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6º Simulado OAB - Gabarito Comentado Simulados - 1ª Fase OAB - XXXII Exame de Ordem Autor: 6º Simulado OAB - Gabarito Comentado 2º Simulado da 1ª Fase - XXXII Exame de Ordem - 21/03/2020 XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva-Profissional 6º Simulado OAB - Gabarito Comentado Simulados - 1ª Fase OAB - XXXII Exame de Ordem www.estrategiaconcursos.com.br XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva 2 57 6º Simulado OAB - Gabarito Comentado Simulados - 1ª Fase OAB - XXXII Exame de Ordem www.estrategiaconcursos.com.br XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva 3 57 PROVA OBJETIVA Informações gerais • Essa prova é focada na 1ª fase do XXXII Exame de Ordem da OAB; • As questões são inéditas e foram elaboradas pelos nossos professores com base no perfil da banca do certame, a FGV; • 5 horas é o tempo disponível para a realização da prova, tente realizar este simulado respeitando este limite de tempo conforme ocorrerá no dia de seu exame. • Esse simulado não é uma das rodadas de correção de peças e questões individualizadas, que serão disponibilizadas futuramente somente aos alunos que efetuaram a compra do nosso curso. • Esse simulado é uma autoavaliação! Você mesmo (a) vai corrigir, a partir da correção ao vivo no canal do YouTube do Estratégia OAB, que começa às 14h. Siga as nossas Redes Sociais Estratégia OAB no YouTube instagram.com/estratégia OAB ATENÇÃO! Esse caderno de prova é disponibilizado de maneira gratuita, para que os candidatos à 1ª Fase em do XXXII Exame possam praticar. Por isso, é importante para nós, que você dê o máximo de publicidade a esse simulado. Envie para os seus amigos, mande em listas de e-mails, WhatsApp, etc. Assim, mais gente tem acesso a ele! =) O objetivo é difundir esse simulado ao máximo! O fato de o simulado ser gratuito não significa que ele não seja protegido pela Lei de Direitos Autorais. A cópia ou distribuição não autorizada, sujeita o infrator às sanções previstas nos arts. 101 e ss. da Lei 9.610/1998. 6º Simulado OAB - Gabarito Comentado Simulados - 1ª Fase OAB - XXXII Exame de Ordem www.estrategiaconcursos.com.br XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva 4 57 CÓDIGO DE ÉTICA E ESTATUTO DA OAB Rosenval Júnior Questão 1 O sigilo profissional é um direito-dever do advogado, uma vez que a base da relação formada entre cliente e advogado é a confiança. A esse respeito, com base no disposto no EAOAB e no Código de Ética e Disciplina, a) O advogado tem a opção de guardar sigilo dos fatos de que tome conhecimento no exercício da profissão. b) O sigilo poderá ser violado pelo advogado em caso de grave ameaça ao direito à vida e à honra, mas não em defesa própria. c) O sigilo profissional independe de solicitação de reserva feita pelo cliente ao advogado. d) Autorizado pelo cliente, o advogado é obrigado a depor, em processo ou procedimento judicial, acerca de fatos a cujo respeito deva guardar sigilo profissional. Gabarito: C Comentários: a) Errado. Conforme o art. 35 do CED, o advogado tem o dever de guardar sigilo dos fatos de que tome conhecimento no exercício da profissão. Não é uma opção, é uma obrigação. b) Errado. O sigilo profissional poderá ser violado em casos de circunstâncias excepcionais que configurem justa causa, nos termos do art. 37 do CED. Entre tais casos, estão grave ameaça ao direito à vida ou à honra, ou que envolvam defesa própria. c) Certo. É exatamente o que dispõe o art. 36 do CED. O sigilo profissional é de ordem pública e não é necessário que o cliente peça segredo. O advogado ainda assim deve observar o sigilo profissional. d) Errado. Ainda que autorizado pelo cliente, o advogado não é obrigado a depor, em processo ou procedimento judicial, administrativo ou arbitral, sobre fatos a cujo respeito deva guardar sigilo profissional, de acordo com o art. 38 do CED. Questão 2 Renato é inscrito no quadro de advogados da OAB. Após sofrer um acidente, Renato foi acometido por incapacidade superveniente, o que ocasionou o cancelamento de sua inscrição. De acordo com o EAOAB a) O cancelamento da inscrição de Renato está correto, ainda que a incapacidade seja provisória, pois a capacidade civil plena é exigida para a inscrição nos quadros da OAB. b) A incapacidade superveniente e permanente não poderá causar o cancelamento da inscrição, devendo Renato apenas licenciar-se. c) Somente a incapacidade absoluta será causa para o cancelamento da inscrição. d) O cancelamento da inscrição de Renato está correto, desde que a incapacidade seja permanente. Gabarito: D 6º Simulado OAB - Gabarito Comentado Simulados - 1ª Fase OAB - XXXII Exame de Ordem www.estrategiaconcursos.com.br XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva 5 57 Comentários: De acordo com o EAOAB, a inscrição como advogado exige: • capacidade civil; • diploma ou certidão de graduação em direito, obtido em instituição de ensino oficialmente autorizada e credenciada; • título de eleitor e quitação do serviço militar, se brasileiro; • aprovação em Exame de Ordem; • não exercer atividade incompatível com a advocacia; • idoneidade moral; • prestar compromisso perante o conselho. Ainda conforme o EAOAB, dispõe o art. 11, V, que cancela-se a inscrição do profissional que perder qualquer um dos requisitos necessários para inscrição. O art. 12, por sua vez, dispõe que licencia-se o profissional que sofrer doença mental considerada curável. Portanto, o cancelamento da inscrição por incapacidade superveniente é correto, desde que a incapacidade seja permanente. Questão 3 Jaime é estagiário inscrito na OAB. Sob a responsabilidade de advogado, Jaime assinou petição de juntada de documentos a processo judicial. De acordo com o disposto no EAOAB e no RGEAOAB a) Estagiário inscrito na OAB pode assinar, isoladamente, petições de juntada de documentos a processos judiciais ou administrativos, desde que sob a responsabilidade do advogado. b) Jaime só poderia assinar a petição de juntada de documentos em conjunto com o advogado ou o defensor público. c) Jaime incorreu em infração ética, pois o estagiário não pode praticar atos isolados de advocacia. d) Caso Jaime tivesse praticado ato além dos regularmente admitidos, teria incorrido em infração ética, podendo ser apenado com censura, não havendo possibilidade de responsabilização penal. Gabarito: A Comentários: a) Certo. O estagiário inscrito na OAB pode praticar isoladamente certos atos de advocacia. Dispõe o art. 29, § 1º, III, do RGEAOAB, que: "Art. 29. Os atos de advocacia, previstos no Art. 1º do Estatuto, podem ser subscritos por estagiário inscrito na OAB, em conjunto com o advogado ou o defensor público. § 1º O estagiário inscrito na OAB pode praticar isoladamente os seguintes atos, sob a responsabilidade do advogado: I – retirar e devolver autos em cartório, assinando a respectiva carga; II – obter junto aos escrivães e chefes de secretarias certidões de peças ou autos de processos em curso ou findos; III – assinar petições de juntada de documentos a processos judiciais ou administrativos; e 6º Simulado OAB - Gabarito Comentado Simulados - 1ª Fase OAB - XXXII Exame de Ordem www.estrategiaconcursos.com.br XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva 6 57 § 2º Para o exercício de atos extrajudiciais, o estagiário pode comparecer isoladamente, quando receber autorização ou substabelecimento do advogado." b) Errado. Conforme o art. 29, do RGEAOAB, são os atos de advocacia previstos no art. 1º do EAOAB que podem ser subscritos por estagiário inscrito na OAB, em conjunto com o advogado ou o defensor público. A assinatura de petição de juntada de documentos a processos judiciais ou administrativos é ato que pode ser praticado isoladamente por estagiário. c) Errado.O estagiário só incorrerá em infração ética se praticar atos isolados além daqueles regularmente admitidos, conforme dispõe o art. 34, XXIX. d) Errado. De fato Jaime poderia ser apenado com censura caso tivesse incorrido em infração ética. Porém, haveria a possibilidade de responsabilização penal por exercício ilegal da profissão. Questão 4 O desagravo público é um procedimento formal em que a OAB se vale para mostrar insatisfação e prestar solidariedade a ofensas sofridas por advogado no exercício da profissão. A esse respeito, julgue as assertivas a seguir e assinale a correta, com base no disposto no EAOAB e no RGEAOAB. a) O inscrito na OAB, quando ofendido em razão do exercício profissional ou de cargo ou função da OAB, tem direito ao desagravo público promovido pelo Conselho competente, de ofício ou a seu pedido, somente. b) O inscrito na OAB tem direito ao desagravo público em caso de ofensa pessoal. c) Compete ao Conselho Federal promover o desagravo público quando a ofensa a advogado se revestir de relevância e grave violação às prerrogativas profissionais, com repercussão nacional.. d) O desagravo público depende de concordância do ofendido. Gabarito: C Comentários: a) Errado. Conforme dispõe o art. 18 do RGEAOAB, o ofendido tem direito a desagravo público promovido pelo Conselho competente, de ofício, a seu pedido ou a pedido de qualquer pessoa. b) Errado. De acordo com o art. 18, § 2º, do RGEAOAB, não há direito ao desagravo público em caso de ofensa: • pessoal, • não relacionada com o exercício profissional ou com as prerrogativas gerais do advogado; • se configurar crítica de caráter doutrinário, político ou religioso. c) Certo. É o que dispõe o art. 19, do RGEAOAB. O Conselho competente para promover o desagravo público é o Conselho Seccional. Porém essa competência passa a ser do Conselho Federal em caso de ofensa a Conselheiro Federal ou a Presidente de Conselho Seccional, e quando a ofensa a advogado se revestir de relevância e grave violação às prerrogativas profissionais, com repercussão nacional. d) Errado. O desagravo público não depende de concordância do ofendido, por se tratar de instrumento de defesa dos direitos e prerrogativas da advocacia, conforme dispõe o § 7º, do art. 19, do RGEAOAB. 6º Simulado OAB - Gabarito Comentado Simulados - 1ª Fase OAB - XXXII Exame de Ordem www.estrategiaconcursos.com.br XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva 7 57 Questão 5 A respeito dos honorários advocatícios, quando advogado e cliente não tiverem pactuado nada de forma escrita, a) A competência do advogado não é um dos elementos a serem considerados pelo magistrado, visto que a competência de todos os inscritos na OAB é presumida. b) Os honorários advocatícios serão arbitrados judicialmente, e o magistrado decidirá o valor. c) Honorários fixados por arbitramento judicial podem ser inferiores aos estabelecidos na tabela do Conselho Seccional da OAB. d) 1/2 dos honorários deve ser pago no início do serviço, e restante no final. Gabarito: B Comentários: a) Errado. Os elementos que devem ser considerados na fixação dos honorários estão dispostos no art. 49 do CED, e são: • a relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade das questões versadas; • o trabalho e o tempo a ser empregados. • a possibilidade de ficar o advogado impedido de intervir em outros casos, ou de se desavir com outros clientes ou terceiros; • o valor da causa, a condição econômica do cliente e o proveito para este resultante do serviço profissional; • o caráter da intervenção, conforme se trate de serviço a cliente eventual, frequente ou constante; • o lugar da prestação dos serviços, conforme se trate do domicílio do advogado ou de outro; • a competência do profissional; • a praxe do foro sobre trabalhos análogos. b) Certo. Dispõe o § 2º, do art. 22, do EAOAB, que na falta de estipulação ou de acordo, os honorários são fixados por arbitramento judicial. c) Errado. Segundo o § 2º, do art. 22, do EAOAB, os honorários fixados por arbitramento judicial não podem ser inferiores aos estabelecidos na tabela organizada pelo Conselho Seccional da OAB. d) Errado. O § 3º, do art. 22, do EAOAB, dispõe que, salvo estipulação em contrário, um terço dos honorários é devido no início do serviço, outro terço até a decisão de primeira instância e o restante no final. Questão 6 De acordo com o que dispõe o EAOAB a respeito das incompatibilidades e impedimentos, julgue as assertivas a seguir e assinale a correta. a) Militares da ativa não poderão exercer a advocacia. b) Incompatibilidade determina a proibição parcial, e o impedimento, a proibição total do exercício da advocacia. 6º Simulado OAB - Gabarito Comentado Simulados - 1ª Fase OAB - XXXII Exame de Ordem www.estrategiaconcursos.com.br XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva 8 57 c) A advocacia é incompatível com as atividades de ocupante de uma função de direção e gerência em uma instituição financeira. Tal incompatibilidade permanece mesmo que o ocupante da função deixe de exercê-la permanentemente. d) Membros do Ministério Público podem advogar em causa própria. Gabarito: A Comentários: a) Certo. O art. 28, VI, do EAOAB, dispõe a respeito. A advocacia é incompatível, mesmo em causa própria, com as atividades dos militares de qualquer natureza, na ativa. b) Errado. A assertiva inverte os conceitos. De acordo com o art. 27, do EAOAB, a incompatibilidade determina a proibição total, e o impedimento, a proibição parcial do exercício da advocacia. c) Errado. A advocacia é, de fato, incompatível com as atividades dos ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras, inclusive privadas, conforme o disposto no art. 28, VIII, do EAOAB. Porém, essa incompatibilidade não continua caso o exercício da função se encerre de forma permanente. A incompatibilidade permanece somente se o ocupante do cargo ou função deixar de exercê-lo temporariamente. d) Errado. De acordo com o art. 28, II, do EAOAB, a advocacia é incompatível, mesmo em causa própria, com as atividades dos membros do Ministério Público. Questão 7 Segundo o EAOAB, as sanções disciplinares consistem em censura, suspensão, exclusão ou multa. A censura é aplicável nos casos de: a) fazer, em nome do constituinte, com ou sem autorização escrita deste, imputação a terceiro de fato definido como crime. b) acarretar, inconscientemente, por ato próprio, a anulação ou a nulidade do processo em que funcione. c) estabelecer entendimento com a parte adversa sem autorização do cliente. d) violar sigilo profissional, com ou sem justa causa. Gabarito: C Comentários: As infrações disciplinares para as quais a censura é aplicável estão dispostas no art. 34, incisos I a XVI e XXIX, que são: I - exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos não inscritos, proibidos ou impedidos; II - manter sociedade profissional fora das normas e preceitos estabelecidos nesta lei; III - valer-se de agenciador de causas, mediante participação nos honorários a receber; IV - angariar ou captar causas, com ou sem a intervenção de terceiros; V - assinar qualquer escrito destinado a processo judicial ou para fim extrajudicial que não tenha feito, ou em que não tenha colaborado; 6º Simulado OAB - Gabarito Comentado Simulados - 1ª Fase OAB - XXXII Exame de Ordem www.estrategiaconcursos.com.br XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva 9 57 VI - advogar contra literal disposição de lei, presumindo-se a boa-fé quando fundamentado na inconstitucionalidade, na injustiça da lei ou em pronunciamento judicial anterior; VII - violar, sem justa causa, sigilo profissional; VIII - estabelecer entendimento com a parte adversa sem autorização do cliente ou ciência do advogado contrário; IX - prejudicar, por culpagrave, interesse confiado ao seu patrocínio; X - acarretar, conscientemente, por ato próprio, a anulação ou a nulidade do processo em que funcione; XI - abandonar a causa sem justo motivo ou antes de decorridos dez dias da comunicação da renúncia; XII - recusar-se a prestar, sem justo motivo, assistência jurídica, quando nomeado em virtude de impossibilidade da Defensoria Pública; XIII - fazer publicar na imprensa, desnecessária e habitualmente, alegações forenses ou relativas a causas pendentes; XIV - deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação doutrinária ou de julgado, bem como de depoimentos, documentos e alegações da parte contrária, para confundir o adversário ou iludir o juiz da causa; XV - fazer, em nome do constituinte, sem autorização escrita deste, imputação a terceiro de fato definido como crime; XVI - deixar de cumprir, no prazo estabelecido, determinação emanada do órgão ou de autoridade da Ordem, em matéria da competência desta, depois de regularmente notificado; (...) XXIX - praticar, o estagiário, ato excedente de sua habilitação. Além disso, a violação a preceito do Código de Ética e do Estatuto - quando para a infração, neste caso, não se tenha estabelecido sanção mais grave - também estão sujeitas à aplicação de censura. Questão 8 O Estatuto da Advocacia e da OAB e o Regulamento Geral da OAB dispõem a respeito dos órgãos da OAB, suas composições e atribuições. A esse respeito, é incorreto afirmar que: a) O Conselho Federal é o órgão supremo da OAB e compõe-se de um Presidente, Conselheiros Federais integrantes das delegações de cada unidade federativa e de seus ex-presidentes. b) Ex-presidentes do Conselho Federal têm direito a voz nas sessões do Conselho, sendo assegurado o direito de voto aos que exerceram mandato antes de 05 de julho de 1994. c) É competência do Conselho Federal velar pela dignidade, independência, prerrogativas e valorização da advocacia. d) O Presidente do Conselho Seccional tem lugar reservado junto à delegação respectiva e direito de voto em todas as sessões do Conselho e de suas Câmaras. Gabarito: D 6º Simulado OAB - Gabarito Comentado Simulados - 1ª Fase OAB - XXXII Exame de Ordem www.estrategiaconcursos.com.br XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva 10 57 Comentários: a) Certo. O art. 62 do RGEAOAB dispõe que o Conselho Federal é o órgão supremo da OAB e tem sede na Capital da República, compondo-se de um Presidente, dos Conselheiros Federais integrantes das delegações de cada unidade federativa e de seus ex-presidentes. b) Certo. De acordo com o § 1º, do art. 62, do RGEAOAB, ex-presidentes do Conselho Federal têm direito a voz nas sessões do Conselho, sendo assegurado o direito de voto aos que exerceram mandato antes de 05 de julho de 1994 ou que se encontravam em seu exercício naquela data. c) Certo. Dentre as competências do Conselho Federal, dispostas no art. 54, incisos I a XVIII, do EAOAB, está velar pela dignidade, independência, prerrogativas e valorização da advocacia. d) Errado. O Presidente do Conselho Seccional tem lugar reservado junto à delegação respectiva. Porém, não há direito de voto - somente direito de voz em todas as sessões do Conselho e de suas Câmaras, conforme dispõe o § 3º, do art. 62, do RGEAOAB. FILOSOFIA DO DIREITO Jean Vilbert Questão 9 “A maior felicidade do maior número é o fundamento da moral e da legislação.” O autor desta frase é: a) Aristóteles. b) Platão. c) Immanuel Kant. d) Jeremy Bentham. Gabarito: D Comentários: a) Mentira! Aristóteles é o cara do sistema de justiça pautado no meio termo, dividindo sua atenção em justiça distributiva e justiça comutativa. b) Nada! Platão e seu mito da caverna, sua justiça do dar a cada um o que é seu nunca disse nada com o constante do enunciado. c) Capaz! Kant é o sujeito do imperativo categórico. Sua moral é universalista e nunca se renderia a contingências de resultado (maior felicidade). d) ISSO! Bentham é o utilitarista da parada. O que é que, afinal, rege a sociedade? Os utilitaristas têm a resposta na ponta da língua: maximalize felicidade do maior número e tudo dará certo! Temos aqui o princípio da utilidade: dar a problemas de justiça uma solução capaz de trazer um resultado positivo para o maior número de pessoas possível (maximização do bem-estar), raciocínio que pode (e deve) ser utilizado tanto em decisões individuais quanto sociais. 6º Simulado OAB - Gabarito Comentado Simulados - 1ª Fase OAB - XXXII Exame de Ordem www.estrategiaconcursos.com.br XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva 11 57 Questão 10 O que inicia e constitui realmente qualquer sociedade política nada mais é senão o assentimento de qualquer número de homens livres e capazes de maioria em se unirem e incorporarem a tal sociedade (John Locke, Segundo Tratado sobre o Governo - adaptado). John Locke foi um importante filósofo inglês do século XVII. O trecho destacado discute um aspecto fundamental da ciência política contemporânea, o conceito de: a) legitimidade. b) poder. c) controle social. d) soberania. Gabarito: A Comentários: a) EXATO! Somente o assentimento (consentimento) dos homens é capaz de fazê-los se unir em sociedade e, por consequência, confere legitimidade ao Estado, não a força ou qualquer outra entidade. b) Errado! O conceito de poder é de fazer o outro se sujeitar, dobrar à vontade, superar resistências. No trecho descrito nada leva a assentar o conceito de poder. c) Nops! Não consigo identificar no texto onde a ideia de controle social (conformação dos agires), poderia surgir de maneira direta. d) Claro que NÃO! O conceito de soberania é o de autoridade suprema, incontestável. Corresponde à independência na ordem internacional e à supremacia na ordem interna. DIREITO CONSTITUCIONAL Diego Cerqueira Questão 11 Em 2020, o juízo de primeira instância proferiu sentença em desfavor de Pedro e o Tribunal de Justiça do Estado Y confirmou sentença. Exauridos os recursos cabíveis perante as instâncias ordinárias, o advogado de Pedro constatou que a decisão julgou válida lei local contestada em face de lei federal. Nesse sentido, considerando a divisão de competências entre os órgãos jurisdicionais estabelecida CRFB/88, é correto afirmar que, preenchidos os demais requisitos exigidos, poderia ser interposto: a) recurso especial endereçado ao Superior Tribunal de Justiça. b) recurso ordinário endereçado ao Superior Tribunal de Justiça. c) reclamação constitucional no Supremo Tribunal Federal. d) recurso extraordinário endereçado ao Supremo Tribunal Federal. Gabarito: D 6º Simulado OAB - Gabarito Comentado Simulados - 1ª Fase OAB - XXXII Exame de Ordem www.estrategiaconcursos.com.br XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva 12 57 Comentários: Diante da decisão que julgar válida lei local contestada em face de lei federal é cabível o recurso extraordinário a ser endereçado ao Supremo Tribunal Federal. Art. 102, CF/88: Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal. Questão 12 Helena é uma brasileira naturalizada. Após a naturalização, praticou um crime de homicídio contra o brasileiro Paulo, já que este tentava ocupar sua vaga na chefia da empresa em que trabalhava. Com base no sistema jurídico vigente, é corretor afirmar que Helena: a) apenas poderia ser extraditada por decisão do Supremo Tribunal Federal se cometesse crime político. b) terá concedida sua extradição, e serão admissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos, tendo em vista a gravidade dos crimes cometidos. c) não será extraditada e não será levada à prisão ou nela mantida, quandoa lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança. d) será extraditada após o devido processo legal e poderá sofrer pena de banimento. Gabarito: C Comentários: Pessoal, questão interessante: Temos incidência do art. 5º, CF/88: LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da lei. O crime de homicídio foi praticado após a naturalização! Portanto, Helena não pode ser extraditada. Ainda sim, temos a regra estabelecida no inciso LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança. Questão 13 Um diretório regional informou ao diretório nacional do Partido Político Beta que a Lei nº 222, do Município X, em vigor há três décadas e estava sendo aplicada e causando sérios prejuízos à liberdade de reunião dos munícipes. O diretório nacional do Partido Político Alfa, que somente contava com representantes no Senado Federal, não na Câmara dos Deputados, solicitou que o seu advogado esclarecesse se existiria algum instrumento apto a submetê-la ao controle concentrado de constitucionalidade. O advogado respondeu, corretamente, que a constitucionalidade da Lei nº 222 poderia ser submetida à apreciação do: a) Tribunal de Justiça, via representação de inconstitucionalidade. b) Supremo Tribunal Federal, via recurso extraordinário, após o exaurimento das instâncias ordinárias. c) Supremo Tribunal Federal, via reclamação constitucional. d) Supremo Tribunal Federal, via arguição de descumprimento de preceito fundamental. 6º Simulado OAB - Gabarito Comentado Simulados - 1ª Fase OAB - XXXII Exame de Ordem www.estrategiaconcursos.com.br XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva 13 57 Gabarito: D Comentários: No caso hipotético apresentado estamos diante de lei municipal contestada em face da CRFB/88. Logo, é possível o cabimento de uma ADPF com base no art. 103, VIII da CF/88. Outrossim, o partido político com representação no Congresso Nacional possui legitimidade ativa para a propositura da ação. (já que conta com representante no Senado) Questão 14 Considere que o Estado ALFA deixe de entregar ao Município BETA o percentual de 50% relativo ao Imposto sobre Propriedade de Veículos (IPVA) correspondente aos veículos licenciados na municipalidade dentro dos prazos estabelecidos em lei, sob o argumento de esse município não ter atendido condição prevista em programa de benefício fiscal criado pelo Estado. De acordo com o caso narrado, é correto afirmar que: a) há fundamento constitucional para que o Presidente da República, de forma espontânea e após verificação dos motivos que a determinam, decrete Intervenção Federal sobre o Estado. b) há fundamento constitucional para que o Presidente da República decrete a intervenção federal, mas, nesse caso, exige-se sua provocação pelo Poder Legislativo Estadual, a qual, uma vez solicitada, possui caráter obrigatório. c) não há fundamento constitucional para a decretação da intervenção federal, pois a falta de repasse de um único imposto não permite a deflagração de intervenção federal, mecanismo constitucional extremamente gravoso. d) não há fundamento constitucional para a decretação de intervenção federal, pois a imposição de condição prevista em programa de benefício fiscal é constitucional. Gabarito: A Comentários: Trata-se de intervenção federal espontânea, que será decretada de ofício pelo Presidente da República e submetida, no prazo de 24 horas, a aprovação do Congresso nacional. Atenção ao art. 34 da CF/88: A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: V - reorganizar as finanças da unidade da Federação que: b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei. Questão 15 Diego, brasileiro, 20 anos de idade e em pleno gozo dos seus direitos políticos, é funcionário público municipal ocupante de cargo de provimento efetivo, filiado a um partido político há três anos e pretende candidatar-se ao mandato de Vereador no Município GAMA, enquanto sua esposa, Lara, é Vereadora no mesmo Município. Considerando o disposto na Carta Magna a respeito da matéria, é correto afirmar que: a) Diego não poderá se candidatar ao mandato de Vereador, ainda que tenha a idade mínima para concorrer nas respectivas eleições e que não haja impedimento por ser marido de Lara, uma vez que ocupa cargo público de provimento efetivo, salvo se pedir exoneração do cargo. b) Diego poderá candidatar-se ao mandato de Vereador, uma vez que possui a idade mínima para concorrer nas respectivas eleições, e o fato de Lara ser vereadora no mesmo Município não se constitui em hipótese de inelegibilidade nesse caso. 6º Simulado OAB - Gabarito Comentado Simulados - 1ª Fase OAB - XXXII Exame de Ordem www.estrategiaconcursos.com.br XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva 14 57 c) Diego poderá se candidatar ao mandato de Vereador, mas, como funcionário público, se eleito, deverá ser, obrigatoriamente, afastado do cargo, ainda que haja compatibilidade de horários do cargo com o mandato. d) Diego não poderá candidatar-se ao mandato de Vereador em razão de sua esposa ser vereadora no mesmo município, ainda que o mandato dela termine ou ela renuncie, uma vez que a inelegibilidade de Diego persiste por até dois anos após o fim do mandato ou da renúncia de Amanda. Gabarito: B Comentários: Com base no art. 14, § 3º da CF/88: São condições de elegibilidade, na forma da lei: VI - a idade mínima de: d) dezoito anos para Vereador. O art. 14, § 7º da CF/88 determina que são inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o 2º grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos 6 meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição (não há indicação do cargo de Vereador)! Atenção também ao Art. 38 da CF/88: Ao servidor público da administração direta, indireta, autarquia e fundacional, no exercício de mandado eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior. Questão 16 A Deputada Federal Júlia e o Vereador Marcos, do Município Alfa, participaram de um Congresso, na Capital Federal, no qual fizeram severas críticas à atuação de alguns órgãos federais, atribuindo, inclusive, a prática de crimes a diversos agentes públicos neles lotados. Um servidor público federal procurou o seu advogado e solicitou orientação sobre a possibilidade de responsabilizar os referidos parlamentares por suas declarações. Com base sistemática constitucional, o advogado informou corretamente que: a) os parlamentares somente podem ser responsabilizados caso tenham renunciado à imunidade no início da legislatura com aprovação do Supremo Tribunal Federal. b) apenas o Vereador pode ser responsabilizado, pois não possui imunidade fora do território do Município Beta. c) nenhum dos dois parlamentares pode ser responsabilizado, já que ambos possuem imunidade. d) apenas a Deputada Federal pode ser responsabilizada, pois somente ela atua em Brasília. Gabarito: B Comentários: Na questão indicada, apenas o Vereador Pedro pode ser responsabilizado, pois não possui imunidade fora do território do Município Beta. Os Deputados Federais possuem imunidade material ampla, sendo invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos, art. 53, caput da CF/88. Issoporque, os Vereadores também possuem imunidade material, mas limitada à circunscrição do Município, art. 29, VIII da CF/88. 6º Simulado OAB - Gabarito Comentado Simulados - 1ª Fase OAB - XXXII Exame de Ordem www.estrategiaconcursos.com.br XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva 15 57 Questão 17 José, recém-empossado Ministro de Estado, foi informado por um assessor próximo que lhe competiria: expedir instruções para a execução das leis e nomear os membros do Conselho da República. À luz da sistemática constitucional, é correto afirmar, em relação às competências acima descritas: a) todas devem ser exercidas pelo Ministro de Estado. b) o Ministro não deve nomear membros do Conselho da República, pois é competência privativa do Presidente da República. c) nenhuma delas deve ser exercida pelo Ministro de Estado, pois são privativas do Presidente da República. d) o Ministro não deve expedir instruções para a execução das leis Gabarito: B Comentários: Atenção ao Art. 87 da CF/88: Os Ministros de Estado serão escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um anos e no exercício dos direitos políticos. Parágrafo único. Compete ao Ministro de Estado, além de outras atribuições estabelecidas nesta Constituição e na lei: II - expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos. Já no caso da nomeação de membros do Conselho da República, vale observância do art. 84 da CF/88: Compete privativamente ao Presidente da República: XVII - nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII. DIREITOS HUMANOS Ricardo Torques Questão 18 Dois concluintes do curso de Direito estavam estudando juntos para o XXXII Exame de Ordem. No tópico de Teoria Geral dos Direitos Humanos, ficaram bastante confusos quanto às gerações e suas características. Ao tirarem as dúvidas com o professor, foram corretamente informados que: a) A primeira geração (ou dimensão) de direitos humanos corresponde aos direitos relacionados à igualdade, abrangendo os direitos sociais, econômicos e culturais. b) A segunda dimensão de direitos engloba é caracterizada por impor uma abstenção estatal, ou seja, um não fazer do Estado, buscando limitar sua atuação. c) A terceira geração dos direitos humanos é influenciada pelo valor da solidariedade (ou fraternidade), apresentando os direitos difusos e coletivos, tais como o direito ao meio ambiente e a proteção jurídica do consumidor. d) Para o doutrinador brasileiro Paulo Bonavides, a quarta dimensão dos direitos humanos compreende os direitos relacionados às pesquisas biológicas e à manipulação do patrimônio genético das pessoas. Gabarito: C 6º Simulado OAB - Gabarito Comentado Simulados - 1ª Fase OAB - XXXII Exame de Ordem www.estrategiaconcursos.com.br XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva 16 57 Comentários: A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. A Terceira Geração de Direitos Humanos, fortalecida após a 2ª Guerra Mundial e o surgimento da ONU, abrange os direitos de solidariedade, o direito ao meio ambiente e do consumidor. A alternativa A está errada. Os direitos apresentados (sociais, econômicos e culturais) são próprios da segunda geração. A primeira caracteriza-se pela liberdade e os direitos civis e políticos. A alternativa B está errada. O absenteísmo estatal é característico dos direitos humanos de primeira geração. A alternativa D está errada. Quando do estudo da Quarta Dimensão dos Direitos Humanos, é importante distinguir o posicionamento de Norberto Bobbio e Paulo Bonavides. Para Bobbio, a quarta dimensão abarca os direitos relacionados às pesquisas biológicas e à manipulação do patrimônio genético. Paulo Bonavides, por seu turno, compreende que a quarta dimensão refere-se à tutela da democracia, do direito à informação e o pluralismo político. Questão 19 Arnaldo, réu em ação penal que tramita perante a 1ª Vara Criminal, tem se queixado constantemente que tem sido vítima de maus tratos e que seus direitos não têm sido respeitados no estabelecimento prisional e ao longo do processo judicial. O advogado de Arnaldo explicou que, com base na Convenção Americana sobre Direitos Humanos, Arnaldo: a) não pode ser submetido a tortura, nem a penas ou tratos cruéis, desumanos ou degradantes pois, ainda que privado de sua liberdade, deve ser tratado com o respeito devido à dignidade inerente ao ser humano. b) poderá ficar preso juntamente com os condenados, por decisão do juiz, e, nesse caso, receber o mesmo tratamento que lhes é dispensado. c) ao ser submetido à pena privativa de liberdade, em caso de condenação, cumprirá a estrita finalidade de punição por parte do Estado-juiz. d) poderá confessar o crime cometido e sua confissão será suficiente como recurso probatório. Gabarito: A Comentários: A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. O direito à integridade pessoal está positivado no art. 5º da Convenção Americana sobre Direitos Humanos e o §2º prevê: “Ninguém deve ser submetido a torturas, nem a penas ou tratos cruéis, desumanos ou degradantes. Toda pessoa privada da liberdade deve ser tratada com o respeito devido à dignidade inerente ao ser humano.” A alternativa B está incorreta. Arnaldo, que ainda está sendo processado, só poderá ficar junto dos demais presos, já condenados, em situações excepcionais, como estabelece o §2º do art. 5º da Convenção: “Os processados devem ficar separados dos condenados, salvo em circunstâncias excepcionais, e ser submetidos a tratamento adequado à sua condição de pessoas não condenadas.” A alternativa C está incorreta. A CADH apresenta as finalidades da pena no §6º do art. 5º: “As penas privativas da liberdade devem ter por finalidade essencial a reforma e a readaptação social dos condenados.” 6º Simulado OAB - Gabarito Comentado Simulados - 1ª Fase OAB - XXXII Exame de Ordem www.estrategiaconcursos.com.br XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva 17 57 A alternativa D está incorreta. De acordo com o §3º do art. 8º da Convenção: “A confissão do acusado só é válida se feita sem coação de nenhuma natureza.” DIREITO INTERNACIONAL Vanessa Arns Questão 20 Sobre as normas jus cogens no Direito Internacional, assinale a afirmativa correta. a) podem ser derrogadas por qualquer tratado entre dois países b) podem ser derrogadas por costume internacional; c) pressupõem uma ordem pública internacional não disponível para os Estados individualmente; d) não precisam ser observadas pelo objetor persistente no direito internacional Resposta: C Comentários: As normas jus cogens fazem parte de um conceito na qual a sociedade internacional atribui importância maior e que, por isso, adquire primazia dentro da ordem jurídica internacional. Sua principal característica é a imperatividade de seus preceitos, ou seja, a impossibilidade de suas normas serem confrontadas ou derrogadas por qualquer outra norma internacional.Conforme art. 53 da Convenção de Viena de 1969 sobre o Direito dos Tratados, “É nulo um tratado que, no momento de sua conclusão, conflite com uma norma imperativa de Direito Internacional Geral”. Questão 21 Com relação aos tratados internacionais, assinale a opção correta. a) Para que tenham validade no âmbito do direito internacional, os tratados internacionais devem ser sempre aprovados pela Organização das Nações Unidas (ONU). b) No direito internacional público, a coação de um Estado pela ameaça ou emprego da força pode dar causa à não produção de efeitos jurídicos desse tratado. c) Não é necessária a ratificação ou aprovação pelo Congresso Nacional de tratados se assinados pelo Presidente da República. d) Apesar de não ter ratificado a Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados de 1969, o Brasil observa seu conteúdo como costume internacional e, portanto, como fonte de direito internacional público. Resposta: B Comentário:De acordo com a Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados de 1969, promulgada no Brasil por meio do Decreto nº 7.030 de 14 de Dezembro de 2009, em seu art. 51: “Artigo 51 Coação de Representante de um Estado Não produzirá qualquer efeito jurídico a manifestação do consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado que tenha sido obtida pela coação de seu representante, por meio de atos ou ameaças dirigidas contra ele.” 6º Simulado OAB - Gabarito Comentado Simulados - 1ª Fase OAB - XXXII Exame de Ordem www.estrategiaconcursos.com.br XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva 18 57 DIREITO TRIBUTÁRIO Rodrigo Martins Questão 22 O Estado X ajuizou Execução Fiscal em face da pessoa jurídica ABC para a cobrança de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Devidamente citada, a contribuinte, após o oferecimento de garantia, opôs Embargos à Execução, objetivando a extinção do feito, sobre o argumento de que o Estado exequente não instruiu a petição inicial com o demonstrativo de cálculo do débito, inviabilizando, assim, a ampla defesa. Sobre tais alegações, é correto afirmar que: a) A Execução Fiscal deve ser extinta em virtude da falta do demonstrativo de cálculo do débito, pois a ausência desse demonstrativo inviabiliza a ampla defesa. b) A Execução Fiscal não deve ser extinta em virtude da falta do demonstrativo de cálculo do débito, por tratar-se de requisito não previsto em lei. c) Há um vício na Execução Fiscal, mas esse vício pode ser sanado pelo exequente até a decisão de primeira instância, mediante a juntada do demonstrativo de cálculo do débito, garantindo, desde que feito isso, o normal prosseguimento da execução. d) Há um vício na Execução Fiscal, mas esse vício pode ser sanado pelo exequente mediante a juntada do demonstrativo de cálculo do débito, desde que no prazo de até 5 (cinco) anos, contados da data da oposição dos embargos do devedor, garantindo, desde que feito isso, o prosseguimento da execução. Gabarito: B Comentários: A Execução Fiscal não deve ser extinta em virtude da falta do demonstrativo de cálculo do débito, pois, de acordo com a Súmula nº 559 do STJ, em Execução Fiscal é desnecessária a instrução da petição inicial com o demonstrativo de cálculo do débito, por tratar-se de requisito não previsto no art. 6º da Lei nº 6.830/80. De fato, conforme prescrito no § 1º do art. 6º em questão, "A petição inicial será instruída com a Certidão da Dívida Ativa, que dela fará parte integrante, como se estivesse transcrita." Logo, a CDA é o único documento que acompanha a petição inicial do processo de Execução Fiscal. Mostra-se como correta, portanto, a alternativa "B". Questão 23 O Estado X concedeu, por meio de lei regularmente aprovada, isenção de Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) para todos os proprietários de automóveis que os usam como táxi (isenção de IPVA para taxistas). Pedro, motorista de aplicativo e que não exerce a atividade de taxista, ingressou diretamente com medida judicial pleiteando essa isenção, antes mesmo de tentar obter o benefício fiscal por meio da via administrativa. Com base unicamente nos dados apresentados e à luz do Código Tributário Nacional (CTN), a ação proposta por Pedro deve ser: a) Julgada improcedente, pois a isenção foi concedida exclusivamente para taxistas. b) Julgada procedente, com base numa interpretação extensiva da norma isentiva. 6º Simulado OAB - Gabarito Comentado Simulados - 1ª Fase OAB - XXXII Exame de Ordem www.estrategiaconcursos.com.br XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva 19 57 c) Julgada improcedente, pois ele deveria ter esgotado, primeiramente, a via administrativa na busca do benefício fiscal antes de postular na via judicial. d) Julgada procedente, sob pena de se configurar afronta ao Princípio da Isonomia ou da Igualdade Tributária. Gabarito: A Comentários: De acordo com o inciso I do art. 111 do CTN, interpreta-se literalmente a legislação tributária que disponha sobre exclusão do crédito tributário (isenção e anistia, que são espécies de exclusão). Portanto, a norma isentiva deve ser interpretada literalmente, não comportando interpretação extensiva (logo, a alternativa "B" está incorreta). Essa interpretação literal não implica, nessa hipótese, em afronta ao Princípio da Isonomia, pois taxistas não são "iguais" a motoristas de aplicativo (logo, a alternativa "D" também está incorreta). Pois bem: conquanto o esgotamento da via administrativa seja condição de procedibilidade em algumas áreas do direito (previdenciário ou desportivo, quando só é possível postular na via judicial após o esgotamento da via administrativa), isso não ocorre no Direito Tributário, podendo o contribuinte postular diretamente na via judicial (se quiser, poderá postular primeiramente na via administrativa, mas é uma faculdade sua, logo, não está obrigado a esgotar primeiramente a via administrativa), em homenagem ao Constitucionalmente consagrado Princípio da Inafastabilidade da Jurisdição. Mostra-se como correta, portanto, a alternativa "A". Questão 24 A União instituiu, na iminência de uma guerra externa, por meio de Medida Provisória, o Imposto Extraordinário de Guerra (IEG), adotando como fato gerador a circulação de mercadorias e serviços. Essa Medida Provisória foi publicada no mês de janeiro e a cobrança do tributo começou a ser efetuada no dia seguinte ao da sua publicação. Com base nos dados apresentados, é correto afirmar que tal tributo é: a) Inconstitucional, pois só poderia ser instituído por meio de Lei Complementar. b) Constitucional, pois ele pode adotar fato gerador de tributo compreendido ou não na competência tributária da União e também pode ser exigido imediatamente. c) Inconstitucional, pois ao adotar como fato gerador a circulação de mercadorias e serviços, a União praticou bitributação, que é vedada pelo ordenamento jurídico tributário. d) Inconstitucional, pois não observou os Princípios da Anterioridade Anual e da Anterioridade Nonagesimal. Gabarito: B Comentários: Nos termos do art. 154, inciso II, da CF/88, a União poderá instituir, na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação. Observe o seguinte: de acordo com tal dispositivo, o exercício da competência extraordinária (para instituir o IEG) não requer Lei Complementar (como ocorre, por exemplo, no exercício da competência residual), razão pela qual esse tributo pode ser instituído por meio de Medida Provisória (o art. 62, § 1º, III, da CF/88 veda o uso de MP para matérias privativas de Lei Complementar, que não é, portanto, o caso), estando incorreta, assim, a alternativa "A". Observe, também, que o referido dispositivo permite à União, ao institui o IEG, adotar fato gerador compreendido ou não em sua 6º Simulado OAB - Gabarito Comentado Simulados - 1ª Fase OAB - XXXII Exame de Ordem www.estrategiaconcursos.com.br XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva 20 57 competência tributária. Logo, a própria CF/88 permite seja praticada bitributação nessa hipótese (portanto, o bis in idem e a bitributação são excepcionalmente admitidas na instituição do IEG), estando incorreta, assim, a alternativa "C". Por fim, o IEG não se submete aos Princípios da Anterioridade Anual e Nonagesimal, conforme arts. 62, § 2º, e 150, § 1º, da CF/88, razão pela qual a lei ou MP que o instituir pode surtir efeitos imediatamente, estando também incorreta, assim, a alternativa "D". Mostra-se como correta, portanto, somente a alternativa "B". Questão 25 A União aprovou uma lei federal dispondo sobre o Imposto Territorial Rural (ITR). De acordo com essa lei, a base de cálculo do imposto é valor venal do imóvel, que corresponde à soma do valor do terreno, do valor dasedificações e do valor das plantações. Sobre a hipótese, é correto afirmar que a referida lei: a) É incompatível com o CTN, segundo o qual a base do cálculo do Imposto Territorial Rural (ITR) corresponde somente ao valor do terreno. b) É incompatível com o CTN, segundo o qual a base do cálculo do Imposto Territorial Rural (ITR) corresponde somente à soma do valor do terreno e do valor das edificações. c) É incompatível com o CTN, segundo o qual a base do cálculo do Imposto Territorial Rural (ITR) corresponde somente à soma do valor do terreno e do valor das plantações. d) É compatível com o CTN, segundo o qual a base do cálculo do Imposto Territorial Rural (ITR) corresponde à soma do valor do terreno, do valor das edificações e do valor das plantações. Gabarito: A Comentários: O art. 30 do CTN prescreve que “A base do cálculo do imposto é o valor fundiário.” Valor fundiário é o valor da terra nua (VTN), que corresponde à avaliação, pelo mercado imobiliário, tão somente do terreno, excluindo-se o valor das construções, edificações, benfeitorias, culturas permanentes e temporárias, pastagens cultivadas e melhoradas e florestas plantadas (nesse sentido e em total consonância com o art. 30 do CTN, vide art. 10º da Lei Federal 9.393/96). Dito de outro modo, a base de cálculo do ITR é o valor do solo nú, da terra nua, ou seja, o VTN (observe que o CTN até mesmo dispõe que o imposto em questão incide sobre o “imóvel por natureza”, ou seja, somente sobre o terreno), estando correta, assim, a alternativa "A". Questão 26 A União pretende instituir Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) sobre receitas decorrentes de exportação de combustíveis. Sobre a hipótese, é correto afirmar que: a) A União não pode instituir esse tributo, que é da competência privativa dos Estados produtores de petróleo. b) Esse tributo não pode incidir sobre receitas decorrentes de exportação. c) Esse tributo pode ser instituído somente em caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional. d) A União poderá instituir esse tributo somente se estiver previamente autorizada pelos Estados produtores de petróleo por meio de convênio celebrado junto ao CONFAZ. 6º Simulado OAB - Gabarito Comentado Simulados - 1ª Fase OAB - XXXII Exame de Ordem www.estrategiaconcursos.com.br XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva 21 57 Gabarito: B Comentários: De acordo com o art. 149 da CF/88, a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE) é um tributo da competência privativa da União (portanto, a alternativa "A" está incorreta). A instituição desse tributo não está condicionada a investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional (essa exigência é para o Empréstimo Compulsório, conforme art. 148 da CF/88), estando também incorreta, assim, a alternativa "C". De outro lado, a União não precisa de prévia autorização de qualquer outra entidade federada acaso queira instituir tal tributo (a exigência de convênio junto ao CONFAZ é para a concessão de benefícios fiscais de ICMS), estando igualmente incorreta, portanto, a alternativa "D". Por fim, de acordo com o inciso I do § 2º do art. 149 da CF/88, as contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico "não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação", ou seja, há imunidade de CIDE na exportação (lembre-se sempre disso), estando correta, assim, somente a alternativa "B". DIREITO ADMINISTRATIVO Igor Maciel Questão 27 Se um determinado Estado pretender celebrar uma Parceria público-privada, o contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou administrativa, deverá observar que: a) constitui parceria público-privada a concessão comum quando não envolver contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado. b) É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada cujo valor do contrato seja inferior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais). c) É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada cujo valor do contrato seja inferior a R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais). d) É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada cujo período de prestação do serviço seja inferior a 3 (três) anos. Gabarito: B Comentários: A alternativa A está incorreta, conforme o art. 2º, § 1º, da Lei nº 11.079/2004: “§ 1º Concessão patrocinada é a concessão de serviços públicos ou de obras públicas de que trata a Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários contraprestação pecuniária do parceiro público ao parceiro privado.” A alternativa B está correta. Trata-se da alteração da Lei nº 11.079/2004, o novo piso estabelecido no seu artigo 2º, §4º, inciso I, com redação dada pela Lei nº 13.529/17: “Art. 2º Parceria público- privada é o contrato administrativo de concessão, na modalidade patrocinada ou administrativa. § 4º É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada: I - cujo valor do contrato seja inferior a R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais);” Assim, o piso foi reduzido de vinte milhões para dez milhões. A alternativa C está incorreta, conforme termos do item acima. 6º Simulado OAB - Gabarito Comentado Simulados - 1ª Fase OAB - XXXII Exame de Ordem www.estrategiaconcursos.com.br XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva 22 57 A alternativa D está incorreta, conforme o art. 2º, § 4º, inciso II, da Lei nº 11.079/2004: “§ 4º É vedada a celebração de contrato de parceria público-privada: II – cujo período de prestação do serviço seja inferior a 5 (cinco) anos; ou” Questão 28 Em relação às Organizações Sociais e às Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, assinale a alternativa correta a) Podem qualificar-se como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público as pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos que tenham sido constituídas e se encontrem em funcionamento regular há, no mínimo, 3 (três) anos, desde que os respectivos objetivos sociais e normas estatutárias atendam aos requisitos instituídos pela Lei nº 9.790/99. b) O Poder Executivo poderá qualificar como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público quaisquer pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, cujas atividades sejam dirigidas ao ensino, à pesquisa científica, ao desenvolvimento tecnológico, à proteção e preservação do meio ambiente, à cultura e à saúde. c) As sociedades comerciais são passíveis de qualificação como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público. d) Não é permitido ao Poder Executivo a cessão especial de servidor para as organizações sociais, com ônus para a origem. Gabarito: A Comentários: A alternativa A está correta, conforme o art. 1º da Lei nº 9.790/99: “Art. 1o Podem qualificar-se como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público as pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos que tenham sido constituídas e se encontrem em funcionamento regular há, no mínimo, 3 (três) anos, desde que os respectivos objetivos sociais e normas estatutárias atendam aos requisitos instituídos por esta Lei.” A alternativa B está incorreta. Esse é o caso das organizações sociais, devendo-se observar que não é o caso de qualquer pessoa jurídica, mas apenas as que atendam aos requisitos da Lei nº 9.637/98. A alternativa C está incorreta. É o caso de uma exceção, conforme art. 2º inciso I da Lei nº 9.790/99: “Art. 2º Não são passíveis de qualificação como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, ainda que se dediquem de qualquer forma às atividades descritas no art. 3º desta Lei: I - as sociedades comerciais;” A alternativa D está incorreta, conforme o art. 14 da Lei nº 9.637/98: “Art. 14. É facultado ao Poder Executivo a cessão especial de servidor para as organizações sociais, com ônus para a origem.” 6º SimuladoOAB - Gabarito Comentado Simulados - 1ª Fase OAB - XXXII Exame de Ordem www.estrategiaconcursos.com.br XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva 23 57 Questão 29 Em dia de tumultuado trânsito na cidade de Uberlândia, um ônibus da Viação Vaievem (empresa concessionária de serviço de transporte público) fez uma curva em alta velocidade e acabou colidindo em um veículo que estava corretamente estacionado. No momento da colisão, alguns passageiros que estavam em pé no ônibus foram arremessados no chão e sofreram várias lesões. Em relação à situação, assinale a alternativa que indique corretamente a responsabilidade da empresa Viação Vaievem no caso: a) a responsabilidade é subjetiva, devendo ser analisado o grau das lesões dos passageiros para que seja determinado se a empresa deverá indenizar os mesmos. b) a responsabilidade é objetiva, mas apenas em relação aos passageiros, usuários do transporte público, cabendo ao proprietário do carro colidido comprovar a culpa da empresa. c) a responsabilidade da empresa é objetiva em ambos os casos, aplicando-se tal entendimento tanto em relação aos passageiros como também ao proprietário do carro colidido. d) a empresa não é obrigada a indenizar os passageiros que estavam em pé e caíram devido à colisão, visto que estariam desrespeitando as normas de segurança no trânsito. Gabarito: C Comentários: A alternativa C está correta, visto que a responsabilidade das empresas concessionárias de serviço público é objetiva por danos causados a terceiros usuários e não usuários do serviços, conforme entendimento firmado pelo Supremo Tribunal Federal: CONSTITUCIONAL. RESPONSABILIDADE DO ESTADO. ART. 37, § 6º, DA CONSTITUIÇÃO. PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO PRESTADORAS DE SERVIÇO PÚBLICO. CONCESSIONÁRIO OU PERMISSIONÁRIO DO SERVIÇO DE TRANSPORTE COLETIVO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA EM RELAÇÃO A TERCEIROS NÃO-USUÁRIOS DO SERVIÇO. RECURSO DESPROVIDO. I - A responsabilidade civil das pessoas jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público é objetiva relativamente a terceiros usuários e não-usuários do serviço, segundo decorre do art. 37, § 6º, da Constituição Federal. II - A inequívoca presença do nexo de causalidade entre o ato administrativo e o dano causado ao terceiro não-usuário do serviço público, é condição suficiente para estabelecer a responsabilidade objetiva da pessoa jurídica de direito privado. III - Recurso extraordinário desprovido. (STF - RE: 591874 MS, Relator: Min. RICARDO LEWANDOWSKI, Data de Julgamento: 26/08/2009, Tribunal Pleno, Data de Publicação: REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO) Interessante apontar que a decisão acima transcrita traz o termo “inequívoco nexo de causalidade”. Aplicando-se ao caso da questão, tem-se que é igualmente inequívoco que a culpa pela colisão é exclusiva do ônibus (ainda que precise documentar em perícia), visto que a questão já esclareceu antecipadamente que o carro colidido estava corretamente estacionado. 6º Simulado OAB - Gabarito Comentado Simulados - 1ª Fase OAB - XXXII Exame de Ordem www.estrategiaconcursos.com.br XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva 24 57 Questão 30 A Prefeitura do Município X publicou, em diário oficial, compra realizada por meio de inexigibilidade de licitação de itens de informática, especificamente 05 (cinco) unidades de pen- drive de 16gb, de cor preta, formato triangular e superfície áspera a R$ 550,00 (quinhentos e cinquenta reais) a unidade da empresa Macro X, sem que fosse comprovada a exclusividade de produção do item. A justificativa que foi utilizada para a inexigibilidade era de que o pen-drive referido só poderia ser encontrado na empresa Macro X, visto que produtora desse pen-drive era a única que revendia o produto nas exatas especificações pretendidas pela Prefeitura do Município X. Com base nessas informações, é certo afirmar que: a) adequa-se à modalidade da inexigibilidade, visto que o pen-drive só pode ser fornecido pela empresa Macro X, a única que possui o item na capacidade de 16gb, cor preta, formato triangular e superfície áspera, conforme art. 25, inciso I da Lei nº 8.666/93. b) caso considerada irregular a compra realizada, é possível a sua convalidação com posterior emissão de certificado que comprove a exclusividade da empresa Macro X na produção do item. c) pelo valor total da compra, seria preferível que a Prefeitura utilizasse a modalidade de dispensa de licitação, observando a necessária justificativa do preço e não incluísse tais qualidades estéticas do pen-drive para a compra, visto que sua capacidade é característica suficiente e cabível para a identificação do item. d) caso comprovado o superfaturamento, não responderá o prestador de serviços pelo dano causado à Fazenda Pública, mas exclusivamente o agente público responsável. Gabarito: C Comentários: A alternativa A está incorreta. Antes mesmo de verificar as demais peculiaridades da compra realizada, importa destacar que há uma falha objetiva na escolha da modalidade, qual seja a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação. Assim, a inexigibilidade não foi a forma correta, conforme expressa disposição do art. 25, inciso I da Lei nº 8.666/93: “Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial: I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;”. No mesmo sentido, considerando que o valor total da aquisição não ultrapassaria o montante de R$ 8.000,00 (oito mil reais), seria cabível utilizar a modalidade de dispensa de licitação, conforme art. 24, inciso II da Lei nº 8.666/93. A alternativa B está incorreta, visto que não há previsão na lei para a convalidação nesse caso. A alternativa C está correta. Adicionado aos comentários dos itens anteriores, seria também importante (considerando o assustador valor do pen-drive), que o processo de dispensa fosse instruído com a justificativa do preço, conforme art. 26, parágrafo único inciso III da Lei nº 8.666/93. A alternativa D está incorreta, conforme o art. 25, § 2º, da Lei nº 8.666/93: “§ 2o Na hipótese deste artigo e em qualquer dos casos de dispensa, se comprovado superfaturamento, respondem 6º Simulado OAB - Gabarito Comentado Simulados - 1ª Fase OAB - XXXII Exame de Ordem www.estrategiaconcursos.com.br XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva 25 57 solidariamente pelo dano causado à Fazenda Pública o fornecedor ou o prestador de serviços e o agente público responsável, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis.”. Questão 31 Sérgio Mauro, que pretende obter, judicialmente, a anulação de atos de despesas com hospedagem e alimentação de familiares do Presidente da República, autorizados e praticados em viagem oficial pelo próprio chefe do Executivo federal, bem como o consequente ressarcimento ao erário das verbas dispendidas a esse título, sob alegação de ofensa à moralidade administrativa e lesividade ao patrimônio público, poderá, em tese, valer-se de a) ação civil pública, de competência do Supremo Tribunal Federal. b) ação popular, de competência do Supremo Tribunal Federal. c) mandado de segurança, de competência do Supremo Tribunal Federal. d) ação popular, de competência da Justiça federal de 1º grau. Gabarito: D Comentários: A alternativa D está correta. A questão exigia o conhecimento de que a Ação Popular serve para a proteção do patrimônio público pelo cidadão e que independentede quem seja o Réu na Ação Popular, se detentor ou não de foro privilegiado por prerrogativa de função, a competência para processar e julgar a demanda será, regra geral, do juiz de primeiro grau de jurisdição. Questão 32 Maria e José são casal muito pobre que residem em um imóvel abandonado de um órgão da Prefeitura do Município X. Após 25 anos morando no referido imóvel, a Prefeitura indica que irá reformar o local para a instalação de uma unidade de atendimento à população para assuntos relacionados à política urbana. Nesse caso, Maria e José: a) não poderão reivindicar a propriedade do imóvel por meio de usucapião, visto que os bens públicos são imprescritíveis e, portanto, insuscetíveis de usucapião. b) deverão desocupar o imóvel, porém deverão receber indenização por parte da Prefeitura. c) poderão reivindicar a propriedade do imóvel através do instituto da usucapião, visto já ultrapassado o período temporal previsto legalmente. d) em eventual leilão público do imóvel, terão preferência de compra, visto que proprietários de fato. Gabarito: A Comentários: A alternativa A está correta. Tratando-se de imóvel público, este não poderá ser adquirido por meio de usucapião, não sendo este um instituto válido para qualquer defesa do casal, conforme art. 183, §3º da Constituição Federal. 6º Simulado OAB - Gabarito Comentado Simulados - 1ª Fase OAB - XXXII Exame de Ordem www.estrategiaconcursos.com.br XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva 26 57 Os bens públicos gozam da característica de imprescritibilidade e são insuscetíveis de aquisição mediante usucapião (prescrição aquisitiva de direito). Trata-se de interpretação literal do disposto no artigo 102 do Código Civil: CC. Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. CF. Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. (...) § 3º Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião. Art. 191. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como seu, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, não superior a cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade. Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião. DIREITO AMBIENTAL Rosenval Júnior Questão 33 O Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) é constituído pelo conjunto das unidades de conservação federais, estaduais e municipais. Tais Unidades de Conservação dividem-se em Unidades de Proteção Integral e Unidades de Uso Sustentável. De acordo com a Lei nº 9.985/2000, que institui o SNUC, é correto afirmar que é categoria de Unidade de Conservação pertencente ao grupo de Unidades de Proteção Integral a) Estação Ecológica. b) Área de Proteção Ambiental. c) Área de Relevante Interesse Ecológico. d) Reserva Particular do Patrimônio Natural. Gabarito: A Comentários: De acordo com o art. 8º da Lei nº 9.985/2000, o grupo das Unidades de Proteção Integral é composto pelas seguintes categorias de UCs: • Estação Ecológica; • Reserva Biológica; • Parque Nacional; • Monumento Natural; • Refúgio de Vida Silvestre. 6º Simulado OAB - Gabarito Comentado Simulados - 1ª Fase OAB - XXXII Exame de Ordem www.estrategiaconcursos.com.br XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva 27 57 Tome cuidado para não confundir as categorias de cada grupo. A Reserva de Fauna é categoria do grupo de Unidades de Uso Sustentável. O art. 14 da Lei nº 9.985/2000 dispõe que constituem o Grupo das Unidades de Uso Sustentável as seguintes categorias de unidade de conservação: • Área de Proteção Ambiental; • Área de Relevante Interesse Ecológico; • Floresta Nacional; • Reserva Extrativista; • Reserva de Fauna; • Reserva de Desenvolvimento Sustentável; e • Reserva Particular do Patrimônio Natural. Questão 34 A licença ambiental para empreendimentos e atividades consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de significativa degradação do meio dependerá de prévio estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto sobre o meio ambiente (EIA/RIMA). Dependerá de elaboração de EIA e respectivo RIMA o licenciamento da seguinte atividade modificadora do meio ambiente: a) Empreendimentos ou atividades que não causem significativo impacto ambiental. b) Aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos tóxicos ou perigosos. c) Projetos urbanísticos apenas se for acima de 150 hectares ou em áreas consideradas de relevante interesse ambiental. d) Estradas de rodagem com uma faixa de rolamento. Gabarito: B Comentários: Os assuntos relacionados ao EIA/RIMA são muito cobrados em prova. Vale o esforço para memorizar a Resolução CONAMA nº 001/1986. O art. 2º da resolução dispõe a respeito de algumas atividades modificadoras do meio ambiente cujo licenciamento dependerá de elaboração de EIA e RIMA, porém observe que este é um rol exemplificativo. Pode-se exigir EIA/RIMA de qualquer atividade que cause ou possa vir a causar significativo impacto ambiental. Assim, vejamos as atividades listadas no art. 2º: "I - Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento; II - Ferrovias; III - Portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos; IV - Aeroportos, conforme definidos pelo inciso 1, artigo 48, do Decreto-Lei nº 32, de 18.11.66; V - Oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de esgotos sanitários; VI - Linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230KV; 6º Simulado OAB - Gabarito Comentado Simulados - 1ª Fase OAB - XXXII Exame de Ordem www.estrategiaconcursos.com.br XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva 28 57 VII - Obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais como: barragem para fins hidrelétricos, acima de 10MW, de saneamento ou de irrigação, abertura de canais para navegação, drenagem e irrigação, retificação de cursos d'água, abertura de barras e embocaduras, transposição de bacias, diques; VIII - Extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão); IX - Extração de minério, inclusive os da classe II, definidas no Código de Mineração; X - Aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos tóxicos ou perigosos; Xl - Usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia primária, acima de 10MW; XII - Complexo e unidades industriais e agro-industriais (petroquímicos, siderúrgicos, cloroquímicos, destilarias de álcool, hulha, extração e cultivo de recursos hídricos); XIII - Distritos industriais e zonas estritamente industriais - ZEI; XIV - Exploração econômica de madeira ou de lenha, em áreas acima de 100 hectares ou menores, quando atingir áreas significativas em termos percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental; XV - Projetos urbanísticos, acima de 100ha ou em áreas consideradas de relevante interesse ambiental a critério da SEMA e dos órgãos municipais e estaduais competentes; XVI - Qualquer atividade que utilize carvão vegetal, em quantidade superior a dez toneladas por dia. XVII – Projetos Agropecuários que contemplem áreas acima de 1.000 (MIL) hectares ou menores, neste caso, quando se tratar de áreas significativas em termos percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental, inclusive nas áreas de proteção ambiental. XVIII – Empreendimentos potencialmente lesivos ao patrimônio espeleológico nacional." DIREITO CIVIL Paulo Sousa Questão 35 Ana resolveu vender seu carro, anunciando-o em uma rede social. Logo após o anúncio, Fabrício entrou em contato com Ana, através de um aplicativo de mensagens, mostrandointeresse em adquirir o veículo. Após a proposta feita por Ana, Fabrício decidiu pedir a opinião de sua esposa primeiro, visualizando a mensagem de Ana, mas não respondendo. Horas depois, Fabrício entrou em contato com Ana novamente, querendo adquirir o veículo, mas Ana já o tinha vendido. Sobre a situação, é correto afirmar que a) Ana não poderia ter vendido o veículo a outra pessoa, eis que, a proposta obriga o proponente, não havendo exceções. b) A proposta deixou de ser obrigatória, pois Fabrício é considerado pessoa presente e, como não foi assinalado prazo, e este não aceitou imediatamente, não obriga Ana. 6º Simulado OAB - Gabarito Comentado Simulados - 1ª Fase OAB - XXXII Exame de Ordem www.estrategiaconcursos.com.br XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva 29 57 c) A proposta obriga Ana, já que, esta não assinalou prazo para a aceitação, portanto, deveria aguardar a resposta de Fabrício. d) A proposta obriga Ana, pois Fabrício é considerado pessoa ausente, portanto, Ana deveria ter aguardado tempo razoável para a resposta. Gabarito: B Comentários: A alternativa A está incorreta, pois há situações em que a proposta deixa de ser obrigatória, previstas no art. 428. A alternativa B está correta, pois Fabrício é considerado pessoa presente, conforme o art. 428, inc. I. Deixa de ser obrigatória a proposta: I - se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita. Considera-se também presente a pessoa que contrata por telefone ou por meio de comunicação semelhante”. A alternativa C está incorreta, pois Fabrício é considerado presente, portanto, a proposta deixou de ser obrigatória quando ele não aceitou imediatamente. A alternativa D está incorreta, conforme alternativas anteriores.b Questão 36 Marcos, trabalha com transporte particular de passageiros, possuindo uma van para realizar as viagens, tanto locais quanto interestaduais. Paulo, amigo de Marcos, pediu que este desse uma carona até a cidade mais próxima, o que foi imediatamente aceito. No caminho, Paulo encheu o tanque de combustível do veículo, como forma de agradecimento ao amigo. Ocorre que, antes de chegar ao destino, o veículo de Marcos foi abalroado por outro veículo, que ultrapassou o sinal vermelho, causando graves ferimentos em Paulo. Sobre o caso, assinale a afirmativa correta a) Marcos não será responsabilizado pelo acidente, já que, ocorreu por culpa de terceiro. b) As normas do contrato de transporte não se aplicam ao caso, eis que, foi feito gratuitamente, por amizade. c) Marcos será responsabilizado pelo acidente, mesmo tendo ocorrido por culpa de terceiro, contra o qual tem ação regressiva. d) As normas do contrato de transporte se aplicam ao caso, pois Marcos auferiu vantagem indireta, contudo, não será responsabilizado pelo acidente, que ocorreu por culpa de terceiro. Gabarito: C Comentários: A alternativa A está incorreta, pois a responsabilidade de Marcos não é elidida por culpa de terceiro, tendo ele, apenas ação regressiva, nos termos do art. 735: “A responsabilidade contratual do transportador por acidente com o passageiro não é elidida por culpa de terceiro, contra o qual tem ação regressiva”. A alternativa B está incorreta, já que, apesar de ter sido por amizade, Marcos auferiu vantagem, se aplicando ao caso, as normas de transporte, conforme o art. 736, parágrafo único: “Não se considera gratuito o transporte quando, embora feito sem remuneração, o transportador auferir vantagens indiretas”. A alternativa C está correta, conforme o art. 735. A alternativa D está incorreta, conforme alternativas anteriores. 6º Simulado OAB - Gabarito Comentado Simulados - 1ª Fase OAB - XXXII Exame de Ordem www.estrategiaconcursos.com.br XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva 30 57 Questão 37 Pedro, é dono de três cachorros pitbulls, que ficam presos em um canil com fechadura mecânica. Certo dia, durante uma forte tempestade, caiu um raio que danificou a rede elétrica do bairro, fazendo com que o canil se abrisse e um dos cachorros mordesse a mão de José, que estava encostado no portão da casa de Pedro, fugindo da tempestade. Diante da situação, assinale a alternativa correta a) Pedro não será responsabilizado, já que houve culpa exclusiva da vítima, que estava encostada no portão da casa dele. b) A responsabilidade por fato de animal não admite excludentes, portanto, Pedro será responsabilizado de qualquer forma. c) A responsabilidade de Pedro é subjetiva devendo ser comprovada a sua culpa. d) Pedro não será responsabilizado, pois, houve uma excludente de responsabilidade, a força maior. Gabarito: D Comentários A alternativa A está incorreta, eis que, no caso, não houve culpa exclusiva da vítima, mas outra excludente, a força maior. A alternativa B está incorreta, pois, a responsabilidade por fato de animal admite as excludentes de culpa exclusiva da vítima e força maior. A alternativa C está incorreta, já que, a responsabilidade do dono do animal é objetiva, não dependendo da comprovação de culpa. A alternativa D está correta, no caso, houve a excludente de responsabilidade da força maior, pois houve um problema com a energia, fato que levou a soltura dos cachorros e o dano, conforme o art. 936: “O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior”. Questão 38 João e Maria obrigaram-se a entregar uma vaca leiteira a Antônio. Ocorre que, na data combinada, João e Maria não entregaram a vaca leiteira, conforme o combinado. Diante do caso, é correto afirmar que a) Trata-se de obrigação solidária, podendo Antônio exigir a totalidade, tanto de João quanto de Maria. b) Trata-se de uma obrigação subsidiária, devendo Antônio exigir primeiro de um deles e, em caso de permanecer a inadimplência, exigir do outro. c) Trata-se de obrigação indivisível e, caso não seja possível o cumprimento, se resolverá em perdas e danos. d) Trata-se de obrigação alternativa, podendo Antônio escolher qualquer um dos devedores para exigir o cumprimento da obrigação. 6º Simulado OAB - Gabarito Comentado Simulados - 1ª Fase OAB - XXXII Exame de Ordem www.estrategiaconcursos.com.br XXXII Exame de Ordem Unificado - Prova Objetiva 31 57 Gabarito: C Comentários: A alternativa A está incorreta, a solidariedade não se presume, portanto, se nada falar em solidariedade, não é uma obrigação solidária, conforme o art. 265: “A solidariedade não se presume; resulta da lei ou da vontade das partes”. A alternativa B está incorreta, pois, na obrigação subsidiária, há apenas um devedor principal e, caso este não possa cumprir a obrigação, outra pessoa é chamada para cumpri-la. A alternativa C está correta, a obrigação, neste caso, é indivisível, já que, o objeto não se divide pela sua própria natureza. Portanto, caso não seja possível o seu cumprimento, a obrigação se resolve em perdas e danos. A alternativa D está incorreta, pois a obrigação alternativa ocorre quando a parte pode escolher a prestação, dentre as opções disponíveis. Questão 39 Luzia e Mateus são casados. Otávio e Laura, são pais de Mateus e Breno. Felipe é sobrinho de Mateus, filho de Breno. Luzia, tem um primo, Beto e um sobrinho, Leon. Com base nisso, assinale a afirmativa correta a) Otávio, Laura, são parentes por afinidade em linha reta e, Breno e Felipe são parentes por afinidade em linha colateral de Luzia. b) Caso Luzia e Mateus se divorciem, o parentesco por afinidade de Luzia, com os parentes de Mateus, é extinto. c) Beto é parente em linha colateral, em quarto grau e Leon é parente em linha colateral em terceiro grau de Luzia. d) O parentesco por afinidade entre os parentes de Mateus e Luzia, permanece mesmo que estes venham a se divorciar. Gabarito: C Comentários: A alternativa A está incorreta, eis que, o parentesco por afinidade se estende apenas aos
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