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Relatório de Prática de Mitose

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA 
BIO159 – Bases Biológicas do Desenvolvimento Humano 
 
 
Docente: Debora de Lucca Chaves Preza 
Discente: Luana Rocha Vale 
 
PRÁTICA: MITOSE 
 
1. Introdução 
 
A única maneira de formar uma nova célula é duplicando uma célula já 
existente. Esse fato simples, primeiramente estabelecido na metade do século XIX, 
traz consigo uma profunda mensagem de continuidade da vida. Todos os 
organismos vivos, da bactéria unicelular ao mamífero multicelular, são produtos de 
repetidos ciclos de crescimento e divisão celular que remontam aos primórdios da 
vida na Terra, há mais de três bilhões de anos. (ALBERTS et al., 2011) 
Ainda de acordo com Alberts et al. (2011) uma célula se reproduz ao executar uma 
sequência organizada de eventos em que ela duplica seu conteúdo e então se divide 
em duas. Esse ciclo de duplicação e divisão, conhecido como ciclo celular, é o 
mecanismo essencial pelo qual todos os seres vivos se reproduzem. Em espécies 
unicelulares, como bactérias e leveduras, cada divisão celular produz um novo 
organismo completo. Em espécies multicelulares, sequências longas e complexas 
de divisões celulares são necessárias à produção de um organismo funcional. 
A função básica do ciclo celular é duplicar, de forma exata, a imensa 
quantidade de DNA nos cromossomos, e então segregar com precisão as cópias em 
duas células-filhas geneticamente idênticas. (COOPER, G et al., 2007). Esses 
processos definem as duas principais fases do ciclo celular, que são a Intérfase e a 
Fase M – ambas, dividas em subfases. As subdivisões da intérfase são: G1, fase do 
crescimento; S (S de síntese de DNA) na qual ocorre a duplicação dos 
cromossomos. Ela requer de 10 a 12 horas e ocupa cerca de metade do tempo do 
ciclo celular de uma célula típica de mamífero; G2, conhecida como fase de 
preparação, pois ocorre a síntese de moléculas e organelas relacionadas ao 
processo de divisão celular, e, por fim, a fase M (M de mitose) que requer muito 
menos tempo (menos de uma hora em uma célula de mamífero) e é nela que ocorre 
a segregação dos cromossomos e a divisão celular. (ALBERTS et al., 2011) 
A fase M compreende dois eventos principais: a divisão nuclear, ou mitose, 
durante a qual os cromossomos copiados são distribuídos em um par de núcleos-
filhos; e a divisão citoplasmática, ou citocinese, quando a própria célula se divide em 
duas. (ALBERTS et al., 2011). Nesse experimento, pretendeu-se estudar mais 
precisamente a mitose, dando ênfase no que acontece com os cromossomos em 
cada fase. “A mitose consiste numa divisão dos cromossomos para posterior divisão 
da célula, isto é, uma célula com certo número de cromossomos se divide dando 
origem a duas células-filhas cujo material genético é idêntico ao da célula inicial.” 
(COOPER, G et al., 2007). Ela integra 5 subfases: prófase, prometáfase, metáfase, 
anáfase e telófase; que serão vistas mais detalhadamente a seguir: 
1. Na prófase, as moléculas de DNA com os cromossomos replicados e 
intimamente associados, são gradativamente desembaraçadas e se 
condensam em pares de bastonetes rígidos e compactos chamados de 
cromátides-irmãs. Fora do núcleo, as fibras do fuso mitótico se formam 
entre os dois centrossomos, que se replicaram e se distanciaram. 
2. A prometáfase começa com a desintegração do envelope nuclear. Os 
cromossomos ficam livres no citoplasma e podem agora se ligar aos 
microtúbulos do fuso via seus cinetocoros. 
3. Na metáfase, cada cromossomo duplicado prende-se às fibras do fuso 
pelo centrômero. Nessa fase os cromossomos chegaram ao máximo de 
seu espessamento e visibilidade. Forma-se, assim, a placa equatorial, 
onde os cromossomos ficarão dispostos voltados para o centro do plano 
com os braços voltados para fora. 
4. Na anáfase, as cromátides-irmãs se separam sincronicamente e formam 
dois cromossomos-filhos, sendo cada um deles lentamente puxado em 
direção ao polo do fuso ao qual está ligado. Neste momento ocorre o 
encurtamento das fibras do fuso acromático, havendo, então, a ascensão 
polar (os cromossomos vão para os pólos); ambos os processos 
contribuem à segregação dos cromossomos. 
5. Durante a telófase, os dois conjuntos de cromossomos-filhos chegam aos 
polos do fuso e se condensam. Um novo envelope nuclear é remontado 
em volta de cada conjunto, completando a formação de dois novos núcleos 
e marcando o fim da mitose. A divisão do citoplasma começa com a 
contração do anel contrátil. (ALBERTS et al., 2011) 
Por fim, acontece a divisão citoplasmática, ou citocinese, que pode ser 
realizada de diferentes maneiras em diferentes indivíduos. As diferenças entre o 
processo em plantas e em animais são substanciais. As células animais usualmente 
se dividem por um estreitamento da membrana plasmática, como se uma linha 
invisível estivesse apertando o citoplasma entre os dois polos. Essa “linha invisível” 
é formada por microfilamentos de actina e miosina, chamada de anel contrátil, que 
comprime a célula em duas e dá origem a duas células-filhas, cada uma com um 
núcleo. (SADAVA e et al, 2009) 
O citoplasma de células vegetais se divide de forma diferente porque as 
plantas possuem uma parede celular. Em células vegetais, à medida que o fuso se 
degrada depois da mitose, vesículas membranosas derivadas do complexo de Golgi 
surgem na placa equatorial, no meio do caminho entre os dois novos núcleos. 
Movendo-se ao longo dos microtúbulos pela proteína motora cinesina, essas 
vesículas se fundem, a fim de formarem a nova membrana plasmática, e contribuem 
com seu conteúdo para a placa celular, que é o início da nova parede celular. Após 
a citocinese, as duas novas células contêm todos os componentes de uma célula 
completa. (SADAVA e et al, 2009) 
Essa revisão bibliográfica sobre o ciclo celular visou explanar as palavras 
chaves apresentadas na discussão da aula prática do dia 21 de junho de 2018. 
Assim, é possível compreender o objetivo desta prática, que consiste em identificar 
diferentes etapas da divisão celular com base na organização e distribuição dos 
cromossomos, além de observar diferentes graus de compactação do material 
genético, através das células de ápices de raízes jovens de uma cebola, ao 
microscópio óptico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Materiais e Métodos 
 
Para realizar o experimento foram necessários: raízes de cebola, pinça, 
pregador, lamparina à álcool, lâmina de barbear, papel de filtro, microscópio, orceína 
acética, vidros de relógio, lâminas e lamínulas, estilete e papel de filtro. 
Primeiramente, cortamos cerca de 3mm a partir do ápice das raízes de uma 
cebola, com o auxílio de uma lâmina de barbear. Em seguida, colocamos os 
fragmentos em um vidro de relógio, mergulhando-os em cerca de 1ml de orceína 
acética recém filtrada; aquecemos o material, com o apoio de um pegador de 
madeira, evitando ferver em demasia. Logo após, colocamos uma gota de orceína 
fria sobre uma lâmina e transferimos cada um dos fragmentos que foram 
previamente aquecidos para a lâmina contendo orceína fria. Deixamos corar por três 
minutos e após isso, colocamos cada fragmento em uma lâmina de vidro, na qual 
cobrimos com uma lamínula. 
Logo depois, com o auxílio de um pequeno bastão, esmagamos o material, 
de maneira a dissociar as fibras, sem danificar as células. Feito isso, retiramos o 
excesso de corante com um papel filtro e a lâmina estava pronta para ser levada ao 
microscópio. 
Observamos a preparação ao microscópio com as objetivas de menor, médio 
e maior aumento, deslocando-a de maneira a visualizar toda a área coberta pela 
lamínula; além disso, tivemos a oportunidade de observar uma lâmina colocada 
previamente em óleo de imersão, que possibilitou uma maior nitidez e, assim, 
facilitou a compreensão das imagens para que, enfim, pudéssemos discutir e anotar 
sobre tudo o que foi visto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Resultados e DiscussãoAo colocarmos as lâminas no microscópio, pudemos observar várias 
células com a presença de DNA nuclear bem condensado e em diferentes 
organizações. Foi possível concluir que essas diferenças seriam as fases da 
mitose, e por isso a escolha do tecido do ápice das raízes de cebola, já que elas 
estariam em fase de crescimento, e consequentemente, em processo de divisão 
celular. 
A descrição do processo mitótico é indireta, baseando-se na observação 
de diferentes fases nas células mortas, convenientemente preparadas. 
Com aumento de 100x pudemos observar as células do meristema (tecido 
de crescimento) da ponta da raiz com o núcleo bem corado. As paredes celulares 
fazem com que as células fiquem bem visíveis, porém ainda não é possível 
identificar as fases da mitose. (Figura1) 
 
 
 
 
 
 
Com um aumento de 400x, os núcleos e cromossomos puderam ser mais 
facilmente percebidos. As diversas fases da mitose podem ser identificadas pela 
morfologia e posições dos cromossomos. (Figura 2 e 3) 
Na figura 2 podem ser observadas as seguintes fases, em destaque: 1. 
Prófase: é possível observar os cromossomos gradativamente 
desembaraçados. 2. Prometáfase: é possível perceber que a carioteca foi 
desintegrada e os cromossomos encontram-se livres no citoplasma. 3. 
Metáfase: Nesta fase, os cromossomos chegaram-se ao seu máximo 
Figura 1 – Células do ápice das raízes de 
uma cebola com aumento de 100x. 
espessamento e visibilidade. Estão dispostos na placa equatorial, com os 
“braços” voltados para fora. 
Já na figura 3, podemos observar as seguintes fases destacadas: 4. 
Anáfase: é possível observar duas células em anáfase. As cromátides-irmãs 
foram separadas e os cromossomos-filhos estão sendo puxados em direção aos 
pólos. 5. Telófase: os cromossomos-filhos chegam aos pólos e voltam a se 
condensar. Um novo envelope nuclear é remontado em volta de cada conjunto, 
completando a formação de dois novos núcleos e marcando o fim da mitose. 
 
 
 
 
 
 
 
Os dados observados serão, agora, comparados tanto a desenhos 
esquemáticos didáticos, quanto a imagens de microscópio eletrônico, para uma 
melhor compreensão da mitose, já que a microscopia óptica possui limitações 
referentes a forma, coloração, nitidez das imagens e a falta de alguns elementos, 
como as fibras do fuso, o que dificulta a total compreensão. 
(Fonte das imagens: ALBERTS et al., 2011) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 2 – Células do ápice das raízes de uma 
cebola em diversas fases da mitose. 
Aumento de 400x, em óleo de imersão, 
coradas com orceína. 
 
Figura 3 – Células do ápice das raízes de uma 
cebola em diversas fases da mitose. 
Aumento de 400x, em óleo de imersão, 
coradas com orceína. 
 
4. Conclusão 
 
A partir desta prática experimental foi possível identificar e analisar as 
diferentes fases da mitose nas células eucarióticas, além de pensar sua grande 
importância para a vida. É um processo fundamental para os animais e vegetais, 
uma vez que lhe possibilita o seu crescimento e desenvolvimento, além de 
garantir a continuidade da vida na Terra, repetindo-se desde o aparecimento da 
primeira célula eucariótica e garantindo a estabilidade quantitativa e qualitativa 
do código genético dos eucariontes. 
Foi uma preparação bem sucedida, onde pudemos observar com precisão 
cada uma das fases da mitose. Além disso, o experimento foi de suma 
importância, pois conseguimos visualizar no microscópio aquilo que estudamos 
nos livros sobre a divisão celular. Foi possível observar cada uma de suas fases 
e questionar o porquê e como acontece todo o processo. Dessa forma, a prática 
propicia um aprendizado mais consciente do conteúdo que, conciliado com a 
teoria, conseguimos compreender o que cada imagem representa e qual a sua 
importância. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. Referências Bibliográficas 
 
• ALBERTS, B.; BRAY, D.; LEWIS, J.; RAFF, M.; ROBERTS, K.; WATSON, J. 
D. Biologia molecular da célula. Porto Alegre: Artes Médicas, 2011. 
 
• COOPER, G. M.; HAUSMAN, R. E. A Célula: uma abordagem molecular. 
3.ed. Porto Alegre: Artmed. 2007 
 
• PURVES, W.K.; SADAVA, D.; ORIANS,G.H.; et al. Células as unidades 
de trabalho e vida. Vida: a ciência da biologia: célula e 
hereditariedade. Vol. 1, 8ª edição, Artmed, 2009.

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