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FEBRE AMARELA BIOQUIMICA

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Febre Amarela
A febre amarela é uma doença infecciosa causada por um vírus e transmitido por mosquitos. A infecção pode ser caracterizada de duas formas: febre amarela urbana, quando é transmitida pelo Aedes aegypti; ou febre amarela silvestre, quando transmitida pelo Haemagogus e Sabethe.
A doença é considerada aguda e hemorrágica e recebe este nome, pois causa amarelidão do corpo(icterícia) e hemorragia em diversos graus. O vírus é tropical e mais comum na América do Sul e África. Apesar de ser considerado um vírus perigoso, a maioria das pessoas não apresentam sintomas e evoluem para a cura.
A febre amarela pertence à classificação das arboviroses, tendo várias diferenças entre a dengue e ao Zika vírus, apesar de pertencerem à família dos Flavivírus.
Causas
A febre amarela costuma ser transmitida por mosquitos, principalmente o Aedes aegypti (em áreas urbanas) e o Haemagogus (em áreas rurais). O mosquito é infectado ao picar uma pessoa ou animais com a doença e então desenvolve a doença e passa a transmiti-la para quem ele picar. Existem dois ciclos da febre amarela:
	Febre amarela silvestre: em que o mosquito destas regiões se infectam picando primatas com a doença e podem transmitir a u humano que visite este habitat;
	Febre amarela urbana: em que o humano infectado anteriormente pela febre amarela silvestre a transmite para mosquitos urbanos, como Ades aegypti, que a espalham.
Sintomas
Muitas pessoas que contraem a febre amarela não apresentam sintoma, e quando os apresentam, os mais comum são:
	Febre
	Dores musculares em todo o corpo, principalmente nas costas
	Perda do apetite
	Náuseas e vômito
	Olhos, face ou língua avermelhada
	Fotografia
	Fadiga e fraqueza.
Os sintomas na fase aguda da doença costumam durar entre três e quatro dias e passa sozinhos.
O vírus e sua estrutura
O vírus da febre amarela pertence ao gênero Flavivírus da família Flaviviridae (do latim flavus = amarelo). Ele pertence ao mesmo gênero e família de outros vírus responsáveis por doenças ao homem, entre os quais o Dengue, o West Nile, o Rocio e a encefalite de St. Louis. Embora apenas o sorotipo do vírus amarílico seja reconhecido, há pequenas alterações genéticas entre as cepas da América e da África que permitem atualmente caracterizar dois e cinco genótipos, respectivamente, não se sabendo se um é mais patogênico que o outro.
O vírus da febre amarela possui o genoma constituído de RNA de fita simples não segmentados, polaridade positiva com cerca de 11 kilobases de comprimento. O genoma completo possui 10.862 nucleotídeos que codificam 3.411 aminoácidos. Esse genoma possui uma única região codificante (ORF) com cerca de 10.233 nucleotídeos que vão codificar a formação das inúmeras proteínas virais e que é flanqueada por duas regiões não codificantes (NCR) de tamanho variável, sendo uma grande a 3`NCR com cerca de 511 nucleotídeos e uma pequena 5`NCR que possui 118 nucleotídeos, As regiões não codificantes, como indicativo, não codificam a formação de proteínas virais, mas são importantes para a regulação e expressão do vírus.
O vírion ou nucleopasideo mede cerca de 25-40nm de diâmetro e é envolvido pelo envoltório bilaminar de natureza lipoproteica conhecido como envelope e que é originário da célula hospedeira. A partícula íntegra (vírion mais envelope) mede cerca de 40-50nm⁷ ⁴³. A região ORF do RNA viral epressa a síntese de três proteínas estruturais (prM, E e C) e sete não estruturais (NS1, NS2A, NS2B, NS3, NS4A, NS4B, NS5).
As proteínas estruturais codificam a formação da estrutura básica da partícula viral; a proteína prM codifica o precursor da proteína da membrana(M), já a proteína E dá origem ao envelope, enquanto a proteína C codifica a formação do capsídeo viral. São a essas proteínas que o organismo humano responde durante uma infecção com a produção dos anticorpos inibidores da hemaglutinação(IH) contra as glicoproteínas do envelope e neutralizantes(N) contra a proteína C do capsídeo . Por outro lado, as proteínas não estruturais são responsáveis pelas atividades reguladoras e de expressão do vírus incluindo replicação, virulência e patogenicidade.

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