financeira do Estado
Orçamento/
Planejamento
Receita
Despesa
Crédito
Valdecir Pascoal: “é tarefa do Estado a realização do
bem comum que se concretiza por meio do atendimento
das necessidades públicas, como por exemplo:
segurança, educação, saúde, previdência, justiça, defesa
nacional, emprego, diplomacia, alimentação, habitação,
transporte, lazer, etc.”.
Atividade Financeira do Estados
Prof. Marcel Guimarães
14
RECEITA PÚBLICA (MTO 2019)
Sentido amplo
Em sentido amplo, receitas públicas são ingressos de recursos financeiros nos cofres do Estado, que se
desdobram em receitas orçamentárias, quando representam disponibilidades de recursos financeiros
para o erário, e ingressos extraorçamentários, quando representam apenas entradas compensatórias.
Sentido estrito
Em sentido estrito, são públicas apenas as receitas orçamentárias. (MTO 2019 adota este conceito)
Receitas Públicas
Prof. Marcel Guimarães
15
RECEITAS ORÇAMENTÁRIAS: São as entradas de numerário no caixa
governamental que passam a integrar o patrimônio do Poder Público.
Exemplos:
- receita de imposto de renda,
- receita de taxas de limpeza urbana,
- receitas de aluguéis,
- receitas de serviços prestados,
- receitas de vendas de bens e
- receitas de obtenção de empréstimos (operações de crédito).
Receitas Orçamentárias
Prof. Marcel Guimarães
16
RECEITAS EXTRA-ORÇAMENTÁRIAS (ou Ingressos Extra- Orçamentários ou ainda
Recebimentos Extra- Orçamentários):
Ingressos de recursos financeiros que NÃO se incorporam definitivamente ao patrimônio, pois
NÃO pertencem à entidade que o recebe.
São recursos que estão apenas momentaneamente transitando pelo patrimônio e serão
oportunamente restituídos ao ser proprietário.
Exemplo: cauções, depósitos, empréstimos para caixa (ARO), RP inscritos no
exercício, retenções da folha de pagamento (contribuição sindical, previdenciária,
etc.).
São mais conhecidas como ENTRADAS COMPENSATÓRIAS.
Receitas Extraorçamentárias
Prof. Marcel Guimarães
17
Tipo de Receita Previsão na LOA?
Pertence ao Poder 
Público?
Orçamentária
Extraorçamentária
Sim ou Não
Não
Sim
Não
Receitas Públicas
Prof. Marcel Guimarães
18
DESPESAS PÚBLICAS
A despesa pública é o conjunto de dispêndios realizados pelos entes públicos para
o funcionamento e manutenção dos serviços públicos prestados à sociedade.
No Setor público  Lei Orçamentária FIXA a despesa pública autorizada para um
exercício financeiro.
DESPESA ORÇAMENTÁRIA
- É a despesa cuja realização depende de autorização legislativa e que não pode
efetivar-se sem crédito orçamentário (Sanches,Osvaldo,1997).Despesas Públicas
Prof. Marcel Guimarães
19
São aquelas decorrentes de:
I) Saídas compensatórias no ativo e no passivo financeiro – representam desembolsos de recursos de
terceiros em poder do ente público, tais como:
a) Devolução dos valores de terceiros (cauções/depósitos);
b) Recolhimento de Consignações/Retenções – são recolhimentos de valores anteriormente
retidos na folha de salários de pessoal ou nos pagamentos de serviços de terceiros;
c) Pagamento das operações de crédito por Antecipação de Receita Orçamentária (ARO)
d) Pagamentos ANTECIPADOS de Salário-Família, Salário-Maternidade e Auxílio-Natalidade;
II) Pagamento de Restos a Pagar – são as saídas para pagamentos de despesas empenhadas em
exercícios anteriores.
Despesas Extraorçamentárias
Prof. Marcel Guimarães
20
Crédito público é a capacidade de o governo cumprir OBRIGAÇÕES FINANCEIRAS com quem quer
que seja, inclusive e principalmente com os próprios cidadãos. É a capacidade que tem os governos de
OBTER RECURSOS da esfera privada nacional ou de organizações internacionais, por meio de
empréstimos. Essa capacidade é medida sob diversos ângulos: capacidade legal, administrativa,
econômica, mas, principalmente, na capacidade de convencimento, medida pela confiabilidade que o
candidato ao empréstimo desperta nos potenciais emprestadores. Considerando-se que o
empréstimo terá que ser, um dia, amortizado, teoricamente, com as receitas regulares, trata-se, na
verdade, de antecipação de receita futura. O crédito público, quando materializado em empréstimos,
dá origem à dívida pública. (Definição do glossário disponível no portal do Senado Federal)
Crédito Público
RECEITA DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO
São recursos financeiros oriundos da colocação de títulos públicos ou da contratação de
empréstimos obtidas junto a entidades públicas ou privadas, internas ou externas.
Prof. Marcel Guimarães
21
Orçamento Público
CONCEITO
O orçamento público é uma lei que, entre outros aspectos exprime em termos
financeiros a alocação dos recursos públicos. Trata-se de um instrumento de
planejamento que espelha as decisões políticas, estabelecendo as ações
prioritárias para atendimento das demandas da sociedade, em face à
escassez de recursos.
Orçamento público = Lei Orçamentária Anual (LOA)
Prof. Marcel Guimarães
22
Introdução ao Orçamento 
Público no Brasil: 
PPA, LDO e LOA
Prof. Marcel Guimarães
23
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
CF/88
Leis Orçamentárias
LDO
PPA
LOA
OF
OI
OSS
Leis Orçamentárias
Prof. Marcel Guimarães
24
2012 2016
PPA 2012-2015
2015
LDO 2013
LOA 2012
2013 2014
LDO 2014
LDO 2015
LDO 2016
LOA 2013 LOA 2014 LOA 2015
Mandato presid.2
Mandato presidente 1
(aprovada em 2011)
Planejamento Orçamentário
Prof. Marcel Guimarães
25
Conteúdo principal do PPA:
Fixa, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas do Governo para:
- as despesas de capital
- as despesas correntes derivadas das despesas de capital
- os programas de duração continuada
§ 1º A lei que instituir o PLANO PLURIANUAL estabelecerá, de forma regionalizada, as
diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de
capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração
continuada.
CF/88 – Art. 165
PPA – Plano Plurianual
Prof. Marcel Guimarães
26
CESPE – TCE-PA – Auditor de Controle Externo - Procuradoria – 2016
A respeito do plano plurianual (PPA), da lei de diretrizes orçamentárias (LDO) e da lei
orçamentária anual (LOA), julgue o item que se segue.
112 O PPA estabelece não só as despesas de capital, mas também outras despesas delas
decorrentes.
CERTO
CF/88, Art. 165, § 1º
A lei que instituir o PLANO PLURIANUAL estabelecerá, de forma regionalizada, as
diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as DESPESAS DE
CAPITAL E OUTRAS DELAS DECORRENTES e para as relativas aos programas de duração
continuada.
Já foi cobrado em prova...
Prof. Marcel Guimarães
27
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício
financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá
sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das
agências financeiras oficiais de fomento.
CF/88 – Art. 165
LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias
Mnemônico: MP
Estabelece as METAS e PRIORIDADES da Administração, incluindo as despesas de capital,
para o exercício SUBSEQUENTE.
LDO ELO entre o Plano Plurianual e a Lei Orçamentária Anual.
Prof. Marcel Guimarães
28
TEXTO DA LEI
P
R
O
G
R
A
M
A
Ç
Ã
O
RECEITAS
PREVISTAS
DESPESAS 
FIXADAS
ANEXOS
OF + OSS + OI
Lei Orçamentária Anual
Estima as receitas e fixa as despesas para um período de 1 ano
Prof. Marcel Guimarães
29
PRINCÍPIO DA ANUALIDADE / PERIODICIDADE
O orçamento deve ser elaborado e autorizado para um determinado período de tempo,
geralmente um ano. No Brasil, o exercício financeiro coincide com o ano civil, conforme
dispõe o art. 34 da Lei nº 4.320/1964:
Art. 34. O exercício financeiro coincidirá com o ano civil.
Lei 4.320/64
Exercício Financeiro
Prof. Marcel Guimarães
30
Compreende os orçamentos:
COMPOSIÇÃO DA LOA
Fiscal
Seguridade Social
Investimentos
Abrange toda a Administração Pública, Direta e
Indireta (Órgãos, Autarquias, Fundações Públicas,
Estatais Dependentes), englobando a despesa e a receita,
exceto recursos do OSS e OI.
Dotações das áreas de SAÚDE, PREVIDÊNCIA E
ASSISTÊNCIA SOCIAL
Dotações das EMPRESAS ESTATAIS
INDEPENDENTES
LOA - Composição
Prof. Marcel Guimarães
31
CESPE/FNDE 2012 - Cargo 1: Especialista em Financiamento e Execução de Programas e
Projetos Educacionais
A elaboração de proposta orçamentaria no Brasil compreende a preparação de diversos
instrumentos, entre os quais se destacam o Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes
Orçamentarias (LDO) e a Lei Orçamentaria Anual (LOA). Com relação a esses instrumentos,
julgue os próximos itens.
96 Conforme determinações constantes na CF, a LOA deve compor-se de três orçamentos:
fiscal, monetário e de investimento das empresas estatais.
ERRADO
LOAOF + OI + OSS
Não há mais o orçamento monetário.
Já foi cobrado em prova...
Prof. Marcel Guimarães
32
Federação
Empresa controlada que receba do ente controlador recursos financeiros para pagamento
de despesas com pessoal ou de custeio em geral ou de capital, excluídos, no último caso,
aqueles provenientes de aumento de participação acionária; (LRF, art. 2º, III)
Empresa estatal dependente
Estatal 
Dependente
Pessoal
Custeio em geral
De capital
Empresas 
controladas
Estatal 
Independente
Aumento de participação 
acionária
OF
OSS
OI
LRF – Empresa estatal dependente
Prof. Marcel Guimarães
33
Introdução ao 
Ciclo Orçamentário
Prof. Marcel Guimarães
34
O ciclo orçamentário, também denominado processo orçamentário, corresponde ao período
de tempo em que se processam as atividades típicas do orçamento público, desde sua
concepção até sua apreciação final.
Elaboração da proposta 
orçamentária
Controle e avaliação da 
execução orçamentária
Discussão, votação e 
aprovação do projeto de lei 
orçamentária
Execução orçamentária
Etapas do ciclo orçamentário
Prof. Marcel Guimarães
35
2011
Controle e avaliação da exec. orçamentária 2011/12 (sist. de cont. 
interno e CN, com auxílio do TCU)
PE elabora a proposta 
(projeto) da lei 
orçamentária (PPA, LDO e 
LOA) e a envia para o P Leg
Execução orçamentária (2012)
2012 2013
Poder Executivo
Poder Legislativo
CN discute, vota e aprova o 
projeto
PE elabora a proposta (projeto) da 
lei orçamentária (LDO e LOA) e a 
envia para o P Leg
CN discute, vota e aprova o projeto
Execução orçamentária (2013)
Atenção: ciclo orçamentário não se confunde com
exercício financeiro!!!
Cicloorçamentário
Prof. Marcel Guimarães
36
Créditos 
Orçamentários
Prof. Marcel Guimarães
37
CRÉDITO ORÇAMENTÁRIO : AUTORIZAÇÃO PARA GASTAR
Crédito orçamentário é constituído pelo conjunto de categorias
classificatórias e contas que especificam as ações e operações
autorizadas pela lei orçamentária.
DOTAÇÃO é o MONTANTE DE
RECURSOS financeiros com que conta
o crédito orçamentário.
Lei Orçamentária Anual
Prof. Marcel Guimarães
38
Créditos orçamentários
Receitas Previstas Valor Despesas Fixadas Valor
Impostos 1.000 Pessoal 2.000
Taxas 500 Juros 1.000
Contribuições Sociais 2.000 Investimentos 600
Operações de crédito 500 Amortização da dívida 400
Total: 4.000 Total: 4.000
Lei Orçamentária Anual
Créditos 
orçamentários 
Iniciais 
Dotações
iniciais
Prof. Marcel Guimarães
39
CONCEITO
São créditos adicionais as autorizações de despesas não computadas ou
insuficientemente dotadas da Lei de Orçamento. (art. 40 da LF 4.320/64)
CLASSIFICAÇÃO (Lei 4.320/64)
- Suplementares, para reforço de dotação orçamentária; (art. 41, I)
- Especiais, para despesas às quais não haja dotação orçamentária
específica; (art. 41, II)
- Extraordinários, para despesas urgentes e imprevistas, em caso de
guerra, comoção intestina ou calamidade pública. (art. 41, III)
Créditos Adicionais
Prof. Marcel Guimarães
40
Créditos Adicionais
Receitas 
Previstas
Valor Despesas Fixadas Dotação 
Inicial
Dotação 
Atualizada
Pessoal 2.000
Lei Orçamentária Anual
Créd. Suplementar
Créd. especial
3.000
Nova despesa 4.000
Créd. 
extraordinário
Nova despesa -
urgente e 
imprevisível
1.000
8.000
Prof. Marcel Guimarães
41
Outros 
conceitos
Prof. Marcel Guimarães
42
Classificações da Receita Orçamentária
Quanto à Natureza
Orçamentária
Extraorçamentária
Quanto à Categoria Econômica
Corrente
Capital
Quanto ao impacto na situação 
líquida patrimonial
Efetiva
Não efetiva
Quanto à obrigatoriedade
Originária
Derivada
Quanto à apuração do resultado 
primário
Primárias ou não-financeiras
Não primárias ou financeiras
Classificações da receita
Prof. Marcel Guimarães
43
Categoria Econômica Origem
Corrente
Impostos, Taxas e Contribuição de Melhoria
De Contribuições
Patrimonial
Agropecuária
Industrial
De Serviços
Transferências Correntes
Outras Receitas Correntes
De capital
Operações de Crédito
Alienações de Bens
Amortização de Empréstimos
Transferência de Capital
Outras Receitas de Capital
Lei 4.320/64: 
Tributárias
Receitas orçamentárias - categorias econômicas
Prof. Marcel Guimarães
44
“Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se
possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei, e
cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”. (Art. 3º - CTN)
RECEITAS 
TRIBUTÁRIAS
Ou 
“IMPOSTOS, 
TAXAS E CM”
IMPOSTOS
Obrigação pecuniária perante o Estado,
independentemente da prestação de uma
atividade específica, de natureza geral e indivisível,
sem caráter de sanção.
TAXAS
Decorre do poder de polícia ou da utilização efetiva
ou potencial de um bem ou serviço oferecido pelo
Estado, de forma divisível e específica.
CONTRIBUIÇÃO DE 
MELHORIA
Instituída para fazer face ao custo de obras públicas
de que decorra valorização imobiliária.
Receitas Tributárias
Prof. Marcel Guimarães
45
Vinculações de receitas
Receitas Previstas Valor Despesas Fixadas Valor
Impostos 1.000 Destinação livre
Contribuições Sociais 2.000 Destinação vinculada
Saúde
Previdência social
Assistência social
Lei Orçamentária Anual
Prof. Marcel Guimarães
46
 1 dimensão
objeto de gasto
Orçamento de 
desempenho
Orçamento Moderno 
(orçamento-programa)
 Função Controle 
político
TIPOS DE ORÇAMENTO E SUAS CARACTERÍSTICAS
 Instrumento de 
planejamento
Orçamento 
Tradicional
 Função  Instrum. de 
Administração
 Keynesianismo: 
intervenção do Estado na 
economia (funções 
alocativa, distributiva e 
estabilizadora)
 Ênfase  resultados 
(realizações)
 Importância em saber o 
que o governo FAZ, e não
as coisas que ele 
COMPRA
Não há ainda vínculo 
com o planejamento
 2 dimensões
objeto de gasto e um 
programa de trabalho
Evolução conceitual do orçamento
Prof. Marcel Guimarães
47
O orçamento-programa consiste em um método de orçamentação por meio do
qual as despesas públicas são fixadas a partir da identificação das necessidades
públicas sob a responsabilidade de um certo nível de governo e da sua
organização segundo níveis de prioridades e estruturas apropriadas de
classificação da programação.
Problema
Programa
Indicadores
Ação 1 Ação 2 Ação 3
Elemento básico da 
estrutura do OP
Orçamento-programa
Prof. Marcel Guimarães
48
Problema Objetivo + Indicador
Causas
C 1
C 2
C 3
SOCIEDADE
(PESSOAS, FAMÍLIAS, EMPRESAS)
Ações
A 1
A 2
A 3
Fonte: Apresentação STN MCASP - Módulo V – Proced. Contábeis Orçamentários Básico
O programa orientado a resultado
Prof. Marcel Guimarães
49
Programa é o instrumento de organização da atuação governamental que articula um
conjunto de ações que concorrem para a concretização de um OBJETIVO comum
preestabelecido, visando à solução de um problema ou ao atendimento de determinada
necessidade ou demanda da sociedade.
O orçamento Federal está organizado em programas, a partir dos quais são relacionadas
as AÇÕES sob a forma de atividades, projetos ou operações especiais, especificando os
respectivos valores e metas e as unidades orçamentárias responsáveis pela realização da
ação. A cada projeto ou atividade só poderá estar associado um produto, que, quantificado
por sua unidade de medida, dará origem à meta.
Programa
Planejamento Orçamento
Programa
Prof. Marcel Guimarães
50
Instrumento de organização da Ação Governamental
Cada programa identifica as AÇÕES necessárias para atingir os seus OBJETIVOS,
sob forma de PROJETOS, ATIVIDADES e OPERAÇÕES ESPECIAIS, especificando
os respectivos VALORES e METAS.
Programa
Ações
Projetos Atividades Operações Especiais
Valores 
Metas 
Fonte: Apresentação STN MCASP - Módulo V – Proced. Contábeis Orçamentários Básico
O que é Programa?
Prof. Marcel Guimarães
51
Obrigado
Marcel Guimarães
@prof.marcelguimaraes
www.facebook.com/prof.marcelguimaraes/
Prof. Marcel Guimarães
Administração Financeira e 
Orçamentária - AFO
Professor Marcel Guimarães
53
 Introdução;
Atividade Financeira do Estado;
Introdução ao Orçamento Público no Brasil: PPA, LDO e LOA;
Créditos orçamentários;
Outros conceitos.
Aula Demonstrativa - Exercícios
54
Exercícios
CESPE
Prof. Marcel Guimarães
55
CESPE/STJ 2018 - Cargo 1
Acerca dos fundamentos de administração financeira e orçamentária, julgue os itens
a seguir.
99 A proposta orçamentária do Poder Legislativo deve ser apresentada ao Congresso
Nacional pelo Poder Executivo.
CERTO
A iniciativa das leis orçamentárias é do Poder Executivo. Assim, a proposta
orçamentária do Poder Legislativo deve ser encaminhada ao Poder Executivo, que irá
apresentá-la ao Congresso Nacional.
Prof. Marcel Guimarães
56
CESPE/ABIN 2018 -CARGO 2 - ÁREA 1
Acerca do orçamento público, julgue os itens a seguir.
80 São reservadas à lei de diretrizes orçamentárias disposições sobre exercício
financeiro, vigência, prazos, elaboração e organização do plano plurianual.
ERRADO
165, § 9º Cabe à lei complementar:
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a
organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei
orçamentária anual;
Prof. Marcel Guimarães
57
CESPE/STM 2018 - Cargo 3
A respeito de noções básicas sobre tributos, julgue os itens a seguir.
93 Os fatos geradores dos impostos são situações que independem de qualquer
atividade estatal relativa ao contribuinte.
CERTO
IMPOSTO: Obrigação pecuniária perante o Estado, independentemente da
prestação de uma atividade específica, de natureza geral e indivisível, sem caráter
de sanção.
Prof. Marcel Guimarães
58
CESPE/TCE-PE 2017 - Cargo 1
Com referênciaao direito financeiro, julgue os itens seguintes.
71 Os estados-membros e o Distrito Federal estão impedidos de editar normas gerais
acerca da elaboração dos seus orçamentos, porque a CF atribui tal competência
legislativa à União.
ERRADO
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
§ 1º - No âmbito da legislação concorrente, a competência da União limitar-se-á a
estabelecer normas gerais.
Prof. Marcel Guimarães
59
CESPE/TCE-PE 2017 - Cargo 3
Considerando as disposições constitucionais e as normas gerais relativas ao direito
financeiro, bem como os princípios orçamentários, julgue os itens a seguir.
71 Integram o orçamento fiscal, previsto na lei orçamentária anual, os fundos de
incentivos fiscais e o orçamento das empresas públicas independentes.
ERRADO
empresas públicas independentes orçamento de investimentos
Prof. Marcel Guimarães
60
CESPE –TCE-PE – 2017
Com referência ao direito financeiro, julgue o item seguinte.
72 Além de disciplinar o Sistema Financeiro Nacional, o direito financeiro
regulamenta a atividade financeira do Estado no que diz respeito a orçamento
público, receita pública, despesa pública, crédito público, responsabilidade fiscal e
controle da execução orçamentária.
ERRADO
Sistema Financeiro Nacional  disciplinado pelo Direito Econômico, e não pelo
Direito Financeiro.
O Direito Financeiro tem por objeto a disciplina jurídica de toda a atividade
financeira do Estado e abrange receitas, despesas, créditos públicos e orçamento
público.
Prof. Marcel Guimarães
61
CESPE/TCE-PE 2017 - Cargo 3
A respeito da receita e da despesa pública, assim como do regime constitucional dos 
precatórios, julgue os próximos itens.
97 Classifica-se como extraorçamentária a despesa correspondente a devolução de valores de 
terceiros temporariamente em poder do ente público.
CERTO
Despesa extraorçamentárias: são aquelas decorrentes de
• Saídas compensatórias no ativo e no passivo financeiro – representam desembolsos de
recursos de terceiros em poder do ente público
• Pagamento de Restos a Pagar – são as saídas para pagamentos de despesas
empenhadas em exercícios anteriores.
Prof. Marcel Guimarães
62
CESPE – SEDF - Professor de Educação Básica – Administração – 2017
No mês de novembro de 2016, fortes chuvas e ventanias assolaram uma região
administrativa do DF. O fato de terem causado danos a casas e aparelhos públicos
possibilitou a caracterização de calamidade pública, e não havia, na Lei de Orçamento
de 2016, dotação orçamentária específica para a sua recuperação.
Com referência a essa situação hipotética, julgue o próximo item.
Nesse caso, para o reparo das casas, o GDF deverá utilizar-se da abertura de crédito
extraordinário.
CERTO
Créditos Extraordinários  para despesas urgentes e imprevistas, em caso de
guerra, comoção intestina ou calamidade pública. (art. 41, III)
Prof. Marcel Guimarães
63
CESPE – DPU – Agente administrativo – 2016
Com relação ao orçamento público no Brasil, julgue o próximo item, considerando o
que está estabelecido na Constituição Federal de 1988 (CF).
75 As diretrizes orçamentárias são estabelecidas por leis de iniciativa do Poder
Executivo.
CERTO
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
Prof. Marcel Guimarães
64
CESPE/TCE-PA 2016 – Cargo 2
A respeito do plano plurianual (PPA), da lei de diretrizes orçamentárias (LDO) e da lei
orçamentária anual (LOA), julgue os itens que se seguem.
111 Com duração de quatro anos, a vigência do PPA coincidirá com os quatro anos do
mandato do presidente da República eleito.
ERRADO
Vigência do PPA não coincide com mandato do presidente da república
Prof. Marcel Guimarães
65
CESPE/TCE-PA 2016 – Cargo 20
• no mês de agosto de 2015, foi aberto um crédito adicional, para a utilização de recursos por excesso
de arrecadação, no valor de R$ 70 mil, destinado à aquisição de terreno para a construção de um
ginásio de esportes, para o qual não havia dotação orçamentária específica;
• no mês de setembro de 2015, foi aberto outro crédito adicional, no valor de R$ 100 mil, destinado a
reforço de dotação orçamentária já existente, relativa à construção de um hospital municipal,
também para a utilização de recursos por excesso de arrecadação.
Com referência a essa situação hipotética, julgue os itens subsecutivos.
111 O crédito adicional relativo à aquisição do terreno para a construção do ginásio de
esportes, nos termos da legislação vigente, classifica-se na modalidade de crédito
extraordinário.
ERRADO
aquisição de terreno para a construção de um ginásio de esportes, para o qual não havia
dotação orçamentária específica CRÉDITO ESPECIAL
Prof. Marcel Guimarães
66
CESPE/TCE-PA 2016 – Cargo 20
• no mês de agosto de 2015, foi aberto um crédito adicional, para a utilização de recursos por excesso
de arrecadação, no valor de R$ 70 mil, destinado à aquisição de terreno para a construção de um
ginásio de esportes, para o qual não havia dotação orçamentária específica;
• no mês de setembro de 2015, foi aberto outro crédito adicional, no valor de R$ 100 mil, destinado a
reforço de dotação orçamentária já existente, relativa à construção de um hospital municipal,
também para a utilização de recursos por excesso de arrecadação.
Com referência a essa situação hipotética, julgue os itens subsecutivos.
112 Nos termos da legislação vigente, o crédito adicional relativo à construção do hospital
municipal classifica-se na modalidade de crédito suplementar.
CERTO
construção de um hospital municipal  destinado a reforço de dotação orçamentária já
existente CRÉDITO SUPLEMENTAR
Prof. Marcel Guimarães
67
CESPE/TCE-PA 2016 – Cargo 20
O orçamento público constitui um poderoso instrumento de controle dos recursos
financeiros gerados pela sociedade. A respeito desse tema, julgue os itens que se
seguem, com base na doutrina e nas disposições legais sobre orçamento e finanças
públicas.
107 A Constituição Federal de 1988 atribuiu ao Poder Executivo a competência para a
elaboração da proposta orçamentária e ao Poder Legislativo a competência para a
sua aprovação.
CERTO
Poder Executivo elaboração da proposta orçamentária
Poder Legislativo aprovação da proposta orçamentária
Prof. Marcel Guimarães
68
CESPE/TCU 2015 - Cargo: Técnico Federal de Controle Externo
À luz do Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, julgue os itens
subsequentes.
63 Os ingressos extraorçamentários, tais como os oriundos de depósitos em caução,
têm caráter temporário e representam passivos exigíveis do Estado, sendo sua
restituição independente de autorização legislativa.
CERTO
Os ingressos extraorçamentários (cauções, ARO, depósitos, etc.) têm caráter
temporário e representam passivos exigíveis do Estado, sendo sua restituição
independente de autorização legislativa.
Prof. Marcel Guimarães
69
CESPE - DEPEN - Agente Penitenciário Federal – 2015
A respeito de planejamento e avaliação, funções fundamentais em políticas públicas, julgue o
item subsequente.
87 O plano plurianual (PPA) e a lei de diretrizes orçamentárias (LDO) são importantes
instrumentos de planejamento governamental, por meio dos quais são definidas as
prioridades do governo para um período de quatro anos.
ERRADO
PPA vigência de 4 anos
LDO vigência de 18 meses
Prof. Marcel Guimarães
70
CESPE/TCE-RN 2015 - CARGO 3
Julgue os próximos itens, relacionados a receitas e despesas públicas.
109 A classificação orçamentária da receita influencia a destinação do recurso arrecadado, ou
seja, a segregação entre a receita de impostos e a receita de contribuição permite que a
contabilidade separe a receita que é vinculada (impostos) da que não é vinculada
(contribuições).
ERRADO
Impostos receitas não vinculadas
Contribuições receitas vinculadas
Prof. Marcel Guimarães
71
CESPE/MP-ENAP 2015- Cargo 4: CONTADOR
Em relação a impostos, taxas e contribuições, julgue os itens subsequentes.
101 A taxa é a espécie de tributo cuja obrigação tributária tem por fato gerador uma
situação que independe de vinculação entre atividade estatal específica e o
contribuinte.
ERRADO
O IMPOSTO é a espécie de tributo cuja obrigação tributária tem por fato gerador
uma situação que independe de vinculação entre atividade estatal específica e o
contribuinte.
Prof. Marcel Guimarães
72
CESPE/DEPEN 2015 - Cargo 7 – ÁREA 1
Acerca das noções básicas de orçamento público e de administração financeira e
orçamentária, julgue os itens a seguir.
98 Será inconstitucional a lei de iniciativa da Câmara dos Deputados que estabelecer
as diretrizes orçamentárias para o exercício financeiro subsequente.
CERTO
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
Prof. Marcel Guimarães
73
CESPE - PF – Policial Federal - Agente administrativo – 2014
Tendo em vista as normas que regem o orçamento público, julgue os itens que se
seguem. Nesse sentido, considere que PPA se refere ao plano plurianual; LDO, à lei de
diretrizes orçamentárias; e LOA, à lei orçamentária anual.
76 A LDO orienta a elaboração da LOA e auxilia na coerência entre o PPA e a LOA.
CERTO
A CF, na seção relacionada ao orçamento, determina que a LDO seja elaborada em
consonância com o PPA, tendo como função orientar a elaboração da LOA.
Prof. Marcel Guimarães
74
CESPE – PGE-PI – Procurador do Estado substituto – 2014
A respeito do direito financeiro brasileiro, assinale a opção correta.
D) A Lei n.º 4.320/1964, apesar de ser lei ordinária, foi recepcionada pela
CF com status de lei complementar, só podendo, hoje, ser alterada por lei
dessa estatura.
CERTO
Lei 4.320/64 lei ordinária na origem
CF/88 recepcionada com status de lei complementar.
Prof. Marcel Guimarães
75
CESPE/MDIC 2013 - CARGO 2: AGENTE ADMINISTRATIVO
Julgue os itens subsequentes, relativos ao orçamento público no Brasil.
82 De acordo com a lei orçamentária anual, os orçamentos das empresas estatais
dependentes e independentes constam do orçamento de investimento.
ERRADO
Estatais dependentesOFSS
Estatais independentesOI
Prof. Marcel Guimarães
76
CESPE/ANTT 2013 - Cargo 6: Analista Administrativo - Área: Direito
No que se refere ao direito financeiro, julgue os itens seguintes.
84 Legislação estadual pode dispor sobre direito financeiro.
CERTO
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar
concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
Prof. Marcel Guimarães
77
Obrigado
Marcel Guimarães
@prof.marcelguimaraes
www.facebook.com/prof.marcelguimaraes/
Prof. Marcel Guimarães
Administração Financeira e 
Orçamentária - AFO
Professor Marcel Guimarães
79
 Introdução;
 Atividade Financeira do Estado;
 Introdução ao Orçamento Público no Brasil: PPA, LDO e LOA;
 Créditos orçamentários;
Outros Conceitos.
Aula Demonstrativa
Prof. Marcel Guimarães
80
Resumo Direcionado
Prof. Marcel Guimarães
81
Em AFO, é feito o estudo de como o Estado administra os recursos públicos para executar
suas funções e atingir objetivos.
Introdução
Administração Financeira e 
Orçamentária (AFO)
Consiste na administração das finanças e 
do orçamento público. 
Direitos Financeiro e
Tributário (MTO 2019)
O Direito Financeiro tem por objeto a disciplina
jurídica de toda a atividade financeira do Estado e
abrange receitas, despesas, créditos públicos e
orçamento público.
O Direito Tributário tem por objeto específico a
disciplina jurídica de uma das origens da receita
pública: o tributo.
Prof. Marcel Guimarães
82
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;
II - orçamento;
CF/88
ATENÇÃO
Municípios não estão inseridos expressamente na competência concorrente para legislar.
DICA
Casa
Dinheiro
Direito Financeiro – Competência Legislativa
Prof. Marcel Guimarães
83
Aliomar Baleeiro: “a AFE consiste em obter, criar, gerir
e despender o dinheiro indispensável às necessidades,
cuja satisfação o Estado assumiu ou cometeu a outras
pessoas de direito público”.
Gerir
Obter
Gastar
Criar
Atividade Financeira do Estado
Orçamento/
Planejamento
Receita
Despesa
Crédito
Valdecir Pascoal: “é tarefa do Estado a realização do
bem comum que se concretiza por meio do atendimento
das necessidades públicas, como por exemplo:
segurança, educação, saúde, previdência, justiça, defesa
nacional, emprego, diplomacia, alimentação, habitação,
transporte, lazer, etc.”.
Atividade Financeira do Estados
Prof. Marcel Guimarães
84
RECEITA PÚBLICA (MTO 2019)
Sentido amplo
Em sentido amplo, receitas públicas são ingressos de recursos financeiros nos cofres do Estado, que se
desdobram em receitas orçamentárias, quando representam disponibilidades de recursos financeiros
para o erário, e ingressos extraorçamentários, quando representam apenas entradas compensatórias.
Sentido estrito
Em sentido estrito, são públicas apenas as receitas orçamentárias. (MTO 2019 adota este conceito)
Receitas Públicas
Prof. Marcel Guimarães
85
DESPESAS PÚBLICAS  A despesa pública é o conjunto de dispêndios realizados pelos entes
públicos para o funcionamento e manutenção dos serviços públicos prestados à sociedade.
No Setor público  Lei Orçamentária FIXA a despesa pública autorizada para um exercício
financeiro.
DESPESA ORÇAMENTÁRIA: É a despesa cuja realização depende de autorização legislativa e que
não pode efetivar-se sem crédito orçamentário (Sanches,Osvaldo,1997).
Despesas Extraorçamentárias: São aquelas decorrentes de:
I) Saídas compensatórias no ativo e no passivo financeiro – representam desembolsos de recursos
de terceiros em poder do ente público, tais como:
II) Pagamento de Restos a Pagar – são as saídas para pagamentos de despesas empenhadas em
exercícios anteriores.
Despesas Públicas
Prof. Marcel Guimarães
86
Orçamento Público
CONCEITO
O orçamento público é uma lei que, entre outros aspectos exprime em termos
financeiros a alocação dos recursos públicos. Trata-se de um instrumento de
planejamento que espelha as decisões políticas, estabelecendo as ações
prioritárias para atendimento das demandas da sociedade, em face à
escassez de recursos.
Orçamento público = Lei Orçamentária Anual (LOA)
Prof. Marcel Guimarães
87
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
CF/88
Leis Orçamentárias
LDO
PPA
LOA
OF
OI
OSS
Leis Orçamentárias
Prof. Marcel Guimarães
88
Conteúdo principal do PPA:
Fixa, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas do Governo para:
- as despesas de capital
- as despesas correntes derivadas das despesas de capital
- os programas de duração continuada
§ 1º A lei que instituir o PLANO PLURIANUAL estabelecerá, de forma regionalizada, as
diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para as despesas de
capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração
continuada.
CF/88 – Art. 165
PPA – Plano Plurianual
Prof. Marcel Guimarães
89
§ 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da
administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício
financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá
sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das
agências financeiras oficiais de fomento.
CF/88 – Art. 165
LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias
Mnemônico: MP
Estabelece as METAS e PRIORIDADES da Administração, incluindo as despesas de capital,
para o exercício SUBSEQUENTE.
LDO ELO entre o Plano Plurianual e a Lei Orçamentária Anual.
Prof. MarcelGuimarães
90
TEXTO DA LEI
P
R
O
G
R
A
M
A
Ç
Ã
O
RECEITAS
PREVISTAS
DESPESAS 
FIXADAS
ANEXOS
OF + OSS + OI
Lei Orçamentária Anual
Estima as receitas e fixa as despesas para um período de 1 ano
Prof. Marcel Guimarães
91
Compreende os orçamentos:
COMPOSIÇÃO DA LOA
Fiscal
Seguridade Social
Investimentos
Abrange toda a Administração Pública, Direta e
Indireta (Órgãos, Autarquias, Fundações Públicas,
Estatais Dependentes), englobando a despesa e a receita,
exceto recursos do OSS e OI.
Dotações das áreas de SAÚDE, PREVIDÊNCIA E
ASSISTÊNCIA SOCIAL
Dotações das EMPRESAS ESTATAIS
INDEPENDENTES
LOA - Composição
Prof. Marcel Guimarães
92
O ciclo orçamentário, também denominado processo orçamentário, corresponde ao período
de tempo em que se processam as atividades típicas do orçamento público, desde sua
concepção até sua apreciação final.
Elaboração da proposta 
orçamentária
Controle e avaliação da 
execução orçamentária
Discussão, votação e 
aprovação do projeto de lei 
orçamentária
Execução orçamentária
Etapas do ciclo orçamentário
Prof. Marcel Guimarães
93
CRÉDITO ORÇAMENTÁRIO : AUTORIZAÇÃO PARA GASTAR
Crédito orçamentário é constituído pelo conjunto de categorias
classificatórias e contas que especificam as ações e operações
autorizadas pela lei orçamentária.
DOTAÇÃO é o MONTANTE DE
RECURSOS financeiros com que conta
o crédito orçamentário.
Lei Orçamentária Anual
Prof. Marcel Guimarães
94
CONCEITO
São créditos adicionais as autorizações de despesas não computadas ou
insuficientemente dotadas da Lei de Orçamento. (art. 40 da LF 4.320/64)
CLASSIFICAÇÃO (Lei 4.320/64)
- Suplementares, para reforço de dotação orçamentária; (art. 41, I)
- Especiais, para despesas às quais não haja dotação orçamentária
específica; (art. 41, II)
- Extraordinários, para despesas urgentes e imprevistas, em caso de
guerra, comoção intestina ou calamidade pública. (art. 41, III)
Créditos Adicionais
Prof. Marcel Guimarães
95
“Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se
possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei, e
cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”. (Art. 3º - CTN)
RECEITAS 
TRIBUTÁRIAS
Ou 
“IMPOSTOS, 
TAXAS E CM”
IMPOSTOS
Obrigação pecuniária perante o Estado,
independentemente da prestação de uma
atividade específica, de natureza geral e indivisível,
sem caráter de sanção.
TAXAS
Decorre do poder de polícia ou da utilização efetiva
ou potencial de um bem ou serviço oferecido pelo
Estado, de forma divisível e específica.
CONTRIBUIÇÃO DE 
MELHORIA
Instituída para fazer face ao custo de obras públicas
de que decorra valorização imobiliária.
Receitas Tributárias
Prof. Marcel Guimarães
96
Vinculações de receitas
Receitas Previstas Valor Despesas Fixadas Valor
Impostos 1.000 Destinação livre
Contribuições Sociais 2.000 Destinação vinculada
Saúde
Previdência social
Assistência social
Lei Orçamentária Anual
Prof. Marcel Guimarães
97
O orçamento-programa consiste em um método de orçamentação por meio do
qual as despesas públicas são fixadas a partir da identificação das necessidades
públicas sob a responsabilidade de um certo nível de governo e da sua
organização segundo níveis de prioridades e estruturas apropriadas de
classificação da programação.
Problema
Programa
Indicadores
Ação 1 Ação 2 Ação 3
Elemento básico da 
estrutura do OP
Orçamento-programa
Prof. Marcel Guimarães
98
Programa é o instrumento de organização da atuação governamental que articula um
conjunto de ações que concorrem para a concretização de um OBJETIVO comum
preestabelecido, visando à solução de um problema ou ao atendimento de determinada
necessidade ou demanda da sociedade.
O orçamento Federal está organizado em programas, a partir dos quais são relacionadas
as AÇÕES sob a forma de atividades, projetos ou operações especiais, especificando os
respectivos valores e metas e as unidades orçamentárias responsáveis pela realização da
ação. A cada projeto ou atividade só poderá estar associado um produto, que, quantificado
por sua unidade de medida, dará origem à meta.
Programa
Planejamento Orçamento
Programa
Prof. Marcel Guimarães
99
Obrigado
Marcel Guimarães
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www.facebook.com/prof.marcelguimaraes/
Prof. Marcel Guimarães
Administração Financeira e 
Orçamentária - AFO
Professor Marcel Guimarães
2
 Introdução;
 Princípios orçamentários no Brasil e no mundo;
 Tópicos avançados:
 Outros princípios orçamentários;
 Histórico dos princípios no Brasil.
[Aula - Princípios Orçamentários]
Prof. Marcel Guimarães
3
Introdução
Prof. Marcel Guimarães
4Prof. Marcel Guimarães
Lei 4.320/64
Trouxe regras gerais e princípios para elaboração da LOA
Constituição de 1988 (CF/88)
Inseriu os Instrumentos de Planejamento
PPA – Plano Plurianual
LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias
LOA – Lei Orçamentária Anual
Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF (Lei 101/2000)
Estabeleceu regras voltadas para a gestão fiscal responsável
- Criou vínculos específicos entre PPA, LDO e LOA.
[Evolução do Orçamento Público no Brasil]
5
[Orçamento Público]
CONCEITO
O orçamento público é uma lei que, entre outros aspectos exprime em
termos financeiros a alocação dos recursos públicos. Trata-se de um
instrumento de planejamento que espelha as decisões políticas,
estabelecendo as ações prioritárias para atendimento das demandas da
sociedade, em face à escassez de recursos.
Orçamento público = Lei Orçamentária Anual (LOA)
Prof. Marcel Guimarães
6
Compreende os orçamentos:
COMPOSIÇÃO DA LOA
Fiscal
Seguridade Social
Investimentos
Abrange toda a Administração Pública, Direta e
Indireta (Órgãos, Autarquias, Fundações Públicas,
Estatais Dependentes), englobando a despesa e a receita,
exceto recursos do OSS e OI.
Dotações das áreas de SAÚDE, PREVIDÊNCIA E
ASSISTÊNCIA SOCIAL
Dotações das EMPRESAS ESTATAIS
INDEPENDENTES
[LOA – Composição]
Prof. Marcel Guimarães
7
CRÉDITO ORÇAMENTÁRIO : AUTORIZAÇÃO PARA GASTAR
Crédito orçamentário é constituído pelo conjunto de categorias
classificatórias e contas que especificam as ações e operações
autorizadas pela lei orçamentária.
DOTAÇÃO é o MONTANTE DE
RECURSOS financeiros com que conta
o crédito orçamentário.
[Lei Orçamentária Anual]
Prof. Marcel Guimarães
8
CONCEITO
São créditos adicionais as autorizações de despesas não computadas ou
insuficientemente dotadas da Lei de Orçamento. (art. 40 da LF
4.320/64)
CLASSIFICAÇÃO (Lei 4.320/64)
- Suplementares, para reforço de dotação orçamentária; (art. 41, I)
- Especiais, para despesas às quais não haja dotação orçamentária
específica; (art. 41, II)
- Extraordinários, para despesas urgentes e imprevistas, em caso de
guerra, comoção intestina ou calamidade pública. (art. 41, III)
[Créditos Adicionais]
Prof. Marcel Guimarães
9
“Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se
possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei, e
cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”. (Art. 3º - CTN)
RECEITAS 
TRIBUTÁRIAS
Ou 
“IMPOSTOS, 
TAXAS E CM”
IMPOSTOS
Obrigação pecuniária perante o Estado,
independentemente da prestação de uma
atividade específica, de natureza geral e indivisível,
sem caráter de sanção.
TAXAS
Decorre do poder de polícia ou da utilização efetiva
ou potencial de um bem ou serviço oferecido pelo
Estado, de forma divisível e específica.
CONTRIBUIÇÃO DE 
MELHORIA
Instituída para fazer face ao custo de obras públicas
de que decorra valorização imobiliária.
[Receitas Tributárias]
Prof. Marcel Guimarães
10
Princípios 
orçamentários
Prof. Marcel Guimarães
11Prof. Marcel Guimarães
Os princípios orçamentários visam estabelecer regras básicas, a fim
de conferir racionalidade, eficiência e transparência aos processos de
elaboração, execução e controle do orçamento público.
Válidos para todos os Poderes e para todos os entes federativos -
União, Estados,Distrito Federal e Municípios -, são estabelecidos e
disciplinados tanto por normas constitucionais e infraconstitucionais
quanto pela doutrina.
[Princípios orçamentários]
12Prof. Marcel Guimarães
- UNIDADE / TOTALIDADE
- UNIVERSALIDADE
- ORÇAMENTO BRUTO
- ANUALIDADE OU PERIODICIDADE
- EXCLUSIVIDADE
- EQUILÍBRIO
- LEGALIDADE
- PUBLICIDADE
- ESPECIFICAÇÃO OU ESPECIALIZAÇÃO
- NÃO-AFETAÇÃO (NÃO VINCULAÇÃO) DA RECEITA
- PLANEJAMENTO E DA PROGRAMAÇÃO
- PROIBIÇÃO DO ESTORNO
- CLAREZA
[Princípios orçamentários]
Legenda:
Lei 4.320/64
CF/88
DL 200/67
Doutrinários
13Prof. Marcel Guimarães
SENTIDO HISTÓRICO
Pelo princípio da unidade, o orçamento público deve ser uno, uma só peça, garantindo
uma visão de conjunto das receitas e das despesas. Do ponto de vista do orçamento a
consequência deste princípio é a unidade orçamentária ou a reunião de todas as
receitas e despesas da gestão econômica em questão em um único orçamento.
NO BRASIL
De acordo com este princípio, o orçamento deve ser uno, ou seja, cada ente
governamental deve elaborar um único orçamento.
Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de
forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do
Governo, obedecidos os princípios de UNIDADE, universalidade e anualidade.
Lei 4.320/64
[Unidade / Totalidade]
14Prof. Marcel Guimarães
CF/88 princípio da TOTALIDADE evolução (atualização) do princípio da unidade.
PRINCÍPIO DA TOTALIDADE
É possível a coexistência de orçamentos variados, desde que estejam consolidados numa peça, de
forma que continue sendo possível uma visão geral das finanças públicas.
IMPORTANTE
3 orçamentos CF/88  respeitam o princípio da unidade/totalidade, já que compõem uma só
peça: a Lei Orçamentária Anual.
Art. 165, § 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União [...];
II - o orçamento de investimento das empresas [...];
III - o orçamento da seguridade social, [...].
CF/88
[Unidade / Totalidade]
15Prof. Marcel Guimarães
FCC/ANALISTA/TJ-AP/2009
O princípio da unidade é o que preconiza a existência de um único documento orçamentário,
consolidando as receitas e despesas dos municípios no orçamento dos estados, e dos estados no
orçamento da União.
ERRADO
O princípio da unidade não implica qualquer agregação entre orçamentos de entes distintos.
FCC/PROCURADOR/TCE-RO/2010
O princípio da unidade expressa que a lei orçamentária deve ser uma peça só e o texto constitucional o
consagra ao dispor que a lei orçamentária anual compreenderá o orçamento fiscal, o orçamento de
investimento e o orçamento da seguridade social.
CERTO
O fato de haver orçamentos especializados em sua composição não afetaria o princípio clássico.
[Já foi cobrado em prova...]
16Prof. Marcel Guimarães
SENTIDO HISTÓRICO
De acordo com esse princípio, todas as receitas e despesas do Estado devem
ser incluídas no orçamento e sujeitas ao processo orçamentário comum:
elaboração, aprovação, execução e controle.
NO BRASIL
Segundo este princípio, a LOA de cada ente federado deverá conter todas as
receitas e as despesas de todos os Poderes, órgãos, entidades, fundos e
fundações instituídas e mantidas pelo poder público. Este princípio é
mencionado no caput do art. 2º da Lei no 4.320, de 1964, recepcionado e
normatizado pelo § 5º do art. 165 da CF.
[Universalidade]
17Prof. Marcel Guimarães
Segundo Sebastião de Sant'Anna e Silva, o princípio da universalidade proporciona AO
LEGISLATIVO:
• conhecer a priori todas as receitas e despesas do governo e dar prévia autorização para a
respectiva arrecadação e realização;
Cuidado: LOA não precisa mais autorizar a arrecadação. Era assim até 1967. Atualmente, a LOA
não autoriza mais a arrecadação, apenas a prevê. Como historicamente a função do orçamento
também foi de autorização da arrecadação, até hoje são comuns em provas questões
totalmente teóricas, sem aplicação à realidade atual, que confirmem o papel
autorizador da lei orçamentária quanto à arrecadação.
• impedir ao Executivo a realização de qualquer operação de receita e despesa sem prévia
autorização parlamentar;
• conhecer o exato volume global das despesas projetadas pelo governo, a fim de autorizar a
cobrança dos tributos estritamente necessários para atendê-las.
[Universalidade – Sentido histórico]
18Prof. Marcel Guimarães
UNIVERSALIDADE – No Brasil
Pelo princípio da universalidade, todas as receitas e despesas devem constar da lei
orçamentária.
Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a
evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo,
obedecidos os princípios de unidade, UNIVERSALIDADE e anualidade.
Lei 4.320/64
Art. 3º A Lei de Orçamento compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de
crédito autorizadas em lei.
Art. 4º A Lei de Orçamento compreenderá todas as despesas próprias dos órgãos do Governo
e da administração centralizada, ou que, por intermédio deles se devam realizar, observado o
disposto no artigo 2°.
Lei 4.320/64
[Universalidade – No Brasil]
19Prof. Marcel Guimarães
CESPE/ANALISTA/MCT/2008
O princípio orçamentário da universalidade possibilita ao Poder Legislativo conhecer
a priori todas as receitas e despesas do governo e dar prévia autorização para a
respectiva arrecadação.
CERTO
Segundo Sebastião de Sant'Anna e Silva, o princípio da universalidade proporciona
AO LEGISLATIVO:
• conhecer a priori todas as receitas e despesas do governo e dar prévia
autorização para a respectiva arrecadação e realização;
[Já foi cobrado em prova...]
20Prof. Marcel Guimarães
SENTIDO HISTÓRICO
O princípio da universalidade é habitualmente complementado pela regra do orçamento bruto, segundo a
qual as parcelas da receita e da despesa devem figurar em bruto no orçamento, isto é, sem qualquer
compensação ou dedução.
Seu objetivo era impedir a inclusão, no orçamento, de importâncias líquidas, isto é, a inclusão apenas do
saldo positivo ou negativo resultante do confronto entre as receitas e as despesas de um determinado
serviço público.
NO BRASIL
Assim, se for o caso de se fazer uma dedução a uma receita, o ente público não pode apenas registrar o
valor líquido a ser arrecadado. Tanto a arrecadação bruta quanto a dedução devem ser consideradas na
elaboração da peça orçamentária.
Art. 6º Tôdas as receitas e despesas constarão da Lei de Orçamento pelos seus totais, vedadas
quaisquer deduções.
Lei 4.320/64
[Orçamento Bruto]
21
[Lei Orçamentária Anual]
Prof. Marcel Guimarães
Receitas Previstas Despesas Fixadas
22Prof. Marcel Guimarães
SENTIDO HISTÓRICO
Segundo este princípio, as estimativas orçamentárias, tanto da receita, como da
despesa, devem referir-se a um período limitado de tempo, geralmente um ano,
podendo este coincidir ou não com o ano civil.
Em sua origem, a finalidade exclusiva do princípio era obrigar o Poder Executivo a
solicitar periodicamente ao Parlamento autorização para a cobrança de tributos e para
a aplicação do respectivo produto.
NO BRASIL
Conforme este princípio, o exercício financeiro é o período de tempo ao qual se
referem a previsão das receitas e a fixação das despesas registradas na LOA. Este
princípio é mencionado no caput do art. 2º da Lei no 4.320, de 1964. Segundo o art. 34
dessa lei, o exercício financeiro coincidirá com o ano civil (1º de janeiro a 31 de
dezembro).
[Anualidade / Periodicidade]
23Prof. Marcel Guimarães
Princípio da anualidade no Brasil - EXCEÇÃO
SUPLEMENTARES válidos somente até 31/12 do exercício em que foram abertos.
CF art. 167
§ 2º - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro em que forem
autorizados, SALVO se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele
exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do
exercício financeiro subseqüente.
Art. 45. Os créditos adicionais terão vigência adstrita ao exercício financeiro em queforem abertos, salvo expressa disposição legal em contrário, quanto aos especiais e
extraordinários.
Lei 4.320/64
[Anualidade]
24Prof. Marcel Guimarães
CESPE/EBC 2011 - Cargo 9: Analista de Empresa de Comunicação Pública – Atividade:
Contabilidade
Em relação aos princípios orçamentários, julgue os itens a seguir.
64 O saldo não aplicado do crédito adicional extraordinário cuja promulgação ocorrer em
setembro de 2011 poderá ser reaberto e incorporado ao orçamento de 2012, sendo uma
exceção ao princípio da anualidade.
CERTO
Os créditos especiais e extraordinários autorizados nos últimos quatro meses do exercício
podem ser reabertos, se necessário, e, neste caso, serão incorporados ao orçamento do
exercício subsequente, conforme estabelecido no § 3º do art. 167 da Carta Magna.
4 ÚLTIMOS MESES  set, out, nov e dez
[Já foi cobrado em prova...]
25Prof. Marcel Guimarães
SENTIDO HISTÓRICO
A lei orçamentária deve conter apenas matéria financeira, excluindo-se dela qualquer
dispositivo estranho à estimativa da receita e à fixação da despesa para o próximo
exercício.
NO BRASIL
O princípio da exclusividade, previsto no § 8º do art. 165 da CF, estabelece que a LOA não
conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa.
EXCEÇÃO
Ressalvam-se dessa proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e
para a contratação de operações de crédito, ainda que por Antecipação de Receitas
Orçamentárias - ARO, nos termos da lei.
[Exclusividade]
26
[Operação de crédito ARO]
Prof. Marcel Guimarães
Receitas Previstas Despesas Fixadas
27Prof. Marcel Guimarães
Objetivo
O princípio tem por objetivo disciplinar a votação do orçamento no Poder Legislativo, de
modo a impedir que este poder se utilize do processo legislativo mais célere e sujeito a
prazos fatais como mecanismo de aprovação de matérias diversas às questões
financeiras sem que haja uma análise mais detalhada ou discussão acerca da proposição.
Esse princípio tem grande significado no direito orçamentário brasileiro, estando sua
história ligada às chamadas caudas orçamentárias, chamadas de “rabilongos” por Rui
Barbosa.
Tem por objetivo principal evitar a ocorrência das chamadas caudas orçamentárias.
(Para Rui Barbosa  “rabilongos”)
[Exclusividade]
28
TEXTO DA LEI
P
R
O
G
R
A
M
A
Ç
Ã
O
RECEITAS
PREVISTAS
DESPESAS 
FIXADAS
OF + OSS + OI
[Lei Orçamentária Anual]
Estima as receitas e fixa as despesas para um período de 1 ano
Prof. Marcel Guimarães
Autorizações para:
• Créditos Suplementares
• Operações de créditos
• ARO
29Prof. Marcel Guimarães
CESPE/MPU 2010 - Cargo 30: Analista de Orçamento
Acerca de princípios orçamentários, julgue os itens subsequentes.
81 O princípio da exclusividade foi proposto com a finalidade de impedir
que a lei orçamentária, em razão da natural celeridade de sua
tramitação no legislativo, fosse utilizada como mecanismo de aprovação
de matérias diversas às questões financeiras.
CERTO
[Já foi cobrado em prova...]
30Prof. Marcel Guimarães
Esse princípio estabelece que o montante da despesa autorizada em cada exercício financeiro
não poderá ser superior ao total de receitas estimadas para o mesmo período.
EQUILÍBRO APENAS FORMAL
Do ponto de vista econômico, não há equilíbrio, já que o equilíbrio orçamentário em geral é
obtido por meio de operações de créditos.
Regra de ouro está relacionada ao princípio do equilíbrio.
Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá tôdas as receitas, inclusive as de operações de crédito
autorizadas em lei.
Parágrafo único. NÃO se consideram para os fins deste artigo as operações de credito por
antecipação da receita, as emissões de papel-moeda e outras entradas compensatórias, no ativo e
passivo financeiros.
Lei 4.320/64
[Equilíbrio]
31
[Lei Orçamentária Anual]
Prof. Marcel Guimarães
Receitas Previstas Despesas Fixadas
32Prof. Marcel Guimarães
Cabe ao Poder Público fazer ou deixar de fazer somente aquilo que a lei expressamente autorizar,
ou seja, se subordina aos ditames da lei.
CF/88, art. 37  princípios da administração  LEGALIDADE.
Orçamento  lei em sentido formal (essência  ato administrativo).
Caráter autorizativo do orçamento  governo não é obrigado a executar.
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I – o plano plurianual;
II – as diretrizes orçamentárias;
III – os orçamentos anuais.
CF/88
[Legalidade]
33Prof. Marcel Guimarães
Princípio básico da atividade da Administração Pública no regime democrático, está previsto no caput do
art. 37 da Magna Carta de 1988. Justifica-se especialmente pelo fato de o orçamento ser fixado em lei,
sendo esta a que autoriza aos Poderes a execução de suas despesas.
O conteúdo orçamentário deve ser divulgado (publicado) nos veículos oficiais para eficácia de sua
validade.
O conteúdo orçamentário deve ser divulgado (publicado) nos veículos oficiais de comunicação para
conhecimento do público e para eficácia de sua validade
CF/88, art. 37 princípios da administração PUBLICIDADE.
O orçamento deve ser fixado em lei, e esta, para criar, modificar, extinguir ou condicionar direitos e
deveres, obrigando a todos, há que ser publicada.
Concretização
- disponibilização das leis orçamentárias em sites governamentais;
- veículos oficiais de comunicação (diários oficiais).
[Publicidade]
34Prof. Marcel Guimarães
SENTIDO HISTÓRICO
Este princípio preceitua que o orçamento público deve ser discriminado ou especificado, devendo as
receitas e despesas ser autorizadas pelo Parlamento não em bloco, mas de forma detalhada.
Historicamente, a adoção deste princípio representou uma vitória do Parlamento sobre Executivo e um
reforço do controle financeiro exercido pelo primeiro sobre o segundo.
Nesse sentido, as receitas e despesas orçamentárias devem ser autorizadas pelo Poder Legislativo em
parcelas discriminadas e não pelo seu valor global, facilitando o acompanhamento e o controle do gasto
público.
Portanto, pode-se afirmar que o princípio da especialização ou discriminação:
• Proporciona maior transparência ao processo orçamentário, além de facilitar a fiscalização por parte
do Poder Legislativo;
• Inibe o excesso de flexibilidade na alocação dos recursos pelo Poder Executivo;
• Facilita o processo de padronização e elaboração dos orçamentos, bem como o processo de
consolidação de contas.
[Especificação ou Especialização ou Discriminação]
35Prof. Marcel Guimarães
NO BRASIL
Convém destacar que, com o aumento e a extensão das funções e responsabilidades
governamentais, tornou-se necessário conceder à administração pública maior flexibilidade de ação
para a solução de novos problemas que o governo deve enfrentar. Assim, certas atividades
necessitam de maleabilidade de modo que o orçamento possa ser adaptado de forma rápida.
Diante disso, a Portaria STN/SOF 163/01 modificou o grau de detalhamento das despesas na LOA, de
modo que esta não traz mais a despesa em nível de elemento da despesa, mas sim até a
modalidade de aplicação.
Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender
indiferentemente a despesas de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou
quaisquer outras [...]”;
Art. 15. Na Lei de Orçamento a discriminação da despesa far-se-á no mínimo por elementos.
Lei 4.320/64
[Especificação ou Especialização ou Discriminação]
36
[Lei Orçamentária Anual]
Prof. Marcel Guimarães
Receitas Previstas Despesas Fixadas
37Prof. Marcel Guimarães
EXCEÇÕES – NO BRASIL
Reserva de contingência
Constitui uma dotação genérica, sem aplicação definida, a partir da qual o poder público pode
atender a “passivos contingentes”, como pagamentos devidos a execuções judiciais, ou executar
novas dotações, por meio de créditos adicionais.
Programas especiais de trabalho (PET’s)
Grandes investimentos públicos que, por sua complexidade e abrangência, não podem ter toda sua
composição de despesas explicitada de antemão. Assim, eles são autorizados a partir de dotações
globais, genéricas,e a correspondente discriminação das despesas se dá durante a própria execução.
Lei 4.320  Art. 20, Parágrafo único. Os programas especiais de trabalho que, por sua
natureza, não possam cumprir-se subordinadamente às normas gerais de execução da despesa
poderão ser custeadas por dotações globais, classificadas entre as Despesas de Capital.
[Especificação ou Especialização ou Discriminação]
38Prof. Marcel Guimarães
CESPE/EBC 2011 - Cargo 9: Analista de Empresa de Comunicação Pública – Atividade:
Contabilidade
Em relação aos princípios orçamentários, julgue os itens a seguir.
65 A reserva de contingência, dotação global para atender passivos contingentes e
outras despesas imprevistas, constitui exceção ao princípio da especificação ou
especialização.
CERTO
Exceções ao princípio da especialização  PET e Reserva de contingência.
[Já foi cobrado em prova...]
39Prof. Marcel Guimarães
SENTIDO HISTÓRICO
Opondo-se às vinculações da receita pública, prescreve que todas as receitas do Estado
devem ser recolhidas a um fundo único do tesouro, a uma caixa única, de onde será
retirado o numerário necessário para atender a quaisquer despesas públicas,
indistintamente.
NO BRASIL
Estabelecido pelo inciso IV do art. 167 da CF, este princípio veda a vinculação da receita
de impostos a órgão, fundo ou despesa, salvo exceções estabelecidas pela própria CF.
[Não-afetação (não vinculação) da receita]
Nenhuma parcela da receita geral poderá ser reservada ou comprometida para atender 
a certos e determinados gastos.
40Prof. Marcel Guimarães
NÃO-AFETAÇÃO (NÃO VINCULAÇÃO) DA RECEITA – NO BRASIL
Veda a vinculação de receita de IMPOSTOS a órgão, fundo ou despesa.
CF/88  Art. 167. São vedados:
(...)
IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do
produto da arrecadação dos impostos a que se referem os artigos 158 e 159, a destinação de
recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manutenção e desenvolvimento do ensino
e para realização de atividades da administração tributária, como determinado, respectivamente,
pelos artigos 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por
antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo;
(...)
§ 4º É permitida a vinculação de receitas próprias geradas pelos impostos a que se referem os
artigos 155 e 156, e dos recursos de que tratam os artigos 157, 158 e 159, I, a e b, e II, para a
prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com esta.
[Não-afetação (não vinculação) da receita]
41
[Vinculações de receitas]
Receitas Previstas Valor Despesas Fixadas Valor
Impostos 1.000 Destinação livre
Contribuições Sociais 2.000 Destinação vinculada
Saúde
Previdência social
Assistência social
Lei Orçamentária Anual
Prof. Marcel Guimarães
42Prof. Marcel Guimarães
Embora haja este princípio, observa-se que há um elevado
nível de vinculação que a arrecadação tributária sofre no Brasil.
Taxas e contribuições são naturalmente destinadas a certas despesas;
Impostos, embora sejam relacionados ao princípio da não vinculação,
também são destinados a diversas despesas, por ordem da própria
Constituição, como se depreende das exceções vistas anteriormente.
LRF Art. 8º parágrafo único.
Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica serão utilizados
exclusivamente para atender ao objeto de sua vinculação, ainda que em
exercício diverso daquele em que ocorrer o ingresso.
[Não-afetação (não vinculação) da receita]
43Prof. Marcel Guimarães
Originalmente, liberava, na UNIÃO, 20% dos impostos, contribuições sociais e de intervenção no
domínio econômico para livre aplicação pelos administradores públicos.
EC 93/2016
União  libera, até 31/12/2023, 30% da arrecadação relativa às contribuições sociais, sem prejuízo do
pagamento das despesas do Regime Geral da Previdência Social, às contribuições de intervenção no domínio
econômico e às taxas, já instituídas ou que vierem a ser criadas até a referida data.
NOVIDADE
Estados, DF e Municípios  ficam desvinculados de órgão, fundo ou despesa, até 31 de dezembro de 2023,
30% (trinta por cento) das receitas relativas a impostos, taxas e multas.
[Não-afetação (não vinculação) da receita]
DRU - Desvinculação das Receitas da União (DRU)
Para “desamarrar” um pouco as receitas tributárias de suas aplicações obrigatórias,
instituiu‐se, desde 1994, um mecanismo de desvinculação por meio de emenda à Constituição (ADCT 
art. 76).
44Prof. Marcel Guimarães
EXCEÇÕES – NO BRASIL
- Repartição da arrecadação dos impostos (Fundos de Participação dos
Estados – FPE e dos Municípios – FPM e Fundos de Desenvolvimento das
Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste)
- Destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde e ensino;
- Realização de atividades da administração tributária;
- Oferecimento de garantias às operações de crédito ARO;
- Prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de
débitos para com esta.
[Não-afetação (não vinculação) da receita]
45Prof. Marcel Guimarães
CESPE/EBC 2011 - Cargo 9: Analista de Empresa de Comunicação Pública – Atividade:
Contabilidade
Em relação aos princípios orçamentários, julgue os itens a seguir.
63 O princípio da não afetação da receita veda a vinculação de receita de impostos, taxas e
contribuições a despesas, fundos ou órgãos.
ERRADO
O princípio da não afetação da receita veda a vinculação de receita de impostos a despesas,
fundos ou órgãos.
As demais espécies de receitas tributárias (taxas e contribuições de melhoria) não estão
abrangidas pelo princípio da não-afetação, podendo, portanto, ser vinculadas a finalidade
específica.
[Já foi cobrado em prova...]
46Prof. Marcel Guimarães
PLANEJAMENTO
- Refere-se à obrigatoriedade de elaboração do PPA e de todos os planos e programas
nacionais, regionais e setoriais serem elaborados em consonância com o PPA.
- Princípio do planejamento foi reforçado pela LRF.
- Planejamento plurianual deve ser aprovado por lei, sendo vedada sua formalização por meio
de medida provisória.
PROGRAMAÇÃO
- O orçamento deve evidenciar os programas de trabalho, servindo como instrumento de
administração do Governo, facilitando a fiscalização, gerenciamento e planejamento.
Programa é o instrumento de organização da atuação governamental que articula um
conjunto de ações que concorrem para a concretização de um OBJETIVO comum
preestabelecido, visando à solução de um problema ou ao atendimento de determinada
necessidade ou demanda da sociedade.
[Planejamento e Programação]
47
Princípio DOUTRINÁRIO.
Art. 167. São vedados:
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de
recursos de uma categoria de programação para outra ou de um
órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;
CF/88
[Proibição do estorno]
48Prof. Marcel Guimarães
Art. 167. São vedados:
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma
categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia
autorização legislativa;
CF/88 – Art. 167
CATEGORIA DE PROGRAMAÇÃO
função, subfunção, programa, projeto/atividade/operação especial e categorias econômicas de
despesas.
Princípio da proibição de estorno de verbas
CF/1967 Art 64 (...) 
§ 1º - São vedados, nas leis orçamentárias ou na sua execução: 
a) o estorno de verbas;
[Proibição do estorno]
49Prof. Marcel Guimarães
Art. 167. São vedados:
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria
de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização
legislativa;
CF/88 – Art. 167
[Proibição do estorno]
REMANEJAMENTOS ocorrem sempre no âmbito da organização. Assim, se porventura uma reforma
administrativa prevê a extinção de um órgão e a institucionalização de outro para a sua substituição, é
evidente que só se devem realocar os remanescentes orçamentários do órgão extinto para o outro.
As TRANSPOSIÇÕESocorrem sempre no âmbito da programação de trabalho, em razão de
repriorizações, mediante a realocação dos remanescentes orçamentários para o programa de trabalho
repriorizado.
As TRANSFERÊNCIAS ocorrem no âmbito das categorias econômicas de despesas, também por
repriorizações de gastos.
Para J. Teixeira Machado Júnior e Heraldo da Costa Reis:
50Prof. Marcel Guimarães
Art. 167. São vedados:
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria
de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização
legislativa;
CF/88 – Art. 167
[Proibição do estorno]
Para Lino Martins da Silva, na sua obra “Contabilidade governamental, um enfoque administrativo”:
TRANSPOSIÇÕES são os movimentos de recursos entre projetos e atividades de um
mesmo programa ou entre programas diferentes de uma mesma unidade, quando se
apresentam completamente executados ou quando são cancelado.
TRANSFERÊNCIAS: movimentação de recursos de um item ou de um elemento de despesa
de uma mesma categoria econômica, ou entre categorias econômicas diferentes de uma
mesma unidade, quando consideradas necessárias pela administração.
51Prof. Marcel Guimarães
De caráter meramente formal, o princípio da clareza exige que a linguagem
orçamentária seja clara e de fácil entendimento.
Finalidade implícita de facilitar o controle social, proporcionando a todos sua
compreensão mediante uma linguagem facilitada.
[Clareza]
52
Tópicos 
Avançados
Prof. Marcel Guimarães
53
Outros 
Princípios 
Orçamentários
Prof. Marcel Guimarães
54Prof. Marcel Guimarães
PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE, DA CONSISTÊNCIA OU DA PADRONIZAÇÃO
É extraído do que dispõe o artigo 22, inciso III, da Lei nº 4.320/1964. Determina que o orçamento
deve apresentar e conservar ao longo dos diversos exercícios financeiros uma estrutura que permita
comparações entre os sucessivos mandatos.
PRINCÍPIO DA UNIDADE DE CAIXA OU DA UNIDADE DE TESOURARIA
É extraído do que dispõem os artigos 164, § 3º, da Constituição da República e 56 da Lei nº
4.320/1964. Estipula que a realização da receita e da despesa da União deve ser feita por via
bancária, devendo o produto da arrecadação de todas as receitas ser, obrigatoriamente, recolhido a
uma conta única.
PRINCÍPIO DA PRECEDÊNCIA
É extraído do que dispõe o artigo 35, § 2º, incisos I, II e III, do Ato de Disposições Constitucionais
Transitórias. Implica a necessidade de a aprovação do orçamento ocorrer antes do exercício
financeiro a que se refere.
[Outros Princípios Orçamentários]
55Prof. Marcel Guimarães
PRINCÍPIO DA QUANTIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS ORÇAMENTÁRIOS OU DO NOMINALISMO DOS CRÉDITOS
ORÇAMENTÁRIOS
É extraído do que dispõe o artigo 167, inciso VII, da Constituição da República. Veda a concessão ou utilização
de créditos ilimitados, a realização de despesas, bem como a assunção de obrigações diretas que excedam os
créditos orçamentários ou adicionais, as operações de créditos que excedam o montante previsto nas
despesas de capital, excetuadas as ressalvas constitucionais.
PRINCÍPIO DA FLEXIBILIDADE
É extraído do que dispõem os artigos 165, § 8º, da Constituição da República e 7º, inciso I, da Lei nº
4.320/1964. Admite a possibilidade de ajuste na execução do orçamento público às contingências
operacionais e à disponibilidade efetiva de recursos.
PRINCÍPIO DA REGIONALIZAÇÃO
É extraído do que dispõem os artigos 165, § 7º, da Constituição da República e 35 do Ato de Disposições
Constitucionais Transitórias. Preconiza que o orçamento público deve ser elaborado sobre a base territorial
com o maior nível de especificação possível, de forma a reduzir as desigualdades inter-regionais, segundo
critério populacional.
[Outros Princípios Orçamentários]
56Prof. Marcel Guimarães
PRINCÍPIO DA EXATIDÃO
É extraído do que dispõem os artigos 7º e 16 do Decreto-lei nº 200/1967. Consigna que as
estimativas devem ser tão exatas quanto possível, a fim de se dotar o orçamento da consistência
necessária, para que possa ser empregado como instrumento de gerência, programação e
controle.
PRINCÍPIO DO ORÇAMENTO PARTICIPATIVO
É extraído do que dispõe o artigo 44 do Estatuto das Cidades. Busca mais racionalidade na
seleção de prioridades que o emprego de processos convencionais de elaboração das propostas
orçamentárias.
Fonte:
Princípios orçamentários na ótica dos concursos públicos - Autor: Aldo de Campos Costa (Disponível em:
http://www.conjur.com.br/2013-dez-05/toda-prova-principios-orcamentarios-otica-concursos-publicos)
[Outros Princípios Orçamentários]
http://www.conjur.com.br/2013-dez-05/toda-prova-principios-orcamentarios-otica-concursos-publicos
57Prof. Marcel Guimarães
CESPE/TCE-SC 2016 - Cargo 1
Acerca de finanças públicas e orçamento público, julgue os itens a seguir.
91 O princípio orçamentário da uniformidade pode ser cumprido ainda que dois entes
federativos classifiquem uma mesma despesa de formas diferentes.
CERTO
PRINCÍPIO DA UNIFORMIDADE, DA CONSISTÊNCIA OU DA PADRONIZAÇÃO
É extraído do que dispõe o artigo 22, inciso III, da Lei nº 4.320/1964.
Determina que o orçamento deve apresentar e conservar ao longo dos diversos
exercícios financeiros uma estrutura que permita comparações entre os sucessivos
mandatos.
[Já foi cobrado em prova...]
58
Histórico dos 
Princípios no 
Brasil
Prof. Marcel Guimarães
59
Lei 4.320/64
Unidade* 
Universalidade*
Anualidade
Orç. Bruto
Especificação 
Equilíbrio
Planejamento / 
Programação (DL 
200/67)
Proibição do 
estorno
CF/67 CF/88EC 1/69
Equilíbrio*
(*) princípio do 
equilíbrio foi 
enfraquecido
Exclusividade
Legalidade
Publicidade
Não afetação
Equilíbrio
Proibição do estorno
Unidade/totalidade* 
Universalidade*
(*) Porém, só 
passaram a ser 
cumpridos 
após a CF/88 
Prof. Marcel Guimarães
(*) Passaram a
ser efetivamente
cumpridos.
Planejamento
Equilíbrio
LRF/2000
Foram 
reforçados
[Histórico dos Princípios no Brasil]
60Prof. Marcel Guimarães
CESPE/TCDF 2011 - Cargo: Auditor de Controle Externo
111 O princípio orçamentário da unidade é um dos mais antigos no Brasil no que se
refere à aplicação prática, pois vem sendo observado desde a publicação da Lei n.º
4.320/1964.
ERRADO
O princípio da unidade foi instituído por meio da Lei 4.320/64 (art. 2º). Porém, nos
últimos tempos, nem ele, nem o princípio da totalidade estavam sendo cumpridos.
Na década de 80, existiam os orçamentos múltiplos do governo (fiscal, monetário e das
estatais). Uma das exigências da democracia era a existência de um orçamento único e
aprovado pelo Congresso Nacional, o que foi efetivado após a CF/88.
[Já foi cobrado em prova...]
61
Obrigado
Marcel Guimarães
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Administração Financeira e 
Orçamentária - AFO
Professor Marcel Guimarães
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 Introdução;
 Princípios orçamentários no Brasil e no mundo;
 Tópicos avançados:
 Outros princípios orçamentários;
 Histórico dos princípios no Brasil.
[Aula - Princípios Orçamentários – Exercícios]
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64
Exercícios
CESPE
Prof. Marcel Guimarães
65
CESPE/MPU 2018 - Cargo 2
A respeito de orçamento público, julgue os próximos itens.
108 O exercício financeiro do governo federal poderá ter início no dia 1º de abril de
determinado ano, desde que termine no dia 31 de março do ano seguinte, em respeito
ao princípio da anualidade.
ERRADO
PRINCÍPIO ORÇAMENTÁRIO DA ANUALIDADE NO BRASIL
Conforme este princípio, o exercício financeiro é o período de tempo ao qual se
referem a previsão das receitas e a fixação das despesas registradas na LOA. Este
princípio é mencionado no caput do art. 2º da Lei no 4.320, de 1964. Segundo o art. 34
dessa lei, o exercício financeiro coincidirá com o ano civil (1º de janeiro a 31 de
dezembro).
Prof. Marcel Guimarães
66
CESPE/EMAP 2018 - Cargo 5
No que se refere a tributos, julgue os itens a seguir.
81 Contribuição de melhoria, um imposto decorrente de melhorias advindas de
obras públicas, atende ao princípio

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