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Livro Eletrônico
Aula 00
Legislação Tributária Municipal p/ ISS-São José do Rio Preto (Auditor Fiscal) -
Pós-Edital
Professor: Mauricio Mariano
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Aula 0 – LTM – São José do Rio Preto 
SUMÁRIO 
 
 
Sumário ............................................................................................................................. 1 
Introdução ......................................................................................................................... 3 
Apresentação do Curso ..................................................................................................................... 5 
Metodologia do curso ....................................................................................................................... 8 
0. Considerações Iniciais .................................................................................................. 10 
1. Direito Constitucional Tributário .................................................................................. 11 
1.1 Princípios Constitucionais Tributários ....................................................................................... 14 
1.1.1 – Princípio da Capacidade Contributiva ................................................................................................................. 15 
1.1.2 – Princípio da Legalidade ....................................................................................................................................... 16 
1.1.3 – Princípio da Igualdade ou Isonomia .................................................................................................................... 19 
1.1.4 – Princípio da Irretroatividade ............................................................................................................................... 20 
1.1.5 – Princípio da Anterioridade .................................................................................................................................. 20 
1.1.6 – Princípio da Anterioridade Nonagesimal ............................................................................................................ 21 
1.1.7 – Princípio da Vedação ao Confisco ....................................................................................................................... 22 
1.1.8 – Princípio da não Limitação ao Tráfego de Pessoas e Bens ................................................................................. 23 
1.1.9 – Princípio da Transparência ................................................................................................................................. 24 
1.1.10 – Princípio da Uniformidade Geográfica ............................................................................................................. 24 
1.1.11 – Princípio da Vedação à Isenção Heterônoma ................................................................................................... 25 
1.1.12 – Princípio da Progressividade ............................................................................................................................. 26 
Mauricio Mariano
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1.2 Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar ...................................................................... 30 
1.2.1 – Princípios Constitucionais Tributários ................................................................................................................ 30 
1.2.2 – Imunidades ......................................................................................................................................................... 30 
1.2.3 – Limitações infraconstitucionais ao poder de tributar ......................................................................................... 34 
1.3 Tributos Municipais Previstos na Constituição ......................................................................... 35 
1.4 Repartição Constitucional de Receita com os Municípios ........................................................ 39 
1.5 Atribuições da Lei Complementar em Direito Tributário .......................................................... 45 
2. Organização e Sistematização da Legislação Tributária no Município de São José do Rio 
Preto ............................................................................................................................... 48 
3. Lei Orgânica do Município de São José do Rio Preto (Título IV – Capítulos I e II) ........... 50 
4. Código Tributário do Município – CTM (Título I – Disposições Gerais) .......................... 54 
5. Questões de Concursos Anteriores ............................................................................... 56 
5.1 Lista de Questões ...................................................................................................................... 56 
5.2 Gabarito .................................................................................................................................... 68 
5.3 Lista de Questões Resolvidas e Comentadas ............................................................................ 69 
Anexos – Lei Seca ............................................................................................................. 89 
 
 
 
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INTRODUÇÃO 
 
Olá pessoal, tudo bem?  
É com muita satisfação que inicio esse curso de Legislação Tributária do Município - LTM de São 
José do Rio Preto para te auxiliar na aprovação para o cargo de Auditor Fiscal Tributário Municipal - 
AFTM. Finalmente saiu o edital do concurso, organizado pela Fundação Carlos Chagas – FCC. Trata-
se de uma banca com bastante experiência em concursos, inclusive da área fiscal, o que nos indica 
uma prova sem possíveis surpresas negativas. Apesar disso, o conteúdo programático do edital 
frustrou ao trazer em seu bojo leis já revogadas. Voltaremos ao assunto adiante. 
Teremos dez (10) vagas para o cargo de Auditor Fiscal, sendo uma (1) destinada à pessoa com 
deficiência. Trata-se de um número expressivo de vagas, em um município importante como São 
José do Rio Preto. Para concorrer, basta ter ensino superior completo até o momento da posse em 
qualquer área do conhecimento. A remuneração é atrativa, sendo parte fixa e parte variável, de 
acordo com o edital. Computando os valores máximos de cada rubrica, temos o seguinte quadro: 
Descrição da rubrica Valor R$ Observações 
Remuneração básica 4.942,46 Valor fixo 
Adicional de produtividade 2.633,29 Valor fixo 
Adicional de produtividade variável 3.745,79 Correspondente ao limite de 2000 quotas 
Reembolso transporte 1.425,03 Valor máximo se utilizado veículo próprio 
Auxílio alimentação 400,00 Sendo $250 variável conforme assiduidade 
Auxílio saúde 350,00 Valor fixo 
Total 13.496,57 Valor máximo inicial 
 
Percebendo todos os valores, a remuneração total chega a quase R$ 13.500,00 no início da 
carreira, o que nos permite imaginar, também, que haverá forte concorrência de candidatos 
preparados. 
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A provaobjetiva contará com 70 questões de múltipla escolha, sendo 30 de conhecimentos gerais, 
com peso 1, e 40 de conhecimentos específicos, com peso 3, nas quais se enquadram a nossa 
matéria. Logo, a prova de conhecimentos específicos valerá 120 pontos, enquanto que a de 
conhecimentos gerais terá 30, perfazendo um total de 150 pontos. A banca não divulga a 
distribuição de questões entre as disciplinas que compõe cada prova, mas é de se esperar, ao 
menos, entre 4 a 8 questões de LTM, ou seja, 10% a 20% da prova de conhecimentos específicos. 
Haverá também um estudo de caso, em prova discursiva, que será corrigida para os 200 melhores 
classificados na prova objetiva. Esse tipo de prova costuma versar sobre direito tributário e 
legislação tributária municipal. Se assim for, a pontuação total de LTM pode se mostrar 
determinante para sua aprovação e classificação final no concurso. 
Antes de continuarmos, deixa eu me apresentar. Meu nome é Mauricio Mariano, sou Auditor Fiscal 
Tributário Municipal aprovado no Concurso de 2007 do ISS São Paulo. Possuo graduação em 
Administração de Empresas pela FEA/USP e especialização em Gestão Tributária pela FDC e em 
Gestão Pública pela FAEP/UMC. Na Secretaria da Fazenda do Município de São Paulo atuei nas 
áreas de cadastro, fiscalização e julgamento de primeira instância do IPTU, fui diretor do 
Departamento de Cadastros, órgão responsável pelo lançamento e cobrança do IPTU, Cadastro 
Imobiliário Fiscal - CIF, Planta Genérica de Valores – PGV e Cadastro de Contribuintes Mobiliários – 
CCM, e atualmente exerço minhas atribuições na área de fiscalização do ISS. 
Leciono Legislação Tributária Municipal desde 2011, nas modalidades presencial e EaD. Antes, 
também fui tutor de cursos online da ESAF. Assim, pretendo colocar toda minha experiência aqui 
nas nossas aulas para te ajudar neste importante projeto de conquistar a aprovação e breve 
nomeação no cargo de Auditor Fiscal dessa ótima cidade que é São José do Rio Preto. Passei por 
isso, sei como o período de preparação é desgastante e, por vezes, angustiante, mas quando chega 
a tão sonhada aprovação vemos que o esforço valeu a pena (em que pese os crescentes ataques 
de setores da mídia e da sociedade aos servidores públicos em geral). 
Pra mim é muito gratificante encontrar pelos corredores da Secretaria da Fazenda colegas de 
carreira que ajudei, de algum modo, na preparação e conquista da aprovação aqui em São Paulo 
nos concursos de 2012 e 2014. Alguns, inclusive, se tornaram amigos pessoais, trazendo-me muito 
orgulho e satisfação. Quero ter esse orgulho e satisfação também com relação a você! Por isso, 
conte comigo nessa empreitada!!! 
Vamos começar!? 
 
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APRESENTAÇÃO DO CURSO 
 
O edital do concurso traz o seguinte conteúdo programático para o cargo de Auditor Fiscal 
Tributário Municipal – AFTM relacionado à Legislação Tributária Federal e Municipal: 
 Código Tributário Nacional (Livro Primeiro): 
o Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis e de Direitos a eles Relativos; 
o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana. 
 Lei Complementar nº 87/1996. 
 Lei Complementar nº 116/2003. 
 Lei Orgânica do Município São José do Rio Preto: 
o TÍTULO IV - Da Administração Tributária e Financeira 
 Capítulo I - Dos Tributos Municipais 
 Capítulo II - Da Receita e da Despesa. 
 Código Tributário do Município, instituído pela Lei nº 3359, de 09 de novembro de 1983. 
 ISSQN - Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza - Lei Complementar Municipal nº 178, de 29 de dezembro de 
2003, com alterações até a data da publicação do Edital de Abertura das Inscrições. 
 IPTU - Imposto Sobre Propriedade Territorial Urbana - Lei Complementar Municipal nº 96, de 29 de dezembro de 1998, 
com alterações até a data da publicação do Edital de Abertura das Inscrições. 
 ITBI- Imposto sobre Transmissão "Inter Vivos" de Bens Imóveis e de direitos reais sobre eles - Lei Municipal nº 4.464, de 
27 de dezembro de 1988, com alterações até a data da publicação do Edital de Abertura das Inscrições. 
 Lei Complementar Municipal nº 400, de 17 de dezembro de 2013. 
 Lei Complementar Municipal nº 323, de 27 de outubro de 2010. 
 
Esse conteúdo é ligeiramente maior que o conteúdo do edital do concurso anterior, de 2014, 
organizado pela VUNESP, que foi composto apenas da parte destacada em vermelho acima. Vale 
destacar, inclusive, que esse trecho do conteúdo foi copiado do edital anterior com os erros que já 
continha. Desde aquela época, a Lei que rege o ITBI já era a Complementar de nº 323/2010, que 
revogou a Lei nº 4.464/1988. Infelizmente a FCC trouxe novamente para o edital uma lei já 
revogada. 
Com exceção da Lei Complementar nº 87/1996 (conhecida como Lei Kandir, que regulamenta o 
ICMS em âmbito nacional), todos os outros tópicos serão abordados neste curso. Por ser 
relacionada ao tributo estadual, não é comum que a Lei Kandir seja exigida nos concursos da área 
fiscal municipal. Em todo caso, a lei está incluída no programa do curso de direito tributário para 
Rio Preto aqui do Estratégia: https://www.estrategiaconcursos.com.br/curso/direito-tributario-p-iss-sao-
jose-do-rio-preto-auditor-fiscal-com-videoaulas-pos-edital/. 
Com base no exposto, preparei o cronograma de aulas abaixo, concluindo o curso com um 
simulado corrigido e comentado, somente com questões inéditas, que serão por mim elaboradas 
exclusivamente de acordo com a legislação de São José do Rio Preto, no estilo das questões de 
prova da FCC. 
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Aula 0 
Introdução ao Curso - Metodologia. Direito Constitucional Tributário. 
Princípios Constitucionais Tributários. Limitações Constitucionais ao Poder 
de Tributar. Tributos Municipais previstos na Constituição. Repartição 
Constitucional de Receitas com os Municípios. Atribuições da Lei 
Complementar no Direito Tributário. Organização e sistematização da 
Legislação Tributária no Município de São José do Rio Preto. Lei Orgânica 
do Município de São José do Rio Preto: Título IV - Da Administração 
Tributária e Financeira (Capítulo I - Dos Tributos Municipais e Capítulo II - Da 
Receita e da Despesa). Código Tributário do Município (CTM - Lei nº 
3359/1983): Título I – Disposições Gerais. Questões de concursos anteriores 
resolvidas e comentadas. 
09/08/2019 
Aula 1 
Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana – IPTU, de 
acordo com a Constituição Federal, com o Código Tributário Nacional e com 
a Lei Complementar Municipal nº 96, de 29 de dezembro de 1998, com 
alterações posteriores. Questões de concursos anteriores e questões 
elaboradas pelo professor, resolvidas e comentadas. 
17/08/2019 
Aula 2 
Imposto sobre Transmissão "Inter Vivos" de Bens Imóveis e de Direitos 
Reais sobre eles – ITBI, de acordo com a Constituição Federal, com o Código 
Tributário Nacional e com a Lei Complementar Municipal nº 323, de 27 de 
outubro de 2010, com alterações posteriores. Questões de concursos 
anteriores e questões elaboradas pelo professor, resolvidas e comentadas. 
24/08/2019 
Aula 3 
Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza – ISSQN, de acordo com a 
Constituição Federal e com a Lei Complementar Federal nº 116/2003, com 
alterações posteriores. Questões de concursos anteriores resolvidas e 
comentadas. 
31/08/2019 
Aula 4 
Continuação e conclusão do ISSQN, de acordo com a Lei Complementar 
Municipal nº 178, de 29 de dezembro de 2003, com alteraçõesposteriores. 
Questões de concursos anteriores e questões elaboradas pelo professor, 
resolvidas e comentadas. 
10/09/2019 
Aula 5 
Taxas e Contribuição de Melhoria, de acordo com a Constituição Federal, 
com o Código Tributário Nacional e com o Código Tributário do Município - 
CTM (Lei nº 3359/1983). Questões de concursos anteriores e questões 
elaboradas pelo professor, resolvidas e comentadas. 
17/09/2019 
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Aula 6 
Da Administração Tributária – Títulos V e VI do Código Tributário do 
Município - CTM (Lei nº 3359/1983). Questões de concursos anteriores e 
questões elaboradas pelo professor, resolvidas e comentadas. 
24/09/2019 
Aula 7 
Das Normas Gerais – Livro II do Código Tributário do Município - CTM (Lei 
nº 3359/1983). Questões de concursos anteriores e questões elaboradas 
pelo professor, resolvidas e comentadas. 
01/10/2019 
Aula 8 Simulado Geral, com questões objetivas inéditas envolvendo o tema de todas as aulas, elaboradas pelo professor, resolvidas e comentadas. 08/10/2019 
 
O concurso de 2014, a exemplo do atual, também teve uma prova dissertativa. A questão 
elaborada pela VUNESP, à época, envolvia o ITBI, imposto que será estudado em nossa Aula 2. 
Aproveitarei a oportunidade para incluir na aula a mencionada questão (estudo de caso), fazendo 
uma resolução comentada da mesma. Além disso, o Estratégia deverá lançar um curso só de 
discursivas para que os concursandos tenham a oportunidade de treinar, de forma orientada, a 
resolução de questões dissertativas. 
Mas lembre-se: para que sua questão discursiva seja corrigida, você precisa se classificar até a 200ª 
posição, de tal modo que uma boa nota nas questões objetivas é fundamental. 
 
 
Mauricio Mariano
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METODOLOGIA DO CURSO 
 
A Legislação Tributária Municipal segue regras gerais insculpidas em normativos superiores, como 
a Constituição Federal, o Código Tributário Nacional e algumas Leis Complementares Federais. 
Dessa forma, sempre abordaremos os tópicos partindo das regras gerais antes de adentrar a 
especificidade da Legislação Municipal. 
Utilizaremos exemplos gráficos, quadros, tabelas, figuras, diagramas, etc, para facilitar seu 
processo de aprendizagem e memorização. Como muitos não possuem formação jurídica (inclusive 
eu), evitaremos o chamado “juridiquês”, usando uma linguagem simples e acessível a todos. 
Nos concursos da área fiscal, diferentemente da área jurídica, não é comum a cobrança de 
conhecimentos doutrinários ou jurisprudenciais nas provas de legislação tributária. Então, os 
abordaremos, em especial súmulas do STF e STJ, somente quando forem relevantes para a 
assimilação e fixação do conteúdo estudado. 
Na exposição teórica, sempre que possível, partiremos do texto da lei seca para as explicações. Isso 
porque é muito comum as bancas elaborarem questões totalmente literais na prova. Então, é 
minha intenção que você tenha o máximo de contato com o próprio texto da lei, de modo que não 
seja surpreendido no exame. Atendendo a pedidos, vou repetir também no final de cada aula a 
reprodução da lei, ou trecho de lei, sem comentários, referentes àquela aula. 
Durante a exposição teórica e ao final de cada aula, teremos uma bateria de questões de 
concursos anteriores para que você possa treinar bastante. Todas as questões serão resolvidas e 
comentadas. Normalmente incluo questões de concursos anteriores realizados no município e 
questões da banca que organiza o certame, para que você possa “sentir” como são as provas. 
Como o volume de questões de LTM de Rio Preto e da banca FCC não são suficientes, incluirei 
também questões de outras bancas, para complementar. 
Sabemos que é muito difícil encontrar questões de legislação tributária municipal, para treinar a 
resolução, porque o conteúdo varia bastante de um município para outro. Há que se tomar 
cuidado porque o gabarito certo para um município pode ser errado para outro. Assim, quando 
usarmos questões de concurso de outros municípios, tomaremos o cuidado de efetuar ajustes, 
quando necessário. Paralelamente, também elaborarei questões próprias, para suprir a carência de 
questões de concurso. 
 
 
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Por fim, não guarde suas dúvidas. Use os canais que o Estratégia oferece para esclarecê-las. Você 
pode me mandar uma mensagem direta pela plataforma do curso ou postar no fórum de dúvidas. 
Terei enorme satisfação em lhe responder. 
Além disso, para ficar por dentro das notícias do mundo dos concursos públicos, recomendo que 
você siga o perfil do Estratégia Concursos nas mídias sociais. Conte conosco nessa empreitada! 
 
 
 
Teoria
• Abordagem simples e prática
• CF, CTN, Leis Complementares e Lei Municipal
Exercícios
• Durante a exposição teórica e ao final de cada aula
• Questões de concursos anteriores e questões elaboradas 
pelo professor
Simulado
• Ao final do curso, simulado completo corrigido e 
comentado, somente com questões inéditas
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0. CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
 
 
Antes de adentrarmos propriamente na Legislação Tributária do Município de São José do Rio 
Preto, é importante resgatarmos alguns conceitos do Direito Tributário. Não pretendemos explorar 
aqui todos os conceitos, nem vamos nos aprofundar muito, já que isso merece um curso à parte. 
Caso você já tenha estudado Direito Tributário, é uma oportunidade de revisão. Para aqueles que 
ainda não tiveram contato suficiente, é uma chance de nivelarmos o conhecimento básico para 
podermos explorar a legislação municipal mais à vontade. 
Depois dessa revisão, apresentaremos a maneira como a legislação tributária de São José do Rio 
Preto está organizada e sistematizada, para que você tenha um mapa claro da situação. Minha 
intenção é incluir nas aulas a íntegra das leis tributárias municipais, comentando e explicando os 
principais pontos, de modo que você não necessite de pesquisas adicionais nesta disciplina. 
Também faremos, ainda nesta aula, a abordagem dos dois capítulos da Lei Orgânica previsto no 
edital, bem como iniciaremos a abordagem do CTM – Código Tributário do Município de São José 
do Rio Preto – Lei nº 3359/1983, com alterações posteriores, explorando o Título I, referente às 
disposições gerais, para, a partir da próxima aula, iniciarmos a abordagem dos tributos municipais, 
começando com o IPTU. 
 
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1. DIREITO CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO 
 
O direito público caracteriza-se pela predominância do interesse público sobre o privado. Dentre 
seus diversos ramos, encontramos o direito tributário. Nele há uma série de regrasque disciplina 
as relações entre o Estado e as pessoas (físicas e jurídicas), com o objetivo de criar, fiscalizar e 
arrecadar tributos, essenciais ao funcionamento do Estado e ao financiamento das políticas 
públicas. 
Historicamente o direito tributário derivou do direito financeiro. Talvez não por outra razão, a 
atual Constituição Federal (CF/88) dedica um dos seus títulos para tratar exclusivamente da 
Tributação e do Orçamento. Trata-se do Título VI – Da Tributação e do Orçamento (art. 145 ao 
169), cujo Capítulo I (art. 145 ao 162) assim dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional: 
 Dos princípios gerais 
 Das limitações do poder de tributar 
 Dos impostos da União 
 Dos impostos dos Estados e do Distrito Federal 
 Dos impostos dos Municípios 
 Da repartição das receitas tributárias 
Com exceção dos impostos da União e dos Estados e Distrito Federal, os outros itens serão 
abordados nessa aula. Contudo, convém lembrar que os ramos do direito não são estanques. As 
diversas áreas formam um sistema interligado, compartilhando princípios e conceitos. Assim, 
encontraremos disposições esparsas em outros Títulos que afetam a Legislação Tributária, 
inclusive a dos Municípios, as quais abordaremos no momento oportuno. 
Mas já que estamos falando de tributação, você se lembra qual é a definição de tributo? 
 
Existem diversas definições doutrinárias de tributo, mas a mais conhecida e difundida é justamente 
aquela que se encontra insculpida no Art. 3º do Código Tributário Nacional – CTN. 
Tributo é: 
1) Toda prestação pecuniária compulsória; 
2) Em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir; 
3) Que não constitua sanção de ato ilícito (multa de trânsito, por exemplo); 
4) Instituída em lei (princípio da legalidade); 
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5) Cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada (cobrada pelo Auditor 
Fiscal de São José do Rio Preto, por exemplo, nos exatos termos da legislação municipal). 
 
 
(IBFC / Agente Fiscal de Renda – Jandira / 2016) Assinale a alternativa que não representa 
um tributo. 
a) IPTU. 
b) Taxa de licenciamento de veículos. 
c) Multa de transito. 
d) Contribuições aos Órgãos de Fiscalização Profissional (OAB, CRC, CREA, CRECI, CORE, etc.). 
Comentários: Essa questão parece bem simples, mas ela pode ser capciosa. Então vamos lá, 
comentar alternativa por alternativa. 
Alternativa “a” – Ninguém duvida que o IPTU seja um tributo, ele se encaixa perfeitamente na 
definição do Art. 3º do CTN. 
Alternativa “b” – A Taxa é uma das modalidades de tributo previstas no ordenamento jurídico 
tributário brasileiro. Como veremos na Aula 4, as taxas são instituídas para fazer frente a 
serviços públicos prestados ou decorrem do poder de polícia. No caso em pauta, a taxa para 
licenciamento de veículos encontra respaldo no poder de polícia, ou seja, é cobrada para 
custear a burocracia necessária para o registro e fiscalização dos veículos. 
Alternativa “c” – a multa de trânsito possui caráter sancionatório e, por essa razão, não se 
enquadra na definição de tributo. 
Alternativa “d” – os órgãos de fiscalização profissional são autarquias criadas por lei e 
decorrem da descentralização das atividades do Estado. A art. 149 da CF prevê sua forma de 
financiamento através das contribuições de interesse das categorias profissionais ou 
econômicas, caracterizando essas contribuições, portanto, como tributo. 
Gabarito: c 
 
(IBFC / Fiscal de Rendas – Divinópolis / 2018) Dada a relevância que o tributo tem para todo 
o sistema financeiro nacional o legislador pátrio teve o zelo de trazer no art. 3 do código 
tributário nacional um conceito para o supracitado instituto. O enunciado normativo 
enumera elementos que são intrínsecos ao conceito de tributo. Nesse contexto, assinale a 
alternativa correta: 
a) O tributo deve ser uma sanção pecuniária em razão da prática de um determinado fato 
gerador e, também, em casos de pratica de ilícitos tributários 
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b) Por ser uma prestação compulsória pecuniária em moeda ou em valor que nela possa se 
exprimir, o tributo pode se dar por meio da dação de bens móveis ou pela prestação de 
serviços para a administração pública 
c) O pagamento de tributo não é compulsório, podendo ser optado por discricionariedade do 
contribuinte a depender do caso 
d) A instituição de tributo depende, via de regra, de lei prévia 
Comentários: 
Alternativa “a” – tributo não constitui sanção de ato ilícito. 
Alternativa “b” – a prestação de serviços para a administração pública e a dação de objetos 
não expressam um valor que se exprima diretamente em moeda. 
Alternativa “c” – o pagamento é compulsório, pela definição. 
Alternativa “d” – tributo deve ser instituído por lei. 
Gabarito: d 
 
 
 
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1.1 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS TRIBUTÁRIOS 
 
Os princípios constitucionais são balizadores das relações de direito, possuem força normativa e 
aquilo que os contraria deve ser declarado inconstitucional. É muito comum que uma determinada 
lei municipal venha a afrontar algum princípio basilar, razão pela qual o controle de 
constitucionalidade pelo STF deve ser acionado para sanar a transgressão. 
A CF/88 contém inúmeros princípios aplicáveis a todos os ramos do direito, como por exemplo o 
da igualdade, da segurança jurídica, do devido processo legal, etc. Na seara tributária a CF é 
repleta deles, dentre os quais destacamos aqueles que mais se aplicam à legislação municipal: 
 
Princípio Artigo da CF 
Capacidade Contributiva 145, § 1º 
Legalidade 150 – Inciso I 
Igualdade ou Isonomia 150 – Inciso II 
Irretroatividade 150 – Inciso III, alínea a 
Anterioridade 150 – Inciso III, alínea b 
Anterioridade Nonagesimal 150 – Inciso III, alínea c 
Vedação ao confisco 150 – Inciso IV 
Não limitação ao tráfego de pessoas e bens 150 – Inciso V 
Transparência 150, § 5º 
Uniformidade geográfica 151 – Inciso I 
Vedação à isenção heterônoma 151 – Inciso III 
Progressividade 156, § 1º, Inciso I 
 
Vamos, então, analisar um a um os princípios acima listados. Você vai perceber que a CF não os 
nomina, mas, o que é mais importante, apresenta a essência de cada qual nos moldes que o 
Constituinte de 1988, ou o legislador subsequente, por meio de Emendas, os aprovou. 
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Também é importante ressaltar que os princípios não se interpretam de forma isolada, pois 
formam uma teia entre si, uns colocando limites nos outros. Até mesmo aqueles que não estão 
expressamente previstos na Constituição ou legislação infra, mas que regulam e estabilizam as 
relações sociais, devem ser considerados. 
 
1.1.1 – Princípio da Capacidade Contributiva 
Art. 145 - § 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a 
capacidade econômica do contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente paraconferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o 
patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. 
 
Esse princípio norteia a instituição de impostos, orientando o legislador sobre a “dosagem” ou 
“calibragem” das alíquotas a serem cobradas de acordo com a capacidade econômica de cada um. 
Da essência dele deriva a ideia de que quem nada tem, nada deve contribuir. Por outro lado, quem 
tem muito, deve contribuir com uma parcela maior de suas rendas ou proventos. Logo, 
percebemos que o princípio da progressividade deste deriva. E, por sua vez, o da vedação ao 
confisco lhe impõe limite. 
O princípio deixa explícita também, na expressão inicial “sempre que possível”, a existência de 
hipóteses excludentes, ou seja, autoriza que o princípio não seja absoluto nas situações em que 
não se conhece, ou não se consegue, identificar ou personalizar aqueles que serão afetados. É o 
que ocorre com a tributação sobre o consumo, por exemplo. Todos consomem alimentos, que são 
tributados pelo ICMS e IPI. Os impostos estão embutidos no preço que o consumidor paga, e todos 
pagarão exatamente o mesmo valor de tributo. Obviamente, aquele consumidor de baixa renda 
verá uma parcela maior de sua renda comprometida com essa tributação do que aquele de alta 
renda. 
Outros princípios procuram balancear ou amenizar a impossibilidade de valoração da tributação 
pela capacidade contributiva nesses casos, como o da seletividade, por exemplo. Com base nele, 
alimentos que compõe a cesta básica recebem isenção de impostos indiretos, ou redução 
substancial de sua carga (alíquotas menores, redução da base de cálculo), de modo a se proteger 
os mais pobres, o que acaba beneficiando, também, os mais ricos. Observe que esse princípio se 
aplica apenas a impostos, não sendo de observação obrigatória nas demais espécies tributárias. 
Por fim, cabe destacar que, para conferir efetividade ao princípio, este oferece prerrogativas à 
administração tributária, de identificar o patrimônio, renda e atividade econômica do contribuinte. 
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É o que ocorre quando o Auditor fiscaliza uma empresa, ou quando a lei institui a obrigatoriedade 
de uma declaração, para fins de apuração dos tributos devidos. 
 
(VUNESP/ AFTM São José do Rio Preto – 2014) “Sempre que possível, os impostos terão 
caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, 
facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses 
objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, 
os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte”. Referida disposição 
constitucional reflete o princípio da 
(A) isonomia formal. 
(B) capacidade contributiva. 
(C) pessoalidade. 
(D) uniformidade jurídica da tributação. 
(E) generalidade. 
Comentários: o texto do enunciado é reprodução literal do § 1º do Art. 145 da CF, que trata 
do princípio da capacidade contributiva. 
Gabarito: B 
 
1.1.2 – Princípio da Legalidade 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, 
ao Distrito Federal e aos Municípios: 
I – exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; 
 
A interpretação dominante é de que aqui está se falando de lei em sentido estrito, ou seja, em 
algum dos tipos de lei existentes no ordenamento jurídico: lei complementar, lei ordinária e lei 
delegada (mais adiante retornaremos ao tema). 
Alguns alegam que nem mesmo seria necessário esse dispositivo, já que o Art. 5º, Inciso II da 
própria Constituição determina que “ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma 
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coisa senão em virtude de lei”. Desta feita, está a se falar de lei em sentido amplo, que além das 
mencionadas acima inclui também a própria Constituição e suas emendas, medidas provisórias, 
decretos legislativos e resoluções. 
Sendo necessária lei em sentido estrito, afasta-se de plano qualquer possibilidade de instituir ou 
aumentar tributo por meio de decreto ou portaria do Prefeito, por exemplo. Mas e se for para 
diminuir ou extinguir tributo? Como o Inciso I do Art. 150 da CF é silente nesse sentido, você pode 
ser tentado a responder que nesses casos a lei é dispensável. Mas cuidado... 
 
Tanto para instituir e majorar tributo, como para reduzir e extinguir é necessário que 
haja uma lei. Isso é particularmente evidente no Art. 97 do Código Tributário Nacional – 
CTN: 
Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: 
I – a instituição de tributos, ou a sua extinção; 
II – a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65; 
Mesmo que não houvesse essa disposição do CTN, a outra conclusão não se poderia chegar 
pois, uma vez instituído ou majorado um tributo, somente outra norma de mesmo nível 
hierárquico poderia diminuí-lo ou suprimi-lo. 
Mas então porque a Constituição trouxe expressamente a necessidade de lei para exigir ou 
aumentar tributo? Isso decorre do fato de tal dispositivo estar inserido no capítulo das 
limitações ao poder de tributar, ou seja, no capítulo que impõe limites à atuação tributante 
do Estado, salvaguardando o contribuinte. Com isso, fica evidente a necessidade de 
interpretação sistêmica das normas, considerando todo o seu conjunto e não apenas uma 
disposição isolada. 
O mesmo artigo do CTN apresenta, ainda, em seus parágrafos, outras 2 regras importantes: 
 
§ 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, que importe em torná-lo mais 
oneroso. 
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§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualização do 
valor monetário da respectiva base de cálculo. 
Veja que se o Executivo for criativo e tentar aumentar tributo de forma disfarçada, não pela sua 
alíquota, mas pela mudança da base de cálculo, há essa vedação expressa no § 1º. Isso porque o 
que está sendo garantido pela norma é que o impacto gravoso ao contribuinte só deva ser 
suportado se houver o devido rito legislativo, sem artimanhas. 
A exceção fica por conta do § 2º que considera que atualização monetária (pela inflação) da base 
de cálculo não constitui majoração de tributo, não sendo necessária lei em sentido estrito para sua 
efetivação. Mas cuidado, a atualização monetária da BC por decreto não pode superar a inflação. 
Veja como o STJ se pronunciou a respeito: 
 
Súmula 160 do STJ: 
É defeso1, ao Município, atualizar o IPTU, mediante decreto, em percentual superior ao índice 
oficial de correção monetária. 
 
Por fim, se você for uma pessoa curiosa ou atenta ao noticiário, já deve ter percebido que alguns 
impostos são reajustados por ato do poder executivo, e não são meros ajustes da base de cálculo 
mediante atualização monetária. Mas isso não é vedado? Então, a própria CF estabeleceu algumas 
exceções, nas quais pode ocorrer majoração de alíquotas sem a necessidade de lei. Isso decorre do 
caráter regulatório e extrafiscal desses impostos, que são: 
 Imposto de Importação (II); 
 Impostode Exportação (IE); 
 Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI); 
 Imposto sobre Operações Financeiras (IOF); 
 Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS, apenas sobre lubrificantes e 
combustíveis); 
 Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE – Combustíveis). 
 
 
 
1 Defeso = Proibido, vedado. 
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(FUMARC/Técnico em Tributação de Gov. Valadares – 2009). Nos termos do Código 
Tributário Nacional, a definição do fato gerador da obrigação tributária principal somente 
pode ser estabelecida: 
a) por decreto do executivo 
b) por atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas 
c) por normas complementares dos decretos 
d) por lei 
Comentários: O Inciso III do Art. 97 do CTN dispõe que a definição do fato gerador da 
obrigação tributária principal deve ser estabelecida em lei. Em que pese não termos discutido 
esse detalhe na aula, e mesmo que você não se lembre das aulas do direito tributário, o 
princípio da legalidade, que acabamos de estudar, o ajudaria a deduzir a resposta, nesse caso. 
Isso porque a CF determina que só se pode exigir tributo mediante lei. E para exigi-lo, é 
necessário que a lei que o institua defina o seu fato gerador. Todas as outras alternativas 
apresentam apenas instrumentos infra-legais. 
Gabarito: d 
 
1.1.3 – Princípio da Igualdade ou Isonomia 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, 
ao Distrito Federal e aos Municípios: 
II – instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida 
qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente 
da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; 
 
Deriva do Art. 5º, caput, da CF, que diz que “todos são iguais perante a lei”. Tributariamente, tratar 
com isonomia não é tratar todos de forma igual, mas sim garantir que aqueles que estão em 
situação equivalente sejam igualmente tributados. Por outro lado, a tributação deve ser desigual 
na medida da desigualdade das pessoas, como uma medida de justiça fiscal. Isso assegura, 
inclusive, a aplicação da progressividade, quando uma pessoa com mais renda, por exemplo, paga 
uma alíquota maior de Imposto de Renda - IR. Mas todas as pessoas que estão naquela faixa de 
renda precisam pagar a mesma alíquota de IR, sem distinção. 
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1.1.4 – Princípio da Irretroatividade 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, 
ao Distrito Federal e aos Municípios: 
III – cobrar tributos: 
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou 
aumentado; 
 
Trata-se de uma importante garantia para o contribuinte ao impedir que determinado ente exija 
tributos referente a fatos ocorridos antes da vigência da lei que os instituiu ou aumentou. Como o 
Fisco tem a prerrogativa de exigir tributos enquanto não ocorra a decadência (extinção do direito 
de constituir o crédito tributário), se não houvesse essa limitação, legisladores em situação de 
apuro fiscal poderiam criar ou aumentar tributos, exigindo-os nos cinco anos pretéritos à vigência 
da lei. 
Essa guarida decorre de princípio ainda mais abrangente, previsto no Inciso XXXVI do Art. 5º da CF 
que estabelece que “a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa 
julgada”, base da segurança jurídica. 
Mas atente-se de que o princípio não é absoluto. No direito tributário, a vedação à retroatividade 
envolve a instituição e majoração de tributos. Outras condutas, no entanto, podem ser retroativas, 
como por exemplo: 
1) uma lei meramente interpretativa, excluída a aplicação de penalidades à infração dos 
dispositivos interpretados; 
2) uma lei de anistia (perdão de infrações), que somente se aplica a fatos ocorridos antes de 
sua vigência; 
3) Uma lei tributária que deixe de definir um ato como infração ou venha a lhe cominar 
penalidade menos severa. 
 
1.1.5 – Princípio da Anterioridade 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, 
ao Distrito Federal e aos Municípios: 
III – cobrar tributos: 
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou; 
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É também conhecido como princípio da “não surpresa” do contribuinte. Em que pese as leis 
tributárias não poderem retroagir para alcançar fatos do passado, poderia ser publicada uma lei 
hoje, instituindo ou majorando um tributo, com validade também a partir de hoje, pegando todos 
de surpresa. Por isso que a CF assegurou que os tributos instituídos ou aumentados, só podem ser 
cobrados no exercício seguinte à publicação da respectiva lei. Já para extinguir ou diminuir tributo, 
o efeito pode ser imediato. 
Existem exceções a essa regra: 
 Empréstimos compulsórios (EC); 
 II, IE, IPI, IOF; 
 Imposto Extraordinário de Guerra (IEG); 
 ICMS sobre combustíveis e lubrificantes; 
 CIDE-Combustíveis; 
 Contribuições de seguridade social 
 
1.1.6 – Princípio da Anterioridade Nonagesimal 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, 
ao Distrito Federal e aos Municípios: 
III – cobrar tributos: 
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou 
aumentou, observado o disposto na alínea “b”; 
 
É um complemento do princípio anterior, também chamado de noventena. Imagine que uma lei 
que institui ou majora um tributo seja publicada em 31 de dezembro do ano “X”. No dia seguinte, 
já seria o ano “X+1” e, portanto, pelo princípio da anterioridade, a lei já poderia produzir todos os 
seus efeitos. Professor, mas você não disse que o princípio era para evitar surpresa? Justamente! 
Originalmente não havia regra na CF/88 que inibisse essa prática. Para corrigir a distorção, 
sobreveio a Emenda Constitucional nº 42, em 2003, exigindo 90 dias de interregno para aplicação 
da lei, observando-se a anterioridade, ou seja, em regra, deve-se observar as duas normas. 
Constituem exceções a essa regra: 
 Empréstimos compulsórios; 
 II, IE, IOF, IR; 
 Imposto Extraordinário de Guerra (IEG); 
 Fixação da base de cálculo do IPVA; 
 Fixação da base de cálculo do IPTU. 
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Como alguns tributos são exceção à anterioridade, outros à noventena, e alguns a ambos, 
preparamos o quadro resumo a seguir para facilitar seu processo de memorização. 
 
 
Exceções à Anterioridade Anterioridade Nonagesimal 
Tributos 
EC 
II 
IE 
IOF 
IEG 
IPI 
ICMS – Combustíveis e Lubrif. 
CIDE – Combustíveis 
Contrib. Seguridade Social 
IR 
BC do IPVA 
BC do IPTU 
 
1.1.7 – Princípioda Vedação ao Confisco 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, 
ao Distrito Federal e aos Municípios: 
IV – utilizar tributo com efeito de confisco; 
 
Difícil definir o que é confisco. Não pelo senso comum, pois confiscar é apreender os bens de 
alguém sem indenização, ou seja, é a perda do bem. Então, de plano, observa-se que uma 
tributação que implique a perda do bem é, obviamente, confiscatória e, portanto, inconstitucional. 
O problema é estabelecer o limite entre o que é confiscatório e o que não é. A legislação não 
estabelece esses limites de forma objetiva. 
A tributação, por óbvio, diminui a renda das pessoas e “encolhe” seu patrimônio. A renda da 
pessoa física no Brasil, por exemplo, é tributada em até 27,5%, sem que isso configure confisco. 
Contudo, e se tal alíquota fosse aplicada sobre o valor venal do imóvel ou do veículo automotor 
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para cálculo do IPTU ou do IPVA devidos, respectivamente? Significaria que, em menos de 4 anos, 
a tributação teria superado o valor do bem e, por via transversa, operado o confisco. 
Na prática, acaba ficando pra Justiça interpretar os casos concretos em lide para analisar e verificar 
eventuais efeitos confiscatórios, nos casos em que o bom senso do legislador de plantão esteja 
meio descalibrado. 
 
(STF) O entendimento desta Corte é no sentido de que a abusividade da multa punitiva apenas se 
revela naquelas arbitradas acima do montante de 100% (cem por cento) do valor do tributo. (AI 
851.038 AgR, rel. min. Roberto Barroso, j. 10-2-2015, 1ª T, DJE de 12-3-2015) 
(STF) A multa punitiva é aplicada em situações nas quais se verifica o descumprimento voluntário 
da obrigação tributária prevista na legislação pertinente. Trata-se da sanção prevista para coibir a 
prática de ilícitos tributários. Nessas circunstâncias, conferindo especial relevo ao caráter 
pedagógico da sanção, que visa desestimular a burla à atuação da Administração tributária, deve 
ser reconhecida a possibilidade de aplicação da multa em percentuais mais rigorosos. Nesses 
casos, a Corte vem adotando como limite o valor devido pela obrigação principal. (RE 602.686 
AgR-segundo, rel. min. Roberto Barroso, j. 9-12-2014, 1ª T, DJE de 5-2-2015) 
 STF - (...) a norma inscrita no art. 150, IV, da Constituição encerra uma cláusula aberta, 
veiculadora de conceito jurídico indeterminado, reclamando, em consequência, que os Tribunais 
(...) – e tendo em consideração as limitações que derivam do princípio da proporcionalidade –, 
procedam à avaliação dos excessos eventualmente praticados pelo Estado. (...) não há uma 
definição constitucional de confisco em matéria tributária. Trata-se, na realidade, de um conceito 
aberto, a ser utilizado pelo juiz, com apoio em seu prudente critério, quando chamado a resolver os 
conflitos entre o poder público e os contribuintes. (ARE 712.285 AgR, voto do rel. min. Celso de 
Mello, j. 23-4-2013, 2ª T, DJEde 28-6-2013) 
 
1.1.8 – Princípio da não Limitação ao Tráfego de Pessoas e Bens 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, 
ao Distrito Federal e aos Municípios: 
V – estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou 
intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder 
Público; 
 
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O direito de ir e vir é um dos princípios basilares de nossa Constituição, que não pode ser obstado 
por imposições tributárias. A exceção ficou por conta dos pedágios cobrados em rodovias, para 
manutenção das mesmas. À época da promulgação da CF/88, prevalecia o entendimento de que 
pedágio era também tributo, e por isso foi excepcionado expressamente na carta régia. 
Atualmente, com muitas rodovias privatizadas ou concedidas, o entendimento predominante é o 
de que o pedágio constitui uma tarifa, ou preço público, pela utilização da estrada. 
 
1.1.9 – Princípio da Transparência 
Art. 150 - § 5º A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos 
impostos que incidam sobre mercadorias e serviços. 
 
Visa demonstrar à sociedade a carga tributária embutida em produtos e serviços. A priori, essa 
carga permanece oculta, pois compõe o preço pago pelo consumidor, sob o manto da tributação 
indireta do IPI, ICMS e ISS. Por isso que tem sido exigido que a Nota Fiscal, ou Cupom Fiscal, 
apresente a carga tributária embutida em determinada venda, mesmo que seja de modo 
aproximado. 
 
1.1.10 – Princípio da Uniformidade Geográfica 
Art. 151. É vedado à União: 
I – instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou 
preferência em relação a Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a 
concessão de incentivos fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico 
entre as diferentes regiões do País; 
 
Os tributos da União devem ser uniformes em todo o país, admitindo-se apenas a diferenciação 
pela concessão de incentivos fiscais para ajudar a desenvolver determinada região, como a Zona 
Franca de Manaus. É lastreado no princípio federativo e, por simetria, aplica-se também a Estados 
e Municípios. Assim, estes também não podem diferenciar seus tributos na sua área de atuação 
por critério geográfico, admitida a exceção mencionada no texto do Inciso I do art. 151. 
Outra exceção fica por conta do IPTU que pode ter alíquotas diferenciadas de acordo com a 
localização do imóvel (Art. 156, § 1º, Inciso II da CF). 
 
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1.1.11 – Princípio da Vedação à Isenção Heterônoma 
Art. 151. É vedado à União: 
III – instituir isenções de tributos da competência dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios. 
 
Esse princípio aplica-se, pela simetria, igualmente a Estados, no que tange a seus Municípios. Em 
outras palavras, cada ente deve se ater aos tributos de sua competência exclusiva ou comum. 
Cabe enfatizar, entretanto, que a jurisprudência do Supremo é no sentido de que o art. 151, inciso 
III, proibiu a concessão de isenção pela União enquanto Pessoa Jurídica de Direito Público Interno, 
mas não nas relações internacionais em que o Brasil se relaciona com as Pessoas Jurídicas de 
Direito Público Externo (países estrangeiros e demais pessoas regidas pelo Direito Internacional 
Público). 
Portanto, com base na jurisprudência do STF é possível que o Estado Brasileiro, no pleno exercício 
de sua soberania, ao firmar tratado internacional, possa estabelecer isenção de quaisquer tributos, 
sejam federais, estaduais ou municipais. 
Isso aconteceu, por exemplo, quando o Brasil promulgou a Convenção de Viena sobre Relações 
Consulares, por meio do Decreto nº 61.078, de 26 de julho de 1967, retificado pelo Decreto nº 
95.711, de 10 de fevereiro de 1988. 
A referida Convenção entrou em vigor para o Brasil, trinta dias após o depósito do instrumento 
brasileiro de ratificação junto ao Secretário-Geral das Nações Unidas realizado em 11 de maio de 
1967. 
O artigo 32 da Convenção de Viena dispõe acerca da isençãofiscal dos locais consulares que 
abarca, por exemplo, o IPTU e o ITBI-IV: 
 
Isenção fiscal dos locais consulares 
1. Os locais consulares e a residência do chefe da repartição consular de carreira de que for proprietário ou locatário o 
Estado que envia ou pessoa que atue em seu nome estarão isentos de quaisquer impostos e taxas nacionais, regionais e 
municipais, excetuadas as taxas cobradas em pagamento de serviço específicos prestados. 
2. A isenção fiscal prevista no parágrafo 1º do presente artigo não se aplica aos impostos e taxas que, de acordo com as 
leis e regulamentos do Estado receptor, devam ser pagos pela pessoa que contratou com o Estado que envia ou com a 
pessoa que atue em seu nome. 
 
Portanto, estará o respectivo imóvel isento do IPTU e do ITBI-IV municipal, independentemente de 
produção legislativa própria de qualquer Município, desde que: 
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1.1.12 – Princípio da Progressividade 
Art. 156. § 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere o art. 182, § 4º, inciso II, o 
imposto previsto no inciso I poderá: 
I – ser progressivo em razão do valor do imóvel; 
 
Decorre, em especial, do princípio da capacidade contributiva. A citação acima trata do IPTU, que 
além de ser progressivo no tempo, pode ser progressivo em função do valor do imóvel. 
Não é só o IPTU que tem previsão constitucional para a progressividade, que aliás só passou a 
existir após a EC nº 29/2000. O Imposto sobre a Renda – IR, e o Imposto Territorial Rural – ITR, 
também tem essa prerrogativa. 
A progressividade pressupõe que, conforme se aumenta a base de cálculo, aumenta-se também a 
alíquota. Assim, a tributação se torna mais que proporcional, tributando desigualmente os 
desiguais como medida de justiça fiscal e de distribuição de renda. 
Já a progressividade no tempo do IPTU nada tem a ver com a capacidade contributiva, mas sim 
com o não cumprimento da função social da propriedade urbana, nos termos do Estatuto da 
Cidade (Lei Federal nº 10.257/2001) e do Plano Diretor do Município. Seu objetivo é extrafiscal, de 
promover a adequada utilização dos imóveis urbanos considerados ociosos. 
 
comprovada a finalidade do imóvel para fins consulares ou para
residência do chefe da repartição
haja reciprocidade pelo país signatário
cumpridas eventuais formalidades como o pedido realizado no prazo
regulamentar
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O Estatuto da Cidade prevê que o imóvel sujeito à 
aplicação do IPTU Progressivo no tempo sofra a majoração de alíquotas por até 5 anos, 
sendo que a cada ano por até o dobro da alíquota do ano anterior, limitado a 15%. 
 
 
(IBFC/ Fiscal de Rendas – Divinópolis / 2018) A Constituição Federal brasileira de 1988 
trouxe a previsão de uma série de direitos e garantias para os cidadãos em diversas 
matérias. Para o Direito Tributário existem, no texto constitucional, as limitações ao poder 
de tributar. Sobre o tema, assinale a alternativa CORRETA. 
a) É vedado à União, sem qualquer hipótese de exceção, aumentar tributo independente de 
lei. 
b) O Estado pode cobrar tributo com relação a fato gerador que tenha ocorrido antes do 
início da vigência da lei que o houver instituído. 
c) É vedado a União, Estados, Distrito Federal e aos Municípios instituírem tratamento 
desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente. 
d) O tributo pode ser utilizado como instrumento de confisco. 
Comentários: 
Alternativa “a” – Incorreta – Existem exceções ao princípio da legalidade, que decorrem do 
caráter regulatório e extrafiscal de alguns impostos da União, tais como II, IE, IPI, IOF e CIDE. 
Alternativa “b” – Incorreta – Fere o princípio da irretroatividade. 
Alternativa “c” – Correta – Trata-se do princípio da igualdade. 
Alternativa “d” – Incorreta – Jamais se pode utilizar tributo para confiscar. 
Gabarito: c 
 
(VUNESP/ AFTM São José do Rio Preto – 2014) Um imposto é progressivo quando 
(A) onera de forma uniforme todos os contribuintes, independentemente de seu nível de 
renda. 
(B) estabelece alíquotas fixas sobre o consumo de bens e serviços. 
(C) incide com mais intensidade sobre os contribuintes de renda mais baixa. 
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(D) os contribuintes de rendas mais elevadas pagam imposto numa proporção maior de sua 
renda que aqueles de rendas mais baixas. 
(E) sua arrecadação aumenta na mesma proporção que a renda dos contribuintes. 
Comentários: A progressividade pressupõe que, conforme se aumenta a base de cálculo, 
aumenta-se também a alíquota. A resposta D preenche esse pressuposto. Um imposto que 
onera a todos de maneira uniforme (mesma alíquota) é considerado regressivo, pois afeta 
proporcionalmente mais quem tem menor nível de renda, o que ocorre em A, B e C. Na 
alternativa E o imposto arrecadado aumenta na mesma proporção da renda, o que significa, 
ainda, alíquota fixa, pois para ser progressivo a arrecadação deve aumentar em proporção 
maior que a do crescimento da renda. 
Gabarito: D 
 
(Legalle / Procurador de Silveira Martins - 2014) Sobre os princípios que norteiam o Direito 
Tributário, são feitas as seguintes afirmações: 
I) O princípio da anterioridade tributária não guarda pertinência com o postulado da não 
surpresa tributária. 
II) Atende ao princípio da anterioridade de exercício a publicação, no Diário Oficial, da lei 
instituidora de imposto no dia 31/12, sábado, apesar de a sua circulação dar-se apenas na 
segunda-feira. 
III) O princípio da irretroatividade da lei tributária é violado quando a lei é aplicada de 
maneira interpretativa a ato ou fato pretérito, excluindo a aplicação de penalidade à infração. 
IV) Sobre o princípio da capacidade contributiva, é correto afirmar que é o principal critério 
de aplicação da igualdade tributária no âmbito dos impostos com finalidade fiscal. 
V) Pelo princípio da uniformidade geográfica, o Município de Silveira Martins não pode 
conceder incentivo fiscal destinado a promover o equilíbrio do desenvolvimento 
socioeconômico entre diferentes regiões do Município. 
Está(ão) correta(s): 
(A) apenas I e III. 
(B) apenas II e IV. 
(C) apenas I, III e V. 
(D) apenas II, IV e V. 
(E) apenas III e IV. 
Comentários: 
I) Errada – o princípio da anterioridade tributária tem total pertinência com o postulado da 
não surpresa tributária. 
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II) Correta – a palavra chave é a publicação, que ocorreu em 31/12 (lembre-se que hoje em 
dia o diário oficial está disponível em meio eletrônico também). 
III) Errada – lei meramente interpretativa constitui exceção ao princípio da irretroatividade, 
ou seja, pode retroagir. 
IV) Correta – o princípio da capacidade contributiva serve para graduar a imposição fiscal, 
proporcionando isonomia entre os contribuintes que se encontram em situação 
equivalente. 
V) Errada – a concessão de incentivo fiscal destinado a promover oequilíbrio do 
desenvolvimento socioeconômico entre diferentes regiões do Município é admitida como 
exceção ao princípio da uniformidade geográfica. A banca marcou como correta essa 
afirmação, por provável interpretação literal do Inciso I do Art. 151 da CF, da qual ouso 
discordar. Inclusive, no município de São Paulo, por exemplo, existem diversos incentivos 
fiscais destinados a promover o equilíbrio do desenvolvimento socioeconômico entre 
diferentes regiões. 
Gabarito: Para o professor – B; Para a Banca – D 
 
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1.2 LIMITAÇÕES CONSTITUCIONAIS AO PODER DE TRIBUTAR 
 
Em que pese nossa carga tributária ser considerada elevada, o legislador constituinte procurou 
assegurar inúmeras salvaguardas aos contribuintes brasileiros, por meio de limitações ao poder de 
tributar. A maioria delas se encontra nos artigos 150 a 152 da Carta Magna, mas também há 
disposições esparsas em vários outros artigos. 
Basicamente essas limitações se dividem em 3 categorias: 
 Princípios constitucionais tributários 
 Imunidades 
 Limitações infraconstitucionais ao poder de tributar 
 
1.2.1 – Princípios Constitucionais Tributários 
 
A maioria dos princípios estudados no subitem 1.1 configura limitações ao poder de tributar. Como 
eles já foram suficientemente explorados, dispensamos maiores comentários. 
 
1.2.2 – Imunidades 
Antes de apresentarmos as principais imunidades previstas no texto constitucional, lhe pergunto: 
você sabe a diferença entre imunidade, não incidência e isenção? 
 
Os institutos tributários da imunidade, da não incidência e da isenção são semelhantes mas não se 
confundem. 
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Alguns até preferem uma explicação mais simples: se o afastamento da tributação está 
previsto na Constituição, é imunidade; se está previsto em norma inferior, é isenção. 
 
As principais imunidades estão previstas no Art. 150, Inciso VI da CF. 
 
IMUNIDADE RECÍPROCA 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, 
ao Distrito Federal e aos Municípios: 
VI - instituir impostos sobre: 
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; 
 
É a mais antiga das imunidades e decorre da autonomia dos entes, que impede que um se submeta 
à tributação de outro, pois não há subordinação jurídica entre eles. 
 
 
Importante destacar que essa imunidade atinge apenas os impostos sobre patrimônio, renda e os 
serviços trocados entre eles, extensiva às suas autarquias e fundações. Já a tributação indireta 
•Toda situação que não se enquadra na descrição do fato gerador é uma
hipótese de não incidência.
•Algumas são expressamente previstas, com o objetivo de evitar dúvidas na
interpretação das hipóteses de incidência do fato gerador.
Não 
Incidência
•Norma constitucional que impede o ente político de legislar impondo
obrigações tributárias sobre situações pretegidas na Carta.
•Parte da doutrina advoga que as imunidades são hipóteses de não incidência
constitucionalmente previstas.
Imunidade
•Norma infraconstitucional que exclui o crédito tributário.
•Toda norma isentiva excepciona outra norma, de caráter geral.Isenção
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incidente sobre aquisição de bens e serviços de particulares serão tributadas normalmente pelo 
IPI, ICMS, ISS, etc, pois os verdadeiros sujeitos passivos dessa relação tributária são os 
fornecedores. 
 
IMUNIDADE DOS TEMPLOS DE QUALQUER CULTO 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, 
ao Distrito Federal e aos Municípios: 
VI - instituir impostos sobre: 
b) templos de qualquer culto; 
 
Sendo o Brasil um Estado laico, teve o constituinte a intenção de preservar a total liberdade de 
culto, preservando a religião da interferência do Estado. 
Não se restringe ao prédio, mas à atividade religiosa. O § 4º do mesmo artigo explicita que as 
vedações compreendem o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as finalidades 
essenciais das entidades, tanto dos templos (igrejas), como das mencionadas a seguir. 
 
IMUNIDADE DOS PARTIDOS POLÍTICOS, SINDICATOS, INSTITUIÇÕES DE ENSINO E DE 
ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEM FINS LUCRATIVOS 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, 
ao Distrito Federal e aos Municípios: 
VI - instituir impostos sobre: 
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades 
sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, 
atendidos os requisitos da lei; 
 
Observe, no caso dos sindicatos, que são abrangidos pela imunidade somente os de trabalhadores, 
os sindicatos patronais não se incluem. 
Destaca-se o Art. 14 do CTN, que prevê que essas instituições cumpram os seguintes requisitos 
para gozar da imunidade: 
 não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título; 
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 aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos 
institucionais; 
 manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades 
capazes de assegurar sua exatidão. 
 
IMUNIDADE DOS LIVROS, JORNAIS E PERIÓDICOS 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, 
ao Distrito Federal e aos Municípios: 
VI - instituir impostos sobre: 
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão; 
 
Visa defender a liberdade de imprensa, de manifestação do pensamento, acesso à informação, 
estímulo à cultura, etc. Possui natureza objetiva, ou seja, atinge apenas os objetos, não sendo 
extensiva a seus autores, distribuidores, vendedores, etc. 
 
 
IMUNIDADE DOS FONOGRAMAS E VIDEOFONOGRAMAS 
 
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, 
ao Distrito Federal e aos Municípios: 
VI - instituir impostos sobre: 
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou 
literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem 
como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação 
industrial de mídias ópticas de leitura a laser. 
 
Introduzida recentemente na Constituição, através da EC nº 75/2013, originou-se da chamada PEC 
da música. Assemelha-se à imunidade dos livros, na medida em que protege a produção cultural. 
Importante observar que não se aplica ao processo de reprodução industrial das mídias (CDs e 
DVDs). 
 
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1.2.3 – Limitações infraconstitucionais ao poder de tributar 
A Constituição admite, ainda que indiretamente, diversas limitações ao poder de tributar, ao 
prever, de maneira geral, a normatização por leis complementares, da definição dos tributos e suas 
espécies e, para os que estão na constituição, dos fatos geradores, bases de cálculo e 
contribuintes. A principal dessas leis complementares é o próprio CTN. Outro exemplo são as leis 
complementares do ISS, que demarcam o campo de incidência desse tributo, bem como suas 
alíquotas mínimas e máximas. 
 
(UPE/ Agente de Tributos – Cabo de Santo Agostinho / 2006 – Adaptada) Indique abaixo a 
afirmativa incorreta. 
A) De acordo com a competência tributária, o Município se obriga a instituir tratamento igual 
entre sujeitos passivos que se encontrem em situações equivalentes. 
B) Somente em casos excepcionais, o Município poderá exigir tributo no mesmo exercício 
financeiro em que haja sido publicada a lei que o instituiu. 
C) Ao Município é vedado utilizar tributos com efeito de confisco. 
D) Ao Município não é permitido instituir impostos sobre os serviços vinculados às finalidades 
essenciais das fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. 
E) Ao Município é vedado instituir impostos sobre o papel destinado à impressão de 
periódicos. 
Comentários: 
Alternativa A – Correta: trata-se da aplicação do princípio da igualdade na instituição dos 
tributos municipais. 
Alternativa B – Incorreta: não há previsão constitucional, ou mesmo legal, de que em casos 
excepcionais os tributos municipais possam “desrespeitar” o princípio da anterioridade. O 
Constituinte reservou para a União a competência para instituir tributos que façam frente à 
situações excepcionais e de difícil previsão, como o Imposto Extraordinário de Guerra e o 
Empréstimo Compulsório que, por atenderem a necessidades urgentes, podem ser exigidos 
no mesmo exercício financeiro. No caso dos municípios, constituem exceção à anterioridade 
somente a fixação da BC do IPTU e a contribuição para a seguridade social de seus servidores, 
mas como o enunciado da alternativa tratou de casos excepcionais de forma genérica, 
extensiva a qualquer tributo, não há como se basear nestas exceções para admitir a 
alternativa como correta. 
Alternativa C – Correta: princípio da vedação ao confisco. 
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Alternativa D – Correta: a imunidade recíproca veda que os entes instituam imposto sobre o 
patrimônio, renda ou serviços uns dos outros, vedação extensiva, inclusive, às suas 
fundações. 
Alternativa E – Correta: a imunidade de livros, jornais e periódicos abrange também o papel 
destinado às suas respectivas impressões. 
Gabarito: B 
 
(VUNESP/Agente Fiscal Tributário Pref. de Suzano – 2016). No que se refere aos fonogramas 
e videofonogramas musicais produzidos no Brasil, contendo obras musicais ou literomusicais 
de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros, bem como 
os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação 
industrial de mídias ópticas de leitura a laser, é correto afirmar que são 
(A) tributáveis somente quando se destinem à divulgação no exterior. 
(B) tributáveis no Brasil, inclusive quando se destinem à divulgação no exterior. 
(C) imunes à tributação em razão de disposição constitucional. 
(D) isentos de tributação, se assim permitirem os municípios dentro do exercício da 
competência legislativa municipal. 
(E) tributáveis somente no âmbito da competência tributária da União. 
Comentários: Trata-se da imunidade mais recente incluída na CF. A única alternativa que fala 
em imunidade é a C. 
Gabarito: C 
 
1.3 TRIBUTOS MUNICIPAIS PREVISTOS NA CONSTITUIÇÃO 
 
 
O art. 145 da CF estabelece a competência tributária comum a todos os entes da federação: 
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: 
I – impostos; 
II – taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços 
públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; 
III – contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. 
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As especificidades de cada um dos tributos acima elencados, inclusive quanto às normas 
complementares, veremos quando os abordarmos individualmente nas próximas aulas. 
 
Os impostos que competem aos Municípios estão previstos no Art. 156: 
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre: 
I – propriedade predial e territorial urbana; 
II – transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, 
e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição; 
III – serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar; 
 
Ou seja, trata-se dos impostos conhecidos pelas siglas: 
 IPTU; 
 ITBI-IV (ou simplesmente ITBI); e 
 ISSQN (ou simplesmente ISS) 
 
Temos ainda a COSIP, Contribuição para o Custeio do Serviço de Iluminação Pública, instituída pela 
EC nº 39/2002, que resultou no Art. 149-A da CF: 
Art. 149-A. Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, 
para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III. 
Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de 
energia elétrica. 
 
Essa contribuição surgiu em função da necessidade dos municípios financiarem o serviço de 
iluminação pública, para o qual era costumeiramente cobrada uma taxa. Ocorre que a definição de 
taxa exige que o serviço seja específico e divisível, características não presentes na iluminação 
pública. Detalharemos e aprofundaremos esse tema na Aula 5. 
 
 
 
 
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Receitas tributárias próprias obtidas por São José do Rio Preto em 2017 
ISS IPTU ITBI Taxas 
R$ 178,6 Milhões R$ 163,7 Milhões R$ 32,5 Milhões R$ 10,8 Milhões 
Fonte: Anuário Multi Cidades – Ano 14/2019 – Frente Nacional de Prefeitos 
 
 
(IBFC/ Fiscal de Rendas – Divinópolis / 2018) A principal fonte de receita das 
Administrações Públicas se dá pela via dos tributos. Trata-se de uma prerrogativa garantida 
aos Entes Políticos pela Constituição Federal para que a sua estrutura possa ser mantida e 
direitos sociais atendidos. Por essa razão a Constituição Federal no Capítulo I, do seu Título 
VI, dispõe sobre o Sistema Tributário Nacional. A partir dessas considerações, assinale a 
alternativa CORRETA. 
a) Somente a União Federal possui competência constitucional para a instituição de impostos. 
b) A progressividade tributária se dá para que possa ser aumentada a carga tributária, por 
meio da majoração da alíquota, na medida em que a base de cálculo tributável for maior. 
c) Os impostos nunca terão caráter pessoal e, portanto, devem observar rigorosos critérios 
objetivos para sua instituição, sem qualquer observânciaà capacidade econômica do 
contribuinte. 
d) Somente Estados e Municípios podem instituir taxas, em razão do exercício do poder de 
polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, 
prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição. 
Comentários: 
Alternativa A – Incorreta – Como vimos nesse capítulo, a competência para instituir impostos 
é comum a todos os entes da federação, cada um com os seus impostos específicos. 
Alternativa B – Correta – Reflete o princípio da progressividade. 
Alternativa C – Incorreta – Sempre que possível os impostos terão caráter pessoal e serão 
graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, assim apregoa o princípio da 
capacidade contributiva. 
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Alternativa D – Incorreta – Como também vimos nesse capítulo, as taxas estão na esfera da 
competência tributária comum, não se excluindo dela a União. 
Gabarito: B 
 
(VUNESP/ AFTM São José do Rio Preto – 2008) O regime federativo brasileiro distribui a 
arrecadação pelos três níveis de governo. São de competência da União, dos estados e dos 
municípios, respectivamente, os seguintes tributos: 
(A) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, Imposto sobre a Propriedade de Veículos 
Automotores e Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis. 
(B) Imposto de Renda, Imposto sobre o Produto Industrializado e Imposto Territorial Predial 
Urbano. 
(C) Imposto de Renda, Imposto sobre o Produto Industrializado e Imposto sobre a 
Transmissão de Bens Imóveis. 
(D) Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços, Imposto sobre a Propriedade de 
Veículos Automotores e Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis. 
(E) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, Imposto Territorial Predial Urbano e Imposto 
sobre a Transmissão de Bens Imóveis. 
Comentários: 
Alternativa A – Correta – União, Estado e Município. 
Alternativa B – Errada – União, União e Município. 
Alternativa C – Errada – União, União e Município. 
Alternativa D – Errada – Estado, Estado e Município. 
Alternativa E – Errada – União, Município e Município. 
Gabarito: A 
 
 
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1.4 REPARTIÇÃO CONSTITUCIONAL DE RECEITA COM OS MUNICÍPIOS 
Sendo o Brasil uma federação, e considerando que a receita tributária própria dos Estados e 
Municípios, além de outras receitas não tributárias, é insuficiente para a manutenção da estrutura 
desses entes e de todas as políticas públicas que a Constituição lhes atribui competência, previu o 
legislador que a União deveria repartir parte de suas receitas com impostos federais e com a CIDE-
Combustíveis com os Estados e Municípios. 
Os Estados, por sua vez, também devem repartir parte de sua receita com impostos estaduais com 
os Municípios. A relação de distribuição é sempre nesse fluxo descrito, nunca no inverso. Afinal, é 
nas porções menores do território que a vida acontece. 
A repartição das receitas tributárias está prevista nos artigos 157 a 162 da CF, conforme quadro 
resumo abaixo: 
 
Repartição de Receitas que competem aos Municípios 
100% do Imposto sobre a Renda e proventos de qualquer natureza – IR (competência da União), 
incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, pelos Municípios, suas autarquias e 
pelas fundações que instituírem e mantiverem 
50% do Imposto sobre a propriedade Territorial Rural – ITR (competência da União), 
relativamente aos imóveis neles situados; OU 
100% do ITR, relativamente aos imóveis neles situados, se fiscalizado e cobrado pelo próprio 
Município que, na forma da lei, tenha optado por assim proceder, desde que não implique 
redução do imposto ou qualquer outra forma de renúncia fiscal 
50% do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores – IPVA (competência dos Estados 
e do DF) licenciados em seus territórios 
25% do Imposto sobre operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre prestações de 
Serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação – ICMS (competência dos 
Estados e do DF) 
 
Essa repartição de 25% do ICMS do Estado para os municípios localizados em seu território será 
realizada com observância dos seguintes critérios: 
 
a) três quartos, no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações relativas à circulação 
de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seus territórios; 
 
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b) até um quarto, de acordo com o que dispuser lei estadual ou, no caso dos Territórios, lei federal. 
Esses critérios, inclusive a forma de cálculo do valor adicionado, são objeto da Lei Complementar 
Federal nº 63, de 1990. 
25% do que o Estado receber de repasse da União em função da arrecadação do IPI (a União 
repassa 10% do que arrecada com o IPI para os Estados e o Distrito Federal, proporcionalmente 
ao valor das exportações de produtos industrializados) 
Essa repartição de 25% do que o Estado receber de IPI da União será realizada com observância 
dos seguintes critérios: 
 
a) três quartos, no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações relativas à circulação 
de mercadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seus territórios; 
 
b) até um quarto, de acordo com o que dispuser lei estadual ou, no caso dos Territórios, lei federal. 
Esses critérios, inclusive a forma de cálculo do valor adicionado, são objeto da Lei Complementar 
Federal nº 63, de 1990. 
25% do que o Estado receber de repasse da União em função da arrecadação da Contribuição de 
Intervenção no Domínio Econômico – CIDE relativa às atividades de importação ou 
comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível (a 
União repassa 29% do que arrecada com a CIDE para os Estados e o Distrito Federal, distribuídos 
na forma da lei) 
Esse repasse deve ser destinado ao financiamento de programas de infraestrutura de transportes. 
 Também compete aos Municípios o rateio do Fundo de Participação dos Municípios. 
A União deve entregar 49% do produto da arrecadação do Imposto sobre Renda e proventos de 
qualquer natureza - IR e do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, na seguinte proporção: 
 
 
Distribuição dos 49% arrecadados pela União com IR e IPI 
22,5% para o Fundo de Participação dos Municípios 
1% para o Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio do mês 
de dezembro de cada ano (funciona como um auxílio aos Municípios para o pagamento da segunda 
parcela do 13º salário dos servidores públicos) – incluído pela Emenda Constitucional nº 55, de 
2007 
1% para o Fundo de Participação dos Municípios, que será entregue no primeiro decêndio do mês 
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de julho de cada ano (funciona como um auxílio aos Municípios para o pagamento da primeira 
parcela do 13º salário dos servidores públicos) – incluído pela Emenda Constitucional nº 84, de 
2014 
dos24,5% restantes, 21,5% é para o Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal e 3% é 
para aplicação em programas de financiamento das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, sendo 
metade do destinado à Região Nordeste destinada ao semi-árido 
 
Portanto, dos 49% arrecadados pela União com IR e IPI, atualmente metade (24,5%) vai para o 
Fundo de Participação dos Municípios. 
Cabe ainda citar que: 
 o §5º do art. 153 da CF prevê que o Município deve receber também a transferência de 70% 
do montante arrecadado pela União com o IOF incidente sobre o ouro, quando este for 
definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial, desde que a origem seja no 
Município. 
 
Por fim, para assegurar que o rateio dos recursos aconteça, a CF, através do art. 160, estabelece 
que “é vedada a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego dos recursos atribuídos, 
nesta seção, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios”. Ou seja, a transferência é 
obrigatória, independente de qualquer condição. 
Essa regra, no entanto, não vincula as transferências voluntárias (não obrigatórias). A Lei de 
Responsabilidade Fiscal – LRF (Lei Complementar nº 101/2000), por exemplo, veda a realização de 
transferências voluntárias para o ente federado que não faça a previsão legal, a instituição e a 
arrecadação efetiva de todos os tributos de sua competência constitucional. 
Isso quer dizer que, se um prefeito não quiser ter o ônus político de cobrar IPTU, ITBI e ISS, o 
Município até vai continuar recebendo e “vivendo” das transferências obrigatórias, conforme 
quadro acima, mas não poderá receber qualquer transferência voluntária. Sem contar que essa 
atitude pode resultar em responsabilização do prefeito, por ter aberto mão de receita, nos termos 
da LRF. 
 
 
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Receitas obtidas por São José do Rio Preto por repartição em 2017 
ICMS IPVA FPM 
R$ 230,4 Milhões R$ 109,8 Milhões R$ 66,1 Milhões 
Fonte: Anuário Multi Cidades – Ano 14/2019 – Frente Nacional de Prefeitos – FNP 
 
 
(VUNESP/ AFTM de São José do Rio Preto – 2008) O fundo de participação dos municípios 
(FPM) é uma transferência 
(A) voluntária e é composto de 22,5% da arrecadação do Imposto de Renda e do Imposto 
sobre Produtos Industrializados. 
(B) constitucional e é composto de 22,5% da arrecadação do Imposto de Renda e do Imposto 
sobre Produtos Industrializados. 
(C) constitucional e é composto de 25% da arrecadação do Imposto de Renda e do Imposto 
sobre Produtos Industrializados. 
(D) legal e é composto de 22,5% da arrecadação do Imposto de Renda e do Imposto sobre 
Produtos Industrializados. 
(E) voluntária e é composto de 25% da arrecadação do Imposto de Renda e do Imposto sobre 
Produtos Industrializados. 
Comentários: Como vimos, o FPM é formado por transferências asseguradas pela 
Constituição, ou seja, é uma transferência constitucional. Logo, exclui-se a possibilidade de 
que essa transferência seja voluntária ou legal. A repartição consiste em 22,5% da Receita 
total de IR e IPI + 2% adicionais instituídos por emendas constitucionais mais recentes (2007 e 
2014). Como não havia alternativa com 23,5% (que seria a mais correta na época do 
concurso), ou com 24,5% (que seria a mais correta atualmente) temos que considerar correta 
a alternativa que contempla o percentual original previsto na CF. Esse tipo de raciocínio pode 
ser usado por você na prova, caso se depare com situação semelhante. 
Gabarito: B 
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(VUNESP/Auditor Tributário Municipal Pref. São José dos Campos – 2015) Em relação às 
transferências constitucionais que recebe de outros entes da federação, é correto afirmar 
que os municípios participam com 
(A) cinquenta por cento (50%) do produto da arrecadação do imposto cobrado pela União 
sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis neles situados. 
(B) vinte por cento (20%) do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre operações 
relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte 
interestadual e intermunicipal e de comunicação. 
(C) vinte por cento (20%) do imposto de renda e proventos de qualquer natureza, por meio 
do Fundo de Participação dos Municípios. 
(D) vinte e cinco por cento (25%) do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre a 
propriedade de veículos automotores licenciados em seus territórios. 
(E) dez por cento (10%) do produto da arrecadação do imposto sobre produtos 
industrializados, por meio do Fundo de Participação dos Municípios. 
Comentários: Alternativa A – Correta – o Município recebe 50% do ITR arrecadado dos 
imóveis neles situados. 
Alternativa B – Errada – O repasse do ICMS aos Municípios é de 25%. 
Alternativa C – Errada – O repasse do IR ao FPM é de 22,5% + 1% + 1%. 
Alternativa D – Errada – O repasse do IPVA aos Municípios é de 50%. 
Alternativa E – Errada – O repasse do IPI ao FPM é de 22,5%. 
Gabarito: A 
 
(VUNESP/Auditor Tributário Municipal Pref. São José dos Campos – 2015) Cinquenta por 
cento do produto da arrecadação do imposto do Estado de São Paulo sobre a propriedade 
de veículos automotores licenciados no território do Município de São José dos Campos 
pertence a essa Municipalidade. Suponha-se, por hipótese, que o Município de São José dos 
Campos não cumpra com medidas, impostas pelo Estado, de economia de água por conta 
da crise hídrica. Em consequência, o Estado de São Paulo retém os valores arrecadados a 
título de IPVA e condiciona seu pagamento ao cumprimento das metas de economia de 
água. A conduta do Estado de São Paulo, nesse caso, pode ser considerada 
(A) irregular, pois a Constituição Federal considera que a retenção de valores devidos a título 
de repartição de receitas é possível desde que haja autorização do Senado Federal. 
(B) regular, pois permitida pela Constituição Federal, que considera que a retenção de valores 
pelo Estado é possível, desde que haja ato administrativo específico e motivado. 
(C) irregular, por previsão expressa da Constituição Federal, que veda a retenção ou qualquer 
restrição à entrega e ao emprego dos recursos atribuídos aos Municípios por repartição de 
receitas tributárias, não sendo tal hipótese prevista como exceção. 
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(D) regular, pois a Constituição Federal prevê que o Estado pode reter tais valores por 
motivos de força maior e para pagamento de seus créditos. 
(E) irregular, pois a conduta estadual somente estaria amparada se houvesse um decreto 
federal de calamidade pública no âmbito do Estado de São Paulo ou do Município de São José 
dos Campos. 
Comentários: Como vimos, a transferência constitucional é obrigatória, independente de 
qualquer condição. Assim, de imediato, eliminamos as alternativas B e D, que falam que a 
conduta foi regular. Ficamos com 3 alternativas para analisar. Percebam que as alternativas A 
e E estabelecem condições que, se satisfeitas, tornariam a retenção regular, o que também é 
falso. Logo, a única resposta possível é a alternativa C, ou seja, a conduta é irregular porque a 
CF veda qualquer tipo de retenção ou restrição no repasse. Lembrando que a LRF veda o 
repasse,apenas das transferências voluntárias, quando o município não cobra os tributos da 
sua competência. 
Gabarito: C 
 
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1.5 ATRIBUIÇÕES DA LEI COMPLEMENTAR EM DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
Existem duas diferenças básicas da Lei Complementar em relação à Lei Ordinária: 
 Aspecto Material – a lei complementar versa sobre matérias taxativamente previstas na 
Constituição, com a função de complementar as próprias disposições constitucionais. 
Exemplo: a CF determina que normas gerais em matéria tributária devem ser reguladas por 
lei complementar. O próprio CTN – Lei nº 5.172/1966, embora tenha sido expedido sob a 
forma de lei ordinária, foi recepcionado pela CF/88 com status de lei complementar. 
 Aspecto Formal – diz respeito ao processo legislativo, que exige um quórum diferenciado 
para aprovação. Enquanto a lei ordinária é aprovada por maioria simples, a lei 
complementar precisa ser aprovada por maioria absoluta dos parlamentares. 
Importante: não há hierarquização entre leis ordinárias e leis complementares! 
 
Quórum por Maioria Absoluta Quórum por Maioria Simples 
Aprovação exige o voto favorável de “metade 
mais um” do número total de parlamentares 
da casa legislativa. 
Aprovação exige o voto favorável de “metade 
mais um” do número de parlamentares 
presentes na sessão. 
 
Como se pode observar, o rito de aprovação de uma lei complementar é mais rigoroso que o de 
uma lei ordinária. 
A Lei Complementar, inicialmente, cumpria 3 tradicionais atribuições no campo tributário: 
 
1) dispor sobre conflitos de competência entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios; 
2) regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; e 
3) estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, em especial sobre: 
 
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a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos 
discriminados na Constituição, dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e 
contribuintes; 
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; 
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades 
cooperativas. 
 
Com a Emenda Constitucional nº 42, de 2003, 2 novas atribuições foram adicionadas, quais sejam: 
 
4) instituir um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; e 
5) estabelecer critérios especiais de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios da 
concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por lei, estabelecer normas de 
igual objetivo. 
 
De todas as 167 leis complementares formais expedidas até hoje, as mais relevantes, sob o 
aspecto tributário, para o nosso curso, são: 
a) Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003, que dispõe acerca do ISS. Revogou em 
grande parte o Decreto-Lei nº 406, de 31 de dezembro de 1968, e apresenta todo o arquétipo geral 
do ISS necessário para a sua instituição por lei municipal e, posterior, fiscalização, arrecadação e 
cobrança. 
A Lei Complementar nº 116, de 2003, foi alterada de forma substancial pela Lei Complementar nº 
157, de 29 de dezembro de 2016. Esta passou a ter plena eficácia a partir de 30 de dezembro de 
2017, já que houve uma vacatio legis de 1 ano entre a sua publicação e produção de seus efeitos, 
para alguns dispositivos. 
 
b) Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, que institui o Estatuto Nacional da 
Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte: é o manual do Simples Nacional2. 
A Lei Complementar nº 123, de 2006, cumprindo determinação constitucional prevista no art. 146, 
inciso III, alínea “d”, e no parágrafo único do mesmo artigo, instituiu: 
 
 
2 A Lei Complementar nº 123, de 2006, já foi alterada pelas Leis Complementares nos 127, de 14 de agosto de 2007, 128, 
de 19 de dezembro de 2008, 133, de 28 de dezembro de 2009, 139, de 10 de novembro de 2011, 147, de 07 de agosto de 2014, 
154, de 18 de abril de 2016, e 155, de 27 de outubro de 2016. 
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 tratamento diferenciado e favorecido para microempresas e empresas de pequeno 
porte; 
 regime único de arrecadação de impostos e contribuições da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, incluindo IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, Cofins, IPI, ICMS, ISS 
e a Contribuição para a Seguridade Social; 
 ingresso opcional para o contribuinte; 
 recolhimento unificado, centralizado e com distribuição da parcela de recursos 
pertencentes aos respectivos entes federados de forma imediata, vedada qualquer 
retenção ou condicionamento; 
 arrecadação, fiscalização e cobrança compartilhadas pelos entes federados. 
 
c) Cabe menção também à Lei Complementar nº 105, de 10 de janeiro de 2001, que trata do sigilo 
das operações de instituições financeiras, especificamente quanto aos seus artigos 5º e 6º: 
Art. 5º O Poder Executivo disciplinará, inclusive quanto à periodicidade e aos limites de valor, os critérios segundo os quais 
as instituições financeiras informarão à administração tributária da União, as operações financeiras efetuadas pelos 
usuários de seus serviços. (...) 
§ 4º Recebidas as informações de que trata este artigo, se detectados indícios de falhas, incorreções ou omissões, ou de 
cometimento de ilícito fiscal, a autoridade interessada poderá requisitar as informações e os documentos de que 
necessitar, bem como realizar fiscalização ou auditoria para a adequada apuração dos fatos. 
§ 5º As informações a que refere este artigo serão conservadas sob sigilo fiscal, na forma da legislação em vigor. 
Art. 6o As autoridades e os agentes fiscais tributários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios 
somente poderão examinar documentos, livros e registros de instituições financeiras, inclusive os referentes a contas 
de depósitos e aplicações financeiras, quando houver processo administrativo instaurado ou procedimento fiscal em 
curso e tais exames sejam considerados indispensáveis pela autoridade administrativa competente. (GN) 
 
Todos os pontos relevantes das Leis Complementares mencionadas, bem como do CTN, serão 
devidamente abordados ou retomados nas próximas aulas, junto com a legislação municipal. 
 
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2. ORGANIZAÇÃO E SISTEMATIZAÇÃO DA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA NO 
MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO 
 
Como dissemos na apresentação do curso, o conteúdo programático do edital atual repetiu parte 
do conteúdo do último edital para o concurso de AFTM em São José do Rio Preto, que ocorreu em 
2014. Na oportunidade foram cobrados os 3 impostos de competência do Município: IPTU, ITBI e 
ISS. Basicamente, cada um desses impostos possui uma lei específica com todo o seu regramento 
no âmbito municipal. E, obviamente, cada uma dessas leis possui várias alterações posteriores àsua edição original. 
Mas não se preocupe: boa parte das alterações está consolidada num único texto, disponível no 
Portal “Leis Municipais”3. Mesmo aquelas que, eventualmente, detectarmos não estarem 
consolidadas num único texto, nós providenciaremos isso por aqui no decorrer do curso, de tal 
modo que você somente terá contato com a legislação em vigor e não precisará ficar indo e vindo 
entre inúmeras citações e referências. Segue, então, a lista das leis de referência: 
 IPTU – Lei Complementar nº 96/1998, com alterações posteriores. 
 
 ITBI – Lei Complementar nº 323/2010, com alterações posteriores. 
A Lei Complementar Municipal nº 323/2010 revogou todas as leis anteriores que versavam 
sobre o ITBI em Rio Preto, inclusive a que consta do edital do concurso (Lei nº 4.464, de 27 
de dezembro de 1988) e, por isso, é considerada a lei mãe atual do imposto no Município. 
 
 ISS – Lei Complementar nº 178/2003, com alterações posteriores. 
 
Como você pode ver, as leis acima são denominadas de complementares no município de Rio 
Preto. Como explicamos no capítulo anterior, essa denominação se deve ao rito de votação no 
Legislativo, que exige quórum de maioria absoluta para aprovação. 
Adicionalmente, o edital atual trouxe também o CTM - Código Tributário do Município, instituído 
pela Lei nº 3359, de 09 de novembro de 1983. Trata-se de uma lei bem mais antiga, com muitas 
disposições já revogadas. O IPTU e o ISS faziam parte desse código. A Lei Complementar que 
atualizou o ISS (LC nº 178/2003 acima mencionada) revogou expressamente o capítulo do ISS no 
 
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CTM. Já a LC nº 96/1998, que atualizou o IPTU (igualmente acima mencionada), não fez o mesmo 
quanto ao capítulo correspondente no CTM, ou seja, não o revogou expressamente. 
Desse modo, teremos que abordar o CTM com bastante cuidado, para não tratarmos de 
disposições que estejam revogadas, ainda que tacitamente ou de modo não explícito. 
Cumpre mencionar que o ITBI não constava do CTM, já que foi reincorporado à competência dos 
municípios pela CF/88, quando o código Municipal já se encontrava vigente. Por essa razão, o ITBI 
sempre constou apenas de leis apartadas do CTM. 
Ao trazer o CTM para o edital do concurso, naturalmente outros tributos foram acrescentados ao 
conteúdo, como as Taxas e Contribuição de Melhoria, além dos temas ligados às normas gerais e 
administração tributária do município. 
Ainda trataremos da Lei Orgânica, através de dois pequenos capítulos que cuidam da 
administração tributária e financeira, bem como da receita e despesa. 
Como o conteúdo da legislação é extenso, abordaremos e comentaremos os pontos mais 
relevantes, mas anexaremos a íntegra da lei seca na própria aula para que você tenha todo o 
material aqui, num único local. Minha recomendação é de que você leia, pelo menos uma vez, a 
íntegra das leis, ou trechos de leis mencionadas, que estarão aqui reproduzidas. 
 
Observação: A LC nº 400/2013, citada no edital, incorpora alterações nas leis do IPTU e 
do ISS, de modo que será tratada nas respectivas aulas desses tributos, não sendo 
necessário estuda-la de modo isolado. 
 
 
O curso contemplará toda a teoria principal da legislação tributária municipal, conforme edital e 
cronograma de aula apresentado no início da aula. 
 
 
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3. LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO (TÍTULO IV – 
CAPÍTULOS I E II) 
 
O edital incluiu dois pequenos capítulos da Lei Orgânica do Município no conteúdo programático 
do Concurso. Vamos aos detalhes: 
 
TÍTULO IV - Da Administração Tributária e Financeira 
CAPÍTULO I - Dos Tributos Municipais 
Artigo 122 - São tributos municipais os impostos, as taxas e a contribuição de melhoria, esta decorrente de obras públicas, 
instituídas por leis municipais, atendidos os princípios estabelecidos na Constituição da República. 
 
A definição dos tributos municipais decorre do art. 5º do CTN que prevê que os tributos são 
impostos, taxas e contribuições de melhoria. 
 
Artigo 123 - São de competência do Município os impostos sobre: 
I - Propriedade predial e territorial urbana; 
II - Transmissão Inter Vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de 
direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos à sua aquisição; 
III - Vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto óleo diesel; 
IV - Serviços de qualquer natureza, não compreendidos na competência do Estado, definidos em lei complementar federal. 
§ 1º - O imposto previsto no inciso I poderá ser progressivo, nos termos da Lei Municipal, de forma a assegurar o 
cumprimento da função social da propriedade. 
§ 2º - O imposto previsto no inciso II não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de 
pessoa jurídica em realização de capital nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrentes de fusão, incorporação, 
cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e 
venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil. 
§ 3º - A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos previstos nos incisos III 
e IV 
 
Os impostos de competência municipal são o IPTU, o ITBI e o ISS. O IVV, previsto no Inciso III do 
Art. 123 da Lei Orgânica, foi extinto pela Emenda Constitucional nº 03, de 1993. Veja o disposto no 
art. 4º da referida emenda: 
Art. 4.º A eliminação do imposto sobre vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, de competência dos 
Municípios, decorrente desta Emenda Constitucional, somente produzirá efeitos a partir de 1.º de janeiro de 1996, 
reduzindo-se a correspondente alíquota, pelo menos, a um e meio por cento no exercício financeiro de 1995. 
 
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 O § 1º assegura a progressividade no tempo do IPTU, conforme previsto no art. 182, § 4º da 
CF/88. Na aula 1, sobre o IPTU, nos aprofundaremos no tema. 
 O § 2º explicita a não incidência do ITBI sobre a integralização de capital social com bem 
imóvel e nas transmissões de imóveis decorrentes de reorganizações societárias, desde que 
a atividade preponderante não seja imobiliária, prevista no § 2º do art. 156 da CF/88. Na 
aula 2, referente ao ITBI, voltaremos a tratar do assunto. 
 O § 3º decorre do princípio da transparência, previsto no art. 150 - § 5º da CF/88, sobre o 
qual discorremos no Capítulo 1 da aula – seção 1.1.9. 
 
Artigo 124 - As taxas só poderão ser instituídas por lei, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, 
efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição. 
 
O art. 124 prevê as situações em que podem ser instituídas taxas, nos moldes previstos no art. 145 
– II da CF/88. As taxas serão tema de estudo da nossa Aula 5. 
 
Artigo 125 - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica 
do contribuinte,facultado à Administração Municipal, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, 
identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades 
econômicas do contribuinte. 
Parágrafo Único – As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos. 
 
O art. 125 reproduz o princípio da capacidade contributiva previsto no § 1º do art. 145 da CF/88 
(vide seção 1.1.1 da aula). 
O parágrafo único, por sua vez, equivale ao § 2º do mesmo artigo constitucional. O Imposto tem 
origem num fato do contribuinte (atividade econômica ou medida de riqueza) e visa financiar a 
atividade estatal como um todo, sem contraprestação específica. A Taxa tem origem num fato do 
Estado (prestação de serviço público específico e divisível ou exercício do poder de polícia) e visa 
satisfazer o custo dos serviços a elas afeitos, em que pese sua arrecadação não ser 
necessariamente vinculada à atividade para a qual foi instituída. Por essa razão, as bases de cálculo 
e fato gerador, de um e outro, não podem coincidir. 
 
Artigo 126 - O Município poderá instituir contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, de 
sistemas de previdência e assistência social, na forma da lei. 
 
O art. 126 decorre da atribuição concedida aos entes federados pelo § 1º do art. 149 da CF/88. 
 
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CAPITULO II 
Da Receita e da Despesa 
Artigo 127 - A receita municipal constituir-se-á da arrecadação dos tributos municipais, da participação de tributos da 
União e do Estado, dos recursos resultantes do Fundo de Participação dos Municípios e da utilização de seus bens, 
serviços, atividades e de outros ingressos. 
 
Esse artigo relaciona as receitas municipais. Além das receitas tributárias próprias, são previstas as 
transferências constitucionais e outras receitas não tributárias 
 
Artigo 128 - A fixação dos preços públicos, devidos pela utilização de bens, serviços e atividades municipais, será feita pelo 
Prefeito, mediante decreto. 
Parágrafo Único - As tarifas dos serviços públicos deverão cobrir os seus custos, sendo reajustáveis quando se tornarem 
deficientes ou excedentes. 
 
As Tarifas ou Preços Públicos não possuem natureza tributária e, portanto, não se confundem com 
as Taxas. As últimas são receitas derivadas, compulsórias, cobradas para remunerar serviços 
públicos específicos e divisíveis. As primeiras são receitas originárias, provenientes da atuação do 
Estado ou de terceiros quando da exploração de atividade econômica em regime de direito 
privado, de pagamento facultativo mediante manifestação da vontade, em relação contratual. 
Exemplos: 
Taxa – pela coleta de lixo 
Tarifa – pelo consumo de água 
Na aula 5 exploraremos o tema com mais profundidade. 
 
Artigo 129 - Nenhum contribuinte será obrigado ao pagamento de qualquer tributo lançado pela Prefeitura, sem prévia 
notificação. 
Parágrafo Único - Do lançamento do tributo cabe recurso ao Prefeito, assegurado para sua interposição o prazo de quinze 
dias úteis, contados da notificação. 
Artigo 130 – Considera-se notificação a entrega do aviso de lançamento no domicílio fiscal do contribuinte. 
Parágrafo Único - A notificação ao contribuinte deverá ser feita pessoalmente ou por via postal, sob registro, e, na 
ausência do destinatário, far-se-á ao seu representante ou preposto, e, se encontrar em lugar incerto e não sabido, por 
edital. 
 
A notificação é o ato que conclui e formaliza o lançamento. Sem ele, a obrigação tributária não é 
exigível. O parágrafo único do art. 130 faz alusão ao processo contencioso, que será tema de nossa 
aula 6. 
 
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Artigo 131 - Nenhuma despesa será ordenada ou satisfeita sem que exista recurso disponível e crédito aprovado pela 
Câmara Municipal, salvo a que ocorrer por conta de crédito extraordinário, nos termos da legislação em vigor. 
Artigo 132 - Nenhuma lei que crie ou aumente despesa será executada sem que dela conste a identificação do recurso 
para atendimento do correspondente encargo. 
Artigo 133 - As disponibilidades de caixa do Município, de suas autarquias e fundações e das empresas por ele controladas 
serão depositadas em instituições financeiras oficiais, salvo os casos previstos em lei. 
 
Os artigos 131 e 132 ganharam ainda mais relevância desde a edição da Lei de Responsabilidade 
Fiscal – LRF (LC nº 101/2000). 
Com esses artigos, concluímos a parte da Lei Orgânica prevista no edital. Passemos ao breve 
conteúdo inaugural do CTM. 
 
 
 
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4. CÓDIGO TRIBUTÁRIO DO MUNICÍPIO – CTM (TÍTULO I – DISPOSIÇÕES 
GERAIS) 
 
O Código Tributário do Município é bem antigo, data de 1983 e foi editado por lei ordinária. Os 
principais tributos foram, posteriormente, por opção do legislador local, disciplinados por leis 
complementares do município, restando ao código a disciplina dos tributos residuais (taxas e 
contribuição de melhoria), bem como regular as normas gerais tributárias do município. 
Nesse capítulo vamos analisar brevemente seus artigos 1º ao 4º. 
 
TITULO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 
Art. 1º Esta Lei institui o Código Tributário do Município, dispondo sobre fatos geradores, contribuintes, responsáveis, 
bases de cálculo, alíquotas, lançamento e arrecadação de cada tributo, disciplinando a aplicação de penalidades, a 
concessão de isenções e administração tributária. 
Art. 2º Aplicam-se às relações entre a fazenda Municipal e os contribuintes as normas gerais de direito tributário 
constantes deste Código e do Código Tributário Nacional. 
 
Originalmente o CTM se propunha a regular praticamente todas as principais normas tributárias do 
Município. 
 
Art. 3º Compõem o sistema tributário do Município: 
I - Impostos: 
a) sobre a propriedade territorial urbano; 
b) sobre a propriedade predial; 
c) sobre serviços de qualquer natureza. 
 
Note-se a ausência do ITBI, fruto da época em que o código foi editado. Em 1983 o ITBI, nos 
moldes atuais, como tributo municipal, ainda não existia. 
 
II - Taxas decorrentes do efetivo exercício do poder de Polícia Administrativa: 
a) de licença para localização; 
b) de licença para funcionamento em horário normal e especial; 
c) de licença para o exercício da atividade de comércio ambulante; 
d) de licença para execução de obras particulares; 
e) de licença para publicidade. 
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III - Taxas decorrentes da utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos, específicos e divisíveis, prestados aos 
contribuintes ou postos a sua disposição: 
a) limpeza pública; (Extinta pela Lei nº 6107/1995) 
b) conservação de vias e logradouros públicos; (Extinta pela Lei nº 6107/1995) 
c) iluminação pública; 
d) conservação de estradas municipais; 
e) incêndio e salvamento; 
f) água e esgoto. 
 
Os incisos II e IIIpreveem as taxas decorrentes do poder de polícia e pela prestação de serviços 
públicos, específicos e divisíveis, respectivamente. Nem todas as taxas previstas no Inciso III são 
consideradas, atualmente, específicas e divisíveis. Outras são atualmente consideradas tarifas, 
como vimos no capítulo anterior. Na aula 5 voltaremos ao tema com mais detalhes. 
 
IV - Contribuição de Melhoria 
 
A Contribuição de Melhoria, prevista no Inciso IV do art. 3º também será tema da Aula 5. 
 
Art. 4º Para serviços cuja natureza não com porte a cobrança de taxas, serão estabelecidos, pelo Executivo, preços 
públicos, não submetidos à disciplina jurídica dos tributos. 
 
Com relação ao art. 4º, vide comentários efetuados a respeito no capítulo anterior. 
 
Chegamos ao final da exposição teórica dessa aula. A seguir, uma lista de questões para você 
treinar a resolução e testar seus conhecimentos. Em seguida, o gabarito para a conferência e, 
depois, novamente a lista de questões, com a inclusão da correção e comentários pertinentes. 
 
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5. QUESTÕES DE CONCURSOS ANTERIORES 
 
5.1 LISTA DE QUESTÕES 
 
1. (2018/VUNESP/Câmara de Campo Limpo Paulista/Procurador Jurídico) 
O princípio da legalidade em direito tributário é central, assegurando a proteção do direito 
dos cidadãos à propriedade. A esse respeito, é correto afirmar que a Constituição Federal 
reserva à lei complementar 
a) o estabelecimento de normas gerais sobre obrigação, lançamento, crédito, prescrição e 
decadência tributários. 
b) a instituição dos impostos de competência da União e do Distrito Federal. 
c) a especificação do fato gerador das contribuições sociais, profissionais e de intervenção no 
domínio econômico. 
d) definição de tratamento isonômico e equitativo para as microempresas e para as empresas 
de pequeno porte. 
e) a instituição de empréstimos compulsórios pela União, Estados, Municípios e Distrito 
Federal. 
 
2. (2018/CESPE/EMAP/Analista) 
Julgue o próximo item, relativo ao Sistema Tributário Nacional 
O princípio da carência tributária proíbe a União, os estados, o Distrito Federal e os 
municípios de cobrar tributos antes de transcorridos noventa dias da data da publicação da 
lei que os instituir ou aumentar. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
 
3. (2018/FUMARC/COPASA/Advogado) 
NÃO se submetem ao princípio da anterioridade todos os impostos listados em: 
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a) Impostos sobre operações de crédito, câmbio e seguro; imposto extraordinário de guerra, 
imposto de renda para fins de majoração. 
b) Impostos sobre: importação de produtos estrangeiros; exportação, para o exterior, de 
produtos nacionais ou nacionalizados; produtos industrializados; operações de crédito. 
c) Impostos sobre: importação de produtos estrangeiros; exportação, para o exterior, de 
produtos nacionais ou nacionalizados; produtos industrializados; propriedade de imóveis 
urbanos. 
d) Impostos sobre: importação de produtos estrangeiros; exportação, para o exterior, de 
produtos nacionais ou nacionalizados; produtos industrializados; propriedade de imóveis 
urbanos e rurais. 
 
4. (2018/CESGRANRIO/LIQUIGÁS/Profissional Júnior - Auditoria) 
A Constituição Federal estabelece a vedação de instituir tratamento desigual entre 
contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em 
razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da 
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos. 
 
Nesse caso, está sendo aplicado na tributação o valor 
a) Arrecadação 
b) Segurança 
c) Justiça 
d) Tipicidade 
e) Imunidade 
 
5. (2018/FUNDEP/MPE-MG/Promotor de Justiça Substituto) 
Consoante o artigo 150 da CF/88, sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao 
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, EXCETO: 
 
a) estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens por meio de tributos interestaduais 
ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo 
poder público. 
b) instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação 
equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por 
eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou 
direitos. 
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c) exigir, aumentar ou diminuir tributo sem lei que o estabeleça. 
d) utilizar tributo com efeito de confisco. 
 
 
6. (2017/VUNESP/Prefeitura de São José dos Campos-SP/Procurador) 
Consiste em corolário do princípio da igualdade tributária e aplica-se na ordem jurídica 
tributária, na busca de uma sociedade mais igualitária em termos da exação de tributos. O 
trecho trata do princípio da 
a) seletividade. 
b) uniformidade jurídica da tributação. 
c) vedação do confisco. 
d) capacidade contributiva. 
e) generalidade. 
 
7. (2017/VUNESP/Prefeitura de Porto Ferreira-SP/Procurador Jurídico) 
A Constituição Federal confere poder de tributar à União, aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios, mas estabelece limitações ao exercício desse mesmo poder. Nesse sentido, é 
correto afirmar que a tarefa de regular as limitações constitucionais ao poder de tributar é 
matéria que a Constituição Federal confere 
 
a) à lei complementar. 
b) à lei ordinária no âmbito da competência de cada ente tributante. 
c) a qualquer espécie normativa, desde que no âmbito territorial de cada ente tributante. 
d) à lei ordinária específica de cada tipo de tributo. 
e) somente às Constituições Estaduais e às Leis Orgânicas. 
 
 
8. (2016/CESPE/PGE-AM) 
Considerando os limites ao exercício do poder de tributar, julgue o item seguinte. 
As limitações ao poder de tributar são normas de restrição da competência tributária 
taxativamente previstas na CF. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
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9. (2016/FCC/Prefeitura de Teresina - PI: Auditor Fiscal) 
A Constituição Federal, em diversos de seus dispositivos, determina expressamente que o 
legislador federal edite normas jurídicas por meio de lei complementar, o que acontece, 
inclusive, em relação às normas de natureza tributária. De acordo com o texto constitucional, 
é necessário lei complementar federal para: 
a) fixar as alíquotas mínimas do ISS. 
b) instituir, no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não na 
competência tributária dos Municípios. 
c) definir os fatos geradores das contribuições de melhoria. 
d) definir a base de cálculo das taxas. 
e) instituir o ISS, bem como definir os serviços sujeitos a esse imposto. 
 
10. (2016/FUNRIO/Prefeitura de Trindade - GO: Procurador Municipal) 
Considerando as regras da anterioridade e anualidade em matéria tributária relativa ao IPTU, 
a afirmativa corretaé: 
a) A alteração de alíquota produz efeitos imediatamente. 
b) À majoração da base de cálculo, prevista em lei, se aplica exclusivamente a anterioridade 
nonagesimal. 
c) A atualização anual da base de cálculo, com base em índices oficiais de inflação, poderá ser 
procedida por ato do poder executivo. 
d) A majoração prevista em lei somente poderá produzir seus efeitos no exercício posterior 
ao que entrou em vigor a lei, se estiver considerado o reajuste na lei orçamentária anual. 
e) A majoração progressiva da alíquota prevista na lei 10.257/2001 deverá ser precedida de 
lei específica para cada aumento, observando, todas as leis de reajuste, a anterioridade 
clássica. 
 
11. (2017/IBFC/EBSERH: Advogado/HUGG-UNIRIO) 
Assinale a alternativa correta sobre a previsão constitucional que corresponde ao princípio da 
anterioridade. 
a) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar tributos em 
relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído 
ou aumentado 
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b) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar tributos no 
mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou 
c) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar tributos antes 
de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou 
aumentou 
d) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios utilizar tributo com 
efeito de confisco 
e) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer limitações 
ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, 
ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público 
 
12. (2016/VUNESP/Prefeitura de Mogi das Cruzes – SP: Procurador Jurídico) 
A jurisprudência tem se posicionado pela inconstitucionalidade das multas moratórias 
quando superiores a certos percentuais relativos ao valor do tributo, 100%, por exemplo. O 
fundamento de tal posicionamento assenta-se no princípio constitucional da 
a) não seletividade. 
b) não cumulatividade. 
c) transparência dos atos administrativos. 
d) vedação ao confisco. 
e) uniformidade jurídica da tributação. 
 
13. (2016/IDIB/Prefeitura de Novo Gama – GO: Fiscal de Tributos) 
Um dos aspectos da soberania do Estado é o do seu poder especial de penetrar nos 
patrimônios dos particulares, exigindo-lhes contribuições derivadas e compulsórias. Este 
poder é representado pelo poder de criar tributos, de estabelecer proibições tributárias, isto 
é, de emanar normas jurídicas tributárias. O poder fiscal é inerente ao próprio Estado, que 
advém de sua soberania política, consistente na faculdade do estabelecer tributos, de exigir 
contribuições compulsórias, a fim de poder atender ás necessidades públicas. Vulgarmente 
expressa-se como "Fisco" o poder de exigir tributos do Estado. O Direito Tributário regula 
principalmente as relações jurídicas entre o "Fisco", como sujeito ativo, e o Contribuinte, ou 
terceiros, como sujeitos passivos; regula a cobrança e a fiscalização dos tributos. Sobre os 
princípios basilares do Direito Tributário, marque o item INCORRETO: 
a) O Princípio da Anterioridade diz que nenhum tributo será cobrado em cada exercício 
financeiro, sem que a lei que o instituiu ou aumentou tenha sido publicada; a Constituição 
Federal veda expressamente a cobrança do tributo no mesmo exercício financeiro em que 
haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou (art. 150, III, b) 
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b) O Princípio da irretroatividade versa que a lei tributária só vale em relação a fatos 
geradores ocorridos depois do início da vigência da lei que os houver instituído ou 
aumentado 
c) O Princípio da Capacidade Contributiva diz que o tributo deve ser razoável, não podendo 
ser tão oneroso que chegue a representar um verdadeiro confisco. 
d) O Princípio da legalidade garante que nenhum tributo será instituído, nem aumentado, a 
não ser através de lei. 
 
14. (2016/FCC/PGE-MT) 
Um determinado Estado brasileiro, famoso pelas lindas paisagens que ornamentam muitas 
de suas cidades, estava passando por severa crise econômica. Decidiu, em razão disso, 
investir fortemente no turismo destas cidades, com a finalidade de atrair pessoas com alto 
poder aquisitivo e que estivessem predispostas a gastar neste “Estado paradisíaco”. 
Paralelamente, com o intuito de evitar a afluência e o tráfego de turistas provenientes de 
unidades federadas com baixo ou nenhum poder aquisitivo, o governo deste “Estado 
paradisíaco” criou uma exação que denominou de “Taxa Interestadual de Compensação 
Financeira”, e que tinha o intuito específico de impedir, ou, pelo menos, de reduzir o tráfego 
de pessoas provenientes de outros Estados sem poder aquisitivo naquelas cidades turísticas 
do Estado. De acordo com a Constituição Federal, essa taxa: 
a) poderia ser cobrada, desde que obedecido o princípio da anterioridade. 
b) poderia ser cobrada, desde que obedecidos os princípios da anterioridade e da 
anterioridade nonagesimal (noventena). 
c) não poderia ser cobrada. 
d) poderia ser cobrada, desde que obedecidos os princípios da anterioridade e da 
irretroatividade. 
e) não poderia ser cobrada pelo Estado em que se localizam essas cidades, pois a 
competência para instituir essa taxa é do Estado de proveniência dos turistas. 
 
15. (2016/FCC/Prefeitura de Teresina - PI: Advogado) 
A câmara municipal de um Município brasileiro aprovou lei aumentando a alíquota do ISS. 
Sancionada pelo prefeito daquele Município, o texto dessa lei foi publicado em 12 de 
novembro de 2014, uma quarta-feira. O último artigo dessa lei estabeleceu que ela entraria 
em vigor na data de sua publicação. Com fundamento no que disciplina a Constituição 
Federal a respeito dessa matéria, essa alíquota majorada poderia ser aplicada a fatos 
geradores ocorridos a partir de 
a) 2 de novembro de 2014. 
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b) 1o de janeiro de 2014. 
c) 1o de janeiro de 2015. 
d) 13 de novembro de 2014 
e) 11 de fevereiro de 2015. 
 
16. (2016/FCC/Prefeitura de Teresina - PI: Auditor Fiscal) 
Por meio de sorteio internacional, realizado em 2015, um determinado Município brasileiro 
foi escolhido para sediar, em 2016, evento político-ecológico relevante no cenário mundial, o 
qual, pela sua magnitude, acabou exigindo que o Brasil promovesse gastos enormes com 
segurança, principalmente com a segurança das autoridades estrangeiras. Não obstante o 
fato de a União e o Estado terem feito grandes investimentos nessa área, não houve meio de 
o Município sede do evento escapar da realização de enormes despesas nessa área. Com 
base nessas informações e nas disposições da Constituição Federal nesse sentido, o referido 
Município poderá: 
a) aumentar, para fazer face a essas despesas extraordinárias, a alíquota dos impostos 
municipais, respeitadas as regras constitucionais atinentes às limitações do poder de tributar 
e à desvinculação das receitas tributárias, bem como as limitações impostaspor leis 
complementares. 
b) instituir contribuição de interesse nacional, de caráter excepcional e transitório, mediante 
delegação expressa e específica da União, por meio de resolução do Senado Federal. 
c) fixar a alíquota do ISS, por meio de lei ordinária, em percentual superior ao do teto 
estabelecido em lei complementar federal, em caráter excepcional e transitório. 
d) ser autorizado pela União, por meio de lei complementar específica, a tributar a 
exportação de serviços para o exterior, em caráter excepcional e transitório, não superior a 
seis meses. 
e) instituir empréstimo compulsório via edição de lei ordinária, mediante delegação expressa 
e específica da União, feita por meio de decreto legislativo, pois a realização desse evento 
constitui investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional. 
 
17. (2016/FCC/Prefeitura de Teresina – PI) 
O dispositivo constitucional previsto no art. 151, I, da Carta Magna, que veda à União ao 
instituir tributo a distinção em relação a um Estado, ao Distrito Federal ou a um Município, 
em prejuízo dos demais, adota o princípio da 
a) vinculabilidade da tributação. 
b) indelegabilidade da competência tributária. 
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c) uniformidade geográfica. 
d) tipologia tributária. 
e) anterioridade vinculada. 
 
18. (2016/FCC/Prefeitura de Teresina – PI) 
A respeito dos Princípios Gerais Tributários, 
a) a instituição de tributo através de Decreto não fere o princípio da legalidade. 
b) a cobrança de tributos no mesmo exercício financeiro sem que haja sido publicada a lei 
que os instituiu ou aumentou fere especificamente o princípio da competência. 
c) a instituição de tributo fora da matéria que foi destinada constitucionalmente à entidade 
tributante fere especificamente o princípio da anterioridade. 
d) a graduação dos tributos fora da capacidade econômica de contribuir não fere o princípio 
da capacidade contributiva. 
e) o imposto progressivo não fere o princípio da igualdade. 
 
19. (2016/INSTITUTO AOCP/EBSERH: Advogado) 
De acordo com o texto constitucional, em relação às limitações do poder de tributar, é 
vedado à União, aos Estados e aos Municípios: 
a) instituir tributos, inclusive taxas e contribuições sobre patrimônio, renda ou serviços uns 
dos outros. 
b) instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação 
equivalente, autorizada, no entanto, institui a distinção em razão de ocupação profissional ou 
função por eles exercida. 
c) instituir impostos sobre livros, jornais, periódicos, assim como o papel e o prédio 
destinados à sua impressão. 
d) instituir tributos, inclusive taxas e contribuições, sobre templos de qualquer culto. 
e) utilizar tributos com efeito de confisco. 
 
20. (2016/CESPE/TCE-PA: Auditor de Controle Externo) 
Com base nas normas gerais e constitucionais de direito tributário, julgue o item que se 
segue. 
O princípio da legalidade tributária impede tanto o aumento como a criação de qualquer 
tributo, senão por meio de lei. 
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( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
21. (2017/Quadrix/SEDF) 
Considerando os conceitos gerais sobre tributos e a legislação tributária, julgue o item a 
seguir. 
A União não pode instituir isenções de tributos de sua competência cuja arrecadação seja 
compartilhada com estados e municípios. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
 
22. (2016/FAEPESUL/Prefeitura de Grão Pará – SC: Fiscal da Fazenda) 
Marque a alternativa que não se trata de característica da COSIP, segundo o Sistema 
Tributário Brasileiro: 
a) É uma taxa que visa custear os serviços de iluminação pública. 
b) Pode ser instituída e cobrada pelos Municípios. 
c) É uma contribuição que tem por escopo custear o serviço de iluminação pública. 
d) É recurso que financia um serviço público de natureza uti universi, geral, portanto 
indivisível e insuscetível de referibilidade a um indivíduo ou a um grupo de indivíduos 
determinável. 
e) Pode ser instituída e cobrada pelo Distrito Federal. 
 
23. (2016/FCC/SEGEP-MA) 
A Constituição Federal atribuiu às leis complementares federais várias funções, dentre as 
quais, a de: 
a) estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre a 
definição de tributos e de suas espécies. 
b) estabelecer normas gerais sobre obrigação, lançamento e prescrição tributários, bem 
como fixar a alíquota dos impostos federais. 
c) reduzir ou ampliar as limitações constitucionais ao poder de tributar. 
d) dispor sobre conflitos de competência em matéria tributária, exceto quando se tratar do 
ICMS, cujos conflitos se resolvem por meio de convênios entre os Estados e o Distrito Federal. 
e) estabelecer normas atinentes à definição dos fatos geradores, das bases de cálculo e dos 
contribuintes dos tributos discriminados na Constituição Federal. 
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24. (Legalle / Fiscal Tributário da Prefeitura de Portão - 2016) Os tributos de competência do 
Município são os seguintes, exceto: 
(A) Impostos sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana. 
(B) Impostos sobre Serviços de Qualquer Natureza. 
(C) Impostos sobre veículos automotores. 
(D) Taxas de Fiscalização e Vistoria. 
(E) Taxas de Contribuição de Melhoria. 
 
 
25. (Legalle / Procurador da Câmara Municipal de Guaíba - 2017) Segundo o Código Tributário 
Nacional, quais dos seguintes impostos são de competência de os Municípios instituírem? 
I. Imposto sobre serviços de qualquer natureza. 
II. Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana. 
III. Imposto sobre produtos industrializados. 
IV. Imposto sobre a propriedade de veículos automotores. 
V. Imposto sobre a transmissão "inter vivos”. 
Assinale a opção CORRETA: 
(A) Apenas I, II e III. 
(B) Apenas I, II e V. 
(C) Apenas II, III e V. 
(D) Apenas I, II, III e IV. 
(E) I, II, III, IV e V. 
 
26. (FUMARC/Técnico em Tributação de Gov. Valadares – 2009). As taxas e contribuições de 
melhoria pertencem à competência: 
a) da União e dos Estados. 
b) da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. 
c) da União. 
d) dos Estados e dos Municípios. 
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27. (Objetiva / ISS Caxias do Sul – 2014) De acordo com o Código Tributário Municipal, são 
impostos de competência do Município: 
I - Sobre Transmissão inter vivos, por ato oneroso, de bens imóveis e de direitos reais a eles 
relativos. 
II - Sobre Serviços de Qualquer Natureza. 
III - Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços. 
Estão CORRETOS: 
a) Somente os itens I e II. 
b) Somente os itens I e III. 
c) Somente os itens II e III. 
d) Todos os itens. 
 
28. (Legalle / Procurador de Silveira Martins - 2014) De acordo com a Constituição Federal, o 
Município de Silveira Martins tem competência para instituir osseguintes tributos: 
(A) ITBI, IPTU, ISS e ITCMD. 
(B) IE, IR, IPI, IOF, IPTU. 
(C) IPVA, ICSM, taxas e contribuições de melhoria. 
(D) ITBI, IPTU, ISS e contribuição para custeio dos serviços de iluminação pública. 
(E) ITCMD, IPVA, contribuições de melhoria e contribuição dos servidores para custeio do 
regime previdenciário próprio. 
 
29. (FUMARC/Técnico em Tributação de Gov. Valadares – 2009). A imunidade recíproca 
estende-se às seguintes pessoas: 
a) fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público 
b) permissionárias de serviço e de interesse coletivo 
c) concessionárias de serviços públicos 
d) sociedades de economia mista e empresas públicas 
 
 
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30. (IBFC / Fiscal de Rendas – Divinópolis / 2018) Tamanha a relevância do instituto 
“tributo” para o Direito que o Código Tributário Nacional dedicou o seu art. 3º 
exclusivamente para conceituá-lo. Nesse sentido, assinale a alternativa correta. 
a) há tributos consistentes em prestação pecuniária e outros em obrigações de fazer, como 
servir de mesário nas eleições quando convocado 
b) a cobrança do tributo decorre de atividade administrativa plenamente vinculada 
c) são três as espécies tributárias – impostos, taxas e contribuições de melhoria –, e as 
contribuições e os empréstimos compulsórios, embora tratados pela Constituição no capítulo 
do sistema tributário nacional, não têm natureza tributária, não estando sujeitos às 
limitações constitucionais ao poder de tributar 
d) a denominação adotada por lei é determinante para a identificação da espécie tributária 
(natureza jurídica específica do tributo) 
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5.2 GABARITO 
 
 
 
 
 
1 – A 11 – B 21 – ERRADO 
2 – CERTO 12 – D 22 – A 
3 – B 13 – C 23 – A 
4 – C 14 – C 24 – C 
5 – C 15 – E 25 – B 
6 – D 16 – A 26 – B 
7 – A 17 – C 27 – A 
8 – ERRADO 18 – E 28 – D 
9 – A 19 – E 29 – A 
10 – C 20 – ERRADO 30 – B 
 
 
 
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5.3 LISTA DE QUESTÕES RESOLVIDAS E COMENTADAS 
 
1. (2018/VUNESP/Câmara de Campo Limpo Paulista/Procurador Jurídico) 
O princípio da legalidade em direito tributário é central, assegurando a proteção do direito 
dos cidadãos à propriedade. A esse respeito, é correto afirmar que a Constituição Federal 
reserva à lei complementar 
a) o estabelecimento de normas gerais sobre obrigação, lançamento, crédito, prescrição e 
decadência tributários. 
b) a instituição dos impostos de competência da União e do Distrito Federal. 
c) a especificação do fato gerador das contribuições sociais, profissionais e de intervenção no 
domínio econômico. 
d) definição de tratamento isonômico e equitativo para as microempresas e para as empresas 
de pequeno porte. 
e) a instituição de empréstimos compulsórios pela União, Estados, Municípios e Distrito 
Federal. 
Comentários 
Correta a alternativa “a” porque, de acordo com o art. 146, inciso III, alínea “b”, da CF, cabe à lei 
complementar estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre 
obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributário. 
Incorreta a alternativa “b” porque, não há previsão constitucional que exija que todos os impostos 
de competência da União (art. 153) e do DF (art. 147, combinado com art. 155 e 156) sejam 
instituídos por lei complementar. A regra no direito tributário é a instituição de tributos por lei 
ordinária do ente da federação que possua competência para sua instituição. Só haverá 
necessidade de lei complementar quando a Constituição Federal assim exigir, como é o caso, por 
exemplo, do Imposto sobre Grandes Fortunas – IGF, de competência da União, previsto no art. 153, 
inciso VII. 
Incorreta a alternativa “c” porque o art. 149 da CF não exige lei complementar para instituição de 
contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias 
profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas. 
Incorreta a alternativa “d” porque, de acordo com o art. 146, inciso III, alínea “d”, da CF, cabe à lei 
complementar a definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e paras 
as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados, e não isonômico e 
equitativo como alude a alternativa. 
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Incorreta a alternativa “e” porque, nos termos do art. 148 da CF, em que pese haver a necessidade 
de lei complementar para instituição de empréstimo compulsório, a competência é exclusiva da 
União. 
Gabarito: “a”. 
 
2. (2018/CESPE/EMAP/Analista) 
Julgue o próximo item, relativo ao Sistema Tributário Nacional. 
 
O princípio da carência tributária proíbe a União, os estados, o Distrito Federal e os 
municípios de cobrar tributos antes de transcorridos noventa dias da data da publicação da 
lei que os instituir ou aumentar. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
Comentários 
O princípio da anterioridade nonagesimal também é denominado de anterioridade qualificada, 
privilegiada, mínima ou, conforme denominação do professor José Afonso da Silva, de princípio da 
carência. Este princípio não é do texto originário da CF, tendo passado a constar no texto 
constitucional no art. 150, inciso III, alínea “c”, após a Emenda Constitucional nº 42, de 19 de 
dezembro de 2003. O princípio da anterioridade nonagesimal ou da carência veda a eficácia de lei 
tributária que tenha instituído ou aumentado tributo antes de decorridos 90 dias da data de sua 
publicação, além de observado o princípio da anterioridade geral. 
Gabarito: “certo”. 
 
3. (2018/FUMARC/COPASA/Advogado) 
NÃO se submetem ao princípio da anterioridade todos os impostos listados em: 
a) Impostos sobre operações de crédito, câmbio e seguro; imposto extraordinário de guerra, 
imposto de renda para fins de majoração. 
b) Impostos sobre: importação de produtos estrangeiros; exportação, para o exterior, de 
produtos nacionais ou nacionalizados; produtos industrializados; operações de crédito. 
c) Impostos sobre: importação de produtos estrangeiros; exportação, para o exterior, de 
produtos nacionais ou nacionalizados; produtos industrializados; propriedade de imóveis 
urbanos. 
d) Impostos sobre: importação de produtos estrangeiros; exportação, para o exterior, de 
produtos nacionais ou nacionalizados; produtos industrializados; propriedade de imóveis 
urbanos e rurais. 
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Conforme §1º do art. 150 da CF, não se sujeitam ao princípio da anterioridade o II, o IE, o IPI e o 
IOF, tal qual indicado na alternativa “b”. 
A alternativa “a”incorre em erro porque o imposto de renda não é exceção da anterioridade e sim 
da anterioridade nonagesimal (§1º do art. 50). 
A alternativa “c” está incorreta porque a fixação da base de cálculo do IPTU é exceção apenas à 
anterioridade nonagesimal (§1º do art. 150). 
A alternativa “d” está errada porque tanto o IPTU quanto o ITR não são exceções ao princípio da 
anterioridade (§1º do art. 150). 
Gabarito: “b”. 
 
4. (2018/CESGRANRIO/LIQUIGÁS/Profissional Júnior - Auditoria) 
A Constituição Federal estabelece a vedação de instituir tratamento desigual entre 
contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em 
razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da 
denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos. 
 
Nesse caso, está sendo aplicado na tributação o valor 
a) Arrecadação 
b) Segurança 
c) Justiça 
d) Tipicidade 
e) Imunidade 
Comentários 
Trata-se do princípio da igualdade ou isonomia tributária prevista no art. 150, inciso II, da CF: sem 
prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em 
situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por 
eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos. 
Sob a perspectiva tributária, busca-se dar tratamento não discriminatório para sujeitos passivos 
que se encontrem em situações semelhantes e, por outro lado, dar tratamento diferenciado na 
medida exata da diferença que exista entre os particulares. Sendo assim, a isonomia tributária 
privilegia o valor justiça, sobretudo na perspectiva fiscal. 
Gabarito: “c”. 
 
5. (2018/FUNDEP/MPE-MG/Promotor de Justiça Substituto) 
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Consoante o artigo 150 da CF/88, sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao 
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, EXCETO: 
 
a) estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens por meio de tributos interestaduais 
ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo 
poder público. 
b) instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação 
equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por 
eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou 
direitos. 
c) exigir, aumentar ou diminuir tributo sem lei que o estabeleça. 
d) utilizar tributo com efeito de confisco. 
Comentários 
O gabarito é a alternativa “c” porque, de acordo com o inciso I do art. 150 da CF, sem prejuízo de 
outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça. Portanto, não há vedação 
constitucional para diminuição de tributos sem lei. Fique atento aqui porque a pergunta se limitou 
ao texto constitucional. Se a pergunta fosse com base no CTN, há no art. 97, inciso II, a exigência de 
lei para majoração ou redução de tributos, com algumas exceções quanto aos impostos de 
regulação da economia. De todo modo, para esta questão, a pergunta fixou como parâmetro o 
próprio texto constitucional. 
A alternativa “a” apresenta vedação do inciso V do art. 150 da CF (princípio da não limitação ao 
tráfego de bens ou pessoas). 
A alternativa “b” apresentação a vedação do inciso II do art. 150 da CF (princípio da isonomia). 
E a alternativa “d” apresenta a vedação do inciso IV do art. 150 (princípio do não confisco). 
Gabarito: “c”. 
 
6. (2017/VUNESP/Prefeitura de São José dos Campos-SP/Procurador) 
Consiste em corolário do princípio da igualdade tributária e aplica-se na ordem jurídica 
tributária, na busca de uma sociedade mais igualitária em termos da exação de tributos. O 
trecho trata do princípio da 
a) seletividade. 
b) uniformidade jurídica da tributação. 
c) vedação do confisco. 
d) capacidade contributiva. 
e) generalidade. 
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Comentários 
O princípio da capacidade contributiva, previsto no art. 145, §1º, da CF, prevê que: Sempre que 
possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do 
contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses 
objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os 
rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte. Assim, ao graduar a tributação conforme 
a capacidade contributiva, o Fisco estará privilegiando a igualdade material ou isonomia tributária, 
em efetiva política de justiça fiscal. Lembre-se que o princípio da igualdade não significa tratar a 
todos de forma igual indistintamente, mas sim tratar de formar diferenciada na medida da 
diferenciação entre os contribuintes. 
Gabarito: “d”. 
 
7. (2017/VUNESP/Prefeitura de Porto Ferreira-SP/Procurador Jurídico) 
A Constituição Federal confere poder de tributar à União, aos Estados, ao Distrito Federal e 
aos Municípios, mas estabelece limitações ao exercício desse mesmo poder. Nesse sentido, é 
correto afirmar que a tarefa de regular as limitações constitucionais ao poder de tributar é 
matéria que a Constituição Federal confere 
 
a) à lei complementar. 
b) à lei ordinária no âmbito da competência de cada ente tributante. 
c) a qualquer espécie normativa, desde que no âmbito territorial de cada ente tributante. 
d) à lei ordinária específica de cada tipo de tributo. 
e) somente às Constituições Estaduais e às Leis Orgânicas. 
Comentários 
De acordo com o art. 146, inciso I, da CF: Cabe à lei complementar: I - dispor sobre conflitos de 
competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; II 
- regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; III - estabelecer normas gerais em 
matéria de legislação tributária, especialmente sobre: a) definição de tributos e de suas espécies, 
bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos 
geradores, bases de cálculo e contribuintes; b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e 
decadência tributários; c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas 
sociedades cooperativas. d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as 
microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados 
no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e 
da contribuição a que se refere o art. 239. 
Gabarito: “a”. 
 
8. (2016/CESPE/PGE-AM) 
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Considerando os limites ao exercício do poder de tributar, julgue o item seguinte. 
As limitações ao poder de tributar são normas de restrição da competência tributária 
taxativamente previstas na CF. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
Comentários 
Como visto quando falamos do Princípio da vedaçãoà isenção heterônoma, a República Federativa 
do Brasil no exercício de sua soberania pode assinar tratados internacionais prevendo isenção de 
tributos dos entes subnacionais (União, Estados, DF e Municípios). Portanto, há caso de limitação 
ao poder de tributar que não está taxativamente previsto na CF, como o exemplo da Convenção de 
Viena sobre Relações Consulares (Decreto nº 61.078, de 26 de julho de 1967, retificado pelo 
Decreto nº 95.711, de 10 de fevereiro de 1988) que concede isenção do IPTU e do ITBI-IV. Não 
confunda a União, Pessoa Jurídica de Direito Público Interno (ente subnacional), com a República 
Federativa do Brasil (que se relaciona com as Pessoas Jurídicas de Direito Público Externo no pleno 
gozo da sua soberania estatal). Para que não paire dúvida, isenção concedida pelo ente subnacional 
(União, Estados, DF ou Municípios) não é limitação ao poder de tributar, mas sim caso de exclusão 
do crédito tributário (art. 175 do CTN). Somente a concedida pelo Estado Brasileiro por meio de 
Tratados Internacionais fulmina o poder de tributar do ente subnacional. Também invalida a 
assertiva a palavra “taxativamente”. Como visto, ao falarmos das limitações ao poder de tributar 
previstos na constituição, há inúmeras outras limitações fora dos artigos 150 a 152, por exemplo, 
no art. 5º da CF. Entre elas, princípios implícitos (razoabilidade e proporcionalidade, entre outros) 
que, portanto, não estão taxativamente na CF. 
Gabarito: “errado”. 
 
9. (2016/FCC/Prefeitura de Teresina - PI: Auditor Fiscal) 
A Constituição Federal, em diversos de seus dispositivos, determina expressamente que o 
legislador federal edite normas jurídicas por meio de lei complementar, o que acontece, 
inclusive, em relação às normas de natureza tributária. De acordo com o texto constitucional, 
é necessário lei complementar federal para: 
a) fixar as alíquotas mínimas do ISS. 
b) instituir, no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não na 
competência tributária dos Municípios. 
c) definir os fatos geradores das contribuições de melhoria. 
d) definir a base de cálculo das taxas. 
e) instituir o ISS, bem como definir os serviços sujeitos a esse imposto. 
Comentários 
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De acordo com o art. 156, §3º, inciso I, da CF, cabe à Lei Complementar fixar as alíquotas máximas 
e mínimas do ISS. A alíquota máxima de 5% já estava prevista no art. 8º, inciso II, da Lei 
Complementar nº 116, de 2003. A mínima de 2%, que era fixada pelo art. 88 do ADCT, também 
passou a constar expressamente no art. 8º-A da Lei Complementar nº 116, de 2003, em função da 
inserção produzida pela Lei Complementar nº 157, de 2016, que passou a produzir efeitos quanto a 
este ponto em 30 de dezembro de 2017. 
Gabarito: “a”. 
 
10. (2016/FUNRIO/Prefeitura de Trindade - GO: Procurador Municipal) 
Considerando as regras da anterioridade e anualidade em matéria tributária relativa ao IPTU, 
a afirmativa correta é: 
a) A alteração de alíquota produz efeitos imediatamente. 
b) À majoração da base de cálculo, prevista em lei, se aplica exclusivamente a anterioridade 
nonagesimal. 
c) A atualização anual da base de cálculo, com base em índices oficiais de inflação, poderá ser 
procedida por ato do poder executivo. 
d) A majoração prevista em lei somente poderá produzir seus efeitos no exercício posterior 
ao que entrou em vigor a lei, se estiver considerado o reajuste na lei orçamentária anual. 
e) A majoração progressiva da alíquota prevista na lei 10.257/2001 deverá ser precedida de 
lei específica para cada aumento, observando, todas as leis de reajuste, a anterioridade 
clássica. 
Comentários 
Como visto quando abordamos a expressão “lei em sentido estrito”, o art. 97 do CTN diferencia a 
majoração de tributo de mera atualização do valor monetário da base cálculo. Ou seja, a 
atualização do valor monetário da base de cálculo, desde que limitada aos índices oficiais de 
inflação estabelecidos pelo governo (em regra, o IPCA), nem precisa atender à reserva legal (lei em 
sentido estrito). Pode, portanto, ser realizada por Decreto do chefe do Poder Executivo. 
Gabarito: “c”. 
 
11. (2017/IBFC/EBSERH: Advogado/HUGG-UNIRIO) 
Assinale a alternativa correta sobre a previsão constitucional que corresponde ao princípio da 
anterioridade. 
a) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar tributos em 
relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído 
ou aumentado 
b) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar tributos no 
mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou 
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c) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios cobrar tributos antes 
de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou 
aumentou 
d) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios utilizar tributo com 
efeito de confisco 
e) É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer limitações 
ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, 
ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público 
Comentários 
Disposição literal do art. 150, inciso III, alínea “b”, da CF. É um princípio que, além de privilegiar a 
segurança jurídica, garante a não surpresa para os sujeitos passivos, já que esses terão o prazo que 
vai da data de publicação da lei até, pelo menos, o início do exercício civil seguinte para 
reprogramar suas finanças de modo a incluir o aumento da carga tributária. 
Gabarito: “b”. 
 
12. (2016/VUNESP/Prefeitura de Mogi das Cruzes – SP: Procurador Jurídico) 
A jurisprudência tem se posicionado pela inconstitucionalidade das multas moratórias 
quando superiores a certos percentuais relativos ao valor do tributo, 100%, por exemplo. O 
fundamento de tal posicionamento assenta-se no princípio constitucional da 
a) não seletividade. 
b) não cumulatividade. 
c) transparência dos atos administrativos. 
d) vedação ao confisco. 
e) uniformidade jurídica da tributação. 
Comentários 
O princípio do não confisco está previsto expressamente no art. 150, inciso IV, da CF e veda que os 
entes políticos utilizem a tributação como fundamento inadequado e desarrazoado para retirar o 
bem ou o rendimento da titularidade do particular e fazê-lo ingressar ao erário. A jurisprudência do 
STF é no sentido de que o princípio do não confisco possui cláusula aberta e indeterminada que 
necessita da análise fática para mensurar e ponderar a sua medida. Vide decisão do STF no AI 
851.038: o entendimento desta Corte é no sentido de que a abusividade da multa punitiva apenas 
se revela naquelas arbitradas acima do montante de 100% (cem por cento) do valor do tributo. 
Gabarito: “d”. 
 
13. (2016/IDIB/Prefeitura de Novo Gama – GO: Fiscal de Tributos) 
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Um dos aspectos da soberania do Estado é o do seu poder especial de penetrar nos 
patrimônios dos particulares, exigindo-lhes contribuições derivadase compulsórias. Este 
poder é representado pelo poder de criar tributos, de estabelecer proibições tributárias, isto 
é, de emanar normas jurídicas tributárias. O poder fiscal é inerente ao próprio Estado, que 
advém de sua soberania política, consistente na faculdade do estabelecer tributos, de exigir 
contribuições compulsórias, a fim de poder atender ás necessidades públicas. Vulgarmente 
expressa-se como "Fisco" o poder de exigir tributos do Estado. O Direito Tributário regula 
principalmente as relações jurídicas entre o "Fisco", como sujeito ativo, e o Contribuinte, ou 
terceiros, como sujeitos passivos; regula a cobrança e a fiscalização dos tributos. Sobre os 
princípios basilares do Direito Tributário, marque o item INCORRETO: 
a) O Princípio da Anterioridade diz que nenhum tributo será cobrado em cada exercício 
financeiro, sem que a lei que o instituiu ou aumentou tenha sido publicada; a Constituição 
Federal veda expressamente a cobrança do tributo no mesmo exercício financeiro em que 
haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou (art. 150, III, b) 
b) O Princípio da irretroatividade versa que a lei tributária só vale em relação a fatos 
geradores ocorridos depois do início da vigência da lei que os houver instituído ou 
aumentado 
c) O Princípio da Capacidade Contributiva diz que o tributo deve ser razoável, não podendo 
ser tão oneroso que chegue a representar um verdadeiro confisco. 
d) O Princípio da legalidade garante que nenhum tributo será instituído, nem aumentado, a 
não ser através de lei. 
Comentários 
A assertiva da opção “c” confunde o princípio do não confisco com o da capacidade contributiva. O 
princípio da capacidade contributiva prevê (§1º do art. 145 da CF): “sempre que possível, os 
impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do 
contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses 
objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os 
rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte”. Já o princípio do não confisco está 
previsto no art. 150, inciso IV, da CF, prevendo a vedação de que os entes políticos, sob o pretexto 
da tributação, desrespeitem a razoabilidade e retirem inadequadamente o bem ou o rendimento 
do patrimônio do particular. 
Gabarito: “c”. 
 
14. (2016/FCC/PGE-MT) 
Um determinado Estado brasileiro, famoso pelas lindas paisagens que ornamentam muitas 
de suas cidades, estava passando por severa crise econômica. Decidiu, em razão disso, 
investir fortemente no turismo destas cidades, com a finalidade de atrair pessoas com alto 
poder aquisitivo e que estivessem predispostas a gastar neste “Estado paradisíaco”. 
Paralelamente, com o intuito de evitar a afluência e o tráfego de turistas provenientes de 
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unidades federadas com baixo ou nenhum poder aquisitivo, o governo deste “Estado 
paradisíaco” criou uma exação que denominou de “Taxa Interestadual de Compensação 
Financeira”, e que tinha o intuito específico de impedir, ou, pelo menos, de reduzir o tráfego 
de pessoas provenientes de outros Estados sem poder aquisitivo naquelas cidades turísticas 
do Estado. De acordo com a Constituição Federal, essa taxa: 
a) poderia ser cobrada, desde que obedecido o princípio da anterioridade. 
b) poderia ser cobrada, desde que obedecidos os princípios da anterioridade e da 
anterioridade nonagesimal (noventena). 
c) não poderia ser cobrada. 
d) poderia ser cobrada, desde que obedecidos os princípios da anterioridade e da 
irretroatividade. 
e) não poderia ser cobrada pelo Estado em que se localizam essas cidades, pois a 
competência para instituir essa taxa é do Estado de proveniência dos turistas. 
Comentários 
Como visto quando abordamos o tema limitações constitucionais ao poder de tributar, é vedado à 
União, Estados, DF e Municípios estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de 
tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias 
conservadas pelo Poder Público (art. 150, inciso V, CF). 
Gabarito: “c”. 
 
15. (2016/FCC/Prefeitura de Teresina - PI: Advogado) 
A câmara municipal de um Município brasileiro aprovou lei aumentando a alíquota do ISS. 
Sancionada pelo prefeito daquele Município, o texto dessa lei foi publicado em 12 de 
novembro de 2014, uma quarta-feira. O último artigo dessa lei estabeleceu que ela entraria 
em vigor na data de sua publicação. Com fundamento no que disciplina a Constituição 
Federal a respeito dessa matéria, essa alíquota majorada poderia ser aplicada a fatos 
geradores ocorridos a partir de 
a) 2 de novembro de 2014. 
b) 1o de janeiro de 2014. 
c) 1o de janeiro de 2015. 
d) 13 de novembro de 2014 
e) 11 de fevereiro de 2015. 
Comentários 
A nova lei que majorou o ISS deve respeitar o princípio da anterioridade geral e o princípio da 
anterioridade nonagesimal. Assim, a nova lei só terá eficácia após conjugado o atendimento não 
poder ser cobrado no mesmo exercício financeiro (anterioridade geral) e após o prazo de 90 dias 
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(anterioridade nonagesimal). Portanto, 90 dias da publicação da referida lei, 12 de novembro de 
2014, será 11 de fevereiro de 2015. 
Gabarito: “e”. 
 
16. (2016/FCC/Prefeitura de Teresina - PI: Auditor Fiscal) 
Por meio de sorteio internacional, realizado em 2015, um determinado Município brasileiro 
foi escolhido para sediar, em 2016, evento político-ecológico relevante no cenário mundial, o 
qual, pela sua magnitude, acabou exigindo que o Brasil promovesse gastos enormes com 
segurança, principalmente com a segurança das autoridades estrangeiras. Não obstante o 
fato de a União e o Estado terem feito grandes investimentos nessa área, não houve meio de 
o Município sede do evento escapar da realização de enormes despesas nessa área. Com 
base nessas informações e nas disposições da Constituição Federal nesse sentido, o referido 
Município poderá: 
a) aumentar, para fazer face a essas despesas extraordinárias, a alíquota dos impostos 
municipais, respeitadas as regras constitucionais atinentes às limitações do poder de tributar 
e à desvinculação das receitas tributárias, bem como as limitações impostas por leis 
complementares. 
b) instituir contribuição de interesse nacional, de caráter excepcional e transitório, mediante 
delegação expressa e específica da União, por meio de resolução do Senado Federal. 
c) fixar a alíquota do ISS, por meio de lei ordinária, em percentual superior ao do teto 
estabelecido em lei complementar federal, em caráter excepcional e transitório. 
d) ser autorizado pela União, por meio de lei complementar específica, a tributar a 
exportação de serviços para o exterior, em caráter excepcional e transitório, não superior a 
seis meses. 
e) instituir empréstimo compulsório via edição de lei ordinária, mediante delegação expressa 
e específica da União, feita por meio de decreto legislativo, pois a realização desse evento 
constitui investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional. 
Comentários 
A CF não atribuiu competência ao Municípios para instituir contribuição de interesse nacional ou 
empréstimo compulsório. De igual modo, a CF estabeleceu que cabe à lei complementar: fixar as 
alíquotas máximas e mínimas do ISS; e excluir exportações de serviços para o exterior da sua 
incidência (art.156, §3º, incisos I e II). Portanto, lei ordinária municipal não pode desrespeitar Lei 
Complementar que fixe limites de alíquota do ISS e não pode fazer incidir o imposto nas 
exportações de serviços para o exterior. 
Gabarito: “a”. 
 
17. (2016/FCC/Prefeitura de Teresina – PI) 
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O dispositivo constitucional previsto no art. 151, I, da Carta Magna, que veda à União ao 
instituir tributo a distinção em relação a um Estado, ao Distrito Federal ou a um Município, 
em prejuízo dos demais, adota o princípio da 
a) vinculabilidade da tributação. 
b) indelegabilidade da competência tributária. 
c) uniformidade geográfica. 
d) tipologia tributária. 
e) anterioridade vinculada. 
Comentários 
Ao tratarmos das limitações constitucionais ao poder de tributar, verificamos que o art. 151 da CF 
veda que a União institua tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que 
implique distinção ou preferência em relação a Estados, DF ou Municípios. Tal dispositivo trata do 
princípio da uniformidade geográfica. 
Gabarito: “c”. 
 
18. (2016/FCC/Prefeitura de Teresina – PI) 
A respeito dos Princípios Gerais Tributários, 
a) a instituição de tributo através de Decreto não fere o princípio da legalidade. 
b) a cobrança de tributos no mesmo exercício financeiro sem que haja sido publicada a lei 
que os instituiu ou aumentou fere especificamente o princípio da competência. 
c) a instituição de tributo fora da matéria que foi destinada constitucionalmente à entidade 
tributante fere especificamente o princípio da anterioridade. 
d) a graduação dos tributos fora da capacidade econômica de contribuir não fere o princípio 
da capacidade contributiva. 
e) o imposto progressivo não fere o princípio da igualdade. 
Comentários 
De fato, a progressividade tributária busca privilegiar os princípios da capacidade contributiva e da 
igualdade na medida em que tributa de forma diferente e com aumento gradativo aqueles que se 
encontram em situações econômicas diferentes. Como vimos, a busca pela igualdade, sob a 
perspectiva tributária, consiste em tributar desigualmente os desiguais, na medida em que se 
desigualam. 
Gabarito: “e”. 
 
19. (2016/INSTITUTO AOCP/EBSERH: Advogado) 
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De acordo com o texto constitucional, em relação às limitações do poder de tributar, é 
vedado à União, aos Estados e aos Municípios: 
a) instituir tributos, inclusive taxas e contribuições sobre patrimônio, renda ou serviços uns 
dos outros. 
b) instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação 
equivalente, autorizada, no entanto, a distinção em razão de ocupação profissional ou função 
por eles exercida. 
c) instituir impostos sobre livros, jornais, periódicos, assim como o papel e o prédio 
destinados à sua impressão. 
d) instituir tributos, inclusive taxas e contribuições, sobre templos de qualquer culto. 
e) utilizar tributos com efeito de confisco. 
Comentários 
A vedação ao confisco para qualquer tributo consta no art. 150, inciso IV, da CF. 
As assertivas “a” e “d” incorrem em erro por citarem “tributos” e não apenas “impostos” tal qual 
previsto expressamente no art. 150, inciso VI. 
O princípio da igualdade tributária ou isonomia, prevista no art. 150, inciso II, proíbe qualquer 
distinção em razão de ocupação profissional ou função exercida pelos contribuintes. Errada, 
portanto, a assertiva “b”. 
A limitação ao poder de tributar que caracteriza a imunidade sobre livros, jornais, periódicos e o 
papel destinado a sua impressão não contempla qualquer “prédio” a eles relacionados (art. 150, 
inciso VI, alínea “d”). 
Gabarito: “e". 
 
20. (2016/CESPE/TCE-PA: Auditor de Controle Externo) 
Com base nas normas gerais e constitucionais de direito tributário, julgue o item que se 
segue. 
O princípio da legalidade tributária impede tanto o aumento como a criação de qualquer 
tributo, senão por meio de lei. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
Comentários 
Como vimos quando tratamos da expressão “lei em sentido estrito”, a regra é que seja necessária 
lei stricto sensu para se instituir ou majorar tributo. Contudo, há casos excepcionais contidos na CF 
e na legislação que autorizam, por exemplo, o Poder Executivo a alterar as alíquotas dos tributos de 
regulação da economia (tais como, II, IE, IPI e IOF – tributos extrafiscais). 
Gabarito: Errado. 
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21. (2017/Quadrix/SEDF) 
Considerando os conceitos gerais sobre tributos e a legislação tributária, julgue o item a 
seguir. 
A União não pode instituir isenções de tributos de sua competência cuja arrecadação seja 
compartilhada com estados e municípios. 
 
( ) CERTO ( ) ERRADO 
Comentários 
Não confundir com isenção heterônoma. Ou seja, a União está vedada, nos termos do art. 151, 
inciso III, a instituir isenções de tributos dos demais entes da federação, isto é, dos Estados, do DF e 
dos Municípios. Por outro lado, está dentro da esfera de autonomia da União a concessão de 
isenção de seus próprios tributos, ainda que parcela da arrecadação tenha como destino outro 
ente da federação. 
Gabarito: Errado. 
 
22. (2016/FAEPESUL/Prefeitura de Grão Pará – SC: Fiscal da Fazenda) 
Marque a alternativa que não se trata de característica da COSIP, segundo o Sistema 
Tributário Brasileiro: 
a) É uma taxa que visa custear os serviços de iluminação pública. 
b) Pode ser instituída e cobrada pelos Municípios. 
c) É uma contribuição que tem por escopo custear o serviço de iluminação pública. 
d) É recurso que financia um serviço público de natureza uti universi, geral, portanto 
indivisível e insuscetível de referibilidade a um indivíduo ou a um grupo de indivíduos 
determinável. 
e) Pode ser instituída e cobrada pelo Distrito Federal. 
 
Comentários 
A Contribuição para o custeio do Serviço de Iluminação Pública - COSIP, introduzida no art. 149-A 
do texto constitucional pela EC nº 39, de 2002, permitiu aos Municípios e ao Distrito Federal 
arrecadar, por meio dessa contribuição, e não por meio da Taxa de Serviço de Iluminação Pública, 
os valores necessários para fazer frente a essa despesa. 
A jurisprudência do STF já tinha pacificado entendimento pela inconstitucionalidade de cobrança 
de Taxa de Serviço de Iluminação Pública, por ser inespecífico, indivisível, uti universi e não uti 
singuli, sendo, portanto, de mensuração individualizada insuscetível quanto ao custo por 
contribuinte determinado. 
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O texto da atual Súmula Vinculante 41 é: “o serviço de iluminação pública não pode ser 
remunerado mediante taxa” (conversão da Súmula 670). 
Gabarito: “a”. 
 
23. (2016/FCC/SEGEP-MA) 
A Constituição Federal atribuiu às leis complementares federais várias funções, dentre as 
quais, a de: 
a) estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária,especialmente sobre a 
definição de tributos e de suas espécies. 
b) estabelecer normas gerais sobre obrigação, lançamento e prescrição tributários, bem 
como fixar a alíquota dos impostos federais. 
c) reduzir ou ampliar as limitações constitucionais ao poder de tributar. 
d) dispor sobre conflitos de competência em matéria tributária, exceto quando se tratar do 
ICMS, cujos conflitos se resolvem por meio de convênios entre os Estados e o Distrito Federal. 
e) estabelecer normas atinentes à definição dos fatos geradores, das bases de cálculo e dos 
contribuintes dos tributos discriminados na Constituição Federal. 
Comentários 
As três atribuições tradicionais para a lei complementar no campo tributário são: 1) dispor sobre 
conflitos de competência entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; 2) regular as 
limitações constitucionais ao poder de tributar; e 3) estabelecer normas gerais em matéria de 
legislação tributária, em especial sobre: a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em 
relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de 
cálculo e contribuintes; b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários; c) 
adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas. 
Portanto, a assertiva “b” está errada em função de incluir a expressão “fixar a alíquota dos 
impostos federais”. 
A assertiva “c” incorre em erro por trocar o verbo correto “regular” para “reduzir ou ampliar”. 
A assertiva “d” inclui exceção quanto ao ICMS que não consta dentre às limitações à lei 
complementar. 
Por fim, a assertiva “e” apresenta erro na troca da palavra “imposto” por “tributo” (impostos 
discriminados na constituição e não tributos discriminados na constituição), bem como pela 
supressão da expressão “gerais” (normas gerais). 
Gabarito: “a”. 
 
24. (Legalle / Fiscal Tributário da Prefeitura de Portão - 2016) Os tributos de competência do 
Município são os seguintes, exceto: 
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(A) Impostos sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana. 
(B) Impostos sobre Serviços de Qualquer Natureza. 
(C) Impostos sobre veículos automotores. 
(D) Taxas de Fiscalização e Vistoria. 
(E) Taxas de Contribuição de Melhoria. 
Comentários: A exceção fica por conta do IPVA, que é estadual. A alternativa E está mal formulada, 
pois a Contribuição de Melhoria não é uma Taxa, ambas constituem modalidades distintas de 
tributos e são de competência comum dos entes. Portanto, a melhor resposta é a alternativa C. 
Gabarito: C 
 
25. (Legalle / Procurador da Câmara Municipal de Guaíba - 2017) Segundo o Código Tributário 
Nacional, quais dos seguintes impostos são de competência de os Municípios instituírem? 
I. Imposto sobre serviços de qualquer natureza. 
II. Imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana. 
III. Imposto sobre produtos industrializados. 
IV. Imposto sobre a propriedade de veículos automotores. 
V. Imposto sobre a transmissão "inter vivos”. 
Assinale a opção CORRETA: 
(A) Apenas I, II e III. 
(B) Apenas I, II e V. 
(C) Apenas II, III e V. 
(D) Apenas I, II, III e IV. 
(E) I, II, III, IV e V. 
Comentários: não há dúvida de que os impostos municipais são ISS, IPTU e ITBI. IPI é da União e 
IPVA do Estado. 
Gabarito: B 
 
26. (FUMARC/Técnico em Tributação de Gov. Valadares – 2009). As taxas e contribuições de 
melhoria pertencem à competência: 
a) da União e dos Estados. 
b) da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. 
c) da União. 
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d) dos Estados e dos Municípios. 
Comentários: O Art. 145 da CF, Incisos II e III estabelece a competência comum a todos os entes 
para estabelecer taxas e contribuições de melhoria. 
Gabarito: b 
 
27. (Objetiva / ISS Caxias do Sul – 2014) De acordo com o Código Tributário Municipal, são 
impostos de competência do Município: 
I - Sobre Transmissão inter vivos, por ato oneroso, de bens imóveis e de direitos reais a eles 
relativos. 
II - Sobre Serviços de Qualquer Natureza. 
III - Sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços. 
Estão CORRETOS: 
a) Somente os itens I e II. 
b) Somente os itens I e III. 
c) Somente os itens II e III. 
d) Todos os itens. 
Comentários: Os impostos de competência dos municípios, de acordo com a CF, são: IPTU, ITBI e 
ISSQN. Obviamente o CTM citado no enunciado não poderia estabelecer competência que 
extrapole o comando constitucional. Na questão, o examinador omitiu o IPTU e incluiu o ICMS, que 
é de competência estadual. 
Gabarito: a 
 
28. (Legalle / Procurador de Silveira Martins - 2014) De acordo com a Constituição Federal, o 
Município de Silveira Martins tem competência para instituir os seguintes tributos: 
(A) ITBI, IPTU, ISS e ITCMD. 
(B) IE, IR, IPI, IOF, IPTU. 
(C) IPVA, ICSM, taxas e contribuições de melhoria. 
(D) ITBI, IPTU, ISS e contribuição para custeio dos serviços de iluminação pública. 
(E) ITCMD, IPVA, contribuições de melhoria e contribuição dos servidores para custeio do 
regime previdenciário próprio. 
Comentários: A Constituição atribui competência para os municípios instituírem IPTU, ITBI, ISS e 
COSIP, além de Contribuição de Melhoria e Taxas. A única alternativa com essas opções é a “D”. 
Gabarito: D 
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29. (FUMARC/Técnico em Tributação de Gov. Valadares – 2009). A imunidade recíproca 
estende-se às seguintes pessoas: 
a) fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público 
b) permissionárias de serviço e de interesse coletivo 
c) concessionárias de serviços públicos 
d) sociedades de economia mista e empresas públicas 
Comentários: A imunidade recíproca envolve os entes entre si. Via de regra se aplica à 
Administração Direta, estendendo-se à Administração Indireta na figura das suas autarquias e 
fundações públicas, apenas. Não abrange patrimônio, renda ou serviços relacionados com a 
exploração de atividade econômica, regidas por normas aplicáveis a empreendimentos privados, 
como é a situação das empresas públicas, sociedades de economia mista, concessionárias e 
permissionárias de serviços públicos. 
Gabarito: a 
 
30. (IBFC / Fiscal de Rendas – Divinópolis / 2018) Tamanha a relevância do instituto 
“tributo” para o Direito que o Código Tributário Nacional dedicou o seu art. 3º 
exclusivamente para conceituá-lo. Nesse sentido, assinale a alternativa correta. 
a) há tributos consistentes em prestação pecuniária e outros em obrigações de fazer, como 
servir de mesário nas eleições quando convocado 
b) a cobrança do tributo decorre de atividade administrativa plenamente vinculada 
c) são três as espécies tributárias – impostos, taxas e contribuições de melhoria –, e as 
contribuições e os empréstimos compulsórios, embora tratados pela Constituição no capítulo 
do sistema tributário nacional, não têm natureza tributária, não estando sujeitos às 
limitações constitucionais ao poder de tributar 
d) a denominação adotada por lei é determinante para a identificação da espécie tributária 
(natureza jurídica específica do tributo) 
Comentários: 
Alternativa“a” – os tributos se revestem de prestação pecuniária, pela definição do Art. 3º do CTN, 
não abarcando obrigações de fazer. 
Alternativa “b” – correta, de acordo com a definição de tributo do citado artigo do CTN. A cobrança 
do tributo mediante atividade administrativa vinculada é aquela exercida por autoridade 
administrativa em observância estrita à lei. 
Alternativa “c” – o CTN, anterior à atual CF, baseava o sistema tributário no tripé formado por 
impostos, taxas e contribuições de melhoria. A CF trouxe novas espécies tributárias, como as 
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contribuições e o empréstimo compulsório e, logo, a todas as espécies se impõe as limitações ao 
poder de tributar. 
Alternativa “d” – O Art. 4º do CTN diz que a natureza jurídica específica do tributo é determinada 
pelo fato gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la, dentre outras, a 
denominação adotada por lei. 
Gabarito: b 
 
 
 
 
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Chegamos ao final desta primeira aula!!! 
 
Semanalmente voltaremos a nos encontrar por aqui, com uma nova aula, durante 8 semanas, 
concluindo o curso com cerca de 2 semanas de folga para a data da prova. 
 
Lembre-se, para qualquer dúvida não hesite em me procurar nos canais da plataforma. Terei 
enorme satisfação em lhe ajudar. 
 
Meu maior desejo é o de que você seja aprovado no concurso. Então, nem eu, nem você, devemos 
poupar qualquer esforço nesse sentido!!! 
 
A seguir, o conteúdo isolado da lei seca, tema da aula de hoje, atendendo a sugestão de vários 
alunos. 
 
Um abraço 
 
Até a próxima aula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ANEXOS – LEI SECA 
 
TÍTULO IV – LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE SÃO JOSÉ DO RIO PRETO 
Da Administração Tributária e Financeira 
 
Capítulo I - Dos Tributos Municipais 
Capítulo II - Da Receita e da Despesa 
Capítulo III - Do Orçamento (não faz parte do Edital) 
 
CAPÍTULO I 
Dos Tributos Municipais 
 
Artigo 122 - São tributos municipais os impostos, as taxas e a contribuição de melhoria, esta decorrente de obras públicas, 
instituídas por leis municipais, atendidos os princípios estabelecidos na Constituição da República. 
Artigo 123 - São de competência do Município os impostos sobre: 
I - Propriedade predial e territorial urbana; 
II - Transmissão Inter Vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de 
direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos à sua aquisição; 
III - Vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto óleo diesel; 
IV - Serviços de qualquer natureza, não compreendidos na competência do Estado, definidos em lei complementar federal. 
§ 1º - O imposto previsto no inciso I poderá ser progressivo, nos termos da Lei Municipal, de forma a assegurar o 
cumprimento da função social da propriedade. 
§ 2º - O imposto previsto no inciso II não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de 
pessoa jurídica em realização de capital nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrentes de fusão, incorporação, 
cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e 
venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil. 
§ 3º - A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos previstos nos incisos III 
e IV 
Artigo 124 - As taxas só poderão ser instituídas por lei, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, 
efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição. 
Artigo 125 - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica 
do contribuinte, facultado à Administração Municipal, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, 
identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades 
econômicas do contribuinte. 
Parágrafo Único – As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos. 
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Artigo 126 - O Município poderá instituir contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, de 
sistemas de previdência e assistência social, na forma da lei. 
 
CAPITULO II 
Da Receita e da Despesa 
 
Artigo 127 - A receita municipal constituir-se-á da arrecadação dos tributos municipais, da participação de tributos da 
União e do Estado, dos recursos resultantes do Fundo de Participação dos Municípios e da utilização de seus bens, 
serviços, atividades e de outros ingressos. 
Artigo 128 - A fixação dos preços públicos, devidos pela utilização de bens, serviços e atividades municipais, será feita pelo 
Prefeito, mediante decreto. 
Parágrafo Único - As tarifas dos serviços públicos deverão cobrir os seus custos, sendo reajustáveis quando se tornarem 
deficientes ou excedentes. 
Artigo 129 - Nenhum contribuinte será obrigado ao pagamento de qualquer tributo lançado pela Prefeitura, sem prévia 
notificação. 
Parágrafo Único - Do lançamento do tributo cabe recurso ao Prefeito, assegurado para sua interposição o prazo de quinze 
dias úteis, contados da notificação. 
Artigo 130 – Considera-se notificação a entrega do aviso de lançamento no domicílio fiscal do contribuinte. 
Parágrafo Único - A notificação ao contribuinte deverá ser feita pessoalmente ou por via postal, sob registro, e, na 
ausência do destinatário, far-se-á ao seu representante ou preposto, e, se encontrar em lugar incerto e não sabido, por 
edital. 
Artigo 131 - Nenhuma despesa será ordenada ou satisfeita sem que exista recurso disponível e crédito aprovado pela 
Câmara Municipal, salvo a que ocorrer por conta de crédito extraordinário, nos termos da legislação em vigor. 
Artigo 132 - Nenhuma lei que crie ou aumente despesa será executada sem que dela conste a identificação do recurso 
para atendimento do correspondente encargo. 
Artigo 133 - As disponibilidades de caixa do Município, de suas autarquias e fundações e das empresas por ele controladas 
serão depositadas em instituições financeiras oficiais, salvo os casos previstos em lei. 
 
 
 
CÓDIGO TRIBUTÁRIO MUNICIPAL – CTM 
TITULO I - DAS DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
Art. 1º Esta Lei institui o Código Tributário do Município, dispondo sobre fatos geradores, contribuintes, responsáveis, 
bases de cálculo, alíquotas, lançamento e arrecadação de cada tributo, disciplinando a aplicação de penalidades, a 
concessão de isenções e administração tributária. 
Art. 2º Aplicam-se às relações entre a fazenda Municipal e os contribuintes as normas gerais de direito tributário 
constantes deste Código e do Código Tributário Nacional. 
Art. 3º Compõem o sistema tributário do Município:I - Impostos: 
a) sobre a propriedade territorial urbano; 
b) sobre a propriedade predial; 
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c) sobre serviços de qualquer natureza. 
II - Taxas decorrentes do efetivo exercício do poder de Polícia Administrativa: 
a) de licença para localização; 
b) de licença para funcionamento em horário normal e especial; 
c) de licença para o exercício da atividade de comércio ambulante; 
d) de licença para execução de obras particulares; 
e) de licença para publicidade. 
III - Taxas decorrentes da utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos, específicos e divisíveis, prestados aos 
contribuintes ou postos a sua disposição: 
a) limpeza pública; (Extinta pela Lei nº 6107/1995) 
b) conservação de vias e logradouros públicos; (Extinta pela Lei nº 6107/1995) 
c) iluminação pública; 
d) conservação de estradas municipais; 
e) incêndio e salvamento; 
f) água e esgoto. 
IV - Contribuição de Melhoria 
Art. 4º Para serviços cuja natureza não com porte a cobrança de taxas, serão estabelecidos, pelo Executivo, preços 
públicos, não submetidos à disciplina jurídica dos tributos. 
 
 
 
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