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1 BIOQUÍMICA Natasha Ferreira ATM 25 OXIDACÃO DE ÁC. GRAXOS Lipídeos⇢ Biomolécula pequena, insolúvel em agua, que geralmente contem Ác. Graxos, esteróis e compostos isoprenoides. Ác. Graxos⇢ São ácidos carboxílicos com cadeias carbonadas de comprimento variável (4 a 36 C). Essas cadeias podem ser saturadas ou insaturadas, ramificadas ou não. São encontrados em gorduras e óleos, também como componentes de fosfolipideos e glicolipídeos de membrana. Esteróis⇢ Lipídeos que contém o núcleo esteroide, que é um sistema rígido, constituído de 4 anéis hidrocarbonados fusionados. ÁC. GRAXOS COMO COMPONENTES Lipídeos de armazenamento: São neutros, triacilgliceróis Lipídeos de membrana: São polares, fosfolipídeos (Glicerofosfolipídeos e Esfingolipídeos) Glicolipídeos (Esfingolipídeos e Galactolipídeos) OBS: Fosfolipases realizam a degradação dos fosfolipídeos, assim como as lipases realizam a degradação dos lipídeos. Ex. de esteróis: Colesterol e seus derivados (Vit A e D, hormônios sexuais ou adrenais) A OXIDACÃO Útil para a alta produção de ATP, sendo os triglicerídeos a reserva mais rentável para a produção de energia no organismo. Triglicerideos = Triacilglicerois Conceitos Lipogênese: Síntese de ác. Graxos e triglicerídeos, que serão armazenados subsequentemente no Fígado e no tec. Adiposo. Ocorre quando há elevada disponibilidade de combustíveis para a produção de energia. Lipólise: Degradação de lipídeos em ác.graxos e glicerol. Ocorre no tec. Adiposo, quando há jejum. Ela é regulada por hormônios, como o glucagon e a epinefrina. Beta-Oxidação: Processo catabólico de ác.graxos que consiste na sua oxidação mitocondrial, resultando na formação de Acetil-CoA, NADH e FADH2. Lipases: Enzimas que catalisam a hidrólise de triglicerídeos. Quando ocorre? ↠ Em jejum, seja no período entre refeições ou no jejum noturno. ↠ Aumento de demanda energética (exercícios de longa duração). 2 BIOQUÍMICA Natasha Ferreira ATM 25 Os ác. Graxos são liberados das reservas de triacilglicerol do tec. Adiposo entre as refeições, durante jejum noturno e durante períodos aumento da demanda de substrato energético (ex: durante exercícios) Os triacilgliceróis do tec. Adiposo são derivados de duas fontes: Lipídeos da dieta e Triacilgliceróis sintetizados no fígado. Ac. Graxos sintetizados no fígado: São os de cadeia longa como o Palmitato/Palmítico, Oleato e Estearato. Mecanismos que levam a beta oxidação Glucagon liga-se ao receptor em um adipócito. Promove a ativação da Adenilato ciclase, por meio de proteína G, o que resulta na formação de AMPcíclico e ativação de uma PKA. A proteína-cinase dependente de AMPc ativa uma lispase sensível a hormônio, que interage com o triglicerídeo e resulta em sua lise, formando ác. Graxo + Glicerol. Os ác. Graxos livre são enviados para a corrente sanguínea e por conta da sua lipossolubilidade, adentram-na facilmente. Transportam-se na corrente ligados a Albumina Sérica e entram em miócitos (fibras musculares) e sofem beta-oxidação mitocondrial. Anotacões: ⇢ Entre as refeições, um nível aumentado dos hormônios contra-regulatórios da insulina ativa a lipólise ⇢ Nos tecidos, a energia é derivada da oxidação de ác. Graxos a Acetil-CoA na rota de beta-oxidação. ⇢ As enzimas possuem especificidades pelos ác. graxos ⇢ Ác. Graxos insaturados, de cadeia ímpar ou de cadeia média, ou ramificada, sofrem processos distintos em sua oxidação. ⇢ O Acetil-CoA produzido a partir da oxidação é principalmente oxidada no Ciclo de Krebs ou convertida à Corpos Cetônicos no fígado. Beta-oxidação propriamente dita Destino dos compostos após a hidrolise dos triglicerídeos ↠ Glicerol sofre mudanças estruturais e participa da glicólise como Gliceraldeído – 3 – fosfato. ↠ Ác. Graxos participam da beta- oxidação que produz Acetil-CoA, NADH e FADH, importantes para o CK e para a CTe-. 3 BIOQUÍMICA Natasha Ferreira ATM 25 Ác. Graxo de cadeia longa chega na célula Acil-CoA (add uma coenzima A para evitar a “fuga” do ácido graxo) Transformada em Acil Carnitina para atravessar a memb. externa da mito. (sai o Acetil-CoA Acil Carnitina atravessa a memb. interna da mito. e na matriz o Acil-CoA é recuperado e assim sofre a Beta-oxidação. Formação de Acetil-CoA, NADH e FADH2 (Espiral de Beta-Oxidação) Espiral da Beta-Oxidacao 7 repetições para a formação de 8 moléculas de Acetil-CoA, caracterizando a espiral da beta-oxidação no pamitoil-CoA, por exemplo. O Acil-CoA sofre espiralações até ser formado unicamente Acetil-CoA. ↠ Se o ác. Graxo for de cadeia par, libera ao mesmo tempo 2 moléc. Acetil-CoA ↠ Se o ác. Graxo for de cadeia ímpar, libera 1 moléc. Acetil-CoA e 1 Propionil-CoA (moléc. de 3C) Destinos do Acil-CoA Energia: Beta-Oxidação ou Cetogênese Armazenamento: Triacilgliceróis Ativação do Ác. Graxo Acetil- CoA sintase ou Tioquinase Uso de AtP Transporte para a Mitocôndria com a ajuda da Cartinina aciltransferase I Transporte para a Mitocôndria com a ajuda da Cartinina aciltransferase II 4 BIOQUÍMICA Natasha Ferreira ATM 25 Lipídeos de membrana: Fosfolipídeos ou Esfingolipídeos Destinos do Acetil-CoA Fígado: Corpos cetônicos Ciclo de Krebs Acil-CoA desidrigenase Inicia o processo de Beta-Oxidação Reduz os Carbonos alfa e beta e já transfere seus elétrons para o FAD Já na forma de FADH2, este transfere seus elétrons para uma flavo-proteína transferidora de elétrons (ETF) A ETF vai doar esses elétrons para a coenzima Q oxirredutase, que faz parte da CTe- Fornecendo energia oriunda do FADH2 para a CTe- OXIDACÃO DE ÁC GRAXOS INSATURADOS E DE CADEIA ÍMPAR A diferença delas para a Beta-Oxidação clássica é que no momento exato da oxidação, suas moléculas sofrem ações de isômeros, que alteram as ligações das moléc. de cis para trans, facilitando o processo de redução que normalmente ocorre. Ác. Graxos de cadeia ímpar resultam em: Propionil-CoA: O propionil recebe um carbono (carboxilase) da propionil-CoA carboxilase e sofre uma mutase pela Metil-malonil mutase, transformando- se em Succinil-CoA, é uma rota anaplerótica. Acetil-CoA: Entra no início do CK Ambas vão para o CK, mas em posições diferentes. REGULACÃO DA BETA-OXIDACÃO ↠ A Insulina elevada estimula a fosfoproteína- fosfatase 1 a desfosforilar a Acetil-CoA carboxilase (ACC), ativando-a. Isso estimula a transformação de Acetil-CoA em Malonil-CoA, o qual impede a entrada de Acil-CoA na mitocôndria por meio da Carnitina acil- transferase. Logo, ao impedia a Beta- Oxidação, o Malonil-CoA estimula a síntese de Ác.Graxos (Lipogênese). ↠ Já o Glucagon elevado vai estimular a formação de AMPc e consequentemente a ativação de uma PKA (proteína-cinase dependente de AMPc). Essa PKA vai fosforilar a ACC, tornando-a inativa e impedindo a transformação do Acetil-CoA em Malonil-CoA. Isso vai permitir a entrada de Acil-CoA na mitocôndria pela Carnitina acil-transferase, estimulando Beta-Oxidação de ác.graxo (depende da Lipólise). ▪ Em casos de exercícios físicos longos, a mesma rota é ativada, mas pela Adrenalina e não pelo Glucagon. OXIDACÃO DE ÁC.GRAXOS EM PEROXISSOMOS Utiliza cadeia de ácidos graxos muito longas. Difere-se da Beta-Oxidação, pois em sua 1ª redução, ao invés de transportar elétrons para o FAD como na Beta-Oxidação, nos peroxissomos a transferência de elétrons seja para Oxigênio, o que vai resultar na formação de Peróxido de hidrogênio. 5 BIOQUÍMICA Natasha Ferreira ATM 25 Depois disso, a intenção é diminuir o tamanho do Ác. Graxo dentro do peroxissomo, para depois sofrer, agora na mitocôndria, as mesmas vias da Beta-Oxidação clássica. (Transforma a cadeia muito longa em longa ou média). OXIDACÃO DE CORPOS CETÔNICOS (CETOGÊNESE) Apesar da síntese de corpos cetônicos ocorrer no Fígado, grande parte da Acetil-CoA produzida pela Beta-Oxidação é utilizada para síntese de corpos cetônico, como Acetoacetato e Beta-Hidroxibutinato, os quais passam para o sangue. Ambos possuem um caráter ácido e são hidrossolúveis. Por que o Acetil-CoA não é totlamente utilizado no CK no Fígado? Então, quando há um nível elevado de Glucagon, este vai agir no fígado, inibindo a Glicólise e limitando a oferta de Piruvato. Isso vai diminuir a quantidade de Oxaloacetato disponível. Além disso, a Beta-Oxidação, além de produzir Acetil-CoA, produz NADH. Esse, em excesso, acaba diminuindo a velocidade do CK, estimulando a transformação do Oxaloacetato em Malato pela Malato- desidrogenase (normalmente, ocorreria o contrário). Esse Malato é utilizado na Gliconeogênese hepática. Isso culmina em um excesso de Acetil-CoA, que irá direcionar-se a Cetogênese. Por que só o Fígado faz Cetogênese? Primeiramente Pois só o Fígado expressa as enzimas HMG-CoA sintase e HMG-CoA liase. Vale ressaltar que este órgão é deficiente em enzimas que oxidam corpos cetônicos. Peroxido de Hidrogenio Pode dar origem a espécies reativas de oxigênio, que danificam lipídeos de membros celulares. É necessária a ação de catalases para evitar essa ação. ↠ Primeiramente deve-se ter conhecimento de que para o CK é necessário manter uma quantidade similar de Oxaloacetato e de Acetil- CoA, sendo o último, oriundo da produção da Beta-Oxidação. ↠ Ainda é importante lembrar que o Piruvato, ao sofrer ação da piruvato- carboxilase, transforma-se em Oxaloacetato. HMG ⇢ Hidróxi-metilglutaril-CoA, presentes nas mitocôndrias dos hepatócitos. 6 BIOQUÍMICA Natasha Ferreira ATM 25 CETOGÊNESE PROPRIAMENTE DITA O Fígado é incapaz de oxidar os corpos cetônicos pois ele não expressa a enzima Tiotransferase (Succinil-CoA- Acetoacetato-CoA-Transferase) A Tiolase está presente, além das mitocôndrias, também no citoplasma. Após alguém tempo de jejum prolongado, a lipólise aumenta, e a glicose cai, porém sempre mantedndo um valor constante. Om a lipólise, os ác. Graxos são mobilizados (sofrendo Beta-Oxidação constante) e o nível de Beta-Hidroxi-butirato e Acetoacetato aumentam no Fígado, sendo consumidos, principalmente no tec. Nervoso. REGULACÃO DA CETOGÊNESE Quando cai o nível de Insulina e aumenta o Glucagon, ocorre a inibição do Acetil-CoA carboxilase, reduzindo a transformação de Acetil-CoA em Malonil-CoA. Isso ativa a Carnitina palmitoil-transferase I, que vai estimular a Beta-Oxidação, favorecendo o excesso de Acetil-CoA, que será direcionado para a cetogênese.
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