Buscar

Contestação - Caso concreto 15

Prévia do material em texto

AO EXMO JUÍZO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA DO RIO DE JANEIRO/RJ
PROCESSO N. (********)
 CONDOMÍNIO BOSQUE DAS CAPIVARAS, já qualificado nos autos em epígrafe, vem por meio de seu advogado abaixo assinado, com escritório no (endereço completo), para onde desde já requer que sejam remetidas futuras intimações perante Vossa Excelência, apresentar a presente
CONTESTAÇÃO
 nos autos de AÇÃO INDENIZATÓRIA, pelo rito comum, que é movida por ARMANDO MARTINS, já qualificado nos autos em epígrafe, pelas razões de fato e de direito que passa a expor a seguir: 
 DAS PRELIMINARES 
1. Da Ilegitimidade Passiva (ad causam)
 Conforme previsão antes da impugnação do mérito propriamente dito, é importante observarmos que há uma grande ilegitimidade do réu no que vem a dizer quanto a sua figuração no polo passivo do processo.
 É importante salientar, conforme o próprio autor discorre na inicial que, quando da exposição dos fatos, o ato ilícito sob o que se funda a ação pleiteada no caso, condiz em que o arremesso de um pote de vidro jogado de um dos apartamentos não configura responsabilidade do condomínio, conforme artigo 938 do Código Civil, e sim a responsabilidade é de quem tem a posse daquele local ou nele habita naquele momento. 
Segue previsão expressa em lei abaixo:
Art. 938. Aquele que habitar prédio, ou parte dele, responde pelo dano proveniente das coisas que dele caírem ou forem lançadas em lugar indevido.
 Desta forma, é demonstrada de forma clara a ilegitimidade passiva do réu, razão pela qual, em cumprimento do artigo 339 do CPC, passa a indicar a parte ilegítima para figurar no polo passivo da ação. 
Do Mérito
 Requerida a preliminar anteriormente suscitada, o conhecimento da improcedência da obrigação de indenização pelo autor em relação aos danos sofridos em decorrência da segunda cirurgia, a qual Armando foi submetido, salientando-se que, houve um erro médico neste caso específico cometido de maneira falha pela equipe cirúrgica ali presente no hospital naquele momento do dano sofrido. Ocorre ainda tais prejuízos causados como lucros cessantes no valor de 10.000,00 (dez mil reais), decorrentes da perda de contratos, além dos prejuízos oriundos da internação e gastos hospitalares, num valor total de 20.000,00 (vinte mil reais).
 À vista disso, tendo havido negligência por parte dos profissionais da saúde, existe uma responsabilidade do Município, entidade hospitalar e profissionais que lá trabalham, conforme determina a Constituição Federal de 1988, a saber:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Sendo assim, requer a parte ré, a ausência de legitimidade, sendo que o Condomínio, não tem obrigação de arcar com as despesas, com os lucros cessantes bem como não é da responsabilidade condominial o pagamento de indenização do autor.
Dos Pedidos 
Diante do exposto, vem perante Vossa Excelência requerer: 
1- Que seja acolhida a preliminar de ilegitimidade passiva com a consequente extinção sem resolução de mérito; 
2- Que seja acolhida a improcedência pela parte autora;
3- Que seja requerida a condenação do autor ao pagamento das custas e honorários advocatícios.
Das Provas 
Manifesta ainda a produção de todos os meios de prova em direitos admissíveis, especialmente documental, testemunhal e depoimento pessoal da AUTOR, sob pena de preclusão.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Katienny Conceição Vitório Santos
(Estudante de Direito)
OAB/SE N. _________________

Continue navegando