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AlfaCon--liberdade-privacidade-intimidade-comunicacoes-e-domicilio

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MUDE SUA VIDA! 
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SUMÁRIO 
DIREITOS FUNDAMENTAIS ................................................................................................................................ 2 
LIBERDADE DE EXPRESSÃO: ........................................................................................................................... 2 
STF E A LIBERDADE INTELECTUAL, ARTÍSTICA, CIENTÍFICA E DE COMUNICAÇÃO: .................................... 3 
INVIOLABILIDADE DA INTIMIDADE, DA VIDA PRIVADA, DA HONRA E DA IMAGEM DAS PESSOAS (ART. 5º, 
X DA CF): ........................................................................................................................................................ 4 
INVIOLABILIDADE DOMICILIAR (ART. 5º, XI DA CF): ...................................................................................... 4 
STF E A INVIOLABILIDADE DOMICILIAR ..................................................................................................... 5 
INVIOLABILIDADE DAS CORRESPONDÊNCIAS E COMUNICAÇÕES (ART. 5º, XII DA CF): ................................ 7 
STF E A INVIOLABILIDADE DAS CORRESPONDÊNCIAS E DAS COMUNICAÇÕES: ........................................ 8 
EXERCÍCIOS ...................................................................................................................................................... 10 
GABARITO .................................................................................................................................................... 12 
 
 
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DIREITOS FUNDAMENTAIS 
LIBERDADE DE EXPRESSÃO: 
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e 
de comunicação, independentemente de censura 1ou licença; 
Dessa forma, no Brasil é assegurada a liberdade de expressão, sendo vedada a censura. 
Essa vedação é confirmada pelo Art. 220, § 2°, da CF: 
Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a 
informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão 
qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição. 
§ 2° É vedada toda e qualquer censura de natureza política, 
ideológica e artística. 
A liberdade de expressão apresenta duas dimensões: 
• a) substancial: que consiste no próprio direito de pensar (pluralismo político); 
• b) instrumental: que consiste no direito de expor o seu pensamento, de 
expressar suas ideias (ex.: direito de reunião). 
A liberdade de expressão, assim como a manifestação do pensamento, não são absolutas, 
devendo ser exercidas com responsabilidade, pois encontram limites em outros direitos 
fundamentais, como, por exemplo, a privacidade e a intimidade das pessoas. 
Ademais, de acordo com a jurisprudência do STF, a liberdade de expressão encontra 
limites nos chamados discursos de ódio, a fim de se promover o combate ao preconceito e à 
intolerância contra minorias estigmatizadas. 
A respeito do exercício da liberdade de expressão e manifestação do pensamento, já 
decidiu o STF: 
• Decisão do STF que vale a pena ser mencionada é a que analisou a 
constitucionalidade da “Marcha da Maconha”. De acordo com o Supremo, no 
julgamento da ADPF2 187, o movimento foi legítimo e encontra fundamento na 
liberdade de manifestação do pensamento. De acordo com o STF, a mera 
proposta de descriminalização de determinado ilícito penal não se confunde 
com o ato de incitação à prática do crime, além disso não poderá ser feito o uso 
da droga durante a manifestação e não poderá ter a participação de crianças e 
adolescentes. 
• O STF declarou inconstitucional a exigência de diploma de jornalismo para 
ser jornalista, haja vista esta profissão ser um canal essencial para divulgação 
do pensamento e da informação. 
• Em respeito à liberdade de expressão, entendeu o STF3 não ser exigível 
autorização prévia4, da pessoa biografada ou de seus familiares, para a 
publicação de obras biográficas ou audiovisuais. Destaca-se o trecho do referido 
julgado: 
 
1Art. 220, § 2º É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística. 
2Ação de descumprimento de preceito fundamental - ADPF 
3ADI 4815 – MIN. CÁRMEN LÚCIA 
4 Em consonância com os direitos fundamentais à liberdade de expressão da atividade intelectual, artística, científica e 
de comunicação, independentemente de censura ou licença de pessoa biografada, relativamente a obras biográficas 
literárias ou audiovisuais (ou de seus familiares, em caso de pessoas falecidas). 
 
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Em decorrência do direito à liberdade de expressão, decidiu o STF5 que é inconstitucional 
a proibição de tatuagem a candidato de concurso público, os ministros destacaram que a 
tatuagem passou a representar uma autêntica forma de liberdade de manifestação do indivíduo, 
pela qual não pode ser punido, sob pena de flagrante violação à CF. Entretanto, em situações 
excepcionais poderá ocorrer restrição de pessoas com tatuagens quando o seu conteúdo viole 
valores constitucionais. (RE 898.450) 
STF E A LIBERDADE INTELECTUAL, ARTÍSTICA, CIENTÍFICA E DE 
COMUNICAÇÃO: 
• PROGRAMAS HUMORÍSTICOS: Programas humorísticos, charges e modo 
caricatural de pôr em circulação ideias, opiniões, frases e quadros espirituosos 
compõem as atividades de ‘imprensa’, sinônimo perfeito de ‘informação 
jornalística’ (§ 1º do art. 220). Nessa medida, gozam da plenitude de liberdade que 
é assegurada pela Constituição à imprensa. Dando-se que o exercício concreto 
dessa liberdade em plenitude assegura ao jornalista o direito de expender críticas 
a qualquer pessoa, ainda que em tom áspero, contundente, sarcástico, irônico ou 
irreverente, especialmente contra as autoridades e aparelhos de Estado. 
Respondendo, penal e civilmente, pelos abusos que cometer, e sujeitando-se ao 
direito de resposta a que se refere a Constituição em seu art. 5º, V. A crítica 
jornalística em geral, pela sua relação de inerência com o interesse público, não é 
aprioristicamente suscetível de censura. Isso porque é da essência das atividades 
de imprensa operar como formadora de opinião pública, lócus do pensamento 
crítico e necessário contraponto à versão oficial das coisas, conforme decisão 
majoritária do STF na ADPF 130. Decisão a que se pode agregar a ideia de que a 
locução ‘humor jornalístico’ enlaça pensamento crítico, informação e criação 
artística. (ADI 4.451-MC-REF, Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 2-9-2010, 
Plenário, DJE de 1º-7-2011.) 
• LEI DE IMPRENSA – NÃO RECEPCIONALIDADE: O Plenário do STF, no 
julgamento da ADPF 130, declarou como não recepcionado pela Constituição de 
1988 todo o conjunto de dispositivos da Lei de Imprensa (Lei 5.250/1967). 
• RELATIVIZAÇÃO DA LIBERDADE: As liberdades públicas não são 
incondicionais, por isso devem ser exercidas de maneira harmônica, observados os 
limites definidos na própria CF (CF, art. 5º, § 2º, primeira parte). O preceito 
fundamental de liberdade de expressão não consagra o 'direito à incitação ao 
racismo', dado que um direito individual não pode constituir-se em salvaguarda 
de condutas ilícitas, como sucede com os delitos contra a honra. Prevalência dos 
princípios da dignidade da pessoa humana e da igualdade jurídica. (HC 82.424, 
Rel. p/ o ac. Min. Presidente Maurício Corrêa, julgamento em 17-9-2003, 
Plenário, DJ de 19-3-2004.) 
 
 
5 RE 898450 – Rel. Min. Luiz Fux. 
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http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=AC&docID=605411
http://redir.stf.jus.br/paginadorpub/paginador.jsp?docTP=TP&docID=1275144
http://www.stf.jus.br/portal/processo/verProcessoAndamento.asp?numero=898450&classe=RE&origem=AP&recurso=0&tipoJulgamento=M
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INVIOLABILIDADE DA INTIMIDADE, DA VIDA PRIVADA, DA 
HONRAE DA IMAGEM DAS PESSOAS (ART. 5º, X DA CF): 
 
Estabelece o texto constitucional que são invioláveis a intimidade, a vida privada, a 
honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou 
moral decorrente de sua violação (Art. 5º, X). 
A respeito desse dispositivo, relevantes as seguintes orientações jurisprudenciais: 
a) protege tanto as pessoas naturais como as pessoas jurídicas (exemplo: uma pessoa 
jurídica poderá ter a sua imagem violada, fazendo jus à indenização); 
b) não se exige, para o fim de indenização por dano moral, a comprovação de efetivo 
prejuízo à reputação da vítima (exemplo: a simples utilização indevida da imagem da pessoa 
faz nascer o direito à indenização, ainda que desse uso não advenha efetivo prejuízo à 
reputação da vítima); 
c) a dor, o sofrimento, o constrangimento e o desconforto também são indenizáveis a 
título de dano moral (exemplo: o STF reconheceu o direito à indenização por dano moral à 
mãe cujo filho foi assassinado nas dependências da prisão, em face da dor sofrida pela perda 
desse ente querido; segundo o STF, o atraso injustificado de voo e o extravio de bagagem em 
viagens também são indenizáveis a título de dano moral, visto que essas circunstâncias 
também trazem desconforto e constrangimento à vítima); 
d) em homenagem à dignidade humana, bem assim à inviolabilidade da intimidade, o 
indivíduo não está obrigado a se sujeitar ao exame de DNA, como meio de comprovação da 
paternidade. 
OBS.: QUEBRA DO SIGILO BANCÁRIO E O TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO: O TCU 
não detém legitimidade para requisitar diretamente informações que importem quebra de 
sigilo bancário. Ao reafirmar essa orientação, a 2ª Turma concedeu mandado de segurança a 
fim de cassar a decisão daquele órgão, que determinara à instituição bancária e ao seu 
presidente a apresentação de demonstrativos e registros contábeis relativos a aplicações em 
depósitos interfinanceiros. Entendeu-se que, por mais relevantes que fossem suas funções 
institucionais, o TCU não estaria incluído no rol dos que poderiam ordenar a quebra de sigilo 
bancário (Lei 4.595/64, Art. 38 e LC 105/2001, Art. 13). Aludiu-se que ambas as normas 
implicariam restrição a direito fundamental (CF, Art. 5º, X: são invioláveis a intimidade, a vida 
privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material 
ou moral decorrente de sua violação), logo, deveriam ser interpretadas restritivamente. 
Precedente citado: MS 22801/DF (DJe de 14.3.2008). MS 22934/DF, rel. Min. Joaquim 
Barbosa, 17.4.2012. (MS-22934) 
INVIOLABILIDADE DOMICILIAR (ART. 5º, XI DA CF): 
 XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo 
penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de 
flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o 
dia, por determinação judicial; 
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Estabelece a Constituição Federal que a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela 
podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, 
ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial (Art. 5º, XI). 
Desse dispositivo, devemos observar algumas considerações. Vejamos 
CONCEITO DE CASA: o vocábulo “casa” alcança não só a residência do indivíduo como 
também recintos de ordem profissional, tais como o consultório do médico, o escritório do 
advogado, as dependências da empresa não franqueadas ao público, os quartos de hotéis etc.; 
HIPÓTESES QUE AUTORIZAM A VIOLAÇÃO DOMICILIAR: a penetração sem 
consentimento do morador só poderá ocorrer nos casos de flagrante delito (prática atual de 
um crime), desastre (incêndio, por exemplo), para prestar socorro (no caso de um acidente 
com o morador no interior da casa, por exemplo) ou por ordem judicial (determinação de um 
juiz para a execução de um mandado de busca e apreensão, por exemplo); 
QUESTÃO TEMPORAL: no caso de flagrante delito, desastre ou para prestar socorro, a 
penetração poderá ser a qualquer hora do dia ou da noite; por ordem judicial somente se 
permite a penetração durante o dia; 
NECESSIDADE DE ORDEM JUDICIAL – CLÁUSULA DE RESERVA JURISDICIONAL: por 
força desse dispositivo, não temos mais a possibilidade de determinação de busca e apreensão 
administrativa (uma autoridade fiscal ou policial não poderá, sem o consentimento do 
morador e sem autorização judicial, ingressar forçosamente no domicílio para a apreensão de 
documentos; um Auditor Fiscal, por exemplo, diante de resistência do empresário, não poderá 
adentrar forçosamente nas dependências de determinada empresa, sem ordem judicial, ainda 
que tenha conhecimento da prática de graves ilícitos fiscais no interior de suas dependências). 
STF E A INVIOLABILIDADE DOMICILIAR 
BUSCA E APREENSÃO EM ESCRITÓRIO DE ADVOCACIA: O sigilo profissional 
constitucionalmente determinado não exclui a possibilidade de cumprimento de mandado de 
busca e apreensão em escritório de advocacia. O local de trabalho do advogado, desde que este 
seja investigado, pode ser alvo de busca e apreensão, observando-se os limites impostos pela 
autoridade judicial. Tratando-se de local onde existem documentos que dizem respeito a outros 
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sujeitos não investigados, é indispensável a especificação do âmbito de abrangência da medida, 
que não poderá ser executada sobre a esfera de direitos de não investigados. Equívoco quanto à 
indicação do escritório profissional do paciente, como seu endereço residencial, deve ser 
prontamente comunicado ao magistrado para adequação da ordem em relação às cautelas 
necessárias, sob pena de tornar nulas as provas oriundas da medida e todas as outras 
exclusivamente delas decorrentes. 
CONCEITO DE CASA PARA O STF: Para os fins da proteção jurídica a que se refere o art. 
5º, XI, da CF, o conceito normativo de ‘casa’ revela-se abrangente e, por estender-se a qualquer 
aposento de habitação coletiva, desde que ocupado (CP, art. 150, § 4º, II), compreende, 
observada essa específica limitação espacial, os quartos de hotel. Doutrina. Precedentes. Sem que 
ocorra qualquer das situações excepcionais taxativamente previstas no texto constitucional (art. 
5º, XI), nenhum agente público poderá, contra a vontade de quem de direito (invito domino), 
ingressar, durante o dia, sem mandado judicial, em aposento ocupado de habitação coletiva, sob 
pena de a prova resultante dessa diligência de busca e apreensão reputar-se inadmissível, 
porque impregnada de ilicitude originária. Doutrina. Precedentes (STF). (RHC 90.376, Rel. Min. 
Celso de Mello, julgamento em 3-4-2007, Segunda Turma, DJ de 18-5-2007.) 
NECESSIDADE DE ORDEM JUDICIAL – CLÁUSULA DE RESERVA JURISDICIONAL: A 
cláusula constitucional da reserva de jurisdição – que incide sobre determinadas matérias, como 
a busca domiciliar (CF, art. 5º, XI), a interceptação telefônica (CF, art. 5º, XII) e a decretação da 
prisão de qualquer pessoa, ressalvada a hipótese de flagrância (CF, art. 5º, LXI) – traduz a noção 
de que, nesses temas específicos, assiste ao Poder Judiciário, não apenas o direito de proferir a 
última palavra, mas, sobretudo, a prerrogativa de dizer, desde logo, a primeira palavra, 
excluindo-se, desse modo, por força e autoridade do que dispõe a própria Constituição, a 
possibilidade do exercício de iguais atribuições, por parte de quaisquer outros órgãos ou 
autoridades do Estado. Doutrina. É que se exprime princípio constitucional da reserva de 
jurisdição. 
CUMPRIMENTO DE DETERMINAÇÃO JUDICIAL NO PERÍODO NOTURNO: Conforme 
orientação do STF, é possível o ingresso na residência no período da noite quando em 
cumprimento de determinação judicial para instalar escutas telefônicas. Segundo o STF, a 
escuta ambiental não se sujeita, por motivos óbvios, aos mesmos limites de busca domiciliar, sob 
pena de frustração da medida, e que, não havendodisposição legal que imponha disciplina 
diversa, basta a sua legalidade a circunstanciada autorização judicial. Para o STF, tal 
inviolabilidade cederia lugar à tutela constitucional de raiz, instância e alcance superiores 
quando o próprio advogado seja suspeito da prática de crime concebido e consumado, sobretudo 
no âmbito do seu escritório, sob pretexto de exercício da profissão. Aduziu-se que o sigilo do 
advogado não existe para protegê-lo quando cometa crime, mas proteger seu cliente, que tem 
direito à ampla defesa, não sendo admissível que a inviolabilidade transforme o escritório no 
único reduto inexpugnável de criminalidade. Enfatizou-se que os interesses e valores jurídicos, 
que não têm caráter absoluto, representados pela inviolabilidade do domicílio e pelo poder-
dever de punir do Estado, devem ser ponderados e conciliados à luz da proporcionalidade 
quando em conflito prático segundo os princípios da concordância. Não obstante a equiparação 
legal da oficina de trabalho com o domicílio, julgou-se ser preciso recompor a ratio 
constitucional e indagar, para efeito de colisão e aplicação do princípio da concordância prática, 
qual o direito, interesse ou valor jurídico tutelado por essa previsão. Tendo em vista ser tal 
previsão tendente à tutela da intimidade, da privatividade e da dignidade da pessoa humana, 
considerou-se ser, no mínimo, duvidosa, a equiparação entre escritório vazio com domicílio 
stricto sensu, que pressupõe a presença de pessoas que o habitem. De toda forma, concluiu-se 
que as medidas determinadas foram de todo lícitas por encontrarem suporte normativo explícito 
e guardarem precisa justificação lógico-jurídico constitucional, já que a restrição consequente 
não aniquilou o núcleo do direito fundamental e está, segundo os enunciados em que desdobra o 
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princípio da proporcionalidade, amparada na necessidade da promoção de fins legítimos de 
ordem pública. 
PRESCINDIBILIDADE DE MANDADO JUDICIAL PARA BUSCA NO INTERIOR DE 
CARROS: Prescinde de mandado judicial a busca por objetos em interior de veículo de 
propriedade do investigado fundada no receio de que a pessoa esteja na posse de material que 
possa constituir corpo de delito, salvo nos casos em que o veículo é utilizado para moradia, 
como é o caso de cabines de caminhão, barcos, trailers. Isso porque, nos termos do Art. 244 do 
CPP, a busca nessa situação equipara-se à busca pessoal. HC 216.437-DF, Rel. Min. Sebastião 
Reis Júnior, julgado em 20/9/2012. 
INVIOLABILIDADE DAS CORRESPONDÊNCIAS E COMUNICAÇÕES 
(ART. 5º, XII DA CF): 
 
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações 
telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no 
último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei 
estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução 
processual penal; 
Reza o texto constitucional que é inviolável o sigilo da correspondência e das 
comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por 
ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação 
criminal ou instrução processual penal (Art. 5º, XII). 
Sobre esse dispositivo, temos o seguinte: 
a) embora a expressa autorização constitucional seja, apenas, para a violação das 
comunicações telefônicas, não se pode afirmar que as demais inviolabilidades são absolutas, 
visto que não há direitos e garantias fundamentais de caráter absoluto (assim, tais 
inviolabilidades não podem ser invocadas para acobertar práticas ilícitas, como a prática de 
um crime; nessas situações, poderá o magistrado autorizar a violação da correspondência, por 
exemplo, sem ofensa ao texto constitucional); ademais, vimos que o próprio texto 
constitucional autoriza restrições a essas garantias constitucionais nos casos de estado de 
defesa e estado de sítio (artigos 136, § 1º; e Art. 139, respectivamente); 
b) mesmo no caso das comunicações telefônicas, a sua violação só será possível se 
obedecidos os seguintes requisitos: (I) autorização judicial; (II) nas hipóteses e na forma que a 
lei estabelecer; (III) somente no âmbito penal, para o fim de instrução processual penal ou 
investigação criminal; 
c) somente os membros do Poder Judiciário poderão autorizar a interceptação 
telefônica; não há possibilidade dessa autorização por ato de autoridade policial, de membro 
do Ministério Público, tampouco de comissão parlamentar de inquérito (CPI); 
d) ademais, o membro do Poder Judiciário não poderá autorizar a interceptação 
telefônica no âmbito de um processo administrativo ou de um processo judicial de natureza 
cível (ação popular, ação de improbidade administrativa, ação de indenização por dano moral 
etc.); caso o magistrado o faça, estará desrespeitando a Constituição Federal, visto que esta só 
permite a interceptação no âmbito penal, para o fim de investigação criminal ou instrução 
processual penal; 
e) a Lei nº 9.296, de 1996, que regulamenta esse dispositivo constitucional, estabeleceu 
também a possibilidade de violação das comunicações realizadas por meio do emprego da 
telemática e informática (e-mail, fax, telex etc.); assim, a interceptação das comunicações 
realizadas por esses meios segue as mesmas regras constitucionais previstas para a 
interceptação das comunicações telefônicas. 
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Nota: Até a edição da Lei 9.296/1996, o entendimento do Tribunal era no sentido da 
impossibilidade de interceptação telefônica, mesmo com autorização judicial, em investigação 
criminal ou instrução processual penal, tendo em vista a não recepção do Art. 57, II, e da Lei 
4.117/1962 (Código Brasileiro de Telecomunicações). 
 
 
STF E A INVIOLABILIDADE DAS CORRESPONDÊNCIAS E DAS 
COMUNICAÇÕES: 
GRAVAÇÃO TELEFÔNICA FEITA POR UM DOS INTERLOCUTORES: A gravação de 
conversa telefônica feita por um dos interlocutores, sem conhecimento do outro, quando ausente 
causa legal de sigilo ou de reserva da conversação não é considerada prova ilícita. (AI 578.858-
AgR, Rel. Min. Ellen Gracie, julgamento em 4-8-2009, Segunda Turma, DJE de 28-8-2009.) No 
mesmo sentido: RE 630.944-AgR, Rel. Min. Ayres Britto, julgamento em 25-10-2011, Segunda 
Turma, DJE de 19-12-2011. 
GRAVAÇÃO TELEFÔNICA FEITA POR TERCEIRO COM AUTORIZAÇÃO DE UM DOS 
INTERLOCUTORES: Utilização de gravação de conversa telefônica feita por terceiro com a 
autorização de um dos interlocutores sem o conhecimento do outro quando há, para essa 
utilização, excludente da antijuridicidade. Afastada a ilicitude de tal conduta – a de, por legítima 
defesa, fazer gravar e divulgar conversa telefônica ainda que não haja o conhecimento do 
terceiro que está praticando crime –, é ela, por via de consequência, lícita e, também 
consequentemente, essa gravação não pode ser tida como prova ilícita, para invocar-se o art. 5º, 
LVI, da Constituição, com fundamento em que houve violação da intimidade (art. 5º, X, da Carta 
Magna). (HC 74.678, Rel. Min. Moreira Alves, julgamento em 10-6-1997, Primeira Turma, DJ 
de 15-8-1997.) 
ANÁLISE DOS ÚLTIMOS REGISTROS TELEFÔNICOS DE APARELHO CELULAR 
APREENDIDO: Não há ilegalidade no fato de os policiais, após a prisão em flagrante do 
corréu, terem realizado a análise dos últimos registros telefônicos dos dois aparelhos 
celulares apreendidos. Não ocorrência. Não se confundem comunicação telefônica e registros 
telefônicos, que recebem, inclusive, proteção jurídica distinta. Não se pode interpretar a 
cláusula do Art. 5º, XII, da CF, no sentido de proteção aos dados enquanto registro, depósito 
registral. A proteção constitucional é da comunicação de dados, e não dos dados. Art. 6º do 
CPP: dever da autoridade policial de proceder à coleta do material comprobatório da prática da 
infração penal. Ao proceder à pesquisa na agenda eletrônica dos aparelhos devidamente 
apreendidos, meio material indireto deprova, a autoridade policial, cumprindo o seu mister, 
buscou, unicamente, colher elementos de informação hábeis a esclarecer a autoria e a 
materialidade do delito (dessa análise logrou encontrar ligações entre o executor do 
homicídio e o ora paciente). Verificação que permitiu a orientação inicial da linha 
investigatória a ser adotada, bem como possibilitou concluir que os aparelhos seriam 
relevantes para a investigação. 
ENCONTRO FORTUITO DE PROVA DA PRÁTICA DE CRIME PUNIDO COM 
DETENÇÃO: O STF, como intérprete maior da CR, considerou compatível com o art. 5º, XII e LVI, 
o uso de prova obtida fortuitamente através de interceptação telefônica licitamente conduzida, 
ainda que o crime descoberto, conexo ao que foi objeto da interceptação, seja punido com 
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detenção. (AI 626.214-AgR, Rel. Min. Joaquim Barbosa, julgamento em 21-9-2010, Segunda 
Turma, DJE de 8-10-2010.) No mesmo sentido: HC 83.515, Rel. Min. Nelson Jobim, julgamento 
em 16-9-2004, Plenário, DJ de 4-3-2005. Vide: HC 102.304, Rel. Min. Cármen Lúcia, 
julgamento em 25-5-2010, Primeira Turma, DJE de 25-5-2011. 
PROVA EMPRESTADA: Prova emprestada. Penal. Interceptação telefônica. Escuta 
ambiental. Autorização judicial e produção para fim de investigação criminal. Suspeita de 
delitos cometidos por autoridades e agentes públicos. Dados obtidos em inquérito policial. Uso 
em procedimento administrativo disciplinar, contra outros servidores, cujos eventuais ilícitos 
administrativos teriam despontado à colheita dessa prova. Admissibilidade. Resposta afirmativa 
a questão de ordem. Inteligência do art. 5º, XII, da CF e do art. 1º da Lei federal 9.296/1996. (...) 
Dados obtidos em interceptação de comunicações telefônicas e em escutas ambientais, 
judicialmente autorizadas para produção de prova em investigação criminal ou em instrução 
processual penal, podem ser usados em procedimento administrativo disciplinar, contra a 
mesma ou as mesmas pessoas em relação às quais foram colhidos, ou contra outros servidores 
cujos supostos ilícitos teriam despontado à colheita dessa prova. (Inq 2.424-QO-QO, Rel. Min. 
Cezar Peluso, julgamento em 20-6-2007, Plenário, DJ de 24-8-2007). No mesmo sentido: Inq 
2.424-QO, Rel. Min. Cezar Peluso, julgamento em 25-4-2007, Plenário, DJ de 24-8-2007. 
INTERCEPTAÇÃO DE CORRESPONDÊNCIA PELA ADMINISTRAÇÃO PENITENCIÁRIA: 
A administração penitenciária, com fundamento em razões de segurança pública, de disciplina 
prisional ou de preservação da ordem jurídica, pode, sempre excepcionalmente, e desde que 
respeitada a norma inscrita no art. 41, parágrafo único, da Lei 7.210/1984, proceder à 
interceptação da correspondência remetida pelos sentenciados, eis que a cláusula tutelar da 
inviolabilidade do sigilo epistolar não pode constituir instrumento de salvaguarda de práticas 
ilícitas. (HC 70.814, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 1º-3-1994, Primeira Turma, DJ de 
24-6-1994.) 
INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA, SEM ORDEM JUDICIAL, COM POSTERIOR 
CONSENTIMENTO DE UM DOS INTERLOCUTORES: Não é válida a interceptação telefônica 
realizada sem prévia autorização judicial, ainda que haja posterior consentimento de um dos 
interlocutores para ser tratada como escuta telefônica e utilizada como prova em processo 
penal. A interceptação telefônica é a captação de conversa feita por um terceiro, sem o 
conhecimento dos interlocutores, que depende de ordem judicial, nos termos do inciso XII do 
artigo 5º da CF, regulamentado pela Lei n. 9.296/1996. A ausência de autorização judicial para 
captação da conversa macula a validade do material como prova para processo penal. A escuta 
telefônica é a captação de conversa feita por um terceiro, com o conhecimento de apenas um dos 
interlocutores. A gravação telefônica é feita por um dos interlocutores do diálogo, sem o 
consentimento ou a ciência do outro. A escuta e a gravação telefônicas, por não constituírem 
interceptação telefônica em sentido estrito, não estão sujeitas à Lei 9.296/1996, podendo ser 
utilizadas, a depender do caso concreto, como prova no processo. O fato de um dos interlocutores 
dos diálogos gravados de forma clandestina ter consentido posteriormente com a divulgação dos 
seus conteúdos não tem o condão de legitimar o ato, pois no momento da gravação não tinha 
ciência do artifício que foi implementado pelo responsável pela interceptação, não se podendo 
afirmar, portanto, que, caso soubesse, manteria tais conversas pelo telefone interceptado. Não 
existindo prévia autorização judicial, tampouco configurada a hipótese de gravação de 
comunicação telefônica, já que nenhum dos interlocutores tinha ciência de tal artifício no 
momento dos diálogos interceptados, se faz imperiosa a declaração de nulidade da prova, para 
que não surta efeitos na ação penal. Precedente citado: EDcl no HC 130.429-CE, DJe 
17/5/2010. HC 161.053-SP, Rel. Min. Jorge Mussi, julgado em 27/11/2012. 
Referências Bibliográficas 
BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. 
ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito Constitucional descomplicado – 15 ed. Método, 2016. 
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CANOTILHO, J.J. Gomes e outros. Comentários à Constituição do Brasil. São Paulo: Saraiva, 2014. 
LENZA, Pedro. Direito Constitucional. 21. ed. São Paulo: Saraiva, 2018. 
MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 30. ed. São Paulo: Atlas, 2014. 
NOVELINO, Marcelo. Curso de Direito Constitucional. 11. ed. 2016. Salvador: JusPodivm. 
SILVA, José Afonso. Curso de Direito Constitucional Positivo. São Paulo: Malheiros, 2006. 
EXERCÍCIOS 
1. Acerca dos direitos e garantias fundamentais, de acordo com o disposto na Constituição 
Federal de 1988 (CF), julgue o próximo item. 
A expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação é livre, mas a 
lei pode prever casos de censura ou de exigência de licença do poder público para o seu 
exercício. 
Certo ( ) Errado ( ) 
RESPOSTA - ERRADA 
A liberdade de expressão apresenta duas dimensões: 
a) substancial: que consiste no próprio direito de pensar (pluralismo 
político); 
b) instrumental: que consiste no direito de expor o seu pensamento, de 
expressar suas ideias (ex.: direito de reunião). 
A liberdade de expressão, assim como a manifestação do pensamento não 
são absolutas, devendo ser exercidas com responsabilidade, pois encontram limites 
em outros direitos fundamentais, como, por exemplo, a privacidade e a intimidade 
das pessoas. 
Ademais, de acordo com a jurisprudência do STF a liberdade de expressão 
encontra limites nos chamados discursos de ódio, voltadas ao combate do 
preconceito e da intolerância contra minorias estigmatizadas. 
No Brasil é assegurada a liberdade de expressão, sendo vedada a censura. 
2. No que se refere aos elementos e à supremacia da Constituição, aos direitos e às 
garantias fundamentais e aos princípios constitucionais da Administração Pública, 
julgue o item. 
Por ter como finalidade a preservação da privacidade do indivíduo, a tutela 
constitucional da inviolabilidade do domicílio não abrange o aposento ocupado de habitação 
coletiva ou aquele em que é exercida a atividade profissional. 
Certo ( ) Errado ( ) 
RESPOSTA - ERRADA 
Estabelece a Constituição Federal que a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém 
nela podendo penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou 
desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial (Art. 5º, XI). 
Desse dispositivo, devemos observar o conceito de casa. Vejamos: 
CONCEITO DE CASA: o vocábulo “casa” alcança não só a residência do indivíduo como 
também recintos de ordem profissional, tais como o consultório do médico, o escritório do 
advogado, as dependências da empresa não franqueadas ao público, os quartos de hotéis 
etc.; 
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3. Acerca da inviolabilidade domiciliar, julgue o item. 
A proteção do domicílio não é absoluta, sendo este passível de violação, ao dia ou à noite, 
nas hipóteses de flagrante delito, para prestação de socorro ou, ainda, por determinação 
judicial. 
Certo ( ) Errado ( ) 
RESPOSTA - ERRADA 
HIPÓTESES QUE AUTORIZAM A VIOLAÇÃO DOMICILIAR: a penetração sem 
consentimento do morador só poderá ocorrer nos casos de flagrante delito (prática 
atual de um crime), desastre (incêndio, por exemplo), para prestar socorro (no 
caso de um acidente com o morador no interior da casa, por exemplo) ou por 
ordem judicial (determinação de um juiz para a execução de um mandado de busca 
e apreensão, por exemplo); 
QUESTÃO TEMPORAL: no caso de flagrante delito, desastre ou para prestar 
socorro, a penetração poderá ser a qualquer hora do dia ou da noite; por ordem 
judicial somente se permite a penetração durante o dia; 
NECESSIDADE DE ORDEM JUDICIAL – CLÁUSULA DE RESERVA 
JURISDICIONAL: por força desse dispositivo, não temos mais a possibilidade de 
determinação de busca e apreensão administrativa (uma autoridade fiscal ou 
policial não poderá, sem o consentimento do morador e sem autorização judicial, 
ingressar forçosamente no domicílio para a apreensão de documentos; um Auditor 
Fiscal, por exemplo, diante de resistência do empresário, não poderá adentrar 
forçosamente nas dependências de determinada empresa, sem ordem judicial, 
ainda que tenha conhecimento da prática de graves ilícitos fiscais no interior de 
suas dependências). 
4. Julgue o item seguinte, relativo à inviolabilidade de domicílio na Constituição Federal de 
1988 (CF). 
O ingresso em domicílio por autoridade policial, no período noturno, em razão de 
flagrante delito exige justificativa prévia e autorização do superior imediato. 
Certo ( ) Errado ( ) 
RESPOSTA - ERRADA 
HIPÓTESES QUE AUTORIZAM A VIOLAÇÃO DOMICILIAR: a penetração sem 
consentimento do morador só poderá ocorrer nos casos de flagrante delito (prática atual de 
um crime), desastre (incêndio, por exemplo), para prestar socorro (no caso de um acidente 
com o morador no interior da casa, por exemplo) ou por ordem judicial (determinação de um 
juiz para a execução de um mandado de busca e apreensão, por exemplo); 
QUESTÃO TEMPORAL: no caso de flagrante delito, desastre ou para prestar socorro, a 
penetração poderá ser a qualquer hora do dia ou da noite; por ordem judicial somente se 
permite a penetração durante o dia; 
NECESSIDADE DE ORDEM JUDICIAL – CLÁUSULA DE RESERVA JURISDICIONAL: por 
força desse dispositivo, não temos mais a possibilidade de determinação de busca e 
apreensão administrativa (uma autoridade fiscal ou policial não poderá, sem o 
consentimento do morador e sem autorização judicial, ingressar forçosamente no domicílio 
para a apreensão de documentos; um Auditor Fiscal, por exemplo, diante de resistência do 
empresário, não poderá adentrar forçosamente nas dependências de determinada empresa, 
sem ordem judicial, ainda que tenha conhecimento da prática de graves ilícitos fiscais no 
interior de suas dependências). 
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5. De acordo com o disposto na Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o item seguinte 
a respeito dos direitos e das garantias fundamentais. 
É inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, telefônicas e de 
dados, salvo, no último caso, por ordem administrativa, nas hipóteses e na forma que a lei 
estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal. 
Certo ( ) Errado ( ) 
RESPOSTA - ERRADA 
No caso das comunicações telefônicas, a sua violação só será possível se obedecidos 
os seguintes requisitos: (I) autorização judicial; (II) nas hipóteses e na forma que a lei 
estabelecer; (III) somente no âmbito penal, para o fim de instrução processual penal ou 
investigação criminal; 
Somente os membros do Poder Judiciário poderão autorizar a interceptação telefônica; 
não há possibilidade dessa autorização por ato de autoridade policial, de membro do 
Ministério Público, tampouco de comissão parlamentar de inquérito (CPI); 
Ademais, o membro do Poder Judiciário não poderá autorizar a interceptação 
telefônica no âmbito de um processo administrativo ou de um processo judicial de natureza 
cível (ação popular, ação de improbidade administrativa, ação de indenização por dano moral 
etc.); caso o magistrado o faça, estará desrespeitando a Constituição Federal, visto que esta 
só permite a interceptação no âmbito penal, para o fim de investigação criminal ou instrução 
processual penal. 
GABARITO
1. ERRADA 
2. ERRADA 
3. ERRADA 
4. ERRADA 
5. ERRADA 
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