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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER ESCOLA SUPERIOR POLITÉCNICA BACHARELADO EM ENGENHARIA ELÉTRICA DISCIPLINA – ELETRÔNICA DE POTÊNCIA ATIVIDADE PRÁTICA DE ELETRÔNICA DE POTÊNCIA ALUNO: RICARDO MARQUES DE FIGUEIREDO PROFESSORA: ME ELIANA SILVA CUSTÓDIO GRAVATAÍ - RS 2020 SUMÁRIO RESUMO ................................................................................................................................................................ I 1 INTRODUCAO ............................................................................................................................................ 1 1.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ............................................................................................................ 1 1.2 OBJETIVOS ............................................................................................................................................. 5 2 CONCLUSÃO ............................................................................................................................................ 13 3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................................... 14 i RESUMO Essa atividade tem como intuito colocar em prática todos os conceitos abordados na disciplina de eletrônica de potência, aplicando uma atividade prática usando tiristores. A ativi- dade prática é baseada no uso dos tiristores, componentes amplamente usados na indústria na área de eletrônica de potência. Palavras-chave: Tiristor, SCR, DIAC, TRIAC Abstract: This activity aims to put into practice all the concepts covered in the discipline of power electronics, applying a practical activity using thyristors. The practical activity is based on the use of thyristors, components widely used in the industry in the field of power electro- nics. Keywords: Thyristor, SCR, DIAC, TRIAC 1 1 INTRODUCAO Com a necessidade de controle de sinais com potências consideráveis, os componentes semicondutores com portas controladas por disparos, são projetados e desenvolvidos para ope- rar com uma faixa de modulação e capacidade de condução capaz de suportar altas potencias e controles precisos de cargas elétricas de acordo com as necessidades comerciais ou industriais, o tiristor é um componente com essa capacidade, empregados em muitos equipamentos de con- troles sendo um excelente dispositivo utilizado na engenharia eletrônica. 1.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA A atividade prática é baseada no uso dos tiristores, componentes amplamente usados na indústria na área de eletrônica de potência. O nome tiristor engloba uma família de dispositivos semicondutores que operam em regime chaveado, tendo em comum uma estrutura de 4 camadas semicondutoras numa sequên- cia p-n-p-n, apresentando um funcionamento biestável. O tiristor de uso mais difundido é o SCR (Retificador Controlado de Silício), usualmente chamado simplesmente de tiristor. Outros componentes, no entanto, possuem basicamente a mesma estrutura: LASCR (SCR ativado por luz), TRIAC (tiristor triodo bidirecional), DIAC (tiristor diodo bidirecional), GTO (tiristor co- mutável pela porta), MCT (Tiristor controlado por MOS), IGCT (Tiristor controlado com gate isolado). O dispositivo SCR (Sillicon Controlled Rectifier ou Retificador Controlado de Silício) é um diodo controlado de silício. Este componente faz parte da família dos tiristores. Os tiris- tores são uma família de componentes que possuem em comum a característica do disparo, que será explicada mais a diante. O SCR é construído por quatro camadas de material semicondutor: PNPN ou NPNP. Ele possui três terminais, chamados anodo, cátodo e gatilho. A Figura 1 mos- tra o símbolo usado para representá-lo Figura 1 – SCR 2 O DIAC, ou Diode for Alternating Current, é um gatilho bidirecional, ou diodo que conduz corrente apenas após a tensão de disparo ser atingida, e para de conduzir quando a corrente elétrica cai abaixo de um valor característico, chamada de corrente de corte. Este comportamento é o mesmo nas duas direções de condução de corrente. A tensão de disparo é por volta dos 30 volts para a maioria destes dispositivos. Este comportamento é de certa forma similar, porém mais precisamente controlado e ocorrendo em menor valor, ao comportamento de uma lâmpada de neon. Na Figura 2 temos o símbolo desse componente Figura 2 – Símbolo do DIAC O DIAC é normalmente usado para disparar TRIACs e SCRs O TRIAC funciona como um interruptor controlado e apresenta as mesmas características funcionais de um SCR. No entanto, ele possui a vantagem de poder conduzir nos dois sentidos de polarização. A Figura 3 mostra sua simbologia Figura 3 – TRIAC A Figura 4 mostra a curva característica real de um TRIAC. Figura 4 – Curva de um TRIAC O TRIAC entra em condução de modo análogo ao SCR, ou seja: - Disparo por gatilho, ou seja, quando for aplicada uma corrente de gatilho; - Disparo por sobretensão, ou seja, quando VAK ultrapassa a tensão de breakover sem pulso no gatilho; 3 - Disparo por variação de tensão; - Disparo por aumento de temperatura. Em condução, a queda de tensão entre os terminais MT1 e MT2 geralmente está entre 1 e 2 V. O TRIAC pode ser disparado tanto por pulso positivo, quanto por pulso negativo. Isso não consegue ser explicado pela analogia a dois SCRs em anti-paralelo, já que o SCR só é disparado por pulso positivo em relação ao seu cátodo. Existem quatro modos diferentes para disparo de um TRIAC, operando em quatro qua- drantes. Tomando-se MT1 como referência, os quatro quadrantes são definidos pela polaridade de MT2 e o gatilho (G) em relação a MT1. A seguir são detalhados estes quatro modos de disparo. a) Disparo no 1° quadrante – os terminais MT2 e gatilho (G) estão positivos em relação a MT1. b) Disparo no 2° quadrante – o terminal MT2 está positivo e o terminal G está negativo, ambos em relação a MT1. c) Disparo no 3° quadrante – o terminal MT2 está negativo e o terminal G está negativo, ambos em relação a MT1. d) Disparo no 4° quadrante – o terminal MT2 está negativo e o terminal G está positivo, ambos em relação a MT1. Logo, a corrente entra em G. A Figura 5 apresenta os quatro qua- drantes de operação de um TRIAC. Figura 5 – Quatro quadrantes de operação de um TRIAC No 1° e 3° quadrantes, obtêm-se maior sensibilidade de disparo para o TRIAC em rela- ção às outras possibilidades. No 4° quadrante, a sensibilidade é pequena; e no 2° quadrante, é ainda mais reduzida, devendo ser utilizada somente em TRIACs concebidos especialmente para este fim. Portanto, o disparo de um TRIAC não é simétrico, ou seja, não dispara nas mesmas condições para os quatro quadrantes. A Figura 6 mostra um circuito de controle de onda completa utilizando TRIAC. 4 Figura 6 – Circuito de controle de onda completa com TRIAC Considerando que este TRIAC possui módulos iguais de corrente de disparo (IGT= 50 mA) para o 1° e o 3° quadrantes, podemos calcular em quais ângulos serão efetuados os dispa- ros. Para isso, vamos considerar que a queda de tensão típica de disparo entre G e MT1 é VGT = 1,2 V. Portanto, o TRIAC irá disparar em 1,13° (1° quadrante) e em 181,13° (3° quadrante). É importante lembrar que o TRIAC bloqueia quando o sinal de corrente entre os terminais MT1 e MT2 passa pelo zero da senoide. No caso deste circuito, como a carga (lâmpada incandes- cente) é puramente resistiva, a tensão passa por zero no mesmo instante da corrente, ou seja, a tensão e a corrente estão em fase. Neste circuito a lâmpada receberá praticamente todo o ciclo de onda, de acordo com a Figura 7. Figura 7 – Forma de onda de tensão VR sobre a carga 5 1.2 OBJETIVOS TRIAC controlando fase de uma carga resistiva. Observeo circuito a seguir da Figura 8: Analisar o experimento do circuito apresentado na figura 6 e responder as questões se- guintes: Figura 8 – Controle de tensão em carga resistiva Dados IGT = 50 mA (1º e 3º quadrantes) VGT = 2,0 V (1º e 3º quadrantes) a) Calcule os valores do resistor fixo R1 e da resistência variável (potenciômetro) R2 para disparo do TRIAC em 2°, 15°, 30°, 60° e 90° em relação à tensão da rede. Preencha a tabela 1 com os outros valores calculados: Ângulos de disparo(α) 𝑅 (Ω) 𝑅 (Ω) 𝑅 (Ω) 2º 15º 30º 60º 90° Tabela 1 b) Desenhe as formas de Onda da tensão sobre a carga para cada ângulo: 2°, 15°, 30°, 60° e 90. c) Um DIAC é um diodo de corrente alternada. Geralmente ele é utilizado como dispositivo de disparo do TRIAC. Basicamente, trata-se de um TRIAC sem gatilho. Por- tanto, ele só dispara quando a tensão aplicada sobre ele atinge as tensões de disparo VD. Geralmente este valor se encontra entre 20 e 40 volts. Trata-se de um dispositivo simétrico, ou seja, ele possui as mesmas condições de disparo tanto para o 1°, quanto para o 3° quadrantes. Portanto, ele corrige o problema de antissimétrica de disparo do TRIAC, de acordo com o circuito dimmer da Figura 9. Neste contexto analise o circuito a seguir: 6 Figura 9 – Dimmer O capacitor C1 atrasa a tensão aplicada sobre o DIAC. Então, é comum dizer que se trata de disparo por rede defasadora. Portanto, torna-se possível disparar o TRIAC com ângulos maiores que 90° e 270°, pois a tensão sobre o capacitor, atrasada em rela- ção à tensão da rede, é quem vai disparar o DIAC e, consequentemente, o TRIAC (Figura 9) Acesse o seguinte circuito no multisim online: https://www.multisim.com/content/apFtGGBH6iZoibCz99VVWk/diac-triac/open/ Ajuste o potenciômetro para conseguir disparos maiores que 90°, salve a tela do osciloscópio do Multisim e copie no seu relatório. A medida deve ser realizada sobre a carga, conforme Figura 10: Figura 10 - Medida da tensão sobre a carga Colocar pelos menos 3 formas de ondas de disparos maiores que 90 no relatório. 7 2 RESULTADOS E DISCUSSÃO a) Disparo em 2°: 𝑉 − 𝑅 . 𝐼 − 𝑉 = 0 𝑅 = 𝑉 − 𝑉 𝐼 = 𝑉 . √2. sin 𝛼 − 𝑉 𝐼 𝑅 = 127. √2. sin(2°) − 2 0,050 = 85,4Ω Disparo em 15°: 𝑉 − 𝑅 . 𝐼 − 𝑉 = 0 𝑅 = 𝑉 − 𝑉 𝐼 = 𝑉 . √2. sin 𝛼 − 𝑉 𝐼 𝑅 = 127. √2. sin(15°) − 2 0,050 = 889,7Ω Disparo em 30°: 𝑉 − 𝑅 . 𝐼 − 𝑉 = 0 𝑅 = 𝑉 − 𝑉 𝐼 = 𝑉 . √2. sin 𝛼 − 𝑉 𝐼 𝑅 = 127. √2. sin(30°) − 2 0,050 = 1756,1Ω Disparo em 60°: 𝑉 − 𝑅 . 𝐼 − 𝑉 = 0 𝑅 = 𝑉 − 𝑉 𝐼 = 𝑉 . √2. sin 𝛼 − 𝑉 𝐼 𝑅 = 127. √2. sin(60°) − 2 0,050 = 3070,85Ω ≅ 3070,9Ω 8 Disparo em 90°: 𝑉 − 𝑅 . 𝐼 − 𝑉 = 0 𝑅 = 𝑉 − 𝑉 𝐼 = 𝑉 . √2. sin 𝛼 − 𝑉 𝐼 𝑅 = 127. √2. sin(90°) − 2 0,050 = 3552,1Ω Ângulos de disparo(α) 𝑅 (Ω) 𝑅 (Ω) 𝑅 (Ω) 2º 85,4 50 35,4 15º 889,7 820 69,7 30º 1756,1 1500 256,05 60º 3070,9 2700 370,9 90° 3552,1 3300 252,1 Tabela 2 – Preenchida Os valores de R1 foram declarados em função de disponibilidade comercial, e a diferença foi acrescida no R2, o qual pode ser ajustado. b) Figura 11 – Formas de Onda da tensão em 2° 9 Figura 12 – Formas de Onda da tensão em 15° Figura 13 – Formas de Onda da tensão em 30° 10 Figura 14 – Formas de Onda da tensão em 60° Figura 15 – Formas de Onda da tensão em 90° 11 c) Figura 16 – Onda disparo 95º com potenciômetro a 17,5% Figura 17 – Onda disparo 105º com potenciômetro a 22,5% 12 Figura 18 – Onda disparo 120º com potenciômetro a 33% 13 3 CONCLUSÃO Ao final das análises pode-se concluir que a manipulação de circuitos controlados por Ti- ristores tem uma importante função quando se deseja ter um controle efetivo de cargas resisti- vas, ao necessitar que o acionamento ocorra num determinado ângulo de fase, os dois compo- nentes (Diac e Triac). A simulação em ambiente virtual é um fator muito importante, visto que sem o uso deste recurso aumentaria a nossa dificuldade em chegarmos aos resultados sem mai- ores custos para implementação dos circuitos. Enfim, a tecnologia nos proporciona avançarmos mais nas pesquisas de circuitos e testes funcionais, que implica numa maior possibilidade de explorarmos mais conhecimentos. 14 4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, J. L. A. Dispositivos semicondutores: t ir istor es: controle de potência e m CC e CA. 12. ed. São Paulo: Érica, 2009. MALVINO, A. P. Eletrônica. 4. ed. São Paulo: Makro n Books, 1995. v. 1. NATION AL INSTRUMENTS. Simulador online de circuitos MultiSIM Live. Disponível em: <https://www.multisim.com/content/apFtGGBH6iZoibCz99VVWk/diac-triac/open/>
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