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MM. JUÍZO DA VARA DE FAMÍLIA DE NOVA IGUAÇU DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Processo Nº: ....
BRUNO, nacionalidade, estado civil, desempregado, inscrito no CPF nº..., residente e domiciliado à ....., com endereço eletrônico..., nos autos da Ação que lhe movem GIOVANNA, cujo representante legal AMANDA, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, no art. 335 e seguintes, do Código de Processo Civil, tempestivamente e na melhor forma de direito, apresentar:
CONTESTAÇÃO
Pelas referidas razões de fato e de direito a serem expostas:
1- DAS PUBLICAÇÕES:
Inicialmente, requer que todas as publicações e/ou intimações referentes ao presente feito sejam efetuadas exclusivamente em nome do patrono..., OAB-RJ..., com escritório em (endereço completo), requerendo, para tanto, a anotação de seu nome na contracapa destes autos.
2- TEMPESTIVIDADE:
Cumpre-se ressaltar que a presente contestação é devidamente tempestiva, tendo em vista que o prazo para sua apresentação é de 15 (quinze) dias úteis, nos moldes dos Arts. 219 e 335, CPC.
Assim, considerando que a audiência de conciliação foi realizada no dia .../.../2020, o termo final ocorre em .../.../... 
3- DO PEDIDO DE GRATUIDADE DE JUSTIÇA DO RÉU:
Requer preliminarmente o réu, com fulcro no artigo 5º, incisos XXXV e LXXIV, da CF, combinados com os artigos 1º e seguintes da lei 1.060/50, que seja apreciado e acolhido o presente pedido do direito constitucional à Justiça Gratuita, isentando a parte ré do pagamento e/ou adiantamento de custas processuais e dos honorários advocatícios e/ou periciais caso existam, tendo em vista os seus baixos rendimentos e o fato de que diante da situação atual e a grande quebra financeira devido a pandemia em que nos encontramos o réu encontra-se DESEMPREGADO, bem como atualmente passa por muitas dificuldades financeiras. 
Tendo em vista o disposto no Art. 99 do NCPC, onde resguarda o devido direito do réu:
 
Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para ingresso de terceiro no pro recurso.
§ 3o Presume-se verdadeira a alegação de insuficiência deduzida exclusivamente por pessoa natural.
§ 4o A assistência do requerente por advogado particular não impede a concessão de gratuidade da justiça.
Por tais razões, com fulcro no Art. 5º, LXXIV da CRFB/88 e pelo Art. 98 do NCPC, requer que seja deferida a gratuidade de justiça ao requerido.
4- SÍNTESE DA INICIAL:
A autora, através de sua representante legal, propôs ação de alimentos, buscando o pensionamento de seu genitor.
É inegável o fato de que o mesmo teve um relacionamento afetivo com a genitora e tendo como fruto a autora da lide. Acordou-se entre as partes na época do rompimento do relacionamento que o requerido arcaria com as despesas no valor de R$700,00 (setecentos reais), o que por muito tempo fora cumprido. 
Entretanto, agora a genitora veio a alegar que o requerido não vem cumprindo com o combinado, bem como a mesma não tem condições suficientes para o sustento da criança e por isso vem passando por dificuldades. 
No entanto, o pagamento da pensão sessou, pois, a genitora recusava-se a prestar contas dos gastos da criança (com as devidas notas fiscais/boletos). Não obstante, o requerido encontra-se DESEMPREGADO no momento pois não exerce mais a função de pequeno empreendedor, como pode-se comprovar com os extratos bancários em anexo. Além do mais, cumpre ressaltar que a genitora priva o mesmo da participação na vida de sua própria filha, o que lhe causa grande frustração por querer ser mais presente e participativo na vida da criança. 
5- DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS E DO MÉRITO:
A) DOS ALIMENTOS:
Faz-se necessário e urgente o pedido de redução dos alimentos provisórios acordados.
Atualmente o requerente encontra-se DESEMPREGADO, afastando qualquer alegação de vínculo empregatício, além do atual valor prejudicar sua própria subsistência, uma vez que não possui recurso suficientes para si mesmo, sendo assim dificilmente terá a quantia necessária para sobreviver.
É certo que o requerido possui o dever legal e moral de alimentar, não sendo este o foco da presente narrativa, e sim o valor definido, uma vez que foge totalmente da realidade em que se vivem pessoas desempregadas. 	
Ainda, cabe observar que no momento do acordo o autor se encontrava empregado, porém como na atual situação em que nos encontramos, o réu acabou ficando desempregado. Sendo assim, torna-se mais razoável e justo arbitrar o valor para a quantia de R$500,00 (quinhentos reais). 
Neste sentido, Conforme dispõe o artigo 1.695 do Código Civil, os alimentos devem ser prestados "quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento".
Verifica-se também que nos Arts. 1699 e 1708 do CC, prevê a possibilidade de revisão dos alimentos diante da assunção de nova condição financeira do alimentante ou de quem os recebe, qual seja esse claramente o caso desta lide: 
“Art. 1.699, CÓDIGO CIVIL: Se, fixados os alimentos, sobrevier mudança na situação financeira de quem os supre, ou na de quem os recebe, poderá o interessado reclamar ao juiz, conforme as circunstâncias, exoneração, redução ou majoração do encargo.”
Não obstante, seguindo o binômio necessidade/capacidade deve-se sempre fixar os alimentos sob o viés da proporcionalidade, sob o risco de grave dano ao alimentando conforme destaca a seguinte doutrina sobre o referido tema: 
“Os alimentos devem sempre permitir que o alimentando viva de modo compatível com a sua condição social. Ainda que seja esse o direito do credor, na quantificação de valores necessário que se atente às possibilidades do devedor cumprir o encaro. Assim, de um lado há alguém com direito a alimentos e, do outro, alguém obrigado à alcança-los.” (BERENICE DIAS, Maria, Manual de direito das famílias.12ª ed. Editora RT, 2017.) 
Sendo assim, levando em consideração que o antigo acordo entre as partes se deu em uma situação que o réu se encontrava empregado, o valor no momento atual se encontra em discordância com o princípio da razoabilidade e proporcionalidade. Desta forma, sugere-se que seja estipulado, um valor acessível de R$ 500,00 (quinhentos reais), tendo em vista a situação difícil que se encontra o requerido e observando-se que o mesmo possui plena vontade de anuir com os alimentos em prol do bem estar da parte autora. 
B) DA FALTA DE PLANILHA DE GASTOS:
É certo a necessidade de juntada de planilha de gastos da menor quando se busca pensionamento de alimentos. Conforme o presente caso, observamos que o mesmo não fora feito, e sim fez-se apenas uma mera relação de gastos sem quaisquer tipo de comprovação (boletos/notas). Seguindo o renomado professor Gediel Claudino de Araújo Júnior, em sua obra “Prática no processo Civil” – fl.32/33, observamos que:
“O interessado deve ser orientada a fornecer ao advogado cópia dos seguintes documentos, entre outros que o caso em particular estiver a exigir: (...) comprovantes de despesas gerais do alimentado (por exemplo: água, luz, internet, telefone, televisão a cabo, alimentos, aluguel, mensalidade escolar, medicamentos, vestuário, lazer etc.);”
Este tipo de documento busca mostrar ao juízo a boa-fé por parte do requerente, bem como ajudar o nobre julgador na prolação da decisão de alimentos provisórios, o que não foi feito e, por este motivo, fica impossível par o réu o adimplemento do valor anteriormente acordado de R$700,00, tendo em vista que encontra-se desempregado.
6- DOS PEDIDOS: 
Ante o exposto, requer de Vossa Excelência: 
1. Seja acolhido o pedido de Justiça Gratuita concedendo-se ao Requerente os benefícios do art. 98 e ss. Do Código de Processo Civil;
2. Acolha-se primariamente o pedido de revisão e arbitre-se a redução dos alimentos provisórios;
3. Seja declarada parcialmente a improcedência dos pedidos deduzidos pela Requerente e ao final condenado o Requerido ao pagamentode pensão alimentícia no valor de R$ 500,00 (quinhentos reais), tendo em vista que o mesmo precisa do necessário para a sua subsistência, diferentemente das alegações autorais, conforme fatos e fundamentos expostos anteriormente, nos termos do Art. 13, § 1º da Lei 5.478/68.
4. A improcedência do pedido de honorários sucumbências pela parte autora. 
7- DAS PROVAS
Requer provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidas, sem exceção, requerendo, desde logo, a oitiva de testemunhas, cujo rol será apresentado no momento oportuno, e a juntada de novos documentos, sem prejuízo da produção de outras provas que se mostrem necessárias durante a instrução processual.
Nestes termos,
Pede deferimento.
ADVOGADA OAB/...

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