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EEEP MARIA GISELDA COELHO TEIXEIRA Formação: Técnico (a) de Segurança do Trabalho SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA Conteúdos Introdução Princípios do trabalho Portuário Histórico Missão da Inspeção do Trabalho nos Portos O Porto Modalidades de Exploração das Instalações Portuárias O Trabalhador Portuário Orgão Gestor de Mão de Obra - OGMO Inspeção do Trabalho nos Portos Principais Infrações encontradas nos Portos Normas de Segurança e Saúde no trabalho Portuário Legislação (recortes) Glossário de termos Portuários Aspectos destacados da Convenção 137 da OIT NR – 29, na Prática (esquema) Segurança na Indústria Petroquímica - Introdução Objetivo / História A Origem Processos de obtenção e refino do petróleo Importância da qualidade do petróleo O Transporte Aplicações do Petróleo Principais produtos obtidos do Petróleo Terminologia Pré-Sal Outros Anexos (tributos do petróleo, cronologia, principais acidentes) Objetivo Orientar aos Técnicos de Segurança sobre os riscos existentes nas atividades que envolvem porto e indústria petroquímica, bem como os agentes envolvidos no funcionamento dessas atividades. Critérios de Avaliação 1º Bimestre Atividades Coletivas Prova Bimestral 2º Bimestre Atividades Coletivas Prova Bimestral SEGURANÇA PORTURÁRIA E PETROQUÍMICA ORIGEM DO BARCO Os barcos são utilizados desde os tempos mais remotos para execução de viagem curtas. Pesquisadores apontam que essa prática de navegação tem sido utilizada desde o período da Pedra Lascada. Estima-se que os primeiros barcos tenham sido as canoas de tronco. Os mais antigos barcos descobertos por escavações arqueológicas são canoas de tronco de 7.000-10.000 anos atrás. O mais antigo barco recuperado no mundo é a canoa de Pesse, uma canoa de tronco escavado de Pinus sylvestris, construída entre 8200 e 7600 a.C. Esta canoa está exibida no museu Drents, na cidade holandesa de Assen. Muitas outras canoas de tronco antigas têm sido descobertas. Um barco feito de junco de 7000 anos foi encontrado no Quaite. SEGURANÇA PORTURÁRIA E PETROQUÍMICA ORIGEM DO BARCO Antigos navios de madeira cedro Louvor das Duas Terras é a primeira referência registrada para navios referenciados por nome. Na Ásia Oriental, na época da Dinastia Zhou, foram desenvolvidas tecnologias nas embarcações como o leme montado na popa, e da Dinastia Han, foi encontrada uma frota de navios bem conservada, que fora empregada no campo militar. Tecnologia naval avançada foi encontrada no período medieval, onde tais embarcações já possuíam compartimentos estanques para armazenamento de água. Durante o século XV na Dinastia Ming, uma das maiores e mais poderosas frotas do mundo foi montada para as viagens de diplomacia e projeções do poder de zheng He. Em algumas partes a Coreia, no século XV, foi encontrado o primeiro barco que utilizou-se de ferro. Foi o Navio Tartaruga, este foi desenvolvido com laminados de ferro. O principal método adotado para navegação marítima era a navegação espacial. A navegação bússola, usando uma agulha de giro em uma caixa seca, foi inventada na Europa mais tarde, em 1300. SEGURANÇA PORTURÁRIA E PETROQUÍMICA GRANDES NAVEGAÇÕES No final da Idade Média, o mundo que os europeus conheciam resumia-se ao Oriente Médio, ao norte da África e às Índias. A América e a Oceania eram totalmente desconhecidas pelos europeus. Mesmo as informações de que os europeus dispunham sobre muitas das regiões conhecidas eram imprecisas e estavam repletas de elementos fantasiosos. Durante os séculos XV e XVI, exploradores europeus, mas principalmente portugueses e espanhóis, começaram a aventurar-se pelo “mar desconhecido”, isto é, pelo oceano Atlântico e também pelo Pacífico e Índico dando início à chamada Era das Navegações e Descobrimentos Marítimos. SEGURANÇA PORTURÁRIA E PETROQUÍMICA GRANDES NAVEGAÇÕES CONSEQUÊNCIAS DAS GRANDES NAVEGAÇÕES Sistema colonial português Dominação das civilizações asteca e inca pelos espanhóis Descoberta das minas de prata de Potosi (consideradas as maiores do mundo) Ampliação do comércio mundial Afluxo de metais preciosos Preparação das revoluções Comercial e Industrial SEGURANÇA PORTURÁRIA E PETROQUÍMICA GRANDES NAVEGAÇÕES SEGURANÇA PORTURÁRIA E PETROQUÍMICA ORIGEM DA NAVEGAÇÃO NO BRASIL Disputa com os franceses por territórios (Nicolas Durand de Villegagnon – Baía de Guanabara e Daniel de la Ravardière – São Luís); Criação do Ministério da Marinha – Em 1736 foi criada pelo Rei de Portugal a Secretaria D'Estado dos Negócios da Marinha, sendo reorganizada por D. João VI quando da sua chegada ao Brasil em 1808 ocasião em que foi nomeado para a pasta do então Ministério da Marinha e Domínios Ultramarinos o antigo detentor do cargo, D. João Rodrigues de Sá e Menezes - Conde de Anádia, considerado dessa forma como o nosso primeiro Ministro da Marinha. SEGURANÇA PORTURÁRIA E PETROQUÍMICA ORIGEM DOS PORTOS Disputa com os franceses por territórios (Nicolas Durand de Villegagnon – Baía de Guanabara e Daniel de la Ravardière – São Luís); Criação do Ministério da Marinha – Em 1736 foi criada pelo Rei de Portugal a Secretaria D'Estado dos Negócios da Marinha, sendo reorganizada por D. João VI quando da sua chegada ao Brasil em 1808 ocasião em que foi nomeado para a pasta do então Ministério da Marinha e Domínios Ultramarinos o antigo detentor do cargo, D. João Rodrigues de Sá e Menezes - Conde de Anádia, considerado dessa forma como o nosso primeiro Ministro da Marinha. SEGURANÇA PORTURÁRIA E PETROQUÍMICA ORIGEM DOS PORTOS Em 28 de janeiro de 1808, D. João VI decretou a abertura dos portos às nações amigas;. Em 1846, o Visconde de Mauá – patrono da Marinha Mercante brasileira – organizou a Companhia de Estabelecimento da Ponta da Areia, no porto de Niterói, de onde partiam seus navios destinados à cabotagem na costa brasileira, como também de linhas para o Atlântico Sul, América do Norte e Europa. O governo imperial elaborou, em 1869, a primeira lei de concessão à exploração de portos pela iniciativa privada. Isso ocorreu logo após a inauguração da ferrovia “São Paulo Railway”, próxima de Santos, o que facilitava as exportações de café. Com advento da proclamação da República, as administrações dos portos foram privatizadas, sendo a primeira a do porto de Santos. O governo resolveu, então, abrir concorrência para exploração do porto e, em 1888, o grupo liderado por Cândido Graffé e Eduardo Guinle obteve autorização para explorar as operações do porto de Santos: em lugar dos trapiches e pontes fincadas em terreno pantanoso, foram construídos 260 metros de cais e, com isso, permitida a atracação de navios com maior calado. Dava-se assim, partida às operações do primeiro porto organizado, explorado pela iniciativa privada através da então constituída, Companhia Docas de Santos. SEGURANÇA PORTURÁRIA E PETROQUÍMICA ORIGEM DOS PORTOS Inicialmente, a concessão permitia a exploração do porto por 39 anos, mas o volume de negócios e transações comerciais com o exterior era de tal monta que exigiu uma ampliação no prazo inicial, agora para 90 anos, de modo a permitir o retorno do investimento realizado que, naquele tempo, se processava lentamente. Os portos passam, assim, a serem consideradas instituições extremamente importantes para o desenvolvimento econômico nacional. A privatização fez o porto de Santos funcionar de maneira satisfatória ao longo de várias décadas. A partir de 1930, com a Revolução de 30 da Aliança Liberal, houve novas mudanças, pois até então as atividades portuárias eram privadas, com caráter pontual de desenvolvimento. Já a partir de 1934, com o chamado “Estado Novo” e com um programa estatizante, o porto passa a ser tratado como fator de desenvolvimento econômico, porém, sob controle do Estado. SEGURANÇA PORTURÁRIA E PETROQUÍMICA ORIGEM DOS PORTOS Durante o períododa ditadura militar, o enfoque era de área de segurança, com pouco investimentos e nem avanço tecnológico das operações portuárias, para tornar o porto um fator de desenvolvimento. Com o tempo, a presença do Estado na economia foi ficando cada vez mais forte e, em 1975, foi criada a Empresa de Portos do Brasil S/A – PORTOBRAS, uma “holding” que representava o interesse do governo em centralizar atividades portuárias. Desta maneira, seguindo o critério de centralização da administração pública federal vigente à época, iniciado no Estado Novo e intensificado após 1964, era consolidado o modelo monopolista estatal para o Sistema Portuário Nacional. As relações dos trabalhadores e empresários estavam sob total controle do aparelho do Estado, não permitindo o processo de modernização das atividades portuárias com maior eficiência, gerando problemas no sistema de relações de trabalho como algo obsoleto e autoritário; Cria-se a Delegacia do Trabalho e os Conselhos Regionais do Trabalho Marítimo para dirimir esses conflitos. Ao Conselho Superior do Trabalho Marítimo cabia controlar todos os atos normativos para operação, inclusive as taxas portuárias, e isto foi responsável por custos exagerados nas operações de carga e descarga, ao obrigar os contratantes de serviços a pagarem por um excessivo contingente de mão-de-obra. SEGURANÇA PORTURÁRIA E PETROQUÍMICA ORIGEM DOS PORTOS Começa, nesse momento, um período de marcante ineficiência nos portos brasileiros. A Portobrás explorava os portos através de subsidiárias, as Companhias Docas, tendo também assumido a fiscalização das concessões estaduais e, até mesmo, dos terminais privativos de empresas estatais e privadas, aumentando muito, com isso, a burocracia nos portos. No início de 1993, o sistema portuário brasileiro passava por uma crise institucional sem precedentes, principalmente pelas nefastas conseqüências advindas com a abrupta dissolução da Portobrás, por força da Lei nº 8029/90, criando um desastroso vazio institucional. Esse processo culminou com a aprovação da Lei 8.630, de 25 de fevereiro de 1993, conhecida como Lei de “Modernização dos Portos”. O atual sistema portuário brasileiro é composto por nove Companhias Docas (oito públicas e uma privada) e por quatro concessões estaduais, existindo ainda mais quatro portos privados distribuído ao longo da costa brasileira. ANTAQ – Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Ministério da Infraestrutura) SEGURANÇA PORTURÁRIA E PETROQUÍMICA PRINCÍPIOS DO TRABALHO PORTUÁRIO PRINCÍPIO NEGOCIAL PRINCÍPIO PUBLICISTA PRINCÍPIO DA RESTRIÇÃO DO TRABALHO PRINCÍPIO DA EQUIDADE PRINCÍPIO DA MULTIFUNCIONALIDADE PRINCÍPIO DA MODERNIZAÇÃO SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA Em 1993, com a política de modernização dos portos instituída pela Lei nº 8.630/93, enfatizou a negociação coletiva no setor portuário. Criação do Órgão Gestor de Mão-de-Obra (OGMO) nos portos organizados. São entidades sem fins lucrativos que atuam na regulamentação dos trabalhadores avulsos do setor portuário. A elas atribui-se caráter administrativo, fiscalizador e profissionalizante. SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA O OGMO e suas responsabilidades: Administração da escala de trabalho dos portuários; Cadastramento e registro mão-de-obra portuária avulsa; Recolher e pagar os encargos sociais e previdenciários, de acordo com os recursos repassados pelas empresas tomadoras dos serviços prestados; Treinamento e habilitação profissional da categoria; Organização dos setores de Medicina Ocupacional e Segurança do Trabalho. Aplicação de penalidades; Quantificação do número de trabalhadores necessário para as atividades. O órgão possui um conselho de supervisão integrado por empresários e trabalhadores. SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA Instrução Normativa Intersecretarial nº 14/1993 (SEFIT/SSST) Coordenação especial de inspeção do trabalho portuário e aquaviário; Coordenações regionais de inspeção do trabalho portuário e aquaviário, consolidando-se a inspeção do trabalho portuário e incorporando a inspeção do trabalho aquaviário (marítimos, fluviários, pescadores, mergulhadores e trabalhadores em plataformas marítimas). SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA INSPEÇÃO DE TRABALHO EM PORTO Responsável: Auditor Fiscal do Trabalho Finalidade: busca o cumprimento da legislação trabalhista portuária, tanto pelos empresários quanto pelos trabalhadores portuários, no interesse de toda a sociedade brasileira, bem como a promoção do entendimento e da negociação entre as partes, como forma de solução autônoma dos conflitos, participando, quando necessário, em mediações, objetivando viabilizar os acordos e convenções coletivas, sempre orientando quanto aos mandamentos legais. SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA NR29 - Segurança e Saúde no Trabalho Portuário Regular a proteção obrigatória contra acidentes e doenças profissionais, facilitar os primeiros socorros a acidentados e alcançar as melhores condições possíveis de segurança e saúde aos trabalhadores portuários. Aplicam-se aos trabalhadores portuários em operações tanto a bordo como em terra, assim como aos demais trabalhadores que exerçam atividades nos portos organizados e instalações portuárias de uso privativo e retroportuárias, situadas dentro ou fora da área do porto organizado. SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA NR29 - Segurança e Saúde no Trabalho Portuário Compete ao OGMO ou ao empregador: a) proporcionar a todos os trabalhadores formação sobre segurança, saúde e higiene ocupacional no trabalho portuário, conforme o previsto nesta NR; b) responsabilizar-se pela compra, manutenção, distribuição, higienização, treinamento e zelo pelo uso correto dos equipamentos de proteção individual - EPI e equipamentos de proteção coletiva - EPC, observado o disposto na NR -6; c) elaborar e implementar o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais - PPRA - no ambiente de trabalho portuário, observado o disposto na NR -9; d) elaborar e implementar o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional - PCMSO, abrangendo todos os trabalhadores portuários, observado o disposto na NR-7. SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA NR29 - Segurança e Saúde no Trabalho Portuário Instruções Preventivas de Riscos nas Operações Portuárias: Para adequar os equipamentos e acessórios necessários à manipulação das cargas, os operadores portuários, empregadores ou tomadores de serviço, deverão obter com a devida antecedência o seguinte: a) peso dos volumes, unidades de carga e suas dimensões; b) tipo e classe do carregamento a manipular; c) características específicas das cargas perigosas a serem movimentadas ou em trânsito. SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA NR29 - Segurança e Saúde no Trabalho Portuário Plano de Controle de Emergência - PCE e Plano de Ajuda Mútua - PAM.: Cabe à administração do porto, ao OGMO e aos empregadores a elaboração do PCE, contendo ações coordenadas a serem seguidas nas situações descritas neste subitem e compor com outras organizações o PAM. Devem ser previstos os recursos necessários, bem como linhas de atuação conjunta e organizada, sendo objeto dos planos as seguintes situações: a) incêndio ou explosão; b) vazamento de produtos perigosos; c) queda de homem ao mar; d) condições adversas de tempo que afetem a segurança das operações portuárias; e) poluição ou acidente ambiental; f) socorro a acidentados. No PCE e no PAM, deve constar o estabelecimento de uma periodicidade de treinamentos simulados, cabendo aos trabalhadores indicados comporem as equipes e efetiva participação. SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA NR29 - Segurança e Saúde no Trabalho Portuário Organização da Área de Segurança e Saúde no Trabalho Portuário: Serviço Especializado em Segurança e Saúde do Trabalhador Portuário - SESSTP. Todo porto organizado, instalação portuária de uso privativo e retroportuáriadeve dispor de um SESSTP, de acordo com o dimensionamento mínimo constante do Quadro I, mantido pelo OGMO ou empregadores, conforme o caso, atendendo a todas as categorias de trabalhadores. O custeio do SESSTP será dividido proporcionalmente de acordo com o número de trabalhadores utilizados pelos operadores portuários, empregadores, tomadores de serviço e pela administração do porto, por ocasião da arrecadação dos valores relativos à remuneração dos trabalhadores. Os profissionais integrantes do SESSTP deverão ser empregados do OGMO ou empregadores, podendo ser firmados convênios entre os terminais privativos, os operadores portuários e administrações portuárias, compondo com seus profissionais o SESSTP local, que deverá ficar sob a coordenação do OGMO. Nas situações em que o OGMO não tenha sido constituído, cabe ao responsável pelas operações portuárias o cumprimento deste subitem, tendo, de forma análoga, as mesmas atribuições e responsabilidade do OGMO. O SESSTP deve ser dimensionado de acordo com a soma dos seguintes fatores: a) média aritmética obtida pela divisão do número de trabalhadores avulsos tomados no ano civil anterior e pelo número de dias efetivamente trabalhados; b) média do número de empregados com vínculo empregatício do ano civil anterior. Nos portos organizados e instalações portuárias de uso privativo em início de operação, o dimensionamento terá por base o número estimado de trabalhadores a serem tomados no ano. SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA NR29 - Segurança e Saúde no Trabalho Portuário Acima de 3500 (três mil e quinhentos) trabalhadores para cada grupo de 2000 (dois mil) trabalhadores, ou fração 500, haverá um acréscimo de 01 profissional especializado por função, exceto no caso do Técnico de Segurança do Trabalho, no qual haverá um acréscimo de três profissionais. Os profissionais do SESSTP devem cumprir jornada de trabalho integral, observada a exceção prevista no Quadro I. SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA NR29 - Segurança e Saúde no Trabalho Portuário Compete aos profissionais integrantes do SESSTP: a) realizar com acompanhamento de pessoa responsável, a identificação das condições de segurança nas operações portuária - abordo da embarcação, nas áreas de atracação, pátios e armazéns - antes do início das mesmas ou durante a realização conforme o caso, priorizando as operações com maior vulnerabilidade para ocorrências de acidentes, detectando os agentes de riscos existentes, demandando medidas de segurança para sua imediata eliminação ou neutralização, para garantir a integridade do trabalhador; b) registrar os resultados da identificação em relatório a ser entregue a pessoa responsável; c) realizar análise direta e obrigatória - em conjunto com o órgão competente do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE - dos acidentes em que haja morte, perda de membro, função orgânica ou prejuízo de grande monta, ocorrido nas atividade portuárias; d) as atribuições previstas na NR-4 (Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho - SESMT), observados os modelos de mapas constantes do Anexo I. O SESSTP disposto nesta NR deverá ser registrado no órgão regional do MTE. SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA NR29 - Segurança e Saúde no Trabalho Portuário Comissão de Prevenção de Acidentes no Trabalho Portuário – CPATP O OGMO, os empregadores e as instalações portuárias de uso privativo, ficam obrigados a organizar e manter em funcionamento a CPATP. A CPATP tem como objetivo observar e relatar condições de risco nos ambientes de trabalho e solicitar medidas para reduzir até eliminar ou neutralizar os riscos existentes, bem como discutir os acidentes ocorridos, encaminhando ao SESSTP, ao OGMO ou empregadores, o resultado da discussão, solicitando medidas que previnam acidentes semelhantes e ainda, orientar os demais trabalhadores quanto à prevenção de acidentes. A CPATP será constituída de forma paritária, por representantes dos trabalhadores portuários com vínculo empregatício por tempo indeterminado e avulsos e por representantes dos operadores portuários e empregadores, dimensionado de acordo com o Quadro II. (Alterado pela Portaria MTE n.º 1.895, de 09 de dezembro de 2013) A duração do mandato será de 2 (dois) anos, permitida uma reeleição Haverá na CPATP tantos suplentes quantos forem os representantes titulares, sendo a suplência específica de cada titular. A composição da CPATP obedecerá a critérios que garantam a representação das atividades portuárias com maior potencial de risco e ocorrência de acidentes, respeitado o dimensionamento mínimo do quadro II SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA NR29 - Segurança e Saúde no Trabalho Portuário Os representantes dos trabalhadores na CPATP, titulares e suplentes, serão eleitos em escrutínio secreto. Assumirão a condição de membros titulares os candidatos mais votados Em caso de empate, assumirá o candidato que tiver maior tempo de serviço no trabalho portuário Compete ao OGMO ou empregadores promover para todos os membros da CPATP, titulares e suplentes, curso sobre prevenção de acidentes do trabalho, higiene e saúde ocupacional , com carga horária mínima de 24 (vinte e quatro) horas, sendo este de freqüência obrigatória e realizado antes da posse dos membros de cada mandato, exceção feita ao mandato inicial SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA PORTO É uma pequena baía ou parte de grande extensão de água, protegida natural ou artificialmente das ondas grandes e correntes fortes, que serve de abrigo e ancoradouro a navios, e está provida de facilidades de embarque e desembarque de passageiros e carga. PORTO ORGANIZADO Construído e aparelhado para atender às necessidades da navegação e da movimentação e armazenagem de mercadorias, concedido ou explorado pela União, cujo tráfego e operações portuárias estejam sob a circunscrição de uma autoridade portuária. SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA ÁREA DO PORTO ORGANIZADO É a área compreendida pelas instalações portuárias, quais sejam, ancoradouros, docas, cais, pontes e píer de atracação e acostagem, terrenos, armazéns, edificações e vias de circulação interna, bem como pela infraestrutura de proteção e acesso aquaviário ao porto, tais como guias- correntes, quebramares, eclusas, canais, bacias de evolução e áreas de fundeio que de vão ser mantidas pela administração do porto SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA EXPLORAÇÃO DAS INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS USO PRIVATIVO É aquele administrado por empresários que precisamo realizar todos os investimentos necessários para manutenção das operações portuárias, podendo os terminais privativos atender terceiros, como serviços privados. USO PÚBLICO É aquele administrado pelo poder público responsável pela manutenção e operação, onde a prestação de serviço é acessível a todos. SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA ADMINISTRAÇÃO DO PORTO ORGANIZADO É composta, em nível superior, pelo Conselho de Autoridade Portuária (CAP) e pela Administração Portuária propriamente dita. A Administração Portuária propriamente dita é a exercida pela União ou pela entidade concessionária do porto organizado. Geralmente, essa entidade concessionária é representada pelas denominadas Cia Docas, exercendo inclusive o poder de polícia, representado pela Guarda Portuária SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA AUTORIDADES PÚBLICAS DO PORTO ORGANIZADO Auditores-Fiscais da Receita Federal e pelos Técnicos da Receita Federal: finalidade estabelecida pelo art. 36 da Lei nº 8.630/93, em especial o controle da entrada e saída de pessoas, bens e veículos, o despacho aduaneiro das mercadorias e a repressão ao contrabando e descaminho. Diretoria de Portos e Costas (DPC), vinculada ao Comando da Marinha. Cada porto brasileiro tem o seu Port State Control, vinculado à Capitania dos Portos ou Delegacia da circunscrição: responsável pela segurança do tráfego aquaviário, realizando inspeções periódicas nas embarcaçõesbrasileiras e estrangeiras. Port State Control: inspeciona aspectos relativos à segurança da vida humana no mar (convenção SOLAS – IMO). SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA AUTORIDADES PÚBLICAS DO PORTO ORGANIZADO Inspetores da Vigilância Sanitária: verifica as condições operacionais e higiênico-sanitárias a bordo dos navios e do estado sanitário de seus tripulantes e passageiros, autorizando a livre prática. Auditores Fiscais da Previdência Social: verifica a regularidade das contribuições previdenciárias dos trabalhadores portuários e dos operadores portuários, bem como auditando a concessão dos benefícios.. Polícia Federal: visa ao controle do acesso de pessoas e ao combate aos crimes federais, especialmente o narcotráfico. SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA OUTRAS AUTORIDADES DO PORTO ORGANIZADO ARMADOR: é o proprietário da embarcação; COMANDANTE DA EMBARCAÇÃO: são prepostos dos armadores, podendo contrair obrigações em nome dos mesmos. AFRETADOR: São empresas que celebram contrato de fretamento com armadores, contratando os espaços de carga de um ou mais navios. AGÊNCIA DE NAVEGAÇÃO: são representantes do armador nos vários portos em que esse atua, com a responsabilidade pelo suprimento das necessidades materiais dos navios e pela intermediação comercial, angariando cargas para os mesmos. DESPACHANTE ADUANEIRO: É o profissional credenciado pela administração aduaneira para prover o desembaraço de mercadoria dos embarcadores e consignatários. SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA TRABALHOS PORTUÁRIOS CAPATAZIA É a atividade de movimentação de mercadorias nas instalações portuárias, compreendendo o recebimento, conferência, transporte interno, abertura de volumes para conferência aduaneira, manipulação, arrumação e entrega, bem como o carregamento e a descarga de embarcações, quando efetuados por aparelhamento portuário nas instalações portuárias. São executados ao costado dos navios, dentro dos armazéns e nos seus portões, nos alpendres e pátios; constituindo-se no trabalho braçal e também na operação de equipamentos de movimentação de carga: empilhadeiras, páscarregadeiras, transportadores de contêineres e carretas. Sempre namovimentação de mercadorias entre dois pontos de terra do porto organizado SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA TRABALHOS PORTUÁRIOS ESTIVA É a atividade de movimentação de mercadorias nos conveses ou nos porões das embarcações principais ou auxiliares, incluindo o transbordo, arrumação da carga, peação e despeação, bem como o carregamento e a descarga das mesmas, quando realizadas com equipamentos de bordo. De acordo com o trabalho que executam, podem ser denominados: SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA TRABALHOS PORTUÁRIOS ESTIVA Contramestre-geral ou do navio Maior autoridade da estiva a bordo, a quem cabe coordenar os trabalhos em todos os porões do navio, de acordo com as instruções do operador portuário e do comandante do navio, dirigindo e orientando todos os estivadores a bordo. Contramestre de terno ou de porão Dirige e orienta o serviço de estiva em cada porão de acordo com as instruções do operador portuário, do comandante do navio ou do representante no porto, do planista ou do contramestre-geral ou do navio. Sinaleiro ou “Portaló” Orienta o trabalho dos operadores de aparelho de guindar, por meio de sinais. Ele fica em uma posição em que possa ver bem tanto o local onde a lingada é engatada como aquele em que é depositada, e onde possa ser visto pelo guincheiro ou guindasteiro. SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA TRABALHOS PORTUÁRIOS ESTIVA Guincheiro Trabalhador habilitado a operar guindaste. No porto denomina-se genericamente os operadores dos aparelhos de guindar de terra como guindasteiros, sendo trabalhador de capatazia. No caso do operador de aparelho de guindar de bordo, este é comumente chamado guincheiro e é trabalhador da estiva. Motorista Dirige o veículo quando esta é embarcada ou desembarcada através de sistema roll on/roll off (ro/ro). Ressalte-se que é praxe nessa operação haver a troca de motoristas quando o veículo toca o cais. Sai o motorista da estiva e entra o motorista da capatazia, que conduz o mesmo até o pátio de armazenagem. Operador de equipamentos Estivador habilitado a operar empilhadeira, pácarregadeira ou outro equipamento de movimentação de carga a bordo. SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA TRABALHOS PORTUÁRIOS ESTIVA Estivador Trabalhador que, no carregamento, desfaz as lingadas e transporta os volumes para as posições determinadas em que vão ser estivados. No descarregamento, traz os volumes das posições onde estão estivados e prepara as lingadas. Peador/despeador ou conexo trabalhador que faz a peação/despeação. Trabalhador com certa especialização, visto que muitos trabalhos fazem uso de técnicas de carpintaria (escoramento da carga com madeira). SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA TRABALHOS PORTUÁRIOS CONFERÊNCIA DE CARGA Recebem as seguintes denominações: conferente-chefe, conferente de lingada ou porão, conferente-rendição, conferente-ajudante, conferente de balança, conferente-controlador, conferente de manifesto e conferente de plano. Restringe-se a uma só embarcação por operação de carga e descarga, não se admitindo, portanto, que ela abranja simultaneamente duas ou mais embarcações. A atividade de conferência de carga e descarga é feita no interesse do operador portuário e dos trabalhadores avulsos, pois o documento dela resultante, o tallie, servirá de base para a apuração da produção e consequentemente da remuneração. SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA TRABALHOS PORTUÁRIOS VIGILÂNCIA DE EMBARCAÇÕES É a atividade de fiscalização de entrada e saída de pessoas a bordo das embarcações, atracadas ou fundeadas, bem como a fiscalização d movimentação de mercadorias nos portalós, rampas, porões, conveses, plataformas e em outros locais da embarcação, na área do porto organizado. BLOCO Constitui-se na atividade de limpeza e conservação de embarcações mercantes e de seus tanques, incluindo batimento de ferrugem, pintura, reparos de pequena monta e serviços correlatos. SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA TRABALHOS PORTUÁRIOS OPERACIONALIDADE DO TRABALHO PORTUÁRIO As pessoas jurídicas que exercem atividades ligadas à contratação de mão-de- obra nos portos são: operador portuário, titular de instalação portuária, cooperativa de trabalho portuário e órgão gestor de mão-de-obra. OPERADOR PORTUÁRIO É a pessoa jurídica, pré-qualificada pela administração do porto, responsável pela direção e coordenação das operações portuárias que efetuar. TITULAR DE INSTALAÇÃO PORTUÁRIA São as empresas privadas que quando dentro da área do porto organizado equiparam-se, para efeito de requisição de mão-de-obra avulsa, aos operadores portuários. SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA TRABALHOS PORTUÁRIOS OGMO As pessoas jurídicas que exercem atividades ligadas à contratação de mão-de- obra nos portos são: operador portuário, titular de instalação portuária, cooperativa de trabalho portuário e órgão gestor de mão-de-obra. COOPERATIVA DE TRABALHO PORTUÁRIO É uma forma especial de prestação de serviços nos portos organizados, prevista no art. 17 da Lei nº 8.630/93. SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA TRABALHOS PORTUÁRIOS Operação 24 horas; Jornada de 06 ou 08 horas; Em turnos de oito horas, haverá intervalo intrajornada, para repouso e alimentação. SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA TRABALHOS PORTUÁRIOS Remuneração inicia-se com a previsão de chegada do navio, sendo desde logo estabelecidos o período de estadia e a carga envolvida; O trabalhador deverá receber a remuneração em até 48 horas subsequentes ao término do serviço, salvo outro prazo previsto em acordo ou convenção coletiva de trabalho, nos termos do art. 2º, § 1º da Lei nº 9.719/98. O operador portuário ou tomador de mão- de-obra deverá repassar, em 24 horas do término do turno, a remuneração dos TPA ao OGMO para que este possaefetuar o pagamento, salvo outro prazo previsto em acordo ou convenção coletiva de trabalho. SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA TRABALHOS PORTUÁRIOS A remuneração é calculada com base nos seguintes fatores: turno (diurno ou noturno); tipo e número de paralisações, ocorrência de horas extraordinárias (nos intervalos intra ou interturnos); tipo de carga; tipo de faina; tonelagem, cubagem ou unidades; navio atracado ou fundeado; categoria envolvida; função desempenhada; e trabalho em domingos ou feriados. Tais itens são as variáveis empregadas no cálculo do Montante de Mão-de-Obra (MMO) e devem estar previstas em acordo ou convenção coletiva de trabalho. SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA TRABALHOS PORTUÁRIOS Exemplo – Operação: desembarque de bobina de papel – faina classe 1.1.0 (não há necessidade de ser desmembrada e já é pré-lingada); A) Navio atracado, em horário normal (turno de oito horas), carregando 308 volumes com 220.260 kg. A taxa convencionada para essa operação (faina 1.1.0) é de R$0,288 por tonelada (taxa de produção, conhecida por taxa “P”). Total: 220,26 x R$0,288 = R$63,4. B) Entretanto, durante a operação houve paralisação, por culpa do operador portuário, por cinco horas. Logo, haverá a remuneração dessas horas paradas: 5 x R$ 1,382 (taxa de salário-dia conhecida por taxa “S”) = R$6,9. C) Houve, ainda, extensão do trabalho por mais duas horas, sendo movimentado, nesse tempo, 276 volumes ou 189.060 kg. Nesse caso, a remuneração seria: 189,06 toneladas x R$0,432 (taxa “P”) = R$81,67. D) O total de remuneração desse período seria A + B + C = R$152,01. Sobre esse valor incide o 1/6 correspondente ao repouso semanal remunerado. Assim, o MMO seria de 152,01 x 7/6: R$177,35. Este valor é a base da remuneração de cada trabalhador, também chamado de “cota”. De acordo com a função exercida na equipe de trabalho, o trabalhador auferirá uma ou mais cotas (chefe-geral, chefe de porão, operador de máquina, etc.). SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA TRABALHOS PORTUÁRIOS SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE NO TRABALHO PORTUÁRIO (NR29) Na atracação, desatracação e manobras de embarcações devem ser adotadas medidas de prevenção de acidentes, com cuidados especiais aos riscos de prensagem, batidas contra e esforços excessivos dos trabalhadores. É obrigatório o uso de um sistema de comunicação entre o prático, na embarcação, e o responsável em terra pela atracação, através de transceptor portátil, de modo a ser assegurada uma comunicação bilateral. Todos os trabalhadores envolvidos nessas operações devem fazer uso de coletes salva-vidas aprovados pela Diretoria de Portos e Costas - DPC. As escadas, rampas e demais acessos às embarcações devem ser mantidas em bom estado de conservação e limpeza, sendo preservadas as características das superfícies antiderrapantes. SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA TRABALHOS PORTUÁRIOS SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE NO TRABALHO PORTUÁRIO (NR29) As escadas e rampas de acesso às embarcações devem dispor de balaustrada - guarda-corpos de proteção contra quedas. As escadas de acesso às embarcações devem possuir largura adequada que permita o trânsito seguro para um único sentido de circulação, devendo ser guarnecidas com uma rede protetora, em perfeito estado de conservação. O acesso à embarcação deve ficar fora do alcance do raio da lança do guindaste, pau-de-carga ou assemelhado. Quando isso não for possível, o local de acesso deve ser adequadamente sinalizado. É proibido o acesso de trabalhadores à embarcações em equipamentos de guindar, exceto em operações de resgate e salvamento ou quando forem utilizados cestos especiais de transporte, desde que os equipamentos de guindar possuam condições especiais de segurança e existam procedimentos específicos para tais operações. SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA TRABALHOS PORTUÁRIOS SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE NO TRABALHO PORTUÁRIO (NR29) Nos trabalhos noturnos as bóias salva-vidas deverão possuir dispositivo de iluminação automática aprovadas pela DPC. Os pisos dos porões devem estar limpos e isentos de materiais inservíveis e de substâncias que provoquem riscos de acidente. Passarelas, plataformas, beiras de cobertas abertas, bocas de celas de contêineres e grandes vãos entre cargas, com diferença de nível superior a 2,00 m (dois metros), devem possuir guarda- corpo com 1,10 m (um metro e dez centímetros) de altura. Quando em atividade, as passarelas, plataformas, beiras de cobertas abertas, bocas de celas de contêineres e grandes vãos entre cargas devem ser devidamente sinalizados, iluminados e protegidos com guarda-corpo, redes ou madeiramento resistente. SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA TRABALHOS PORTUÁRIOS SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE NO TRABALHO PORTUÁRIO (NR29) Somente pode operar máquinas e equipamentos o trabalhador habilitado e devidamente identificado. Os maquinários utilizados devem conter dispositivos que controlem a emissão de poluentes gasosos, fagulhas, chamas e a produção de ruídos. É proibido o uso de máquinas de combustão interna e elétrica em porões e armazéns com cargas inflamáveis Os equipamentos terrestres de guindar e os acessórios neles utilizados para içamento de cargas devem ser periodicamente vistoriados e testados por pessoa física ou jurídica devidamente registrada no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia - CREA. SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA TRABALHOS PORTUÁRIOS SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE NO TRABALHO PORTUÁRIO (NR29) Deve ser estabelecido cronograma para vistorias e testes dos equipamentos, os quais terão suas planilhas e laudos encaminhados pelos detentores ou arrendatários dos mesmos ao OGMO, que dará conhecimento aos trabalhadores envolvidos na operação. No local onde se realizam serviços de manutenção, testes e montagens de aparelhos de içar, a área de risco deve ser isolada e devidamente sinalizada. Cada porto organizado e instalação portuária de uso privativo, deve dispor de um regulamento próprio que discipline a rota de trafego de veículos, equipamentos, ciclistas e pedestres, bem como a movimentação de cargas no cais, plataformas, pátios, estacionamentos, armazéns e de mais espaços operacionais SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA TRABALHOS PORTUÁRIOS SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE NO TRABALHO PORTUÁRIO (NR29) Na limpeza de tanques de carga, óleo ou lastro de embarcações que contenham ou tenham contido produtos tóxicos, corrosivos e/ou inflamáveis, é obrigatório: a) a vistoria antecipada do local por pessoa responsável, com atenção especial no monitoramento dos percentuais de oxigênio e de explosividade da mistura no ambiente; b) o uso de exaustores, cujos dutos devem prolongar-se até o convés, para a eliminação de resíduos tóxicos; c) o trabalho ser realizado em dupla, portando o observador um cabo de arrasto conectado ao executante; d) o uso de aparelhos de iluminação e acessórios cujas especificações sejam adequadas à área classificada; e) não fumar ou portar objetos que produzam chamas, centelhas ou faíscas; f) o uso de equipamentos de ar mandado ou autônomo em ambientes com ar rarefeito ou impregnados por substâncias tóxicas; g) depositar em recipientes adequados as estopas e trapos usados, com óleo, graxa, solventes ou similares para serem retirados de bordo logo após o término do trabalho; SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA TRABALHOS PORTUÁRIOS SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE NO TRABALHO PORTUÁRIO (NR29) Nas pinturas, raspagens, apicoamento de ferragens e demais reparos em embarcações, é recomendada onde couber a proteção dos trabalhadores através de: a) andaimes com guarda-corpos ou, preferencialmente, com cadeiras suspensas; b) uso de cinturão de segurança do tipo pára-quedista, fixado em cabo paralelo à estrutura do navio; c) uso dos demais EPI necessários; d) uso de colete salva-vidas aprovados pela DPC; e) interdição quando necessário, da área abaixo desses serviços. SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICATRABALHOS PORTUÁRIOS SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE NO TRABALHO PORTUÁRIO (NR29) Toda instalação portuária deve ser dotada de um local de repouso, destinado aos trabalhadores que operem equipamentos portuários de grande porte, ou àqueles cuja análise ergonômica exija que o trabalhador tenha períodos de descansos intrajornadas. As instalações sanitárias devem estar situadas à distância máxima de 200 m (duzentos metros) dos locais das operações portuárias SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA TRABALHOS PORTUÁRIOS SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE NO TRABALHO PORTUÁRIO (NR29) Todo porto organizado, instalação portuária de uso privativo e retroportuária deve dispor de serviço de atendimento de urgência, próprio ou terceirizado, mantido pelo OGMO ou empregadores, possuindo equipamentos e pessoal habilitado a prestar os primeiros socorros e prover a rápida e adequada remoção de acidentado. No caso de acidente a bordo em que haja morte, perda de membro, função orgânica ou prejuízo de grande monta, o responsável pela embarcação deve comunicar, imediatamente, à Capitania dos Portos, suas Delegacias e Agências e ao órgão regional do MTE. SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA TRABALHOS PORTUÁRIOS SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE NO TRABALHO PORTUÁRIO (NR29) No transporte de produtos perigosos deve ser preenchida a DECLARAÇÃO DE MERCADORIAS PERIGOSAS (anexo VII) e ser elaborado A FICHA DE EMERGÊNCIA (anexo VIII) SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA TRABALHOS PORTUÁRIOS CLASSE 01 CLASSE 02 CLASSE 03 CLASSE 04 Sólidos Inflamáveis Substâncias sujeitas a combustão espontânea Substâncias em Contato com água emitem gases inflamáveis Substâncias Oxidantes CLASSE 05 Peróxido Orgânico CLASSE 06 CLASSE 07 CLASSE 08 CLASSE 08Misturas de Substâncias e Artigos Perigosos SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA TRABALHOS PORTUÁRIOS Mercadorias Perigosas, NFPA704 - Resíduos Perigosos SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA TRABALHOS PORTUÁRIOS IMO – International Maritime Organization (Organização Marítima Internacional) Criada em ,1948 em Genebra, com o nome de Organização Consultiva Intergovernamental Marítima, e em 1982 mudou seu nome para Organização Marítima Internacional. É a agência especializada das Nações Unidas, tendo como objetivo instituir um sistema de colaboração entre governos no que se refere a questões técnicas que interessam à navegação comercial internacional, bem como encorajar a adoção geral de normas relativas à segurança marítima e à eficácia da navegação. Compete à IMO, igualmente, estimular o abandono de medidas discriminatórias aplicadas à navegação internacional, examinar questões relativas a práticas desleais de empresas de navegação, tratar de assuntos relativos à navegação marítima apresentados por outros órgãos das Nações Unidas e promover o intercâmbio, entre os governos, de informações sobre questões estudadas pela Organização. A organização conta com 168 países membros e 3 associativos. SEGURANÇA PORTUÁRIA E PETROQUÍMICA TRABALHOS PORTUÁRIOS SEGURANÇA NA INDÚSTRIA PETROQUÍMICA PRINCIPAL FONTE ENERGÉTICA: PETRÓLEO é uma mistura de substâncias oleosas, inflamável, geralmente menos densa que a água, com cheiro característico e coloração que pode variar desde o incolor ou castanho claro até o preto, passando por verde e marrom (castanho). Representa até 15% do PIB em alguns países. SEGURANÇA NA INDÚSTRIA PETROQUÍMICA O petróleo era conhecido já na antiguidade, devido a exsudações e afloramentos frequentes no Oriente Médio. No Antigo Testamento, é mencionado diversas vezes, e estudos arqueológicos demonstram que foi utilizado há quase seis mil anos. No início da era cristã, os árabes davam ao petróleo fins bélicos e de iluminação. O petróleo de Baku, no Azerbaijão, já era produzido em escala comercial, para os padrões da época, quando Marco Polo viajou pelo norte da Pérsia, em 1271. SEGURANÇA NA INDÚSTRIA PETROQUÍMICA A moderna indústria petrolífera data de meados do século XIX. Em 1850, na Escócia, James Young descobriu que o petróleo podia ser extraído do carvão e xisto betuminoso, e criou processos de refinação. Em agosto de 1859 o americano Edwin Laurentine Drake, perfurou o primeiro poço para a procura do petróleo, na Pensilvânia. O poço revelou-se produtor e a data passou a ser considerada a do nascimento da moderna indústria petrolífera. A produção de óleo cru nos Estados Unidos, de dois mil barris em 1859, aumentou para aproximadamente três milhões em 1863, e para dez milhões de barris em 1874. Até o final do século XIX, os Estados Unidos dominaram praticamente sozinhos o comércio mundial de petróleo, devido em grande parte à atuação do empresário John D. Roc kefeller. SEGURANÇA NA INDÚSTRIA PETROQUÍMICA A empresa Royal Dutch–Shell Group, de capital anglo–holandês e apoiada pelo governo britânico, expandiu-se rapidamente no início do século XX, e passou a controlar a maior parte das reservas conhecidas do Oriente Médio. Mais tarde, a empresa passou a investir na Califórnia e no México, e entrou na Venezuela. Paralelamente, companhias europeias realizaram intensas pesquisas em todo o Oriente Médio, e a comprovação de que região dispunha de cerca de setenta por cento das reservas mundiais provocou reviravolta em todos os planos de exploração. Na primeira guerra mundial (1914 – 1918) foi usado o submarino com motor diesel, e o avião surgiu como nova arma. Em 1930 surgiu a indústria petroquímica tendo como base o petróleo, para produzir numerosos equipamentos, objetos, produtos, como por exemplo o carro. Com isso houve o abastecimento de milhares de veículos e o funcionamento dos parques industriais. A gasolina passou a ser o principal derivado do petróleo, enquanto ocorria uma ampliação do sistema de estradas, exigindo mais asfalto. Em 1938, 30% da energia consumida no mundo provinha do petróleo. SEGURANÇA NA INDÚSTRIA PETROQUÍMICA As duas crises sucessivas do petróleo, em 1973 e 1978, levaram a uma reconsideração da política internacional em relação a esse produto, e os países dependentes do petróleo intensificaram a busca de fontes de energia alternativas. Microorganismos marinhos (chamados plânctons), na ausência de oxigênio, se transformaram, ao longo de milhões de anos, nos constituintes do petróleo (hidrocarbonetos, animais , tioálcoois, etc.). Crise de 1973: A crise do petróleo aconteceu em quatro fases, todas depois da Segunda Guerra Mundial provocada pelo embargo dos países membros da OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e Golfo Pérsico de distribuição de petróleo para os Estados Unidos e países da Europa. Em 1960, na cidade de Bagdá (capital do Irã)), os cinco principais produtores de petróleo (Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kuwait e Venezuela) fundaram a Organização dos Países Exportadores de Petróleo. A criação da OPEP foi uma forma de reivindicar perante uma política de achatamento de preços praticada pelo cartel das grandes empresas petroleiras ocidentais – as chamadas "sete irmãs" (Standard Oil, Royal Dutch Shell, Mobil, Gulf, BP, Standard Oil of California, e Chevron). Os três objetivos da OPEP, definidos pela organização na conferência de Caracas em 1961, eram: aumentar a receita dos países-membros, a fim de promover o desenvolvimento; assegurar um aumento gradativo do controle sobre a produção de petróleo, ocupando o espaço das multinacionais; e unificar as políticas de produção. A OPEP aumentou os royalties pagos pelas transnacionais, alterando a base de cálculo, e as onerou com um imposto. A crise do petróleo foi desencadeada num contexto de déficit de oferta, com o início do processo de nacionalizações e de uma série de conflitos envolvendo os produtores árabes da OPEP. Os preços do barril de petróleo atingiram valores altíssimos, chegando a aumentar até 400% em cinco meses (17 de outubro de 1973 – 18 de março de 1974), o que provocou prolongada recessão nos Estados Unidos e na Europa e desestabilizou a economia mundial. SEGURANÇA NA INDÚSTRIAPETROQUÍMICA Comercialmente, existem dois tipos de petróleo: o leve (com maior proporção de gasolina); e o pesado (com maior proporção de querosene e óleos combustíveis). O petróleo leve tem maior cotação no mercado mundial, por causa do elevado consumo de gasolina. SEGURANÇA NA INDÚSTRIA PETROQUÍMICA Petróleo no Brasil Em 1892, o fazendeiro Eugênio Ferreira de Camargo perfurou o primeiro poço em busca de petróleo em sua fazenda na cidade de Bofete (interior do estado de São Paulo). Porém, o poço de 488 metros de profundidade teve come resultado apenas água sulfurosa. Foi a primeira tentativa de se encontrar petróleo em território brasileiro. SEGURANÇA NA INDÚSTRIA PETROQUÍMICA Em 1917, Otávio Brandão anunciou haver evidências petrolíferas em Riacho Doce, Alagoas. Foi perseguido e novamente houve rumores de ações estrangeiras que incluiriam a morte de José Bach em 1918, encontrado boiando no canal do Calunga, junto à lagoa Mundaú. Em 1920 transfere-se a sondagem de Rio Claro para São Pedro, onde no ano seguinte ocorreu a primeira incidência registrada de "gás natural" em todo o país. Em 15 de janeiro de 1926, a sondagem de Afonso Galeão em Santo Amaro na Bahia alcançava pela primeira vez um lençol petrolífero. SEGURANÇA NA INDÚSTRIA PETROQUÍMICA Com a Revolução de 1930 e a subida de Getúlio Vargas ao poder, houve algumas mudanças em relação a "precária situação da indústria nacional de mineração“. Com a posse de Vargas e da necessidade de uma centralização normativa federal foram reestruturados órgãos no âmbito do Ministério da Agricultura, onde se cria-se a Companhia Petróleos do Brasil, em 1932, se redefine o Estatuto das Minas de 1934 e cria-se o Conselho Nacional do Petróleo (CNP) em 1938. Companhia Petróleos do Brasil: visava prospectar petróleo no Brasil; Estatuto das Minas: regulamentar o processo de exploração e perfuração no Brasil; Conselho Nacional do Petróleo: regulamentar a indústria do Petróleo e de Gás Natural no território brasileiro; SEGURANÇA NA INDÚSTRIA PETROQUÍMICA Em 1932 foi fundada a pequena refinaria em Uruguaiana (RS), Destilaria Riograndense de Petróleo, que produzia principalmente querosene e óleo diesel. O petróleo processado vinha do Peru até que houvesse uma interrupção por uma lei argentina que proibia transporte de petróleo bruto por seu território. Outras refinarias foram criadas por essa época, em Rio Grande e São Caetano do Sul. Em 1932, o poço de petróleo de Lobato (BA) foi descoberto, vindo depois dele petróleo em mais três localidades do Recôncavo Baiano - Aratu, Candeias e Itaparica. Retorno dos interesses estrangeiros na exploração de petróleo no Brasil: Generais Horta Barbosa e Juarez Távora SEGURANÇA NA INDÚSTRIA PETROQUÍMICA Criação da Petrobrás (1953) A empresa foi instituída pela Lei nº 2004, sancionada pelo então presidente da República, Getúlio Vargas, em 3 de outubro de 1953. A lei dispunha sobre a política nacional do petróleo, definindo as atribuições do Conselho Nacional do Petróleo (CNP), estabelecendo o monopólio estatal do petróleo e a criação da Petrobras. As atividades da empresa foram iniciadas com o acervo recebido do antigo Conselho Nacional do Petróleo, que manteve a função fiscalizadora sobre o setor As operações de exploração e produção de petróleo, bem como as demais atividades ligadas ao setor de petróleo, gás natural e derivados, à exceção da distribuição atacadista e da revenda no varejo pelos postos de abastecimento, foram conduzidas pela Petrobras de 1954 a 1997, período em que a empresa tornou-se líder na comercialização de derivados no país. SEGURANÇA NA INDÚSTRIA PETROQUÍMICA Criação da Petrobrás (1953) Em 1950 foi fundada a primeira refinaria de propriedade do governo, a de Mataripe na Bahia - que ao passar para a Petrobras recebeu o nome de Landulfo Alves. As refinarias particulares continuaram a operar, não sendo alcançadas pelo monopólio. Em 1955 jorrou petróleo em Nova Olinda do Norte, às margens do Rio Madeira, onde foram abertos três poços que não se mostraram em condições de produzir comercialmente. Outro achado foi na Bacia do Tucano, no Maranhão que igualmente não se mostrou produtivo. SEGURANÇA NA INDÚSTRIA PETROQUÍMICA Durante as concessões no governo FHC a Petrobras perdeu o regime de monopólio, o qual foi exercido por mais de 40 anos. Com isso foram criadas a Agência Nacional do Petróleo (ANP), responsável pela regulação, fiscalização e contratação das atividades do setor e o Conselho Nacional de Política Energética, órgão encarregado de formular a política pública de energia. Em 2006 é alcançada a autossuficiência temporária em petróleo. SEGURANÇA NA INDÚSTRIA PETROQUÍMICA Refinaria Isaac Sabbá (Reman) Iniciada: 03/01/57 Produção: 46mil bbl/d Fonte: Petrobras Refinaria Abreu e Lima Iniciada: Jun/2014 Produção: 230mil bbl/d Refinaria Clara Camarão Iniciada: Set/2009 Produção: 230mil bbl/d Refinaria Landulpho Alves (RLAM) Iniciada: Set/1950 Produção: 323mil bbl/d Refinaria de Lubrificantes e Derivados do Nordeste (LUBNOR) Iniciada: Abr/1966 Produção: 8mil bbl/d Refinaria Capuava (Recap) Iniciada: 18/Set/1954 Produção: 53mil bbl/d COMPERJ Iniciada: em construção Produção: 165mil bbl/d Unidade de Industrialização de Xisto (SIX) Iniciada: Jan/1954 Produção: 5800 t/d Refinaria Alberto Pasqualimi (Refap) Iniciada: Set/1968 Produção: 201.280mil bbl/d Refinaria Gabriel Passos (Regap) Iniciada: 30/03/1968 Produção: 250mil bbl/d Refinaria Pres. Getulio Vargas (Repar)) Iniciada: 27/05/1977 Produção: 207.563 bbl/d Refinaria Henrique Lage (Revap) Iniciada: 24/03/1980 Produção: 252mil bbl/d Refinaria Presidente Bernardes (RPBC) Iniciada: 16/04/1955 Produção: 178mil bbl/d Refinaria de Paulínia (Replan) Iniciada: 12/05/1972 Produção: 434mil bbl/d Refinaria Duque de Caxias (Reduc) Iniciada: 9/Set/1961 Produção: 239mil bbl/d SEGURANÇA NA INDÚSTRIA PETROQUÍMICA E&P Refino Biocombustível Transpetro BR Distribuidora Termoelétricas Petroquímica e Fertilizantes SEGURANÇA NA INDÚSTRIA PETROQUÍMICA Refino De um modo geral, uma refinaria, ao ser planejada e construída, pode se destinar a dois objetivos básicos: produção de produtos energéticos (combustíveis e gases em geral); produção de produtos não-energéticos (parafinas, lubrificantes, etc.) e petroquímicos. O primeiro objetivo constitui a maior parte dos casos, pois a demanda por combustíveis é deveras maior do que a demanda por outros produtos. Nesse caso, a produção destina-se à obtenção de GLP, gasolina, Diesel, querosene e óleo combustível, entre outros. SEGURANÇA NA INDÚSTRIA PETROQUÍMICA Prospecção A prospecção de petróleo (isto é, o trabalho de sua localização) é feita de várias maneiras, inicialmente é realizado um estudo das regiões onde há maior probabilidade de se encontrar petróleo. Reúne-se geógrafos, agrônomos, paleontólogos, entre outros especialistas para se aumentar a chance de encontrar petróleo em determinada região. O estudo é realizado com aviões sonda, satélites, onde se faz uma varredura do solo na busca pela área com maior probabilidade de existir petróleo (b) e através de pequenos terremotos artificiais, onde é feita a detonação de cargas explosivas no solo, seguida de medição das ondas de choque refletidas pelas várias camadas do subsolo. O estudo destas ondas nos dá uma ideia da constituição do solo e da sua possibilidade de existência de petróleo, sendo possível identificar o tipo de rochas presentes (c). Para se ter certeza mesmo é necessário que se perfure o sol. O petróleo é encontrado em bolsões profundos – às vezes em terra firme, outras vezes abaixo do fundo do mar. Acredita-se que 50% das jazidas mundiais de petróleo estejam sob o mar, porem com as constantes descobertas do pré-sal esta estatística pode ser alterada, pois todas as bacias encontradas no mundo foram em alto mar. SEGURANÇA NA INDÚSTRIA PETROQUÍMICA Perfuração A perfuração é a segunda fase na buscado petróleo. Ela ocorre em locais previamente determinados pelas pesquisas Geológicas e Geofísicas. Para tanto, perfura-se um poço - o Poço Pioneiro - mediante o uso de uma sonda (ou Torre de Perfuração) que é o equipamento utilizado para perfurar poços. Esse trabalho é feito através de uma torre que sustenta a coluna de perfuração, formada por vários tubos. Na ponta do primeiro tubo encontra-se a broca, que, triturando a rocha, abre o caminho das camadas subterrâneas. Comprovada a existência de petróleo, outros poços são perfurados para se avaliar a extensão da jazida. Essa avaliação é que vai determinar se é comercialmente viável, ou não, produzir o petróleo descoberto. Caso positivo, o número de poços perfurados forma um Campo de Petróleo. SEGURANÇA NA INDÚSTRIA PETROQUÍMICA Extração O sistema de extração do petróleo varia de acordo com a quantidade de gás acumulado na jazida. Se a quantidade de gás for grande o suficiente, sua pressão pode expulsar por si mesma o óleo, bastando uma tubulação que comunique o poço com o exterior. Se a pressão for fraca ou nula, será preciso ajuda de bombas de extração. Mesmo assim, há uma perda de quase 50% do petróleo que fica retido no fundo da jazida, não sendo possível sua total extração. SEGURANÇA NA INDÚSTRIA PETROQUÍMICA Transporte Como a extração do petróleo ocorre muitas vezes em áreas distantes dos centros de consumo, seu transporte para as refinarias e mercados exige sistemas complexos e especializados, como oleodutos, navios petroleiros, caminhões ou vagões - tanques. Quando se trata de longas distâncias, o meio mais barato é o navio petroleiro, cujo agigantamento tem contribuído para a redução dos custos de transporte. No transporte por terra de grandes quantidades de petróleo, os custos mais baixos se obtêm pelo uso de oleodutos, tubulações que, mediante bombeamento levam o produto às refinarias. SEGURANÇA NA INDÚSTRIA PETROQUÍMICA Produtos Obitidos via Petróleo SEGURANÇA NA INDÚSTRIA PETROQUÍMICA Presal Reservas petrolíferas encontradas abaixo de uma profunda camada de sal no subsolo marítimo, também chamada de subsal (próximo dos 7 mil metros). As rochas reservatório deste tipo de região normalmente são encontradas em regiões muito profundas, de difícil localização e de acesso mais complexo. A maior parte das reservas petrolíferas "pré-sal" ou "subsal" atualmente conhecidas no mundo está em áreas marítimas profundas e ultra-profundas. SEGURANÇA NA INDÚSTRIA PETROQUÍMICA Presal No brasil, o pré-sal veio como uma revolução, vai mudar tudo no país, gerar empregos, movimentar toda economia, tirar o Brasil da situação de pais em crescimento para colocá-lo definitivamente entre os países grandes, a previsão é que o Brasil assuma seu lugar no mundo como a 5ª potência da economia. Devemos tudo isto a um investimento crescente em indústria petroquímica e, agora iremos colher o resultado. O pré-sal brasileiro está situado na costa do oceano atlântico, começando pelo literal de Santa Catarina até o Espírito Santo, uma área de149.000 km2, uma área muito grande que pode hoje dizem ter mais de 14 bilhões de barris de petróleo. SEGURANÇA NA INDÚSTRIA PETROQUÍMICA Presal SEGURANÇA NA INDÚSTRIA PETROQUÍMICA Impactos (Social, Ambiental e Econômicos) Vazamento de produtos derivados de petróleo; Maior nível na atmosfera de gases do efeitos estufa (CO2 - Dióxido de Carbono; N2O - Óxido nitroso; CH4 – Metano; CFCs – Clorofluorcarbonetos; HFCs – Hidrofluorcarbonetos; PFCs – Perfluorcarbonetos; SF6 - Hexafluoreto de enxofre; Desigualdade social; Disputas por terras em comunidades tradicionais;
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