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Síndrome dos ovários policísticos

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Síndrome dos ovários policísticos
Medcel 220
A Síndrome dos ovários policísticos (SOP) é também chamada de Síndrome de Stein e Leventhal ou anovulação androgênica.
É uma patologia gineco-endoécrina comum, principal causa de hirsutismo em mulher. 
Para entender SOP, retorne e entenda fluxo menstrual. A paciente tem mais aromatização periférica na SOP, tem mais estrona. Mais estrogênio, menos FSH, por feed back negativo. Por feed back positivo aumenta produção de LH.
 (
Aumenta LH
Reduz FSH
)
Aumento de estrogênio 
Com esse aumento de LH, as células da Teca farão mais conversão de colesterol em androstenediona e testosterona, aumenta taxa de hormônios masculinos. Como o FSH está reduzido, acaba que está com baixa produção de aromatase e não consegue produzir estradiol.
O FSH baixo não consegue recrutar folículos para amadurecerem, por isso não consegue produzir estradiol. (Os níveis de estrogênio estão altos a custa de estrona, que é o estrogênio periférico) 
Se a mulher não produz estradiol, ela não faz pico de LH, então ela não ovula, não aumenta a progesterona. A mulher fica eternamente em fase secretora e não ovula, por não ovular eles ficam enclausurados na periferia do ovário, dando ao ovário um aspecto cístico (na verdade são folículos que ficam na periferia do ovário em fila indiana, não é cisto, só parece cisto ao USG). 
O endométrio da paciente não entra em fase secretora, então fica proliferando loucamente e fica super espesso, ao ponto de gerar uma hiperplasia e evoluir para um ca de endométrio. 
Quando a mulher é obesa e tem a SOP, ela vai apresentar resistência insulínica, daí o pâncreas começa a produzir mais insulina para compensar. Com isso, a insulina age nas células da Teca e tem uma ação como a do LH, estimulando a produção de androgênios, por isso a mulher com SOP e com obesidade tem produção de androgênios muito (MUITO) aumentada, uma vez que não é só o ovário com os óvulos sem ovular produzindo androgênio, tem ainda a insulina agindo nas células da Teca aumentando a produção de hormônios sexuais masculinos.
Outro aspecto dessa síndrome, é que o fígado produz uma proteína carreadora de androgênio, chamada SHBG, que quando ligada aos androgênios, os deixam inativos. A paciente com SOP tem pouca produção de SHBG, então o androgênio fica biologicamente ativado. Isso é mais um fator pelo qual a paciente com SOP tem hiperandrogenismo, por isso a manifestação de hirsutismo e acne.
Possíveis causas: obesidade (que aumentaria a aromatização periférica e aumenta a estrona (logo reduz FSH e aumenta LH); adrenarca exacerbada na puberdade (produz mais androgênios adrenais na puberdade); defeito metabólico (tudo começa com aumento da resistência a insulina); hepatopatia (fígado reduz produção de SBG). São várias teorias, nenhuma comprovada.
OBS: 30-40% das mulheres com SOP são magras
A paciente com SOP tem distúrbio do padrão menstrual, pode ter menstruações infrequentes ou até amenorreia. Nesses casos, a mulher pode crescer tanto o endométrio que ocorre uma isquemia em porção apical e ocorre sangramento sem ter ocorrido ovulação. Outro achado clínico é hiperandrogenismo,que se manifesta pelo hirsutismo, acne ou alopecia androgênica. 
Escala de Ferriman: olha regiões do corpo da paciente e pontua de 1-4 as regiões do corpo e pontua os valores (o normal é até 8), acima de 8 é hirsutismo.
Outro aspecto da clínica é a obesidade (60-70%), o ovário vai aparecer com aspecto polimicrocístico, pacientes com queixa de infertilidade (pq está em anovulação) e hiperprolactinemia (30% apresentam isso), acantose nigricans (áreas hiperpigmentadas em axila e nuca – demonstra hiperinsulinemia).
Consenso para diagnóstico de SOP (critérios de Roterdã) – a paciente precisa ter 2 de 3 para confirmar o diagnóstico
Menstruações infrequentes/amenorreia
Hiperandrogenismo (clínico ou laboratorial)
US TV com ovários de aspecto multicístico
Diagnóstico diferencial: hiperplasia adrenal congênita (chega a virilizar o clitóris), síndrome de Cushing, tumor do córtex da suprarrenal.
Depois que fechou o diagnóstico precisa examinar para ver se tem alguma alteração metabólica. Avalia PA, avalia circunferência abdominal, pede glicemia de jejum e perfil lipídico.
Para tratamento, primeiro orienta dieta e exercício físico (perda de 5-7% do peso), pode dar progesterona (depois de 14 dias do primeiro dia da menstruação, toma por 14 dias – chama progesterona de segunda fase), pode usar anticoncepcional oral (é o mais comum de se usar).
Pode-se usar espironolactona, é um diurético com efeito antiandrogênico, então pode usar essa espironolactona que ela melhora os pêlos e a acne. Se não resolveu com a espironolactona pode usar finasterida, que reduz o hormônio masculino, com isso consegue resolver os problemas de pêlo. 
Utiliza-se Metformina em paciente com hiperinsulinemia (paciente co circunferência abdominal maior que 88, paciente com acantose nigricans, paciente com glicemia alterada), na dose de 500mg 1x por dia por 7 dias, depois aumenta para 1000 mg 1x ao dia por mais 7 dias, depois 1500 mg 1x ao dia por mais 7 dias e mantém. Começa devagar pois a Metformina pode dar uns efeitos adversos, então tem que ir aumentando aos poucos para conseguir adesão terapêutica.
Se a mulher quiser engravidar, usa-se citrato de clomifeno, para o uso do anticoncepcional e usa cirtrato de clomifeno para induzir ovulação, pode continuar o uso de Metformina.

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