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AV1 Direito Penal IV

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Curso e Turma:
Bacharelado em Direito
NOTURNO
Disciplina:
DIREITO PENAL IV
Professor:
Arkeley Souza
Data da Aplicação:
27 ABRIL 2021
Avaliação da Unidade:
AV1
Nota: Visto do Professor:
Matrícula:202002711361 Nome: Vitor Rafael Freire do Nascimento
Orientações:
1. Leia atentamente as questões antes de resolvê-las. A interpretação das questões faz parte da avaliação.
2. Escreva a resposta completa de cada questão de forma clara e objetiva. Não serão aceitas respostas sem o desenvolvimento e
com rasuras.
3. O Gabarito das questões OBJETIVAS devem estar indicadas na tabela específica para correção.
4. Verifique se há 10 (dez) questões OBJETIVAS. Cada questão OBJETIVA tem o valor de 0,5 décimos. 
5. Verifique se há 02 (duas) questões DISCURSIVAS. Cada questão DISCURSIVA tem o valor de 1,5 pontos.
 Boa prova!
BLOCO I – QUESTÕES OBJETIVAS
1. Catarina leva seu veículo para uma determinada entidade autárquica com o ob-
jetivo de realizar a fiscalização anual. Carlos, funcionário público que exerce
suas funções no local, apesar de não encontrar irregularidades no veículo, ve-
rificando a inexperiência de Catarina, que tem apenas 19 anos de idade, exige
R$ 5.000,00 para “liberar” o automóvel sem pendências. Catarina, de imediato,
recusa-se a entregar o valor devido e informa o ocorrido ao superior hierárqui-
co de Carlos, que aciona a polícia. Realizada a prisão em flagrante de Carlos, a
família é comunicada sobre o fato e procura um advogado para que ele preste
esclarecimentos sobre a responsabilidade penal de Carlos. Diante da situação
narrada, o advogado da família de Carlos deverá esclarecer que a conduta pra-
ticada por Carlos configura, em tese, crime de: 
a) corrupção passiva consumada.
b) concussão consumada.
c) corrupção passiva tentada.
d) concussão tentada.
02. Patrício, ao chegar em sua residência, constatou o desaparecimento de um re-
lógio que havia herdado de seu falecido pai. Suspeitando de um empregado que
acabara de contratar para trabalhar em sua casa e que ficara sozinho por todo o
dia no local, Patrício registrou o fato na Delegacia própria, apontando, de maneira
precipitada, o empregado como autor da subtração, sendo instaurado o respecti-
vo inquérito em desfavor daquele “suspeito”. Ao final da investigação, o inquérito
foi arquivado a requerimento do Ministério Público, ficando demonstrado que o in-
diciado não fora o autor da infração.
Considerando que Patrício deu causa à instauração de inquérito policial em desfa-
vor de empregado cuja inocência restou demonstrada, é correto afirmar que o seu
comportamento configura
a) fato atípico.
b) crime de denunciação caluniosa dolosa.
c) crime de denunciação caluniosa culposa.
d) calúnia
03. A Delegacia Especializada de Crimes Tributários recebeu informações de órga-
õs competentes de que o sócio Mário, da sociedade empresária ―Vamos que va-
mos, possivelmente sonegou imposto estadual , gerando um prejuízo aos cofres
do Estado avaliado em R$60.000,00. Foi instaurado, então, inquérito policial para
apurar os fatos. Ao mesmo tempo, foi iniciado procedimento administrativo, não
havendo, até o momento, lançamento definitivo do crédito tributário. O inquérito
policial foi encaminhado ao Ministério Público, que ofereceu denúncia em face de
Mário, imputandolhe a prá tica do crime previsto no Art. 1o, inciso I, da Lei no
8.137/90. Diante da situaçaõ narrada, assinale a afirmativa correta.
A) Não se tipifica o crime imputado ao acusado antes do lançamento definitivo. 
B) Em razão da independência de instância, o lançamento definitivo é irrelevante para
configuração da infração penal. 
C) O crime imputado a Mário é de natureza formal, consumando-se no momento da
omissão de informação com o objetivo de reduzir tributo, ainda que a redução efetiva-
mente não ocorra. 
D) O crime imputado a Mário é classificado como próprio, de modo que é necessária a
presença de ao menos um funcionário público como autor ou partícipe do delito.
04. Salvius é advogado e ficou sabendo que o Juiz de Direito de uma pequena Co-
marca do interior tinha sido promovido. Compareceu ao fórum e apresentou-se ao
Escrivão e demais funcionários como sendo o Magistrado designado para assu-
mir a Comarca. Despachou todo o expediente e, valendo-se de guia de levanta-
mento por ele mesmo emitida, sacou R$ 20.000,00 da agência bancária do fórum e,
em seguida, abandonou o local. Nesse caso, Salvius cometeu crime de 
 a) peculato mediante erro de outrem. 
 b) usurpação de função pública e de peculato. 
 c) exploração de prestígio. 
 d) usurpação de função pública qualificada.
05. Cláudio, agente fiscal de rendas, constatou sonegação de impostos por parte
da empresa Alpha. No entanto, deixou de autuá-la, retardando a prática do ato de
ofício, por ser amigo do sócio administrador da empresa. Porém, outro fiscal, sa-
bendo do ocorrido, foi até a empresa e lavrou o auto de infração. Nesse caso,
Cláudio 
a) responderá por corrupção ativa. 
b) responderá por prevaricação na forma tentada. 
c) responderá por prevaricação na forma consumada. 
d) não responderá por delito algum, por ter sido o auto de infração lavrado por seu cole-
ga de função.
06. O conceito de funcionário público para fins penais não se confunde com o
conceito para outros ramos do Direito. Em sendo crime próprio praticado por fun-
cionário público contra a Administração, aplica-se o artigo 327 do Código Penal,
que apresenta um conceito amplo de funcionário público para efeitos penais. Por
outro lado, o artigo respeita o princípio da legalidade, disciplinando expressamen-
te em que determinado indivíduo será considerado funcionário público para fins
de definição do sujeito ativo de crimes próprios. Sobre o tema ora tratado e de
acordo com o dispositivo acima mencionado, é correto afirmar que:
 
a) exige-se o requisito da permanência para que seja reconhecida a condição de funcio-
nário público no campo penal; 
b) somente pode ser considerado funcionário público aquele que recebe qualquer tipo
de remuneração no exercício de cargo, emprego ou função pública; 
c) aquele que exerce cargo em autarquias, entidades paraestatais ou fundações públi -
cas, não é considerado funcionário público para efeitos penais;
d) é equiparado a funcionário público, para efeitos penais, aquele que trabalha
para empresa contratada para a execução de atividade típica da Administração
Pública.
07. Assinale a alternativa correta:
a) A conduta de quem, dias antes de sua posse para o cargo de Delegado de Polícia,
exige de conhecido contraventor do jogo do bicho o pagamento de R$ 5.000,00, sob
pena de instaurar inquérito policial assim que assumir suas novas funções, configura o
crime de corrupção passiva.
b) A conduta do Notário de desviar, em proveito próprio, importância sabidamente
indevida, que exigiu e recebeu a título de tributo, configura excesso de exação.
c) Joaquim, fiscal de vigilância sanitária de determinado município brasileiro, estava
licenciado do seu cargo público quando exigiu de Paulo determinada vantagem
econômica indevida para si, em função do seu cargo público, a fim de evitar a ação da
fiscalização no estabelecimento comercial de Paulo. Nessa situação hipotética, Joaquim
praticou o delito de constrangimento ilegal.
d) Lucius, funcionário público, escrevente de cartório de secretaria de Vara Criminal,
apropriou-se de um relógio valioso que foi remetido ao Fórum juntamente com os autos
do inquérito policial no qual foi objeto de apreensão. Lucius cometeu crime de
apropriação de coisa havida por erro.
08. Assinale a alternativa correta:
a) Processado por roubo cometido contra empresa pública federal, Mélvio teve sua
prisão preventiva legalmente decretada. Ao ser regularmente cumprido o respectivo
mandado por Oficial de Justiça, Mélvio resistiu com violência à prisão e, ao final, foi
absolvido da imputação de roubo, posto que afinal reconhecida injusta. De acordo com
estes dados, pode-se afirmar que inexistiu o crime de resistência.b) Wilson, réu em ação penal, resistiu ao cumprimento de mandado judicial, de forma
omissiva, recusando-se a abrir o portão de sua casa, para evitar o ingresso do oficial de
justiça no imóvel e a execução do mandado judicial. Nessa situação, Wilson cometeu
crime de resistência, em sua forma qualificada.
c) O juiz de direito da Primeira Vara Criminal de Mossoró – RN expediu intimação a
José, deputado federal, solicitando o agendamento de dia e hora para que fosse ouvido
na qualidade de testemunha do juízo. Como não havia, na referida intimação, nenhum
alerta quanto às consequências de eventual recusa, José não atendeu à solicitação.
Nessa situação, o parlamentar cometeu, em tese, o delito de desobediência. 
d) Jonas, réu em ação penal, ficou irritado com a inclusão de seu nome no rol de
denunciados e, ao ser citado pelo oficial de justiça, rasgou o mandado e os
documentos que o acompanhavam, lançando-os, com desprezo, no rosto do
oficial. Nessa situação, Jonas praticou dois delitos: inutilização de documento
público e desacato.
09. Gabriel, funcionário público que atua junto à Receita Federal instalada no aero-
porto internacional de São Paulo, com função de controle dos produtos que in-
gressam no país, possui um acordo com a sociedade empresária em que trabalha
seu filho no sentido de que não obstará a entrada de mercadorias estrangeiras
proibidas em território nacional. No dia 02 de junho de 2015, colocou o acordo em
prática, permitindo a entrada de animais silvestres comprados pela sociedade
sem a devida autorização. Nesse caso, é correto afirmar que Gabriel praticou o cri-
me de:
(A) contrabando, em concurso de agentes;
(B) facilitação de contrabando ou descaminho;
(C) descaminho, em concurso de agentes;
d) prevaricação
10. Assinale a alternativa correta:
a) José, juiz de direito do Tribunal de Justiça de São Paulo, depara-se com um processo
em que figura na condição de ré uma grande amiga de infância de sua filha. Não haven-
do causa de impedimento ou suspeição, separa o processo para proferir, com calma, na
manhã seguinte, uma sentença condenatória bem fundamentada, pois sabe que sua fi-
lha ficaria chateada diante de sua decisão. Ocorre que, por descuido, esqueceu o pro-
cesso no armário de seu gabinete por 06 meses, causando a prescrição da pretensão
punitiva. Considerando a hipótese narrada, é correto afirmar que a conduta de José con-
figura a prática de condescendência criminosa.
b) Em uma rodovia federal, próxima à fronteira do Brasil com o Paraguai, um caminhão
foi parado e vistoriado por policiais rodoviários federais. Além do motorista e de um pas-
sageiro, o veículo transportava, ilegalmente, grande quantidade de mercadoria lícita de
procedência estrangeira, mas sem o pagamento dos devidos impostos de importação. O
motorista, penalmente imputável e proprietário do caminhão, admitiu a propriedade dos
produtos. O passageiro, que se identificou como servidor público alfandegário lotado no
posto de fiscalização fronteiriço pelo qual o veículo havia passado para adentrar no terri -
tório nacional, alegou desconhecer a existência dos produtos no caminhão e que ape-
nas pegou carona com o motorista. Neste exemplo, caso fique comprovada a participa-
ção do servidor público na conduta delituosa, ele responderá pelo delito de descaminho
em sua forma qualificada: ela tinha o dever funcional de prevenir e de reprimir o crime.
c) A conduta do agente que, após ter sido abordado por policiais, abaixa cinica-
mente as calças em público, chamando-os para revista-lo em tom jocoso, de-
monstrando efetivo intuito de menosprezo, pretendendo constrange-los e ridicula-
rizá-los diante de populares que presenciam o ato, caracteriza o crime de desaca-
to.
d) Funcionário público A, deixa, propositadamente, a porta do prédio da repartição aber-
ta, sabendo que seu amigo B, irá nele penetrar e subtrair objetos valiosos da Administra-
ção. Neste caso, A, responderá por peculato culposo e B, por peculato furto.
RESPOSTAS DAS QUESTÕES OBJETIVAS
QUESTÕES ALTERNATIVA
MARCADA
PARA CORRE-
ÇÃO
01 b
02 a
03 a
04 d
05 c
06 d
07 b
08 d
09 b
10 c
BLOCO II – QUESTÕES DISCURSIVAS
Questão 01:
A Grande Ilusão (1949), um clássico
longa, que retrata a ascensão e que-
da de um homem que se transforma
pela corrupção. 
Um dos trechos do personagem, des-
taca-se o seguinte, que leva a uma
reflexão: “você precisa primeiro acre-
ditar que vai ter alguma vantagem ao
encontrá-lo”. Dizer que alguém é cor-
rupto possui vários significados, à
medida que corrupção é o efeito
ou ato de corromper alguém ou algo,
com a finalidade de obter vanta-
gens em relação aos outros por mei-
os considerados ilegais ou ilícitos. 
O Código Penal Brasileiro, tipifica as
condutas de corrupção passiva e cor-
rupção ativa, respectivamente, nos
artigos 317 e 333. 
De acordo com os estudos doutrinários e jurisprudenciais, responda de forma
fundamentada:
a) Acontece uma interposição de interesses privados sobre o interesse público, diante
das práticas de corrupção, o que enseja uma agressão ao art. 37 da Constituição
Federal?
Sim, pois o ato de oferecer ou receber vantagem indevida no âmbito da
administração pública, a fim de atender a interesses próprios ou privadas, ou seja,
interesses privados manipulando administração desrespeita os princípios da
legalidade e impessoalidade, causando agressão ao próprio funcionamento do
Estado Democrático de Direito e desrespeitando o art. 37 da Constituição Federal.
b) Defina o ato de ofício nos crimes de corrupção passiva e ativa. Para a configuração
do caput do artigo 317, é necessário que haja ato de ofício e que ele seja bem
delimitado?
Ato de ofício pode ser definido como o fim pelo qual é recebida ou oferecida uma
vantagem indevida para que um funcionário público exerça uma ação ou omissão,
intrínseca ao seu cargo ou função pública.
Ao contrário do que ocorre no crime de corrupção ativa, o tipo penal de corrupção
passiva não cita o ato de ofício como fim para o recebimento da vantagem
indevida solicitada, recebida ou aceita pelo funcionário público e que esteja
causalmente vinculada à prática, omissão ou retardamento de "ato de ofício". 
Ou seja, é um delito de mera atividade e, portanto, o funcionário público não
precisa efetivamente cometer o ato que lhe foi solicitado, bastando que ele aceite
a promessa da aludida vantagem indevida ou que a solicite ou a receba.
Questão 02: (Questão Modificada)
https://www.jusbrasil.com.br/topicos/2186546/artigo-37-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
Após receber informações de que teria ocorrido subtração de valores públicos por
funcionários públicos no exercício da função, inclusive com vídeo das câmeras de
segurança da repartição registrando o ocorrido, o Ministério Público ofereceu, sem
prévio inquérito policial, uma única denúncia em face de Luciano e Gilberto, em razão da
conexão, pela suposta prática do crime de peculato, sendo que, ao primeiro, foi
imputada conduta dolosa e, ao segundo, conduta culposa.
De acordo com a denúncia, Gilberto, funcionário público, com violação do dever de
cuidado, teria contribuído para a subtração de R$ 2.000,00 de repartição pública por
parte de Luciano, que teria tido sua conduta facilitada pelo cargo público que exercia.
Diante da reincidência de Gilberto, já condenado definitivamente por roubo, não foram à
ele oferecidos os institutos despenalizadores.
O magistrado, de imediato, sem manifestação das partes, recebeu a denúncia e
designou audiência de instrução e julgamento. No dia anterior à audiência, Gilberto
ressarciu a Administração do prejuízo causado. Com a juntada de tal comprovação,
após a audiência, foram os autos encaminhados às partes para apresentação de
alegações finais. 
O Ministério Público,diante da confirmação dos fatos, requereu a condenação dos réus
nos termos da denúncia. Insatisfeito com a assistência técnica que recebia, Gilberto
procura você para, na condição de advogado(a), assumir a causa e apresentar
memoriais.
Com base nas informações expostas, responda, como advogado(a) contratado por
Gilberto, ao item a seguir.
A) Existe argumento de direito material a ser apresentado em favor de Gilberto para
evitar sua condenação? 
Sim, o advogado de Gilberto poderá requerer a imediata extinção da punibilidade,
tendo em vista que houve reparação do dano antes de ser proferida sentença
irrecorrível. Gilberto foi denunciado pela prática do crime de peculato culposo,
delito esse previsto no Art. 312, § 2º, do Código Penal. O Art. 312, § 3º, do CP,
prevê uma peculiaridade para essa espécie de crime: a reparação do dano, se
precede à sentença irrecorrível, extingue a punibilidade do agente. Em geral, a
reparação do dano, quando antes da denúncia, poderá funcionar como causa de
diminuição de pena do arrependimento posterior. Em crimes que não admitem
arrependimento posterior ou quando a reparação do dano for posterior ao
recebimento da denúncia, aplica-se, em regra, a atenuante prevista no Art. 65,
inciso III, alínea b, do CP. Considerando, porém, a peculiaridade da natureza
culposa do delito, admitiu o legislador a extinção da punibilidade no crime de
peculato praticado culposamente.

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