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1Abstração— Este trabalho possui como objetivo o estudo e a concretização do aprendizado acerca do tema máquinas de corrente alternada. Palavra-chave — Máquinas de corrente alternada. I. INTRODUÇÃO motor elétrico CA, se trata de uma máquina que possui como alimentação corrente alternada (abreviação CA) a qual também pode ser usada para converter energia mecânica em energia elétrica. Especificamente, a energia rotacional é produzida a partir da força de campos magnéticos induzidos pela corrente alternada que flui através de bobinas elétricas. O motor elétrico de corrente alternada é usado para fornecer energia para uma grande variedade de sistemas, variando desde pequenos servomecanismos até grandes máquinas industriais. Quando falamos sobre motor elétrico de corrente alternada, eles consistem em dois componentes principais: um estator e um rotor. O trabalho apresentará fundamentos básicos do funcionamento de um motor CA, tal como definições de grandeza, apresentações de parâmetros e diferentes tipos e características destas máquinas. II. CONCEITOS BÁSICOS DE ENROLAMENTO DE MÁQUINAS C.A As máquinas CA mais conhecidas atualmente, classificam- se em duas categorias: síncronas e de indução. Nas máquinas síncronas, as correntes do enrolamento do rotor são fornecidas diretamente na parte estacionária do motor através de contatos rotativos. [1] Nas máquinas de indução, as correntes são induzidas nos enrolamentos do rotor por meio da combinação da variação, no tempo, das correntes de estator e do movimento do rotor em relação ao estator. [1] Máquinas síncronas: A figura 1 mostra esquematicamente uma descrição preliminar do desempenho de uma máquina síncrona. Podendo ser obtida através da tensão induzida na armadura do gerador síncrono CA de polos salientes. O enrolamento de campo dessa máquina produz apenas um par L. D. Carvalho, Centro Federal de Educação Tecnológica, Belo Horizonte, Brasil, lenin.dcarvalho@outlook.com.br L. A. N. Moura, Centro Federal de Educação Tecnológica, Belo Horizonte, Brasil, lanacif@hotmail.com de polos magnéticos (como os de uma barra imantada), e por essa razão essa máquina é referida como máquina de dois polos. Figura 1. Vista esquemática de um gerador síncrono monofásico com um único enrolamento e dois polos. No exemplo apresentado, o enrolamento de armadura localiza-se no estator e o enrolamento de campo está no rotor, mas isso pode variar conforme o fabricante e a aplicação na prática do motor CA. O enrolamento de campo é excitado por uma corrente contínua que é levada até ele por meio de escovas estacionárias de carvão que fazem contato com anéis coletores ou anéis deslizantes girantes, embora em alguns casos o enrolamento de campo pode ser alimentado a partir de um sistema de excitação rotativo, conhecido como sistema de excitação sem escovas. O enrolamento de armadura consiste em uma única bobina de N espiras. Está mostrada por meio de uma vista transversal dos seus dois lados a e −a que estão alojados em ranhuras estreitas, diametralmente opostas, localizadas na periferia interna do estator. [1] Em uma análise idealizada, assume-se que a distribuição do fluxo magnético no entreferro é senoidal. A distribuição radial resultante da densidade de fluxo B está mostrada na Figura 2(a) como função do ângulo espacial θa (medido em relação ao eixo magnético do enrolamento da armadura) ao longo da periferia do rotor. Na prática, moldando-se as faces dos polos de forma adequada, pode-se conseguir com que a densidade de fluxo, no entreferro de máquinas reais de polos salientes, esteja muito próxima de uma distribuição senoidal.[1] O ESTUDO E PROJETO DE ENROLAMENTOS DE MÁQUINAS C.A. L. D. Carvalho e L. A. N. Moura https://www.citisystems.com.br/motor-eletrico/ https://www.citisystems.com.br/corrente-alternada/ https://www.citisystems.com.br/energia-eletrica/ https://www.citisystems.com.br/energia-eletrica/ https://www.citisystems.com.br/corrente-alternada/ https://www.citisystems.com.br/corrente-alternada/ https://www.citisystems.com.br/motor-eletrico/ https://www.citisystems.com.br/corrente-alternada/ https://www.citisystems.com.br/motor-eletrico/ https://www.citisystems.com.br/corrente-alternada/ https://www.citisystems.com.br/corrente-alternada/ Figura 2. (a) Distribuição espacial senoidal ideal da densidade de fluxo radial no entreferro e (b) a respectiva forma de onda da tensão gerada no gerador monofásico da Figura 1. À medida que o rotor gira, o fluxo concatenado do enrolamento da armadura varia no tempo. Considerando as suposições de distribuição senoidal da densidade de fluxo e de velocidade constante do rotor, a tensão resultante na bobina será senoidal no tempo, como está mostrado na Figura 2(b). A frequência em ciclos por segundo (Hz) será a mesma que a velocidade do rotor em rotações por segundo: a frequência elétrica da tensão gerada está sincronizada com a velocidade mecânica; sendo essa a razão para a expressão máquina “síncrona”. Em máquinas caracterizadas por terem maior números de polos, é conveniente concentrar-se em apenas um par de polos e assegurar-se de que as condições elétricas, magnéticas e mecânicas associadas aos demais pares de polos sejam repetições das do par considerado. Elabora-se, portanto, um modelo com ângulos em graus elétricos ou radianos elétricos em vez de unidades mecânicas. Um par de polos em uma máquina de múltiplos polos, ou um ciclo de distribuição de fluxo, corresponde a 360 graus elétricos ou 2π radianos elétricos. Como há polos/2 comprimentos de onda, ou ciclos, a cada revolução completa [1] (1) A frequência elétrica da tensão gerada em uma máquina síncrona é: (2) Onde n é a velocidade mecânica em rotações por minuto. Podemos representar a frequência elétrica da tensão gerada em radianos por segundo é: (3) Atualmente sistemas de potência trifásica é o mais utilizado e, consequentemente, os geradores síncronos são máquinas trifásicas com pouquíssimas exceções. Para se produzir um conjunto de três tensões defasadas de 120 graus elétricos no tempo, devem ser usadas no mínimo três bobinas defasadas de 120 graus elétricos no espaço. Uma vista esquemática simplificada de uma máquina trifásica de dois polos, com uma bobina por fase, está mostrada na Figura 3. [1] Figura 3. Vistas esquemáticas de um gerador trifásico de dois polos. Portanto, pode-se afirmar que a produção de força ou conjugado e uma tensão de velocidade são, ambas, componentes essenciais da conversão eletromecânica de energia. [1] Máquinas de indução: Se trata de máquinas onde os enrolamentos do estator são basicamente os mesmos de uma máquina síncrona. Entretanto, os enrolamentos do rotor são eletricamente curto-circuitados e muitas vezes não apresentam conexões externas. Portanto, as correntes são induzidas por ação dos enrolamentos do estator. A figura 4 mostra a vista em corte longitudinal de um motor de indução cm gaiola de esquilo (rotor) em que os “enrolamentos” do rotor são na realidade barras sólidas de alumínio que são fundidas nas ranhuras do rotor e colocadas em curto circuito por alumínio fundido localizados em cada extremidade do rotor. Esse tipo de construção de rotor resulta em motores de indução altamente confiáveis com fatores que contribuem à sua imensa popularidade e ampla aplicação. [1] Figura 4. Vista em corte longitudinal de um motor de indução de 460 V e 7,5 HP, com rotor gaiola de esquilo. Diferentemente de uma máquina síncrona na qual um enrolamento de campo no rotor é excitado com corrente CC e o rotor gira em sincronismo com a onda de fluxo produzida pelas correntes CA de armadura, os enrolamentos do rotor deuma máquina de indução não são excitados por uma fonte externa. Em vez disso, correntes são induzidas nos enrolamentos curto-circuitados do rotor quando este atravessa a onda de fluxo da armadura sincronicamente. Assim, as máquinas de indução são máquinas assíncronas e produzem conjugado apenas quando a velocidade do rotor é diferente da velocidade síncrona. [1] Portanto a onda de fluxo produzida pelas correntes induzidas do rotor gira em sincronismo com a onda de fluxo do estator e como as correntes do rotor são produzidas por indução, uma máquina de indução pode ser vista com um transformador genérico. Ou seja, a potência elétrica é transformada entre rotor e estator juntamente com uma mudança de frequência e um fluxo de potência mecânica. [1] III. ANÁLISE QUANTITATIVA DE MÁQUINAS CA DEFINIÇÕES DE GRANDEZAS Primeiramente, para tensão induzida, será considerado um entreferro pequeno, onde podemos assumir que o enrolamento de campo do rotor produz basicamente um fluxo fundamental espacial radial senoidal com uma densidade de fluxo de pico Bpico no entreferro. Para um entreferro uniforme, o valor de Bpico poderá ser obtido por: (4) G = comprimento do entreferro; Nf = total de espiras em série no enrolamento de campo*; kf = fator de enrolamento do enrolamento de campo; If = corrente de campo; Figura 5. Vista em seção transversal de uma máquina elementar CA trifásica. Quando os polos do rotor estão alinhados com o eixo magnético de um enrolamento de fase do estator, o fluxo concatenado com esse enrolamento (de Nfase espiras em série por fase e fator de enrolamento kenr) de uma fase do estator é kw Nfase ϕp, onde ϕp é o fluxo de entreferro por polo. Para a densidade de fluxo senoidal de entreferro que foi assumida tem-se: (5) ϕp pode ser obtido como a integral da densidade de fluxo sobre a área do polo: (6) θr = ângulo medido a partir do eixo magnético do rotor; r = raio do entreferro; l = comprimento axial do ferro do estator/rotor; (7) À medida que o rotor gira, o fluxo concatenado de cada fase do estator varia de forma senoidal com o ângulo entre os eixos magnéticos daquela fase e o do enrolamento de campo do rotor. Com o rotor girando na velocidade angular constante ωm, θr = ωmt, o fluxo concatenado com o enrolamento da fase a do estator é, portanto onde o tempo t é escolhido arbitrariamente sendo zero quando o eixo magnético do enrolamento de campo coincide com o eixo magnético da fase a e ωe é frequência elétrica em rad/s dada pela Eq. 2. [1] Pela lei de Faraday, a tensão induzida na fase a pode ser encontrada a partir da Eq. 7 como: (8) O primeiro termo no segundo membro da Equação 8 é uma tensão de transformador e está presente apenas quando a amplitude da onda de fluxo de entreferro varia no tempo. O segundo termo é tensão de velocidade gerada pelo movimento relativo da onda de fluxo de entreferro em relação à bobina de estator. Na operação normal de regime permanente da maioria das máquinas rotativas, a amplitude da onda de fluxo de entreferro é constante. Nessas condições, o primeiro termo é zero e a tensão gerada é simplesmente a tensão de velocidade. O termo força eletromotriz (FEM) é muitas vezes usado para a tensão de velocidade. Assim, para um fluxo constante de entreferro, temos: [1] (9) Na operação normal de máquinas CA em regime permanente, estamos normalmente interessados nos valores eficazes de tensões e correntes em vez de seus valores instantâneos. Da Equação 9, o valor máximo da tensão induzida é: (10) A análise de Fourier pode mostra que a FMM produzida no entreferro por uma única bobina consiste em uma componente espacial harmônica fundamental mais uma série de componentes harmônicas de ordem mais elevada. No projeto de máquinas CA. A decomposição em série de Fourier compreende em o uma componente fundamental e uma série de harmônicas ímpares representada por: (11) IV. ASPÉCTOS CONSTRUTIVOS Passo polar: Determinado pela distância em dentes entre o início de duas bobinas interligadas da mesma fase. O passo polar define a região onde será concentrado um polo magnético formado por esta bobina, mostrado na figura 6. [2] O passo polar de uma máquina em graus mecânicos é: (12) Figura 6. Ilustração de passo polar. Em que p é o passo polar em graus mecânicos e P é o número de polos da máquina. Independentemente do número de polos da máquina, um passo polar sempre é de 180 graus elétricos. Passo de bobina: Distância em dentes compreendida entre os dois lados da mesma bobina. Quando o passo de bobina for igual ao passo polar, este é denominado de passo de bobina inteiro; caso seja menor que o passo polar é denominado de passo de bobina fracionário. No projeto dos motores elétricos o passo ideal é determinado através de ensaios em laboratórios até se obter o melhor rendimento da máquina, não desprezando o custo de produção. [2] Figura 7. Ilustração de passo de bobina. V. EXEMPLO DE PROJETO PRÁTICO Com a utilização de um gerador síncrono de 4 polos operando em uma frequência de 60 Hz que possui um comprimento de rotor de 4,8 m, um diâmetro de 1,13 m e um comprimento de entreferro de 5,9 cm. O enrolamento de campo do gerador consiste em uma conexão em série de 244 espiras com um fator de enrolamento de kenr = 0,925. O valor de pico da fundamental da densidade de fluxo no entreferro está limitado a 1,15 T e a corrente de enrolamento do rotor, a 2800 A. Deseja – se portanto os valores críticos do conjugado. • Primeiramente utiliza-se da equação 6 para encontrar o fluxo máximo: (13) • Para obtermos a corrente máxima do conjugado utilizou-se da equação. (14) • Finalmente o valor do conjugado: (15) • Com a utilização da equação 3, obteve-se o valor de 188.5 rad/s para ωm. Através do produto do Valor máximo de conjugado e ωm encontramos, portanto, o valor de Potência máxima, como mostrado na equação 16. (16) VI. SIMULAÇÕES VIA MATLAB O código utilizado para validar os resultados encontrados analiticamente é: clc clear %ESTUDO E PROJETO DE ENROLAMENTOS DE MÁQUINAS CA %ALUNOS: LENIN DINIZ CARVALHO % LUCAS AUGUSTO NACIF MOURA % Inicialmente: Consolidação de parâmetros: polos = 4; f = 60; We = 377; lr = 4.8; dr = 1.13; le = 5.9; k_enr = 0.925; B = 1.15; Ir = 2800; Nr = 244; fluxo_peak = ((2/polos)*dr*lr*B); F_peak = (4*k_enr*Nr*Ir/pi*polos); T_peak = (pi/2)*(polos/2)^2*fluxo_peak*F_peak; Wm = (We*2)/polos; P_peak = T_peak*Wm; VII. CONCLUSÃO Conclui-se, portanto, que o assunto acerca do tópico de máquinas elétricas em corrente alternada foi de grande fixação graças ao estudo em questão. O livro dado pela referência numero 1 nos foi de grande valia para a análise, parametrização e compreensão do desafio tratado. Contudo, o que fora apresentado representa apenas uma fração do campo introduzido, o estudo de máquinas elétricas possui vertestes diversas e a introdução feita se mostrou uma ferramenta de possível utilização futura e de grande importância para a ampliação de nossas visões sobre o assunto. REFERÊNCIAS [1] FITZGERALD, A. E., KINGSLEY Jr. C. E UMANS, S. D. Electric Machinery, 7th Edition. Original edition copyright©2014, The McGraw- Hill Global Education Holdings, LLC, New York 10121.All rights reserved. [2] MÁQUINAS ELÉTRICAS I. Resumo de aulas de Máquinas Elétricas ministradas no Cursos Técnico em Eletroeletrônica e Eletricista de Manutenção.2019 Página inicial. Disponível em: < http://maquinaseletricasi.blogspot.com/2013/06/aula-42-enrolamento- concentrico- de.html#:~:text=2%20%2D%20O%20Passo%20da%20Bobina,de%20pas so%20de%20bobina%20fracion%C3%A1rio. >. Acesso em: 14 de abril. de 2021. Lênin Diniz Carvalho – Estudante de engenharia elétrica no Centro Federal de Educação Tecnológica. Lucas Augusto Nacif Moura – Estudante de engenharia elétrica no Centro Federal de Educação Tecnológica.
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