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(OAB - ADAPTADA) Um advogado foi procurado por um pequeno grupo de estudantes 
negros que cursa o terceiro ano do ensino médio em uma escola particular. Os estudantes 
relatam que se sentem violados na sua cultura, porque os programas das disciplinas 
pertinentes não tratam de temas ligados à História da África e da população negra no Brasil. 
Indagam ao advogado se a Escola não teria a obrigação de fazê-lo. 
Nesse caso, com base no Estatuto da Igualdade Racial, assinale a opção que apresenta a 
resposta correta a ser dada aos alunos. 
 
 
O estudo de temas ligados à história da população negra na África e no Brasil e 
da cultura afro-brasileira é importante no sentido ético, mas não há obrigação 
legal das escolas nesse sentido. 
 
 
As escolas de ensino fundamental e médio devem promover o estudo da História 
da África e da história da população negra no Brasil, bem como da cultura 
afrobrasileira, o que deve ocorrer no âmbito de todo o currículo escolar. 
 
 
Nas escolas públicas ou particulares não poderá ser discutido esse tipo de tema, 
por se tratar da defesa da tese da escola sem partido e que na política de governo, 
foi banido da educação brasileira. 
 
 
As escolas públicas devem promover o estudo da História da África e da história 
da população negra no Brasil, mas esse dever não se estende aos 
estabelecimentos privados de ensino que possuem autonomia na definição de 
seus currículos. 
 
 
A adoção de conteúdos referentes à cultura afro-brasileira, bem como aqueles 
referentes à história da população negra no Brasil, depende de determinação dos 
Conselhos de Educação, seja o Conselho Nacional, sejam os respectivos Conselhos 
Estaduais. 
 
 
1,25 pts. 
 
2. 
 
 
Para Sylvia Steiner, a representação que acusa Bolsonaro de incitação ao genocídio de 
indígenas, teria, em tese, mais possibilidade de dar início a um investigação pela 
Procuradoria da Corte do que as reclamações criminais sobre a atuação de Bolsonaro 
na pandemia. 
Mas, mesmo nesse caso, ela considera improvável que isso ocorra, já que um dos 
critérios para se iniciar uma investigação no TPI é que fique demonstrada incapacidade 
ou falta de vontade do sistema de Justiça nacional para apurar e punir eventuais 
crimes. 
Dessa forma, nota Steiner, a Corte costuma voltar sua atenção a casos de extrema 
gravidade, em países com instituições de Justiça mais precárias que as brasileiras. 
Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-53463746 
Com base na declaração da Jurista e no reconhecimento brasileiro da jurisdição do 
Tribunal Penal Internacional, é correto afirmar que: 
 
 
Pelo princípio da subsidiariedade, a questão deve passar antes pela Corte 
Interamericana de Direitos Humanos. 
 
 
O Tribunal Penal Internacional é claramente incompetende, uma vez que apura 
apenas crimes contra a humanidade em contextos de conflitos armados. 
 
 
O Tribunal Penal Internacional não julga pessoas físicas, mas apenas as Pessoas 
Jurídicas de Direito Internacional que tenham se omitido na apuração de fatos 
lesivos aos Direitos Humanos. 
 
 
A postura é equivocada, pois informa entendimento que já foi superado. 
Atualmente, as queixas no Tribunal Penal Internacional independem de 
demonstração de incapacidade interna na apuração das denúncias. 
 
 
O que a jurista afirma tem como base a subsidiariedade da Jurisdição do 
Tribunal Penal Internacional e tem como fundamento evitar a excessiva 
intervenção de Organismos Internacionais nos Estados Nacionais. 
 
 
1,25 pts. 
 
3. 
 
O conceito de Estado de Coisas Inconstitucional, oriundo da Corte Constitucional 
Colombiana, é considerado um importante instrumento jurídico no combate às 
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violações de direitos humanos. Tal conceito foi introduzido no ordenamento jurídico 
brasileiro por efeito da ADPF 347, que tratou da crise no sistema carcerário brasileiro. 
No julgamento da ação, o Ministro Marco Aurélio Mello, do STF, descreveu a situação 
deplorável das prisões no Brasil e propôs, como solução, a construção de soluções 
pactuadas a serem monitoradas pelo próprio STF. Assinale a alternativa que apresenta 
os três fatores que devem ser observados para que se possa afirmar a ocorrência de 
um Estado de Coisas Inconstitucional. 
 
 
Violação massiva de direitos constitucionais; omissão permanente por parte do 
Estado; litígio estrutural (poderes públicos descoordenados e conflitantes). 
 
 
Violação massiva de tratados internacionais; omissão permanente por parte do 
Poder Judiciário; litígio estrutural (poderes públicos descoordenados e 
conflitantes). 
 
 
Violação massiva de direitos humanos; conivência ativa por parte do Estado; 
ineficácia pontual (poderes públicos incapazes de lidar com situações 
específicas). 
 
 
Violação massiva de direitos constitucionais; conivência ativa por parte do 
Estado; ineficácia pontual (poderes públicos incapazes de lidar com situações 
específicas). 
 
 
Violação massiva de tratados internacionais; omissão permanente por parte do 
Estado; ineficácia pontual (poderes públicos incapazes de lidar com situações 
específicas). 
 
 
1,25 pts. 
 
4. 
 
 
É do Poder Judiciário a palavra final sobre a constitucionalidade de leis no Brasil. O 
Poder Executivo e o Legislativo detêm controles prévios à vigência da norma, como, 
por exemplo, veto jurídico presidencial, comissões temáticas. Uma vez em vigor, cabe 
aos Tribunais aferir se o ato normativo é ou não compatível com a Constituição 
Federal. Fonte: CNJ - Conselho Nacional de Justiça. CNJ Serviço: como funciona o 
controle de constitucionalidade. 11 de outubro de 2018. Disponível em: 
https://www.cnj.jus.br/cnj-servico-como-funciona-o-controle-de-constitucionalidade/. 
Acesso em 12 de abril de 2021. 
Dentre os vários controles de constitucionalidade, temos o exercido pelo Supremo 
Tribunal Federal através da Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF). 
Marque a resposta correta que retrata esta ação. 
 
 
É considerada uma modalidade de controle de constitucionalidade concreto e 
concentrado para um conflito federativo, proposta na esfera federal pelo Chefe 
do Ministério Público Federal, o procurador-Geral da República, quando um dos 
Estados membros desrespeita lei federal ou um dos princípios constitucionais 
sensíveis. Está Prevista no inciso III do artigo 36 da CRFB de 1988. 
 
 
Tem por objetivo garantir a toda pessoa a eficácia plena de direitos 
fundamentais assegurados pela Carta Magna de 1988, buscando obrigar o Poder 
Público a estabelecer norma regulamentadora, conforme inciso LXXI do artigo 5º 
da referida Carta. 
 
 
Está prevista no art. 102, §1º da CRFB de 1988 e tem por objeto evitar ou 
reparar lesão a preceito fundamental, resultado de ato do Poder Público ou 
quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou 
ato normativo federal, estadual, municipal, incluídos os anteriores à 
Constituição. 
 
 
É uma ação gratuita para proteger a liberdade de locomoção e dispensa a 
necessidade de advogado. Pode ser proposta a seu favor ou de terceiros, 
preventiva, quando se há a ameaça à liberdade ou repressivamente, prevista no 
art. 5º, LXVIII da CRFB de 1988. 
 
 
Prevista no inciso LXXIII da CRFB de 1988 e lei 4717 de 1965 e Súmula 35 do 
STF, se referente a ação gratuita própria do cidadão em sentido estrito que visa 
proteger atos lesivos ao patrimônio público ou de entidades que o Estado 
participe, a moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio 
Público. 
 
 
1,25 pts. 
 
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5. 
 
 
A constatação da necessidade de um sistema de proteção aos Direitos Humanos, 
evidenciada apósa II Guerra Mundial, resulta na criação de mecanismos normativos e 
judiciais para preservar tais direitos. Essa necessidade perdura até os dias de hoje, 
uma vez que os direitos humanos são direitos básicos de todos os seres humanos e 
estão em constante construção. Assim, os estudos referentes ao tema devem-se 
atualizar frequentemente e ser difundidos principalmente por quem? 
 
 
não só por acadêmicos, como também pela sociedade em geral. 
 
 
 pela sociedade em geral. 
 
 
estudantes do curso de Direito 
 
 
 por acadêmicos 
 
 
pelos órgãos do governo 
 
 
1,25 pts. 
 
6. 
 
 
O conceito de dignidade humana é um dos elementos básicos do Direito Internacional 
dos Direitos Humanos. Instrumentos como a Declaração Americana dos Direitos e 
Deveres do Homem, de 1948; a Convenção Americana sobre Direitos Humanos, de 
1969; a Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência Contra 
a Mulher (conhecida como a Convenção de Belém do Pará), de 1994; e a própria 
Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, reconhecem a dignidade como 
componente essencial desses direitos. Assinale a alternativa abaixo que melhor resume 
a visão sobre dignidade humana construída nos instrumentos jurídicos citados. 
 
 
O direito internacional dos direitos humanos nos oferece uma visão sobre 
dignidade humana que privilegia os chamados direitos sociais, tais como os 
direitos trabalhistas e previdenciários, saúde, educação etc., permitindo romper 
com a doutrina liberal que privilegiava apenas os direitos civis e políticos, isto é, 
os direitos individuais e democráticos. 
 
 
Todos esses instrumentos convergem na direção de uma definição muito 
concreta sobre dignidade, que permite sua aplicação a casos cotidianos de 
violação de direitos humanos, permitindo assim escapar dos riscos de uma visão 
demasiadamente abstrata, que supostamente oferece uma definição mais 
sofisticada, mas sofre com um grave problema de inaplicabilidade. 
 
 
Os instrumentos citados apresentam uma definição construtivista sobre 
dignidade, propondo que os direitos humanos devem ser literalmente 
construídos, por meio de leis positivas, que garantam na prática a 
materialização desses direitos. Dessa forma, foi possível romper com a visão 
naturalista que se limitava a afirmar a dignidade como inerente à natureza 
humana. 
 
 
Tais instrumentos constroem uma visão efetivamente universal sobre dignidade 
humana, indo além da visão particularista sobre direitos humanos que 
predominava até então, com base na Declaração dos Direitos do Homem e do 
Cidadão, de 1789, a qual se pretendia universal, mas se aplicava apenas às 
situações específicas das culturas europeia e norte-americana. 
 
 
Esses instrumentos misturam muitas concepções diferentes, eventualmente até 
conflitantes, sobre dignidade humana, isto é, definições naturalistas e 
construtivistas, abstratas e concretas, universalistas e particularistas etc., o que 
não necessariamente representa um problema, pois permite abranger as 
diversas dimensões dos direitos humanos e da própria noção de dignidade. 
 
 
1,25 pts. 
 
7. 
 
 
A dignidade da pessoa humana tem sido considerada por muitas áreas do saber 
humano, tais como a Filosofia, a Ética, a Política e o Direito, como o ponto central de 
construção de todo o ordenamento jurídico e do próprio Estado. 
Desta forma, acerca da dignidade da pessoa humana é correto afirma que: 
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No caso do Brasil, é uma norma jurídico-positiva de status infraconstitucional e, 
como tal, não dotada de eficácia, sendo necessário uma norma 
regulamentadora. 
 
 
A sua efetividade depende da sua positivação (isto é, seu reconhecimento pelo 
direito, através de uma norma jurídica, quer seja ela lei ou mesmo uma norma 
constitucional). 
 
 
É uma daquelas expressões chamadas de polissêmicas. Isto quer dizer que ela é 
portadora de muitos sentidos diferentes, sendo um desafio estabelecer um 
sentido único para a mesma. 
 
 
É uma invenção do século XX. Os estudiosos do tema apontam que surgiu com a 
Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. 
 
 
É uma ordem que faz a diferenciação entre pessoas acerca da origem, etnia, 
sexo, idade, estado civil, religião, filiação partidária, condição sócio econômica, 
cultura partilhada ou de qualquer outro fator de identificação. 
 
 
1,25 pts. 
 
8. 
 
 
Leia atentamente o texto abaixo: 
Os tratados de direitos que vierem a ser incorporados no Brasil podem ter valor 
constitucional, se seguirem o parágrafo 3º, do artigo 5º, da CF, inserido pela Emenda 
Constitucional 45, que diz: Os tratados e convenções internacionais sobre direitos 
humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, 
por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas 
constitucionais. Os tratados já vigentes no Brasil possuem valor supralegal: tese do 
ministro Gilmar Mendes (RE 466.343-SP), que foi reiterada no HC 90.172-SP, 2ª 
Turma, votação unânime, j. 05 de junho de 2007 e ratificada no histórico julgamento 
do dia 03 de dezembro de 2008. GOMES, Luiz Flavio. Valor dos direitos humanos no 
sistema jurídico brasileiro. Disponível 
em: https://www.migalhas.com.br/depeso/76062/valor-dos-direitos-humanos-no-
sistema-juridico-brasileiro . Acesso em: 18 May 2021. 
No Brasil, após a promulgação da Emenda Constitucional n.º 45/2004, os tratados 
relativos aos direitos humanos aprovados na forma prevista no §3º do art. 5º da 
CF são equivalentes às 
 
 
emendas constitucionais. 
 
 
garantias individuais e coletivas. 
 
 
leis complementares. 
 
 
normas de direito fundamental. 
 
 
leis ordinárias. 
 
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