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. 1 Aeronáutica SEF - Enfermagem 2.4.1 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA 2.4.1.1 Suporte Básico de Vida. Suporte Avançado de Vida. Diretrizes para RCP. Triagem. Principais emergência médicas .......... 1 2.4.2 VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGIA 2.4.2.1 Influenza. Rubéola. Sarampo. Síndrome da Rubéola Congênita. Coqueluche. Difteria. Parotidite. Infecciosa. Poliomielite. Tétano Acidental. Tétano Neonatal. Varicela. Herpes Zoster. Botulismo. Cólera. Doenças Diarreicas Agudas. Febre Tifóide. Aids. Hepatites Virais. Sífilis Congênita. Sífilis em Gestantes. Hanseníase. Tuberculose. Tratamento Diretamente Observado da Tuberculose. Coleta de Material Biológico na Tuberculose. Leptospirose. Dengue. Febre Amarela. Doença de Chagas. Malária. Peste. Tracoma. Leishmaniose Tegumentar Americana. Leishmaniose Visceral. Febre Maculosa. Meningites. Raiva. Acidentes por Animais Peçonhentos e Assistência de Enfermagem. Rotavírus. Notificação Compulsória de Doenças. Portaria GM/MS nº 204/2016 ............................................................................................................................................... 34 2.4.3 BIOSSEGURANÇA HOSPITALAR 2.4.3.1 Prevenção de Acidentes Hospitalares. Exposição à Material Biológico e Protocolos. Acidentes com materiais biológicos. Profilaxia pós exposição ao HIV. Controle de Infecção Hospitalar. Resíduos dos Serviços de Saúde. Norma Regulamentadora NR 32 . 87 2.4.4 PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS 2.4.4.1 Terapêutica medicamentosa. Noções de farmacoterapia. Farmacocinética. Farmacodinâmica. Principais Vias de Administração das Drogas. Drogas que atuam no sistema nervoso central, Autônomo, Cardiovascular, Digestório, Respiratório, Endócrino, Urinário. Cálculo e Diluição de Medicamentos. Interações Medicamentosas. Incompatibilidade entre Medicamentos. Antineoplásicos. Antimicrobianos. Drogas Vasoativas. Opióides ............................................................................................................................................... 155 2.4.5 CONDUTAS DO TÉCNICO DE ENFERMAGEM NA SAÚDE MENTAL 2.4.5.1 Intervenções, sinais e sintomas. Afecções Neurológicas. Doença de Parkinson. Portaria Ministério da Saúde SAS nº 228 de 10 de maio de 2010. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Doença de Parkinson. Alzheimer. Esclerose Múltipla .............................................................................................................. 202 2.4.6 INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS 2.4.6.1 Gonorréia, Uretrites, Condiloma Acuminado, Linfogranuloma venéreo, Cancro mole (prevenção) ......................................................... 246 2.4.7 IMUNIZAÇÃO 2.4.7.1 Calendário Básico de Vacinação. Vacinas, acondicionamento. Cadeia de frio (conservação), dosagens, aplicação .............................................................................................. 257 2.4.8 DEONTOLOGIA 2.4.8.1 Ética: Princípios Básicos De Ética. Regulamentação do Exercício Profissional de Enfermagem e Relações Humanas. Conselho Regional de Enfermagem (Coren) - Código de Ética de Enfermagem – Lei nº. 7498 do exercício Profissional; Entidades de Classe. Parecer Câmara Técnica Coren- n°003/2017 2.4.9 ANOTAÇÃO DE ENFERMAGEM 2.4.9.1 Aspectos Éticos legais ... 301 2.4.10 ENFERMAGEM EM SAÚDE PÚBLICA 2.4.10.1 Atenção Primária.Sistema de Saúde no Brasil.Programas de Saúde.Sistemas de Informação de Atenção Básica.Ministério da Saúde ........... 344 2.4.11 SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE. 2.4.11.1 Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990. Lei nº 8.142, de 2 de dezembro de 1990. .................................................................................................................. 364 Apostila gerada especialmente para: eduardo cezar da silva 051.682.580-18 . 2 2.4.12 NORMA OPERACIONAL BÁSICA DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE2.4.12.1 NOB-SUS de 1996. Norma Operacional da Assistência à Saúde/SUS - NOAS-SUS de 2002...... ............................ 391 2.4.13 ENFERMAGEM EM SAÚDE DA MULHER. 2.4.13.1 Doença Hipertensiva Específica da Gravidez. Planejamento familiar, gestação (prénatal), vacinação da gestante parto e puerpério. Prevenção do câncer de colo de útero e mamas. Vacinação para HPV (Papiloma Vírus Humano) ...................... 435 2.4.14 ENFERMAGEM MATERNO-INFANTIL. 2.4.14.1 Assistência de Enfermagem no Pré-Parto, Parto e Puerpério e nas Emergências Obstétricas e Assistência de Enfermagem em Pediatria; 2.4.15 ENFERMAGEM EM NEONATOLOGIA. 2.4.15.1 Classificação do recém-nascido, assistência de enfermagem em sala de parto. Avaliação da vitalidade do recém-nascido. Cuidados no período inicial pós-parto. Peso, altura e medidas de perímetro do recém-nascido. Avaliação e cuidados iniciais do recém nascido. Teste do Pezinho. Doença Hemolítica do Recém-nascido. Icterícia fisiológica do Recém- nascido.. .............................................................................................................................................. 477 2.4.16 FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM. 2.4.16.1 Atenção à Saúde. Sinais Vitais. O paciente e suas necessidades básicas. Higiene do paciente. Medidas de conforto e segurança do paciente. Alimentação do paciente. Oxigênio. Traqueostomia. Tricotomia. Sondagens. Pressão Venosa Central. Lavagem intestinal. Colostomia. Preparo do corpo pós morte ............................................................. 523 2.4.17 ENFERMAGEM EM CENTRO CIRÚRGICO. 2.4.17 Urgências Clínicas e Cirúrgicas. Tempos cirúrgicos ou operatórios. II Diretriz de Avaliação perioperatória da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Métodos de Esterilização de Material. Portaria Interministerial n° 482 de 16 de abril de 1999. Cirurgia Segura. Programa de Controle de Infecção Hospitalar. Equipamentos básicos de uma sala de cirurgia. Posições do paciente na mesa cirúrgica. Anestesia. Paramentação cirúrgica. Sala de Recuperação pós anestésica (RPA). Assistência de enfermagem. Enfermagem em Central de Material. Instrumental Cirúrgico-Acondicionamento e cuidados. Instrumentos cirúrgicos ....................................................... 593 2.4.18 DIABETES MELLITUS ......................................................................................................... 643 2.4.19 7ª DIRETRIZ BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO ARTERIAL-2017 ....................................... 650 2.4.20 CHOQUE. 2.4.20.1 Tipos de Choque. Infarto Agudo do Miocárdio. Trombose Venosa Profunda. Tromboembolismo. Pulmonar. Doença Vascular Encefálica ................................................................ 720 2.4.21 HEMOCOMPONENTES. 2.4.21.1 Guia para uso de Hemocomponentes. 2ªed. Ministério da Saúde. Brasília . 2015 ......................................................................................................................... 737 2.4.22 SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS-DROGAS. 2.4.22.1 Dados Data SUS. Recomendações da Associação Médica Brasileira. Tipos de Drogas. Entorpecents. Opióides ........................................... 779 Candidatos ao Concurso Público, O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail professores@maxieduca.com.br para dúvidas relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para um bom desempenho na prova. As dúvidas serão encaminhadas para os professores responsáveis pela matéria, portanto, ao entrar em contato, informe: - Apostila (concurso e cargo); - Disciplina (matéria); - Número da página onde se encontra a dúvida; e - Qual a dúvida. Caso existam dúvidas em disciplinas diferentes, por favor, encaminhá-las em e-mails separados. O professor terá até cinco dias úteis para respondê-la. Bons estudos! Apostila gerada especialmente para: eduardo cezar da silva 051.682.580-18 . 1 Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante todo o prazo do concursopara auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores@maxieduca.com.br ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS Urgência Na urgência há uma situação que não pode ser adiada, que deve ser resolvida rapidamente, pois se houver demora, corre-se o risco até mesmo de morte. Na medicina, ocorrências de caráter urgente necessitam de tratamento médico e muitas vezes de cirurgia, contudo, possuem um caráter menos imediatista. Exemplos: contusões leves, entorses, hemorragia classe I, etc. Dispositivo da Resolução 1.451/1995 do Conselho Federal de Medicina: Artigo 1º − Os estabelecimentos de Prontos Socorros Públicos e Privados deverão ser estruturados para prestar atendimento a situações de urgência-emergência, devendo garantir todas as manobras de sustentação da vida e com condições de dar continuidade à assistência no local ou em outro nível de atendimento referenciado. Parágrafo Primeiro − Define-se por URGÊNCIA a ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata. Emergência Na emergência temos uma situação crítica ou algo iminente, com ocorrência de perigo; incidente; imprevisto. No âmbito da medicina, é a circunstância que exige uma cirurgia ou intervenção médica de imediato. O tempo gasto entre o momento em que a vítima é encontrada e o seu encaminhamento deve ser o mais curto possível. Exemplos: hemorragias de classe II, III e IV, etc. Dispositivo da Resolução n. 1.451/1995 do Conselho Federal de Medicina: Artigo 1º − Os estabelecimentos de Prontos Socorros Públicos e Privados deverão ser estruturados para prestar atendimento a situações de urgência-emergência, devendo garantir todas as manobras de sustentação da vida e com condições de dar continuidade à assistência no local ou em outro nível de atendimento referenciado. [...] Parágrafo Segundo − Define-se por EMERGÊNCIA a constatação médica de condições de agravo à saúde que impliquem risco iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, tratamento médico imediato. Obstrução das Vias Aéreas por Corpo Estranho No caso do paciente consciente: fique por traz do paciente e envolva a cintura da seguinte forma: coloque o polegar na barriga do paciente contra o abdômen do paciente na linha media comprima com o punho o abdômen do paciente, cada pressão deve ser separada e distinta. No caso do paciente inconsciente: posicioná-lo sobre as costas ajoelhar acalvagado pelas coxas do paciente voltado para a cabeça comprimir o abdome de forma rápida com o punho. Em caso de retirada com o dedo: abrir a boca do paciente segurando toda a sua língua introduzir o dedo indicador sobre a boca. 2.4.1 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM EM URGÊNCIA E EMERGÊNCIA 2.4.1.1 Suporte Básico de Vida. Suporte Avançado de Vida. Diretrizes para RCP. Triagem. Principais emergência médicas Apostila gerada especialmente para: eduardo cezar da silva 051.682.580-18 . 2 Assistência em Hemorragias Externa: - Aplique compressão direta na veia do paciente; - Aplique curativo compressivo; - Eleve a parte lesada para interromper o sangramento; - Puncionar veia de grosso calibre para reposição de sangue e soro. Interna: - Administre sangue de acordo com a prescrição; - Monitorize as respostas hemodinâmicas do paciente; - Mantenha o paciente em posição supina até melhora do quadro; - Obtenha sangue arterial para monitorar gasometria, caso for procedimento cirúrgico imediatamente preparar para cirurgia não esquecer que antes da aplicação do sangue e plasma submeter o paciente a prova cruzada. Choque Hipovolêmico Em caso de choque hipovolêmico deve-se: - Proporcionar assistência ventilatória; - Restaurar o volume sanguíneo circulante; - Leituras contínuas de pressão arterial; - Mantenha a pressão sanguínea sistólica; - Mantenha a vigilância constante de enfermagem. Os pacientes de choque séptico devem ser mantidos frios, devido a febre alta. Ferimentos Nas hipóteses de ferimentos é necessário: - Retirar os pelos em torno do ferimento com exceção das sobrancelhas; - Limpar em torno da ferida com a solução indicada, pois limpando dentro a solução poderá ser nociva caso haja exposição de tecidos; - Ajudar o médico a limpar e desbridar o ferimento; - Auxiliar o médico na sutura; - Aplicar um curativo não aderente para proteger a ferida; - Administrar tratamento bacteriano de ataque prescrito; - Ministrar profilaxia contra tétano para proteger o paciente; - Orientar o paciente a contatar com o médico e procurar o serviço de saúde no caso de dor súbita persistente, febre, hemorragia ou sinais de mau cheiro, secreção ou vermelhidão em torno da ferida. Feridas Abdominais Penetrantes Nas hipóteses de feridas abdominais penetrantes é necessário: - Inspecionar o local para verificação de lesões penetrantes; - Auscultar verificando ausência ou presença de traumatismo; - Avaliar progressão da distensão abdominal, defesa reflexa, dor, rigidez muscular e hiperestesia de rebote, hiperestesia, e diminuição do peristaltismo intestinal; - Registrar todos os sinais físicos à medida que o paciente for examinado. Cuidados Emergenciais Nas hipóteses de cuidados emergenciais é necessário: - Restaurar as vias aéreas; - Manter o paciente na maca, já que o movimento pode causar fragmentação de um coágulo em um grande vaso e produzir hemorragia maciça; - Caso o paciente esteja comatoso, imobilizar o pescoço; - Retirar a roupa de cima do ferimento; - Contar o n° de ferimentos; - Localizar a entrada e saída dos ferimentos; Apostila gerada especialmente para: eduardo cezar da silva 051.682.580-18 . 3 - Avaliar a presença de hemorragias; - Cobrir as vísceras exteriorizadas com curativos estéreis de soro fisiológico para prevenir o ressecamento das vísceras; - Controlar a hemorragia até que recupere e possa ser feita a cirurgia; - Aspirar conteúdos gástricos pois previne complicações pulmonares; - Introduzir cateter uretral para avaliar débito urinário e presença de hematúria; - Suspender ingestão de líquidos pela boca, prevenindo o aumento da peristalse e vômitos, no caso de ferimentos produzido por arma branca preparar para sinografia para detectar penetração peritoneal; - Administrar profilaxia contra tétano; - Administrar antibiótico de largo espectro prescrito; - Preparar o paciente para procedimento cirúrgico caso ocorra, hemorragia, ar sobre o diafragma, evisceração ou hematúria; Contusão Abdominal Em caso de contusão abdominal é necessário: - Iniciar método de ressuscitação; - Efetuar avaliação física constante; - Observar a presença de presença de hiperestesia, rigidez, espasmos, observe o aumento da distensão abdominal; ausculte ruídos peritoniais; monitorize frequente sinais vitais; - Avaliar complicações imediatas: como hemorragias, choques e lesões associadas; - Encaminhar solicitação de exames laboratoriais; - Encaminhar para exames radiográficos; - Colocar sonda nasogástrica para prevenir vômitos e consequentes aspirações de secreção; Esmagamentos Em caso de esmagamentos o controle do choque sistêmico constitui prioridade de tratamento; devendo-se: - Controlar o choque; - Observar a presença de comprometimento renal; - Imobilizar os grandes esmagamentos de parte mole; - Elevar as extremidades para aliviar a pressão dos líquidos extravasados; - Administrar medicações para dor e ansiedade prescritas, - Encaminhar a cirurgia, observar presença de choques; - Monitorar os sinais vitais do paciente; - Administrar plasma e sangue prescritos; TraumatismosMúltiplos Em caso de traumatismos múltiplos, deve-se: - Efetuar um exame físico simplificado, para determinar sangramento, parada respiratória, ou choque; - Iniciar ressuscitação; - Observar aspecto e assimetria da movimentação da parede torácica e padrão da respiração; - Ventilar o paciente prevenindo a hipóxia; - Introduzir cânula evitando orofaríngea evitando oclusão pela língua; - Avaliar a função cardíaca; - Puncionar veia calibrosa e iniciar administração de sangue, derivados e eletrólitos; - Controlar a hemorragia; - Prevenir e tratar o choque hipovolêmico; - Introduzir cateter uretral de demora, e monitorizar débito cardíaco; - Avaliar presença de traumatismo de pescoço; - Avaliar a presença de traumatismo de crânio; - Imobilizar fraturas evitando traumatismo maior de partes moles; - Preparar para laparotomia caso o paciente mostre sinais contínuos de hemorragias e piora; - Mobilizar a cada hora o débito urinário; - Administrar tratamento contra tétano. Apostila gerada especialmente para: eduardo cezar da silva 051.682.580-18 . 4 Fraturas Em caso de fraturas, deve-se: - Dar imediata atenção ao estado geral do paciente; - Avaliar presença de dificuldades respiratórias; - Preparar para traqueostomia, caso necessário; - Administrar sangue e hemoderivados e eletrólitos, prescrito; - Manter controle de sinais vitais constantes; - Avaliar déficits neurológicos; - Administrar oxigenação prescrita; - Aplicar curativo estéril em fratura exposta; - Imobilizar antes de movimentar o paciente; - Avaliar sinais de choque e hemorragias; - Manusear a parte afetada o mínimo possível; - Transportar o paciente com segurança; - Administrar analgésicos prescritos. Emergências de Temperatura Podem levar à internação, causada por insuficiente mecanismo de regulação de calor. Aqui as pessoas de riscos são aquelas que não estão acostumadas com o calor excessivo. Para estes casos deve-se: - Remover a roupa do paciente; - Reduzir a temperatura central interna; - Usar lençóis frios; - Massagear o paciente promovendo a circulação e mantendo vasodilatação cutânea; - Colocar aparelho de ventilação para resfriar o paciente; - Monitorizar a temperatura do paciente de forma constante; - Monitorizar cuidadosamente sinais vitais; - Administrar oxigênio para suprir a as necessidades teciduais; - Iniciar infusão prescrita; - Medir o débito urinário a complicação da internação e a necrose tubular; - Administrar tratamento de suporte prescritos: diuréticos, anticonvulsivante, potássio para hipocalemia; - Continuar a monitorização com ECG; - Admitir o paciente em UTI, pois pode ocorrer lesão permanente do fígado; Lesões pelo Frio Essas lesões também são conhecidas eritema pernio, trata-se de um traumatismo recorrente a exposição à baixas temperaturas que provoca um verdadeiro congelamento dos líquidos teciduais, das células e dos espaços celulares. O que fazer nestes casos: - Não permitir que o paciente deambule, caso o eritema seja de extremidades; - Remover as roupas para evitar compressão; - Reaquecer as extremidades com calor rápido e controlado; - Administrar profilaxia contra o tétano; - Elevar a parte afetada para controlar o edema; - Efetuar exame físico e restaurar o equilíbrio hidroeletrolítico; - Proteger a parte aquecida e não estourar as bolhas que formarem; - Encorajar a mobilização. Hipotermia É um estado de temperatura interna de 35°, ou menos por exposição ao frio. O que fazer nestes casos: - Monitorar sinais vitais; - Monitorar temperatura interna; - Fazer um tratamento de suporte e reaquecimento. Apostila gerada especialmente para: eduardo cezar da silva 051.682.580-18 . 5 Hipertermia É caracterizada pelo aumento da temperatura normal corporal, superior a 39ºC. A hipertermia pode fazer com que a pessoa sofra um colapso, perca a consciência e seja inclusive levada a morte. Alguns sintomas: a temperatura corpórea central aumenta para mais de 40° C; a transpiração cessa; a frequência cardíaca aumenta; a respiração se intensifica; ocorre confusão mental, tontura, náusea e dor de cabeça. Reação Anafilática Se for na presença de edema glótico, deve-se: - Fazer incisão na membrana cricotireoidea para liberar via aérea; - Proceder respiração cardiorrespiratória; - Administrar epinefrina prescrita; - Iniciar infusão e medicamento para reversão de efeito; - Avaliar e monitorar sinais vitais; - Administrar oxigênio; - Caso o paciente esteja com convulsões administre medicamento anticonvulsivante. Envenenamento O que fazer neste caso: - Controlar vias áreas; - Avaliar a função cardiovascular; - Administrar oxigenoterapia; - Monitorar débito cardíaco; - Procurar determinar qual o veneno para estabelecer antídoto; - Monitorar estado neurológico; - Obter amostra de sangue para dosar a concentração do veneno; - Puncionar veia calibrosa; - Administrar tratamento de suporte; - Monitorizar equilíbrio hidroeletrolítico; - Realizar uma lavagem gástrica para paciente obnubilado; - Monitorar e tratar complicações. Queimaduras Químicas O que fazer nestes casos: - Lavar a pele com água corrente; - Aplicar lavagens prolongadas com água morna; - Caracterizar para tratamento correto verificar o tipo de substancia que causou o envenenamento; - Fazer um tratamento adequado para queimadura. Acidentes com Animais Peçonhentos Nestes casos é preciso: - Determinar se a cobra é venenosa ou não; - Determinar o local e circunstâncias; - Monitorar sinais vitais; - Proceder a tratamento de suporte antes de proceder a aplicação de soro; - Solicitar exames laboratoriais; - Não usar gelo torniquete ou heparina; - Raramente indica-se a limpeza cirúrgica; - Observar o paciente nas primeiras 6h, constantemente. Intoxicação Alimentar Nestes casos é preciso: - Determinar a fonte da intoxicação; Apostila gerada especialmente para: eduardo cezar da silva 051.682.580-18 . 6 - Presenciar sinais neurológicos; - Dar suporte respiratório; - Corrigir e controlar a hipoglicemia. Intoxicação por Substâncias Químicas O tratamento visa a retirada ou a recuperação dos efeitos agudos da substância. O atendimento deve ser imediato. O que fazer neste caso? - Inicialmente devemos observar a maneira como a pessoa respira, seu pulso, pressão sanguínea e temperatura. - Importante também observar indicativos neurológicos incluindo itens como nível de consciência, coordenação, linguagem e anormalidade dos olhos; observe se os olhos estão “virados”, opacos, contraídos ou dilatados. - Determinar a fonte da substância; - Realizar monitoração dos sinais vitais; - Presença de sinais neurológicos; - Dar suporte respiratório. Medidas de Ressuscitação em Emergência As manobras de ressuscitação são medidas úteis de socorrismo em caráter de emergência. A Associação Americana do Coração recomenda que qualquer pessoa inicie as compressões torácicas. O que deve ser feito: - Observar se a pessoa está consciente ou inconsciente, inicia-se as compressões torácicas e observa- se a respiração. - Chamar o socorro o mais rápido possível. - Em caso de emergência intra-hospitalar, iniciar as compressões 30:2 (30 compressões por 2 ventilação), verificar pulso e expansibilidade torácica. - Monitorar e administrar medicações conforme prescrição médica. Afogamento Asfixia provocada pela imersão em meio líquido. Geralmente ocorre por câimbra, mau jeito, onda mais forte, inundação ou enchente e por quem se lança na água sem saber nadar. Como se manifesta - Agitação; - Dificuldade respiratória; - Inconsciência; - Parada respiratória; - Parada cardíaca. Como proceder - Tente retirar a vítima da água utilizando material disponível (corda, boia, remo, etc.) - Em último caso e se souber nadar muito bem, aproxime-se da vítima pelas costas, segure-a e mantenha-a coma cabeça fora d'água (cuidado com o afogamento duplo); - Coloque a vítima deitada em decúbito dorsal, quando fora d'água; - Insista na respiração de socorro se necessário, o mais rápido possível; - Execute a compressão cardíaca externa se a vítima apresentar ausência de pulso e midríase (pupilas dilatadas); - Friccione vigorosamente os braços e as pernas da vítima, estimulando a circulação; - Aqueça a vítima; - Remova a vítima para o hospital mais próximo. Respiração de Socorro Método de Silvester (Modificado) Este método é aplicado nos casos em que não se pode empregar o método boca-a-boca (traumatismos graves de face, envenenamento por cianureto, ácido sulfúrico, ácido clorídrico, soda cáustica, fenol e Apostila gerada especialmente para: eduardo cezar da silva 051.682.580-18 . 7 outras substâncias cáusticas). O método silvestre permite não só o restabelecimento dos movimentos respiratórios como os do coração. Como proceder - Desobstrua a boca e a garganta da vítima, fazendo tração da língua e retirando corpos estranhos e secreção; - Coloque a vítima em decúbito dorsal; - Eleve o tórax da vítima com auxílio de um travesseiro, cobertor dobrado, casaco ou pilha de jornal, inclinando sua cabeça para trás, provocando a hiperextensão do pescoço; - Ajoelhe-se, coloque a cabeça da vítima entre suas pernas e com os braços paralelos ao corpo; - Segure os punhos da vítima, trazendo seus braços para trás e para junto de suas pernas (rente ao solo); - Volte com os braços da vítima para frente (rente ao solo), cruzando-os sobre o peito (parte inferior do externo 2 cm do processo xifóide); - Pressione o tórax da vítima 05 vezes seguidas; - Volte os braços da vítima para a posição inicial e reinicie o método. Telefones públicos de emergência: prontos-socorros, polícias militar e civil, corpo de bombeiros. Listamos os principais números úteis e de emergência nacionais. Fique atento a finalidade de cada um para não errar durante a ligação: SAMU: 192 Serviço de Atendimento Móvel de Urgência - SAMU (pronto-socorro). O SAMU é o serviço médico brasileiro utilizado em caso de emergências médicas. Para utilizá-lo, basta ligar para 192 e explicar o tipo de emergência para acionar o serviço. Policia Militar: 190 O 190 é um serviço de emergência da Polícia Militar que atende aos cidadãos em casos de riscos, ameaças contra a vida, denúncias de roubos, atentados e proteção pública. Pode ser acionado de telefones fixos e celulares. Polícia Civil: 197 Para denúncias de porte de arma, drogas, tráfico, roubos, assaltos, assassinatos, sequestros, etc. Corpo de Bombeiros: 193 As consequências da maioria dos acidentes domésticos ou na rua podem ser amenizadas com o socorro imediato do Corpo de Bombeiros. O Disque Bombeiros atende a incêndios, acidentes com animais, vazamentos de gás, produtos químico e causas naturais como alagamento e queimadas. Confira aqui um caso de atuação do Corpo de Bombeiros em vistoria por Brasília. Postos de Saúde e Hospitais: O 192 é um serviço de atendimento pré-hospitalar de urgência e emergência. Você pode acionar o serviço através de telefones sem utilizar fichas ou cartão. O que você deve saber antes de ligar para o 192: 1 - o que aconteceu com o paciente; 2 - endereço - rua, avenida, número, bairro e referência do local da ocorrência; 3 - dados do paciente, como nome, idade e sexo; 4 - o número do telefone de onde você está ligando. O 192 atende apenas situações de emergências médicas. Não dê trote! Você poderá retardar e prejudicar seriamente outra pessoa que esteja em risco de vida. ATENÇÃO !!! Chame o socorro pelo número 192. Caso o paciente seja socorrido por outros meios, ligue cancelando o pedido. Apostila gerada especialmente para: eduardo cezar da silva 051.682.580-18 . 8 Questões 01. (IFC/SC - Enfermeiro - IESES) Urgência, caso clínico, consulta e emergência são palavras comuns do vocabulário de um enfermeiro. Saber distinguir e classificar os casos é essencial para a profissão. Hemorragias, parada respiratória e parada cardíaca são casos de: (A) Urgência. (B) Emergência. (C) Consulta. (D) Clínico. 02. (EBSERH - Técnico em Enfermagem - INSTITUTO AOCP) Em relação à urgência e emergência, assinale a alternativa correta. (A) A urgência é classificada como todo caso em que há ameaça iminente à vida, sofrimento intenso ou risco de lesão permanente, havendo necessidade de tratamento médico imediato. (B) A emergência é uma situação que requer assistência rápida, no menor tempo possível, a fim de evitar complicações e sofrimento. (C) Checar a segurança da cena do acidente, antes de socorrer uma vítima de atropelamento que está em risco de morte, é um detalhe dispensável. (D) São exemplos de urgência: dores abdominais agudas, cólicas renais, fraturas seguidas de hemorragias volumosas. (E) Alguns exemplos de emergências são a parada cardiorrespiratória, hemorragias volumosas e infartos que podem levar a danos irreversíveis e até ao óbito. 03. Emergência está caracterizada quando há uma situação crítica ou algo iminente, com ocorrência de perigo; incidente; imprevisto. ( ) Certo ( ) Errado 04. (TRE/AM - Técnico Judiciário - IBFC) De acordo com o Ministério da Saúde, o termo urgência consiste: (A) Em uma situação que não caracteriza atendimento imediato, podendo o paciente permanecer até 6 horas na sala de espera. (B) Na constatação médica de condições de agravo à saúde que impliquem risco iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo portanto, tratamento médico imediato. (C) Na ocorrência imprevista de agravo à saúde, com ou sem risco potencial à vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata. (D) Na ocorrência prevista de agravo à saúde exclusivamente sem risco potencial à vida, cujo portador não necessita de assistência médica imediata. 05. (PRF - Polícia Rodoviária Federal - FUNRIO) Que números de telefones de utilidade pública correspondem, respectivamente aos telefones de emergência da Polícia Militar, Ambulância e Corpo de Bombeiros? (A) 190, 193 e 194 (B) 190. 191 e 192 (C) 191, 192 e 194 (D) 190, 192 e 193 (E) 191, 193 e 194 06. (Prefeitura de Cachoeirinha - Guarda Municipal - FUNDATEC) Segundo a referida Cartilha, na maioria das regiões do Brasil, dentre os serviços e os telefones que poderão ser acionados, em caso de acidente de trânsito, estão: I. Resgate do Corpo de Bombeiros – telefone 193, nos casos em que houver vítimas presas às ferragens. II. Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – SAMU – telefone 192, em qualquer tipo de acidente. III. Policia Militar – telefone 190, nos locais onde não houver serviços próprios de socorro. Quais estão corretas? (A) Apenas I. (B) Apenas II. (C) Apenas III. Apostila gerada especialmente para: eduardo cezar da silva 051.682.580-18 . 9 (D) Apenas II e III. (E) I, II e III. Gabarito 01.B / 02.E / 03.Certo / 04.C / 05.D / 06.E Comentários 01.Resposta B Hemorragias, parada respiratória e parada cardíaca são situações consideradas de emergência, pois necessitam de uma intervenção médica de imediato já nos casos de urgência as situações possuem um caráter menos imediatista. 02.Resposta E São exemplos de emergência parada cardiorrespiratória, hemorragias volumosas e infartos que podem levar a danos irreversíveis e até ao óbito. São exemplo de urgência contusões leves, entorses, hemorragia classe I. 03.Resposta Certo A afirmativa está certa de acordo com o Dispositivo da Resolução n. 1.451/1995 do Conselho Federal de Medicina: [...] Parágrafo Segundo − Define-se por EMERGÊNCIA a constatação médica de condições de agravo à saúde que impliquem risco iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, tratamento médico imediato. 04.Resposta C A urgência de acordo com o Dispositivo da Resolução 1.451/1995 do Conselho Federal de Medicina: Parágrafo Primeiro− Define-se por URGÊNCIA a ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata. 05.Resposta D São telefones de emergência da Polícia Militar - 190, Ambulância - 192 e Corpo de Bombeiros – 193. 06.Resposta E São telefones de emergência da Polícia Militar - 190, Ambulância - 192 e Corpo de Bombeiros – 193. SUPORTE BÁSICO E AVANÇADO DE VIDA - DIRETRIZES DE 2015.1 Suporte Básico de Vida Conforme Brunner & Suddarth, a parada cardiorrespiratória corresponde a uma interrupção súbita e inesperada da atividade mecânica ventricular útil e insuficiente para manter o débito cardíaco, ou seja, o coração para de produzir pulso e circulação sanguínea efetiva. Podendo ser causada por evento elétrico cardíaco como frequência rápida (Taquicardia ventricular ou fibrilação ventricular), frequência lenta (bradicardia ou bloqueio átrio ventricular) ou por ausência total de frequência (Assistolia). O suporte básico de vida (SBV) constitui como uma sequência de etapas do socorro à vítima em situação eminente de risco a vida, geralmente seu atendimento é realizado fora do ambiente hospitalar sem a realização de manobras invasivas, já o Suporte avançado de vida (SAV) em princípio é parecido, porém realizam-se procedimentos invasivos de suporte ventilatório e circulatório (FERREIRA; GARCIA). A realização de manobras executadas tanto no SBV como as de SAV requer uma equipe bem treinada, pois na parada cardiorrespiratória exige ações rápidas e eficazes, assim sendo melhor executadas em equipe do que individualmente (LIMA) É relevante que todo profissional de saúde saiba o que fazer quando se deparar com um paciente em uma parada cardiorrespiratória. Geralmente as instituições e equipes de saúde têm diretrizes e protocolos definidos para ativar a equipe em caso de ressuscitação, mas é claro que independentemente do local 1 http://www.efdeportes.com/efd181/diretrizes-de-ressuscitacao-cardiopulmonar-rcp.htm Apostila gerada especialmente para: eduardo cezar da silva 051.682.580-18 . 10 onde esteja às metas de ressuscitação realizadas pela equipe devem ser as mesmas, constituindo em restaurar espontaneamente a respiração e a circulação preservando as funções e os órgãos vitais durante todo o procedimento. É preciso definir e diferenciar o que vem a ser então uma situação de urgência ou emergência. Segundo o Conselho Federal de Medicina (Resolução CFM nº 1451/95), “define-se por urgência a ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita de assistência médica imediata.” Já o conceito de emergência é entendido como “a constatação médica de condições de agravo à saúde que impliquem em risco iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, tratamento médico imediato.” De forma mais objetiva, a urgência é uma situação onde não existe risco imediato à vida (ou risco de morte). O atendimento requer rapidez, mas o paciente pode aguardar tratamento definitivo e solução em curto prazo (algumas literaturas se referem a um prazo de até 24 horas). A emergência geralmente implica estarmos diante de uma situação de aparecimento súbito e imprevisto, grave, crítica e que exige ação imediata, pois a ameaça à vida é grande. Como o próprio nome diz, o serviço de Atendimento Pré-hospitalar (APH) envolve todas as ações efetuadas com o paciente, antes da chegada dele ao ambiente hospitalar. Compreende, portanto, três etapas: 1. Assistência ao paciente na cena (no local da ocorrência); 2. Transporte do paciente até o hospital; 3. Chegada do paciente ao hospital. O APH divide-se, ainda, basicamente em duas modalidades de atendimento: - Suporte Básico à Vida (SBV): caracteriza-se por não realizar manobras invasivas. - Suporte Avançado à Vida (SAV): caracteriza-se pela realização de procedimentos invasivos de suporte ventilatório e circulatório, como, por exemplo, a intubação orotraqueal, acesso venoso e administração de medicamentos. Geralmente, o suporte avançado é prestado por equipe composta por médico e enfermeiro. O APH tem como objetivos específicos preservar as condições vitais e transportar a vítima sem causar traumas iatrogênicos durante sua abordagem, como, por exemplo, danos ocorridos durante manipulação e remoção inadequada (do interior de ferragens, escombros etc.). O socorrista deve ter como princípio básico evitar o agravamento das lesões e procurar estabilizar as funções ventilatórias e hemodinâmicas do paciente. As condições essenciais para que esses objetivos sejam alcançados são: pessoal qualificado e devidamente treinado; veículos de transporte apropriados e equipados, sendo inclusive dotados de meio de comunicação direta com o centro que receberá a vítima e hospitais de referência estrategicamente localizados, com infraestrutura material e recursos humanos adequados. Uma atenção pré-hospitalar qualificada é de suma importância para que a vítima chegue viva ao hospital. Nos locais onde esse sistema é inadequado, a mortalidade hospitalar por trauma, por exemplo, é baixa, porque os pacientes graves morrem no local do acidente, ou durante o transporte. A prioridade de atendimento é determinada basicamente pela gravidade da vítima, ou seja, serão socorridas e atendidas primeiramente aquelas que se encontram sujeitas a maior risco de morte, pois o objetivo principal do primeiro socorro é a preservação da vida. O socorrista deverá seguir uma sequência padronizada e executar as medidas de socorro conforme for identificando as lesões da vítima RCP de Alta Qualidade A ênfase no Suporte Básico de Vida (BLS – Basic Life Suport) nas Diretrizes 2015 continua na qualidade da massagem cardíaca. Portanto, uma RCP de qualidade significa comprimir o tórax na frequência e profundidade adequadas, permitir o retorno do tórax a cada compressão, minimizar interrupções nas compressões e evitar ventilação excessiva. As novas recomendações ficaram descritas assim: - Houve modificação nas compressões torácicas, que agora devem ser feitas em uma frequência de 100 a 120 /min; - Também foi mudada a profundidade da compressão torácica em um adulto médio, que deve ser em torno de 5cm, evitando ultrapassar 6cm; - Para garantir o retorno do tórax após cada compressão o socorrista não deve apoiar-se no tórax entre as compressões; - A meta em termos de minimizar as interrupções é garantir que as compressões torácicas ocorram em ao menos 60% do tempo da RCP. Isso significa evitar interromper as compressões por mais de 10 segundos; Apostila gerada especialmente para: eduardo cezar da silva 051.682.580-18 . 11 - Para minimizar ventilações excessivas, uma vez colocada a via aérea avançada, a proporção de ventilações foi simplificada para 10 respirações por minuto (uma ventilação a cada seis segundos). Suporte Básico de Vida para Adultos - Socorrista Leigo - Foi reforçada a recomendação para que exista disponibilidade de desfibrilador (DEA) em locais públicos com grande probabilidade de ocorrer uma PCR presenciada (aeroportos, instalações esportivas, espaços de espetáculos, etc); - Para ajudar o leigo a reconhecer uma PCR (e iniciar o atendimento), bastam apenas os seguintes critérios: a vítima não ter resposta, ou não respirar, ou ter uma respiração anormal (gasping). O treinamento do leigo deve ser para reconhecer esses padrões, sem precisar checar pulso. Para um leigo não treinado, ele pode ser orientado facilmente por telefone; - O algoritmo foi modificado para que o socorrista ative o Serviço Médico de Emergência sem sair do lado da vítima (usando celular); - Tendo reconhecido a PCR, o socorrista leigo que não tiver treinamento deve realizar apenas compressões torácicas até a chegada de um DEA ou de outros socorristas treinados, ou ainda até que a vítima começa a se movimentar espontaneamente; - A orientação para o leigonão treinado é: “comprimir com força e rapidez no centro do tórax”; - Para o leigo treinado, foi reforçada a sequência C – A – B para atendimento (circulation – airway – breathing). Portanto o socorrista deve começar pelas compressões torácicas antes de realizar abertura de vias aéreas e ventilações. A proporção permanece de 30 compressões para 2 ventilações; - Foi acrescentada a possibilidade de administrar naloxona intramuscular ou intranasal em casos de suspeita de intoxicação por opióides nas quais o paciente tenha ausência de resposta ou respiração anormal. Isso só poderá ser feito por socorristas leigos treinados ou profissionais de saúde. Suporte Básico de Vida para Adultos – Profissional de Saúde - Para identificar a PCR, o profissional treinado pode checar a respiração e o pulso ao mesmo tempo para minimizar o tempo para o início das compressões torácicas; - Identificada a PCR e estando sozinho, usar o celular para acionar o Serviço Médico de Emergência e obter um DEA antes de iniciar a RCP. Não estando sozinho, pedir para alguém fazer isso enquanto se inicia a RCP; - A nova recomendação é para utilizar o DEA assim que ele estiver disponível, o que significa interromper as compressões torácicas e desfibrilar o paciente; - Quando o Serviço Médico de Emergência assumir pode ser feita uma estratégia de 3 ciclos de 200 compressões contínuas com choques interpostos, enquanto se usa apenas insuflação de oxigênio passiva. PCR durante a gravidez: Administração de RCP As prioridades para as mulheres grávidas em PCR são a administração de RCP de alta qualidade e o alívio da compressão aortocava. Se a altura do fundo for igual ou superior ao nível do umbigo, o deslocamento manual do útero para a esquerda pode ser benéfico para o alívio da compressão aortocava durante as compressões torácicas. Suporte Básico de Vida em Pediatria Os destaques das novas diretrizes em pediatria são: - O algoritmo foi modificado para que o socorrista ative o Serviço Médico de Emergência sem sair do lado da vítima (usando celular). Essa deve ser a primeira atitude em uma PCR presenciada, para só depois iniciar a RCP. Se a PCR não tiver sido presenciada, deve-se aplicar 2 minutos de RCP, para só depois pedir ajuda e providenciar um DEA; - Foi confirmada a sequência de atendimento C – A – B (circulation – airway – breathing) para RCP em pediatria para dar ênfase na massagem cardíaca inicialmente (Classe IIb, Nível C-EO); - Houve modificação nas compressões torácicas, que agora devem ser feitas em uma frequência de 100 a 120 /min (assim como em adultos) (Classe IIa, Nível C-EO); - Recomenda-se que profundidade da compressão torácica em uma criança seja de 5cm e em bebês (exceto recém-nascidos) seja de 4cm. Para adolescentes seguir a mesma recomendação de RCP em adultos (Classe IIa, Nível C-LD); - Para crianças a RCP deve ser feita com massagem cardíaca e ventilações, diferentemente nos adultos, onde não há essa ênfase. A proporção é de 30:2 (compressões: ventilação) se houver apenas 1 socorrista. Caso haja dois ou mais socorristas, a proporção passa a ser de 15:2 (massagem: ventilação); Apostila gerada especialmente para: eduardo cezar da silva 051.682.580-18 . 12 - A nova recomendação é para utilizar o DEA assim que ele estiver disponível, o que significa interromper as compressões torácicas para que o DEA verifique o ritmo e dê o choque se necessário. Algorítimo em PCR em pediatria para os profissionais da Saúde Atualização de 2015 Suporte Avançado de Vida – Diretrizes 20152 As principais mudanças destacadas nas diretrizes de 2015 do ACLS são as recomendações sobre o prognóstico durante a RCP com base nas medições de CO2 exalado, o melhor momento para administração de adrenalina em PCR por ritmo não chocável, e a possibilidade de utilizar uma combinação de corticoide, vasopressina e adrenalina para tratamento de PCR intra-hospitalar. Uma grande mudança foi o algoritmo ter suprimido o uso da vasopressina do ACLS, ao invés da antiga versão onde ela era uma opção à epinefrina. Suporte Avançado de Vida para Adultos - A vasopressina foi retirada do algoritmo de suporte avançado de vida, para simplificar a conduta. Isso foi feito porque não oferece vantagem em comparação à epinefrina (adrenalina) (Classe IIb, Nível B-R); e também não se demonstrou benefício adicional quando as drogas são feitas de forma associada (Classe IIb, Nível B-R); - A epinefrina pode ser administrada assim que possível após início de uma PCR por ritmo não chocável. Isso significa que não é necessário esperar nenhum momento em específico para se fazer a primeira dose da medicação. Essa recomendação está baseada em melhores desfechos quando a epinefrina é administrada precocemente na parada (Classe IIb, Nível C-LD); - Uma vez que o tubo orotraqueal (ou outro dispositivo de via aérea avançado) esteja posicionado, simplificou-se a realização de ventilação para 10 ciclos por minuto (1 respiração a cada 6 segundos) (Classe IIb, Nível C-LD); - O uso da capnografia para monitorização da RCP já havia surgido como recomendação Classe I em 2010. Agora mais um item relacionado à capnografia é apontado. Em pacientes que estiverem intubados, um ETCO2 que não ultrapassa 10mmHg na capnografia após 20 minutos de RCP está associado a uma probabilidade muito baixa de ressuscitação. Sendo assim, este é um parâmetro objetivo a ser usado para determinar o fim dos esforços da RCP (Classe IIb, Nível C-LD); 2https://www.segurancadopaciente.com.br/central_conteudo/suporte-avancado-de-vida-acls-novas-diretrizes-2015/ Apostila gerada especialmente para: eduardo cezar da silva 051.682.580-18 . 13 - Alguns estudos de menor qualidade sugerem a possibilidade do uso de RCP com circulação extracorpórea em pacientes que não responderam à RCP convencional. Entretanto o custo dessa intervenção é muito alto, e deve ficar reservado a locais com condições de implementar essa medida, e em pacientes com potencial benefício, como aqueles que aguardam transplante cardíaco (Classe IIb, Nível C-LD); - Não há evidências fortes, porém pode-se utilizar a lidocaína após o retorno à circulação espontânea em casos de PCR por FV/TVSP (Classe IIb, Nível C-LD); - Outras medicações sem evidências fortes, mas que podem ser utilizadas pós PCR, são os beta- bloqueadores. Eles podem ser considerados (VO ou IV) em casos de pacientes hospitalizados pós PCR por FV/TVSP (Classe IIb, Nível C-LD); - Uma nova recomendação, porém fraca, é o uso de corticoides na PCR intra-hospitalar (Classe IIb, Nível C-LD). Nesses casos, baseado em um estudo randomizado, o que deve ser feito é uma combinação de vasopressina 20 UI + adrenalina 1mg a cada 3 minutos, e no primeiro ciclo uma dose de metilprednisolona 40mg. Após retorno à circulação espontânea o paciente ainda deve ser mantido com hidrocortisona 300mg/dia por 7 dias (Classe IIb, Nível C-LD). Cuidados Pós Parada Principais alterações feitas nas Recomendações pós PCR - Angiografia coronária de emergência a todos os pacientes que sofreram supradesnivelamento no segmento ST e para pacientes hemodinâmica ou eletricamente instáveis, caso haja suspeita de lesão cardiovascular. As recomendações de controle direcionado de temperatura foram atualizadas com novas evidências que sugerem ser aceitável uma faixa de temperatura que deve ser atingida no período pós-PCR. Todos os pacientes adultos comatosos (ou seja, sem resposta sensata a comandos verbais) com RCE após a PCR devem ser submetidos ao CDT (controle direcionado de temperatura), tendo como temperatura-alvo entre 32 °C e 36 °C, mantida constantemente durante pelo menos 24 horas, a prevenção é considerada benigna e, portanto, deve ser almejada. - Constatou-se melhora no desfecho neurológico nos pacientes em que a hipotermia foi induzida. Um recente estudo de alta qualidade comparou o controle da temperatura a 36 °Ce a 33 °C, obtendo-se desfechos semelhantes em ambos. Analisados em conjunto, os estudos iniciais sugerem que o CDT é benéfico. Atualmente, recomenda-se o prognóstico em um prazo superior a 72 horas após a conclusão do controle direcionado de temperatura; nos casos em que não há esse tipo de controle, recomenda-se avaliar o prognóstico em um prazo superior a 72 horas após a RCE. Todos os pacientes que evoluírem para morte cerebral ou circulatória após a PCR inicial devem ser considerados possíveis doadores de órgãos. - É aconselhável evitar ativamente a febre em pacientes comatosos após o CDT. - Não é recomendado o resfriamento pré-hospitalar rotineiro de pacientes com infusão rápida de fluidos EV frios após a RCE. - É aconselhável evitar e corrigir imediatamente a hipotensão (pressão arterial sistólica inferior a 90 mmHg, pressão arterial média inferior a 65 mmHg) durante os cuidados pós-PCR, enquanto a pressão arterial sistólica superior a 100 mmHg está associada a uma melhor recuperação. Prognóstico Pós PCR O período mínimo para avaliar o prognóstico de um desfecho neurológico ruim por meio de exame clínico em pacientes não tratados com CDT é de 72 horas após a PCR, mas esse período pode ser ainda maior após a PCR se houver suspeita de que o efeito residual da sedação ou paralisia possa confundir o exame clínico, por isso é aconselhada a hipotermia, para assim determinar o desfecho. Nenhuma constatação física ou exame pode prever, com 100% de certeza, a recuperação neurológica após a PCR. Várias modalidades de exames utilizadas em conjunto para prever o desfecho após o desaparecimento dos efeitos da hipotermia e dos medicamentos, provavelmente, fornecerão uma previsão precisa do desfecho. Achados clínicos úteis Associados a Malu Prognóstico Neurológico - Ausência de reflexo pupilar à luz, 72 horas ou mais após a PCR - Presença de estado mioclônico (diferente de mioclonias isoladas) durante as primeiras 72 horas após a PCR Apostila gerada especialmente para: eduardo cezar da silva 051.682.580-18 . 14 - Ausência da onda cortical do potencial somatossensorial evocado N20, 72 horas após a PCR ou após o reaquecimento. - Presença de acentuada redução do relação cinza-branco em TC do cérebro obtida até 2 horas após a PCR - Ampla restrição da difusão na ressonância magnética cerebral no prazo de 2 a 6 dias após a PCR - Ausência persistente de reatividade no EEG a estímulos externos, 72 horas após a PCR - Supressão dos surtos persistentes ou estado intratável de mal epiléptico no EEG após o reaquecimento Ausência de movimentos, a postura em extensão ou o estado mioclônico não devem ser usados isoladamente para prever o resultado. - Choque, temperatura, desordens metabólicas, sedativos anteriores ou bloqueadores neuromusculares e outros fatores. - Pacientes ressuscitados que evoluem para morte ou morte cerebral, devem ser avaliados como possíveis doadores de órgãos. Pacientes que não obtêm a RCE (Resfriamento Extra corpóreo) e que, de alguma forma, teriam a ressuscitação interrompida, podem ser considerados como possíveis doadores de rim ou fígado em ambientes onde haja programas de rápida obtenção de órgãos. Síndrome Coronária Aguda A Atualização das Diretrizes de 2015 define uma alteração no escopo das diretrizes da AHA para a avaliação e o tratamento da SCA. A partir desta atualização, as recomendações se limitarão às fases de atendimento pré-hospitalares e no serviço de emergência. Os cuidados no ambiente hospitalar são abordados nas diretrizes para o tratamento do infarto do miocárdio, publicadas conjuntamente pela AHA e pela American College of Cardiology Foundation. Exame de ECG e Possível Interpretação O ECG pré-hospitalar de 12 derivações deve ser realizado imediatamente em pacientes com possível SCA. Profissionais treinados não médicos, podem fazer a interpretação do ECG para determinar se o traçado mostra evidências de IAMST. Pode-se usar a interpretação do ECG assistida por computador em conjunto com a interpretação por um médico ou profissional treinado para reconhecer o IAMST (Infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento ST) O ECG de 12 derivações é um exame barato, de fácil execução, e pode rapidamente demonstrar as evidências de supradesnivelamento agudo do ST. A preocupação de que a interpretação de ECGs, feita por profissionais que não são médicos, possa levar a um sobrediagnóstico, com consequente uso excessivo de recursos ou, por outro lado, a um subdiagnóstico, que possa provocar atraso no tratamento, tem inibido a expansão dos programas de ECG para sistemas de SME. Reperfusão Quando a fibrinólise pré-hospitalar estiver disponível nas unidades de tratamento do IAMST e for possível fazer o transporte direto a um centro de ICP (Intervenção Coronariana Percutânea), deve-se dar preferência à triagem pré-hospitalar e ao transporte direto ao centro de ICP, por haver uma pequena relativa redução na incidência de hemorragia intracraniana. Não há, contudo, nenhuma evidência de benefícios de uma terapia sobre a outra em termos de mortalidade. A transferência direta para um hospital com capacidade de realizar ICP, em comparação com a fibrinólise pré-hospitalar, não gera nenhuma diferença na mortalidade, mas gera uma pequena redução relativa na incidência de hemorragia intracraniana. A ICP imediata, após o tratamento com fibrinólise, não proporciona nenhum benefício adicional, mas a angiografia de rotina, realizada nas primeiras 24 horas após a fibrinólise, reduz a reincidência de infarto. Situações especiais em Ressuscitação. Resumo dos Principais Pontos de Discussão e Alterações - A experiência no tratamento de pacientes com suspeita ou diagnóstico de overdose de opioides tem demonstrado que a naloxona pode ser administrada com aparente segurança e eficácia no contexto de primeiros socorros e de SBV. Por esse motivo, recomenda-se agora a administração de naloxona por socorristas leigos e profissionais de saúde. Um treinamento simplificado já é oferecido. Além disso, é fornecido um novo algoritmo para o tratamento de vítimas que não respondem e que apresentam suspeita de overdose de opioides. Apostila gerada especialmente para: eduardo cezar da silva 051.682.580-18 . 15 - Em pacientes com suspeita ou diagnóstico de overdose de opioides que tenham pulso presente, mas sem respiração normal ou somente com gasping (ou seja, uma parada respiratória), além de prestar os cuidados convencionais, os socorristas adequadamente treinados devem administrar naloxona IM ou IN em pacientes com emergência respiratória associada a opioides - Pode-se considerar o uso de emulsão lipídica intravenosa (ELI) para o tratamento de toxicidade sistêmica por anestésico local. Além disso, há uma nova recomendação que defende uma possível função da ELI em pacientes que têm PCR e não respondem às medidas de ressuscitação convencionais em decorrência de toxicidade por drogas, e não de toxicidade sistêmica por anestésico local. - A importância da RCP de alta qualidade durante qualquer PCR levou à reavaliação das recomendações sobre o alívio da compressão aortocava em uma PCR durante a gravidez. Com essa reavaliação, refinaram-se as recomendações sobre as estratégias para deslocamento uterino. Tratamento da overdose de Opioides, Treinamento e Distribuição de Naloxona A administração empírica de naloxona IM ou IN em todas as vítimas que não respondem em uma emergência potencialmente fatal, possivelmente associada a opioides, pode ser adequada como complemento aos protocolos convencionais de primeiros socorros e de SBV prestado por pessoas que não são profissionais de saúde. Em pacientes com suspeita ou diagnóstico de overdose de opioides que tenham pulso presente, mas sem respiração normal ou somente com gasping (ou seja, uma parada respiratória), além de prestar os cuidados convencionais, os socorristas adequadamente treinados devem administrarnaloxona IM ou IN em pacientes com emergência respiratória associada a opioides Os atendentes não devem retardar o acesso a serviços médicos mais avançados enquanto aguardam resposta do paciente à naloxona ou a outras intervenções. Algorítimo para pacientes possivelmente fatais associados a opóides para adultos (NOVO 2015) Suporte Avançado de Vida em Pediatria.3 Já nas recomendações para o suporte avançado para crianças, o que vemos não é uma mudança de recomendações, mas sim um refinamento do que já existia, e um acréscimo de recomendações para as situações que precedem uma parada, e condutas para o durante e após a RCP: - Ao tratar crianças com doenças febris em ambientes limitados para recursos de cuidados intensivos, o uso de cristaloides isotônicos de forma restritiva melhora a sobrevida (Classe IIb, Nível B-R). Mas é aconselhável administrar 20 mL/kg de volume em casos de sepse grave e choque séptico; 3 http://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2016/outubro/26/livro-avancado-2016.pdf Apostila gerada especialmente para: eduardo cezar da silva 051.682.580-18 . 16 - A rotina de se usar atropina como pré-medicação para intubação orotraqueal para prevenir arritmias é controversa (Classe IIb, Nível C-LD). Além disso, não há evidências do que seria a dose mínima a ser usada; - Se a PCR ocorrer em uma criança usando medida invasiva de pressão arterial, utilizar este monitoramento durante a RCP para verificar a adequação da mesma (Classe IIb, Nível C-EO); - Se houver disponibilidade, use ETCO2 para monitorar a qualidade da RCP, mas não há valores alvo estabelecidos em pediatria (Classe IIB, Nível C-LD); - A desfibrilação em crianças deve ser feita com dose inicial de 2-4 J/kg (energia monofásica ou bifásica) (Classe IIa, Nível C-LD), mas para facilitar o aprendizado a dose ensinada pode ser de 2 J/kg (Classe IIb, Nível C-LD). Se houver refratariedade ao primeiro choque, aumentar a energia para 4 J/kg (Classe IIa, Nível C-LD), e em doses subsequentes manter 4 J/kg ou subir até um máximo de 10 J/kg (Classe IIb, Nível C-LD); - É aceitável usar amiodarona ou lidocaína para PCR em FV/TVSP em crianças que forem refratárias à desfibrilação (Classe IIb, Nível C-LD); - A epinefrina continua sendo recomendada como vasopressor a ser utilizado durante a RCP (Classe IIa, Nível C-LD); - RCP extracorpórea pode ser considerada em PCR intra-hospitalar de crianças cardiopatas (Classe IIb, Nível C-LD); - Após retorno à circulação espontânea, deve ser feito controle de temperatura, evitando febre na criança ou bebê (Classe I, Nível B-NR). Para crianças comatosas manter a temperatura entre 36oC e 37,5oC por 5 dias, ou dois dias de hipotermia (32oC a 34oC), seguidos de três dias de normotermia (Classe IIa, Nível B-R); - Após retorno à circulação espontânea, devem ser usados vasopressores em infusão contínua para manter a pressão arterial da criança acima do 5º percentil para a idade (Classe I, Nível C-LD); - Após retorno à circulação espontânea, o objetivo de saturação de oxigênio é de 94 a 99%, evitando- se fortemente que ocorra hipoxemia (Classe IIb, Nível B-NR), e limitando a ocorrência de hipercapnia (Classe IIb, Nível C-LD). - A administração EV rápida de fluidos isotônicos, foi muito aceita no tratamento de choque séptico, após estudos realizados em crianças com doenças febris graves, identificou-se que desfechos piores estavam associados a bolus de fluido EV. Para crianças em choque, aconselha-se um bolus de fluido inicial de 20 mL/kg. No entanto, em crianças com doença febril em locais com acesso limitado a recursos de cuidados intensivos (ou seja, ventilação mecânica e suporte inotrópico), a administração de bolus de fluido EV deve ser feita com extremo cuidado, pois pode ser prejudicial. É importante enfatizar o tratamento individualizado e reavaliações clínicas frequentes. - CDT: em crianças comatosas nos primeiros dias após a PCR (intra-hospitalar ou extra-hospitalar), monitore a temperatura continuamente e trate a febre agressivamente. Em crianças comatosas ressuscitadas de uma PCREH, os responsáveis pelo tratamento devem manter 5 dias de normotermia (36 °C a 37,5 °C) ou 2 dias de hipotermia contínua inicial (32 °C a 34 °C), seguido de 3 dias de normotermia. Para crianças que permanecerem comatosas após uma PCRIH, não há dados suficientes para que se possa recomendar a hipotermia sobre a normotermia. ATUALIZAÇÃO DAS DIRETRIZES DE RCP E ACE Entre as principais questões e alterações feitas nas recomendações da Atualização das Diretrizes de 2015 para profissionais de saúde estão: - Estas recomendações permitem flexibilidade no acionamento do serviço médico de emergência para corresponder melhor ao ambiente clínico do profissional de saúde. - Socorristas treinados são encorajados a executar simultaneamente algumas etapas (ou seja, verificar se há respiração e pulso ao mesmo tempo), na tentativa de reduzir o tempo até a primeira compressão torácica. - Equipes integradas por socorristas bem treinados podem usar uma abordagem coreografada que execute várias etapas e avaliações simultaneamente, em vez do modo sequencial, utilizado por socorristas individuais (por exemplo, um socorrista ativa o serviço médico de emergência, enquanto outro Apostila gerada especialmente para: eduardo cezar da silva 051.682.580-18 . 17 começa as compressões torácicas, e um terceiro fornece ventilação ou busca o dispositivo bolsa-válvula- máscara para ventilações de resgate, e um quarto busca e prepara o desfibrilador). - Tem-se dado maior ênfase em RCP de alta qualidade, que utiliza metas de desempenho (com frequência e profundidade de compressão torácica adequadas, permitindo retorno total do tórax entre as compressões, minimizando interrupções nas compressões e evitando ventilação excessiva). Consulte a Tabela 1. - A frequência das compressões foi modificada para o intervalo de 100 a 120/min. - A profundidade das compressões em adultos foi modificada para pelo menos 2 polegadas (5 cm), mas não deve ser superior a 2,4 polegadas (6 cm). - Para que haja retorno total da parede do tórax após cada compressão, os socorristas devem evitar apoiar-se no tórax entre as compressões. - Os critérios para minimizar as interrupções são esclarecidos, com a maior meta possível na fração de compressões torácicas, com alvo de pelo menos 60%. - Em locais onde os sistemas de SME já adotaram conjuntos de procedimentos que envolvem compressões torácicas contínuas, o uso de técnicas de ventilação passiva pode ser considerado parte desse conjunto para vítimas de PCREH. - Em pacientes com RCP em curso e uma via aérea avançada instalada, recomenda-se uma frequência de ventilação simplificada de 1 respiração a cada 6 segundos (10 respirações por minuto). Estas alterações foram concebidas para simplificar o treinamento do profissional de saúde e continuar enfatizando a necessidade de aplicar uma RCP de alta qualidade, o quanto antes, em vítimas de PCR. Mais informações sobre estas alterações encontram-se a seguir. Reconhecimento Imediato e Acionamento do Serviço Médico de Emergência 2015 (Atualizado): Os profissionais de saúde devem pedir ajuda nas proximidades ao encontrarem uma vítima que não responde, mas seria bastante prático o profissional de saúde continuar a avaliar a respiração e o pulso simultaneamente antes de acionar totalmente o serviço médico de emergência (ou telefonar para pedir apoio). 2010(Antigo): O profissional de saúde deve verificar se há resposta, olhando para o paciente, para determinar se a respiração está anormal ou ausente. Porquê: A intenção das alterações feitas nas recomendações é minimizar atrasos e incentivar a rapidez e a eficiência na avaliação e na resposta simultâneas, em vez de uma abordagem lenta, metódica, passo a passo. Ênfase nas Compressões Torácicas* 2015 (Atualizado): É sensato queos profissionais de saúde apliquem compressões torácicas e ventilação em todos os pacientes adultos com PCR, seja por uma causa cardíaca ou não cardíaca. Além disso, os profissionais de saúde podem adaptar a sequência de ações de resgate à causa mais provável da PCR. 2010(Antigo): É esperado que o SME e os socorristas profissionais nos hospitais apliquem compressões torácicas e ventilações de resgate em vítimas de PCR. Porquê: A RCP somente com compressão é recomendada para socorristas não treinados, pois é relativamente fácil para os atendentes orientá-los com instruções por telefone. Espera-se que os profissionais de saúde sejam treinados em RCP e possam executar compressões e ventilações com eficiência. No entanto, a prioridade do profissional, sobretudo se atuando sozinho, ainda deve ser ativar o serviço médico de emergência e aplicar compressões torácicas. Pode haver circunstâncias que justifiquem uma alteração na sequência, como a disponibilidade de um DEA que o profissional possa rapidamente buscar e usar. Nos tópicos a seguir, destinados a profissionais de saúde, o sinal de asterisco (*) indica aqueles que são semelhantes para profissionais de saúde e socorristas leigos. Apostila gerada especialmente para: eduardo cezar da silva 051.682.580-18 . 18 Os socorristas devem Os socorristas não devem Realizar compressões torácicas a uma frequência de 100 a 120/min Comprimir a uma frequência inferior a 100/min ou superior a 120/min Comprimir a uma profundidade de pelo menos 2 polegadas (5 cm) Comprimir a uma profundidade inferior a 2 polegadas (5 cm) ou superior a 2,4 polegadas (6 cm) Permitir o retorno total do tórax após cada compressão Apoiar-se sobre o tórax entre compressões Minimizar as interrupções nas compressões Interromper as compressões por mais de 10 segundos Ventilar adequadamente (2 respirações após 30 compressões, cada respiração administrada em 1 segundo, provocando a elevação do tórax) Aplicar ventilação excessiva (ou seja, uma quantidade excessiva de respirações ou respirações com força excessiva) Tabela 1- O que fazer e o que não fazer no SBV para obter uma RCP de alta qualidade para adultos Choque Primeiro Versus RCP Primeiro 2015 (Atualizado): Em PCR de adultos presenciada, quando há um DEA disponível imediatamente, deve-se usar o desfibrilador o mais rapidamente possível. Em adultos com PCR sem monitoramento ou quando não houver um DEA prontamente disponível, deve-se iniciar a RCP enquanto o desfibrilador é obtido e aplicado e tentar a desfibrilação, se indicada, assim que o dispositivo estiver pronto para uso. 2010(Antigo): Ao presenciar uma PCR extra-hospitalar e havendo um DEA prontamente disponível no local, o socorrista deverá iniciar a RCP com compressões torácicas e usar o DEA o quanto antes. Profissionais de saúde que tratem de um PCR em hospitais ou outras instituições com DEAs ou desfibriladores no local devem aplicar a RCP imediatamente e usar o DEA/ desfibrilador tão logo o equipamento esteja disponível. Estas recomendações foram concebidas como apoio à RCP precoce e à desfibrilação inicial, em particular quando há um DEA ou um desfibrilador disponível instantes após o ataque da PCR. Quando a PCREH não for presenciada pelo pessoal do SME, o SME poderá iniciar a RCP enquanto verifica o ritmo com o DEA ou no ECG e se prepara para a desfibrilação. Em tais circunstâncias, podem-se considerar de 1½ a 3 minutos de RCP antes da tentativa de desfibrilação. Quando houver dois ou mais socorristas presentes, aplique a RCP enquanto se busca o desfibrilador. Em PCR no hospital, há pouca evidência para sustentar ou refutar a RCP antes da desfibrilação. Contudo, em pacientes monitorados, o tempo desde a fibrilação ventricular (FV) até a administração do choque deve ser inferior a 3 minutos, devendo-se aplicar a RCP enquanto o desfibrilador é preparado. Porquê: Embora inúmeros estudos tenham se dedicado a saber se há algum benefício obtido com a aplicação de compressões torácicas por um determinado período (normalmente, 1,5 a 3 minutos) antes da administração do choque, não se observou nenhuma diferença no desfecho quando comparado com a administração do choque tão logo o DEA esteja pronto. A RCP deve ser administrada enquanto as pás do DEA são aplicadas e até que o DEA esteja pronto para analisar o ritmo. Velocidade das Compressões Torácicas: 100 a 120/min* 2015 (Atualizado): Em vítimas adultas de PCR, o correto é que os socorristas apliquem compressões torácicas a uma frequência de 100 a 120/min. 2010(Antigo): É sensato que os socorristas leigos e profissionais de saúde realizem compressões torácicas a uma frequência mínima de 100 compressões por minuto. Porquê: A frequência mínima recomendada para as compressões continua sendo de 100/min. O limite superior de 120/min para a frequência foi adicionado porque, segundo uma série ampla de registros, à medida que a frequência das compressões aumenta e ultrapassa 120/min, a profundidade das compressões diminui de forma dependente da dose. Por exemplo, a proporção de compressões de profundidade inadequada era de cerca de 35%, para uma frequência de compressões de 100 a 119/min, mas aumentava com profundidade inadequada em 50% das compressões, quando a frequência das compressões era de 120 a 139/min, e com uma profundidade inadequada em 70% das compressões, quando a frequência de compressões era superior a 140/min. Profundidade das Compressões Torácicas* 2015 (Atualizado): Durante a RCP manual, os socorristas devem aplicar compressões torácicas até uma profundidade de, pelo menos, 2 polegadas (5 cm) para um adulto médio, evitando excesso na profundidade das compressões torácicas (superiores a 2,4 polegadas (6 cm)). 2010(Antigo): O esterno adulto deve ser comprimido, no mínimo, 2 polegadas (5 cm). Apostila gerada especialmente para: eduardo cezar da silva 051.682.580-18 . 19 Porquê: A profundidade das compressões, de aproximadamente 5 cm, está associada a uma maior probabilidade de desfechos favoráveis em comparação com compressões menos profundas. Embora haja menos evidências sobre a existência de um limite superior além do qual as compressões poderiam ser demasiadamente profundas, um recente pequeno estudo sugere possíveis lesões (não potencialmente fatais) causadas pelo excesso de profundidade das compressões torácicas (superior a 2,4 polegadas (6 cm). Pode ser difícil julgar a profundidade de compressão sem o uso de dispositivos de feedback. A identificação dos limites superiores da profundidade de compressão também pode ser um desafio. É importante que os socorristas saibam que a profundidade das compressões torácicas é geralmente mais superficial do que profunda demais. Retorno do Tórax* 2015 (Atualizado): Os socorristas devem evitar apoiar-se sobre o tórax entre as compressões, para permitir o retorno total da parede do tórax em adultos com PCR. 2010(Antigo): Cabe aos socorristas permitir o retorno total do tórax após cada compressão, para que o coração se encha completamente antes da próxima compressão. Porquê: O retorno total da parede do tórax ocorre quando o esterno retorna à posição natural ou neutra durante a fase de descompressão da RCP. O retorno da parede do tórax cria uma pressão intratorácica negativa relativa que promove o retorno venoso e o fluxo sanguíneo cardiopulmonar. Ao apoiar- se sobre a parede torácica entre as compressões, impede-se o retorno total da parede do tórax. Quando incompleto, o retorno aumenta a pressão intratorácica e reduz o retorno venoso, a pressão de perfusão coronária e o fluxo sanguíneo do miocárdio, podendo influenciar os desfechos da ressuscitação. Minimização de Interrupções nas Compressões Torácicas* 2015(Reconfirmação de 2010): Os socorristas devem tentar minimizar a frequência e a duração das interrupções das compressões, para maximizar o número de compressões aplicadas por minuto. 2015(Novo): Para adultosem PCR que recebem RCP sem via aérea avançada, pode-se realizar a RCP com a intenção de obter uma fração de compressão torácica tão alta quanto possível, tendo como meta pelo menos 60%. Porquê: As interrupções das compressões torácicas podem ser propositais, como parte dos cuidados necessários (ou seja, análise do ritmo e ventilação), ou involuntárias (isto é, distração do socorrista). A fração das compressões torácicas é uma medida da proporção do tempo total de ressuscitação durante o qual são executadas as compressões. Para aumentar a fração de compressões torácicas, devem-se minimizar as pausas. A meta ideal de fração das compressões torácicas ainda não foi definida. A adição de uma meta na fração das compressões visa limitar as interrupções das compressões e maximizar a perfusão coronária e o fluxo sanguíneo coronário durante a RCP. Comparação dos Principais Elementos do SBV em Adultos, Crianças e Bebês A Tabela 2 apresenta os principais elementos do SBV para adultos, crianças e bebês de 2015 (excluindo-se a RCP para bebês recém-nascidos). Feedback das Compressões Torácicas 2015 (Atualizado): É aceitável utilizar dispositivos de feedback audiovisuais durante a RCP, para otimizar, em tempo real, o desempenho da RCP. 2010(Antigo): Novos dispositivos de feedback para RCP podem ser úteis no treinamento de socorristas e como parte de uma estratégia geral para melhorar a qualidade da RCP em ressuscitações reais. O treinamento da complexa combinação de habilidades necessária para a adequada execução de compressões torácicas deve se concentrar em demonstrar perícia. Apostila gerada especialmente para: eduardo cezar da silva 051.682.580-18 . 20 Componente Adultos e adolescentes Crianças (1 ano de idade à puberdade) Bebês (menos de 1 ano de idade, excluindo recém-nascidos) Segurança do local Verifique se o local é seguro para os socorristas e a vítima Reconhecimento de PCR Verifique se a vítima responde Ausência de respiração ou apenas gasping (ou seja, sem respiração normal) Nenhum pulso definido sentido em 10 segundos (A verificação da respiração e do pulso pode ser feita simultaneamente, em menos de 10 segundos) Acionamento do serviço médico de emergência Se estiver sozinho, sem acesso a um telefone celular, deixe a vítima e acione o serviço de médico de emergência e obtenha um DEA, antes de iniciar a RCP Do contrário, peça que alguém acione o serviço e inicie a RCP imediatamente; use o DEA assim que ele estiver disponível Colapso presenciado Sigas as etapas utilizadas em adultos e adolescentes, mostradas à esquerda Colapso não presenciado Execute 2 minutos de RCP Deixe a vítima para acionar o serviço médico de emergência e buscar o DEA Retorne à criança ou ao bebê e reinicie a RCP; use o DEA assim que ele estiver disponível Relação compressão- ventilação sem via aérea avançada 1 ou 2 socorristas 30:2 1 socorrista 30:2 2 ou mais socorristas 15:2 Relação Compressões contínuas a uma frequência de 100 a 120/min compressão- ventilação com via Administre 1 ventilação a cada 6 segundos (10 respirações/min) aérea avançada Frequência de compressão 100 a 120/min Profundidade da compressão No mínimo, 2 polegadas (5 cm)* Pelo menos um terço do diâmetro AP do tórax Cerca de 2 polegadas (5 cm) Pelo menos um terço do diâmetro AP do tórax Cerca de 1½ polegada (4 cm) Posicionamento das mãos 2 mãos sobre a metade inferior do esterno 2 mãos ou 1 mão (opcional para crianças muito pequenas) sobre a metade inferior do esterno 1 socorrista 2 dedos no centro do tórax, logo abaixo da linha mamilar 2 ou mais socorristas Técnica dos dois polegares no centro do tórax, logo abaixo da linha mamilar Retorno do tórax Espere o retorno total do tórax após cada compressão; não se apoie sobre o tórax após cada compressão Minimizar interrupções Limite as interrupções nas compressões torácicas a menos de 10 segundos Tabela 2- Resumo dos componentes de um RCP de alta qualidade para profissionais do SBV *A profundidade da compressão não deve exceder 2,4 polegadas (6 cm). Abreviações: DEA, desfibrilador automático externo; AP, anteroposterior; RCP, ressuscitação cardiopulmonar. Porquê: A tecnologia permite o monitoramento em tempo real, a gravação e o feedback da qualidade da RCP, incluindo parâmetros fisiológicos do paciente e de desempenho do socorrista. Esses dados importantes podem ser usados em tempo real durante a ressuscitação, em reuniões de consolidação após a ressuscitação e em programas de melhoria da qualidade que abranjam todo o sistema. Manter o Apostila gerada especialmente para: eduardo cezar da silva 051.682.580-18 . 21 foco durante a RCP nas características da taxa das compressões, na profundidade e no retorno do tórax, minimizando simultaneamente as interrupções, é um desafio complexo, mesmo para profissionais altamente treinados. Há algumas evidências de que o feedback da RCP pode ser eficaz no sentido de modificar a taxa das compressões torácicas quando forem muito altas. Há também evidências separadas de que o feedback da RCP diminui a força de apoio durante as compressões torácicas. No entanto, até o momento, nenhum estudo demonstrou nenhuma melhoria significativa no desfecho neurológico favorável ou na sobrevivência à alta hospitalar com o uso de dispositivos de feedback para RCP durante eventos reais de PCR. Atraso na Ventilação 2015 (Novo): Em PCREH presenciada, com ritmo chocável, os sistemas de SME, que atendem com base na prioridade e cuja resposta é dividida em diversos níveis, podem atrasar a ventilação com pressão positiva (PPV), utilizando uma estratégia de até 3 ciclos de 200 compressões contínuas com insuflação de oxigênio passiva e equipamentos acessórios para vias aéreas. Porquê: Vários sistemas de SME têm testado a estratégia de aplicar compressões torácicas iniciais contínuas com atraso na PPV em adultos que sejam vítimas de PCREH. Em todos esses sistemas de SME, os profissionais recebem treinamento adicional, com ênfase na aplicação de compressões torácicas de alta qualidade. Três estudos realizados em sistemas que utilizam atendimento baseado em prioridade, com resposta dividida em diversas camadas, em comunidades urbanas e rurais, e que oferecem um pacote de serviços de atendimento que incluam até 3 ciclos de insuflação passiva de oxigênio, inserção de equipamentos acessórios para vias aéreas e 200 compressões torácicas contínuas com choques interpostos, mostraram melhora da sobrevivência, com estado neurológico favorável, para vítimas com PCR presenciada ou ritmo chocável. Ventilação Durante a RCP Com Via Aérea Avançada 2015 (Atualizado): O socorrista pode administrar 1 ventilação a cada 6 segundos (10 respirações por minuto), enquanto são aplicadas compressões torácicas contínuas (ou seja, durante a RCP com via aérea avançada). 2010(Antigo): Quando houver uma via aérea avançada (ou seja, tubo endotraqueal, tubo esofagotraqueal ou máscara laríngea) durante uma RCP com 2 pessoas, administre 1 ventilação a cada 6 a 8 segundos, sem tentar sincronizar as respirações entre as compressões (o que se traduz em 8 a 10 ventilação por minuto). Porquê: Essa proporção única e simples para adultos, crianças e bebês, em vez de um intervalo de ventilações por minuto, é mais fácil de aprender, memorizar e realizar. Time de Ressuscitação: Princípios Básicos 2015 (Novo): Para profissionais de saúde, a Atualização das Diretrizes de 2015 proporciona flexibilidade para acionar o serviço médico de emergência e para o controle subsequente, a fim de melhor corresponder ao ambiente clínico do profissional. Porquê: As etapas do algoritmo de SBV são tradicionalmente apresentadas como uma sequência, para ajudar o socorrista que atua sozinho a priorizar as ações. No entanto, existem vários fatores em qualquer ressuscitação (por exemplo, tipo
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