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Política Externa Brasileira Docente responsável: Carlo Patti Horário: 3ª feira (10:00-11:40) / 5a feira (10:00-11:40) Sala: 107 A Sala de atendimento: 21 - Prédio da FCS O horário de atendimento deve ser previamente agendado com o docente (patti.carlo@gmail.com) Ementa do curso: Formulação e inserção internacional do Brasil, de 1822 a 1985. Distintas fases das relações internacionais do Brasil: linhas de continuidade e de ruptura. Política exterior do Império brasileiro (1822-‐1889): relações econômicas desiguais, questões fronteiriças, guerras no Prata e outras questões. Política externa da Primeira República (1889-‐1930): agroexportação, diplomacia de Rio Branco, consolidação das fronteiras, Primeira Guerra Mundial e Liga das Nações. As relações internacionais do Brasil de 1930 a 1964: projetos de desenvolvimento e política externa, Segunda Guerra Mundial, Nações Unidas e instituições internacionais, crises político-‐econômicas domésticas e Relações Internacionais do Brasil, Política Externa Independente, iniciativas regionais, golpe militar de 1964, questões estratégicas e políticas de defesa, temas sociais e novos temas da agenda internacional. A política externa do regime militar. Objetivos gerais do curso O curso introduzirá a evolução da política externa do Brasil desde a proclamação da independência (1822) até o fim do regime militar (1985). Ao longo do curso discutir-‐se-‐ão as diferentes fases da história da ação diplomática brasileira correspondentes a períodos específicos da história nacional: o Império (1822-‐1889); a Primeira República (1889-‐1930); a era Vargas (1930-‐1945); a fase democrática (1945-‐1964); o regime militar (1964-‐1985). Examinar-‐se-‐ão os conceitos básicos relacionados à política externa das diferentes fases. Dar-‐ se-‐á ênfase as principais linhas de força, ideias e princípios norteadores da diplomacia brasileira. Os principais projetos e relacionamentos bilaterais assim como a inserção do Brasil nos foros multilaterais serão discutidos. Leitura e metodologia: As leituras para cada aula estão especificadas abaixo. As aulas expositivas estão baseadas nos textos obrigatórios assignados para cada encontro, mas não estão limitadas a eles. Por isso é importante ler os textos e assistir às aulas e tomar boas notas. Os alunos devem estar preparados para discutir as leituras obrigatórias na sala de aula. Recomenda-‐se vivamente que os alunos consultem as seguintes revistas: • Revista Brasileira de Política Internacional (http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=0034-‐7329&lng=en&nrm=iso); • Contexto Internacional (http://contextointernacional.iri.puc-‐ rio.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?tpl=home); • Política Externa (http://politicaexterna.com.br). Processos e critérios de avaliação: A performance dos alunos neste curso será avaliada mediante duas provas escritas na sala de aula e dois trabalhos que serão realizados em casa. Cada prova representará 20% da nota final. Haverá uma prova escrita após a conclusão da primeira parte do curso e outra ao final do curso. Os demais trabalhos serão realizados depois da aula 7 e da aula 21 do curso. 20% da nota final será representado pela participação dos alunos as discussões na sala de aula. O docente poderá efetuar avaliações sem aviso prévio. Atenção: o plágio, se caracterizado, será punido conforme as regras da faculdade. A frequência é obrigatória e o aluno que não obtiver o mínimo de 75% de presença nas aulas regulares será reprovado. As ausências deverão ser justificadas. Os atrasos ou as saídas antecipadas da sala de aula sem justificativa resultarão na diminuição da nota final. Pedir-‐se-‐á aos estudantes que chegarem habitualmente em atraso de deixarem a sala de aula. O uso de telefones celulares, fones de ouvido e outros equipamentos eletrônicos não será consentido. O docente reserva-‐se o direito de confiscar tais equipamentos durante a duração da aula. O docente reserva-‐se também o direito de proibir o uso de tablets e computadores se usados em modo impróprio. Local de divulgação dos resultados Os resultados das avaliações serão divulgados através do sistema SIGAA. Bibliografia Básica ALBUQUERQUE, José Guilhon (org.). Sessenta anos de política externa brasileira (1930-‐1990). 4 volumes. 2ª ed., Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009. BANDEIRA, Moniz. Brasil-‐Estados Unidos: a rivalidade emergente (1950-‐1988). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1989. CERVO, Amado Luiz; BUENO, Clodoaldo. História da política exterior do Brasil. Brasília: UnB, 2002. PINHEIRO, Létícia. Política externa brasileira (1889-‐2002). Rio de Janeiro: Zahar, 2004. RODRIGUES, José Honório. SEITENFUS, Ricardo. Uma história diplomática do Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1995. Bibliografia complementar ALMEIDA, João Daniel Lima de. História do Brasil. Brasília: FUNAG, 2013. BUENO, Clodoaldo. Política externa da Primeira República: os anos de apogeu (1902-‐1918). São Paulo: Paz e Terra, 2003. GARCIA, Eugênio Vargas. Cronologia das relações internacionais do Brasil. Rio de Janeiro: Contraponto, 2005. MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES. Repertório de política externa: posições do Brasil. Brasília: FUNAG, 2007. Disponível em: http://www.funag.gov.br/biblioteca/dmdocuments/0388.pdf PINHEIRO, Letícia; MILANI, Carlos. Política externa brasileira: as práticas da política e a política das práticas. São Paulo: FGV, 2012.SANTOS, Luís Cláudio Villafañe G. O Brasil entre a América e a Europa: o Império e o interamericanismo (do Congresso do Panamá à Conferência de Washington). São Paulo: Editora UNESP, 2004. Conteúdo programático e cronograma do curso: Aula 1 – 31 de março Apresentação do curso de Relações Internacionais e dos professores – “Semana dos Calouros” Aula 2– 5 de abril Apresentação do curso • Objetivos • Metodologia • Avaliação Introdução à História da Política Externa Brasileira Seção 1 -‐ A política exterior do Império (1822-‐1889) Aula 3 e 4– 7 e 12 de abril A política externa no Brasil na época da independência (1808-‐1831) Por qual razão o Brasil se tornou independente? Qual foi o impacto das guerras europeias no processo de independência do Brasil? Como o Brasil se inseriu no contexto latino-‐americano? Leitura obrigatória Almeida, 90-‐103. Cervo e Bueno, 17-‐51. Leitura extra-‐recomendada Rodrigues, 105-‐143. Aula 4, 5 e 6– 12 e 14 e 19 de abril A política externa no período regencial (1831-‐1840) Quais são as consequências da administração regencial para a política externa? Quais são as oportunidades e as limitações presentes no sistema internacional? Qual é o legado de longo período da política externa do período regencial? Leitura obrigatória Almeida, 153-‐173. Cervo e Bueno, 51-‐61. Aula 7 – 21 de abril – Não haverá aula (Tiradentes) Aula 8 – 26 de abril -‐ Aula não presencial (atividade com o monitor) Exercício de avaliação Obs: Não haverá aula no dia 3 de maio Aula 9 – 5 de maio Atividade com o monitor Aula 10 -‐ 10 de maio Cinema e Relações Internacionais Aula 11 -‐ 12 de maio Cinema e Relações Internacionais Seção 2 -‐ A política externa da Primeira República (1889-‐1930) Aula 11 –17 de maio A política externa do Segundo Reinado (1840-‐1889) Por qual razão o parlamento joga um papel central na elaboração da política externa durante o Segundo Reinado? De que maneira o Brasil age na Bacia do Prata? Qual foi o impacto da Guerra do Paraguai para a política externa? Leitura obrigatória Almeida, 225-‐243. Leitura extra-‐recomendada. Cervo e Bueno, 65-‐145. Aula 12 – 19 de maio A República, a sua política exterior e a ação do Rio Branco antes de assumir a chancelaria (1889-‐1902) De que maneira a comunidade internacional reagiu à proclamação da República? Quais são as consequências da proclamação da República para a política externa brasileira? Por qual razão se fala de “americanização” da ação diplomática brasileira? Quais são as relações com Buenos Aires? Leitura obrigatória Cervo e Bueno, 151-‐173. Leitura complementar Rodrigues, 207-‐222 Aula 13 – 24 de maio – Não haverá aula (Feriado municipal) Aula 14 – 26 de maio -‐ Não haverá aula (Corpus Christi) Seção 3 -‐ A diplomacia da era Vargas e da experiência democrática (1930-‐1964) Aula 15 – 31 de maio Evento “Proliferação Nuclear Hoje: soluções e desafios” – Prof. Dr. Odilon Marcuzzo do Canto (Secretário da ABACC) e Prof. Dr. Michal Onderco (Erasmus University Rotterdam) Aula 16– 2 de junho A diplomacia do Barão do Rio Branco: a consolidação das fronteiras nacionais e a “aliança não escrita”. De que maneira Rio Branco conseguiu consolidar as fronteiras do país? Qual foi o legado do barão para a política externa brasileira? É possível falar de “unwritten alliance” com os Estados Unidos? Leituras obrigatórias BUENO, C. O Barão do Rio Branco no Itamaraty (1902–1912). Revista Brasileira de Política Intenacional. 55(2), 2012. Rodrigues, 229-‐265. Cervo e Bueno, 177-‐196; Leitura complementar Spektor, Matias. Usos e abusos do barão. Folha de São Paulo, domingo, 22 de julho de 2012. Disponível em: http://diplomatizzando.blogspot.com.br/2012/07/saudades-‐do-‐barao-‐ matias-‐spektor-‐fsp.html#sthash.GZTl60vU.dpuf Fonte primária: As relações Brasil-‐Estados Unidos em 1906 (Na pasta Dropbox: FRUS – Brazil 1906) Acesso online: http://images.library.wisc.edu/FRUS/EFacs/1906/reference/frus.frus1906v01.i0010.pdf Aula 17 – 7 de junho A política externa do último período da Primeira República (1912-‐1930) Qual foi a política externa no período posterior a Rio Branco? Qual foi o posicionamento do Brasil durante a Primeira Guerra Mundial? Qual foi o papel do Brasil na Liga das Nações? Leituras obrigatórias Cervo e Bueno, 199-‐227. Leitura complementar GARCIA, Eugênio Vargas. A Candidatura do Brasil a um assento permanente na Liga das Nações. Revista Brasileira de Política Internacional, Vol. 37, n.1, 1994. GARCIA, Eugenio Vargas. O Brasil e a Liga das Nações (1919-‐ 1926): vencer ou não perder. Porto Alegre: Ed. UFRS, 2000. Aula 18 – 9 de junho A política externa do período Vargas (1930 – 1939) De que maneira a Revolução de 1930 influenciou a política externa? Por qual razão em 1930 começou a se falar de nacional-‐desenvolvimento? Como Vargas moldou a política externa do Estado Novo? De que maneira o contexto internacional influenciou a postura diplomática brasileira? Leitura obrigatória Cervo e Bueno, 233-‐248. CORSI, F. Política Externa e Desenvolvimento no Estado Novo. Revista de História, v. 13, n.2, 2007. Leitura complementar MOURA, G. Autonomia na Dependência: A Política Externa Brasileira de 1935 a 1942. Rio deJaneiro, Nova Fronteira, 1980 Aula 19 – 14 de junho O Brasil na II Guerra Mundial (1939-‐1945) Em que consistiu a política de barganha do Vargas? Por qual razão o Brasil entrou na Segunda Guerra Mundial ao lado dos Aliados? Por qual razão o Brasil podia ser o sexto membro permanente do Conselho de Segurança da ONU? Leitura obrigatória Cervo e Bueno, 248-‐261. ALVES, V. C. O Brasil e a Segunda Guerra Mundial: paradigma de inserção em conflito total e global para Países Periféricos e Estrategicamente Importantes. Contexto Internacional. Rio de Janeiro, v. 21, n. 1, jan-‐jun 1999. Leitura complementar: MOURA, G. Tio Sam chega ao Brasil: a penetração cultural americana. Tudo é História 91. São Paulo: Brasiliense, 1984. GARCIA, Eugênio Vargas. O sexto membro permanente. O Brasil e a criação da ONU. Rio de Janeiro: Contraponto, 2011. Aula 20– 16 de junho A diplomacia do governo Dutra (1945-‐1951) Houve uma influência externa na transição do Estado Novo para o regime democrático? Como o Brasil se posicionou no sistema internacional nas origens da Guerra Fria? Qual foi o papel do Brasil na construção do sistema interamericano? Leitura obrigatória Cervo e Bueno, 269-‐273. MOURA, Gerson. O alinhamento sem recompensa -‐ A política exterior do governo Dutra. Rio de Janeiro: FGV/CPDOC, 1990. Aula 21– 16 de junho A política externa do segundo governo Vargas e do governo Café Filho (1951-‐1955) De que forma Vargas alterou a postura diplomática do Brasil? Por qual razão se começou a falar de entreguismo e nacionalismo dentro do Itamaraty? De que maneira o governo Café Filho representou uma ruptura com a política externa do último governo Vargas? Leitura obrigatória: Cervo e Bueno, 273-‐284. Aula 22 – 21 de junho – Não haverá aula (Espaço das Profissões) Aula 23– 23 de junho – Primeira prova de avaliação (a prova cobrirá o programa desde 1822 até 1930) Aula 24– 28 de junho A política externa do Juscelino Kubitscheck (1955-‐1961) Como JK adequou a política externa ao Plano das Metas? Qual foi o impacto da Operação Pan-‐ Americana? Como a diplomacia brasileira se colocou num contexto regional sempre mais caraterizado pelo anti-‐americanismo? Leituras obrigatórias Cervo e Bueno, 287-‐306. SILVA, Alexandra de Mello. A política externa de JK: a Operação Pan-‐Americana. Rio de Janeiro: CPDOC, 1992. Aula 25 –30 de junho A Política Externa Independente (1961-‐1964) De que maneira a política externa foi independente? Qual foi o papel de San Tiago Dantas? Qual foi o papel do Brasil na questão de Cuba? Como o Brasil reagiu à Aliança para o Progresso e como foram as relações com os Estados Unidos? Leitura obrigatória Cervo e Bueno, 309-‐361. Seção 4 -‐ A política externa do regime militar (1964-‐1965) Entrega do segundo trabalho: 5 de julho Aula 26 – 5 de julho O golpe e a política externa Qual foi a influência externa no golpe militar? Houve um envolvimento direto dos Estados Unidos? Quais foram as consequências do golpe para Itamaraty? Leitura obrigatória: Carlos Fico, O Grande irmão – da operação Brother Sam aos anos de chumbo. O governo dos Estados Unidos e a ditadura militar brasileira (Rio de Janeiro: 2008), capítulo 2, ́João Goulart e a Operação Brother Sam ́, pp. 65-‐123, Aula 27– 7 de julho A política externa do Castelo Branco (1964-‐1967) Em que consistiu o alinhamento aos Estados Unidos? Houve uma ruptura completa com a política externa anterior? Leitura obrigatória Cervo e Bueno, 361-‐380 Carlos Fico, O Grande irmão – da operação Brother Sam aos anos de chumbo. O governo dos Estados Unidos e a ditadura militar brasileira (Rio de Janeiro: 2008), capítulo 3. Aula 28 – 12 de julho A diplomacia da prosperidade do general Costa e Silva (1967-‐1969) Por qual razão houve uma correção de rumo com Costa e Silva? De que maneira o Brasil assumiu uma postura autonomista? De que forma o Brasil participou das discussões sobre as relações interamericanas posteriores à Aliança para o Progresso? Leitura obrigatória Almeida, 520-‐524. Aula 29 – 14 de julho O Brasil grande potência (1969-‐1974) De que maneira o milagre econômico garantiu maior espaço para o Brasil? O Brasil era um país emergente no começo dos anos Setenta? De que maneira o governo brasileiro contribuiu à afirmação de regimes autoritários na América Latina no período Médici? Qual foi o papel do Itamaraty? Leitura obrigatória Almeida, 524-‐530 Aula 30-‐ 19 de julho A política externa do Governo Geisel (1974-‐1979) Em que consistiu o “Pragmatismo Ecumênico e Responsável”? Houve afastamento ou aproximação com Washington? De que maneira a diplomacia brasileira participou da tentativa de criar uma nova ordem econômica internacional? Leitura obrigatória SPEKTOR, Matias. “Origens do Pragmatismo Ecumênico e Responsável”. In: Revista Brasileira de política Internacional. n. 47 (2)(2004). Almeida, 530-‐540. Aula 31-‐ 21 de julho A política externa do governo Figueiredo (1979-‐1985) Por qual razão houve uma aproximação com a Argentina? De que maneira a crise econômica atingiu a diplomacia brasileira? Leitura obrigatória Almeida, 540-‐545. Aula 32-‐ 26 de julho Segunda prova de avaliação. Eventual segunda chamada-‐ 28 dejulho Segunda chamada da segunda prova de avaliação
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