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Basicamente temos que refletir sobre conceitos básicos, para entender todo o processo da necessidade de um cuidado aos indivíduos. Resta, portanto, questionamentos, do que vamos cuidar? Afinal, o que é saúde? e o que é doença? Parece bobeira perguntar, porém, esses conceitos mudaram com o tempo até chegar no que sabemos hoje, e neste tópico, irei abordar isso. Na Antiguidade, os povos entendiam a doença como um castigo divino, ou até mesmo espíritos sobrenaturais. As relações com o mundo natural se baseavam em uma cosmologia que envolvia deuses e espíritos bons e maus, e a religião, nesse caso, era o ponto de partida para a compreensão do mundo e de como organizar o cuidado. Alguns autores consideram esse modelo incluso no anterior já citado. Mas de forma distinta ele aborda a medicina hindu e chinesa, também na Antiguidade, traziam uma nova forma de compreensão da doença. E basicamente a noção de que a saúde é um equilíbrio, foi o que deu origem a esta divisão, associando a ideia de “proporção justa ou adequada” com a saúde e a doença. A medicina holística teve grandes contribuições de Alcmeon (século V a.C.), para quem o equilíbrio implicava duas forças ou fatores na etiologia da doença. Esse filósofo partilhava as ideias de Heráclito, para quem os opostos podiam existir em equilíbrio dinâmico ou sucedendo-se uns aos outros (Herzlich, 2004). A causa do desequilíbrio estava relacionada ao ambiente físico, tais como: os astros, o clima, os insetos etc. Hipócrates postulou a existência dos humores (bile amarela, bile negra, fleuma e sangue) para explicar o desequilíbrio a que o homem estava sujeito. Porém, a explicação empírico-racional tem seus primórdios no Egito (3000 a.C.). A tentativa dos primeiros Étic� n� prátic� médic� Conceit� d� saúd� Model� mágic�-religi�� o� xamanístic� Curiosidade adicional Asclépio, ou Esculápio, era tido como o deus da Saúde e tinha como filhas Panaceia e Higeia. A primeira era considerada a deusa da cura e a ela se atribui o modo individual da medicina clínica. A segunda era considerada a deusa da harmonia dos homens com o ambiente, e de seu nome deriva-se o conceito de higiene. À deusa Higeia é atribuído o caráter de prevenção das doenças e a ideia de saúde coletiva. Entre os mais famosos higeus, ou seguidores de Higeia, destaca-se Hipócrates com seu tratado sobre os ares, as águas e os lugares (CASTRO; ANDRADE; MULLER, 2006). Platão, Aristóteles e Demócrito acreditavam que o homem era formado pelo corpo e pela alma e que, desse modo, a relação com o meio afetava o seu estado de saúde. Model� holístic� Model� empíric�-raciona� (hipocrátic�) filósofos (século VI a.C.) era encontrar explicações não sobrenaturais para as origens do universo e da vida, bem como para a saúde e a doença. O saber clínico, racionalizado e experimental, trouxe uma nova forma de compreender a saúde. Assim, o modelo biomédico tem como abordagem a patogenia e a terapêutica, classificando as doenças segundo forma e agente patogênico, sendo predominante na atualidade, e tem suas raízes vinculadas ao contexto do Renascimento e de toda a Revolução Artístico-Cultural, que ocorreram a partir do século XVI. - Descartes propôs que o corpo e a mente deveriam ser estudados de forma separada , sendo o corpo analisado pela medicina e a mente estudada pela religião e pela filosofia. E aqui os indivíduos começam a finalmente entender que a doença seria um desajuste nos mecanismo de funcionamento do corpo. O modelo biomédico focou-se, cada vez mais, na explicação da doença e passou a tratar o corpo em partes cada vez menores, reduzindo a saúde a um funcionamento mecânico. Assim, surgindo a influências dos famosos Pasteur e Virchow em seus trabalhos com microorganismos. O homem é visto como corpo-máquina; o médico, como mecânico; e a doença, o defeito da máquina. A percepção do homem como máquina é datada historicamente com o advento do capitalismo. Foi também no Renascimento que a explicação para as doenças Model� d� medicin� científic� ocidenta� (biomédic�) Curiosidade adicional O Método de Descartes definiu as regras que constituem os fundamentos do seu enfoque sobre o conhecimento: - não se deve aceitar como verdade nada que não possa ser identificado como tal; - separar cada dificuldade a ser examinada em tantas partes quanto sejam possíveis e que sejam requeridas para solucioná-las; - condução do pensamento de forma ordenada, partindo do simples ao mais complexo; - necessidade de efetuar uma revisão exaustiva dos diversos componentes de um argumento. começou a ser relacionada às situações ambientais; a causa das doenças passava a estar num fator externo ao organismo, e o homem era o receptor da doença. Outra teoria que surgiu foi a teoria dos miasmas , que foi a primeira proposta de explicação, dentro dos parâmetros da ciência , da associação entre o surgimento de epidemias e as condições do ambiente. Em suma, os miasmas seriam gases decorrentes da putrefação da matéria orgânica que produziam doenças quando absorvidos pelos seres vivos. E desta ideia, que parece simplória, surge a teoria microbiana que dizia que cada doença teria por agente causal um organismo específico, que poderia ser identificado, isolado e ter suas características estudadas. O cuidado, na concepção biomédica, está focado, segundo Foucault (1979), no controle do espaço social, no controle dos corpos. Na década de 1970 começou a ganhar força a concepção de saúde como um processo sistêmico que parte do conceito de sistema , que é entendido como “um conjunto de elementos, de tal forma relacionados, que uma mudança no estado de qualquer elemento provoca mudança no estado dos demais elementos” Sendo assim, a ideia era incorporar o conceito com um todo, de contribuição de diferentes elementos do ecossistema no processo saúde-doença, sendo contrária à visão unidimensional e fragmentária do modelo biomédico. Segundo essa concepção, a estrutura geral de um problema de saúde é entendidacomo uma função sistêmica, na qual um sistema epidemiológico se constitui num equilíbrio dinâmico . É importante enfatizar que por sistema epidemiológico entende-se o conjunto formado por agente suscetível e pelo ambiente, dotado de uma organização interna que regula as interações determinantes da produção da doença, juntamente com os fatores vinculados a cada um dos elementos do sistema. A imagem abaixo vai relacionar muito isso na cabeça, pois nela há uma consideração SISTÊMICA do que seria a causa da doença. Model� sistêmic� A busca por explicações causais do processo saúde-doença resultou na configuração da História Natural das Doenças (HND) , conhecido como modelo processual dos fenômenos patológicos. Os principais sistematizadores desse modelo foram Leavell e Clark, no ano de 1976, quando definiram história natural da doença como o conjunto de processos interativos que cria o estímulo patológico no meio ambiente ou em qualquer outro lugar, passando da resposta do homem ao estímulo, até as alterações que levam a um defeito, invalidez, recuperação ou morte. Objetivo: - modelo da HND visa ao acompanhamento do processo saúde-doença em sua regularidade - compreendendo as inter-relações do agente causador da doença, do hospedeiro da doença e do meio ambiente e o processo de desenvolvimento de uma doença. O sistema de história natural das doenças apresenta uma dimensão basicamente qualitativa de todo o ciclo, dividindo em dois momentos sequenciais o desenvolvimento do processo saúde-doença: ● pré-patogênico : também considerado período epidemiológico, diz respeito à interação entre os fatores do agente, do hospedeiro e do meio ambiente ● patogênico . corresponde ao momento quando o homem interage com um estímulo externo, apresenta sinais e sintomas e submete-se a um tratamento. Iniciando desde os primórdios do desenvolvimento do país, antes da chegada de europeus em território brasileiro, os povos indígenas já habitavam há centenas de anos. Model� d� Históri� Natura� da� Doença� (model� processua�) Históri� da� política� d� saúd� Antecedente� Assim, dentro do meio em que eles viviam, existiam suas enfermidades e seus rituais de cura, mas com a colonização portuguesa tudo piorou, principalmente pelas “doenças de branco” , ocorrendo um proliferação em massa destas doenças nas quais os povo brasileiro não tinha proteção imunitária suficiente. E durante todo o período em que o Brasil esteve como colônia e império, não havia políticas públicas estruturadas . Além disso, o acesso a tratamentos e cuidados médicos dependia da classe social, ou seja, pessoas pobres e escravos viviam em condições duras e poucos sobreviviam às doenças que tinham. Outrossim, com a chegada da família real ao Brasil, em 1808, e a sua vontade em desenvolver o Brasil para que se aproximasse da realidade vivida em Portugal, mudou muita coisa no país, sendo uma das primeiras medidas a fundação de cursos universitários . Assim, aos poucos, os médicos estrangeiros foram substituídos por médicos brasileiros, ou formados no Brasil. No período ainda havia a ligação entre entidades religiosas e tratamentos de saúde era bastante forte. As Santas Casas de Misericórdia são uma dessas entidades que se destinaram a prestar assistência médica às pessoas. Após o processo de emancipação do Brasil em relação a Portugal, ocorreram poucas mudanças, D. Pedro II criou órgãos para vistoriar a higiene pública principalmente na nova capital brasileira, o Rio de Janeiro. A cidade, além de sofrer diversas mudanças urbanas, como calçamento de ruas e iluminação pública, também visava a higienizar o centro urbano. A higienização sanitária deveria ocorrer por conta das recorrentes endemias de febre amarela, peste bubônica, malária e varíola, doenças associadas à falta de saneamento básico e de higiene. Os esgotos, na época, corriam a céu aberto e o lixo era depositado em valas. Assim, o alvo da campanha pela saúde pública nesse princípio de século XIX foi estruturar o saneamento básico. O século XX no Brasil começou com uma perspectiva futurista de desenvolvimento nacional, a ideia de estar passando para uma nova “fase” trazia ar de esperança por parte da população e dos governantes. Em suma, entre 1900 e 1920, o Brasil ainda era refém dos problemas sanitários e das epidemias. Portanto, para a recepção dos imigrantes europeus, houve diversas reformas urbanas e sanitárias nas grandes cidades, como o Rio de Janeiro, em que houve atenção especial às suas áreas portuárias. Para o governo, o crescimento do país dependia de uma população saudável e com capacidade produtiva, portanto era de seu interesse que sua saúde estivesse em bom estado. Os sanitaristas comandaram esse período com campanhas de saúde, sendo um dos destaques o médico Oswaldo Cruz , que enfrentou revoltas populares na defesa da vacina obrigatória contra a varíola em 1904 – na época, a população revoltou-se com a medida, pois não foram explicados os objetivos da campanha e do que se tratavam as vacinas. Em 1920, Carlos Chagas assumiu o cargo de Cruz, reestruturando ainda mais o Departamento Nacional de Saúde. Especificamente em 1923, a Lei Elói Chaves regulamentou as CAPS: Caixas de Aposentadoria e Pensão . Os trabalhadores as criaram para garantir proteção na velhice e na doença, um modelo restrito ao âmbito de grandes empresas e que possuíam administração própria para seus fundos. Primeir� moment� d� sécul� XX Décad� d� 20 � 30 Posteriormente e devido à pressão popular, Getúlio Vargas ampliou as CAPS para outras categorias profissionais, surgindo então a previdência social, o IAPS: Instituto de Aposentadorias e Pensões , separadas por categorias profissionais. Ademais, em 1934, a nova constituição foi formulada pelo governo de Vargas, esta trouxe um marco de conceder novos direitos aos trabalhadores, como assistência médica e “licença-gestante”. Na Era Vargas as ações de saúde coletiva chegaram ao auge da política de saúde baseada no sanitarismo de campanha, que basicamente é orientar a população quanto àhigiene, saneamento e derivados. Ocorreram, a Consolidação das Leis Trabalhistas de 1943, a CLT , determinando aos trabalhadores de carteira assinada, além do salário mínimo, também benefícios à saúde. E dez anos depois, frente à necessidade da grande maioria da criação de uma instituição que regulamente a saúde da população, foi criado o Ministério da Saúde, pelo presidente da República, Carlos Luz, Lei n. 1.920, de 25 de julho, cujo foco era principalmente no atendimento em zonas rurais, já que nas cidades a saúde era privilégio de quem tinha carteira assinada. A partir do final dos anos 1950, inicia–se no Brasil um novo processo de transformações caracterizado por um movimento de “modernização” do setor de saúde . Esse movimento insere–se no processo de modernização de toda a sociedade brasileira, que pode ser entendido como aprofundamento do desenvolvimento capitalista , tendo como objetivo fundamental a plena realização da lógica de eficiência da produção de bens e serviços. ‘ Agora neste período ocorreram alguns fatos muito relevantes: - Promulgada a Lei Orgânica da Previdência Social em 1960 Padronizou a lista de serviços de saúde a que todos na teoria teriam direito, independente do IAPS que fossem filiados. Buscou também abranger o máximo de trabalhadores possíveis, menos os trabalhadores rurais e domésticos, sendo necessário a criação do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (FUNRURAL) em 1963, sendo assim, incorporados ao sistema. - 3ª Conferência Nacional de Saúde ocorreu no final de 1963 CAPS IAPS - Organizada por trabalhadores da empresa. - As contribuições eram bipartite, envolvendo patrão e funcionários. - Gestão 100% privada - Organizada por categoria profissional. - As contribuições eram tripartite, envolvendo agora o governo. - Gestão semipública Décad� d� 40 � 50 Décad� d� 60 � 80 Apresentou diversos estudos sobre a criação de um sistema de saúde. Houve duas bandeiras principais nessa conferência: ● A criação de um sistema de saúde para todos, o direito à saúde deveria ser universal; ● A organização de um sistema descentralizado, visando ao protagonismo do município. Além disso, afirma que a ditadura militar, iniciada em março de 1964, sepultou a proposta poucos meses depois. Passou-se a enxergar a atenção primária de pacientes cada vez mais como responsabilidade dos municípios; os casos mais complexos eram responsabilidade dos governos estadual e federal. - Unificação dos IAPs em 1967 Em seu lugar foi criado o Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) gerando um mercado para as ações que serão produzidas pelas empresas vendedoras de serviços médicos e fortalece o movimento de privatização do setor. Porém, de um lado existia a baixa capacidade de controle sobre os prestadores de serviços Diante disso, nos anos 1970, consolidou-se a posição hegemônica da Previdência Social. A aceleração do crescimento da atenção médica da Previdência e o esvaziamento da “saúde pública” levam ao esgotamento do modelo e à busca de alternativas racionalizadoras de extensão de cobertura a um custo suportável pelo sistema, aparecendo, então, várias experiências, principalmente em áreas que interessavam menos à iniciativa privada. - Medicina comunitária Surgiram os primeiros projetos–piloto de medicina comunitária , realizados por instituições acadêmicas e Secretarias de Saúde, e as primeiras experiências de municipalização da saúde . Nesses espaços de construção da medicina comunitária, foi gestado e difundido o movimento sanitário. Esse movimento, coordenado por grupos de intelectuais localizados em espaços acadêmicos e institucionais, articulados com partidos políticos de esquerda, constituiu–se na base político–ideológica da reforma sanitária brasileira. Em 1972, são iniciados, na saúde de Montes Claros, região Norte do estado de Minas Gerais, estudos e um projeto experimental com objetivo de encontrar modelos de extensão de cobertura, acompanhado pelos Ministérios da Saúde e da Previdência Social. - Criação do Ministério da Previdência Social, em 1974 E frente às dificuldades encontradas nas grandes reformas administrativas na administração pública federal marcaram a criação do Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS) . - Em 1975, Lei n. 6.229, sobre a organização do Sistema Nacional de Saúde (SNS) Foi uma tentativa de institucionalização e racionalização do modelo vigente, sem, entretanto, enfrentar as contradições fundamentais do sistema. No mesmo ano, foi criado o Programa de Interiorização das Ações de Saúde e Saneamento (Piass) , que foi implementado a partir de 1977, abrangendo a região Nordeste do país. A concepção do Piass implicou a necessidade de integração sistêmica de quatro Ministérios (Saúde, Previdência, Interior e Planejamento) e de várias instituições prestadoras de serviços. Já emergiram críticas ao sistema de saúde e sinalizava-se a crise do financiamento com o fim do “milagre econômico” brasileiro. - Em 1977, foi criado o Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social (Sinpas) e Inamps (Instituto de Assistência Médica e Previdência Social) . Estes buscavam modernizar, racionalizar a formação e instituição de políticas públicas, pretendendo articular as ações de saúde entre si. Este período foi marcado pela grave crise financeira, essas crises e o processo de redemocratização do país determinaram novos rumos nas políticas públicas e fizeram surgir, na arena sanitária, sujeitos sociais que propugnavam um modelo alternativo de atenção à saúde. - Conferência Internacional sobre Cuidados Primários de Saúde, em Alma–Ata (Cazaquistão, antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas – URSS) Datando de 1978, a conferência buscou, “expressando a necessidade de ação urgente de todos os governos, de todos os que trabalham nos campos da saúde, do desenvolvimento e da comunidade mundial para promover a saúde de todos os povos do mundo”, formulou a Declaração de Alma–Ata. - E para por fim nestas duas décadas conturbadas, em 1979, o Piass expandiu–se para todo o território nacional, adaptando–se o modelodo Nordeste às peculiaridades de cada região do país. O Piass talvez tenha sido a primeira grande experiência brasileira de extensão de cobertura , a baixo custo e com integração interinstitucional. Logo em 1980 foi criado o Prevsaúde , que incorpora o ideário do Piass como componente rural e avança, principalmente, no tocante a uma nova política de financiamento. Representa ainda um reconhecimento oficial da necessidade de reformulação de prioridades e alteração de uma política de saúde que mantenha em funcionamento um sistema caótico, elitista e corruptor. Ademais, os secretários estaduais de saúde criaram, em fevereiro de 1982, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS) , elegeram–se, em pleitos diretos, vários governadores de oposição ao regime militar e, com eles, passaram a ocupar espaços políticos e técnicos importantes nas Secretarias Estaduais de Saúde, participantes do movimento sanitário. Ainda em 1982, o Plano de Reorientação da Assistência à Saúde no Âmbito da Previdência Social retoma as ideias de eficiência gerencial, já consolidadas, restabelecendo–se estratégias ainda mais interessantes à iniciativa privada. A crise aguda da Previdência Social fez surgir, em 1983, no plano político–institucional, o Conselho Consultivo da Administração de Saúde Previdenciária (Conasp) , que teve nas Ações Integradas de Saúde (AIS) um de seus pilares. As Ações Integradas de Saúde foram Décad� d� 80 � 90 implantadas em 1983 como um programa de atenção médica para áreas urbanas, em uma cogestão entre o Inamps e as Secretarias Estaduais de Saúde. Entretanto, superando as características que poderiam torná–las mais um programa especial, converte–se em uma estratégia de reorganização do sistema de saúde. Em março de 1986, ocorreu o evento político–sanitário mais importante da segunda metade do século, a VIII Conferência Nacional de Saúde . Nessa Conferência foram lançadas as bases doutrinárias de um novo sistema público de saúde, e tinha como temas oficiais: 1) Saúde como Dever do Estado e Direito do Cidadão; 2) Reformulação do Sistema Nacional de Saúde; 3) Financiamento Setorial (presidente José Sarney, 1985–1990). Essa Conferência teve desdobramentos imediatos em um conjunto de trabalhos técnicos desenvolvidos pela Comissão Nacional de Reforma Sanitária que serviriam de base à elaboração da Seção da Saúde da Constituição Federal de 1988. Em 1987, com a assistência médica ainda no Inamps, foi implantado, no Executivo Federal, um arranjo institucional denominado de Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (Suds) , que tentou incorporar, em seu desenho, alguns dos elementos centrais da proposta da reforma sanitária: a universalização, a descentralização pela via da estadualização e a democratização das instâncias gestoras. O Suds foi, portanto, contemporâneo da Constituinte. E por fim, em 1988, foi criado o Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) – uma entidade que teve expressiva participação e igual importância do CONASS e do Ministério da Saúde na criação e na consolidação do SUS. A Constituição Federal de 1988 foi o primeiro documento a colocar o direito à saúde definitivamente no ordenamento jurídico brasileiro. Esta determina que o sistema de saúde pública deve ser gratuito, de qualidade e universal, isto é, acessível a todos os brasileiros e/ou residentes no Brasil. O Sistema Único de Saúde foi regulado posteriormente pela lei 8.080 de 1990, em que estão distribuídas todas as suas atribuições e funções como um sistema público e pela lei 8.142, também de 1990, que dispõe sobre a participação da comunidade, gestão e financiamento do SUS. Você poderá ler sobre o SUS em diversos outros textos na nossa trilha sobre saúde pública. A implementação do SUS se deu no início do ano da posse de Fernando Collor de Mello, que teve uma política neoliberal e não se comprometeu com a reforma sanitarista. Mesmo diante disso, em 1990, foi aprovada a Lei Orgânica do SUS (Lei 8.080/90) . Porém, o projeto em si só deu início em 1992, após a saída de Collor do poder. - Lei 8.080/90: firmou os papéis institucionais de cada esfera governamental no plano de gestão, estrutura de financiamento e as regras de fundo de saúde. Ademais, diante da ausência na Lei de obrigatoriedade da participação da comunidade do processo, o movimento sanitário pressionou o poder legislativo, para formular uma nova lei, a Lei 8.142 . Esta dispõe diretamente sobre a participação da comunidade na gestão do SUS, instituindo assim os Conselhos de Saúde. - Lei. 8.142/90: aborda, dentre outras, as questões das Conferências de Saúde, e define os pré-quesitos para que Municípios e Estados possam receber os repasses da União de forma regular e automática, quais sejam: a. Conselho de Saúde (participação da sociedade na administração do SUS) b. Fundo de Saúde (identidade e gestão específica dos recursos para saúde) c. Plano de Saúde (atuação planejada para produzir transformação) d. Relatório de Gestão (sistema de controle e avaliação) e. Comissão de PCCS para profissionais de saúde (política de recursos humanos) f. Aplicação de recursos orçamentários próprios em saúde (co-participação responsável no financiamento do SUS) Décad� d� 90 Com o decorrer da década de 90, políticas foram formuladas para tentar uma descentralização segura e eficiente. Foram feitas então as Normas Operacionais do SUS , e dentro deste período foram modificadas 4 destas normas: Porém, estas normas não tiveram muita aplicabilidade à prática, neste sentido, surgiu o Pacto pela Saúde, em busca de responder aos desafios da gestão organizacional do sistema. Assim, foram definidas três dimensões no Pacto pela Saúde em 2006: NOB-SUS 91 teve como objetivo disciplinar e padronizar os fluxos financeiros entre as esferas do governo NOB-SUS 92 buscava não só definir uma base concreta de operação do SUS para 1992 mas também constituir novo referencial para o permanente desenvolvimento do Sistema nos próximos anos NOB-SUS 93 procurava restaurar o compromisso com a implementaçãodo SUS, após o caos do Collor NOB-SUS 96 tentou consolidar o modelo da gestão descentralizada, buscando aprimorar a autonomia municipal Pacto em defesa do SUS Pacto pela vida Pacto pela gestão Antes da Constituição de 1988, o acesso aos principais serviços de saúde públicos restringia-se aos trabalhadores formais que pagavam a previdência, cuja assistência ficava a cargo do Ministério da Previdência Social (INAMPS) . A organização da saúde era fragmentada e centralizada , ou seja, gerida pelo Governo Federal e apenas executada pelos municípios, independentemente das diferentes demandas de saúde, sem levar em consideração as distintas características populacionais e culturais das regiões do país. Além disso, havia uma baixa cobertura assistencial, com dificuldades de acesso a consultas e procedimentos. O financiamento era essencialmente por produção, e a atenção à saúde era feita predominantemente nos hospitais, sendo o foco essencialmente curativo, sem um vínculo preventivo ao longo do tempo. Neste contexto, no Brasil e no mundo, a partir dos anos 1980, os movimentos de reforma sanitária eram muito fortes, com o objetivo de modificar a organização e o conceito de saúde. Em 1986, na 8ª Conferência Nacional de Saúde em Brasília, a Reforma Sanitária Brasileira atinge seu momento apical, quando discutiu a crise da saúde e os novos rumos para ela com diferentes segmentos da sociedade brasileira, tais como profissionais, estudantes e entidades da área da saúde, movimentos e instituições sociais, sindicatos, lideranças políticas e pessoas de diferentes classes e segmentos sociais. Nesse momento, consolidam-se as ideias que viriam a ser a base do texto constitucional (artigos 196 a 200) da Constituição de 1988. Definiu-se o conceito de que saúde é um direito do cidadão, formando as primeiras ideias de um sistema único, público e integrado com mobilização social. Todos os conceitos relacionados à unificação do serviço de saúde foram influenciados pelos resultados dessa conferência. Falando da forma que eu entendi ‘Vamos lá, que eu sei que é muita coisa, respira e vamos contextualizar tudopra deixar mai fixo. Sistem� Únic� d� Saúd� (SUS) Base� jurídica� � operacionai� A Portaria GM/MS n. 2.203, de 5 de novembro de 2006 , cria a Norma Operacional Básica do SUS – NOB–SUS/96 – é um dos principais alicerces do SUS, firmando uma política de municipalização. Essa norma operacional instituiu a gestão plena do sistema municipal e a gestão plena da atenção básica e redefiniu as responsabilidades da União e dos estados. ● Constituição de 1988: - Art.° 196 a saúde é um direito de todos e dever do estado, grantido diante de pooliticas sociais e economicas que visem a redução do risco da doença - Art° 195: a seguridade social será´financiada por toda a sociedade de forma direta ou indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União do Estados, do distrito Federal e dos Municípios. ● Lei 8080/90: conceito de saúde, condições para a promoção de saúde - Lei fazem parte: centros e postos de saúde e UBS, hospitais, laboratórios, hemocentros. - Universalidade (garante a saúde para todo mundo) - Equidade (tratar das desigualdades fornecendo um equilíbrio) - Integralidade (um todo indivisível e dentro da comunidade) - Regionalização: o Brasil é um país continental e possui perfis epidemiológicos bastante diferentes. Para tanto, o SUS deve se adaptar e estar organizado diferentemente em cada região de um determinado estado ou cidade. Dessa forma, o serviço de saúde delimita as comunidades onde vai atuar, assim fortalecendo a autonomia para definir suas prioridades. - Hierarquização: os serviços devem ser organizados e hierarquizados em 3 níveis de complexidade crescente: atenções primária (ou básica), secundária e terciária. - Resolubilidade: os serviços devem estar capacitados para enfrentar e resolver os problemas de saúde, individuais ou de impacto coletivo, até o nível de sua competência; Princípi� doutrinári� Princípi� organ�ativ� Implicações da regionalização e da hierarquização: ● maior conhecimento dos problemas de saúde da população ● favorecendo ações de vigilância epidemiológica e sanitária ● controle de vetores ● educação em saúde - Descentralização: é a redistribuição das responsabilidades entre os vários níveis de governo (municipal, estadual e federal) quanto às ações e aos serviços de saúde, com base na ideia de que, quanto mais perto do fato a decisão for tomada, maior será a chance de acerto. A descentralização reforça o poder municipal no processo de gestão da saúde. - Participação social: entende que a população, por meio de entidades representativas, deve participar do processo de formulação das políticas públicas de saúde e do controle da sua execução em todos os níveis de governo. - Complementaridade do setor privado: o SUS deve contratar os serviços privados quando os públicos forem insuficientes. É aquele nível de um sistema de serviço de saúde que oferece a entrada no sistema para todas as novas necessidades e problemas, fornece atenção sobre a pessoa no decorrer do tempo, fornece atenção para todas as condições. Os princípios gerais da APS têm base na Declaração de Alma-Ata e podem ser resumidos em 4 atributos essenciais: - Acesso: traz a ideia de não impedir a entrada do paciente ao serviço , enquanto acessibilidade diz respeito à oferta de serviços , a capacidade de o usuário obter cuidados de saúde sempre que necessitar, de maneira fácil e conveniente. Implicações da descentralização: reforço do poder municipal (municipalização da saúde) – municípios têm a maior responsabilidade na promoção das ações de saúde; Implicações da participação social: participação social nos Conselhos de Saúde (representação paritária de usuários, governo, profissionais de saúde e prestadores de serviços) e nas Conferências de Saúde (definição de prioridades e linhas de ação sobre a saúde); Atençã� primári� à saúd� Segundo a Declaração de Alma-Ata : “Os cuidados primáriosde saúde são cuidados essenciais de saúde baseados em métodos e tecnologias práticas, cientificamente bem fundamentadas e socialmente aceitáveis, colocadas ao alcance universal de indivíduos e famílias da comunidade, mediante sua plena participação e a um custo que a comunidade e o país podem manter em cada fase de seu desenvolvimento, no espírito de autoconfiança e autodeterminação. Fazem parte integrante tanto do sistema de saúde do país, do qual constituem a função central e o foco principal, quanto do desenvolvimento social e econômico global da comunidade. Representam o primeiro nível de contato dos indivíduos, da família e da comunidade com o sistema nacional de saúde pelo qual os cuidados de saúde são levados o mais proximamente possível aos lugares onde pessoas vivem e trabalham, e constituem o primeiro elemento de um continuado processo de assistência à saúde.” - Integralidade: Trata-se da capacidade da equipe de saúde em lidar com o amplo espectro de necessidades em saúde do indivíduo, da família ou das comunidades, resolvendo-os em até 85% das vezes ou referindo-os a outros níveis de atenção à saúde conforme a necessidade. - Longitudinalidade: é uma relação personalizada entre usuário e serviço de saúde que se estabelece ao longo do tempo, independentemente do tipo de problemas de saúde ou mesmo da presença de um problema de saúde. - Coordenação do cuidado: atributo essencial para a obtenção dos outros aspectos, é considerada a capacidade de integrar todo cuidado que o paciente recebe em diferentes pontos, por meio do gerenciamento e da coordenação entre os serviços. É, portanto, um estado de harmonia por meio de uma ação ou um esforço comum. - Orientação familiar: corresponde à responsabilização, por parte da equipe de determinado número de famílias que vivem num território definido. As ações de abordagem familiar requerem a realização de intervenções personalizadas na família considerando a estrutura e o ciclo de vida familiar; - Orientação comunitária: diz tanto quanto o uso de habilidades clínicas, epidemiológicas e sociais para abordar os problemas mais prevalentes específicos daquela população adscrita a determinada equipe quanto ao envolvimento da comunidade na tomada de decisão (controle social como nos conselhos e conferências de saúde); - Competência cultural: capacidade de as equipes de saúde e das organizações de cuidados de saúde de compreender e responder às necessidades da sua população adscrita considerando os aspectos culturais e linguísticos trazidos pelos usuários nas demandas de cuidados de saúde. Entre 1980-1990: Ampliação da oferta de ações e serviços de saúde na atenção básica, expandindo a cobertura. 1983-1987 - Ações Integradas de Saúde (AIS) , enquanto projeto interministerial (Saúde, Previdência e Educação), por meio de convênios entre a União, estados e municípios , com o estabelecimento de recursos financeiros. O conjunto de ações e serviços de saúde desenvolvido, por meio das AIS, ia além da assistência médica, pois se estruturava, em sua maioria, a partir do reconhecimento das necessidades da população, com uma perspectiva de atuação em território delimitado. A integração era o princípio estruturante da organização dos serviços. Históric� d� APS n� Brasi� 1987- 1988 - As AIS foram substituídas pelo Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS) , ficando sob a responsabilidade do Ministério da Saúde (MS) e do Ministério da Previdência e da Assistência Social (MPAS) até a criação e o início da operacionalização do SUS (1988/1990). 1990-1994 - Com base em experiências internacionais e nacionais, foi instituído o Programa Nacional de Agentes Comunitários de Saúde (PNACS) pelo MS, por meio da publicação do Manual do Agente Comunitário de Saúde (ACS) pela Fundação Nacional de Saúde. - O PNACS, em 1992, passou a ser denominado como Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) . Aqui, a unidade programática e de cobertura, em saúde, é a família, e não o indivíduo em sua singularidade. O indicador de cobertura era o número de famílias cadastradas pelo programa. A partir de então, as demandas por ampliação das ações relacionadas à atenção básica marcavam o cenário da situação de saúde do país. - Diante do exposto e, sob a justificativa de que havia uma necessidade de ampliar a interiorização do SUS, foi publicada a Portaria nº 692/1994 , que dispunha sobre a criação, enquanto metas do MS , do Programa de Interiorização do Sistema Único de Saúde (PISUS) e do Programa de Saúde da Família (PSF) . O PISUS foi implantado, prioritariamente, nos municípios dos estados da Amazônia Legal. E, o PSF seria um modelo de atenção para todo o país, que daria prioridade não só à assistência médica individual, mas também às ações de promoção e proteção da saúde. E, sua operacionalização ocorreria por meio do trabalho em equipe, minimamente composta por: » 01 médico; » 01 enfermeiro; » 01 profissional de nível médio em enfermagem (técnico ou auxiliar) e; » Agentes Comunitários de Saúde – ACSs (sem estabelecer o quantitativo, por equipe). É importante enfatizar que o PSF introduziu o processo de territorialização , com a adscrição da população e a delimitação do território para a atuação de cada equipe. Cabe ressaltar que o PSF, até 1996, havia sido implantado em poucos municípios. A situação começou a mudar após a publicação da NOB/96 , que explicitava, entre outros dispositivos, as bases para reordenação de um novo modelo de atenção à saúde e estabelecia a forma de financiamento da ABS (Atenção Básica em Saúde) , especificamente do PACS e do PSF, por meio da criação do PAB (Piso da Atenção Básica) , cujo cálculo seria de base populacional para o montante de recursos financeiros federais que seriam repassados aos municípios, exclusivamente para os procedimentos e ações da ABS . Antes de 1996, ou seja, em 1995, os dois programas “PACS” e “PSF” saíram da gerência da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA) para a gerência da Secretaria de Assistência à Saúde (SAS/MS)1997 - Dada a importância dos respectivos programas, a Portaria nº 1.886/97 , em suas disposições, reconhece o PACS e o PSF como “importante estratégia” para o aprimoramento e a consolidação do SUS. Assim, resolve aprovar as normas e diretrizes dos programas, com vistas a regulamentar a implantação e operacionalização dos mesmos. Devido à expansão do PSF, de forma significativa, o PACS passou a apresentar uma redução gradativa da sua cobertura sem, evidentemente, reduzir a cobertura populacional, que passava a ser atendida pelo PSF . 1998 - Devido à necessidade de readequar as orientações aos municípios e instrumentalizá-los quanto à organização do sistema de saúde devido à ampliação da cobertura da ESF, o MS publicou a Portaria nº 3.925/98 , que dispõe sobre a criação do Manual para a Organização da Atenção Básica no SUS , estabelecendo o conceito de Atenção Básica em Saúde (ABS) , definido como sendo um conjunto de ações de caráter individual e coletivo, sendo o primeiro nível de atenção do sistema de saúde; e, assumiu que, entre as estratégias existentes no SUS de reorientação do modelo de atenção, a Estratégia Saúde da Família seria considerada como “estratégia prioritária da saúde”. - No mesmo ano, 1998, foi criado o SIAB (Sistema de Informação da Atenção Básica) pelo DATASUS . Esse sistema tem passado por frequentes reformulações. Assim, ao longo dos anos, a ABS passou a ter uma crescente necessidade, devido à continuidade da sua expansão (incluindo os municípios de médio e de grande porte), de outros instrumentos oficiais que a respaldassem em suas modificações, tais como portarias, normas, etc.. Houve uma vasta publicação, pelo MS, desses instrumentos, cujos conteúdos se apresentavam de forma desagregada, dificultando a compreensão pelos gestores, trabalhadores e cidadãos. 2006 - Diante desses fatos, ocorreu um movimento que agregou atores sociais e políticos envolvidos direta e indiretamente com a ABS, e, após inúmeras discussões ao longo do tempo, houve uma mudança de posição da ABS através do MS, que a transformou em uma Política Nacional . Em 2006, ocorreu a publicação da Portaria nº 648/2006 , que dispõe sobre a criação da Política Nacional de Atenção A partir da NOB/96, os gestores municipais demonstraram maior interesse pela implantação dos programas, que começou a apresentar uma rápida expansão, com tendência crescente, principalmente nos municípios de pequeno porte. Considera-se que, a partir da publicação da Portaria nº 1.886/97, o Programa de Saúde da Família passou a ser oficialmente uma estratégia de mudança de modelo de atenção à saúde, a partir da ABS, e recebeu a denominação de Estratégia Saúde da Família (ESF) . Básica (PNAB) . Esta portaria redefiniu a ABS, incorporou os princípios e diretrizes do Pacto pela Saúde e ratificou a ESF enquanto estratégia de mudança do modelo de atenção à saúde do país . 2011 - Com vistas à necessidade de revisão e adequação de normas nacionais ao atual momento de desenvolvimento da ABS, além da consolidação da ESF como prioritária para reorganização da ABS, ocorreu a publicação da Portaria nº 2.488 de 21/10/2011 , que no seu Art. 1º “Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, com vistas à revisão da regulamentação de implantação e operacionalização vigentes, nos termos constantes dos Anexos a esta Portaria” (BRASIL, 2011a). A portaria conta com três anexos: » Anexo I: Disposições gerais sobre a Atenção Básica e dos princípios e diretrizes gerais da Atenção Básica; » Anexo II: Apresenta o que deverá conter no projeto de implantação das equipes de Saúde da Família e/ou equipes de saúde bucal, equipes de agentes comunitários, das equipes de atenção básica para populações específicas e dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF); » Anexo III: trata da solicitação retroativa de complementação dos incentivos financeiros. Ainda falando de grandes marcos e avanços do SUS, não podemos deixar de mencionar o e-SUS Atenção Básica (e-SUS AB). O Departamento de Atenção Básica (DAB) da Secretaria de Atenção à Saúde (SAS) do Ministério da Saúde, diante das novas diretrizes apontadas pela PNAB, está movendo esforços para a implantação de um SUS eletrônico, partindo da reestruturação do Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB), objetivando a melhora na qualidade da informação em Saúde. O novo Sistema de Informação em Saúde da Atenção Básica (SISAB) moderniza a plataforma tecnológica por meio do software e-SUS Atenção Básica (e-SUS AB)
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