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TCC I de Engenharia de Produção - EDUARDO GOMES

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UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA 
PRÓ REITORIA ACADÊMICA 
CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 
POLO EAD NITERÓI 
 
 
 
 
 
EDUARDO DE OLIVEIRA GOMES – MATRÍCULA:600619768 
 
 
 
 
UTILIZAÇÃO DA GARANTIA E GESTÃO DA QUALIDADE NA MOVIMENTAÇÃO 
DE CARGA, IÇAMENTO E INSTALAÇÃO DE PEÇAS EM LOCAIS 
EMBARCADOS EXECUTADAS PELA EMPRESA SBM OFFSHORE 
PRESTADORA DE SERVIÇOS DE EXPLORAÇÃO DE PETROLEO NO BRASIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NITERÓI 
2020 
 
 
EDUARDO DE OLIVEIRA GOMES 
MATRÍCULA:600619768 
 
 
 
 
 
 
UTILIZAÇÃO DA GARANTIA E GESTÃO DA QUALIDADE NA MOVIMENTAÇÃO 
DE CARGA, IÇAMENTO E INSTALAÇÃO DE PEÇAS EM LOCAIS 
EMBARCADOS EXECUTADAS PELA EMPRESA SBM OFFSHORE 
PRESTADORA DE SERVIÇOS DE EXPLORAÇÃO DE PETROLEO NO BRASIL 
 
 
 
Projeto de Pesquisa de Engenharia de 
Produção apresentado a Universidade Salgado 
de Oliveira como requisito para aprovação na 
disciplina de TCC 1. 
 
 
 
 
 Professor Orientador: Eduardo da Silva Videla 
 
 
 
 
 
 
NITERÓI 
2020 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
INTRODUÇÃO...........................................................................................................04 
JUSTIFICATIVA.........................................................................................................07 
OBJETIVO GERAL....................................................................................................08 
Objetivo específico........................................................................................09 
METODOLOGIA........................................................................................................10 
CRONOGRAMA DA PESQUISA..............................................................................10 
REFERENCIAL TEÓRICO........................................................................................11 
Definição de qualidade, garantia e gestão da qualidade..........................11 
Gestão de qualidade ser vista como otimizadora de produtividade nas 
empresa....................................................................................................................15 
Ferramentas que auxiliam na gestão de qualidade...................................19 
Evolução histórica da indústria...................................................................24 
Transporte e movimentação de cargas.......................................................31 
BIBLIOGRAFIA.........................................................................................................33 
Referências bibliográficas............................................................................33 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO 
 
Este trabalho de conclusão de curso tem por tema a utilização da garantia e 
gestão da qualidade na movimentação de carga, içamento e instalação de peças em 
locais embarcados executadas pela empresa SBM prestadora de serviços de 
exploração de petróleo no Brasil buscando esclarecer como se realizam os serviços 
de carregamento e movimentação de carga que são realizados elas empresas que 
transportam maquinas, peças e ferramentas para a exploração de petróleo. 
A qualidade do gerenciamento de uma empresa geralmente é reconhecida 
como vital em sua operação eficaz. Toda empresa tem um produto ou serviço que 
deve atender às necessidades de seus consumidores ou clientes. Seu sucesso 
estará diretamente relacionado a sua capacidade de satisfazer e até mesmo 
suplantar as expectativas de seus clientes. 
A qualidade pode ser observada em função dos custos e preços envolvidos. 
Um produto de qualidade apresentaria um desempenho razoável, com baixos custos 
de fabricação e um bom preço de compra sob a ótica do consumidor final. Essas são 
diferentes maneiras de pessoas diferentes perceberem a qualidade. Para cada 
pessoa, em determinado contexto, prevalecerá uma dessas percepções. Qualidade 
enquanto conceito é um valor conhecido por todos e, entanto, definido de forma 
diferenciada por diferentes grupos ou camadas da sociedade, ou seja, de caráter 
espontâneo e intrínseco a qualquer situação Marshall (2006). Nos relatos do mesmo 
autor, a percepção dos indivíduos é diferente em relação aos mesmos produtos ou 
serviços, em função de suas necessidades, experiências e expectativas. 
Sistema de Gestão da Qualidade é o modo de gestão pela qual a empresa 
procura programar a política e os objetivos definidos. Entretanto mensurar a 
qualidade de um sistema de gestão é um processo delicado, já que envolve a 
análise de uma série de setores, de diferentes serviços e trabalhos e o mais 
importante, da inter-relação entre eles. Mas saber gerir a qualidade dos produtos e 
serviços oferecidos por uma empresa é importantíssimo para manter a imagem 
positiva diante do público consumidor, e o mais significativo, a satisfação dos seus 
clientes. Contudo as políticas de qualidade de uma empresa devem conter diretrizes 
relacionadas à qualidade onde a administração, diretoria ou QSMS são 
 
 
responsáveis pela elaboração e divulgação da política e os seus respectivos 
objetivos por toda empresa. 
A obtenção da qualidade total parte de ouvir e entender o que o cliente 
realmente deseja e necessita, para que o bem ou serviço possa ser concebido, 
realizado e prestado com excelência. A garantia da qualidade passa então a atuar 
preventivamente, com inspetores ao longo da cadeia produtiva, surge o conceito 
mais amplo de Qualidade Total que inclui as pessoas no combate aos erros e 
defeitos em ações globais de atuação. Sendo assim, questiona-se: 
De que forma um estudo sobre a utilização da garantia e gestão da qualidade 
na movimentação de carga, içamento e instalação de peças em locais embarcados 
pode contribuir para melhorar o desempenho dos serviços executados pela empresa 
SBM prestadora de serviços de exploração de petróleo no Brasil? 
As ferramentas da qualidade são vistas como técnicas utilizadas a fim de 
mensurar, definir, analisar e propor soluções para problemas que interferem no bom 
desempenho dos processos. Contudo, dentre algumas dessas ferramentas pode-se 
citar: Fluxograma; Diagrama Ishikawa (Espinha de Peixe); Folha de verificação; 
Diagrama de Pareto; Histograma; Diagrama de Dispersão; Controle Estatístico de 
Processo (CEP); Plan, Do, Check, Act (PDCA). 
A montagem de uma unidade industrial seja ela em terra firme ou no mar, 
deve basicamente o recebimento, controle e movimentação de equipamentos e 
materiais, sua instalação nas bases e a interligação através de tubulação, 
eletricidade e instrumentação e outras disciplinas. A movimentação de carga, com 
uso de guindastes, a instalação dos equipamentos, com a utilização de acessórios 
de montagem, estropos e balancins, as pré-montagens que podem incluir a 
necessidade de soldar olhais de içamento e outros dispositivos auxiliares, a 
instalação mecânica, o uso de macacos hidráulicos, guinchos, tirfors, esticadores, 
talhas. 
O planejamento das operações de içamento é condição essencial para a 
execução eficiente e segura da montagem. É uma parte do planejamento global da 
construção da unidade industrial. O pessoal de montagem deve fazer uma lista, 
detalhada ao máximo, das atividades necessárias para a movimentação (carga, 
transporte, descarga e içamento) de todas as peças e materiais, para estudo das 
diversas operações de rigging. Este trabalho antecipado deve considerar 
separadamente as seções das estruturas que serão pré-montadas no solo, o peso 
 
 
de cada seção, a posição do centro de gravidade e o modo como serão ligadas para 
o içamento (QUARESMA, 2007). Com isto, será possível selecionar os acessórios 
de montagem, como balancins, estropos, olhais de içamento, sistemas de 
travamento, entre outras ações. 
A estrutura deste trabalho se apresentará da seguinte forma: 
No primeiro capitulo encontra-se descrita a Introdução, destacando a situação 
problema,o objetivo, as questões da pesquisa, a metodologia, a organização do 
estudo. 
No segundo capitulo encontram-se descrito o referencial teórico do assunto 
destacando, definição de qualidade, garantia e gestão da qualidade; entendimento 
sobre gestão de qualidade ser vista como otimizadora de produtividade nas 
empresas; descrição das ferramentas que auxiliam na gestão de qualidade; 
apresentação da evolução histórica da indústria; entendimento sobre transporte e 
movimentação de cargas. 
No terceiro capitulo metodologia apresentação da exemplificação de um 
estudo de caso a respeito da utilização da garantia e gestão da qualidade na 
movimentação de carga, içamento e instalação de peças em locais embarcados 
executadas pela empresa SBM prestadora de serviços de exploração de petróleo no 
Brasil. 
No quarto capitulo resultados e discussões; 
No quinto capitulo a conclusão do tema. 
 
 
 
JUSTIFICATIVA 
 
A importância da escolha do tema deste estudo justifica-se pela necessidade 
em esclarecer que a discussão da qualidade centra-se tipicamente no processo de 
fabricação envolvendo um produto tangível de controle que pode ser inspecionado 
ou medido de certa forma. Entretanto, a necessidade de gerenciamento da 
qualidade não se limita a fabricantes de produtos físicos pode também se estender 
para avaliar e melhorar os serviços realizados com movimentação e transporte de 
cargas. 
Este tema contribuirá para esclarecer como se desempenha os serviços 
prestados por empresas que exploram petróleo. Atividades de transporte e 
levantamento de cargas pesadas estão sempre presentes nas operações de 
montagem. Tão importantes quanto rigorosas, elas exigem muita atenção e 
experiência, para que possam ser executadas com ciência e segurança. As normas 
NR-11 e NR-18 prescrevem condições para o transporte, movimentação, 
armazenamento e manuseio de materiais. 
 
 
 
OBJETIVO GERAL 
 
Apresentar informações a respeito da utilização da garantia e gestão da 
qualidade na movimentação de carga, içamento e instalação de peças em locais 
embarcados executadas pela empresa SBM prestadora de serviços de exploração 
de petróleo no Brasil. 
 
Objetivos específicos 
Os objetivos específicos deste estudo são: 
- Definir qualidade, garantia, e gestão de qualidade; 
- Esclarecer a gestão de qualidade ser vista como otimizadora de 
produtividade nas empresas brasileiras; 
- Descrever as ferramentas que auxiliam na gestão de qualidade. 
- Abordar sobre indústria naval e exploração de petróleo; 
- Exemplificar através de um estudo de caso a respeito da utilização da 
garantia e gestão da qualidade na movimentação de carga, içamento e instalação de 
peças em locais embarcados executadas pela empresa SBM prestadora de serviços 
de exploração de petróleo no Brasil. 
 
 
 
 
 
 
METODOLOGIA 
 
A metodologia abordada nesta pesquisa será uma revisão de literatura para 
atingir a meta de esclarecer sobre utilização da garantia e gestão da qualidade na 
movimentação de carga, içamento e instalação de peças em locais embarcados 
executadas pela empresa SBM prestadora de serviços de exploração de petróleo no 
Brasil fundamentou se através de uma pesquisa documental referindo se a uma 
pesquisa teórica, ou seja, uma revisão de livros em conjunto com o recolhimento de 
informações em livros, estudos, documentos diversos, artigos, e PDFs. 
O procedimento da pesquisa será realizado em etapas desde a alternativa de 
decidir o tema, a pesquisa de textos, realização de resumos e fichamentos de 
informações coleta de dados. Estes instrumentos de pesquisa serão uma analise 
dos textos coletados, para encontrar material que conceituasse, e esclarecesse o 
tema. O período dos artigos pesquisados serão os trabalhos publicados entre 2000 à 
2020. As palavras-chave utilizadas na busca por este tema serão: Carga Gestão; 
Içamento; Qualidade; Movimentação. 
Para dar entendimento ao tema, se utilizará um estudo de caso se baseando 
nos artigos pesquisados, e exemplificando-se uma empresa prestadora de serviços 
de exploração de petróleo no Brasil e que utiliza garantia e gestão da qualidade na 
movimentação de carga, içamento e instalação de peças em locais embarcados. 
Do ponto de vista de Demo (2000, p. 34), a pesquisa é inserida como 
atividade cotidiana considerando-a como uma atitude, um “questionamento 
sistemático crítico e criativo, mais a intervenção competente na realidade, ou o 
diálogo crítico permanente com a realidade em sentido teórico e prático”. 
Também será uma pesquisa qualitativa porque não usará métodos e técnicas 
estatísticas. E o ambiente natural aonde se destaca o tema deste TCC será a fonte 
direta para coleta de dados, tendo a pesquisadora como ponto fundamental para o 
entendimento dos conceitos apresentados pelos autores. Também será uma 
pesquisa explicativa visando identificar os fatores que determinam ou contribuem 
para a ocorrência dos fenômenos, aprofundando o conhecimento da realidade, e 
explicando o motivo das coisas serem do jeito que se encontram descritas. 
 
 
 
 
CRONOGRAMA 
 
Ano 2020 
Fases/Meses Mar. Abr. Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez. 
Elaboração do 
problema e dos 
objetivos 
 x 
Levantamento 
Bibliográfico 
 
 
 
 x 
 
 
Elaboração da 
Fundamentação 
Teórica 
 
 
 x x 
Elaboração da 
Metodologia 
 
 
 x 
x 
 
Entrega do Projeto X 
Levantamento 
bibliográfico 
complementar 
 
. 
. 
. 
 
. 
. 
. 
 
 
Entrega do trabalho 
a banca 
 x 
Defesa do trabalho x 
Ajustes no Trabalho x 
Entrega da Versão 
Final 
 x 
 
. 
 
 
 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
 
Definição de qualidade, garantia e gestão da qualidade 
 
 
Qualidade enquanto conceito é um valor conhecido por todos e, entanto, 
definido de forma diferenciada por diferentes grupos ou camadas da sociedade, ou 
seja, de caráter espontâneo e intrínseco a qualquer situação Marshall (2010). Nos 
relatos do mesmo autor, a percepção dos indivíduos é diferente em relação aos 
mesmos produtos ou serviços, em função de suas necessidades, experiências e 
expectativas (GARVIN, 2002). 
Se a qualidade de atendimento ao cliente depende das pessoas dentro das 
empresas, é preciso motivar os funcionários da empresa a prestarem sempre um 
atendimento diferenciado e personalizado a cada cliente. É preciso investir em 
qualidade de atendimento para se obter sucesso nas negociações (CIERCO, 2003). 
A Figura 1 ilustra a imagem do Sistema de Gestão da Qualidade 
Figura 1: Sistema de Gestão da Qualidade 
 
Fonte: Site PMKB (2020) 
 
Sistema de Gestão da Qualidade é o modo de gestão pela qual a empresa 
procura implementar a política e os objetivos definidos. Entretanto mensurar a 
 
 
qualidade de um sistema de gestão é um processo delicado, já que envolve a 
análise de uma série de setores, de diferentes serviços e trabalhos e o mais 
importante, da inter-relação entre eles (c). Mas saber gerir a qualidade dos produtos 
e serviços oferecidos por uma empresa é importantíssimo para manter a imagem 
positiva diante do público consumidor, e o mais significativo, a satisfação dos seus 
clientes. Contudo as políticas de qualidade de uma empresa devem conter diretrizes 
relacionadas à qualidade onde a administração, diretoria ou QSMS são 
responsáveis pela elaboração e divulgação da política e os seus respectivos 
objetivos por toda empresa (MARSHALL JUNIOR, et al., 2010). 
Na visão de Carvalho e Paladini (2014), o ponto alto da Gestão da Qualidade 
tem como indicativos claros dos resultados através do grau de fidelidade do 
consumidor e a possibilidade de transformas clientes em consumidores. Sendo que 
é fundamental atender e, preferencialmente, exceder às expectativas dos clientes. 
A Figura 2 ilustra a imagem da Qualidade Total. 
Figura 2: Qualidade Total 
 
Fonte: Site Treasy (2020) 
 
A obtençãoda qualidade total parte de ouvir e entender o que o cliente 
realmente deseja e necessita, para que o bem ou serviço possa ser concebido, 
realizado e prestado com excelência (MELO, 2011). 
 
 
 
 
A eficácia de um sistema da qualidade depende de um firme 
comprometimento da direção da empresa com o atendimento dos requisitos dos 
clientes. Esse comprometimento deve levar a empresa a estabelecer uma política da 
qualidade que manifeste de forma autêntica o compromisso da empresa com o foco 
no cliente e atendimento de seus requisitos. A política da qualidade é o conjunto de 
funções da empresa no que se refere à gestão da qualidade (MIGUEL, 2011). 
As intenções declaradas na política da qualidade devem ser colocadas em 
prática por meio de um planejamento do sistema de gestão da qualidade que inclua 
a análise crítica da eficácia do sistema (MELO, 2011). 
Evidentemente, esses requisitos dependem e ao mesmo tempo colocam em 
prática os princípios de foco no cliente, liderança, envolvimento de melhoria 
contínua, entre outros. As empresas são pressionadas pelos seus clientes, pessoas 
físicas ou empresas, a terem uma gestão mais profissional e a se voltarem 
efetivamente para a qualidade. Com essa nova dimensão, a qualidade deixa de ser 
atributo apenas do produto ou serviço. Deixa de ser também responsabilidade 
exclusiva do departamento da qualidade (MARSHALL JUNIOR et al., 2010). 
Quando se fala em qualidade, percebe-se que o sinônimo de melhor, ou de 
nível mais alto de desempenho, usam-se conceitos que continuam atuais a muitos 
anos. Essa noção sempre esteve incluída e continua sendo usada nas definições da 
qualidade. As empresas precisam constantemente se aprimorar em busca da 
qualidade no atendimento dos seus clientes. É importante implantação um sistema 
de qualidade total, que unifique todos os setores da empresa (CARPINETTI; 
GEROLANO, 2015). 
Nas eras da inspeção e do controle estatístico, a ênfase está na qualidade do 
produto ou serviço. Na era da qualidade total, a ênfase desloca-se para o sistema da 
qualidade. Agora, a qualidade não diz respeito apenas ao produto ou serviço, nem é 
uma responsabilidade apenas do departamento da qualidade. A qualidade é um 
problema de todos e abrange todos os aspectos da operação da empresa. Portanto, 
é assunto que deve ser tratado de modo sistêmico (MAXIMIANO, 2004, p. 188). A 
ênfase da qualidade total está no sistema da qualidade, como estratégia para 
garantir a qualidade dos produtos e serviços. 
Na era do controle estatístico, as empresas faziam o controle da qualidade 
não apenas de seus próprios produtos, mas também dos materiais recebidos de 
seus fornecedores. Era prática comum a inspeção de recebimento, que, como o 
 
 
nome diz, consistia em examinar matérias-primas e componentes no momento em 
que eram entregues pelo fornecedor. Assim, a mesma peça era inspecionada pelo 
fabricante e pelo comprador. Havia duplicidade de esforços e de custos (MIGUEL, 
2011). 
A gestão da qualidade depende dos princípios de melhoria contínua, foco no 
cliente e visão dos processos. Já a visão de processos decorre de uma visão 
sistêmica da gestão do negócio (MELO, 2011). 
O foco no cliente, a melhoria contínua e o comprometimento e envolvimento 
dos funcionários dependem em grande medida da liderança da direção da empresa. 
O envolvimento e comprometimento dos funcionários também são fundamentais 
para se manter o foco no cliente e o processo de melhoria contínua, assim como a 
decisão baseada em fatos (MELO, 2011). 
Baseado nos princípios de gestão estabelecidos pela ISO 9000:2008 e na 
experiência acumulada pelo comitê da ISO responsável pela revisão do sistema 
(Technical Committee - TC 176), o modelo de sistema de gestão da qualidade 
definido pela ISO na revisão de 2000 manteve-se inalterado na revisão de 2008. 
Esse modelo estabelece cinco requisitos, que podem ser entendidos como 
processos de gestão da qualidade inter-relacionados (CARPINETTI; GEROLANO, 
2015). 
A eficácia de um sistema da qualidade depende de um firme 
comprometimento da direção da empresa com o atendimento dos requisitos dos 
clientes. Esse comprometimento deve levar a empresa a estabelecer uma política da 
qualidade que manifeste de forma autêntica o compromisso da empresa com o foco 
no cliente e atendimento de seus requisitos (CARPINETTI; GEROLANO, 2015). 
A política da qualidade é o conjunto de intenções da empresa no que se 
refere à gestão da qualidade. As intenções declaradas na política da qualidade 
devem ser colocadas em prática por meio de um planejamento do sistema de gestão 
da qualidade que inclua a análise crítica da eficácia do sistema. Evidentemente, 
esses requisitos dependem e ao mesmo tempo colocam em prática os princípios de 
foco no cliente, liderança, envolvimento e melhoria contínua, entre outros 
(CARPINETTI; GEROLANO, 2015). 
 
 
 
 
Gestão de qualidade ser vista como otimizadora de produtividade nas 
empresas brasileiras 
 
 
A discussão da qualidade centra-se tipicamente no processo de fabricação 
envolvendo um produto tangível de controle que pode ser inspecionado ou medido 
de certa forma. Entretanto, a necessidade de gerenciamento da qualidade não se 
limita a fabricantes de produtos físicos (PALADINI, 2014). 
De fato, muitas empresas oferecem uma combinação de um produto tangível 
e serviços intangíveis e, idealmente, administram a qualidade em ambas as áreas. O 
serviço aos clientes pode ser eficaz ou deficiente de diversas maneiras. Gerando um 
aumento na satisfação dos clientes atuais e na quantidade de novos clientes. Isso 
acarreta maiores receitas para a empresa (PALADINI, 2014). 
A gestão da qualidade é total por dois principais motivos: primeiro porque não 
devem existir lacunas, ou seja, o cliente-alvo da empresa deve ser totalmente 
satisfeito, e segundo porque todos os departamentos e funcionários da empresa 
devem trabalhar de forma integrada no sentido de preencher essas lacunas ao longo 
do tempo. Contudo, após a implantação de programas de TQM, começou a surgir 
uma fase de declínio na busca de uma qualidade total (CARPINETTI; GEROLANO, 
2015). A garantia da qualidade passa então a atuar preventivamente, com 
inspetores ao longo da cadeia produtiva, surge o conceito mais amplo de Qualidade 
Total que inclui as pessoas no combate aos erros e defeitos em ações globais de 
atuação. Neste ano de 2017, um conjunto de técnicas e ferramentas foi agregado 
aos sistemas da qualidade, no sentido de envolver todas as pessoas e áreas das 
empresas para o alcance dos resultados almejados (CARPINETTI; GEROLANO, 
2015). 
Todavia, Paladini (2014), não basta, portanto, a entrega do produto ou serviço 
genérico, no que se refere ao sistema de computador, o apoio técnico para a 
utilização das ferramentas de informática. A consciência de que o cliente é o foco 
principal de uma organização tem apresentado avanços importantes. Mas, apesar 
dos recentes desenvolvimentos observados, a maioria das empresas brasileiras 
ainda está atrasada nessa área. Procurar satisfazer o cliente implica antes de 
qualquer coisa descobrir seus desejos, necessidades, exigências, satisfações de 
forma a manter o cliente permanentemente. Não basta apenas oferecer produtos de 
qualidade, mas sim um atendimento também com qualidade. 
 
 
Qualquer sistema, mesmo que esteja em ordem, pode vir a ter algum tipo de 
desordem, ou seja, o processo pode ficar mais bagunçado no futuro, caso não esteja 
sob controle, e isso pode fazer a capacidade voltar para os níveis do início do 
projeto Seis Sigma (PALADINI, 2014). 
A equipe deve definir como serão feitos esses controles e passar essa 
informação para aqueles que trabalham no processo normalmente no dia-a-dia. 
Também nesta fase, para medir continuamente o processo de modo a garantir que a 
capacidade do processo seja mantida, deve ser estabelecido e validado um sistema 
de medição e controle (CARPINETTI;GEROLANO, 2015). 
Defeito ou falha é a falta de conformidade da unidade do produto com as 
especificações de um característico de qualidade. Os defeitos podem ser 
classificados em (PALADINI, 2014, p. 102): 
a) Defeitos Graves ou Críticos: Impedem a utilização e prejudicam o 
funcionamento do produto. 
b) Defeitos Maiores: Reduzem a eficiência ou a vida da peça. 
c) Defeitos Menores: Não afetam a vida ou a eficiência sendo simples 
imperfeições de acabamento. 
O número de categorias de defeitos pode ser ampliado ou reduzido em 
função da complexibilidade do produto. 
Se a qualidade de atendimento ao cliente depende das pessoas dentro das 
empresas, é preciso motivar os funcionários da empresa a prestarem sempre um 
atendimento diferenciado e personalizado a cada cliente. É preciso investir em 
qualidade de atendimento para se obter sucesso nas negociações (CAMPOS, 2004). 
O consumidor é o ponto de partida para uma mudança no eixo decisório das 
empresas. As empresas que desejam vencer e sobreviver precisam desenvolver 
uma nova filosofia de trabalho. Apenas as empresas orientadas para os 
consumidores vencerão. Serão aquelas que podem oferecer valor superior a seus 
consumidores-alvo. Somente as empresas cujo objetivo for encantar o cliente é que 
vencerão no mercado (CARPINETTI; GEROLANO, 2015). 
Para Paladini (2014), o conceito de qualidade enquanto adequação ao uso 
enseja uma nova organização dos esforços dentro da empresa. A prática do 
"controle da qualidade" é o cerne do TQC e obrigação de todos. O controle da 
qualidade total é um novo modelo gerencial centrado no controle de processo, tendo 
como meta a satisfação das necessidades das pessoas. O controle da qualidade, no 
 
 
contexto do Controle da Qualidade Total (TQC), é exercer o "controle". O objetivo 
mais importante deste "controle" é garantir a qualidade do "seu produto" (seja ele 
qual for) para o seu cliente externo e interno. É deste objetivo que provém o famoso 
conceito: "O próximo processo é o seu cliente". 
A prática consciente do "controle da qualidade" por todas as pessoas da 
empresa, assumindo a responsabilidade (fins) sobre os resultados do "seu processo' 
e a autoridade (meios) sobre o seu processo (conhecido quando da definição de sua 
função), é à base do gerenciamento participativo e o pilar de sustentação do TQC 
(CARPINETTI; GEROLANO, 2015). 
Não se pode conceber TQC e nem se pode imaginar Garantia da Qualidade 
(GQ) no estilo japonês sem que haja a participação dedicada e metódica de todos os 
setores e pessoas da empresa praticando o controle da qualidade. A participação 
das pessoas não é conseguida por exortação, mas por educação e treinamento na 
prática do controle da qualidade (PALADINI, 2014). 
A qualidade total abrange também a qualidade assegurada, isto significa que, 
numa cadeia produtiva, cada fabricante recebe produtos e serviços com qualidade 
assegurada de seus fornecedores e fornece produtos e serviços com qualidade 
assegurada para seus clientes (CARPINETTI; GEROLANO, 2015). 
Por meio da garantia da qualidade, uma empresa qualquer, numa cadeia de 
produção, procura aprimorar e controlar a administração da qualidade de seus 
fornecedores, e não a qualidade de seus produtos e serviços (CAMPOS, 2004). A 
empresa compradora passa a exigir que seus fornecedores tenham um 
departamento da qualidade, especificações precisas para todos os seus produtos, 
sistemas e métodos de medição, procedimentos explícitos para lidar com defeitos e 
assim por diante. 
Para que a empresa administre a qualidade do seu atendimento é necessário 
(KOTLER & KELLER, 2006, p. 137): a) definir os padrões de atendimento; b) 
monitorar, através da implantação de um modelo operacional, a evolução do 
atendimento em relação aos padrões definidos; c) Finalizando, o atendimento é dito 
eficaz quando o cliente fica satisfeito com, entre outros fatores, a cordialidade e a 
competência. Cada situação de atendimento é única; varia, portanto de pessoa para 
pessoa e de momento. Algumas pesquisas realizadas pela psicologia social 
demonstram que as pessoas sentem necessidade de serem tratadas como únicas. 
 
 
Muitas vezes, essa necessidade é mais importante que os negócios ou 
problemas que procuram resolver. Portanto, o cliente supõe que tanto a organização 
como o funcionário exercendo a função de representante da empresa deva 
satisfazê-lo de forma especial (BRETZKE, 2000, apud MOREIRA, 2008). 
O cliente espera que a organização reconheça a importância de sua pessoa e 
de sua solicitação. E que o funcionário, além de reconhecer isso, favoreça com o 
auxilio de seus conhecimentos técnicos, a realização dos negócios. O atendimento 
diferenciado vincula-se à capacidade do funcionário de ter uma percepção exata do 
cliente. Mas é de extrema importância que tenha autopercepção (BRETZKE, 2000, 
apud MOREIRA, 2008). 
Antes de atender o cliente, o funcionário deve estar ciente de seu próprio 
comportamento. Tanto o comportamento de um quanto o de outro, como foi o caso 
do funcionário com o cliente, que estão sujeitos a variações. O atendimento ao 
cliente é uma função que jamais se mostra rotineiramente, já que cada situação 
mostra-se única, com características próprias (WESTON et al, 2000, apud 
MOREIRA, 2008). 
Pelo fato de mudanças no projeto muitas vezes exigirem mudanças de 
métodos, materiais ou especificações, elas podem aumentar o número de defeitos. 
A mudança invariavelmente aumenta o risco de erros, de modo que projetos 
estáveis do produto ou serviço podem ajudar a reduzir problemas de qualidade 
internos (PALADINI, 2014). 
No entanto, projetos estáveis podem não ser possíveis quando um produto ou 
serviço é vendido em mercados globais. Embora projetos alterados possuam o 
potencial para aumentar a participação de mercado, a administração precisa estar 
consciente a respeito de possíveis problemas de qualidade resultantes das 
mudanças (CARPINETTI; GEROLANO, 2015). 
Cabe observar que se adota a seguinte noção de defeito: defeito é a falta de 
conformidade que se observa em um produto quando determinada característica da 
qualidade é comparada a suas especificações. Por sua vez, um produto é 
classificado como defeituoso em relação a uma ou mais características da 
qualidade, se forem identificados um ou mais defeitos a ele (ou eles) associados 
(PALADINI, 2014). 
O modelo da qualidade in-line parte de um princípio que parece incontestável: 
não há nenhuma forma de um produto adequar-se ao uso se ele porta algum defeito. 
 
 
Este seria o primeiro princípio a ser satisfeito em termos da definição da Qualidade 
Total (CARPINETTI; GEROLANO, 2015).. 
Eliminados os defeitos, o modelo concentra-se na capacidade de produção da 
empresa, isto é, no que efetivamente se pode fazer. E passa-se a trabalhar com os 
elementos que, reconhecidamente, marcam e identificam os produtos, por 
decorrência de pontos fortes que a empresa possui (PALADINI, 2014). 
Assim, todas as potencialidades do processo produtivo devem ser 
maximizadas, gerando-se uma situação em que o produto final tem especificidades 
que colocam a empresa bem à frente de seus concorrentes (CARPINETTI; 
GEROLANO, 2015). 
Enfatizam-se as estratégias de operação da empresa, os métodos de 
trabalho, os materiais e os equipamentos utilizados. Informações técnicas que sejam 
relevantes para a melhoria dos processos produtivos são disseminadas pela fábrica, 
de forma a se garantir, tanto quanto possível, a otimização de todas suas operações. 
Um produto ou serviço tem qualidade quando atende sistematicamente às 
especificações planejadas. Nessa acepção, qualidade é sinônimo de regularidade ou 
confiabilidade (PALADINI, 2014). 
 
 
Ferramentas que auxiliam na gestão de qualidade 
 
 
Segundo Paladini (2014) a Gerência Tradicional considera que a estrutura da 
empresa é composta por setores que possuem metas próprias. O alcance das metas 
é responsabilidadede cada setor. A Gerência da Qualidade Total considera que a 
missão de cada setor é contribuir para o alcance das metas da organização como 
um todo: a responsabilidade mais importante de cada setor está vinculada ao 
alcance de objetivos gerais da organização. 
Como decorrência, não se considera essencial à atenção a índices de 
desempenho de áreas, setores ou pessoas, mas busca-se responder, plenamente, 
aos desafios que o mercado e a sociedade como um todo impõe à organização. 
Toda a ênfase da gestão do processo está em otimizar a contribuição setorial para 
superar estes desafios globais (PALADINI, 2014). 
Neste sentido, deve-se atentar bem para a interação entre setores. Fechados 
em si mesmos, os setores não têm como contribuir para a melhoria global da 
 
 
organização. Falhas ocorridas na interface entre eles conservam-se presentes 
indefinidamente. Dois setores podem, por exemplo, manter entre si uma pendenga 
de anos sobre a natureza de defeitos que estejam ocorrendo no transporte das 
peças de um setor para o outro. 
Até que o setor de movimentação de materiais descubra, o defeito ficará aí, já 
que nenhum setor admite seus próprios erros considera que eles inexistem e não se 
analisam os procedimentos que permitem a interação entre ambos (PALADINI, 
2014). A reação natural ao fortalecimento isolado de setores é a estratégia de 
integrar todas as áreas da organização, ação defendida e suportada pelos princípios 
da Qualidade Total. 
As ferramentas da qualidade são técnicas que se podem utilizar com a 
finalidade de definir, mensurar, analisar e propor soluções para problemas que 
eventualmente são encontrados e interferem no bom desempenho dos processos de 
trabalho. As ferramentas da qualidade foram estruturadas, principalmente, a partir da 
década de 50, com base em conceitos e práticas existentes. Desde então, o uso das 
ferramentas tem sido de grande valia para os sistemas de gestão, sendo um 
conjunto de ferramentas estatísticas de uso consagrado para melhoria de produtos, 
serviços e processos (CARPINETTI; GEROLANO, 2015). 
A Figura 3 ilustra a imagem das Ferramentas da Qualidade 
Figura 3: Ferramentas da Qualidade 
 
Fonte: Site Grupo Solutions (2020) 
 
As sete ferramentas da qualidade são (CARPINETTI; GEROLANO, 2015): 
 
 
I – Lista de Verificação 
O objetivo desta ferramenta é gerar um quadro com dados claros, que 
facilitem a análise e o tratamento posterior. 
Para tanto, é necessário que os dados obtidos correspondam à necessidade 
da empresa, como a análise de um processo de corte, por exemplo. A coleta de 
dados não segue nenhum padrão pré-estabelecido e pode ser adequada de acordo 
com as particularidades do processo fabril da sua própria empresa (CARPINETTI; 
GEROLANO, 2015). 
Para Paladini (2014), essencialmente cada empresa deve desenvolver o seu 
formulário de registro de dados que permita quem, além dos dados, também sejam 
registrados os responsáveis pelas medições e registros, quando e como estas 
medições ocorreram. 
II – Gráfico de Pareto 
O Gráfico de Pareto é utilizado para dividir um problema grande em vários 
problemas menores - com o objetivo de visualização do problema. Ela serve para 
mostrar por ordem de importância a contribuição de cada item para o efeito total e 
classificar oportunidades para a melhoria de cada um deles (CARPINETTI; 
GEROLANO, 2015). 
III - Diagrama de causa e efeito 
Também conhecido como Diagrama Espinha de Peixe (por seu formato) e 
Diagrama de Ishikawa (Kaoru Ishikawa quem o criou), foi desenvolvido para 
representar a relação entre o efeito e todas as possíveis “causas” que podem estar 
contribuindo para este efeito (PALADINI, 2014). 
Todavia, Carpinetti e Gerolano (2015), afirmavam que o efeito ou problema é 
colocado no lado direito do gráfico e as causas são agrupadas segundo categorias 
lógicas e listadas à esquerda. Ele é desenhado para ilustrar claramente as várias 
causas que afetam um processo por classificação e relação das causas. Para cada 
efeito existem seguramente, inúmeras categorias de causas. As principais podem 
ser agrupadas sob seis categorias conhecidas como os “6 M”: Método, Mão-de-obra, 
Material, Meio Ambiente, Medida e Máquina. 
Nas áreas administrativas, talvez seja mais apropriado usar os “4 P”: 
Políticas, Procedimentos, Pessoal e Planta (arranjo físico). Estas categorias são 
apenas sugestões. É possível utilizar outras que ressaltem ou auxiliem as pessoas a 
 
 
pensar criativamente. As causas principais podem ainda ser ramificadas em causas 
secundárias e/ou terciárias (PALADINI, 2014). 
IV - Fluxograma 
O fluxograma é o mais importante instrumento para visualizar o trabalho. Ele 
permite o estudo preciso dos métodos, processos e rotinas. Assim como o 
organograma, ele serve para estudar a estrutura de uma empresa e do seu 
funcionamento. Usam-se habitualmente duas modalidades de fluxograma, sendo 
possível defini-lo de duas maneiras (CARPINETTI; GEROLANO, 2015, p. 125): 
a) Fluxograma é o gráfico que representa os postos de trabalho (uma 
máquina, uma mesa) de uma empresa e o curso das tarefas nessas unidades. Ele 
mostra o relacionamento entre elas, e as tarefas realizadas por esses postos. 
b) É o gráfico que representa o curso ou caminho percorrido por certo 
elemento (documento, matéria-prima, produto, etc), por várias unidades da empresa, 
mostrando o tratamento que cada unidade realiza. 
V - Histograma 
O Histograma é uma ferramenta que mostra a frequência em que os valores 
obtidos na medição ocorrem. Neste tipo de gráfico, a espessura das barras 
representa o intervalo da variável e a altura da barra mostra o número de vezes que 
ela ocorre. Ele é utilizado para destacar as modificações nas dimensões de peças, 
variações de temperatura e outros dados (CARPINETTI; GEROLANO, 2015). 
Mesmo tendo um visual bastante simples, o Histograma exige muito cuidado 
na hora de ser criado porque é possível existir variações de interpretação do número 
de barras, da espessura (classes) e das alturas destas barras. Por isso, o 
Fluxograma exige cuidados de um especialista ou de um engenheiro. A medição 
equivocada vai resultar num gráfico sem a precisão necessária (PALADINI, 2014). 
VI - Gráfico de controle 
Para Paladini (2014), o gráfico de controle é uma ferramenta utilizada para 
avaliar a estabilidade do processo, distinguindo suas variações. Quando casuais, 
elas se repetem aleatoriamente dentro de limites previsíveis. Já as decorrentes de 
causas especiais necessitam de tratamento. É necessário, então, identificar, 
investigar e colocar sob controle alguns fatores que afetam o processo. 
VII - Diagrama de dispersão 
O diagrama de dispersão é utilizado para estudar a possibilidade de relação 
entre duas variáveis ou na relação de causa e efeito. É construído de forma que o 
 
 
eixo horizontal representa os valores medidos de uma variável e o eixo vertical 
representa os valores da outra variável. As relações entre os conjuntos de dados 
são analisadas pelo formato da “nuvem de pontos formada” (CARPINETTI; 
GEROLANO, 2015). 
De acordo com Paladini (2014), também é considerada como ferramenta da 
qualidade, o Brainstorming é a mais conhecida das técnicas de geração de ideias. 
Foi originalmente desenvolvida por Osborn, em 1938. Em Inglês, quer dizer 
“tempestade cerebral”. O Brainstorming é uma técnica de ideias em grupo que 
envolve a contribuição espontânea de todos os participantes. Soluções criativas e 
inovadoras para os problemas, rompendo com paradigmas estabelecidos, são 
alcançadas com a utilização de Brainstorming. O clima de envolvimento e motivação 
gerado pelo Brainstorming assegura melhor qualidade nas decisões tomadas pelo 
grupo, maior comprometimento com a ação e um sentimento de responsabilidade 
compartilhado por todos. Todas as pessoas da empresa podem utilizar essa 
ferramenta, devido à sua facilidade. Porém o sucesso da aplicação do Brainstormingé seguir as regras, em especial a condução do processo, que deve ser feita por uma 
única pessoa. 
Visam, então, fornecer às áreas administrativas subsídios para o 
gerenciamento da qualidade. Neste sentido, este grupo é de interesse especial para 
o setor administrativo, tornando os problemas baseados em dados qualitativos mais 
compreensíveis, possibilitando uma análise mais eficiente (CARPINETTI; 
GEROLANO, 2015). 
Conheça as sete novas ferramentas 
• Diagrama de afinidades 
• Diagrama de inter-relacionamento 
• Diagrama árvore 
• Matriz de priorização 
• Diagrama matriz 
• Gráfico do programa do processo de decisão (PDPC) 
• Diagrama de rede de atividades 
Entretanto, existem também as chamadas Ferramentas da Administração, 
este conjunto de técnicas é utilizado para a organização do pensamento e o 
planejamento da qualidade. Este grupo de ferramentas é voltado para o tratamento 
 
 
de dados não numéricos, complementando assim, uma lacuna deixada pelas sete 
ferramentas da qualidade (CARPINETTI; GEROLANO, 2015). 
 
 
Evolução histórica da indústria naval 
 
 
A indústria naval caracteriza-se por sua elevada complexidade tecnológica e, 
pela sua grande complexidade administrativa, visto que as organizações são 
obrigadas a gerenciar uma infinidade de fornecedores, prestadores de serviços, 
tecnologias de sistemas e técnicas diferenciadas de construção. Outro complicador 
no campo de atuação desta indústria é a sua característica de atender a 
encomendas originais, em função da imensa diversidade de aplicações que podem 
ser concebidas em seu parque industrial. 
A produção em série de navios, apesar de atender a uma boa fatia do 
mercado, se aplica a poucas categorias e a um número seleto de empresas que 
possuem grande poder de barganha e interesses específicos. 
Acrescenta-se ainda, os elevados prazos, desde o projeto até a entrega da 
encomenda, que muitas vezes supera três anos, para projetos novos, ou cuja 
especificidade não permita que sejam produzidos em série. 
Tais características determinam uma intensa dependência de fatores 
mercadológicos, como oscilações de custo do aço, do cobre e de navipeças, ou 
mesmo de políticas de apoio às oscilações macroeconômicas, como variação 
cambial, regulamentação sobre a propriedade de navios, entre outras. Sendo assim, 
pode-se afirmar que o desempenho de um grande número de instituições é 
responsável pelos sucessos e fracassos desta indústria, que concorre em uma 
arena competitiva e complexa, onde os interesses são diversos e envolve uma 
elevada soma de recursos. 
A integração da rede de transportes com os países vizinhos, além de 
promover uma maior integração regional, é capaz de promover maior escala 
operacional para essas hidrovias, trazendo benefícios econômicos importantes para 
Brasil e para o comércio regional. Como será visto mais adiante, o aumento da 
escala no nas rotas de comércio da costa brasileira afeta positivamente a redução 
de valores dos fretes. 
Por outro lado, essas bacias possuem grande importância também na 
 
 
geração de energia e como manancial de água doce. São indiscutíveis a importância 
econômica e política destes recursos na gerência da política interna e externa, 
sendo um fator estratégico de peso no relacionamento com nossos vizinhos e, 
portanto, tais interesses devem ser equacionados para a consecução de políticas 
públicas, uma vez que existem em algumas situações interesses antagônicos com o 
setor dos transportes fluviais. 
Se as hidrovias foram elementos facilitadores para a expansão do nosso 
território para o oeste, elas permanecem como importante suporte ao fluxo logístico 
para a defesa Das fronteiras terrestres no norte e a oeste, além do seu valor para o 
transporte de riquezas e integração regional. 
Igualmente, o mar possui grande importância para os interesses nacionais e 
regionais, pois, como já foi citada anteriormente, a importância geopolítica do Brasil, 
por sua posição estratégica no Atlântico Sul, lhe confere um grande potencial de 
exploração comercial, ainda debilitado em função da baixa escala e do tipo de 
mercadorias transportadas. Isto sem falar em sua importância como fonte de 
recursos naturais, como o petróleo. 
Quanto ao tipo de mercadorias, é notório que o maior volume dos itens 
exportados são itens primários, que são transportados por categoria de navios 
específicos, enquanto que as importações são de itens manufaturados. Tal 
desbalanceamento provoca uma baixa ocupação dos navios no retorno ou chegada 
(porta-containers) que se reflete no valor dos fretes. Tal desbalanceamento se dá 
em função do nível tecnológico em que se encontra a produção industrial do País. 
Dentro deste cenário insere-se a indústria naval, componente de grande 
importância para o poder marítimo e para o poder naval. Em um país como o Brasil, 
as dificuldades normais dessa indústria se agravam quando se trata da produção de 
unidades bélicas, uma vez que, além do navio propriamente dito ser muito mais 
complexo, devido ao desempenho e confiabilidade exigidos, o mesmo carrega 
sistemas de armas e sensores, normalmente compostos de equipamentos 
sofisticados e em sua maioria importados. Tais equipamentos estão submetidos a 
toda sorte de cerceamentos comerciais e de transferência de tecnologias. 
A situação se agrava, em virtude de que, como ocorre com toda a indústria de 
defesa, o governo é, normalmente, o único „comprador‟ do produto. Desta forma, tais 
empresas possuem uma grande dependência das encomendas governamentais a 
fim de garantir o seu desenvolvimento e a manutenção da produção, ficando 
 
 
sujeitas, não só às alterações de ordem econômica, mas também as de ordem 
política. 
Embora desejável, é uma tarefa difícil atrair o engajamento e parceria da 
indústria naval civil no desenvolvimento de navios de guerra, em função de uma 
enorme gama de fatores. 
Os assuntos desenvolvidos adiante se fazem necessários para explicar o 
motivo pelo qual o País necessita de uma Força Naval moderna capaz de responder 
às aspirações estratégicas do País, e que o domínio tecnológico é um dos principais 
responsáveis pela prosperidade econômica, por desenvolver a influência política e 
pela projeção da expressão militar de um Estado. Pretende ainda demonstrar que, 
para a geração da escala necessária para sustentar a indústria naval e a sua 
respectiva cadeia de suprimentos, e este complexo ser útil à Força Naval, é 
necessário à implementação de uma política integrada que abarque diversos 
interesses e instituições civis e do Estado brasileiro, conforme os descritos adiante. 
No entender de Jesus e Gitahy (2007), a legislação que protegia a exploração 
do Petróleo e o Programa Navega Brasil foram instituídas para estimular a indústria 
naval brasileira criando algumas condições para que a Petrobras aumentasse sua 
procura por embarcações de apoio offshore. 
A constante procura por embarcações de apoio offshore estão aumentando 
em proporção e deverão aumentar até 2020 (CONEXÃO MARÍTIMA, 2014). Neste 
procedimento compreendem-se embarcações do tipo PSV, às quais foram 
produzidas expressivamente no Brasil em 2014 (ABEAM, 2014). Esta embarcação 
atua em ocorrências distintas e o seu mecanismo de propulsão estará sempre 
disposto para agir conforme com as variações atribuídas à sua instalação 
propulsora. 
Indicar o acomodamento propulsivo que se adéqüe para dimensionar os seus 
elementos é de muito relevante para a operação da embarcação. Elevar ao máximo 
a capacidade oferece a diminuição de gastos relativos a materiais, e a alternativa de 
se utilizar componentes operacionais e de apropriado mecanismo. Este tipo de 
embarcação passar por alterações mínimas no aumento da eficácia por vezes 
considerado não calculável, todavia, em decorrência ao seu alto gasto de força nos 
motores marítimos, este desenvolvimento de potência configura uma grande parcela 
financeiraem relação às operações desempenhadas (VALLE, 2011). 
 
 
A indústria naval, como qualquer indústria de produção, demanda e absorve 
desenvolvimento tecnológico. Ainda mais significativo às transformações dessa 
indústria é o impacto das novas tecnologias que vão sendo empregadas na própria 
embarcação. 
Os navios do tipo PSV são navios destinados ao apoio de plataformas de 
exploração e produção de petróleo, tendo como, objetivo promover o abastecimento 
com água potável, alimentos, combustíveis, equipamentos, produtos químicos para 
atividades especializadas, transportar tripulantes, e por fim, retornar a sua base de 
operações carregado com resíduos, como lixo e esgoto. 
Além disso, navios do tipo PSV podem ter como funções secundárias missões 
de combate a incêndio, regaste e salvamento em caso de acidente durante as 
atividades de exploração e produção do petróleo em alto mar (WHITE, 2003). 
O comprimento de um PSV pode variar de 60 m até pouco mais de 100 m 
(CHAME, 2014) e segundo White (2003) o arranjo geral deste tipo de embarcação é 
bastante padronizado ao redor do mundo. Usualmente, a superestrutura se localiza 
a vante e há um grande deck de trabalho a ré. 
O projeto de PSV‟s pode variar de acordo com as condições de tempo da 
região a ser servida e distância da base até as plataformas de petróleo (WHITE, 
2003). 
No Brasil verificam-se as condições de mar bastante diferentes daquelas 
encontradas ao redor do mundo, como por exemplo, um intenso swell e correntezas 
que podem atingir até 4 nós (TANCREDI et al., 2012), fazendo com que os projetos 
de PSV para servirem a costa brasileira devem considerar não só o comportamento 
no mar desses navios durante seu deslocamento entre a base de operações e a 
plataforma, mas também seu comportamento no mar durante o período que o navio 
fica atracado na plataforma de exploração para carga e descarga, por exemplo. 
Os navios PLSV`s apresentam três maneiras de armazenar os dutos flexíveis 
e umbilicais, sendo elas por cestas, carrosséis e bobinas, cada navio tendo um ou 
dois desses disponíveis. Nas cestas, o duto é armazenado do fundo ao topo sem ser 
tracionado. Já nos carrosséis, o duto é armazenado verticalmente, partindo do 
interior para parte mais externa e o produto é tracionado para que fique firme. Nas 
bobinas, a armazenagem é realizada como um carretel. 
A navegação de apoio marítimo offshore fornece o apoio logístico às unidades 
de exploração e produção de petróleo, levando os insumos necessários a suas 
 
 
operações e prestando diversos serviços como montagem e lançamento de 
equipamentos e tubulações; manuseio de âncoras, tubulações e espias; apoio a 
serviços de manutenção em plataformas e estruturas submersas; transporte de 
equipamentos e pessoas; combate a incêndios e à poluição, entre outros. 
Os tipos de embarcações de apoio offshore (Offshore Supply Vessels – OSV) 
mais comuns são o Anchor Handling, Tug and Supply (AHTS – navio de suprimento, 
reboque e manejo de âncoras) e o Platform Supply Vessel (PSV – navio de 
suprimento a plataformas), formando a maior parte da frota mundial e brasileira de 
apoio offshore. Têm obtido maior relevância os Oil Spill Recovery Vessel (OSRV – 
navio para recuperação de derramamento de óleo e combate a incêndios), em razão 
das crescentes exigências impostas por órgãos de controle ambiental para a 
operação dos campos petrolíferos, sobretudo depois do acidente ocorrido no Golfo 
do México, em 2010. 
Outros tipos de embarcação destacam-se em fases específicas do processo 
exploratório: Pipe Laying Support Vessel (PLSV – navio para lançamento de dutos 
submarinos), Remote Operated Vehicle (ROV) Support Vessel (RSV – navio com 
operação de robô submarino), Offshore Subsea Construction Vessel (OSCV – navio 
de construção submarina), Diving Support Vessel (DSV), Construction Support 
Vessel (CSV), Cable Laying Vessel (CLV) e Inspection, Maintenance and Repair 
Vessel (IMR). Há ainda OSVs de pequeno porte, sendo três os tipos mais comuns: 
Line Handling (LH), Utility (UT) e transporte de passageiros (P). O mercado de 
embarcações de apoio offshore é bastante específico, e sua dinâmica está 
estruturalmente ligada à atividade petrolífera. 
Pode-se visualizar um cenário submarino de exploração e de produção com 
dutos flexíveis assentados no leito marinho (flowlines), dutos que interligam os 
equipamentos submersos aos de superfície (risers) e aqueles que responsáveis pela 
interligação para os equipamentos de superfície (jumpers). 
No navio PLSV, se destacam os tipos de equipamentos que se encontram no 
convés. Protagonistas nas operações, estes equipamentos variam conforme o tipo 
de lançamento da embarcação, bem como variam conforme o tipo de 
armazenamento das linhas flexíveis. 
A operação de off loading (também conhecida como operação de alívio 
plataformas) do petróleo produzido nas unidades de produção marítimas, é realizada 
por navios aliviadores (petroleiros ou navios tanques) e consiste em transferir o óleo 
 
 
diretamente de uma plataforma de produção, FPSOs, FSOs ou monoboias para um 
aliviador, e transportá-lo para os terminais, refinarias ou realizando transbordo para 
navios exportadores. 
Dentre os tipos de Lançamento de dutos pode se destacar que as 
embarcações PLSV variam suas formas de lançamento de Risers, devido ao tipo de 
riser, a forma do navio, a profundidade de instalação, a facilidade de 
armazenamento, entre outras variáveis que influenciam o método. Serão destacados 
os principais métodos e suas diferenças: 
I) S-Lay 
Esse tipo de lançamento ocorre em navios com o sistema de lançamento 
horizontal (HLS – Horizontal Lay System). Típico de navios que instalam Risers 
Rígidos, por não poderem armazenar risers enrolados, faz-se a soldagem dos tubos 
no convés da embarcação, bem como sua inspeção logo após o processo de solda. 
Suas operações levam mais tempo e são menos confiáveis devido aos riscos de 
falha na soldagem. Além de ser um método mais recomendado para águas rasas. 
O lançamento é feito através de Tensionadores Horizontais, estes são 
equipamentos que seguram, lançam ou recolhem a linha para o leito marinho. Esses 
tensionadores são providos de sapatas que são removíveis, variando conforme o 
diâmetro externo do Riser a ser lançado. 
O S-lay tem esse nome devido à forma que o Riser adquire ao ser lançado. A 
forma como o produto é lançado produz duas flexões que são geradas: ao deixar o 
convés da embarcação pela popa, o riser flexiona-se em curva acentuada na 
entrada da água que se denomina Overbend. 
Ao encostar-se ao solo marítimo, a linha gera uma curvatura denominada 
Sagbend. Essas flexões no Riser são a parte mais crítica de uma instalação desse 
tipo, e podem fazer com que haja um colapso da linha, sendo necessária uma 
análise de instalação para cada caso. 
II) J-Lay 
Esse método é destinado às embarcações cujo sistema de lançamento é 
vertical (VLS – Vertical Lay System). Mais recomendado para instalação de Risers 
Flexíveis e Umbilicais, esse método não gera o Overbend, curvatura tão indesejada 
na parte superior, rente à popa. Mais apropriado para águas profundas, o método 
consiste em lançar o Riser através de um tensionador vertical que segura, lança ou 
recolhe a linha para o fundo. Esses tensionadores possuem sapatas que variam 
 
 
conforme o diâmetro externo da linha e podem ser trocados facilmente. Seu nome 
se dá devido à forma que é gerada pelo lançamento da linha, de J. 
Esse tipo de lançamento apresenta vantagens em relação ao lançamento 
horizontal, como maior espaço livre no convés, boa área de trabalho para instalar 
equipamentos na linha, lançamento perto da linha de centro do navio, entre outros. 
Como desvantagens pode-se levar em conta o calado aéreo que a 
embarcação adquire devido ao tensionador, o centro de gravidade da embarcação 
será mais para cima que pode gerar problemas de estabilidade,a estrutura tem que 
ser mais reforçada nessa região, as operações leva maior tempo. 
Esse método pode ser realizado através de uma moonpool encontrada no 
meio do convés ou em um dos bordos do navio. Normalmente, as embarcações são 
projetadas para serem versáteis, podendo atender boa parte das plataformas 
(TEIXEIRA, 2011), por isso os navios possuem alguns tanques separados e não 
somente um único tanque, visto que a mesma embarcação pode receber diferentes 
tipos de óleo que não podem ser misturados. A operação consiste na saída do 
terminal com os tanques vazios, com a finalidade de atender a necessidade de alívio 
das plataformas. 
O navio aliviador se aproxima da plataforma de produção, no momento em 
que está a uma distancia de 1500 metros da mesma e a uma velocidade máxima de 
1,5 nós, verifica-se se é possível realizar a operação off loading ou se existe algo 
fora da normalidade. Em caso positivo, efetua-se o lançamento do sistema 
amarração, quando o navio aliviador está a uma distancia de 1000 metros. 
O navio aliviador se posiciona a uma distancia na qual será realizada a 
operação off loading e “ancora” na plataforma de produção, conecta o mangote 
(mangueiras flexíveis) e inicia a transferência. 
Ao término da transferência executada pela bomba da plataforma, o mangote 
é desconectado e vedado. O próximo destino do aliviador varia de acordo com a 
programação efetuada, que pode ser outra plataforma para carregamento, o terminal 
para descarregamento ou um navio exportador para descarregamento. 
O descarregamento é efetuado pela bomba do navio aliviador. Essa operação 
é complexa devido aos custos envolvidos e a questões ambientais e climáticas que 
podem impedir o andamento normal da operação, uma vez que não podem ocorrer 
erros ou falhas. 
 
 
 
 
Transporte e movimentação de cargas 
 
 
A indústria de construção naval tem uma longa história de exportações de 
navios, inclusive com prêmios de classificadoras internacionais. Soma-se a isso, um 
potencial de demanda de novos navios estimado em 45 milhões de TPB/ano, pelo 
envelhecimento e não atendimento as novas regras de segurança e meio ambiente 
dos países desenvolvidos, da frota internacional (COPPE, 2016). 
A construção de navios sob encomenda (tailor made), envolvendo projetos 
especiais e, portanto, preços pouco superiores à média internacional, poderá ser o 
último nicho de mercado disponível para os estaleiros ocidentais que conseguirem 
resistir à reestruturação dos próximos anos. Possivelmente, esse será o mercado 
para os estaleiros que sobreviverem no Oceano Atlântico, um mercado lucrativo na 
mesma medida em que será competitivo (JESUS; GITAHY, 2009). 
Classicamente, a carga utilizada no transporte marítimo pode ser dividida em 
três grandes tipos: granel líquido (petróleo, derivados de petróleo etc.), granéis 
sólidos (minérios, grãos etc.) e carga geral (sacaria, contêineres, carga solta etc.). 
Com o advento das modernas formas de acondicionamento de cargas, por exemplo, 
o contêiner, as cargas passaram a ser classificadas em seis categorias: granéis 
líquidos, granéis sólidos, cargas frigorificadas, sacaria, contêineres e carga geral, 
sendo que, de maneira genérica, as cargas continuaram a ser classificadas nos três 
tipos básicos. 
A grande evolução tecnológica no acondicionamento de cargas foi o 
surgimento do contêiner em meados da década de 60. Devido à padronização de 
suas dimensões, os benefícios foram distribuídos ao longo de toda rede logística: 
facilidade para o exportador acondicionar a carga no local de origem, especialização 
de veículos de transporte terrestres (trens e caminhões), especialização da 
movimentação da carga nos terminais (centros de distribuição, portos etc.) e 
especialização das embarcações de transporte marítimo com o surgimento do navio 
porta-contêineres. Com a mecanização dos portos e a inserção de equipamentos de 
bordo nas embarcações, os armadores são diretamente beneficiados com a redução 
do tempo no porto/terminal. 
 
 
Segundo Stopford (2004 apud ALVARENGA & NOVAES, 2011) uma 
embarcação típica de carga geral de 22.000 TPB ocupava 40% do seu tempo no 
porto, enquanto que um porta-contêiner de 47.000 TPB, portanto uma embarcação 
com maior capacidade de carga - ocupava apenas 17% de seu tempo no porto. 
Essa forma de operação mais ágil do contêiner permitiu o aumento rápido do 
porte das embarcações, e as consequentes economias de escala já que o navio tem 
um custo fixo de aquisição elevado e ao transportar em uma escala maior esse 
custo fixo se dilui por um volume maior de carga, reduzindo o custo unitário de 
transporte. Outro aspecto relevante da unitização da carga em contêineres é a 
mudança na forma como o armador cobra o frete do usuário. 
 
 
 
 
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Acesso em: set.2020.

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