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1. INTRODUÇÃO TEÓRICA Os circuitos integrados (CI’s) são dispositivos eletrônicos de escala micro- ou nano- , que contém uma gama de componentes semicondutores (diodos e transistores) associados a componentes convencionais (resistores, etc.) para formar circuitos capazes de desempenhar diversas funções. O interior de um CI é, em sua grande maioria, composto por uma pastilha de silício dopada, e.g., com Boro (junções do tipo P) e Fósforo (junções do tipo N). Estes dispositivos possuem geralmente encapsulamento plástico ou cerâmico. A determinação do tipo de material é associada à faixa térmica de operação máxima que o circuito deverá suportar. O que implica na capacidade de dissipação de potência do circuito. Alguns circuitos analógicos possuem encapsulamento de metal, como é o caso de alguns circuitos analógicos desenvolvidos para sensoriamento, e.g., o sensor de temperatura LM35 possui uma versão comercial com encapsulamento metálico. Quanto a forma física, pode-se dizer que ela é associada à quantidade de pinos que o circuito integrado (CI) possui e a maneira como este deve ser conectado ao circuito eletrônico. Para os circuitos com até 40 pinos, tem-se o encapsulamento DIP (Dual In-line Package) como o mais comum e usual dentre eles, todavia outros tipos podem ser encontrados no mercado. Para um número de pinos acima de 40, os encapsulamentos mais comumente encontrados são o PGA (Pin Grid Array) e o PLCC (Pin Leader Chip Carrier). A Tabela 1.1 mostra os tipos de encapsulamento mais comuns para os circuitos integrados digitais. Tabela 1.1. Tipos de encapsulamentos encontrados no mercado. Tipo Variação Descrição Figura DIP PDIP, CerDIP Dual In-Line Package SOIC Small OP, Thin SOP, Shrink SOP Small-Outline IC PGA Pin-Grid Array BGA LFBGA Ball-Grid Array QFP Quad Flat Pack PLCC Plastic-Leaded Chip Carrier LCCC Leadless Ceramic Chip Carrier Independente do tipo de encapsulamento, sempre haverá algum tipo de marca, para indicar um pino de referência, e.g., o pino 1. Nos encapsulamentos em quadratura, a marca referencia não apenas um pino específico, ela determina que a partir deste pino, todos estarão em sequência e no sentido anti-horário. Esta marcação (pin 1 index) é, geralmente, um ponto ou um chanfro. A partir dela então, seguindo-se em sentido anti- horário, pode-se determinar todos os terminais restantes, contando-se em ordem crescente (1 2 3 ...), conforme mostra a Figura 1.1. Figura 1.1. Identificando os terminais de um CI. 1.1. CÓDIGOS DE FABRICANTES As especificações lógicas, elétricas e mecânicas são identificadas por meio de uma codificação alfanumérica inscrita no encapsulamento do CI. A Tabela 1.2 apresenta a codificação padrão para a identificação dos circuitos integrados usando como exemplo o CI SN74ALS00J-00 da família TTL. Tabela 1.2. Codificação dos CI’s da família TTL. Circuito Integrado SN 74 ALS 00 J - 00 1 2 3 4 5 6 1 Prefixo padrão, identificador do fabricante. 2 Identificador da família lógica. 74 e 54 para TTL. 40, 45 e 74 para CMOS. 3 Identificador da subfamília lógica. F, H, LS, AS, ALS, para TTL 4 Identificador da função lógica, pode variar de 00 até 999. 5 Encapsulamento utilizado, deve conter 1 ou 2 letras, e.g., J, N, NT, NW, NJ. 6 Instruções adicionais do fabricante, deve conter dois dígitos. Tabela 1.3. Prefixo conforme o fabricante. Código do Fabricante Fabricante SN TEXAS INSTRUMENTS DM NATIONAL F FAIRCHILD MC MOTOROLA FJ PHILIPS N SIGNETICS FL SIEMENS HD HITACHI MB FUJITSU M MITSUBISHI µP NEC TD TOSHIBA 1.1.1. FAMÍLIA TTL A família TTL (Trasistor-Transistor Logic) foi originalmente desenvolvida pela Texas Instruments, todavia, atualmente muitos fabricantes de semicondutores produzem seus componentes. Esta família é principalmente reconhecida pelo fato de ter duas séries que começam pelos números 54, para os componentes de uso militar, e 74 para os componentes de uso comercial. Os CIs da série TTL 74-padrão oferecem uma combinação de velocidade e potências consumidas adequadas a um grande número de aplicações. Entre os CIs desta série, podemos encontrar uma ampla variedade de portas lógicas, além de flip-flops, registradores de deslocamento, contadores, decodificadores, memórias e circuitos aritméticos. Várias outras séries, ou subfamílias, TTL foram desenvolvidas depois do aparecimento da série 74-padrão, fornecendo uma ampla variedade de escolha para parâmetros de velocidade e potência consumida. Dentre essas séries, tem-se: TTL 74L de Baixa Potência: adequada para o uso em aplicações nas quais a dissipação de potência é um problema mais crítico do que a velocidade de operação. A série 74L não é recomendada para ser usada no projeto de novos circuitos. TTL 74H de Alta Velocidade: apresenta um aumento da velocidade em relação a série 74L, porém esse aumento é conseguido à custa do aumento da potência consumida pelos dispositivos da série. TTL 74S Schottky: reduz o retardo de armazenamento, com o uso do diodo Schottky. Opera com o dobro da velocidade da 74H, consumindo mais ou menos a mesma potência. TTL 74LS Schottky de Baixa Potência: é uma versão da 74S, que apresenta CI’s com consumo de potência mais baixo, todavia com velocidade também mais baixa. TTL 74AS Schottky Avançada: é a série TTL mais rápida, e com o produto velocidade-potência significativamente mais baixo que o da série 74S. A série 74AS tem outras vantagens sobre as demais, incluindo a necessidade de correntes de entrada extremamente baixas, o que resulta em fan-outs maiores que os da série 74S. TTL 74ALS Schottky Avançada de Baixa Potência: oferece uma sensível melhora em relação à 74LS no que diz respeito à velocidade de operação e à potência consumida. Esta possui a menor dissipação de potência por porta lógica da família TTL. A Tabela 1.4 e a Tabela 1.5 apresentam algumas comparações entre as subfamílias TTL, quanto ao atraso de propagação, consumo de potência, máxima frequência de operação que o circuito pode suportar e tensões e correntes, tanto em nível alto como baixo. Tabela 1.4. Comparação entre as subfamílias TTL. Família Identificação Atraso de Propagação (ns) Consumo (mW) Freqüência Máxima de Operação (MHz) Standard 54/74 10 10 35 Low Power 54L/74L 33 1 3 High Speed 54H/74H 6 22 50 Schottky 54S/74S 3 20 125 Low Power Schottky 54LS/74LS 10 2 45 Advanced Schottky 54AS/74AS 1,5 7 200 Advanced Low Power Schottky 54ALS/74ALS 4 1 70 Tabela 1.5. Correntes de carga e Tensões de operação das subfamílias TTL. Família Input Loading Current Input Voltage Output Loading Current Output Voltage Standard IIL = -1,6mA / IIH = 40µA VIL = 0.8V/ VIH = 2.0V IOL = 16 mA / IOH = - 400µA VOL = 0.4V / VOH = 2.4V L IIL = -180µA / IIH = 10µA VIL = 0.8V/ VIH = 2.0V IOL = 3,6 mA / IOH = - 200µA VOL = 0.4V / VOH = 2.4V H IIL = -2 mA / IIH = 50µA VIL = 0.8V/ VIH = 2.0V IOL = 20 mA / IOH = - 500 µA VOL = 0.4V / VOH = 2.4V S IIL = -2 mA / IIH = 50µA VIL = 0.8V/ VIH = 2.0V IOL = 20 mA / IOH = - 1 mA VOL = 0.5V / VOH = 2.7V LS IIL = -400µA / IIH = 20µA VIL = 0.8V/ VIH = 2.0V IOL = 8 mA / IOH = - 400µA VOL = 0.5V / VOH = 2.7V AS IIL = -500µA / IIH = 20µA VIL = 0.8V / VIH = 2.0V IOL = 20 mA / IOH = - 2 mA VOL = 0.5V / VOH = 2.5V ALS IIL = -100µA / IIH = 20µA VIL = 0.8V/ VIH = 2.0V IOL = 8 mA / IOH = - 400µA VOL = 0.5V / VOH = 2.4V 1.1.2. FAMÍLIA CMOS A família CMOS (Complementary Metal Oxide Semiconductor) utiliza tanto FETs canal-N quanto canal-P em um mesmo circuito, de forma a aproveitar as vantagens de ambas as famílias lógicas. As características principais desta família são o reduzido consumo de corrente (baixa potência),alta imunidade a ruídos e uma faixa de alimentação que se estende de 3V a 15V ou 18V dependendo do modelo. O processo de fabricação do CMOS é mais simples que o do TTL, possuindo também uma densidade de integração maior. No início, os dispositivos CMOS eram mais lentos do que os TTL, todavia as novas séries CMOS, de alta velocidade, competem igualmente com as séries TTL 74 e 74LS. A família CMOS possui, também, uma determinada faixa de tensão para representar os níveis lógicos de entrada e de saída, porém estes valores dependem da tensão de alimentação e da temperatura ambiente. Da mesma forma que a família TTL, após o surgimento da primeira porta CMOS padrão (4000/14000), várias outras subfamílias CMOS foram desenvolvidas no intuito de propiciar maior flexibilidade aos projetos eletrônicos baseados em lógica CMOS. Estas subfamílias são representadas por: CMOS 4000/14000: foram as primeiras séries da família CMOS, são bastante utilizadas, apesar do aparecimento de novas séries, pelo fato de implementarem diversas funções ainda não disponíveis nas novas séries. CMOS 74C: compatível, pino a pino e função por função, com os dispositivos TTL de mesmo número. O desempenho desta série é praticamente idêntico ao da série 4000. CMOS 74HC de Alta Velocidade: é uma série de circuitos aprimorados em relação a família 74C, sendo o principal aprimoramento é o tempo de comutação (em torno de 10 vezes maior), bem como a capacidade de suportar altas correntes na saída. A velocidade dos dispositivos desta série é compatível com a velocidade dos dispositivos da série TTL 74LS. CMOS 74HCT de Alta Velocidade: a principal diferença entre esta série e a 7HC é o fato de ela ser desenvolvida para ser compatível em termos de tensões com dispositivos da família TTL. Ou seja, os dispositivos 74HCT podem ser alimentados diretamente por saídas de dispositivos TTL. CMOS 74AC de Alta Velocidade: série avançada CMOS de alta velocidade. CMOS 74ACT de Alta Velocidade: a diferença entre a família 74AC e 74ACT, consiste no fato desta última ter os níveis lógicos compatíveis com a família TTL. A Tabela 1.6 apresenta a comparação entre as subfamílias CMOS, quanto ao atraso de propagação, consumo de potência e máxima frequência de operação que o circuito pode suportar. Tabela 1.6. Comparação entre as subfamílias CMOS. Família Identificação Atraso de Propagação (ns) Consumo (μW) Freqüência Máxima de Operação (MHz) Standard 4000 90 1 12 High Speed CMOS 54HC/74HC 8 2,5 55 High Speed CMOS - TTL 54HCT/74HCT 8 2,5 55 Advanced CMOS 54AC/74AC 5 2,5 150 Advanced CMOS - TTL 54ACT/74ACT 5 2,5 150 Tabela 1.7. Exemplo de características do CI da família CMOS. Família Input Loading Current Input Voltage Output Loading Current Output Voltage 4000 IIL = -1µA / IIH = 1µA VIL = 1,5V/ VIH = 3,5V IOL = 0,4mA / IOH = -0,4mA VOL = 0,05V / VOH = 2,95V HC IIL = -1µA / IIH = 1µA VIL = 2,3V/ VIH = 2,4V IOL = 4mA / IOH = -4mA VOL = 0,5V / VOH = Vcc HCT IIL = -1µA / IIH = 1µA VIL = 2,3V/ VIH = 2,4V IOL = 4mA / IOH = -4mA VOL = 0,5V / VOH = Vcc AC IIL = -1µA / IIH = 1µA VIL = 2,2V/ VIH = 3,0V IOL = 24mA / IOH = -24mA VOL = 1,6V / VOH = Vcc ACT IIL = -1µA / IIH= 1µA VIL = 0,45V/ VIH = 2,1V IOL = 24mA / IOH = -24mA VOL = 1,6V / VOH = Vcc 2. PRINCIPAIS ITENS EM UMA FOLHA DE ESPECIFICAÇÕES DE CIRCUITOS INTEGRADOS DIGITAIS (DATASHEETS) As subfamílias de circuitos integrados geralmente são compatíveis entre si. Contudo, a fim de se evitar falhas operacionais, faz-se necessário a verificação de algumas especificações. Adiante são listadas algumas características comumente encontradas em folhas de especificações (datasheets) de famílias TTL: Consumo de Potência: potência média dissipada pelo CI. ICCH: corrente consumida em nível lógico 1. A Figura 1.2 mostra um esquema do consumo de corrente pela porta lógica. Figura 1.2. Consumo de corrente com a saída em nível alto. ICCL: corrente consumida em nível lógico 0. A Figura 1.3 mostra um esquema do consumo de corrente pela porta lógica nesta situação. Figura 1.3. Consumo de corrente com a saída em nível baixo. +V CC HIGH LOW LOW I CCH +V CC LOW HIGH HIGH I CCL A corrente média de consumo pode ser calculada como: 𝐼𝐶𝐶 = 𝐼𝐶𝐶𝐻 + 𝐼𝐶𝐶𝐿 2 (2.1) Desta forma, tem-se a potência consumida pelo circuito TTL: 𝑃𝐷 = 𝑉𝐶𝐶𝐼𝐶𝐶 (2.2) Observação: Os circuitos da família TTL têm o seu consumo de potência independente da frequência de operação, enquanto que a família de circuitos CMOS tem o seu consumo variante de maneira aproximadamente linear com a frequência de operação, como mostra a Figura 1.4: Figura 1.4. Potência Consumida X Freqüência de Operação TTL – CMOS. FAN-OUT (BAIXO): corresponde à capacidade que uma porta lógica tem de drenar a corrente de carga que as entradas de um bloco lógico (conjunto de portas lógicas) fornecem para a sua saída. I OL I IL I IL 𝐼𝑂𝐿(𝑚𝑎𝑥) 𝐼𝐼𝐿(𝑚𝑎𝑥) = FAN-OUT (BAIXO) FAN-OUT (ALTO): corresponde à capacidade que uma porta lógica tem de fornecer corrente de carga para um bloco lógico conectado à sua saída, sem causar degradação do nível lógico. Tipos de circuitos de entrada e saída: tecnologias diferentes em níveis de tensão. A Figura 1.5 e 1.5 ilustram os níveis de tensão para as famílias TTL e CMOS. Figura 1.5. Níveis de tensão aceitáveis para lógica TTL. Figura 1.6. Níveis de tensão aceitáveis para lógica tipo CMOS (5V e 10V). IOH IIH IIH 𝐼𝑂𝐻(𝑚𝑎𝑥) 𝐼𝐼𝐻(𝑚𝑎𝑥) = FAN-OUT (ALTO) Níveis aceitáveis para sinais de entrada em portas TTL Níveis aceitáveis para sinais de saída em portas TTL Níveis aceitáveis para sinais de entrada em portas CMOS Níveis aceitáveis para sinais de saída em portas CMOS Níveis aceitáveis para sinais de entrada em portas CMOS Níveis aceitáveis para sinais de saída em portas CMOS Corrente de fuga (leakage current): correntes reversas de valores muito pequenos formadas quando há a polarização reversa dos diodos CMOS. Quando o circuito CMOS entra em stand by há apenas a corrente fuga. Atraso de Propagação: Um sinal lógico sempre sofre retardo em sua passagem através de um circuito. Os dois tempos correspondentes aos retardos de propagação são definidos como: o tPLH: tempo de retardo correspondente à passagem do nível lógico 0 para o nível lógico 1 (BAIXO para ALTO). o tPHL: tempo de retardo correspondente à passagem do nível lógico 1 para o nível lógico 0 (ALTO para BAIXO). o tTHL: tempo de transição padrão do nível lógico 1 para o nível lógico 0 (ALTO para BAIXO). o tTLH: tempo de transição padrão do nível lógico 0 para o nível lógico 1 (BAIXO para ALTO). A Figura 1.7 mostra em detalhes como ocorre o atraso de propagação. Figura 1.7. Atraso de propagação (Porta NOT). Em que tr é tempo de subida (medido de 10% a 90% do valor de nível alto) e tf é o tempo de descida (medido de 90% a 10% do valor de nível baixo). O tempo de ENTRADA (INPUT) SAÍDA (OUTPUT) propagação médio de uma porta (tP) pode ser calculado pela média aritmética dos tempos de propagação: 𝑡𝑃 = 𝑡𝑃𝐻𝐿 + 𝑡𝑃𝐿𝐻 2 (2.3) Frequência máxima de operação: há sempre o risco de um CI operar acima de sua frequência máxima suportada. Portanto, deve-se estar atento à frequência máxima de cada CI utilizado. Margem de ruído: picos de corrente elétrica e campos magnéticos podem induzir tensões nas conexões existentes entre os circuitos lógicos. Tais sinais, indesejados e espúrios, são denominados ruído. A imunidade ao ruído de um circuito lógico é referente à capacidade deste circuito tolerar tensões geradas por ruído em suas entradas, sem alterar o seu funcionamento. A quantidade medida de imunidade ao ruído é denominadamargem de ruído. o Margem de ruído para o nível alto VNH: 𝑉𝑁𝐻 = 𝑉𝑂𝐻 − 𝑉𝐼𝐻 o Margem de ruído para o nível baixo VNL: 𝑉𝑁𝐿 = 𝑉𝐼𝐿 − 𝑉𝑂𝐿 Figura 1.8. Margem de ruído nos circuitos TTL. Observações: 1. As margens de ruído consideradas acima são Margens de Ruído DC. Para se considerar uma Margem de Ruído AC, deve-se admitir um ruído muito incomum, o de altíssima frequência (≈ 𝐺𝐻𝑧). Visto que a velocidade de transição das portas é muito alta, logo, sinais de período em torno de 1s, para os referidos circuitos, pode ser considerado um sinal DC. Níveis aceitáveis para sinais de entrada em portas TTL Níveis aceitáveis para sinais de saída em portas TTL 2. Observe que a margem de ruído em nível lógico baixo é menor, logo, deve se tomar um cuidado especial com o aterramento de circuitos digitais, principalmente os que operam em alta frequência. 3. Quando não desejamos utilizar uma determinada entrada de um circuito TTL é necessário seguir os procedimentos apresentados na Figura 1.9 a seguir: Figura 1.9. Formas corretas de manter uma porta que não é utilizada. Na Figura 1.9, a primeira sugestão é manter a entrada desconectada (em flutuação), que devido à forma de construção dos circuitos TTL’s se comporta como sendo nível lógico 1. Essa é opção é muito prática, todavia desaconselhável, uma vez que as entradas desconectadas poderão captar sinais espúrios, como uma antena. A segunda sugestão é a mais aconselhável, conectando-se uma tensão de +5V por meio de um resistor de 1k, garantindo o nível lógico 1. Nessa configuração, o resistor desempenha um papel de proteção para entrada, caso haja correntes elevadas devido aos picos de tensão comumente encontrados na alimentação. A terceira sugestão apresenta a entrada não utilizada conectada a uma das entradas em uso. Contudo, é necessário ter cuidado com esta configuração, no que se refere ao fan-out do circuito acoplado a esta entrada. 3. ESTUDO E LEITURAS COMPLEMENTARES Agora você já é capaz de interpretar melhor as folhas de especificações de CI’s. Procure consultar os sites: http://www.alldatasheet.com http://www.datasheetcatalog.com/ http://www.datasheetarchive.com/ Escolha alguns part number de famílias diferentes, e.g., 74HCT86, 74AS86, etc. e tente ver as diferenças principais entre eles. http://www.alldatasheet.com/ http://www.datasheetcatalog.com/ http://www.datasheetarchive.com/ 4. REFERÊNCIAS TOCCI, R. J.; WIDMER, N. S. Sistemas Digitais: Princípios e Aplicações. 10°. Edição. Editora Pearson, São Paulo, SP, 2000. GARCIA, P. A.; MARTINI, J. S. C. Eletrônica Digital: Teoria e Laboratório. 1ª. Edição. Editora Érica, São Paulo, SP, 2006. WEKERLY, J. F. Digital Design - Principles and Practices, 3rd Edition. John F. Wekerly. 1999. BRAGA, A. P.; PARMA, G. G. Notas de Aulas Práticas do Curso de Laboratório de Sistemas Digitais, Escola de Engenharia, UFMG. 2006.
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