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Vícios redibitórios - Contratos

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• Um dos efeitos dos contratos; 
• São defeitos ocultos; 
“defeitos ocultos existentes na coisa alienada, 
objeto de contrato comutativo, não comuns às 
congêneres, que a tornam imprópria ao uso a que 
se destina ou lhe diminuem sensivelmente o 
valor, de tal modo que o ato negocial não se 
realizaria se esses defeitos fossem conhecidos, 
dando ao adquirente ação para redibir o 
contrato ou para obter abatimento no preço.” 
(Maria Helena Diniz apud GONÇALVES); 
 
Requisitos 
 
• Que a coisa tenha sido recebida em 
virtude de contrato comutativo, ou de 
doação com encargo; 
“No que diz respeito aos contratos aleatórios, 
admite-se a alegação de vicio redibitório quanto 
aos seus elementos comutativos, 
predeterminados. Nesse sentido, proposta 
aprovada na VII Jornada de Direito Civil, 
promovida pelo Conselho da Justiça Federal em 
2015, in verbis: “O art. 441 do Código Civil deve 
ser interpretado no sentido de abranger 
também os contratos aleatórios, desde que não 
abranja os elementos aleatórios do contrato :: 
(Enunciado n. 583)”; 
• Os defeitos devem ser ocultos: Não são 
detectáveis pelo homem médio. Somente 
com conhecimentos técnicos específicos e 
inspeção minuciosa é que tal defeito poderia 
ser detectado; 
• Os defeitos devem ser desconhecidos pelo 
adquirente: se o adquirente sabia da 
existência do defeito no momento da 
aquisição do bem, presume-se que ele 
 
 
 
aceitou o bem da forma que ele se 
encontrava, mesmo defeituoso; 
• O desfeitos ou vícios devem existir no 
momento da celebração do contrato. 
• Diminuição do valor econômico ou prejuízo à 
utilidade da coisa; 
“os vícios e defeitos ocultos devem ser tais a 
ponto de tornar a coisa inapta ao uso a que é 
destinada, ou importar em diminuir-lhe 
notavelmente o seu valor.” 
 
Ignorância dos vícios pelo alienante 
 
• Art. 443; 
• “Desde que se configurem as condições de 
sua ocorrência, o alienante responde pelos 
vícios redibitórios. Não se exime, ainda que 
os ignore (Código Civil, art. 443), pois que o 
fundamento da responsabilidade como 
vimos, não é a sua conduta, mas pura e 
simplesmente a aplicação do princípio da 
garantia”. (PEREIRA, Cáio Mário da Silva. 
Instituições de Direito Civil v. 3. 11a ed. Rio 
de Janeiro: Forense125); 
 
 IMPORTANTE: “Se o alienante não conhecia 
o vício, ou o defeito, isto é, se agiu de boa-fé, 
‘tão somente, restituirá o valor recebido, mais 
as despesas do contrato’. Mas se agiu de má-fé, 
porque conhecia o defeito, além de restituir, o 
que recebeu, responderá também por ‘perdas e 
danos’ (CC, art. 443)”. (GONÇALVES, 2004:111); 
 
 
Ações cabíveis 
 
 
• Ação redibitória: 
Tem por objetivo a extinção do contrato, com a 
devolução da coisa recebida ao alienante, bem 
como do preço e das despesas do contrato ao 
adquirente; 
 
 
• Ação Quanti minoris 
- Art. 442. Em vez de rejeitar a coisa, redibindo 
o contrato ( art. 441 ), pode o adquirente 
reclamar abatimento no preço. 
 
• A escolha entre as duas modalidades cabe 
ao adquirente; 
• Se provado que o alienante tinha 
conhecimento da existência do defeito 
poderão ainda ser exigidas as perdas e 
danos; 
 
Prazos 
 
 
• Art. 445; 
• Todos os prazos versados no artigo 
supracitado são decadenciais; 
 
Quando o sujeito não utiliza o direito 
dentro do prazo estipulado perde o 
direito de exercê-lo; 
• Bem móvel: 30 dias contados da tradição da 
coisa. (REGRA); 
- 15 dias se o bem já se encontrava na posse 
do adquirente; 
- 180 dias a contar da tradição da coisa nos 
casos em que o vício só possa ser descoberto 
depois, com o uso reiterado da coisa, tendo 
o adquirente 30 dias a contar da descoberta 
para reclamar; 
• Bem imóvel: 1 ano contado da entrega 
efetiva; 
- Se já estava na posse, o prazo conta-se da 
alienação, reduzido à metade; 
- 1 ano a contar da tradição da coisa nos 
casos em que o vício só possa ser descoberto 
depois, com o uso reiterado da coisa, tendo 
o adquirente 30 dias a contar da descoberta 
para reclamar; 
 
 
Garantia contratual 
 
• Art. 446. Não correrão os prazos do 
artigo antecedente na constância de 
cláusula de garantia; mas o adquirente 
deve denunciar o defeito ao alienante nos 
trinta dias seguintes ao seu 
descobrimento, sob pena de decadência.

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