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Martelo Semana de Música Sacra Iniciação ao Piano Breve Histórico Karine Teles Alves – karineta_b@hotmail.com O piano é um instrumento musical de tecla percutida pertencente à família das cordas. Seu processo de aperfeiçoamento deu-se desde a sua criação, por volta do ano 1709, até os dias atuais. Bartolomeu Cristofori,construtor de cravos e responsável pelos instrumentos musicais da corte dos Médici em Florença, construiu o seu primeiro "Gravicembalo col piano e forte", que significa "Cravo com som piano e forte", daí derivam as palavras "piano-forte" e, mais tarde "piano". A estrutura do piano é semelhante à do cravo, mas, o mecanismo é completamente diferente. Enquanto as cordas do cravo são beliscadas, o piano tem as suas cordas percutidas por martelos revestidos por feltro, e com a ajuda do escape houve novas possibilidades da dinâmica poder variar de acordo com o toque do executante, dando ao piano um enorme poder de expressão,abrindo assim o caminho para uma série de novas possibilidades. Foram os compositores românticos os primeiros grandes exploradores desses novos recursos musicais, escrevendo peças que extraíam toda potencialidade expressiva do instrumento, já os compositores contemporâneos, buscaram pesquisar recursos além da dinâmica, quase que “extorquindo” novas possibilidades timbrísticas do instrumento. Corpo e Instrumento O tratamento corporal do instrumentista é de extrema importância na performance musical, pois, no ato da execução, o objeto sonoro (instrumento) e o corpo do executante tornam-se um mesmo ser que produz música. A descoberta de um instrumento para o músico pode ser comparada à descoberta do corpo pela criança. O músico deve soar junto com instrumento, corporificando os esquemas musicais, sem bitolar-se a conceitos e movimentos, fluindo conjuntamente ao seu instrumento. Os músicos acumulam tensões que são notadas em várias partes do seu corpo, isso ocorre devido o desconhecimento do seu próprio corpo, e, também, a atitudes equivocadas em relação ao instrumento, como o uso excessivo da musculatura (repetições de esforços musculares). Isso limita a capacidade de expressão, provocando grandes dificuldades na execução. Da mesma forma, o corpo sofre com as questões ligadas a liberação de tensões emocionais; nervosismo, tremores, taquicardia, sudorese na palma das mãos. O corpo não mente, por isso é preciso conhecê-lo e prepará-lo para o fazer musical, ampliando a consciência da ação sonora, integrando corpo e instrumento na promoção do fazer musical. Respiração: O controle respiratório é um grande aliado já que, oxigenando as células pode se reverter o processo da dor. Uma boa respiração também contribui para o relaxamento do corpo e a liberação de tensões emocionais. Relaxamento: O relaxamento é muito importante durante a execução de um instrumento musical. Com o corpo relaxado os músculos podem ficar livres, isso nos dá maior mobilidade, flexibilidade e agilidade. Um método de relaxamento para execução do piano, é como se segue: 1 – De pé, solte os braços para os lados de seu corpo, respire profundamente, 2 - Solte os ombros, girando-os e suspendendo-os, 3 – Levante os braços, 4- Alongue os punhos, 5- Gire os pulsos das mãos em ambos os sentidos 6- Abra e feche as mãos com os dedos abertos, 7 - Finalmente, tentar mover todos os dedos de ambas as mãos. Postura: Uma má postura causa fadiga, dores e imprecisão na execução. Para evitar tais males siga alguns passos: 1) Veja se as teclas do piano estão na altura da boca do estômago, 2) Sente-se bem, ocupando mais a frente do banco, 3) Os pés devem estar bem apoiados,4) Experimente os braços, eles devem formar um L, cotovelos devem ser um pouco caídos e soltos, 4) Finalmente as mãos devem ter um pequeno declive para baixo. Lembre-se sempre: o corpo deve estar o mais solto possível, isso ajudará na interpretação musical. Aquecimento: O aquecimento muscular também é um outro aliado na prevenção de desconfortos físicos. Procure bons exercícios que estimulem a criatividade, que tenham fluidez melódica e riqueza harmônica, assim enquanto aquecemos trabalhamos a percepção. Corda Escape a b c Posições: Corpo – Ao centro do Piano (C4 = Do central ) Mãos – Colocadas bem levemente ao teclado do piano, ferindo as teclas com os dedos arredondados, imitando uma concha. Dedos – A resposta à leitura dos números dos dedos deve ser automática. Antes de começar a tocar, pratique movendo os dedos de acordo com o que você falar em voz alta. Ode a Alegria (Trecho) C4 = Do Central Esquerda Direita 1 Tom Semito mm Oitava Dó Si Sol Lá Love me Tender (Trecho) Exercício 01 – A Dozen a Day (pg 06) Exercício 02 – Leila Fletcher (pg 10) 3 5 3 1 3 5 1 5 3 5 3 1 3 5 1 5 Exercício 04 – John Thompsons (pg 20) Exercício 03 – John Thompsons (pg 13) Exercício 05 – Leila Fletcher (pg 24) Piano Popular O piano é um instrumento versátil, são muitas as possibilidades oferecidas ao instrumentista, pois estamos falando de um instrumento de performance solo ou acompanhada. Ele sozinho, abrilhanta o repertório erudito, e acompanhado, dá força harmônica a grupos instrumentais ou a cantores. Mas é preciso uma outra forma de conhecimento para executar bem esse modalidade musical: o sistema de cifragem de acordes, que está ligado ao princípio das tríades. Essa habilidade é adquirida de forma intuitiva (os conhecidos “músicos de ouvido”) ou pelo domínio da harmonia tonal. MAPA DE ACORDES – (Acordes para iniciantes no piano popular) Exercício 06 – A Dozen a Day (pg 07) – Fazê-lo com outros acordes: Alguns dedilhados: Outros: C F C F O Pedal Usar o pé direito sobre o pedal, Sempre manter o calcanhar no chão, Usar seu tornozelo como uma dobradiça O pedal direito é chamado o pedal Quando você segura o amortecedor de pedal, qualquer tom que o som vai continuar depois que você solte a tecla Abaixe Solte Sustente Exercício 07 - Michel Aaron ( pg 15) Acidentes Musicais – Exercício 08 – John Thopson ( pg 08) O corpo na interpretação musical O corpo é o grande responsável pelos aspectos mecânicos e expressivos que envolvem a interpretação de uma obra, é ele quem dita a intenção musical, sendo o instrumento apenas uma extensão do mesmo. De nada adianta o pianista dominar diversas técnicas que extraiam toda capacidade dinâmica do piano se sua interpretação for desumanizada. O Instrumentista tem papel protagonista, e o seu corpo, com todas suas características físicas, emocionais, sociais e culturais, é o grande desenvolvedor da obra musical. Exercício 09 – Leila Fletcher ( pg 46) Exercício 10 – John Thopson ( pg 39) Exercício 11 – John Thopson (pg 8 , 9)