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Caracterização dos Cromossomos Humanos 1o ao 22o par: Cromossomos Autossomos 23o par: Cromossomos sexuais Estrutura do Cromossomo humano Cromossomos 13, 14, 15, 21 e 22 Satélite Cromossomos de eucariotos geralmente lineares Possuem várias origens de replicação A região centromérica promove o reconhecimento pelas proteínas do cinetócoro As regiões teloméricas contém sequências especializadas de DNA não codificante localizadas em ambas as extremidades do cromossomo. Sua principal função é impedir o desgaste do material genético e manter a estabilidade estrutural do cromossoma Cada vez que a célula se divide, os telômeros são ligeiramente encurtados. Como estes não se regeneram, chega a um ponto em que não permitem mais a correta replicação dos cromossomos e a célula perde completa ou parcialmente a sua capacidade de divisão Manutenção do número de cromossomos FASES DO CICLO CELULAR Dividido em 4 fases: G1, S, G2 e M. G1- crescimento da célula em tamanho, síntese de proteínas, duplicação de organelas, síntese de lipídios S- síntese de DNA G2- segunda fase de crescimento, síntese de proteínas (mitose) M- mitose A síntese de RNA e proteínas é praticamente contínua ao longo do ciclo, entretanto a síntese de DNA ocorre somente durante a fase S FASES DO CICLO CELULAR Mitose x Meiose Células somáticas: Diplóides (2N) Gametas: Haplóides (1N) Ciclo Celular (Mitose) Sequência ordenada e altamente controlada de eventos que levam à duplicação do DNA e divisão da célula Célula-mãe origina duas células-filhas Duplique ou morra Checkpoints (pontos de Checagem) Condensação dos cromossomos Separação centríolos Alinhamento dos cromossomos Fuso mitótico Citocinese Divisão membranar Duas células-filhas (2N) Separação dos cromossomos Encurtamento das fibras do fuso mitótico Mitose na córnea Epitélio corneano anterior Representa aproximadamente 10% da espessura total da córnea e possui alta capacidade regenerativa. Dentro de sete dias as células do epitélio anterior são renovadas (período necessário para que ocorra a mitose). As células mortas são separadas e tiradas para fora da superfície do epitélio por lágrimas Epitélio Posterior (Endotélio) Quando há perda das células endoteliais, as células remanescentes migram em direção à área lesionada, visando preencher o espaço que sofreu lesão, aumentando seu tamanho (polimegatismo) e também alterando a sua forma (pleomorfismo). Esses mecanismos são responsáveis pelo reparo endotelial, uma vez que a mitose das células endoteliais adultas é vagarosa e míngua Regeneração das células endoteliais da córnea: mito ou realidade? possível capacidade de regeneração endotelial in vivo deixa ainda mais dúvida se os inibidores de ROCK estimulam a regeneração endotelial ou simplesmente aceleram o processo de migração endotelial ROCK (Rho kinase) é uma enzima que "controla" uma série de eventos celulares em condições patológicas como doenças cardiovasculares, Diabetes melitus, doenças neurodegenerativas, glaucoma, osteoporose e neoplasias em geral. Quando o ROCK é inibido, intensifica proliferação celular, promove adesão celular e suprime apoptose. Na área oftalmológica, os inibidores de ROCK foi aprovado no Oriente para tratamento de glaucoma, mas mostrou também ser controverso em aumentar a densidade endotelial em animais e humanos quando injetadas na câmara anterior junto com células endotelias cultivadas Já foi comprovado que a célula endotelial da córnea sofre mitose em ambiente ex-vivo e in vitro (em laboratório). Ainda não se tem evidência que a célula endotelial sofre mitose in vivo em humanos. Existe a necessidade de melhorar a tecnologia do microscópio especular para avaliar pequenas alterações morfométricas da condição clínica do endotélio. Há indícios indiretos de que é possível acelerar, farmacologicamente, a migração celular da periferia para o centro da córnea. Não há estudos suficientes que comprovem a eficácia de quaisquer procedimentos citados acima. Existe uma limitação da tecnologia para avaliar o mosaico endotelial através dos atuais microscopios especulares disponíveis no mercado, portanto o único parâmetro de avaliação endotelial deve ser a transparência e melhora clínica. Questionável exame de especular. Portanto, é provável e mais coerente utilizar a paquimetria de córnea para avaliar pequenos edemas de córnea às vezes não detectáveis na lampada de fenda (suspeitar de edema de córnea em paquimetrias acima de 600µm) Regeneração das células endoteliais da córnea: mito ou realidade? Meiose Ovários e testículos Mitose x Meiose Células somáticas: Diplóides (2N) Gametas: Haplóides (1N) Ciclo Celular (Meiose-Ovários e testículos) Sequência ordenada e altamente controlada de eventos que levam à duplicação do DNA e divisão da célula Célula-mãe origina duas células-filhas * Não há fase S na meiose II Crossing over – Prófase I Variação genética Origem e detecção Aula 2 Variação genética Entre populações Dentro de populações Necessária para a continuidade evolutiva Fundamento de toda Biodiversidade A variação genética é originada por mutação e intensificada por mecanismos recombinatórios e sexuais Manifestada no nível genotípico e fenotípico (minoria) Não há evolução (seleção, deriva, etc) sem variação genética pré-existente. É a matéria-prima para as mudanças evolutivas e adaptativas, originada por mutação e recombinação É necessária para as populações serem capazes de lidar com mudanças ambientais. Assim, a perda da diversidade genética está, muitas vezes, associada com a redução do valor adaptativo populacional. Fontes de variação genética Três fontes primárias de variação genética: Mutações: são alterações no DNA que ocorrem na meiose que permitem que a variabilidade genética aumente em uma população. Fluxo Gênico: movimento de genes de uma população para outra. Sexo: introduz novas combinações de genes em uma população. Mistura genética. Mutações São alterações no DNA. Fluxo Gênico: movimento de genes de uma população para outra. Sexo: introduz novas combinações de genes em uma população. Mistura genética. Uma ou mais alterações na sequência nucleotídica do DNA. Efeito neutro, positivo (vantajoso) ou negativo (desvantajoso) Mutações são aleatórias. Mutações não-hereditárias e hereditárias (germinativas). Mutação Mutação Não ocorre alteração no fenótipo. Pequenas mudanças ocorrem no fenótipo. Grandes mudanças ocorrem no fenótipo. Hipótese A: Hipótese B: Raças resistentes de piolhos sempre existiram – e apenas são mais frequentes agora porque todos os não resistentes tiveram uma morte espumosa. Exposição aos xampus de piolhos realmente causou mutações para resistência ao xampu. Causas da mutação DNA não se replica corretamente. Causas da mutação Substituição Troca uma base nitrogenada por outra. Ex.: Anemia falciforme é causada por uma substituição no gene da beta- hemoglobina, o qual altera um único aminoácido na proteína produzida. Mutações silenciosas: códons diferentes que codificam mesmo aminoácido. Tipos de mutação Tipos de mutação Inserção Pares de bases extras são inseridos em um novo lugar no DNA. Deleção Deleções são mutações nas quais um trecho de DNA é perdido ou deletado. Deslocamento do quadro de leitura Alteração da sequência que não gera codificação de proteína. Tipos de mutação Mutações pontuais Mutações diferentes alterando a mesma codificação da proteína: Fibrose cística (afeta 1 em cada 2500 nascidos vivos na Europa) + de 500 mutações diferentes Retinose pigmentar Genes envolvidos em 8 dos 23 cromossomos Mutações no DNA mitochondrial A Neuropatia Óptica Hereditária de Leber (LHON) Atrofia Óptica Autossômica Dominante (ADOA ou OPA1) Fluxo gênico Migração Movimento de genes de uma população para a outra. Fluxo gênico OFluxo Gênico tem importantes efeitos na evolução: Dentro de uma população: Pode introduzir ou reintroduzir genes em uma população, aumentando sua variação genética. Entre populações: Movimentar os genes entre populações, pode fazer com que populações distantes se tornem geneticamente similares, consequentemente reduzindo as chances de especiação. Quanto menor o fluxo gênico entre duas populações, maior a probabilidade de as duas populações evoluírem para duas espécies. Sexo Positiva, neutra ou negativa Sexo Ao ser formado, o bebê herda uma combinação de genes totalmente única: Ele carrega versões de genes dos 4 avós + alterações de crossing over do óvulo e do espermatozóide. Detecção da variação genética Marcadores proteicos:Alozimas São formas variantes de uma enzima que estão codificadas por diferentes alelos de um mesmo locus Marcadores moleculares de DNA RAPD (Ramdomly Amplified polimorphism DNA Vocabulário • Gene: Sequência de DNA associada com algum produto funcional. • Locus(plural loci): Localização específica em um cromossomo particular. • Alelo: variantes do gene para um caráter que resultam em diferentes formas de expressão e ocupam o mesmo locus em cromossomos homólogos. • Genótipo: cópias dos genes herdados de seu pai e sua mãe coletivamente • Homozigoto: genótipos formados por duas cópias alélicas iguais para uma determinada característica. • Heterozigoto: genótipo formado por um par de alelos diferentes para uma determinada característica. Herança autossômica dominante, recessiva, ligada ao X e mitocondrial Dominância e Recessividade Alelo dominante: efeito fenotípico do alelo é expresso mesmo se houver apenas uma cópia dele no genoma Alelo recessivo: Efeito fenotípico do alelo só é observado em homozigose. Não existe relação entre a dominância ou recessividade e a frequência do alelo!!!! Polidactilia: alelo dominante porém com frequência muito baixa ABO: Alelo O é o recessivo e o mais frequente Codominância O efeito dos dois alelos é expresso no fenótipo Ex.: Grupo sanguíneo MN Alguns loci podem ter alelos dominantes, recessivos e codominantes Sistema ABO 3 alelos (A, B e O) 6 genótipos (AO, AA, AB, BO, BB, OO) 4 fenótipos (A, AB, B, O) Herança por características monogênicas (que reside em um único locus) Autossômica Dominante ou Recessiva, Ligada ao X Dominante ou Recessiva, Mitocondrial Heredogramas Essenciais para os geneticistas Possibilita saber se a condição (fenótipo) é herdada e possibilita definir tratamentos. Heredogramas Heredogramas Herança Autossômica Dominante (AD) Um gene alterado no par cromossomial é suficiente para o fenótipo da doença se manifestar Se um dos pais carregar UM gene afetado o risco de cada criança nascer com a doença é de 50%. - Hipercolesterolemia familiar: mutação no receptor de LDL nas células do fígado. Excesso de LDL no sangue. - Huntington, distrofia muscular de Duchenne, fibrose cística Herança Autossômica Recessiva (AR) Os dois genes defeituosos precisam estar presentes no par cromossomial para a doença se manifestar Casamentos cosanguíneos elevam as chances de AR O casal heterozigoto (Aa) para o gene defeituoso tem 25% de chance de ter filho com a doença. Uma pessoa afetada (aa) ao se casar com uma pessoa normal tem 50% de chance de ter filhos afetados. Doença de Stargardt, em geral, está relacionada a mutações no gene ABCA4 Herança ligada ao X Recessiva Mulheres XX Homens XY Homem com o cromossomo X afetado manifestará a doença. Mulheres com apenas um cromossomo X afetado podem ter manifestações mais brandas da doença ou não apresentar a doença. Doença de Fabry Herança ligada ao X Dominante Mulheres XX Homens XY Pode ser letal para os homens. Mulheres gravemente afetadas. Síndrome de Rett (desordem neurológica motora e intelectual) Herança Mitocondrial Doença de origem materna 100% de chance de ter filhos afetados Priscila Ferreira, Ph.D. pfsilva@bioqmed.ufrj.br Laboratório de Agregação de Proteínas e Amiloidoses – LAPA Instituto de Bioquímica Médica – IBqM Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ mailto:ltoliv@bioqmed.ufrj.br
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