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transferência e contratranferência Angelica, Eliandra, Jociele, Larissa, Tatiane TRANSFERÊNCIA A transferência é um fenômeno essencial no processo da terapia analítica; Pode ser entendida como um processo inconsciente no qual as emoções e afetos vivenciados nas experiências do passado, são transferidos para a figura do analista, ou para outras figuras de relacionamento. Freud foi quem fez os primeiros estudos sobre a transferência; No primeiro momento ele sugeriu ser uma forma de resistência que poderia atrapalhar o processo analítico; Mais tarde, ele passou a ver o quão essencial poderia ser esse mecanismo, na reedição de experiência traumáticas psíquicas, o qual denominou “neurose de transferência”. Melanie Klein introduziu os modelos de relações objetais no conceito de transferência, ao qual poderia ser visto na relação do paciente com seu analista, à medida que se processava através de identificações projetivas. Processo terapêutico No processo terapêutico existe transferência em tudo, o terapeuta pode ser visto como um objeto real com suas singularidades, que será introjetado pelo paciente ou uma figura modelada pelas identificações projetivas e transferências do paciente. No entanto, nem tudo deve ser entendido como transferência. É importante considerar no fenômeno transferencial, mais os efeitos que ele produz na pessoa do terapeuta, por meio da contratransferência ou contra identificação projetiva do que os afetos propriamente dirigidos a este. As transferências podem ser : Quanto a função - positivas ou negativas, mas não podem ser limitadas ao juízo de valor que esses dois termos carregam, pois, transferências negativas podem ser positivas no sentido terapêutico quando bem trabalhadas e vice versa; Quanto ao objeto que se referem - pode ser materna, paterna, fraterna, entre outras; Quanto sua fase evolutiva, por exemplo oral, anal, simbiótica, entre outras; Quando as instâncias da estrutura do psiquismo (id, ego, superego); Quanto a categoria diagnóstica de origem (psicótica, perversa, psicótica, entre outras); contratransferências ‘’A contratransferência costuma ser considerada como um dos conceitos fundamentais do campo analítico, ao mesmo tempo que a sua conceituação é uma das mais complexas e controvertidas entre as distintas correntes psicanalíticas’’ O conceito de contratransferência foi pouco abordado por Freud ao longo de sua obra, mas o pouco que abordou deixou claro a ambiguidade de sua opinião; Freud apresentou o conceito em 1910 pela primeira vez; E ele a considerou, nos primeiros tempos, como sendo um fenômeno relacional da clinica, pois surge como resultado da influência do paciente, e considerou como um sério artefato prejudicial ao tratamento, e uma clara evidência de que o analista não estava sendo bem analisado. Heiman e Racker, na década de 40 estudaram a contratransferência; Para eles a contratransferência se origina das cargas de identificações projetivas os quais o paciente deposita no terapeuta; Aquilo que o paciente sente é o que o terapeuta o fez sentir; Contratransferências nos grupos 1) Os sentimentos do grupoterapeuta em relação separadamente à cada um dos integrantes; 2) Os sentimentos em relação ao grupo como uma totalidade Gestáltica; 3) Os sentimentos que determinados pacientes do grupo desenvolvem, e agem, em relação a cada um de seus pares; 4) Os sentimentos de cada indivíduo em relação ao que o grupo, como uma totalidade abstrata, lhe desperta. São as contratransferências cruzadas, específicas do campo das grupoterapias. Tipos de contratransferências CONCORDANTE É Resultante dos mecanismos de introjeção e projeções, o qual permite o analista identificar a possibilidade de agir com naturalidade com o seu analisando COMPLEMENTAR Ao contrario refere-se ao fato de que o sentimento do analista pode interferir quanto a reação interna do paciente CONTRATRANSFERÊNCIA NOS GRUPOS Exemplo Clínico número 4; A leitura desse material trás as seguintes observações: - Fenômeno de ressonância grupal; - Assunção de distintos papéis; - Sentimentos contratransferenciais do grupoterapeuta; - A resposta contratransferencial resulta das projeções. A contratansferência apresentada é do tipo complementar; Grupoterapeuta reconhece sentimentos contratransferenciais patogênicos; Mudança de contratransferência complementar para concordante. Referências: ZIMERMAN, David Epelbaum. Fundamentos Básicos das Grupoterapias. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1993.
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