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Análise de Custos 1ª edição 2017 Análise de Custos 3 Palavras do professor Caro aluno/cara aluna, vamos iniciar a disciplina de Análise de Custos. Afi nal, do que se trata e qual sua importância? A análise de custos consiste em avaliar os gastos realizados pelas empresas durante suas atividades operacionais, contribuído para o processo de tomada de decisões. Com a globalização, cresce a concorrência entre as empresas, assim como o acesso fácil à informação e uma imensa gama de opções de produtos e serviços, consumidores cada vez mais exigentes buscam no mercado por produtos de qualidade, mas que também tenham preços competi- tivos. Neste contexto, surge a demanda pela implementação de processos gerenciais estratégicos de custos, que maximizem a lucratividade garan- tindo a permanência e desenvolvimento das empresas no mercado. Assim, analisar e gerenciar custos é fundamental para a manutenção, competitividade, lucratividade e sustentabilidade das organizações, inde- pendente do tamanho dela ou seu ramo de atuação. Dada a relevância do assunto, a disciplina de análise de custos e formação de preços busca desenvolver em você, uma visão crítica e global, com foco na gestão de custos e resultados. A partir do conteúdo abordado, você poderá compreender e identifi car os custos, métodos de apuração, relação com o resultado e preço de venda. Desta forma, você será um profi ssional capaz de auxiliar as empresas a ganhar efi ciência, efi cácia e competitividade. 1 4 Unidade 1 Fundamentos Básicos de Custo Para iniciar seus estudos Nesta unidade, apresentamos os conceitos básicos necessários para o desenvolvimento de nosso estudo, bem como uma visão geral sobre a gestão de custos e sua relevância. Objetivos de Aprendizagem Estudando esta unidade, o aluno poderá: • reconhecer os principais conceitos atrelados aos custos; • compreender os princípios básicos de custos. Tópicos de estudo • Abordagem introdutória; • Terminologias básicas; • Fundamentos e princípios de custo; • Métodos de controle de estoque. 5 Análise de Custos | Unidade de Estudo 1 – Fundamentos Básicos de Custo 1.1 Abordagem Introdutória Quando falamos em custos, um erro muito comum é acreditar que custos se resumem a produção, quando é de fundamental importância entender toda a cadeia de valor. Identifi car as relações entre as atividades contribui de maneira efi caz para o melhor mapeamento e redução dos custos. Mas o que seria a cadeia de valor? Este conceito considera que uma empresa pode ser desmembrada em suas atividades estratégicas de maneira a possibilitar a compreensão do comportamento dos custos, suas fontes e potenciais de diferenciação (PORTER,1992). Este princípio agrega valor a um produto, assim implica em desenvolver uma ou mais atividades a um custo reduzido e de uma forma mais efi caz que os concorrentes. Neste processo, a empresa adquire vantagens compe- titivas ao executar suas atividades estrategicamente importantes com menor custo possível, ou ainda, com custos inferiores aos dos seus concorrentes. Segundo Brinsom (1996, p. 18), algumas empresas, a partir do alcance de certo domínio de mercado, conside- ravam-se invencíveis e, por isso, utilizavam-se de estratégias a fi m de obter vantagens da posição no mercado. No entanto, a vantagem obtida pela marca unicamente não garante a longevidade de uma organização. Figura 1.1 Evolução do mercado. Legenda: Fusca e Landrover. Fonte: <https://pixabay.com/pt/auto-vw-besouro-idade-oldtimer-1986309/> e https://pixabay.com/pt/range-rover-carro-caminhão-2015663/. Traçando uma linha de relação com o planejamento estratégico, atualmente, em um mundo cada vez mais competitivo, as empresas precisam entender que o planejamento estratégico não é mais sufi ciente para defi - nição de todas as ações a longo prazo. Com os avanços das tecnologias da informação, houve uma drástica redução do tempo para a tomada de decisão, fazendo com que as estratégias devam ser avaliadas continua- mente (HAMMER, 2001, p.122). 6 Análise de Custos | Unidade de Estudo 1 – Fundamentos Básicos de Custo Figura 1.2 – Concorrência. Legenda: Jogo de tabuleiro. Fonte:< https://pixabay.com/pt/conselho-jogo-concorrência-761586/>. Mediante a volatilidade do mercado, é necessário aprimorar continuamente seus processos operacionais, a fi m de se manter a frente da concorrência. Portanto, é de suma importância levar em consideração alguns aspectos, tais como: • Os investimentos em pesquisas; • A adoção de novos processos; • O controle e redução de custos; • A conquista e fi delização da clientela. A redução de custos deve ter início na compreensão de que os recursos utilizados por uma organização possuem a função de produzir valor. Assim, em toda organização, ocorre a transformação produtiva, ou seja, o processo onde os recursos são convertidos em bens e serviços para os quais existe uma demanda. Organizações competitivas devem gerar valor para clientes e investidores; de um lado, através de bens e serviços pelos quais o cliente é disposto a pagar; por outro, propiciando um retorno fi nanceiro adequado aos recursos investidos na empresa (MARTIN, 1999, p. 8). Portanto, é necessário entender os diferentes processos e agentes envolvidos nesta relação produtiva. 7 Análise de Custos | Unidade de Estudo 1 – Fundamentos Básicos de Custo Figura 1.3 - Transformação produtiva. Legenda: Elementos e processos da transformação produtiva. Fonte: Adaptado de Martin, 1999, p.9. 1.2 Terminologias Para entendermos um pouco mais sobre análise de custos, precisamos conhecer alguns de seus termos-chave. Assim, observaremos a seguir algumas terminologias básicas. Receitas São entradas de recursos para o patrimônio de uma empresa na forma de bens ou direitos correspondentes geralmente à venda de mercadorias, produtos ou serviços. Vale salientar que se entende por mercadorias a aqui- sição de itens já prontos que serão comercializados. Já os produtos, são elementos gerados pela indústria e os serviços consistem na venda da mão de obra. As receitas também podem ser oriundas de aplicações ou operações fi nanceiras. Por exemplo, ao aplicar um determinado montante na poupança, a cada período este valor será acrescido/remunerado com juros. Estes juros podem ser considerados como uma receita fi nanceira. Gastos Para Martins (2000, p.25), gastos são sacrifícios fi nanceiros realizados pelas entidades, para obtenção de um produto ou serviço qualquer. Se o pagamento for presente (no ato), haverá um desembolso, caso contrário constitui-se uma dívida (passivo/exigibilidade). Os gastos podem ser divididos em despesas, custos, investimentos e perdas. a. Despesas As despesas são bens ou serviços consumidos para a geração de receitas. Podemos citar como exemplos despesas administrativas com pró-labore dos sócios, matérias de limpeza, gastos com telefone e internet. b. Custos Defi ne-se como custo o gasto relativo ao bem ou serviço utilizado na produção de outros bens e serviços. 8 Análise de Custos | Unidade de Estudo 1 – Fundamentos Básicos de Custo c. Investimentos Podemos classificar como investimentos àqueles gastos realizados em função da vida útil de um bem ou de benefícios futuros gerados por esse gasto, por exemplo: a aquisição de imóveis, veículos, máquinas e equipa- mentos, etc. d. Perdas São consideradas perdas gastos atípicos ou involuntários, decorrentes de fatores externos, como incêndios e inundações, gastos com mão de obra durante um período de greve. Desembolso Consiste no pagamento resultante da obtenção de bens e serviços podem ocorrer de maneira simultânea ou posterior ao gasto. Ganho Trata-se de um resultado líquido positivo obtido por meio de eventos e transações que não envolvem operações normais da empresa. Lucro e prejuízo Refere-se à diferença entre receitas, despesas, custos, ganhos e perdas, quando positiva é lucro e quando negativa prejuízo. Custeio Método de apropriação doscustos. Desperdício x esforços Os esforços nas organizações podem apresentar duas classificações, trabalho ou desperdício. 1.3 Trabalho O trabalho pode ser dividido em trabalho que agrega valor e trabalho que não agrega valor. O trabalho que agrega valor é aquele composto por atividades que geram valorização dos produtos e serviços mediante o ponto de vista do consumidor. Geralmente referem-se à atividade de transformação que modifica fisicamente o produto. Já o trabalho que não agrega valor, compreende aquelas atividades que não valorizam o produto, mas que propi- ciam suporte para o trabalho efetivo. Podemos citar como exemplo, as atividades de manutenção de máquinas e equipamentos. Sendo assim, Clemente (2007) conceitua desperdício como o esforço econômico que não agrega valor ao produto ou serviço da empresa e também não possui a finalidade de apoio do trabalho efetivo. 9 Análise de Custos | Unidade de Estudo 1 – Fundamentos Básicos de Custo Figura 1.4: Trabalho que não agrega valor: manutenção de máquinas. Legenda: Manutenção de máquinas. Fonte: <https://pixabay.com/pt/moagem-manuten%C3%A7%C3%A3o-trabalhista-2019392/>. Podemos exemplifi car a seguinte situação. Observe. A empresa ABC Brasil, normalmente trabalha com um percentual de peças defeituosas de 2%. Em um determi- nado período, 6% dos itens produzidos foram classifi cados como defeituosos. Neste caso, as perdas anormais ocorridas equivalem a 4% e os desperdícios totalizam 6%. A identifi cação dos desperdícios normais e anormais é de suma importância, uma vez que os desperdícios anormais podem sem reduzidos ou eliminados em um curto espaço de tempo. Já os desperdícios normais demandam um prazo maior assim como a melhoria contínua do processo produtivo. 10 Análise de Custos | Unidade de Estudo 1 – Fundamentos Básicos de Custo 1.4 Classifi cação dos custos Os custos podem ser classifi cados conforme sua relação aos produtos e ao volume produzido conforme demonstra a fi gura abaixo: Figura 1.5 – Custos em relação aos produtos e ao volume. Legenda: Custos em relação aos produtos e ao volume. Fonte: Adaptado de Martins, 2010. a. Custos Diretos Para Martins (2010), são considerados custos diretos aqueles que estão associados diretamente, de forma clara e objetiva, ao produto atividade ou departamento. Por sua vez, Clemente (2007) ressalta que os custos diretos são facilmente mensuráveis por unidade de produto e também não demandam critério de rateio. b. Custos Indiretos São aqueles gastos que não apresentam facilidade na contagem e confi abilidade de resultado por unidade de produto (CLEMENTE, 2007). Ou seja, são aqueles que não podem ser associados diretamente ao produto atividade ou departamento. Podemos citar como exemplo, gastos com depreciação, materiais indiretos, energia elétrica. Depreciação: é a alocação sistemática do valor depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil (NBC T 19.1 - Ativo Imobilizado), ou seja, o registro da redução do valor dos bens pelo desgaste ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência. Rateio: é a divisão e alocação dos custos indiretos às unidades produzidas baseados na capa- cidade normal de produção (CPC 16 R1). Glossário 11 Análise de Custos | Unidade de Estudo 1 – Fundamentos Básicos de Custo Figura 1.6 Custos Indiretos e formas de rateio. Legenda: Custos Indiretos e formas de rateio Fonte: Adaptado de Clemente, 2007. a. Custos Fixos Os Custos Fixos são aqueles que não variam conforme a produção ou prestação de serviço. O aluguel de uma unidade produtiva é um bom exemplo de Custo Fixo Total. » Custos Variáveis São aqueles que estão diretamente ligados com a quantidade produzida, ou seja, variam à medida que aumenta ou reduz a atividade da empresa, como, por exemplo, matéria prima e embalagens. » Custos desembolsáveis São pagamentos dos gastos classifi cáveis como custo. » Custos não desembolsáveis São custos onde não há o desembolso em dinheiro. São exemplos destes custos depreciação, exaustão e amortização. Amortização: Amortização é a alocação sistemática do valor amortizável de ativo intangível ao longo da sua vida útil (CPC - Comitê de Pronunciamentos Contábeis - 04 R1). Exaustão: A exaustão é um processo semelhante à depreciação e à amortização, porém aplicado sobre as contas que registram recursos naturais minerais ou vegetais, (CPC 04 R1). Glossário 12 Análise de Custos | Unidade de Estudo 1 – Fundamentos Básicos de Custo 1.5 Materiais Diretos Os materiais diretos são aqueles que integram o produto durante o processo de fabricação, como a matéria prima e material de embalagens. 1.5.1 Composição de custo dos materiais Em conformidade com o CPC nº 1 de 2010, o custo de aquisição dos estoques é composto pelo preço de compra, impostos não recuperáveis, gastos com frete, e outros itens relacionados à aquisição de materiais, serviços e produtos. Para a correta apuração dos custos, descontos obtidos e abatimentos devem ser deduzidos. As empresas normalmente adquirem seus estoques através do pagamento a prazo. Este processo de fi nanciamento pode acarretar em juros, os quais não irão compor o custo do material, pois a correta classificação é como despesa com juros, conforme determina o CPC nº 1 de 2010. 1.5.2 Impostos sobre a aquisição de Materiais a. Impostos sobre produtos Industrializados (IPI) No momento da compra de materiais e produtos, normalmente as indústrias pagam o IPI. Neste momento, a empresa assume o papel de intermediária entre o fi sco e o pagador fi nal do imposto, uma vez que não possui nenhuma receita quando cobra o imposto sobre o produto que está fornecendo. As alíquotas aplicáveis para cálculo do IPI são várias e estão presentes na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI). b. Imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços (ICMS) O ICMS como o IPI, quando pago na compra, representa um adiantamento feito pela empresa ao governo estadual. Este imposto incidente sobre a circulação de mercadorias e serviços é de natureza estadual e apresenta variação de alíquotas de acordo com cada Estado. 13 Análise de Custos | Unidade de Estudo 1 – Fundamentos Básicos de Custo 1.6 Mão de obra direta A mão de obra direta é aquela aplicada diretamente no processo de transformação dos produtos. Martins (2010) observa que não devemos confundir mão de obra direta com o valor total gasto ou consumido para a produção, mesmo aos operários diretos. Só se deve caracterizar como tal a mão de obra aplicada diretamente sobre o produto. Assim, o custo da mão de obra direta varia de acordo com a produção, enquanto que a folha relativa aos funcionários de produção pode ser fixa. Tal distinção torna-se relevante no processo de identificação dos custos. O autor salienta que pode haver uma exceção onde podemos ter a mão de obra direta fixa. Esse caso, ocorre quando há um maquinário ou equipamento que apresenta seu volume de produção ditado por regulagem, ou seja, aumenta ou reduz o volume de produção, mas em contrapartida mantém o mesmo número de homens trabalhando. Neste caso, a mão de obra direta apresenta características de custo fixo. No Brasil, integra o custo da mão de obra direta todos os encargos trabalhistas e sociais, assim como os seguintes eventos: • Repouso semanal remunerado; • Férias; • 13º salário; • Atrasos e ausências abonados; • Outros direitos garantidos por convenção coletiva. 1.7 Custos de Fabricação (CF) Os custos de fabricação são obtidos através da soma dos Custos da Matéria Prima (MP), Mão de Obra Direta (MOD) e Custos Indiretos de Produção (CIP). Assim, temos: CF = MP + MOD + CIP 1.8 Estoques Podemos definir como estoque os ativos mantidos para venda nas operações normais do negócio, em processo de produção para a venda ou aqueles materiais que serão consumidos ou transformados no processo de produção ou prestação de serviços (CPC 16 R1). Custos dos Estoques O custodos estoques deve ser composto por todos os custos de aquisição ou transformação, assim como outros custos incorridos para a formação deste estoque (CPC 16 R1). Custo de Transformação Para apurar o custo de transformação do estoque se deve incluir os custos diretamente relacionados com as unidades produzidas ou com as linhas de produção, como, por exemplo, a mão de obra direta aplicada à produção. Também devem ser incluídos de forma sistemática os custos indiretos de fabricação fixos ou variáveis que sejam necessários para transformar os materiais em produtos acabados (CPC R1 2010). 14 Análise de Custos | Unidade de Estudo 1 – Fundamentos Básicos de Custo 1.8.1 Métodos de controle de estoque O controle de estoque é fundamental para evitar acúmulos, perdas, ausência de produtos, assim como tem impacto direto nas finanças e na gestão do espaço físico. PEPS (Primeiro que Entra Primeiro que Sai) O PEPS é o método de controle de estoque que a primeira mercadoria ou produto a entrar no estoque será sempre a primeira a sair. UEPS (Ultimo que Entra Primeiro que Sai) O UEPS é o método de controle de estoque onde a última mercadoria ou produto a entrar no estoque é sempre a primeira a sair. Baseia-se na ideia que as mercadorias e os produtos mais novos na empresa são vendidos antes que os mais antigos. MPM (Média Ponderável Móvel) Consiste no método de controle de estoque onde a cada nova aquisição, devolução ou entrada de produto o cálculo do custo é refeito em função das quantidades existentes. A seguir apresentamos exemplos práticos da aplicação dos três métodos de controle de estoque! Tabela 1.1 – Aplicação do método PEPS. ENTRADAS SAIDAS SALDO DATA QTD VALORES R$ QTD VALORES R$ QTD VALORES R$ UNIT TOTAL UNIT TOTAL UNIT. TOTAL 28/fev 0 0 0 05/mar 30 30,00 900,00 30 30,00 900,00 11/mar 10 30,00 300,00 20 30,00 600,00 17/mar 30 35,00 1.050,00 20 30,00 600,00 30 35,00 1.050,00 50 1.650,00 19/mar 5 30,00 150,00 15 30,00 450,00 30 35,00 1.050,00 45 1.500,00 23/mar 15 30,00 450,00 25 35,00 875,00 5 35,00 175,00 24/mar 5 30,00 150,00 5 30,00 150,00 25 35,00 875,00 30 1.025,00 Legenda: Aplicação do Método PEPS. Fonte: Elaborado pela autora. 15 Análise de Custos | Unidade de Estudo 1 – Fundamentos Básicos de Custo Eventos demonstrados na tabela 1: • Em 5/03/xx – compra de 30 unidades a R$ 30,00; • Em 11/03/xx – venda de 10 unidades; • Em 17/03/xx – compra de 30 unidades a R$ 35,00; • Em 19/03/xx – venda de 5 unidades; • Em 23/03/xx – venda de 20 unidades; • Em 24/03/xx – compra de 5 unidades a R$ 30,00. • Receita Bruta em 31/03/xx – R$1500,00 Tabela 1.2 – Aplicação do método UEPS. ENTRADAS SAIDAS SALDO DATA QTD VALORES R$ QTD VALORES R$ QTD VALORES R$ UNIT TOTAL UNIT TOTAL UNIT. TOTAL 28/fev 0 0 0 05/mar 30 30,00 900,00 30 30,00 900,00 11/mar 10 30,00 300,00 20 30,00 600,00 17/mar 30 35,00 1.050,00 20 30,00 600,00 30 35,00 1.050,00 50 1.650,00 19/mar 5 35,00 175,00 20 30,00 450,00 25 35,00 875,00 45 1.325,00 23/mar 20 35,00 700,00 20 30,00 600,00 5 35,00 175,00 25 775,00 24/mar 25 30,00 750,00 5 30,00 150,00 5 35,00 175,00 30 925,00 Legenda: Aplicação do Método UEPS. Fonte: Elaborado pela autora. 16 Análise de Custos | Unidade de Estudo 1 – Fundamentos Básicos de Custo Eventos demonstrados na tabela 2: • Em 5/03/xx – compra de 30 unidades a R$ 30,00; • Em 11/03/xx – venda de 10 unidades; • Em 17/03/xx – compra de 30 unidades a R$ 35,00; • Em 19/03/xx – venda de 5 unidades; • Em 23/03/xx – venda de 20 unidades; • Em 24/03/xx – compra de 5 unidades a R$ 30,00. • Receita Bruta em 31/03/xx – R$1500,00 Tabela 1.3 – Aplicação do Método MPM. ENTRADAS SAIDAS SALDO DATA QTD VALORES R$ QTD VALORES R$ QTD VALORES R$ UNIT TOTAL UNIT TOTAL UNIT. TOTAL 28/fev 0 0 0 05/mar 30 30,00 900,00 30 30,00 900,00 11/mar 10 30,00 300,00 20 30,00 600,00 17/mar 30 35,00 1.050,00 50 33,00 1.650,00 19/mar 5 33,00 165,00 45 33,00 1.485,00 23/mar 20 33,00 660,00 25 33,00 825,00 24/mar 5 30,00 150,00 30 32,50 975,00 Legenda: Aplicação do Método MPM Fonte: Elaborado pela autora. Eventos demonstrados na tabela 3: • Em 5/03/xx – compra de 30 unidades a R$ 30,00; • Em 11/03/xx – venda de 10 unidades; • Em 17/03/xx – compra de 30 unidades a R$ 35,00; • Em 19/03/xx – venda de 5 unidades; • Em 23/03/xx – venda de 20 unidades; • Em 24/03/xx – compra de 5 unidades a R$ 30,00. • Receita Bruta em 31/03/xx – R$1500,00 17 Análise de Custos | Unidade de Estudo 1 – Fundamentos Básicos de Custo Tabela 1.4- Quadro comparativo dos métodos de controle de estoque. COMPARAÇÃO ENTRE OS MÉTODOS PEPS UEPS MPM Receita Bruta 1500 1500 1500 (-) Custos das Mercadorias Vendidas (CMV) 1075 1175 1125 Lucro Bruto 425 325 375 Estoque Final 1025 925 975 Legenda: Quadro comparativo dos métodos de controle de estoque. Fonte: Elaborado pela autora. Receita Bruta das vendas e serviços compreende o produto da venda de bens por conta própria RIR/99. Glossário Entretanto, é importante observar que o custo dos estoques, que não for controlado através de método de custo específico, deve ser mensurado através da aplicação de critérios de custo do Médio Ponderado ou através do PEPS. As organizações deverão utilizar o mesmo método de custeio para todos os estoques de mesma natureza. Para estoques que apresentem outra natureza ou finalidade, podemos utilizar diferentes critérios de mensuração (CPC nº 1 /2010). Referências bibliográfi cas 18 BRIMSON, James A. Contabilidade por atividades: uma abordagem de custeio baseado em atividade. São Paulo: Atlas, 1996. CLEMENTE, Ademir; SOUZA, Alceu. Gestão de custos: aplicações opera- cionais e estratégicas. São Paulo: Atlas, 2007. Comitê de Pronunciamentos Contábeis CPC 16 R1, 2010. CHRISTOPHER, Martin. Logística e gerenciamento da cadeia de supri- mentos: estratégias para a redução de custos e melhoria dos serviços. São Paulo: Pioneira, 1997. _______. A Logística do marketing. São Paulo: Futura, 1999. CHURCHILL JR., Gilbert A; PETER, J. Paul. Marketing: criando valor para o cliente. São Paulo: Saraiva, 2000. HANSEN, Don R.; MOWEN, Maryanne M. Gestão de custos: contabilidade e controle. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2001. MARTINS. Eliseu. Contabilidade de custos. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010. PORTER, M.E., Vantagem Competitiva: criando e sustentando um desempenho superior, 7. ed. RJ:Campos,1992. Brasil – Regulamento do Imposto de Renda RIR – 1999.
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