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RELATORIO ANALISE EXPERIMENTO DO COMPORTAMENTO -

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CURSO DE PSICOLOGIA 
Eber Hypolito 
Vicktória Chaves Veras 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO FINAL DE ANÁLISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foz do Iguaçu 
2021 
 
 
 
 
Eber Hypolito 
Vicktória Chaves Veras 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO FINAL DE ANÁLISE EXPERIMENTAL DO COMPORTAMENTO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Foz do Iguaçu 
2021 
Relatório Final de Psicologia Experimental 
apresentado à disciplina de Análise 
Experimental do Comportamento no curso 
de Psicologia do Centro de Ensino Superior 
de Foz do Iguaçu 
 
Professora: Fabiana Albertim Kaiser 
 
 
RESUMO 
 
O Objetivo deste Estudo é demonstrar conceitos fundamental da disciplina 
Análise Experimental do Comportamento do Curso de Psicologia, e a sua aplicabilidade 
através de experimentos com um rato virtual. Foi utilizado o Programa Eletrônico Virtual 
denominado Sniffy Pro versão 2.0. E também tem a finalidade de apresentar uma visão 
geral dos Conceitos de Comportamento, através de pesquisas teóricas e apresentar 
Técnicas de Controle e Modificação do Comportamento utilizando os seguintes 
experimentos: Comportamento Nível Operante, Treino ao Comedouro, Reforço 
Contínuo, Modelagem, Esquemas de reforço por razão fixa, além de apresentar noções 
sobre Extinção e seus efeitos. Obtivemos êxito em cinco dos seis experimentos. Ao 
aplicarmos técnicas de reforço, percebemos o aumento na probabilidade da resposta 
voltar acontecer, da mesma forma que ao diminuir o reforço observamos a diminuição 
na probabilidade da resposta voltar acontecer, e com a supressão do reforço 
observamos o comportamento se extinguir, ainda que tenha ocorrido uma resistência a 
essa extinção. 
Palavras-chave: Comportamento, Controle, Esquemas, Reforço, Resposta. 
 
 ABSTRACT 
 The objective of this study is to demonstrate the fundamental concepts of the 
discipline Experimental Analysis of Behavior in the Psychology Course, and its 
applicability through experiments with a virtual mouse. The Virtual Electronic Program 
called Sniffy Pro, version 2.0, was used. It also has the purpose of presenting an 
overview of the Behavior Concepts, through theoretical researches and to present 
Behavior Control and Modification Techniques using the following experiments: Operant 
Behavior, Feeder Training, Continuous Reinforcement, Modeling, Reinforcement 
Schemes for a fixed reason, in addition to presenting notions about Extinction and its 
effects. We were successful in five of the six experiments. When we applied 
reinforcement techniques, we noticed an increase in the probability of the response 
happening again, in the same way that when decreasing the reinforcement, we 
observed a decrease in the probability of the response happening again, and with the 
suppression of the reinforcement, we observed the behavior going out that there has 
been resistance to this extinction. 
Keyword: Behavior, Control, Schemes, Reinforcement, Response. 
INTRODUÇÃO 
 
Não seria apropriado iniciar este Estudo sem mencionar o trabalho árduo de 
alguns pioneiros do Estudo Comportamental. Segundo Schulz, Duane P. Sydney Ellen 
Schultz, História da Psicologia Moderna, 2009, um dos pioneiros foi Robert Yerkes que 
iniciou suas pesquisas em 1900 usando diversos animais. 
Segundo Duane P. Sydney Ellen Schultz, “não era fácil ser um profissional da 
psicologia animal. Tanto os governantes como os administradores das universidades, 
sempre atentos às questões orçamentárias, não enxergavam na área nenhum valor 
prático. O reitor da Universidade de Harvard dizia não ver “futuro no tipo de psicologia 
comparativa de Yerkes. “Além de malcheirosa e cara, parece não oferecer nenhuma 
aplicação prática para o serviço público” (Reed, 1987ª, p.94)”. 
Foi com o fisiologista russo Ivan Pavlov (1849-1936) que se estabeleceu uma 
psicologia animal mais objetiva, pois, era dotada de um método e um objeto de estudo, 
que alcançou lugar de destaque na história da Psicologia, com o estudo dos reflexos 
condicionados. A primeira experiência foi analisar o comportamento de um cachorro, 
que ao ver um alimento salivava. Inicialmente Pavlov denominou essa reação de 
reflexo inato ou não-condicionado, pois até então entendia que era um reflexo do 
sistema digestivo e não envolvia aprendizagem, porém, com o aprofundamento dos 
estudos entendeu que a salivação provocada pela visão da comida não era reflexiva, 
mas deveria ser aprendida. Chamou então a reação de reflexo condicionado, pois 
segundo ele diversos estímulos poderiam produzir a resposta de salivação 
condicionada, desde que o estímulo fosse capaz de atrair a atenção do animal. 
Para melhor compreensão do presente estudo vale à pena entender em que 
consistia o experimento de condicionamento de Pavlov, pois dele teremos o primeiro 
contato com os termos: reflexo condicionado, estímulo condicionado, estímulo 
incondicionado, pareamento, associação e reforço. 
O experimento de Condicionamento: Primeiro, apresentava-se o estímulo 
condicionado (uma luz), ou seja, acendia-se uma luz. Imediatamente apresentava o 
estímulo incondicionado (a comida). Depois de repetidas apresentações da luz seguida 
da comida (pareamento luz e comida) o animal passava a salivar com a simples visão 
da luz. O animal passou a fazer uma associação ou uma ligação entre a luz e a 
comida, assim o animal era condicionado a responder mediante a apresentação do 
estímulo condicionado (a luz). Esse condicionamento ou aprendizagem não ocorre ao 
menos que a luz seja seguida da apresentação de comida, determinada vezes 
suficiente. Desse modo, o reforço (neste caso, receber a comida) é necessário para 
que a aprendizagem ocorra. 
Pavlov também pesquisou fenômenos como estimulo, reforço, extinção da 
resposta, recuperação espontânea, generalização e outros comportamentos que 
abordaremos mais detalhadamente no decorrer deste estudo. 
Segundo Duane P. Sydney Ellen Schultz, foi Vladimir M. Bekhterev (1857-1927), 
que aplicou os princípios de Pavlov nos músculos, que descobriu os reflexos 
associados constatados mediante a analise das respostas motoras, por exemplo, o 
movimento de afastar o dedo de um objeto que dar choque elétrico, era provocado não 
apenas pelo estímulo não-condicionado (choque), mas, também pelo estimulo que se 
associa ao estimulo original. 
Chegamos a John. B. Watson (1878-1958), fundador do Behaviorismo 
metodológico. Para ele o homem é produto do meio, que a psicologia deveria ter como 
objeto de estudo o comportamento observável e descartar qualquer referência a 
introspecção, pois, somente o comportamento humano poderia ser cientificamente 
estudado em laboratório para análise com rigor científico. 
Sobre B.F. Skinner (1904-1990), Duane P. Sydney Ellen Schultz, fala que de 
acordo com o ponto de vista de Skinner, a vida é produto da história de reforços, pois 
acreditava que suas experiências estavam relacionadas exclusivamente e diretamente 
aos estímulos do próprio ambiente. 
Skinner desenvolveu o que ele chamou de Condicionamento operante, que é 
aquele que ocorre sem qualquer estímulo antecedente externo observável. Neste 
estudo será analisado através do primeiro experimento. 
 Na clássica experiência da caixa de Skinner, ele colocou um rato privado de 
comida dentro de uma caixa, ficando livre para explorar o ambiente. No curso desta 
exploração, o rato pressionava uma barra ativando um mecanismo que liberava uma 
bolinha de ração em uma bandeja, depois de conseguir algumas bolinhas (reforço), o 
condicionamento geralmente se estabelecia com rapidez. Skinner observou que o 
comportamento do rato (pressionando a barra) atuou sobre o ambiente e assim serviu 
como instrumento para a obtenção do alimento. 
Duane P. Sydney Ellen Schultz, p.299, observa que Skinner tinha consciência 
que no mundo real, o reforço nemsempre é assim consistente ou contínuo, muito 
embora a aprendizagem ocorra e o comportamento persista, mesmo quando o reforço 
seja intermitente, pois Skinner afirma; “Nem sempre encontramos uma boa camada de 
gelo ou uma boa neve quando vamos patinar ou esquiar (...). Nem sempre temos uma 
ótima refeição nos restaurantes, porque os cozinheiros não são muito previsíveis. Nem 
sempre que telefonamos a um amigo conseguimos falar com ele, porque nem sempre 
ele está em casa (...). Os reforços característicos do trabalho e do estudo são quase 
sempre intermitentes porque não é viável controlar o comportamento reforçando toda 
resposta. (Skinner, 1953, p.99)” 
Assim Skinner desejava saber de que forma o reforço variável influenciava o 
comportamento. No experimento do rato, Skinner perguntou o que aconteceria se 
reforçasse apenas uma vez a cada minuto, independentemente do número de resposta 
que apresentasse, elaborou uma série de experiências para testar diferentes taxas e 
intervalos de reforço (Ferster e Skinner, 1957; Skinner, 1969). 
Destas experiências derivam os Esquemas de reforço, ou seja, condições que 
envolvem diferentes razões ou intervalos de tempo entre reforços, que estudaremos 
mais detalhadamente no decorrer deste trabalho. Assim neste Estudo veremos e 
analisaremos os comportamentos do Rato Sniffy. Porém o que é Comportamento? 
Qual a importância de compreender a Definição de Comportamento? Compreender a 
definição correta e precisa, é de suma importância para a aplicação de técnicas de 
Mudança deste Comportamento. 
De acordo com Miltenberger, R.G. Modificação do Comportamento: Teoria e 
Prática. São Paulo, SP: CENGAGE, 2018, Cap. 1, comportamento é o que as pessoas 
fazem e dizem. Portanto, segundo o autor, envolve ação, tem dimensões que podem 
ser medidas, podem ser observados, descritos e registrados, tem impacto no meio 
físico ou social e é legitimado, isto é, sua ocorrência é sistematicamente influenciada 
por eventos ambientais e os comportamentos podem ser evidentes ou ocultos. 
“Depois de entender os eventos ambientais que fazem comportamentos 
ocorrerem, você pode alterar os eventos no ambiente para modificar o comportamento” 
(Miltenberger, R.G, 2018, Cap. 1). O autor citado define Modificação de 
Comportamento como uma ciência aplicada e uma prática profissional direcionada a 
analise e à modificação do comportamento humano. 
Porém, precisamos também, compreender os conceitos de estímulo, resposta, 
reflexo, intensidade de estimulo e magnitude de resposta. Para tanto utilizaremos os 
seguintes conceitos abordados por Moreira e Medeiros 2008, cap. 3. P28, que define 
Estimulo como “qualquer alteração ou parte do ambiente que produza uma mudança 
no organismo”. Resposta como “qualquer alteração no organismo, produzida por uma 
alteração no ambiente (estímulo)”. Reflexo como “uma relação entre um estimulo 
específico e uma resposta específica”. Intensidade de estimulo como “a força (ou 
quantidade) de um determinado estimulo” e Magnitude de resposta como “a força de 
uma determinada resposta”. 
Importante também é a compreensão das Leis ou Propriedades do Reflexo, que 
Moreira e Medeiros 2008, cap. 2, abordam sendo a primeira a “Lei da Intensidade-
magnitude que estabelece que a intensidade de estimulo é diretamente proporcional à 
magnitude da resposta, ou seja, em um reflexo quanto maior a intensidade do estímulo 
maior será a magnitude da resposta”. A segunda é a Lei do Limiar que estabelece “que 
para todo reflexo, existe uma intensidade mínima do estímulo para que a resposta seja 
eliciada”. E também a Lei da Latência onde “Latência é nome dado a um intervalo entre 
dois eventos, No caso dos reflexos, latência é o tempo decorrido entre a apresentação 
do estimulo e a ocorrência resposta”. 
Para a realização do trabalho, nós utilizaremos os princípios da Análise 
Experimental do Comportamento e a noção de comportamento operante, desenvolvido 
por Skinner. De acordo com Skinner (apud Moreira e Medeiros, 2008) comportamento 
operante é aquele tipo de comportamento capaz de produzir consequências de tal 
modo, que tais consequências interferem na probabilidade de ocorrência futura deste 
comportamento. 
 De acordo com Moreira e Medeiros, 2008, p.49, o comportamento é afetado (é 
controlado) por suas consequências, ou seja, as consequências de nossos 
comportamentos vão influenciar suas ocorrências futuras. Assim, “se os 
comportamentos das pessoas (e também de animais não humanos) são controlados 
por suas consequências, isso significa que podemos modificar os comportamentos das 
pessoas (e também de animais não humanos), programando consequências especiais 
para seus comportamentos. (Moreira e Medeiros, 2008, p.50). 
 Para exemplificar; para cada vez que o Sniffy que está em uma caixa de 
condicionamento operante (Caixa de Skinner) pressiona uma barra um reforço lhe é 
dado. Enquanto tal situação se mantiver, o ratinho continuará pressionando a barra. 
“Podemos dizer que o comportamento do ratinho é controlado por suas consequências, 
ou seja, pressionar a barra é mantido, porque continua produzindo a mesma 
consequência”. (Moreira e Medeiros, 2008, p.50). 
O Reforço para Skinner é “consequência que aumenta a probabilidade de 
ocorrência de uma resposta” (SKINNER, 1958, p. 3). E Moreira e Medeiros, 2008, p.53-
55, apresenta os efeitos do reforço, pois “além de aumentar a freqüência de um 
comportamento reforçado, o reforço (conseqüência reforçadora) tem dois outros efeitos 
sobre os comportamentos dos organismos. Uma delas é a diminuição da freqüência de 
outros comportamentos, diferentes do comportamento reforçado” e cita que no exemplo 
do rato na Caixa de Skinner “Basta compararmos a freqüência de alguns 
comportamentos antes e depois de a contingência de reforço ser estabelecida 
(comportamento em seu nível operante), percebemos que, após o comportamento de 
pressionar a barra ser reforçado, não só a sua freqüência aumentou, como também a 
freqüência dos comportamentos “limpar-se”, “farejar-se” diminuiu”. E os autores 
continuam “Outro refeito do reforço é a diminuição na variabilidade da topografia 
(forma) da resposta (do comportamento reforçado)”, ou seja, nos primeiros 
pressionamentos da barra, o ratinho faz de maneira variada, com o passar do tempo irá 
fazer de forma mais semelhantes. 
Ou seja, Moreira e Medeiros esclarecem que em função das conseqüências 
reforçadoras (reforço) de nossos atos, adotamos, abandonamos ou diminuímos a 
freqüência de uma infinidade de comportamentos no nosso dia a dia e também 
diminuímos a variabilidade na topografia da resposta reforçada, ou seja, quanto mais 
se responde e este responder é reforçado, mais parecidas serão as respostas 
seguintes. Mas, o que é Extinção Operante? É exatamente ao contrário, se retiramos o 
reforço de um comportamento, verificamos que a probabilidade desse comportamento 
diminui, ou seja, retorna ao nível operante (antes do comportamento ser reforçado), 
haverá a extinção do comportamento operante, segundo (Moreira e Medeiros, 2008, p 
55). 
Importante salientar que ocorre também o processo de resistência à extinção, 
que o mesmo autor define como o tempo ou o número de vezes que um organismo 
continua emitindo uma resposta (comportamento) após a suspensão do seu reforço. 
Moreira e Medeiros, 288, p 57, indagam porque alguns indivíduos são mais 
persistentes e teimosos do que outros? Porque alguns comportamentos são mais 
persistentes do que outros? Os autores respondem dizendo que três fatores 
influenciam a resistência à extinção, o primeiro é o número de reforços anteriores, ou 
seja, quanto maior o número ou o tempo de reforço mais resistente à extinção ele será. 
O segundo fator é o custo da resposta, ou seja, quanto mais esforço o sujeito precisar 
emitir para gerar o comportamento menor será a resistência à extinção, em outras 
palavras se for mais difícil a desistênciaé mais rápido. E o terceiro fator são os 
esquemas de reforça mento, que pode ser entendido inicialmente como quando um 
comportamento às vezes é reforçado e às vezes não é reforçado, ou seja, acontece de 
forma intermitente e não de forma contínua, sua resistência à extinção é maior. Com 
relação aos esquemas de reforçamento intermitente abordaremos um pouco mais 
adiante. 
E Moreira e Medeiros, 2008, p.58-59, abordam também três outros efeitos da 
extinção. O primeiro “Aumento na freqüência da resposta no inicio do processo da 
extinção; antes de freqüência da resposta começar a diminuir, ela aumenta 
abruptamente”, ou seja, logo no inicio do processo de extinção ocorre um pico na 
freqüência da resposta, que caracteriza uma resistência a extinção. O segundo efeito 
da extinção é “Aumento na variabilidade da topografia (forma) da resposta, logo no 
inicio do processo de extinção, a forma como o comportamento estava sendo emitido 
começa a modificar-se”. Isto significa que o sujeito percebendo a extinção tentará 
outras técnicas para conseguir o reforço. E o terceiro efeito da extinção, abordado 
pelos autores é “Eliciação de respostas emocionais (raiva, ansiedade, irritação, 
frustração, etc.)”. 
Agora que entendemos o que é comportamento operante, reforço e o que é 
extinção passaremos à compreensão do que é Modelagem. 
Segundo Miltenberger, R.G, 2018, Cap. 9, p.117, Modelagem é utilizada para 
desenvolver um comportamento-alvo, que uma pessoa não exibe no momento 
presente. É definida como o reforço diferencial de aproximações sucessivas de um 
comportamento-alvo até que a pessoa exiba o comportamento-alvo. Envolve princípios 
de reforço e extinção – enquanto um comportamento é reforçado e os outros não. 
Naturalmente o comportamento reforçado aumenta de frequência enquanto que 
aqueles que não os são diminuem. 
A modelagem ocorre em um processo. Primeiro identifica-se um comportamento 
inicial que se aproxime do comportamento-alvo, reforçando este comportamento o 
sujeito o emitirá com maior regularidade. Tendo esse comportamento se tornado 
frequente, pode-se estabelecer um novo comportamento como referencial (ainda mais 
próximo do comportamento-alvo) deixando o comportamento anterior em extinção, isso 
deve acontecer sucessivamente até se alcançar o comportamento alvo. 
Quais são as técnicas de observação e registro dos comportamentos? De 
acordo com Miltenberger, 2018, Cap. 2, existem dois tipos de avaliação 
comportamental: a Avaliação Indireta e a Avaliação Direta. A Avaliação Indireta envolve 
o uso de entrevista, questionários e escalas de avaliação para obter informações sobre 
o comportamento-alvo da pessoa, que exibe o comportamento, ou de outras pessoas 
como pais, professores e amigos. Já na Avaliação Direta, uma pessoa observa e 
registra o comportamento-alvo à medida que ocorre e deve estar muito próximo da 
pessoa que exibe o comportamento. 
Miltemberger, 2018, também classifica a avaliação do comportamento como 
estruturada, quando as instruções ou atividades ocorrem durante o período da 
observação e não estruturada que ocorre quando nenhum evento ou atividade 
especifica é organizada e nenhuma instrução é dada durante o período de observação. 
Os comportamentos são mantidos por Esquemas de Reforço, assim podemos 
perguntar: Todos os comportamentos são reforçados quando emitidos? 
Segundo Moreira e Medeiros, 2008, p 117, quanto trata de Esquemas de 
Reforço, a resposta é não, pois não há a necessidade de haver reforço todas as vezes 
que ele ocorre, para que continue sendo emitido, ou seja, pode se estabelecer critérios 
que uma resposta deve atingir para que haja reforço, ou definir condições para que o 
reforço seja liberado. 
Existem dois tipos de Esquemas de Reforço, o contínuo e o intermitente. No 
Esquema de reforço contínuo (CRF) toda resposta é seguida de reforço, por exemplo, 
toda vez que o botão do controle remoto da TV é apertado ela liga, o comportamento é 
apertar o botão o reforço é TV ligada, ou no caso do rato que ao pressionar a barra, 
recebe o reforço. Este tipo é o mais indicado para aprendizado de novos 
comportamentos e também o que entra em extinção mais facilmente, já que o 
organismo perceberá mais facilmente a ausência de reforço. Os Esquemas de reforço 
Intermitentes, por sua vez, são mais eficazes para manutenção do comportamento, 
pois são mais difíceis de serem extintos. Os efeitos da extinção são mais amenos, não 
há aumento na taxa de respostas após extinção e nem respostas emocionais. Há 
diminuição lenta na frequência do responder. A extinção pode demorar bastante para 
acontecer. 
 Segundo o Psicólogo Caio Moura, em artigo Esquemas de Reforço: Contínuo 
(CRF) e Intermitente (FR, VR, FI, VI) “Geralmente, pessoas com maior repertório 
comportamental em CRF tendem a desistir mais facilmente de seus objetivos (pouca 
resistência à extinção), ao passo que aquelas em Reforço Intermitente possuem mais 
“perseverança” (maior resistência à extinção)”. Já no Esquema de Reforço intermitente 
algumas respostas são reforçadas e outras não. Nem todas as respostas são 
reforçadas, por exemplo; um vendedor que só recebe comissão se atingir uma meta 
por três meses consecutivos. Ou seja, atingir a meta apenas uma ou duas vezes não é 
reforçado com comissão. Foi estabelecido o critério para que ocorra o recebimento da 
comissão se ele atingir a meta por três meses consecutivos, caso contrário não 
receberá. 
Os Esquemas de reforçamento intermitente não são iguais, podendo haver 
variações no número de respostas emitidas ou em intervalos de tempo. 
Quanto ao número de resposta emitida, para cada reforçador, pode ser de razão 
fixa (FR), por exemplo, a cada cinco (FR: 5) pressionamento da barra o rato ganha um 
reforço, ou pode ser de razão variável (VR), por exemplo, se no experimento do rato 
ele emitir 600 respostas e receber 20 reforços, ou seja, em média a cada 30 (VR: 30) 
resposta uma será reforçada. Da mesma forma o Intervalo de Tempo entre os 
reforçadores, pode ser um Intervalo Fixo (FI). No exemplo citado do vendedor que 
precisa atingir a meta por três meses consecutivos o intervalo é fixo (FI: 3), ou, por 
exemplo, no experimento do rato à resposta de pressionar a barra ocorrer o reforço a 
cada 1 minuto. Ou pode ser um Intervalo Variável (VI), onde não há uma regularidade 
temporal como no intervalo fixo. No exemplo do vendedor que atinge a meta de venda 
em média a cada cinco meses, ou seja, às vezes ele bate a média, às vezes não. No 
exemplo do rato, considerando um intervalo de tempo variável significa que o reforço 
estará disponível a cada 30 segundos em média. 
Ainda segundo Moreira e Medeiros, 2008, p 121, nos esquemas de intervalo o 
número de respostas não é relevante, bastando apenas uma resposta para a obtenção 
do reforçador. O tempo decorrido desde o último reforçador é o principal determinante 
de uma nova resposta ser ou não reforçada. 
Neste estudo, um dos experimentos realizado em laboratório é o que se refere 
ao nível operante, por isso precisando entender do que se trata. Moreira e Medeiros, 
2008, p 169, define Nível Operante como “a forma com que o sujeito opera (age) sobre 
o ambiente antes de qualquer intervenção experimental”. A importância deste 
experimento é fundamental, pois podemos comparar os dados registrados antes de 
qualquer intervenção com os dados obtidos após as intervenções e assim analisar 
como o sujeito se comportou. 
 
 METODOLOGIA 
 
Instrumentos: Todos os experimentos foram supervisionados pela Professora, 
titular da Piscina Analise e Experiência do Comportamento, do Curso de Graduação 
Superior do Centro de Ensino Superior de Foz do Iguaçu-PR, CESUFOZ, Fabiana 
Albertin Kaisen, que utilizou o Programa Eletrônico Virtual denominado Sniffy Pro 
versão 2.2. Este programa apresenta um Rato virtual, quesubstitui a necessidade de 
animais reais em experimento de laboratório. Todos os experimentos ocorreram em 
uma caixa virtual, que simula a Caixa Skinner, composta por uma barra que libera 
comida (reforço) quando pressionada. Para marcação do tempo foi utilizado 
cronometro e/ou relógio digital, também foi utilizado Folha de Registro em todos os 
Experimentos. 
Importante salientar que em um experimento com rato real, que tem um alimento 
como reforçador condicionado, o sujeito está sujeito ao efeito de saciação, ou de 
privação. Na medida em que há saciação, ocorre uma redução na probabilidade do 
responder, porém, com rato virtual este efeito é mais difícil de identificar. 
Todo material bibliográfico, utilizado para fundamentação teórica, consta 
relacionado no final deste trabalhando em Referências Bibliográficas. 
 
MÉTODO EXPERIMENTAL 
 
Procedimento Experimento 1: Nível Operante, 
 
Foi utilizado o método de Avaliação Direta e Estruturada. A Professora Fabiana 
Bertin Kaisen, foi a Supervisora do Experimento, que definiu o tempo do experimento 
em 20 minutos. 
Neste período registramos o número de vezes que o sujeito pressionou a barra 
de reforço, o número que se limpou, andou, ergueu-se, farejou ou executou qualquer 
outro tipo de comportamento. O experimento começou as 21h00min horas e terminou 
às 21h20min horas do dia 15 de março de 2021, com o preenchimento da folha de 
registro. Durante este experimento não foi apresentado ao sujeito nem tipo de reforço. 
Foi elaborado a Tabela do Experimento e o Gráfico do Experimento 01 Nível Operante. 
 
Procedimento Experimento 2: Treino ao Comedouro 
 
Com pareamento do som com a comida. A professora Fabiana Bertin Kaisen, 
definiu que deveria ser observada a quantidade de pelotas consumidas pelo sujeito. O 
experimento iniciou às 20h12min horas e terminou as 20; 40 horas do dia 29 de março 
de 2021. Inicialmente foi liberado o alimento quando o sujeito se aproximou do 
comedouro, para que ele percebesse a presença da comida naquele locou. Com o 
decorrer do tempo, com o afastamento do sujeito do comedouro, foi liberada a comida 
para que se pudesse identificar que o sujeito conseguiu relacionar a comida ao som do 
alimento. Foi oferecido um reforço (alimento) pareamento com um som, com objetivo 
de fazer o sujeito associar o som à oferta de alimento. 
Ao término foi elaborado somente a Tabela do Experimento 02 Treino ao 
Comedouro, não foi elaborado gráfico. 
 
Procedimento Experimento 3: Modelagem 
 
 Este experimento foi feito em dois dias, no dia 15 de março de 2021, começou 
às 21h11min horas e terminou às 22h15min horas e no dia 05 de abril iniciou às 
19h34min horas e terminou às 19h56min horas. Assim como os anteriores, também foi 
utilizado a Caixa de Skinner Virtual. Consistiu em quatro etapas. Na primeira etapa, 
realizada dia 15 de março, o comportamento de ser erguer, ou seja, ficar de pé nas 
duas patas trazeiras em qualquer lugar da caixa foi liberado um reforço. Na segunda 
etapa (dia 15 de março) foi reforçado somente o comportamento de erguer-se próximo 
da barra. Na terceira foi reforçado o comportamento de erguer-se na barra. Esta etapa 
foi feita em dois dias diferentes, iniciamos no dia 15 de março e concluímos no dia 05 
de abril. E na quarta fase, também realizada no dia 05 de abril, quando o sujeito 
pressionou a barra. 
Com os resultados descritos na folha de registro foi elaborado a Tabela do 
Experimento 03, Modelagem da Resposta de pressão a barra. Não foi elaborado 
gráfico para este experimento. 
 
Procedimento Experimento 4: Reforço continuo da resposta de pressão 
a barra (CRF). 
 
Este experimento foi feito em etapa única que começou às 21h33min horas e 
terminou às 21h53min horas do dia 05 de abril de 2021. Também foi utilizado a Caixa 
de Skinner Virtual. Foi muito parecido com o experimento 01, Nível Operante, também 
registramos o número de vezes que o sujeito pressionou a barra de reforço, o número 
que se limpa, andou, ergueu-se, farejou ou executou qualquer outro tipo de 
comportamento. A diferença é que neste experimento, toda vez que o sujeito 
pressionou a barra, este comportamento foi reforçado com a liberação de alimento. 
Com os resultados descritos na folha de registro foi elaborado a Tabela do Experimento 
04 e o Gráfico 04, com o título Reforço contínuo da resposta de pressão a barra. 
Procedimento Experimento 5: Esquema de Reforço Intermitente de Razão 
Fixa (FR) 
 
 Este experimento também foi feito em etapa única que começou às 21h14min 
horas e terminou às 21h34min horas do dia 19 de abril de 2021. Foi utilizado o 
esquema de razão fixa (FR: 5), ou seja, para cada 5 vezes que a barra era pressionada 
a última era reforçada. Não foi levada em consideração a pausa pós-reforço, que é o 
fenômeno de uma pausa, que ocorre logo após uma taxa maior de respostas 
consecutivas para obtenção do reforçador. 
 
Procedimento Experimento 6: Extinção Operante 
 
Foi realizado no dia 26 de abril de 2021, com inicio às 19h54min h e término às 
20h14min h. Não foi apresentado em nenhum momento qualquer tipo de reforço. 
Igualmente ao experimento 01 de Comportamento operante e ao experimento 04, 
registramos o número de vezes que o sujeito pressionou a barra de reforço, o número 
que se limpa, andou, ergueu-se, farejou ou executou qualquer outro tipo de 
comportamento. 
 
 RESULTADOS E DISCUSSÃO 
 
Análise do Experimento 01: Comportamento Nível Operante. 
 
Através de uma Avaliação Direta, da Tabela e do Gráfico do Experimento 01 
pode-se entender que o rato em seu contato com a caixa de Skinner (ambiente), sem 
nenhuma contingência de reforço, pressionou a barra de reforço apenas cinco vezes 
em 20 minutos, o que corresponde a um por cento (1%) do total e a RPB por minuto 
ficou em média igual a 0,25. Passou mais tempo andando 171 vezes (34%), seguido 
pelo comportamento de farejar, 146 vezes (29%) e também chama a atenção que o 
rato também se limpou 103 vezes (21%). E se ergueu apenas 77 vezes (15%). 
Conforme abordamos na Introdução deste estudo o objetivo do Experimento de 
Nível operante é observar o comportamento do sujeito no ambiente, antes que 
ocorra qualquer intervenção como, por exemplo, o reforço. Observamos, conforme os 
dados demonstrados acima, que sem nenhuma contingência de reforço, o 
comportamento foi aleatório, o sujeito andou e farejou muito, como em busca de algo. 
Com relação a este primeiro experimento podemos dizer que o sujeito 
apresentou comportamento operante, pois a resposta do sujeito do experimento foi 
espontânea e ele se comportou aleatoriamente (operou modificando o ambiente) 
mesmo sem ter recebido nenhum estímulo, assim corrobora com Moreira e Medeiros 
2008, p 47 “comportamento operante, termo cunhado por B.F.Skinner. Classificamos 
como operante aquele comportamento aquele que produz conseqüências 
(modificações no ambiente) e é afetado por elas” 
 
 
Análise do Experimento 02: Treino ao comedouro 
(pareamento do som com a comida). 
 
O objetivo deste experimento é treinar o sujeito a fazer associação de um som à 
oferta do alimento, disponível em um comedouro. Isto ocorreu com o consumo 305 
pelotas, conforme Tabela do Experimento 02 abaixo. O objetivo de treinar (associar) 
que no comedouro tem alimento toda vez que houver um som, foi alcançado com 
sucesso num período de 28 minutos. Com um rato real, é provável que este 
experimento acontecesse em um intervalo menor, já que segundo orientação da 
professora o experimento seria feito com um rato que estaria com privação de alimento, 
assim com certeza o rato procuraria pelo alimento mais rapidamente. Com o decorrer 
do tempo, com o afastamento do sujeito do comedouro, foi liberada a comida para que 
se pudesse identificar que o sujeito conseguiu relacionar a comida ao som do alimento. 
No inicioo sujeito teve certa dificuldade de fazer essa correspondência, som versus 
alimento, pois nem sempre ele percebeu, mais com o tempo começou a haver essa 
percepção de que um som representava a oferta de um alimento. 
Através deste experimento, percebemos a aplicação prática de alguns princípios 
e conceitos estudados na introdução deste trabalho, como por exemplo, assim como 
exemplo Moreira e Medeiros p 31, diz que “o que Pavlov fez foi emparelhar (apresentar 
um e logo em seguida o outro) para o cão a carne (estimulo que naturalmente eliciava 
a resposta de salivação) e o som da sineta. (estimulo que não eliciava a resposta de 
salivação), no nosso experimento pareamos o som (que não eliciava resposta) à 
comida (que elicia a resposta). 
Outra aplicação refere-se Leis ou propriedades do reflexo inato, que também 
estudamos na Introdução deste trabalho através de Moreira e Medeiros p 22—23. Pois 
constatamos que, conforme estudamos, quanto maior a intensidade do estimulo maior 
a magnitude da resposta, ou seja, não conseguiríamos êxito sem o som seguido da 
apresentação de comida um número de vezes suficiente para o aprendizado, em outras 
palavras quanto maior a apresentação do estimulo mais fácil a associação som com a 
comida. Constatamos que foi necessária uma quantidade mínima de estimulo para 
eliciar a resposta, para que o sujeito relacionasse a comida ao som. 
 
Análise do Experimento 03: Modelagem 
 
O objetivo deste experimento é gradativamente e sucessivamente, modelar o 
sujeito para alcançar um comportamento-alvo, deixando entrar em extinção 
comportamentos anteriores. Se considerarmos, de acordo com a Tabela do 
Experimento 03, que o experimento durou uma hora e vinte seis minutos e durante 
esse período o sujeito executou um total de 173 comportamentos diferentes. Foi 
definido como objetivo inicial, modelar o sujeito para aprender o comportamento de se 
erguer, ou seja, ficar de pé nas duas patas traseiras em qualquer lugar da caixa. Isto 
ocorreu na primeira fase, aconteceu 54 vezes, ou seja, 31% dos comportamentos. No 
final desta etapa o sujeito começou a se levantar com frequência maior, caracterizando 
o aprendizado, portanto o objetivo foi alcançado o que permitiu passar para etapa 
seguinte. 
Na segunda etapa foi definido como objetivo modelar (treinar) o sujeito para o 
comportamento de erguer-se próximo da barra. A frequência foi de 67 vezes e o 
percentual de 39%. 
Na terceira foi reforçado o comportamento de erguer-se na barra. A freqüência 
foi de 36 vezes e o percentual de 21%. 
Podemos observar, tanto na segunda etapa como na terceira, alguns dos efeitos 
abordados por Moreira e Medeiros 2008 cap. 2, e que constam na introdução deste 
estudo, pois ocorreu a resistência à extinção já que em algum momento foi necessário 
regredir e reforçar o comportamento anterior, e ocorreu também o efeito do aumento da 
freqüência da resposta no inicio da extinção, portanto ele continuou emitindo a resposta 
da etapa anterior e até aumentou sua freqüência. 
Outro efeito observado, também abordado pelos autores citados, é que vencida 
a resistência à extinção, podemos observar uma diminuição na variabilidade topografia 
(forma), da resposta percebemos que o sujeito pressionava a barra de forma mais 
uniforme e constante, mais isso só aconteceu no final da terceira etapa. 
Nas duas etapas, anteriores, quando o sujeito manteve a resposta de forma 
consistente, começou a emitir esse comportamento seguidamente, consideramos que o 
objetivo foi alcançado. 
Quarta e última etapa; quando o sujeito pressionou a barra ele recebeu reforço. 
Nesta fase o sujeito, já estava bem condicionado, reconhecendo com maior facilidade a 
associação som com alimento. O sujeito manteve uma frequência constante mais 
facilmente, portanto o objetivo foi alcançado rapidamente. O processo de resistência à 
extinção da fase anterior foi bem menor. 
 
 
Análise do Experimento 04: Reforço contínuo da resposta de pressão a 
barra (CRF). 
 
Considerando que o sujeito (rato Sniffy) do experimento, passou pelo processo 
de modelagem anteriormente na caixa de Skinner, pode-se observar neste experimento 
com contingência de reforço ao pressionar a barra, que ele a pressionou 302 vezes, ou 
seja, 50%, o que pode ser constatado através da Tabela do Experimento 04 e do 
Gráfico do Experimento 04. Além disso, andou 150 vezes (7,5%), seguido pelo 
comportamento de farejar 105 vezes (5,25%), limpou-se 28 vezes (1,4%). E ergueu-se 
apenas 17 vezes (0,85%). 
Para análise mais detalhada, referente à análise de resposta de Pressão a Barra 
em relação aos comportamentos de andar e farejar, o gráfico pode ser dividido em seis 
fases: 
Fase 01 que transcorre do minuto 01 ao minuto 05. Nesta fase percebe-se que o 
sujeito ainda está adaptando-se ao ambiente, porém, o comportamento de pressionar a 
barra oscila de 11 a 18 vezes, valor bem superior à frequência de andar seis vezes e 
farejar com frequências médias igual a 4,6 vezes. 
Fase 02 transcorre do minuto 06 ao minuto 08. Nesta fase temos o 
comportamento crescente de pressionar a barra de 13 a 18 vezes e decrescente ao 
andar de 8 a 6 vezes e farejar 7 a 5. vezes. Ou seja, quanto mais o sujeito se dedica a 
pressionar a barra para se alimentar, menos ele anda e fareja neste intervalo de tempo, 
portanto são comportamentos inversamente proporcionais. 
Fase 03 transcorre do minuto 09 ao minuto 10. Nesta fase ocorre o fato inverso 
à fase anterior, ou seja, diminuiu a frequência de pressionar a barra de 16 para 13 
vezes, porém, aumentou a frequência de andar de 10 para 12 vezes e farejar de 06 
para 08 vezes. Ou seja, deixou de pressionar a barra e se alimentar e passou a andar e 
farejar. 
Os comportamentos da fase 02 repetem-se na fase 04 e na fase 06, os 
comportamentos da fase 03 repetem-se na fase 05. 
Podemos perceber claramente com este experimento a aplicação do que 
Moreira e Medeiros, 2008, p.53-55, abordou sobre os efeitos do reforço, como vimos no 
inicio deste estudo. Vimos que além de aumentar a freqüência do comportamento 
reforçado, concomitantemente apresentou dois outros efeitos sobre o comportamento 
do sujeito. Um foi diminuição da freqüência de outros comportamentos, diferentes do 
comportamento reforçado, pois ao compararmos os resultados do Experimento 01, ou 
seja, o Comportamento em seu nível operante com os resultados obtidos neste 
experimento (Reforço contínuo da resposta de pressão a barra - CRF) observamos 
alterações na freqüência de alguns comportamentos antes e depois da contingência de 
reforço ser estabelecida. Percebemos que, após o comportamento de pressionar a 
barra ser reforçado, não só a sua freqüência aumentou como também a freqüência dos 
comportamentos “limpar-se”, “farejar-se” diminuiu. E também observamos outro refeito 
do reforço que foi a diminuição na variabilidade da topografia (forma) da resposta (do 
comportamento reforçado), ou seja, no experimento a nível operante os 
pressionamentos da barra, são de ritmos e intensidade variada, no experimento de 
Reforço contínuo da resposta de pressão a barra existe uma uniformidade, são mais 
semelhantes. 
Assim entende-se, que o sujeito na maioria do tempo ou estava alimentando-se 
após conseguir o reforço por pressionar a barra, ou estava andando e farejando. Isso 
nos leva a fazer uma analogia com os morcegos, pois assim como este, se orienta 
pelas vibrações sonoras. O sujeito do estudo se comporta orientado pelo faro em busca 
de alimentação, ou seja, precisa andar para farejar o alimento. Em uma escala muito 
menor também pode estar limpando-se ou ficando de pé. 
Assim o experimento 03 e 04 corrobora com Moreira e Medeiros, 2008, p.50, 
quando ensina: “Podemos dizer que o comportamento do ratinho é controlado por suas 
conseqüências, sou seja, pressionar a barra é mantido porque continua produzindo a 
mesma conseqüência”. 
Antes de apresentar oreforço o Sniffy apresentava um comportamento operante 
aleatório, com a introdução de reforço seu comportamento foi modificado, ou seja, 
obtivemos êxito no experimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Análise do Experimento 05: Esquema de Reforço Intermitente de Razão 
Fixa (FR). 
O importante neste experimento é o número de resposta e não a passagem do 
tempo. Para cada cinco respostas (FR: 5) a última foi reforçada (liberou o reforçador), 
assim, uma característica importante deste experimento foi o número de 
comportamento que exigiu uma produtividade do sujeito, ele precisou pressionar a 
barra para atingir o número de 5 respostas, para receber o reforço. Observamos uma 
taxa de resposta bem alta, não levamos em consideração as pausas pós reforço, por 
ter sido muito sutil, conforme orientação da Supervisora. 
Observando os resultados conforme a Tabela principal do Experimento 05: 
Esquema de Reforço Intermitente de Razão Fixa (FR: 5), o gráfico e a tabela auxiliar, 
percebemos uma alta taxa de resposta de pressão a barra (RPB: 476), no intervalo de 
20 minutos. Foi observado, de acordo com a tabela auxiliar que as respostas foram 
uniformes, seguiu a mesma média 23,8 RPB por minuto, tanto nos primeiros dez 
minutos (primeira metade) quanto nos dez minutos finais (segunda metade) 
Num experimento com rato real, seria normal o efeito da saciação, neste 
experimento somente em dois intervalos poderíamos interpretar este efeito, o primeiro 
entre os minutos 10 e 11 onde se observa uma redução de RPB de 27 para 12 e o 
segundo entre os minutos 14 e 15 com uma redução menos significativa de 20 para 12. 
Como mencionamos na introdução deste estudo Skinner desejava saber de que 
forma o reforço variável influenciava o comportamento. Ele elaborou, assim, uma série 
de experiências para testar diferentes taxas e intervalos de reforço (Ferster e Skinner, 
1957; Skinner, 1969). 
No experimento 05, reforçando a uma razão fixa, ou seja, para cada cinco 
respostas (FR: 5) a última foi reforçada (liberou o reforçador), ficou caracterizado que 
houve o aprendizado do Esquema de Razão. 
 
 
 
 
 
 
 
Analise do Experimento 6: Extinção Operante; 
 
Para auxiliar na analise dos resultados dos dados obtido através da Tabela 
principal do Experimento 06 e do gráfico, construímos a tabela auxiliar, que nos 
permitiu uma visão numérica dos valores encontrados. Matematicamente, portanto de 
forma fria e calculista, sem levar em conta nenhum outro fator, podemos visualizar que 
não houve extinção operante. O número total de RPB foi de 722 vezes, sendo que na 
primeira metade do experimento ocorreu um total 388 RPB, correspondente em 
percentual a 54% e na segunda metade do experimento o número foi de 334 RPB, 
correspondente a 46%, portanto o que houve foi uma pequena redução na segunda 
metade do experimento de apenas 8%. Se o experimento fosse feito em um período de 
tempo maior e se esse percentual de redução persistisse, então poderia ocorrer a 
extinção (o que pode ser percebido pela linha de tendência de RPB demonstrada no 
gráfico, mas isso é uma hipótese). Porém o Objetivo do experimento era demonstrar a 
extinção operante, mas não foi isso que aconteceu, o que podemos entender é que 
ficou caracterizado a resistência à extinção, tema que já abordamos em outros 
momentos neste estudo. 
 
 
 
 
CONCLUSÃO 
 
 Concluímos que pesquisadores como Robert Yerkes, Pavlov, Watson, 
Skinner entre muitos outros, foram homens que estavam além do seu tempo, que 
deixaram um legado e hoje mais de 100 anos depois, suas pesquisas são repetidas em 
Universidades no mundo todo. Ou seja, O reitor da Universidade de Harvard estava 
completamente equivocado. 
 Vimos e analisamos o comportamento do Rato Sniffy e perguntamos na 
introdução deste estudo, o que é Comportamento? Através dos experimentos 
realizados, realmente constatamos, aprendemos com Miltenberger, R.G. Modificação 
do Comportamento: Teoria e Prática. São Paulo, SP: CENGAGE, 2018, Cap. 1, que 
comportamento é o que as pessoas fazem e dizem, ou seja, envolve ação e tem 
consequências que alteram o meio. Mensuramos, modelamos, controlamos, 
extinguimos e avaliamos o comportamento do sujeito do experimento. Entendemos 
também que podemos alterar os eventos no ambiente para modificar o comportamento 
e compreendemos que se os comportamentos são controlados por suas 
consequências, isso significa que podemos modificá-los, programando consequências 
especiais para esses comportamentos. Assim aplicamos em seis experimentos 
diferentes, técnicas de Treino ao Comedouro, Reforço Contínuo, Modelagem, 
Esquemas de reforço por razão fixa, além de apresentar noções sobre Extinção e seus 
efeitos, que comprovaram que é possível controlar comportamentos através da 
modificação de suas consequências. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
Coloque aqui todas as referências que utilizou – livros, artigos, manuais, etc. Usar 
normas da ABNT. 
MOREIRA, M.B., MEDEIROS, C.A. (2008). Princípios Básicos de Análise do 
Comportamento. Porto Alegre: Artmed. 
MILTENBERGER, R. G. Modificação do Comportamento: Teoria e Prática. São Paulo, 
SP: CENGAGE, 2018, Cap. 1 
https://www.psicologocaiomoura.com.br/esquemas-de-reforcamento-continuo-crf-e-
intermitente-fr-vr-fi-vi/ 
Schulz, Duane P. Sydney Ellen Schultz, História da Psicologia Moderna, 2009 
Schinner, B.F. (1953), Science And human Behavior. New York; Free Press.

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