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Relatório de Prática de Regulação Osmótica

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA 
BIO159 – Bases Biológicas do Desenvolvimento Humano 
 
 
Docente: Debora de Lucca Chaves Preza 
Discente: Luana Rocha Vale 
 
PRÁTICA: REGULAÇÃO OSMÓTICA 
Introdução: 
 
 Pretendeu-se, nesse experimento, estudar a osmose em células vegetais, ou seja: o 
movimento da água através da membrana plasmática. Este, é feito através de transporte 
passivo, a favor do gradiente de concentração e sem gasto de energia. “A água se move 
para dentro e fora das células de acordo com seu gradiente de concentração, um processo 
denominado osmose.” (ALBERTS et al., 2011) 
 Os objetivos da prática foram: analisar, à microscopia óptica, o efeito da alteração 
da osmolaridade/tonicidade do meio sobre células vegetais; discutir os resultados 
observados de acordo com o modelo do mosaico fluido e identificar a propriedade da 
membrana plasmática evidenciada pelo experimento realizado. 
 
 
Materiais e Métodos: 
 
 Para realizar o experimento foram necessários: um ramo da folha de Tradescantia 
sp, água destilada, lâmina de barbear, conta-gotas, lâminas e lamínula, papel filtro, 
solução de NaCl à 5% e microscópio óptico. 
 Para prepara a lâmina, cortamos uma fina película da epiderme dorsal da folha de 
Tradescantia sp com a lâmina de barbear. Colocamos a película no centro da lâmina de 
vidro e uma gota de água destilada junto a ela, com o auxílio do conta-gotas. Feito isso, 
posicionamos um lado da lamínula encostado na lâmina, e o lado oposto a 45 graus da 
mesma. Depois, encostamos a lamínula totalmente na lâmina, com leveza e cuidado 
para que cobrisse a película e não houvesse nenhuma bolha. Com a ajuda do papel 
filtro posicionado na extremidade da lamínula, e por cima da lâmina, conseguimos 
“sugar” um pouco da água que estava em excesso. Feito isso, a lâmina estava pronta. 
Dirigimo-nos ao microscópio para observá-la, primeiramente na objetiva de 4 (aumento 
de 40X), posteriormente nas outras objetivas, de 10 e 40 (com aumentos respectivos de 
100X e 400X). Discutimos os resultados e fizemos anotações. 
 Na segunda parte do experimento, pegamos a mesma lâmina com água destilada, 
posicionamos novamente o papel filtro de um lado, e do outro adicionamos a solução 
salina, fazendo uma troca de soluções. A medida que o papel filtro sugava a água 
destilada, a solução salina preenchia a lâmina do outro lado. Feita a troca, levamos ao 
microscópio e observamos, discutimos e anotamos, novamente. 
 Na terceira e última parte da aula prática, adicionamos água destilada a lâmina, de 
novo, e como feito anteriormente, tiramos a água salina com o papel filtro de um lado e, 
ao mesmo tempo, substituímos-na por água destilada. Feito isso, observamos no 
microscópio os resultados mais uma vez e fizemos novas anotações. 
 
 
Resultados e Discussão: 
 
1. Na primeira parte do experimento, observamos células unidas em formato 
hexagonal, lembrando uma colmeia. A maioria das células tinha uma coloração 
púrpura (rosada/arroxeada) e estavam totalmente coloridas. No entanto, as células da 
periferia mostravam-se transparentes (eram células mortas) e o que pudemos 
observar foi apenas seu envoltório, ou seja, sua parede celular com um espaço vazio 
que antes era ocupado pelo citoplasma e organelas. Também observamos células de 
cor escura, meio esverdeadas que se assemelham a dois feijões dispostos com as 
concavidades frente a frente: as células estomáticas ou células-guarda, que possuem 
parede celular mais espessa na face côncava e cuja disposição deixa entre elas um 
espaço denominado fenda estomática ou ostíolo. Essas células são chamadas de 
estômatos e são relacionados com a troca de gases e a água entre as folhas e o meio. 
Sua cor esverdeada é devido a clorofila, um pigmento de cor verde presente nos 
cloroplastos. Os cloroplastos são organelas exclusivas das células vegetais, 
responsáveis pela fotossíntese (produção de energia da planta pelo dióxido de 
carbono e água, para obter glicose através da energia da luz). (COOPER, G et al., 
2007). A água destilada fez com que as células ficassem cheias de água, com 
aumento do seu volume e aparência de inchadas, ou melhor: túrgidas. A parede 
celular exerce na célula uma pressão de turgescência ou resistência da membrana 
celulósica igual a pressão da solução osmótica, que impede que a célula “estoure” 
com o excesso de água - diferentemente da célula animal, que precisa controlar a 
osmolaridade intracelular por outros meios, por exemplo, as bombas de íons -. 
(COOPER, G et al., 2007) “As células vegetais e as diversas bactérias evitam o 
rompimento por uma parede celular semirrígida que envolve suas membranas 
plasmáticas. Elas estão impedidas de inchar pela sua parede rígida e, assim, podem 
tolerar uma diferença osmótica através das suas membranas: uma pressão interna de 
turgor é mantida, a qual, em equilíbrio, força para fora a quantidade de água que entra.” 
(ALBERTS et al., 2011). Portanto, as células ficaram túrgidas, num meio hipotônico (a 
concentração do soluto é menor que a concentração do solvente). 
 
 
 Células de Tradescantia sp na solução de Estômato túrgido de Tradescantia sp 
 água destilada (Aumento de 40X) na solução de água destilada (Aumento de 400X) 
 
 
 
2. Após colocar a solução salina, pudemos observar no microscópio óptico que as 
células ficaram com um aspecto “murcho” e sua pigmentação não englobava mais a 
célula inteira. Pudemos perceber a retração dos vacúolos, fazendo com que eles 
fiquem reunidos nas extremidades das células, por terem perdido água. A 
coloração se concentrou em uma parte da célula, fazendo com que observássemos 
uma cor mais forte/escura/intensa que a vista anteriormente. Isso quer dizer que o 
citoplasma e as organelas que antes estavam espalhados por toda a célula, agora 
estavam bem “encolhidos”. As células ficaram plasmolisadas, num meio hipertônico (a 
concentração do solvente é menor que a concentração do soluto). 
 
 Células de Tradescantia sp na solução de Células de Tradescantia sp 
 NaCl à 5% (Aumento de 40X) na solução de NaCl à 5% (Aumento de 100X) 
 
 
 
 
3. Na última parte do experimento, ao adicionarmos novamente água destilada, foi 
possível observar a passagem da água e a mudança na aparência da célula: primeiro 
flácida (com o meio isotônico: a concentração do soluto é igual a concentração do 
solvente) e depois foi ficando túrgida novamente. A medida que a concentração dos 
pigmentos vai diminuindo, a célula vai ficando mais clara, e a cor vai se distribuindo por 
toda a célula, lentamente. 
 
 
 Células de Tradescantia sp na solução de Células de Tradescantia sp na solução de 
Água destilada (Aumento de 40X) Água destilada (Aumento de 100X) 
 
 
 
Conclusões: 
 
 Pude concluir que mesmo após a passagem da água salina para o meio 
intracelular, a membrana plasmática não permite que o íon sódio entre no 
citoplasma da célula, devido a sua permeabilidade seletiva. Ou seja, certas 
substâncias passam livremente através dela, enquanto outras são impedidas de 
passar. Essa característica é importante, pois permite a célula manter sua 
determinada composição interna, independente do meio em que se encontre. 
Portanto, o fato de uma substância passar pela parede celular, não significa que 
ela irá passar para o interior da célula, somente se houver necessidade (neste 
caso, a célula tomará as medidas necessárias, como por exemplo, no caso da 
água: com as aquaporinas – proteínas transportadoras que facilitam sua 
passagem) (ALBERTS et al., 2011). 
 
 
 
Referências Bibliográficas: 
 
ALBERTS, B.; BRAY, D.; LEWIS, J.; RAFF, M.; ROBERTS, K.; WATSON, J. D. Biologia 
molecular da célula. Porto Alegre: Artes Médicas, 2011. 
COOPER, G. M.; HAUSMAN, R. E. A Célula: uma abordagem molecular. 3.ed.Porto 
Alegre: Artmed. 2007.

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