Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Anatomia UCXII Sistema Nervoso Autônomo: Introdução Relembrando a divisão do SNC SNC: Encéfalo + Medula SNP: nervos cranianos (12) e nervos espinais (33 segmentos) Nervos motores (eferente), se comunicam por neurônios multipolares (DENTRO do SNC) o Somático – 1 neurônio na sinapse Músculo estriado esquelético (sua ação é voluntária); corno anterior o Visceral = Sistema Nervoso Autônomo – 2 neurônios na sinapse (pré e pós ganglionar); ação involuntária; corno lateral Músculo Liso Músculo estriado cardíaco Glândulas O Sistema nervoso entérico também é considerado uma parte distinta do SNA Nervos sensitivos (aferente), se comunicam por neurônio pseudo-unipolar (FORA do SNC) o Somático o Visceral Somático e visceral andam juntos Sensitivo: corno posterior Sistema Autônomo simpático x Sistema autônomo Parassimpático Hipotálamo → tronco encefálico ou medula espinal → gânglio autônomo → órgão efetor, músculo liso, glândulas, células epiteliais Simpático: Corpo do neurônio está se originando de toraco- lombar (cornos laterais da medula) Usa nervos espinais ou artérias para chegar às células efetoras (músculo liso, estriado cardíaco e glândulas) Ação: luta ou fuga Neurônio pré-ganglionar curto e neurotransmissor final é adrenalina Exceção: a medula da suprarrenal não tem 2 neurônios, apenas 1 – pois as células do órgão são derivadas do tecido nervoso A cadeia paravertebral (ou tronco simpático) inerva a parte simpática da parede do corpo (piloereção, pele, músculos, etc) A cadeia pré-vertebral inerva as vísceras abdominais e pelve, os quais acompanham os nomes dos grandes vasos da aorta: gânglios celíacos, mesentéricos superiores e inferiores, renais Vasos sanguíneos são apenas simpáticos Responsável por: vasodilatação das artérias coronárias, aumento dos batimentos cardíacos, quando estamos com medo (como também aumenta a 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 contração das células cardíacas, esse é um dos mecanismos que possibilitam maior aporte sanguíneo para a musculatura esquelética, como um preparo para a “luta”), dilatação da pupila (ocorre quando a pessoa está com medo) e relaxamento do músculo ciliar, tornando o cristalino mais aplanado, o que possibilita chegar mais luz à retina, estímulo da sudorese, estímulo do orgasmo, estímulo da secreção de adrenalina e noradrenalina Há produção de energia (o indivíduo fica extremamente atento com o objetivo de se proteger, ao mesmo tempo em que ocorre a inibição das funções digestivas, incluindo a salivação), contração de todos os esfíncteres intestinais e inibição do peristaltismo, contração do esfíncter urinário, vasoconstrição periférica, diminuindo o aporte sanguíneo na pele e no trato gastrintestinal. O sangue é mais direcionado para a musculatura esquelética e também para os pulmões; dilatação dos bronquíolos, nos pulmões, o que possibilita maior troca gasosa Parassimpático: Corpo do neurônio está se originando de crânio- sacral (núcleos dos nervos cranianos + medula sacral) Ação: descanso e digestão Usa nervos cranianos (pares III, VII, IX, X) e uma pequena parte dos nervos espinais (sacral – pelve) A partir da flexura cólica esquerda ou esplênica – intestino posterior 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Neurônio pré-ganglionar longo e neurotransmissor final é a acetilcolina Usa os gânglios pterigopalatino, ciliar, submandibular e óptico O sistema nervoso parassimpático promove retorno às funções vegetativas regulares, proporcionando uma digestão adequada e sensação de calma; dilatação dos vasos sanguíneos que se direcionam ao trato gastrintestinal, causando, portanto, maior afluxo sanguíneo no sistema digestório, que tem grande demanda metabólica; aumento da secreção das glândulas salivares e aceleração do peristaltismo, o que, juntamente com o maior fluxo sanguíneo para o sistema digestório, promove a adequada absorção de nutrientes É responsável pela constrição dos bronquíolos, controle e regulação dos batimentos cardíacos (principalmente por ramos do nervo vago), constrição da pupila e acomodação do cristalino, contração da bexiga urinária e envolvimento no estímulo do desejo sexual e na ereção dos genitais. 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Sistema Nervoso: Estrutura da Medula Espinal e Nervos Espinais Medula Espinal Segmentos: cervical, torácico, lombar, sacral e coccígeo Contém nervos mistos: motores e sensitivos Diâmetros diferentes: 2 intumescências (cervical e lombar) Revestida pela pia-máter, pelo espaço subaracnoideo, pela aracnoide-máter, pelo espaço epidural e pela dura-máter. o Pia-máter: fina camada de fibras elásticas e colágenas inseridas no tecido nervoso; ligamento denteado: impede o movimento lateral; forma o filamento terminal o Aracnoide: rede delicada de fibras elásticas e colágenas; o espaço subaracnoideo é onde circula o LCE e há a absorção de impactos o Dura máter: contém o espaço epidural, com vasos sanguíneos, tecido conectivo areolar e adiposo Cone medular: porção terminal na medula espinal, entre L1 e L2. Cauda equina: ramos de nervos que se estendem para baixo, após o cone medular, até os ossos das vértebras sacrais o Apesar do nervo de L5 se originar do cone medular, ele sai abaixo da vértebra L5 o A cauda equina se forma pois a coluna vertebral cresce mais rapidamente que a medula espinal Formação da cauda equina: Estrutura e Topografia Sulcos o Sulco longitudinal posterior Fissuras o Fissura longitudinal anterior Substância cinzenta: corpos de neurônios no H medular; chamados de cornos ou colunas o Anterior: motor somático, multipolar, eferente o Lateral: motor visceral, multipolar, eferente o Posterior: sensitivo somático e visceral, pseudounipolar e aferente. O trajeto sensitivo para impulsos de propriocepção, exterocepção, 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 nocicepção e viscerocepção, da periferia até a medula é o mesmo Gânglio espinal = corpo do neurônio pseudo-unipolar, não ocorre sinapse ali 1. Coluna anterior 2. Coluna posterior 3. Coluna lateral 4. Substância intermédia central 5. Substância intermédia lateral Substância branca: axônios; o Funículos o Tratos Parte intermédia: no meio da medula Estrutura microscópica da medula espinal Neurônios de axônio longo Radiculares: neurônios motores, viscerais e somáticos (esse dividido em alfa e gama – depende do fuso muscular); são eferentes; formam a raiz ventral o O fuso é a parte central do músculo e informa o SNC quando este está distendido o Viscerais: relacionados ao SNA (T1-L2 na coluna lateral e S2-S4 na coluna anterior) o Somáticos: Alfa: neurônio motor que inerva a fibra que faz a contração muscular (fibras extrafusais); tem axônios grossos Gama: neurônio motor que vai pra fibra intrafusal, do controle; tem axônios mais finos, são neurônios menores Cordonais: nos funículos o Projeção: axônio longo que vai até o tronco encefálico, fora da medula (participa de vias ascendentes) o Associação: axônios curtos que terminam dentro da medula, divide-se em ramo ascendente e descendente, constituem mecanismo de integração intersegmentar e formam o fascículo próprio o Internunciais: axônios curtos que iniciam e terminam na substância cinzenta, participam em vários arcos reflexos Neurônio de axônio curto: conecta o sensitivo com o motor direto na medula 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Nervos Espinais União dessas estruturas forma os plexos: Medialmente: radículas nervosas Lateralmente: ramos do nervo espinal (ramo posterior + ramo anterior) oPosterior: inervação da musculatura axial e pele do dorso o Anterior Os nervos espinais são 31 pares de nervos, sendo eles: 8 cervicais (o 1° emerge sobre C1) o Plexo cervical (C1-C4) 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 o Plexo braquial (C5-T1) 12 torácicos o Nervos intercostais 5 lombares o Plexo lombar (L1-L4) 5 sacrais o Plexo sacral (L4-S4) 1 coccígeo o Plexo coccígeo (S4-S5) o Os últimos 4 emergem pelos forames sacrais o Os outros emergem pelos forames intervertebrais Dermátomos: área da pele suprida pela inervação sensorial, alguns exemplos: C6-C7-C8: polegar T5: mamilo T10: cicatriz umbilical L3: joelho L5: hálux S2: joelho Vias Vias: arco reflexo – 2 ou 3 neurônios, geralmente VIA ASCENDENTE: medula → bulbo → diencéfalo ou cerebelo → cérebro (3 neurônios, SENSITIVO) Funículo posterior: fascículo grácil e fascículo cuneiforme – transmitem propriocepção consciente (receptores em músculos e tendões e corpúsculos de Vater-Pacini), tato discriminativo (epicrítico) (receptores ao redor da haste dos pêlos), sensibilidade vibratória e estereognosia (forma dos objetos) Funículo anterior: espino-talâmico anterior Funículo lateral: espino-cerebelar anterior, espino- cerebelar posterior, espino-talâmico lateral o Posterior: recebem impulsos (neurônios cordonais de projeção localizados no núcleo torácio (C8, T1, T2) seguem para o cerebelo) e transmitem (propriocepção inconsciente (fuso neuromuscular e órgão neurotendinoso) o Anterior: recebem (neurônios cordonais de projeção localizados na coluna posterior e substância cinzenta intermédia) e transmitem (eventos ocorridos dentro da medula além da propriocepção inconsciente) VIA DESCENDENTE: cérebro → medula → órgão (2 neurônios, MOTOR, superior e inferior) Piramidais: córtico-espinal anterior e córtico-espinal posterior – fazem controle voluntário da musculatura axial e apendicular o 10 a 25% não decussam nas pirâmides (trato corticospinal anterior) o 75 a 90% decussam nas pirâmides (trato corticospinal lateral) o As que não decussam, cruzam o plano mediano antes de terminarem nos neurônios motores; são responsáveis pela inervação motora somática – motricidade voluntária Extrapiramidais: tecto-espinal, vestíbulo-espinal, retículo-espinal e rubro-espinal o Tecto-espinal: teto do mesencéfalo, visão e audição, movimentos dos olhos Origem: colículo superior o Vestíbulo-espinal: sistema vestibular, equilíbrio, ajuste da contração muscular, músculos extensores Origem: núcleos vestibulares o Reticulo-espinal: interações motoras e controle fino, musculatura axial e proximal dos membros Lateral (origem na ponte) e anterior (origem no bulbo) o Rubro-espinal: interações motoras e controle fino (musculatura distal dos membros) Origem: núcleo rubro 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Vias de Dor e Temperatura Sistema ântero-lateral (vias ascendentes) o Trato espinotalâmico anterior: sensibilidade protopática o Trato espinotalâmico lateral: dor e temperatura pontual (epicrítica) Fibras espinoreticulares: dor difusa, em queimação, mal localizada e crônica o Acompanham o trato espino- talâmico lateral até o tronco encefálico onde adentram na formação reticular o Não possui organização somatotópica. o Via espino-retículo-tálamo-cortical ou paleopsino-talâmica: medula → formação reticular → tálamo → córtex Trato espinotalâmico lateral Conduz impulsos de dor e temperatura, é uma via formada por três ordens de neurônios. Neurônios de 1ª ordem: Originam-se nas terminações nervosas periféricas, entram na medula espinal pela raiz posterior, fazem sinapse nos neurônios de 2ª ordem na coluna posterior. Neurônios de 2ª ordem: Cruzam o lado oposto pela comissura branca da medula, ascendem a medula espinal pelo funículo lateral, terminam fazendo sinapse em neurônios de 3ª ordem do tálamo. o Passa pelo bulbo, ponte (lemnisco espinal) e pelo mesencéfalo Neurônios de 3ª ordem: Originam-se no tálamo (Núcleo VPL) e se dirigem para a área somestésica 1ª. o Começa no núcleo ventral posterior e acaba no córtex cerebral (giro pós- central) Receptores nervosos periféricos (pele) → entra na raiz posterior (1° ordem) → faz sinapse com os neurônios de 2° ordem → ascende pelo funículo lateral → faz sinapse com neurônio de 3° ordem → se dirige para a área somestésica → dor 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Fígado Embriologia Preso pelos ligamentos falciformes, redondo, ligamentos triangulares, originados do mesogastro Mesogastro: primórdios do peritônio (fígado começa na região ventral e o baço na dorsal) → gira e o mesogastro ventral vira falciforme e o mesogastro dorsal vira o omento menor Tríade portal: ducto colédoco, artéria hepática (25% do sangue), veia porta (75% do sangue) Localização: sua borda inferior localiza-se abaixo do arco costal direito; Pesa de 1400-1600g Estende-se do hipocôndrio direito ao esquerdo Seu limite superior situa-se no 5° espaço intercostal direito; seu lobo direito é recoberto pelo pulmão, pleura e diafragma até a 8° costela Lobos: direito, esquerdo, quadrado e caudado 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Vesícula Biliar Localiza-se sob o lobo direito do fígado Mede cerca de 8 a 9 cm de comprimento Volume varia de 30 a 50 mℓ Ponto cístico: Nas pessoas não obesas corresponde à interseção do arco costal com a borda externa do músculo reto abdominal direito Nas pessoas obesas corresponde à interseção da linha que une a crista ilíaca anterossuperior esquerda ao arco costal, passando pelo umbigo 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Hipertensão portal Esplenomegalia Varizes esofágicas Circulação colateral em cabeça de medusa Ascite Hemorroidas Insuficiência cardíaca congestiva Direita: o Causa básica do edema cardíaco; ingurgitamento das jugulares; refluxo hepatojugular e hepatomegalia; edema de membros, ascite, anasarca o A elevação da pressão venosa central é o fator determinante do aumento da pressão hidrostática nos capilares venosos, aumentando a passagem de água para o interstício, o que é evidenciado clinicamente pelo aumento do peso corporal, pelo aparecimento de edema subcutâneo e pelo acúmulo de líquido nas cavidades serosas Esquerda: edema pulmonar Telencéfalo Derivado do prosencéfalo, na 4 semana de desenvolvimento 5 vesículas: telencéfalo, diencéfalo, metencéfalo, mesencéfalo e mielencéfalo. Telencéfalo + diencéfalo vão formar o cérebro o 3 subvesículas: rinencéfalo, corpo estriado e córtex cerebral Córtex com giros: aumentar a sua área; no feto, ele ainda é liso. O crescimento se dá primeiro de anterior para posterior, depois para os lados, depois para superior e, por fim, forma os giros 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Córtex Cerebral O córtex é formado por substância cinzenta, que reveste o centro branco medular do cérebro. Nele, chegam todas as vias sensitivas que são interpretadas e saem impulsos motores voluntários. Relaciona-se com fenômenos psíquicos 2 hemisférios: esquerdo e direito 5 lobos: frontal, occipital, parietal, temporal e ínsula (atrás do sulco lateral) o Frontal: cognição, conhecimento, planejamento, motora primária (giro pré-central) o Parietal: motor secundário (giro pós-central), recepção de sensações (tato, dor, temperatura) o Occipital: visão (sulco calcarino – áreas primária da visão) o Temporal: memória, audição o Ínsula: sistema límbico, emoções, paladar Corpo caloso: liga os 2 hemisférios Sistema límbico:controle de emoções e motivacional; comportamento de medo, raiva, sexual; memória através do hipocampo (conversão de curto prazo para longo); participam na regulação do sistema endócrino; formam vias de respostas homeostásicas efetivas a ampla gama de estímulos ambientais o Contorna as formações inter-hemisféricas o Papez em 1937: uniu tálamo e hipotálamo o Corpo amigdaloide: raiva o Giro do cíngulo: contorna o corpo caloso e se une ao giro para-hipocampal pelo istmo do giro do cíngulo; é percorrido por feixes de fibras (fascículo do cíngulo) 1° par craniano (olfatório) e 2° (óptico) são prolongamentos do telencéfalo Cápsula interna: via de chegada e saída dos impulsos voluntários Ventrículos: espaços dentro do SNC onde é produzido e/ou circula o líquor o Plexo coroide: produz e reabsorve o líquor 1° e 2° ventrículos → 3° ventrículo → 4° ventrículo 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Área de Broca: produção da linguagem – afasia motora; área 44 (giro frontal inferior) Área de Wernicke: compreensão da linguagem – afasia cognitiva; parte posterior da área 22 (giro temporal transverso anterior) Não são dos dois lados – apenas um. 60% é do lado esquerdo 4° fase Medicina Maria Eduarda Zen Biz – ATM 2025.1 Núcleos da base: Núcleo caudado, putame e globo pálido Envolvidos muito significantemente no controle da habilidade motora Compartilham esta função com outras regiões nucleares, como a substância negra e o núcleo rubro no tronco encefálico Áreas de projeção primárias Área somestésica: giro pós-central; estímulos táteis Área visual: lobo occipital; estímulos visuais Área auditiva: giros temporais transversos Área vestibular: giro pós-central; responsável por estímulos proprioceptivos Área olfatória: úncus; Área gustatória: giro pós-central Área motora primária: giro pré-central Todas as áreas secundárias recebem principalmente informações das áreas primárias e repassam as áreas supramodais
Compartilhar