Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Efeitos da pandemia no processo da globalização Aluno: Marcos Vinícius Menezes Araújo. Curso: Mecatrônica integrado - 3° ANO. Disciplina: GEOGRAFIA . Data: 06/06/2021. Referência eletrónica: André Luiz Teodoro Rodrigues, Gabriel de Paula Barbosa Landim e Jonathan Christian Dias dos Santos, «Dossiê Coronavírus: A pandemia da globalização ou globalização da pandemia? Impactos espaciais da crise sanitária no sistema capitalista», Espaço e Economia [Online], 20 | 2020, posto online no dia 28 dezembro 2020, consultado o 29 janeiro 2021. URL: http://journals.openedition.org/ espacoeconomia/18217 ; DOI: https://doi.org/10.4000/espacoeconomia.18217 https://journals.openedition.org/espacoeconomia/18217#:~:text=12A%20pandemia%20do% 20novo,de%20globaliza%C3%A7%C3%A3o%20de%20maneira%20perversa. O mundo vive uma enorme catástrofe, o terrível COVID-19, que afeta diversos ramos da vida, algumas pessoas até declaram que afetou todos os ramos que alguém poderia escolher para viver. Nesse contexto, é claro afirmar que muitos fatores foram cruciais à disseminação e, consequentemente, à morte de muitos seres vivos. A globalização entra como um dos fatores que mais se destacou. O que fazemos para analisar tal fato? É simples, basta observar a facilidade na transmissão de informações, na locomoção de pessoas e até no que tange às negociações entre os países e nos países, o evento Dossiê Coronavírus demonstra a facilidade com que o vírus se disseminou: “...num tempo exíguo, do paciente zero identificado na Província de Hubei, na China, passou a atingir a Serra da Saudade em Minas Gerais, classificada como a menor cidade brasileira, com apenas 781 habitantes (IBGE) e 6 casos confirmados. Uma cidade que está a uma distância de 17.668 km da outra, falantes de língua totalmente diferente, cultura, cotidiano, mas, ainda assim, enfrentando problemas semelhantes.”, se isso não demonstra como a globalização está presente e afetou a pandemia, difícil é analisar como afetará no futuro. Levando em consideração o vosso(para você leitor) compreendimento de tal influência, analisaremos como a globalização atuará nos próximos meses ou anos. A pandemia influenciou diretamente em uma forte globalização de informação entre os países e uma forte desglobalização de locomoção para outros países, o mundo viveu, nos primeiros meses da pandemia, um terrível impacto, fez com que todos trocassem a forma de se comunicar: a internet foi o ponto mais forte nessa questão. O que podemos analisar nessa análise é o fato de muitos conseguirem se comunicar facilmente pela internet, hoje podemos trocar mensagens, fazer ligações https://doi.org/10.4000/espacoeconomia.18217 https://journals.openedition.org/espacoeconomia/18217#:~:text=12A%20pandemia%20do%20novo,de%20globaliza%C3%A7%C3%A3o%20de%20maneira%20perversa https://journals.openedition.org/espacoeconomia/18217#:~:text=12A%20pandemia%20do%20novo,de%20globaliza%C3%A7%C3%A3o%20de%20maneira%20perversa para diversos lugares do mundo, dentro disso que a globalização de informação passou a ser mais forte ainda e continuará crescendo de forma imparável. Todavia, o que diz em locomover para outros países fisicamente, acabou sofrendo enorme perda e isso inclui viagens de turismo. Um trecho muito interessante para complementar como a internet faz o mundo ficar “menor” é: “A internet, a cada dia que passa, nos aproxima e afasta como se fosse um paradoxo sua coexistência.", isso retrata muito o que a pandemia causou, o mundo se expande, por passarmos a comunicar com pessoas que se encontram muito longe, porém passa a ser menor, à medida que passamos a nos limitar apenas ao nosso bairro ou, até mesmo, apenas a nossa casa. Para responder a pergunta: A globalização está tomando outras formas?, podemos dizer que sim, mas que já era de esperar, ao analisar que os países passaram a se comunicar mais remotamente e de maneira mais veloz, pode-se afirmar que tudo ficou mais “fácil”, as transações ocorrem instantaneamente, começam a criar formas de transporte sem a necessidade de muita burocracia, a China, por exemplo, executa projetos que se encaixam perfeitamente nesse novo cenário: “tem como um dos seus principais investimentos o projeto chamado “The New Silk Road Project” ou “Belt and Road Iniciative”4 , que é uma rede global de infraestrutura de estradas, ferrovias, portos aéreos e marítimos projetados para conectar negócios entre a Ásia, Europa e África. Além disso, esse megaprojeto traduz a pujança política, econômica e diplomática da China nesse século. Outro importante empreendimento do Governo Chinês é a implantação e difusão da tecnologia de internet 5G pela empresa Huawei, causando um ambiente de tensão e beligerância entre os asiáticos e os norte-americanos.”. Na minha humilde opinião, a globalização está se tornando uma ciber-globalização, a internet passa a ser, para mim, a maior forma de interação entre os países, não está ocorrendo uma desglobalização, ela apenas está tomando novo formato e tem-se que adaptar, pois a tecnologia não para. “O que mudará?”, esta pergunta circula o mundo todo e há muitas respostas, uma análise feita pelo evento Dossiê Coronavírus apresenta uma resposta que é um pouco “óbvia”, mas que deve ser ressaltada: “...uma certeza temos: as relações não serão mais as mesmas em todas as esferas da sociedade, seja econômica, política, social, trabalhista, urbana e ambiental.”, tendo em vista a mudança na globalização, pode-se afirmar que “as relações…” não serão as mesmas de fato, quando analisamos a importância de possuir uma estabilidade e um lugar que nos permita trabalhar mesmo fora do trabalho(digo: escritório, empresa etc), muitas empresas observam e começam a implantar novas formas de empregar trabalho aos seus funcionários, de forma que possam trabalhar em casa, por exemplo. O que isso causa? Bom, ao analisar a suposição: “e, assim como o relógio foi o algoz do operário industrial no capitalismo industrial inglês, a internet será o opressor do trabalhador digital no capitalismo do meio técnico-científico informacional.”, pode-se dizer que o trabalho será imparável, mas com um olhar voltado para o presente, será que todos possuem essa condição de ter internet em casa e conseguir trabalhar em casa? Acredito que essa pergunta pode causar impacto, mas a resposta, no meu humilde pensamento, está ligada a como o governo irá assumir esse novo contexto e como prosseguirá. Quando observamos que o Brasil foi um dos que mais sofreu pela pandemia e o como a disseminação passou dos mais ricos aos mais pobres, em que houve maior propagação e mortes, pode-se afirmar que o Brasil vive ainda o chamado “apartheid”, tal análise é confirmada no debate referenciado no texto, este diz que: “Os índices de infecção e óbitos em países que lidaram com a enfermidade de maneira mais responsável e com um Estado mais presente são menos impactantes em comparação aos países que negligenciaram a doença ou nem sequer decretaram lockdown e medidas profiláticas.", o Brasil entra como um desses e os mais pobres acabam sofrendo mais, como é observado em: “A condição socioeconômica atua diretamente na minimização ou na expansão do vírus pelo território brasileiro. Se as metrópoles comportam indivíduos de grande visibilidade social e impacto na economia e ainda sim são os maiores focos da doença no Brasil (São Paulo é o maior exemplo disso), quando a doença migra para o interior, se torna mais invisível socialmente à medida que se torna mais letal. As pesquisas da professora titular na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da Universidade de São Paulo e coordenadora do grupo de pesquisa Políticas públicas, territorialidades e sociedade (IEA/USP), Neli Mello-Théry confirmam esta teoria.”. Não podemos negar que a globalização acaba afetando os mais pobres de uma maneira crucial e que isso deve ser resolvido, nem que seja por reestruturação própria do país em lugares pobres, não podemos deixar os mais pobres para trás, uma ação por parte do governo é urgente e deve ser implementada logo. Uma conclusãofoi feita no evento: “O Estado deveria garantir à população mais vulnerável a subsistência para a sua reprodução social, gozando de “direitos” e mesmo que minimamente, para sobrevivência”. É possível concluir que há muitas mudanças para serem observadas dentre esse terrível contexto e que, como o autor do evento produzido diz: “Supressão de vidas, instabilidades políticas e econômicas que ainda não podem ser mensuradas com fidedignidade.”, logo, além dos fatos citados anteriormente, é necessário formar opiniões mais críticas e que abrangem mais situações. Não é possível prever o futuro, mas conseguimos fazer o futuro e de uma maneira esplêndida e correta. O mundo está passando por transformações e temos que nos adaptar e ajudar os outros a se adaptarem também! Não podemos manter o Brasil dividido de forma crítica, poucos com muita riqueza e muitos passando fome, medidas urgem para resolução dessa problemática e deve ser bem pensada.
Compartilhar