1 Alimentos Avoengos

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AO JUÍZO DA ... VARA CÍVEL DA COMARCA DE ALFA
LUÍSA DOS SANTOS BASTOS, nacionalidade..., menor de idade, RG nº ..., CPF nº ..., residente e domiciliada na Rua ..., nº ..., bairro ..., na cidade de Alfa, Estado ..., CEP ..., neste ato representada por sua mãe, a Sra. MARIA DOS SANTOS, brasileira, divorciada, profissão ..., RG nº ..., CPF nº ..., endereço eletrônico ..., residente e domiciliada na Rua ..., nº ..., bairro ..., na cidade de Alfa, Estado ..., CEP ..., vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, por meio de sua advogada infra-assinada, com escritório profissional localizado na Avenida ..., nº ..., bairro ..., na cidade de ..., Estado ..., CEP ..., onde recebe as intimações e comunicações de praxe, com base no art. 1.698 do Código Civil e na Lei nº 5.478 - Lei de Alimentos - propor
AÇÃO DE ALIMENTOS AVOENGOS C/C COM PEDIDO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS 
Em face da Sra. ALICE BASTOS, nacionalidade..., viúva, profissão ..., RG ..., CPF ..., endereço eletrônico ..., residente e domiciliada na Rua ..., nº ..., bairro ..., na cidade de Delta, Estado ..., CEP ..., pelas razões de fato e de direito a seguir expostas. 
I - DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA
De início, requer-se a gratuidade de justiça, nos termos do art. 98 e 99 do Código de Processo Civil, bem como pelo art. 1°, § 2º e 3º da Lei n° 5.478, tendo em vista que a parte autora não tem condições financeiras de arcar com as despesas processuais e honorários advocatícios, conforme será demonstrado na documentação arrolada nesta petição.
II - DOS FATOS 
A requerente, Luísa dos Santos Bastos, nasceu em 01 de janeiro de 2010. É filha Maria dos Santos e Paulo Bastos. Seus pais se divorciaram em julho de 2013. A partir disso, ficou estabelecido o pagamento de pensão alimentícia pelo genitor no valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais) à autora. A pensão foi paga até agosto de 2015, mês em que Paulo faleceu, sem deixar bens a partilhar.
Cumpre trazer à baila que Maria dos Santos trabalha, recebendo somente um salário mínimo nacional por mês e que sem a pensão recebida, não consegue suprir as necessidades básicas de Luísa, tais como educação, saúde, alimentação etc.
Sem ajuda dos avós maternos de Luísa, que também já faleceram, Maria dos Santos tem se esforçado, sem êxito, para garantir o mínimo básico para subsistência de sua filha.
Diante do exposto, com o falecimento do pai, dos avós maternos de Luísa, que porventura poderiam ajudar no seu sustento, não restou a autora, representada por sua mãe, outra oportunidade a não ser o ajuizamento da presente demanda para requerer judicialmente a pensão alimentícia da avó paterna, Alice Bastos, haja vista que é a única avó viva da criança e por notadamente gozar de condições financeiras confortáveis.
III - DO DIREITO
III.1 - Da admissibilidade dos alimentos avoengos
	Conforme já retratado, a genitora de Luísa não consegue arcar sozinha com as despesas da filha. No entanto, a legislação pátria institui, nesses casos, a possibilidade de obrigar os ascendentes, maternos ou paternos, ao adimplemento de obrigação alimentar, conforme o art. 1698 do Código Civil.
Assim, tendo em vista a morte de Paulo Bastos, a morte dos avós maternos e a incapacidade de Maria dos Santos em sustentar sozinha as necessidades básicas da requerente, não resta outra opção senão o pedido de fixação de obrigação alimentar avoenga. 
Considerando o fato de que a requerida, Alice Bastos, possui situação financeira confortável e as necessidades presumidas da requerente, com embasamento no art. 1694 do Código Civil, é imperativo que àquela recaia a obrigação de arcar com os alimentos necessários desta.
Portanto, é cabível a fixação de alimentos à requerente no valor de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais), com o objetivo de suplementar a subsistência da criança. 
III.2 – Dos alimentos provisórios
Como já demonstrado, a renda mensal de Maria dos Santos, desde que parou de receber a pensão alimentícia, não é suficiente para custear todas as necessidades de Luísa.
Destarte, com o embasamento legal previsto no art. 4º da Lei n 5.478/68, a fixação de alimentos provisórios à requerente é medida que se impõe, pois só assim será garantido o seu sustento digno.
Para tanto, é necessária a fixação dos alimentos provisórios no valor de R$ 1.500,00 (um mil e quinhentos reais), medida que se caracteriza como urgente, devendo ser estabelecida no curso desta demanda.
 
IV - DOS PEDIDOS
 Diante do exposto, REQUER:
a)	A concessão dos benefícios de gratuidade da justiça à autora, nos termos do art. 98 do Código de Processo Civil de 2015;
b)	Citação da requerida para manifestar-se no que entender de direito;
c)	Fixação, em sede liminar, de alimentos provisórios no valor de R$ 1.500,00 (um mil e quinhentos reais);
d)	A produção de todas as provas em direito admitidas, em especial a prova oral com oitiva das testemunhas, depoimento pessoal da ré, e prova documental suplementar;
e)	Procedência final do pedido com a condenação da requerida ao pagamento mensal de alimentos definitivos no valor de R$ 1.500,00 (um mil e quinhentos reais);
f)	Condenação da requerida ao pagamento de custas e honorários advocatícios;
g)	Manifestação do representante do Ministério Público, nos termos do art. 178, II, do Código de Processo Civil.
V - DO VALOR DA CAUSA
Dá-se o valor da causa de R$ 18,000,00 (dezoito mil reais).
Nestes termos, pede deferimento.
Local..., data ...
Nome ...
Assinatura...
Advogada ...
OAB ...