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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO – UEMA 
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS – CCA 
CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA 
DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA RURAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DO DOCUMENTO 
Aluno: Pedro Henrique Santos Aguiar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Luís 
2021 
 
Análise do documento 
É afirmado no item 16 que foi identificado como atividade não agrícola no 
assentamento um comércio para a venda de gêneros alimentícios. Ademais, existem dois 
professores da escola local , além um agente de saúde também funcionário do município. 
O item 17 diz respeito aos serviços de apoio à produção e seu primeiro subitem e afirma 
que, desde agosto de 2005, o PA está sendo atendido pelo programa de ATES, executado 
pelo CENTRU em convênio com o INCRA. Com a equipe composta por dois técnicos 
em agropecuária, uma agrônoma, uma assistente social e um médico veterinário, têm-se 
executado trabalhos no sentido de fortalecer a agricultura familiar através das 
organizações sociais e produtivas existentes no PA. e recuperar o passivo ambiental. No 
segundo subitem, foram listados alguns benefícios que o PA adquiriu de forma coletiva 
através da AADA e da AAVD, tais como crédito habitação, fomento e o Pronaf A. 
Ademais, outras benfeitorias coletivas recebidas foram o fomento agrícola utilizado na 
compra de equipamentos para a montagem de duas usinas de arroz, uma casa de farinha 
e um engenho de cana-de-açúcar. É apresentado também o valor exato do crédito de 
habitação referente ao fomento fornecido pelo INCRA, com valor total de R$122.500,00; 
valor por família R$ 2.500,00 e com 49 beneficiários. Em relação ao Pronaf A, as famílias 
foram receberam um crédito no ano 2000/2001, elaborados pela empresa Proatagro 
através do Banco do Nordeste do município de Imperatriz/MA. Os projetos em sua 
maioria foram voltados para a criação de bovinos leiteiros e para outras atividades como 
piscicultura e implantação de culturas permanentes sendo maracujá e pimenta-do-reino, 
a construção de cercas, açudes e formação de pastagem. De acordo com o documento, as 
primeiras parcelas endividaram algumas famílias, que estão inadimplentes. A segunda 
parcela venceu em dezembro de 2005, mas a comunidade não pôde pagar o débito devido 
à falta de recurso. A segunda tabela apresentada resume bem esses dados, mostrando que 
o valor total foi de R$ 465.821,71; o valor por família R$ 9.704,62 com 48 beneficiários. 
As famílias ainda evidenciaram problemas na implantação como, por exemplo, 
quando o rebanho chegou no PA a pastagem ainda não estava formada, sendo realizado 
um acordo com produtores que tinham pasto formado que se comprometeram em deixar 
os animais durante um ano nos seus pastos, mas o acordo não foi cumprido, ficando o 
rebanho apenas por 6 meses. Os produtores foram, então, obrigados a alugar pastos. Essa 
falta de capacitações e esclarecimentos técnicos acarretou a mortalidade de animais tanto 
pela por insuficiência forrageira quanto por falta de um profissional dedicado ao seu bem-
estar. Essa falta de assistência ocasionou também a falta de plantio da pimenta e do 
maracujá. 
O terceiro subitem afirma que as famílias desse assentamento receberam 
capacitações sobre preservação ambiental através do projeto “Proteger” realizada pelo 
CENTRU e do Grupo de Trabalhos da Amazônia (GTA). Nesse projeto, os agricultores 
eram treinados, tendo-se um monitor por município, sendo que as atividades consistiam 
em cursos de três dias em que eram trabalhados temas como manejo de queimadas e 
alternativas ao uso do fogo, com aulas práticas. O assentamento recebeu do PROARCO, 
programa do IBAMA para combate aos incêndios florestais na Amazônia na região do 
arco do desmatamento, um kit de controle de queimadas composto por: machado, 
abafador, duas bombas costais, foice, facão, mascaras, luvas e material de primeiros 
socorros, que está disponível para as famílias na sede da associação. O programa de ATES 
executado pelo CENTRU contribui com a qualificação desses assentados e já realizou 
oficinas sobre associativismo, sistemas agroflorestais, agroquintais e bovinocultura, 
justamente no intuito de promover essa assistência e conhecimento para o assentamento. 
O próximo subitem diz respeito ao transporte do assentamento, ou melhor falando, 
a escassez dele. O único veículo que faz o transporte da comunidade é um carro pequeno, 
pertencente a uma família local que nem sempre está a serviço. Com exceção dessa opção 
as famílias contam com transporte próprio como motocicletas ou bicicletas para fazerem 
as suas viagens. 
O quinto subitem fala sobre a infraestrutura produtiva do assentamento, que possui 
duas usinas adquiridas com o recurso do fomento, sendo que cada associação é 
responsável por uma usina. Nos dias de hoje, apenas a usina administrada pela AADA 
está em funcionamento, enquanto a outra se encontra desativada devido a um problema 
no motor, que é a óleo diesel e está à disposição da comunidade durante dois dias na 
semana. A associação paga R$ 9,00 por dia para um funcionário administrar os serviços 
na referida benfeitoria. 
A casa de farinha coletiva foi adquirida com o recurso do fomento distribuído, 
mas devido falta de energia, está desativada com os maquinários abandonados, servindo 
de brinquedo para as crianças do assentamento. As instalações da casa se encontram em 
péssimo estado de conservação, mas ainda serve de prédio escolar. 
O item 18 diz respeito à venda de lotes e o problema provocado pela entrada e 
saída de famílias deles. É apresentado que das 49 famílias que foram inicialmente 
cadastradas, 13 já se retiraram nesse assentamento por motivos diversos. Segundo dados 
coletados, os beneficiários foram restituídos pelas benfeitorias feitas nos lotes e os novos 
usuários assumiram o Pronaf A que estava em fase de implantação na área. 
O item 19 reúne os dados de toda a renda atual. No seu primeiro subitem, 
apresenta-se o cálculo da renda total do PA, e que tanto em reais como em Salário Mínimo 
(SM) pode ser considerado representativo da realidade das famílias que compõe o PA. 
Uma leitura do gráfico da Figura 8 ajuda a visualizar melhor o comportamento da Renda 
Total Anual e a Renda Média em Reais. Examinando melhor o comportamento dos 
demais componentes da renda, temos a renda monetária do PA descrita no próximo 
subitem, sendo representada por 47,11% do total da renda, chegando ao montante de R$ 
107.252,30 anual. Em salário mínimo, a renda monetária alcança 1,72 SM mensais em 
média (R$ 447,20). No próximo subitem, como componente da renda monetária e 
resultante das atividades produtivas (agrícola, pecuária, pesca e extrativista), a renda 
monetária de produção correspondente às transações mercantis de tudo o que é produzido 
no lote do assentado. Uma leitura atenta aos quadros e gráficos possibilita as 
interpretações. O outro item da renda monetária em um próximo item, mostra os trabalhos 
temporários, que serve como complemento da renda das famílias, sem se configurar em 
renda permanente, que pudesse substituir o trabalho no lote. No próximo tópico, 
apresenta-se outras rendas e podemos deduzir que, neste caso, os assentados são menos 
dependentes das políticas de renda e/ou de outras atividades que não a agropecuária para 
compor suas rendas. Tal fato vem reforçar a afirmativa de que as famílias que menos 
produzem são as que têm acesso a maiores rendas exógenas à agricultura, não havendo, 
no entanto, uma relação de casualidade entre a existência de outras rendas e a baixa 
produtividade agrícola ou vice-versa. A renda não monetária do PA, apresentado no 
próximo, representa 52,89% do total da renda, chegando ao montante de R$ 120.406,70 
anual e a 1,93 SM mensal em média (R$ 501,80). Já no tópico seguinte, podemos verificar 
que no caso da Renda de Autoconsumo,a mesma representa 8,03% da Renda Total 
alcançando o montante de R$ 18.278,70. Em termos de salário mínimo, a renda de 
autoconsumo alcança 0,29 SM mensais (R$ 75,40).Essa renda indica a não especialização 
e inserção no mercado, portanto, demonstra a existência de uma economia natural, 
entende-se que a mesma é resultante de uma estratégia de vida. Na renda de consumo fora 
do PA, apresentada a seguir, representa 30,36% o equivalente a R$ 69.120,00 anual e a 
1,11 SM (R$ 288,60) mensais. Em relação a “outras despesas”, apresentado logo após, 
representa os gastos com saúde, educação, lazer, com o peso de 14,50% da renda total, 
alcançando R$ 33.008,00 anual e 0,53 SM mensais (R$ 137,80). Temos então, como 
último subitem, a análise do perfil da renda do PA Braço Forte e a Linha da Pobreza. 
Adotando o conceito da Linha de Pobreza (aqueles com renda inferior a 0,5 SM (R$ 
130,00) chegamos a afirmar que, considerando tudo o que é gerado no P.A (renda 
autoconsumo e renda monetária de produção do PA), a renda mensal deste P.A chega 
alcançar a marca de 1,50 SM (R$ 390,00), portanto, acima da linha de pobreza 
considerada como sendo o equivalente a ½ SM . Deduz-se , depois de todos os aspectos 
observados e valores apurados, que o PA de acordo com a amostra pesquisada, consegue 
manter uma renda acima do nível de pobreza, apesar de não apresentar uma grande 
variedade de produção, como também não possuir um nível de acesso ao mercado.

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