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ESTADO DE SANTA CATARINA SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA JOÃO FRASSETTO 20ª GERÊNCIA DE EDUCAÇÃO DE CRICIÚMA – SC. TELEFONE: (48) 3403-1272 Professora: Aline Henrique Componente Curricular: Filosofia Nome: Turma: Conteúdo: A filosofia nasce a partir da curiosidade e do "amor ao conhecimento". Assim, os primeiros filósofos questionaram as explicações dadas pela mitologia e buscaram construir um conhecimento baseado no lógos, na razão, com o objetivo de descobrir a verdade sobre o universo. O ser é e o não ser não é; este é o caminho da convicção, pois conduz à verdade. (...) Pois pensar e ser é o mesmo." Parmênides, Poema Parmênides de Eleia foi um dos principais filósofos gregos pré-socráticos da Antiguidade. Seus estudos estiveram baseados nos temas sobre a ontologia do ser, da razão e da lógica. Seu pensamento influenciou a filosofia da antiguidade bem como a filosofia moderna e contemporânea. Sua frase mais célebre é: “O ser é e o não ser não é.” Parmênides nasceu em 510 a.C. na cidade grega de Eleia (atual Itália), situada na região da Magna Grécia. Filho de uma família abastada, o filósofo teve uma boa educação. Visto seu interesse pela filosofia, se aproximou das ideias de Pitágoras e da Escola Fundada por ele: a Escola Pitagórica. No entanto, não se aprofundou nas questões discutidas pelos pitagóricos, fundando uma Escola em sua cidade natal: Escola Eleática. Além dele, no grupo destacou-se o filósofo Zenão de Eleia, seu discípulo. Parmênides faleceu por volta de 470 a.C. Grande parte de seu pensamento está reunida na obra poética denominada “Sobre a Natureza”. Em seu poema, Parmênides explica sobre dois caminhos: o caminho da opinião e o caminho da verdade. Enquanto o segundo, denominado de “caminho da verdade” (alétheia) é conduzido pelo pensamento lógico baseado na razão. Segundo ele: “É preciso que tu aprendas: o sólido coração da bem redonda Verdade e as opiniões dos mortais, nas quais não há verdadeira certeza. E, no entanto, também isso aprenderás: como as coisas que parecem deviam verdadeiramente ser, sendo todas em todos os sentidos”. "Ninguém se banha duas vezes no mesmo rio. Para os que entram nos mesmos rios, correm outras e novas águas." Heráclito, Fragmentos Heráclito propõe um caminho para o conhecimento oposto à concepção de Parmênides. Na metáfora citada, o filósofo aponta para uma realidade em constante transformação. A filosofia de Heráclito de Éfeso é caracterizada pelo mobilismo. Assim como chamamos de rio, algo que nunca é o mesmo, porque nunca estarão presentes as mesmas águas, o conhecimento deve conter a ideia de que tudo está em constante movimento de transformação: o quente esfria, a úmida seca. Todas as coisas estão submetidas à ação do tempo, ao devir. Contrariando o pensamento de Parmênides, o ser e o não ser coexistem no tempo. Platão cria um modelo filosófico baseado na divisão da realidade em dois mundos: • Mundo inteligível (mundo das ideias), onde as ideias residem imutáveis e eternas. Lugar do conhecimento verdadeiro. Mundo sensível (mundo dos sentidos), uma imitação falha do mundo das ideias, onde tudo sofre a ação do tempo, se modifica. Lugar do erro, dos preconceitos e das opiniões. A metáfora presente na Alegoria da Caverna cumpre a função de ensinar a importância de abandonarmos o conhecimento sensível, opinião e preconceitos, para a busca do verdadeiro conhecimento, o conhecimento racional. Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.) foi um dos mais importantes filósofos gregos e o principal representante da terceira fase da história da filosofia grega “a fase sistemática”. Escreveu uma série de obras que falavam sobre política, ética, moral e outro campos de conhecimento e foi professor de Alexandre, o Grande (356 a.C-323 a.C.). Acreditava que os seres humanos não podem viver facilmente afastados da vida social. https://www.todamateria.com.br/pitagoras/ https://www.todamateria.com.br/zenao/ Biografia de Aristóteles: Aristóteles nasceu em Estagira, na Macedônia, em 384 a.C. Com 17 anos, partiu para Atenas e começou a frequentar a Academia de Platão. Por conta do local de seu nascimento o autor é chamado comumente de "o Estagirita”. De origem aristocrática, causou admiração pelo seu comportamento requintado e pela sua inteligência. Logo se tornou o discípulo predileto do mestre, que observou: “Minha Academia se compõe de duas partes: o corpo dos estudantes e o cérebro de Aristóteles”. Com a morte de Platão, em 347 a.C., o brilhante e famoso aluno se considerava o substituto natural do mestre na direção da Academia. Porém, foi rejeitado e substituído por um ateniense nato. Decepcionado, deixou Atenas e partiu para Atarneus, na Ásia Menor – então grega. Foi conselheiro de estado de um antigo colega, o filósofo político Hermias. Casou com Pítria, filha adotiva de Hermias, mas quando os persas invadiram o país e mataram seu governante, ficou novamente sem pátria. Em 343 a.C., foi convidado por Filipe II da Macedônia para preceptor de seu filho Alexandre. O rei queria que seu sucessor fosse um requintado filósofo. Assim, como preceptor na corte da Macedônia durante quatro anos, teve a oportunidade de prosseguir suas pesquisas e desenvolver muitas das suas teorias. Quando retornou a Atenas, em 335 a.C., Aristóteles decidiu fundar sua própria escola chamada Liceu por estar situada no edifício dedicado ao deus Apolo Lício. Além dos cursos técnicos para os discípulos, dava aula ao povo em geral. No Liceu, estudava-se geometria, física, química, botânica, Astronomia, Matemática, etc. Em 323 a.C., com a morte de Alexandre Magno, rei da Macedônia, que então dominava a Grécia, Aristóteles foi acusado de ter apoiado o governo déspota e resolveu abandonar novamente Atenas. Já filosofia medieval é marcada por uma conciliação entre a tradição filosófica e as sagradas escrituras (Bíblia Sagrada). Durante esse período, a razão, fundamental para o desenvolvimento da filosofia, estava subordinada à fé e operava para a sua confirmação. São Tomás de Aquino é um representante da fase escolástica da filosofia medieval. Nela buscava-se avançar com a razão até seus limites, para além desses limites era considerado o campo da fé, da superioridade da crença e dos mistérios da criação divina. Por outro lado, a fé era justificada racionalmente como na passagem acima. Nas palavras de Santo Agostinho, filósofo do período patrístico da filosofia medieval: "compreendo para crer, creio para compreender". A ligação entre razão e fé; filosofia e religião (cristianismo) são marcas do período. René Descartes desenvolveu o que se chamou de "dúvida metódica" ou "método da dúvida". Esse método consiste na refutação, ou negação, de tudo aquilo que possa ser posto em dúvida. Para o filósofo, a base do conhecimento verdadeiro deveria ser indubitável (inquestionável). Assim, Descartes realiza um percurso discursivo em que vai derrubando com a dúvida todas as possíveis certezas acerca dos sentidos, da existência do mundo, da matemática e, por fim, da própria existência. O filósofo percebeu que para realizar o "método da dúvida" é necessário duvidar e duvidar é pensar. Esse ser pensante que duvida de tudo, precisa existir. Assim, a primeira certeza é em relação à própria existência. Descartes formula a frase "Cogito ergo sum" ("Penso, logo existo"), chamada de cogito cartesiano como a certeza fundamental de todas as outras. Avaliação 1)No texto, a filósofa Marilena Chauí define o sentido da palavra filosofia, criada por Pitágoras. A filosofia nasce com o objetivo de: a)( ) concordar com as explicações dadas pela mitologia. b)( ) questionar o conhecimento mítico e buscar explicações lógicas e racionais para o universo. c)( ) demonstrar a impossibilidade de construção de um conhecimento verdadeiro. d)( ) atentar contra os deuses e desenvolver uma sociedade sem crenças. 2)O trecho do Poema de Parmênides revela um princípiofundamental de sua filosofia. Qual é esse princípio? a) ( )Centralidade em questões políticas. b) ( ) Mobilidade. c) ( ) Desprezo da fé. d) ( ) Imutabilidade e permanência. https://www.todamateria.com.br/alexandre-magno-o-grande/ https://www.todamateria.com.br/alexandre-magno-o-grande/ 3)"Ninguém se banha duas vezes no mesmo rio. Para os que entram nos mesmos rios, correm outras e novas águas." Heráclito, Fragmentos Heráclito propõe um caminho para o conhecimento oposto à concepção de Parmênides. Na metáfora citada, o filósofo aponta para uma realidade em constante transformação.O pensamento de Heráclito pode ser caracterizado como: a) ( ) dedicado à compreensão de uma realidade imutável e permanente. b) ( ) definido pela impossibilidade de um conhecimento verdadeiro. c) ( ) mobilista, definido pela eterna mudança e o constante devir. d) ( ) idêntico ao pensamento de Tales de Mileto, que afirma que "tudo é água". 4) A Alegoria da Caverna (ou Mito da Caverna) é uma metáfora escrita por Platão em seu livro A República. Nele, o filósofo utiliza seu mestre, Sócrates, como personagem responsável por narrar a vida de um prisioneiro criado no fundo de uma caverna. Um dia, esse prisioneiro libertam-se das correntes que o aprisiona e percorre o caminho da saída da caverna. Ele contempla o mundo real fora da caverna e descobre que tudo o que vivera era falso, o que acreditava ser verdade, não passavam se sombras projetadas no fundo da caverna. A metáfora escrita por Platão cumpre um sentido didático para ensinar que: a) ( ) As sociedades antigas eram hostis e aprisionavam os cidadãos em cavernas. b) ( ) A filosofia é responsável pelo aprisionamento da mente. c) ( ) O verdadeiro conhecimento surge da libertação das correntes dos preconceitos e das opiniões. d) ( ) O verdadeiro conhecimento se dá pela autoridade, aquilo que os filósofos dizem é a representação da verdade. 5) "É evidente que a cidade faz parte das coisas naturais, e que o homem é por natureza um animal político. (...) Como dizemos frequentemente, a natureza não faz nada em vão; ora, o homem é o único entre os animais a ter linguagem [logos]. (...) Trata-se de uma característica do homem ser ele o único que tem o senso do bom e do mau, do justo e do injusto, bem como de outras noções deste tipo. É a associação dos que têm em comum essas noções que constitui a família e o Estado." Aristóteles, Política Aristóteles afirma que o homem é um animal político dotado de logos. Assim, é incorreto dizer que: a)( )Os seres humanos podem viver facilmente afastados da vida social. b) ( ) Os seres humanos são capazes de julgar o que é bom e o que é mau. c) ( )Os seres humanos são naturalmente destinados à vida em sociedade. d) ( )Os seres humanos são capazes de deliberar sobre o governo da cidade. 6)"Se alguma coisa é verdadeira, então a verdade existe. Ora, Deus é a própria verdade, segundo São João, 14, 6: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida.” Por conseguinte, a existência de Deus é evidente." São Tomás de Aquino, As cinco vias da prova da existência de Deus O trecho de São Tomás de Aquino é um exemplo claro da união da razão e da lógica com a fé. Essa característica marca qual período da Filosofia? a) ( ) Filosofia Pré-Socrática b) ( )Filosofia Medieval c) ( )Filosofia Moderna d) ( ) Filosofia Contemporânea 7)René Descartes desenvolveu um método filosófico baseado na dúvida para encontrar uma certeza na qual possa fundamentar o conhecimento seguro. Essa certeza fundamental de Descartes é chamada de cogito e sua formulação principal diz: a) ( ) "Penso, logo existo" b) ( ) "Deus sive natura" c) ( ) "Conhece-te a ti mesmo" d) ( ) "Só sei que nada sei" !
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