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1- Resumo- Variação linguística

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Variação linguística
1- O que é variação linguística?
A variação linguística é um fenômeno natural que ocorre em qualquer língua. Este fenômeno se caracteriza pela diversificação dos sistemas de uma língua em relação às possibilidades de mudança de seus elementos (vocabulário, pronúncia, morfologia, sintaxe). 
Ela existe porque as línguas possuem a característica de serem dinâmicas e sensíveis a fatores como a região geográfica, o sexo, a idade, a classe social do falante e o grau de formalidade do contexto da comunicação. A língua é um organismo vivo!
2- Tipos de Variação.
Costuma-se dividir os tipos de variação em quatro grupos:
a) Variação social ( diastrática)- estão ligadas às condições socioculturais, como por exemplo, classe social, profissão exercida, idade e sexo.
O termo técnico, é um exemplo de variação social, pois está intimamente ligado à profissão exercida daquele que o utiliza, uma vez que são palavras ou expressões específicas e distintivas de determinados grupos profissionais. 
As gírias também, já que são utilizadas por pessoas de determinadas idades ou grupos sociais específicos - é um fenômeno linguístico utilizado em um contexto informal, sendo muito utilizadas em conversas do dia a dia. São palavras que "fogem" da norma culta, as quais muitas tem origem na cultura de determinado povo ou região. 
Ex.: gírias dos surfistas, gírias dos adolescentes; ou o "pajubá", dialeto utilizado por um grupo social específico, a comunidade LGBTQIA +. 
b) Regional (diatópica) – São aquelas que demonstram a diferença entre as falas dos habitantes de diferentes regiões do país, diferentes estados e cidades.
 Regionalismos- é o emprego de palavras ou expressões peculiares a determinadas regiões. 
Ex.: aipim, mandioca e macaxeira, para determinar a mesma leguminosa; tangerina e mexerica , para determinar a mesma fruta. 
c) Históricas (diacrônicas)- variações decorrentes da passagem do tempo, decorrentes de processos históricos.
Ex.: pronome de tratamento: Vossa mercê, Vosmecê, vossuncê, você. Hoje já utilizamos "ocê", ou "cê".
d) Estilísticas (diafásicas)- são as variações que se dão em função do contexto comunicativo. Considera um mesmo indivíduo em diferentes situações comunicativas: profissional, familiar, grau de intimidade.
*Dialeto: O dialeto é a variedade de uma língua própria de uma região ou território e está relacionado com as variações linguísticas encontradas na fala de determinados grupos sociais. 
neologismo é de origem grega: neo = novo + logos = ideia de palavra + ismo = sufixo que forma substantivos. Podemos dizer, portanto, que o neologismo é o processo de criação de novas palavras na língua. Esse processo acontece sempre que os falantes inventam palavras para ampliar o vocabulário ou quando emprestam novos sentidos às palavras que já existem. Esse fenômeno é comum, sobretudo hoje em dia, quando a tecnologia pede a criação de novas palavras e expressões o tempo todo!
*formação de novas palavras a partir dos mecanismos que a língua já dispõe.
 estrangeirismo o emprego de palavras, expressões e construções alheias ao idioma tomadas por empréstimos de outra língua. A incorporação dos empréstimos linguísticos acontece por meio de um processo natural de assimilação de cultura e até mesmo por proximidade geográfica. Os estrangeirismos podem conservar sua grafia original ou passar por um interessante processo de aportuguesamento, o que muitas vezes camufla a verdadeira origem do vocábulo.
CUIDADO! "Shippar" , "deletar", "tuitar", são neologismos e não estrangeirismos! Pois são novas palavras formadas a partir dos mecanismos de flexão verbal disponíveis na Língua Portuguesa.
OBS. DO AMOR: É importante observar que toda variação linguística é adequada para atender às necessidades comunicativas e cognitivas do falante. Portanto, não há que se falar em variante certa ou errada, melhor ou pior, bonita ou feia, ou seja, não há hierarquia entre as variantes linguísticas.
 Quando julgamos errada determinada variedade, estamos emitindo um juízo de valor sobre os seus falantes e, portanto, agindo com preconceito linguístico.
3- Prof., mas se não existe certo e errado o que estamos fazendo aqui? E mais se todos nós sabemos português por que eu só tiro nota baixa na prova?
Como vimos anteriormente, cada um de nós, falantes nativos de língua portuguesa, carrega consigo uma variante linguística. No entanto, uma dessas variantes linguísticas foi a escolhida para ser o que chamamos de “norma padrão”, que são aquelas regras gramaticais que devem ser seguidas e ensinadas por todas as escolas do Brasil , e é também essa norma padrão que, geralmente, é a exigida pelos concursos públicos e vestibulares. Então o que estamos aprendendo aqui? Estamos aprendendo umas das variantes da língua portuguesa, a Norma padrão, que é uma variante a qual não somos expostos em nenhum outro ambiente a não ser no ensino formal ( escolar, cursos preparatórios e etc.).
Por que gramática é tão difícil?
A tal norma padrão que precisamos aprender, possui suas regras pautadas nas tais “Gramáticas”, o problema é que essas Gramáticas normativas ( conjunto de regras e normas a serem seguidas), desconsideram que a língua muda, as normas gramaticais se modificam, tratam a língua como algo imutável e homogêneo e por isso, as regras previstas nessas gramáticas estão pautadas nas regras do Português Europeu, e não na variante linguística brasileira, ou seja, as regras gramaticais não estão pautadas no português brasileiro, por isso, a tal gramática é tão difícil para nós brasileiros. Tão difícil, que os falantes cultos da nossa língua: pessoas com alto grau de escolaridade, os veículos de informação, fazem uso de uma outra variante linguística, a norma culta ( linguagem formal).

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