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AÇÃO DECLARATÓRIO DE NULIDADE - PAULO

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA VARA _____ CIVEL DA COMARCA DE BRUSQUE DO ESTADO DE SANTA CATARINA.
PRIORIDADE DE IDOSO
PAULO (SOBRENOME), 65 anos de idade, brasileiro, viúvo, militar da reserva, portador da carteira de identidade nº ..., expedido pelo ..., inscrito no CPF/MF sob o nº ..., endereço eletrônico da parte autora, residente e domiciliado na Rua Bauru, nº 371, nesta cidade, no Estado de Santa Catarina, por seu advogado(a), com endereço profissional na Rua ..., nº ..., bairro ..., nesta cidade, endereço eletrônico do advogado, telefone, para fins do artigo 77, inciso V, do CPC, vem a este juízo, propor
AÇÃO DECLARATÓRIO DE NULIDADE
Pelo procedimento comum em face de JUDITE (SOBRENOME), brasileira, solteira, advogada, portadora da carteira de identidade nº ..., expedido pelo ..., inscrita no CPF/MF sob o nº ..., endereço eletrônico da parte ré, residente e domiciliada na Rua dos Diamantes, nº 123, nesta cidade, no Estado de Santa Catarina, JONATAS (SOBRENOME), espanhol, casado, comerciante, portador da carteira de identidade nº ..., expedido pelo ..., inscrito no CPF/MF sob o nº ..., endereço eletrônico da parte ré e JULIANA (SOBRENOME), brasileira, casada, profissão, portadora da carteira de identidade nº ..., expedido pelo ..., inscrita no CPF/MF sob o nº ..., endereço eletrônico da parte ré, ambos residentes e domiciliados na Rua Jirau, nº 366, na cidade de Florianópolis, no Estado de Santa Catarina, pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor:
I. DA COMPETÊNCIA
O artigo 46, § 4, do NCPC leciona que:
Art. 46.  A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra, no foro de domicílio do réu.
(...)	
§ 4o Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer deles, à escolha do autor.
Diante do exposto fica eleito o Foro da Comarca de Brusque/SC, como competente.
II. DO LITISCONSÓRCIO PASSIVO NECESSÁRIO UNITÁRIO
Trata-se de litisconsórcio passivo necessário unitário, em que se exige a uniformidade das decisões em relação a todos os litisconsortes, dada a natureza da relação jurídica submetida à apreciação jurisdicional, conforme dispõe os artigos 114 e 116 do NCPC.
III. DA OPÇÃO DO AUTOR PELA REALIZAÇÃO OU PELA NÃO REALIZAÇÃO DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU MEDIAÇÃO
Atendendo ao disposto no artigo 319, inciso VII do NCPC, o requerente informa que possui interesse na realização de audiência de conciliação ou mediação.
IV. DOS FATOS
O autor alega, em síntese, que era proprietário de um imóvel de veraneio situado na Rua Rubi, nº 350, Balneário Camboriú/SC, juntamente com sua irmão Judite, ré.
Em 15/12/2016, a ré, utilizando-se da procuração outorgada pelo autor, em novembro de 2011, que continha poderes especiais e expressos para alienação, alienou para Jonas e sua esposa Juliana, réus, o imóvel pelo valor de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais).
O corre que tal procuração havia sido revogada pelo autor em 16/11/2016, sendo certo que o titular do Cartório do 1º Ofício de Notas onde foi lavrada a procuração, bem como sua irmã, ré, foram devidamente notificados da revogação em 05/12/2016, ou seja, dez dias antes da alienação.
A parte autora, só teve ciência da alienação no dia 1º de fevereiro de 2017 ao chegar no imóvel e ver que o mesmo estava ocupado por Jonas e sua esposa, réus.
Diante do exposto, requer o desfazimento do negócio jurídico, tendo em vista se tratar ato nulo.
V. DOS FUNDAMENTOS
Conforme se apura do art. 166, V, do CC, o negócio jurídico em que for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para sua validade é nulo. Pede-se vênia, para transcrevê-lo: “É anulável a venda de ascendente e descendente, salvo se os outros descendentes e o cônjuge do alienante expressamente houverem consentido”. 
Pode-se ainda apresentar o conceito doutrinário: 
“A venda realizada com inobservância do disposto no art. 496 é anulável, estando legitimados para a ação anulatória os descendentes preteridos. Como o Código Civil de 1916 não dizia se a venda era nula ou anulável, forte corrente doutrinária e jurisprudencial sustentava que era nula, porque os incisos IV e V do art. 145 do referido diploma cominavam tal pena ao ato praticado com preterição de alguma solenidade que a lei considerava essencial para a sua validade e quando taxativamente o declarava nulo ou lhe negava efeito. Entretanto, acabou prevalecendo a tese da anulabilidade, ao fundamento de que os tribunais admitiam a ratificação ou confirmação do ato pelo descendente — e somente a nulidade relativa pode ser sanada. Além disso, não se o anulava quando se demonstrava a inexistência de artifício fraudulento e a autenticidade da venda, sendo justo o preço pago pelo descendente-adquirente (RJTJSP, 136:305) - (GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito das Obrigações: Parte Especial Contratos. Sinopses Jurídicas. 13ª Ed. São Paulo. Editora Saraiva, 2011. Pag. 83)”. 
Apresenta-se também o entendimento jurisprudencial: 
“Processo: REsp 725032 / RS; Relator: Ministro Hélio Quaglia Barbosa; Julgamento: 21/09/2006; Órgão Julgador: Quarta Turma; Publicação: Diário da Justiça do dia 13/11/2006; Ementa: RECURSO ESPECIAL. CIVIL. VENDA A DESCENDENTE. ART. 1.132 DO CC/1916. ART. 496 DO ATUAL CC. VENDA DE AVÔ A NETO, ESTANDO A MÃE DESTE VIVA. AUSÊNCIA DE CONSENTIMENTO DOS DEMAIS DESCENDENTES. ATO ANULÁVEL. DESNECESSIDADE DE PROVA DE EXISTÊNCIA DE SIMULAÇÃO OU FRAUDE. RECURSO NÃO CONHECIDO.” 
Assim sendo, observando ainda o teor do art. 104, III, CC, não foi respeitada a forma prevista em lei, pelo que o presente negócio jurídico deve ser anulado.
VI. DO PEDIDO
a) Prioridade na Tramitação;
b) Designação da audiência de conciliação ou mediação e intimação dos réus para o seu comparecimento;
c) Citação dos réus para integrarem a relação processual;
d) A procedência para a invalidada da venda do imóvel e por consequência para que seja resguardado os direitos dos autores;
e) Que seja julgado procedente o pedido para condenar os réus nas custas processuais e nos honorários advocatícios.
VII. DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos artigos 369 e seguintes do CPC, em especial a prova documental, testemunhal e o depoimento pessoal dos réus.
VIII. DO VALOR DA CAUSA
Dá-se o valor de R$ 150.000,00 (Cento e cinquenta mil reais).
Termos em que.
Pede deferimento.
Local, (dia), (mês) de (ano).
Nome do Advogado
OAB
5

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