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Hipertensão Arterial Sistêmica

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Hipertensão arterial (HA) é condição 
clínica multifatorial caracterizada por elevação 
sustentada dos níveis pressóricos ≥ 140 e/ou 
90 mmHg. 
Frequentemente, associa-se a 
distúrbios metabólicos, 
alterações funcionais e/ou 
estruturais de órgãos-alvo, sendo 
agravada pela presença de outros 
fatores de risco (FR), como 
dislipidemia, obesidade abdominal, 
intolerância à glicose e diabetes 
melito (DM). 
 
Mantém associação 
independente com eventos como 
morte súbita, acidente vascular 
encefálico (AVE), infarto agudo do 
miocárdio (IAM), insuficiência 
cardíaca (IC), doença arterial 
periférica (DAP) e doença renal 
crônica (DRC), fatal e não fatal. 
➢ Pré-hipertensão (PH) é uma 
condição caracterizada por PA 
sistólica (PAS) entre 121 e 139 e/ou 
PA diastólica (PAD) entre 81 e 89 
mmHg; 
➢ A PH associa-se a maior risco de 
desenvolvimento de HA1 e 
anormalidades cardíacas; 
➢ Cerca de um terço dos eventos 
cardiovasculares (CV) atribuíveis à 
elevação de PA ocorrem em 
indivíduos com PH. 
Meta-análises do risco de 
incidência de DCV, DIC e AVE em 
indivíduos pré-hipertensos mostrou 
que o risco foi maior naqueles com 
níveis entre 130 e 139 ou 85 e 89 
mmHg do que naqueles com níveis 
entre 120 e 129 ou 80 e 84 mmHg. 
A implicação clínica dessas 
evidências epidemiológicas é que 
a PA de indivíduos pré-
hipertensos deve ser monitorada 
mais de perto, pois uma 
significativa proporção deles irá 
desenvolver HA e suas 
complicações. 
ç
• A MRPA é uma modalidade de 
medição realizada com protocolo 
especı́fico, consistindo na 
obtenção de três medições pela 
manhã̃, antes do desjejum e da 
tomada da medicação, e três à 
noite, antes do jantar, durante 
cinco dias. 
• Outra opção é realizar duas 
medições em cada uma dessas 
duas sessões, durante sete dias. 
• São considerados anormais 
valores de PA ≥ 135/85 mmHg. 
 
ç
 A MAPA é o método que permite o registro 
indireto e intermitente da PA durante 24 horas 
ou mais, enquanto o paciente realiza suas 
atividades habituais durante os períodos de 
vigília e sono. 
Uma de suas características mais 
especificas é a possibilidade de identificar as 
alterações circadianas da PA, sobretudo em 
relação às medições durante o sono, que têm 
implicações prognosticas consideráveis. 
 
 Considera-se normotensão 
quando as medidas de consultório são 
≤ 120/80 mmHg e as medidas fora 
dele (MAPA ou MRPA) confirmam os 
valores considerados normais. 
 Define-se HA controlada 
quando, sob tratamento anti-
hipertensivo, o paciente permanece 
com a PA controlada tanto no 
consultório como fora dele. 
A PH caracteriza-se pela 
presença de PAS entre 121 e 139 
e/ou PAD entre 81 e 89 mmHg. 
Os pré-hipertensos têm maior 
probabilidade de se tornarem 
hipertensos e maiores riscos de 
desenvolvimento de complicações 
CV quando comparados a indivíduos 
com PA normal, ≤ 120/80 mmHg, 
necessitando de acompanhamento 
periódico. 
O EAB é a diferença de pressão entre as 
medidas obtidas no consultório e fora dele, 
desde que essa diferença seja igual ou superior a 
20 mmHg na PAS e/ou 10 mmHg na PAD. 
 
Essa situação não muda o 
diagnóstico, ou seja, se o indivíduo é 
normotenso, permanecerá 
normotenso, e se é hipertenso, 
continuará sendo hipertenso; pode, 
contudo, alterar o estágio e/ou dar a 
falsa impressão de necessidade de 
adequações no esquema terapêutico. 
 
 
 É a situação clínica 
caracterizada por valores anormais da 
PA no consultório, porém com valores 
considerados normais pela MAPA ou 
MRPA.

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